ESTUDANDO CONCEITOS DE GEOMETRIA PLANA ATRAVÉS DO SOFTWARE GEOGEBRA

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TÍTULO: JOGOS DE MATEMÁTICA: EXPERIÊNCIAS NO PROJETO PIBID CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA SUBÁREA: MATEMÁTICA

Transcrição:

ESTUDANDO CONCEITOS DE GEOMETRIA PLANA ATRAVÉS DO SOFTWARE GEOGEBRA Cristina Girotto; Adriana Teresina de Campos; Damares Kessler; Juarez Dumke Streda; Vanessa Günzel; Vilson Hennemann; Julhane Thomas Schulz Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha Câmpus Santa Rosa PIBID - CAPES Introdução Este trabalho traz o relato de uma atividade realizada por cinco bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) do curso de Licenciatura em Matemática do Instituto Federal Farroupilha - Câmpus Santa Rosa. A atividade foi realizada no primeiro semestre de 2013, na Escola Estadual de Educação Básica Professor Joaquim José Felizardo (CIEP), localizada na Rua Ana Terra, sem número, na Vila Auxiliadora, na cidade de Santa Rosa RS. O trabalho partiu da necessidade de, enquanto pesquisadores(as) e alunos(as) de um Curso de Licenciatura, estarem atuando nessa escola, vivenciando sua realidade, auxiliando na aprendizagem dos alunos e assim tendo a possibilidade de viver experiências que contribuem para sua formação docente. A atividade consistiu em uma oficina matemática utilizando o software Geogebra, com o objetivo de revisar alguns conceitos matemáticos de Geometria Plana já estudados pelos alunos, mas que, segundo a professora de matemática da escola, ainda apresentavam dificuldades na aprendizagem. A oficina foi realizada em dois encontros com duração de 3 horas cada, em turno inverso às aulas, tendo como participantes alguns alunos da 7ª série do Ensino Fundamental de 8 anos. As atividades realizadas na oficina foram baseadas em um trabalho desenvolvido pelo Prof. Ms. Roberto Preussler, da mesma instituição de ensino dos(as) bolsistas. A oficina foi fundamentada teoricamente pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), que orientam uso das Tecnologias da Informação (TICs) como ferramenta de ensino-aprendizagem, bem como nas obras de outros autores citados nas referências.

Desenvolvimento do PIBID O trabalho teve início com a organização da oficina, quando se buscou materiais e ideias para trabalhar alguns conceitos de Geometria Plana. Optouse, então, por trabalhar com o computador, que é uma ferramenta que contribui nas práticas de ensino, inovando o ambiente escolar, tornando as aulas mais atrativas e dinâmicas, despertando assim o interesse dos alunos nas atividades e conceitos propostos pelo professor. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN s, 1998) orientam o uso das tecnologias em sala de aula, pois o avanço das mesmas tem impactado as escolas e até a sociedade, exigindo uma mudança acelerada na maneira em que os professores planejam suas práticas. Trazem o computador como uma importante ferramenta a ser usado nas aulas de Matemática, tendo várias finalidades: como fonte de informação, poderoso recurso para alimentar o processo de ensino e aprendizagem; como auxiliar no processo de construção de conhecimento; como meio para desenvolver autonomia pelo uso de softwares que possibilitem pensar, refletir e criar soluções; como ferramenta para realizar determinadas atividades uso de planilhas eletrônicas, processadores de texto, banco de dados etc. (BRASIL, 1998, p. 44) Ao se planejar uma atividade utilizando o computador é necessário que o professor saiba analisar o contexto da mesma e escolher a ferramenta que mais satisfaça a demanda do conteúdo a ser estudado. Lorenzato (2006, p. 166) ressalta que [...] essa escolha deve estar vinculada a uma filosofia educacional, a uma metodologia educacional e ainda aos objetivos que se quer alcançar no desenvolvimento de conteúdos e conceitos relacionados ao conhecimento matemático. Os PCNs também orientam que: o bom uso que se possa fazer do computador na sala de aula também depende da escolha de softwares, em função dos objetivos que se pretende atingir e da concepção de conhecimento e de aprendizagem que orienta o processo. Assim, conhecendo o trabalho do Prof. Ms. Roberto Preussler, que propõe atividades para o estudo de geometria através do uso do software Geogebra, optou-se em utilizá-lo, porém foram

