IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO NA CLASSIFICAÇÃO DE RISCO EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA OBSTÉTRICA

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Transcrição:

IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO NA CLASSIFICAÇÃO DE RISCO EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA OBSTÉTRICA Ângela Karina da Costa Silva 1 Claudinei Gonçalves da Silva Matos 1 Kamylla Sejane Pouso Freitas 1 Elisangêlo Aparecido Costa 2 Marília Cordeiro de Sousa 3 RESUMO: O presente estudo tem como objetivo enfatizar a participação do enfermeiro no primeiro acolhimento a gestante. Observou-se que, dentre os inúmeros profissionais de saúde, o enfermeiro tem a arte do cuidar e aderindo a essa arte característica da profissão, ele é o mais indicado e adequado para esta á frente nesse processo de classificação de risco (ACCR), assim aplicam seu conhecimento técnico-cientifico no momento do atendimento, além de possuir autonomia durante a realização de suas funções. Os artigos foram publicados no ano de 2008 a 2017 com a maior prevalência em 2010, a busca foi feita nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e na biblioteca SciELO. Conclui-se que é de suma importância o contato da gestante com o enfermeiro, elas se sentem mais tranquilas além de depositar total confiança no trabalho desenvolvido pela equipe de enfermagem. PALAVRAS-CHAVE: Obstetrícia. Enfermagem. Classificação de risco. 1 INTRODUÇÃO O Acolhimento com Classificação de Risco (ACCR) é uma diretriz da Política Nacional de Humanização (PNH) do Sistema Único de Saúde (SUS), prioriza que todas as pessoas tenham acesso aos serviços de saúde com qualidade e com atenção integral voltada para os anseios dos pacientes. Visa atender a todos que necessitam dos serviços de saúde, responsabilizando em oferecer suporte adequado e atenção imediata, tanto ao paciente, quanto aos seus familiares, obtendo vínculo com outros serviços de saúde, se necessário dar continuidade á assistência (BRASIL, 2008). 1 Acadêmicas do Curso de Enfermagem da Faculdade Alfredo Nasser UNIFAN. E-mail: angelakarinaw@gmail.com; claudineigsmatos@gmail.com; kamyllaeusou@hotmail.com. 2 Professor Mestre da Faculdade Alfredo Nasser UNIFAN. E-mail: elisangelo@hotmail.com. 3 Orientadora e Professora Mestre da Faculdade Alfredo Nasser- UNIFAN. E-mail: maacsousa@hotmail.com.

2 O profissional mais adequado para realizar o processo de ACCR em alguns países como: Inglaterra, Canadá, Austrália e Portugal é o enfermeiro (GARCIA et al, 2010). Conforme a Lei do Exercício Profissional de Enfermagem (Lei n 7.498/86) cabe ao enfermeiro realizar a Classificação de Risco, uma vez que incube privativamente ao enfermeiro, a Consulta de enfermagem e a realização de técnicas de maior complexidade, que exijam conhecimentos científicos adequados, e a capacidade de tomar decisões rápidas [...] (DURO; LIMA, 2010). Enfermeiros de algumas instituições, que trabalham no setor de acolhimento e classificação de risco, não tem especialização em obstetrícia. Os enfermeiros devem buscar fazer um atendimento de qualidade e humanizado, identificando as principais emergências obstétricas (BRASIL, 2009). A obstetrícia quando relacionada ao acolhimento e classificação de risco, tem como uma das prioridades satisfazer as necessidades das usuárias (PEREIRA; LIMA, 2014). Durante a classificação de risco é necessário que não ocorra falhas que possam inviabilizar todo o processo, é preciso constante qualificação do profissional enfermeiro, pois exige um pensamento crítico e comprometimento do mesmo (BRASIL, 2009). 2 METODOLOGIA Trata-se de estudo de abordagem qualitativa, para a realização deste trabalho adota-se a revisão integrativa da literatura, que objetiva reunir e resumir o conhecimento científico já produzido sobre o tema investigado através da busca, avaliação e síntese das evidências disponíveis, qualificando assim a assistência prestada através da implementação de práticas embasadas (MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2008). A questão norteadora deste trabalho: Qual a importância do enfermeiro na classificação de risco em urgência e emergência obstétrica? Após a identificação do problema de pesquisa, foram estabelecidos os seguintes critérios de inclusão: disponíveis online, estudos do tipo ensaio clínico randomizado controlado ou não, observacional ou qualitativo, revisão integrativa ou sistemática, realizados entre 2008 e 2017, publicados na língua portuguesa, que tratem sobre a importância do enfermeiro na classificação de risco em urgência e emergência.

