ENFERMAGEM ATENÇÃO BÁSICA E SAÚDE DA FAMÍLIA. Parte 6. Profª. Lívia Bahia
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- Rafael Barreto Ximenes
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1 ENFERMAGEM ATENÇÃO BÁSICA E SAÚDE DA FAMÍLIA Parte 6 Profª. Lívia Bahia
2 Acolhimento na Atenção Básica Inclui a recepção do usuário, desde sua chegada, responsabilizando-se integralmente por ele, ouvindo sua queixa, permitindo que ele expresse suas preocupações, angústias, garantindo atenção resolutiva e a articulação com os outros serviços de saúde para a continuidade da assistência quando necessário (Brasil, 2004)
3 atendido x quem deverá ser atendido Atenção Básica e Saúde da Família Acolhimento X Triagem Acolher: caracteriza um processo dinâmico, contínuo, que integra ações, profissionais, serviços, ferramentas e tecnologias para o alcance do melhor nível de resolubilidade às necessidades das pessoas usuárias, envolvendo todas as etapas da produção do cuidado; Triar: caracteriza uma ação pontual, focada no evento clínico, na queixa-clínica, limitando-se à divisão: quem não deverá ser
4 Para acolher a demanda espontânea com equidade e qualidade, não basta distribuir senhas em número limitado (fazendo com que os usuários formem filas na madrugada), nem é possível (nem necessário) encaminhar todas as pessoas ao médico (o acolhimento não deve se restringir a uma triagem para atendimento médico); O acolhimento não se reduz a uma etapa, nem a um lugar e nem a um turno;
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7 Modelos de Acolhimento Acolhimento pela equipe de referência do usuário: o enfermeiro de cada equipe realiza a primeira escuta, atendendo à demanda espontânea da população residente na sua área de abrangência e também os seus usuários agendados; Acolhimento pela equipe de acolhimento do dia: determinada equipe fica na linha de frente do acolhimento, atendendo os usuários que chegam por demanda espontânea de todas as áreas/equipes da unidade, ficando o médico na retaguarda; Todos os profissionais da equipe de acolhimento ficam com suas agendas voltadas exclusivamente para isso;
8 Acolhimento Misto (equipe de referência do usuário + equipe de acolhimento do dia): estipula-se determinada quantidade de usuários ou horário até onde o enfermeiro de cada equipe acolhe a demanda espontânea da sua área, após esse período as demandas são encaminhadas para a equipe de acolhimento do dia; Acolhimento coletivo: toda a equipe se reúne com os usuários que vieram à unidade de saúde por demanda espontânea e, nesse espaço coletivo, fazem-se escutas e conversas com eles;
9 O atendimento à demanda espontânea e, em especial, às urgências e emergências envolve ações que devem ser realizadas em todos os pontos de atenção à saúde, entre eles, os serviços de atenção básica. Essas ações incluem aspectos organizativos da equipe e seu processo de trabalho como também aspectos resolutivos de cuidado e de condutas;
10 Avaliação de risco e vulnerabilidade A estratificação de risco e a avaliação de vulnerabilidades orientarão não só o tipo de intervenção (ou oferta de cuidado) necessário, como também o tempo em que isso deve ocorrer; Na Atenção Básica, diferentemente de um pronto-socorro, não é necessário adotar limites rígidos de tempo para atendimento após a primeira escuta, a não ser em situações de alto risco, nas quais a intervenção imediata se faz necessária;
11 Existem algumas condições que aumentam a vulnerabilidade das pessoas, e que o acolhimento representa grande oportunidade de incluí-las, de inseri-las em planos de cuidado pois é um momento em que o usuário está buscando ajuda e, em geral, está mais aberto e com a intenção de criar algum diálogo com a equipe de saúde. Ex.: uma criança desnutrida que não é levada às consultas de puericultura há oito meses, uma mulher em idade fértil (sem realizar Papanicolau há quatro anos);
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15 Ao Enfermeiro, cabe: acolher; fazer a avaliação clínica; classificar o risco e vulnerabilidade (com base em Protocolo); identificar a possibilidade de agravamento; definir prioridade, condutas e o tempo terapêutico adequado;
16 Resolver ou priorizar encaminhamento para consulta médica ou do cirurgião dentista ou para outra modalidade de cuidado. Pode identificar a necessidade de encaminhamento para outro ponto de atenção, o que, neste caso, deverá incluir avaliação e decisão médica.
17 O Técnico de Enfermagem acolhe, realiza procedimentos, como aferição de sinais vitais, resolve dentro de sua área de competência e/ou prioriza o atendimento do enfermeiro ou médico ou participação em outra modalidade de cuidado. O médico acolhe, faz a avaliação clínica, classifica o risco e vulnerabilidade (com base em Protocolos), define prioridade, condutas e tempo terapêutico adequado, realiza a consulta conforme prioridade.
18 Assumir efetivamente o acolhimento como diretriz é um processo que demanda transformações intensas na maneira de funcionar a atenção básica. Isso requer um conjunto de ações articuladas, envolvendo usuários, trabalhadores e gestores, pois a implantação do acolhimento dificilmente se dá apenas a partir da vontade de um ator isolado.
19 Referências Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Acolhimento à demanda espontânea / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Acolhimento à demanda espontânea : queixas mais comuns na Atenção Básica / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2013.
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