realizadas algumas modificações no mesmo, adequando-o às necessidades e objetivos da oficina. Nos planejamentos decidiu-se desenvolver a oficina em dois encontros, pelo fato das atividades serem bastante extensas e os alunos não conhecerem o software proposto. No primeiro encontro, apresentou-se aos alunos o software Geogebra, que consiste em um programa educacional de matemática com distribuição livre, com linguagem simples e prática, que possibilita trabalhar conceitos de geometria e álgebra. Explicou-se como utilizar o Geogebra e orientou-se os alunos a trabalharem livremente para perderem o medo de mexer no software e verem a aplicabilidade de cada ferramenta do programa. Segundo Gomes (2002, p. 121), a utilização dos novos recursos comunicacionais e informáticos não deve ser encarada como mais uma novidade, mas como possibilidade para que os alunos e professores assumam o papel de sujeitos críticos, criativos e construtores de seu próprio conhecimento. Assim, na aprendizagem Matemática, os recursos tecnológicos, principalmente, os softwares matemáticos, possibilitam o aluno interagir, analisar, explorar, praticar, testar, avaliar e desenvolver matemática de forma mais significativa. Dando continuidade à oficina, iniciaram-se as atividades seguindo um roteiro explicativo, que indicava o passo a passo para a construção de figuras geométricas planas através do Geogebra. O roteiro sugeria as seguintes atividades: construção de um triângulo equilátero, construção de um triângulo isósceles, construção de um quadrado, construção de um quadrado a partir da diagonal, construção de um retângulo, construção de um paralelogramo, construção de um losango e construção de um círculo. Ainda no primeiro encontro, os alunos conseguiram desenvolver a construção dos triângulos estudando os conceitos de triângulo equilátero e triângulo isósceles e o restante das atividades foram realizadas no segundo encontro. Durante a construção das figuras geométricas exploraram-se com os alunos os conceitos de ponto, reta, segmento de reta, paralelismo, perpendicularismo, diagonalidade, perímetro e medida de ângulos. Na construção do círculo também se desenvolveu os conceitos de raio, diâmetro e comprimento da circunferência.

Durante toda a oficina, percebeu-se a importância do papel do professor como mediador, pois apesar das atividades terem um roteiro com todos os passos explicados, foi de suma importância o auxílio dos(as) bolsistas como instigadores e condutores do trabalho. Segundo os PCNs (1998, p. 44) longe da ideia de que o computador viria substituir o professor, seu uso vem, sobretudo, reforçar o papel do professor na preparação, condução e avaliação do processo de ensino e aprendizagem. Assim, o uso do software Geogebra por si só não atingiria os objetivos da oficina, mas sim todo o trabalho realizado pelos(as) bolsistas a partir da exploração das atividades e questionamentos pertinentes aos conceitos trabalhados, conduzindo um processo que levou os alunos a superarem suas dificuldades no entendimento de conceitos de Geometria Plana. Considerações finais Através das atividades desenvolvidas na oficina, percebeu-se que os alunos conseguiram identificar e compreender melhor alguns conceitos de Geometria Plana. Eles demonstraram interesse em desenvolver o trabalho proposto, pois estavam usando o computador, ferramenta que não são habituados a utilizarem nas aulas de matemática. O software Geogebra foi a escolha certa de material didático para revisar os conceitos de Geometria Plana, pois possibilitou aos alunos visualizarem com clareza o passo a passo da construção das figuras geométricas, bem como a exploração prática dos conceitos estudados, resultando em uma aprendizagem mais significativa. A oficina, sendo realizada em turno inverso às aulas, não possibilitou a participação de todos os alunos da 7ª série. Ficou como proposta para um próximo trabalho, a realização de uma atividade semelhante, porém em turno regular de aula, com sugestão de um estudo mais aprofundado de geometria, abrangendo assim todos os alunos. Referências BRASIL, Ministério da Educação e da Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática. Brasília: MEC/SEF, 1998.

GOMES, N. G. Computador na escola: novas tecnologias e inovações educacionais. In: BELLONI, M. L. (Org.) A formação na sociedade do espetáculo. São Paulo: Loyola, 2002. LORENZATO, S. (org.). O laboratório de ensino de matemática na formação de professores. Campinas, SP: Autores Associados, 2006.