3 A busca foi feita nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e na biblioteca SciELO. Para a realização da busca fora usados os descritores (Decs): obstetrícia, enfermagem, classificação de risco, foram encontradas 122 artigos. Após a aplicação dos critérios de inclusão acima descritos acima foram selecionados 29 artigos. A partir das referências obtidas, procedeu-se a leitura do título e resumo, com posterior seleção do material (extraindo dos estudos selecionados o problema de pesquisa). A leitura das obras selecionadas possibilitou organizar as ideais por ordem de importância e a sintetização destas. Após leitura sistemática e interpretativa, selecionou-se para os resultados e discussão somente 12 artigos. A partir dos apontamentos, foram confeccionados fichamentos estruturados, que objetivaram identificar as referências consultadas, o registro do conteúdo, comentários acerca dos estudos e a ordenação dos registros. Posteriormente, os resultados serão apresentados e discutidos para a construção da síntese do conhecimento. 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO Nos últimos nove anos ao se buscar as Bases de Dados Virtuais em Saúde, tais como Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utilizando-se as palavras-chave: obstetrícia, enfermagem, classificação de risco. O ano de 2010, 2009, 2014 obteve o maior número de publicações com 3 (75%) cada artigo, seguindo de 2008, 2015, 2016 com apenas 1 (25%) cada. Em relação à metodologia, 2 (22%) foram retrospectivo/transversal e linkage, os demais distribuíram-se entre: coorte, descritivo, longitudinal, caso controle e quantitativo. Após a leitura exploratória dos mesmos, foi possível identificar a visão de diversos autores a respeito da importância do enfermeiro na classificação de risco em urgência e emergência obstétrica. Antes o enfermeiro se limitava em oferecer as suas atribuições somente nas salas de partos, atualmente além de melhorar a qualidade do acolhimento e da assistência as gestantes, o enfermeiro obstétrico conseguiu elevar o seu campo de atuação (PROGIANTI; PEREIRA; SÉ, 2016). Como descrito por Gomes (2014), mesmo que a prática da enfermagem obstétrica ainda não seja tão valorizada no

4 território nacional, é um fator prioritário para que ocorra mudanças na maneira de prestar assistência obstétrica. Caracteriza-se como função da enfermeira obstétrica, acolhimento a gestante, identificar os riscos que a gestante está exposta, aferir os sinais vitais e determinar o grau de prioridade de atendimento médico, usando como base o protocolo padronizado e estabelecido pela instituição de saúde. Na grande maioria das vezes, por mais que seja realizada uma classificação correta, a enfermeira assume a assistência, prestando os primeiros socorros a gestante, devido a ausência de médico na unidade (PROGIANTI; PEREIRA; SÉ, 2014). A gestante é acolhida e acompanhada desde sua entrada no serviço de saúde. Os enfermeiros reconheceram que devido ao acolhimento e classificação de risco, obteve melhoria á qualidade do cuidado e assistência as gestantes (LIMA et.al, 2015). É extremamente importante estar informando ao paciente e sua família o que está acontecendo durante o atendimento, ainda levando em consideração que ajuda ao fortalecimento da criação de vínculo (BRASIL, 2010). A gestante prefere ser atendida nas emergências, por questão de rapidez no atendimento, ás vezes a paciente não está tão grave e pode ser atendida na unidade básica, mas devido há agilidade dos serviços de emergência elas já procuram os serviços avançados (PROENF, 2009). 4 CONCLUSÕES Conclui-se que é fundamental a participação da enfermagem no processo ACCR, pois é de suma importância enfatizar que através do trabalho do enfermeiro as gestantes se sentem mais tranquilas e acolhidas, porque além de aplicar o seu conhecimento técnico-científico, eles priorizam de forma integral as necessidades de cada paciente.

5 REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção á Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Acolhimento nas práticas de produção de saúde. 2. ed. 5. reimp. Brasília, 2010.. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção á Saúde. Acolhimento e classificação de risco nos serviços de urgência. Brasília, 2009.. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS. Acolhimento e classificação de risco nos serviços de urgência. Brasília, 2009.. Ministério da Saúde. Resolução RDC n 36, de 3 de junho de 2008. Dispõe sobre Regulamento Técnico para Funcionamento dos Serviços de Atenção Obstétrica e Neonatal. Diário Oficial da União [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, n.105. Sessão 1, p.50-53, Brasília, 2008. DURO, C.; LIMA, M. O papel do enfermeiro nos sistemas de triagem em Emergências: análise da literatura. n. 9, p. 1-12, 2010. GARCIA, A. et.al. O Grupo de Trabalho de Humanização e a humanização da assistência hospitalar: percepção de usuários, profissionais e gestores. São Paulo, n. 20, p. 811-834, 2010. GOMES, M. Compromisso com a mudança. Rev. Recien, São Paulo, n. 30, p. 21-22, 2014. LIMA, A. et al. Assistência ao parto após a implementação do Programa Cegonha Carioca: a perspectiva da enfermagem. Rev. Rene, São Paulo, n.16, p. 6-18, 2015. MENDES, K. D. S.; SILVEIRA, R. C. C. P.; GALVÃO, C. M. Método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem: Revisão Integrativa. Texto e Contexto Enfermagem, v. 17, n. 4, p. 758-64, 2008. PEREIRA, A.; LIMA, A. Acolhimento com classificação de risco em uma maternidade pública. Rev. Recien, Recife, n. 8, p.14-20, 2014.

6 PROENF: Saúde Materna e neonatal. Programa de atualização em enfermagem/ Associação Brasileira de Enfermagem; Associação Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiros Obstetras; Porto Alegre: Artmed/Panamericana, 2009. PROGIANTI, J.; PEREIRA, A.; SÉ, C. Implantação do módulo acolhimento do programa cegonha carioca no município do Rio de Janeiro. Rev. Fund, Rio de Janeiro, n.8, p. 35-44, 2016.. A prática das enfermeiras obstétricas nas emergências vinculadas ao Programa Cegonha Carioca. Rev. Recien, Rio de Janeiro. n. 22, p.74-8, 2014.