PORTARIA DAEE nº 2292 de 14 de dezembro de 2006. Reti-ratificada em 03/08/2012



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Transcrição:

Ref.: Autos DAEE nº 49.559, prov. 1 PORTARIA DAEE nº 2292 de 14 de dezembro de 2006 Reti-ratificada em 03/08/2012 O Superintendente do Departamento de Águas e Energia Elétrica - DAEE, no uso de suas atribuições legais e com fundamento no Decreto Estadual nº 41.258 de 31/10/1996, que regulamenta os artigos 9º e 10 da Lei Estadual nº 7.663 de 30/12/1991, que estabelece a outorga como instrumento da Política Estadual de Recursos Hídricos, observada a Lei Estadual nº 6.134 de 2/06/1988, que dispõe sobre a preservação dos depósitos naturais de águas subterrâneas do Estado de São Paulo, regulamentada pelo Decreto Estadual nº 32.955 de 7/02/1991, e ainda na Lei Estadual nº 12.183 de 29/12/2005, que dispõe sobre a cobrança pela utilização dos recursos hídricos do domínio do Estado de São Paulo, regulamentada pelo Decreto Estadual nº 50.667 de 30/03/2006, DETERMINA TÍTULO I Das Disposições Preliminares Art. 1 - Fica aprovada a Norma que disciplina os usos que independem de outorga de recursos hídricos superficiais e subterrâneos no Estado de São Paulo, no art. 1º do Decreto Estadual nº 41.258/96, com redação dada pelo Decreto Estadual nº 50.667/06. TÍTULO II Da definição dos usos sujeitos a esta Portaria Art. 2 - Ficam sujeitos à análise do DAEE, para serem considerados isentos de Outorga de Recursos Hídricos, os usos e interferências definidos no 1º do artigo 1º do Decreto Estadual nº 41.258/96: 1. os usos de recursos hídricos destinados às necessidades domésticas de propriedades e de pequenos núcleos populacionais localizados no meio rural; 2. as acumulações de volumes de água, as vazões derivadas, captadas ou extraídas e os lançamentos de efluentes que, isolados ou em conjunto, por seu pequeno impacto na quantidade de água dos corpos hídricos, possam ser considerados insignificantes. TÍTULO III Dos critérios para definição de usos insignificantes ou usos não sujeitos à Outorga Art. 3 - Serão considerados isentos de Outorga, os usuários que fizerem uso de água na forma e com as finalidades descritas nos itens 1 e 2 do artigo 2º, desde que as extrações de águas subterrâneas e as derivações ou captações de águas superficiais, bem como os lançamentos de efluentes em corpos d água sejam inferiores ao volume de 05 (cinco) metros cúbicos por dia, isoladamente ou em conjunto.

Parágrafo único: nos casos de vários usos em um mesmo empreendimento, o valor estipulado no caput corresponde à: I somatória dos usos de mesmo tipo localizados em um mesmo curso d água superficial; II somatória das extrações de águas subterrâneas em um mesmo aqüífero. Art. 4 - No que diz respeito às acumulações, descritas no item 2 do artigo 2º, serão consideradas insignificantes: 1 aquelas em tanques decorrentes de escavação em várzea, com volume de até cinco mil metros cúbicos; 2 aquelas formadas por barramentos, com volume de até três mil metros cúbicos. Parágrafo único: nos casos de várias acumulações em um mesmo empreendimento, o valor estipulado no caput corresponde à somatória dos volumes, por tipo de interferência, localizados em um mesmo corpo de água. Art. 5 - Os usuários que em seus empreendimentos fizerem utilização de recursos hídricos considerados insignificantes e não sujeitos a Outorga ficam obrigados a requerer ao DAEE a dispensa e o cadastramento de acordo com o Anexo I desta Portaria Requerimento de Dispensa de Outorga de Recursos Hídricos. Parágrafo único Após avaliação dos dados declarados pelo usuário, o DAEE emitirá manifestação sobre a dispensa solicitada. Art. 6 - Os usos e as acumulações descritos nos artigos 3º e 4º poderão se tornar passíveis de Outorga de Recurso Hídrico, a critério do DAEE, em função de sua localização, criticidade da bacia ou sub-bacia, ou outras situações em que se tornem significativos para a gestão dos recursos hídricos, quantitativa ou qualitativamente. TÍTULO IV Das Obrigações Art. 7 - O cadastro dos usos não sujeitos a Outorga não exime o usuário das seguintes obrigações: I - manter vazões mínimas nos corpos d água superficiais para jusante de quaisquer usos ou interferências; II - preservar as características físicas e químicas das águas subterrâneas, abstendo-se de alterações que possam prejudicar as condições naturais dos aqüíferos ou a gestão dessas águas; III - atender à legislação municipal de uso e ocupação do solo e à legislação estadual e federal referente ao controle de poluição das águas (Lei Estadual 997 e seu regulamento) e à proteção ambiental (artigo 2º da Lei 4771/65 Código Florestal); IV apresentar ao DAEE, junto com o requerimento de dispensa de outorga, a análise fisico-quimica e bacteriológica da água bruta dos poços, com os parâmetros previstos na Tabela 1, de acordo com anexo III:

a) em empreendimentos que possuam em suas instalações, depósitos de armazenamento de substâncias do grupo BTEX (gasolina) ou oficinas de manutenção de equipamentos com uso destas substâncias, alem de apresentar a Tabela 1, acrescentar os parâmetros da Tabela 2 do anexo III; b) em empreendimentos que possuam em suas instalações, depósitos de armazenamento ou oficinas de manutenção de equipamentos que utilizem óleo diesel, alem de apresentar a Tabela 1, acrescentar os parâmetros da Tabela 3 do anexo III. V apresentar ao DAEE, junto com o requerimento de dispensa de outorga, o Anexo II desta Portaria Termo de Compromisso e Responsabilidade; VI apresentar relatório fotográfico, no caso de uso de águas subterrâneas através de poços, comprovando a instalação de hidrômetro, para todos os usuários, excetuando-se os usos domésticos e rurais de pessoas físicas; VII apresentar relatório fotográfico, comprovando as condições sanitárias e de segurança do poço, no caso de uso de águas subterrâneas, para qualquer finalidade; VIII atender as exigências descrita na Instrução Técnica DPO nº 006, constante do sítio do DAEE na internet (www.daee.sp.gov.br), no item Outorga. Art. 8º - Os critérios previstos nesta Norma, para os usos e acumulações que independem de Outorga de Recursos Hídricos, ficarão suspensos quando outros forem aprovados pelos Comitês de Bacias Hidrográficas, de acordo com o previsto no artigo 1º do Decreto Estadual nº 41.258/96, com redação dada pelo Decreto Estadual nº 50.667/06. Art. 9º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação., aos de de 2012 ALCEU SEGAMARCHI JUNIOR Superintendente Publicado no D.O.E de / / 2012

Anexo I, da Portaria DAEE nº 2.292 de 14 de dezembro de 2006, reti-ratificada em 03/08/2012

Anexo II, da Portaria DAEE nº 2.292 de 14 de dezembro de 2006, reti-ratificada em 03/08/2012

Anexo III, da Portaria DAEE nº 2.292 de 14 de dezembro de 2006, reti-ratificada em 03/08/2012