Outorgas e Licenças de Obras Hidraúlicas no Estado do Rio Grande do Norte
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- Luiz Henrique Marroquim Sampaio
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1 Outorgas e Licenças de Obras Hidraúlicas no Estado do Rio Grande do Norte IGARN Natal maio/2014
2 BASE LEGAL PARA A GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS Art. 1º Fundamentos: LEI 9.433/1997 a água é bem de domínio público; a água é recurso natural limitado, dotado de valor econômico; situação de escassez: uso prioritário consumo humano/animal; deve proporcionar o uso múltiplo de águas; bacia hidrográfica: unidade de planejamento; gestão: descentralizada e participativa;
3 BASE LEGAL PARA A GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS LEI 9.433/1997 Art. 2º Objetivos: assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água utilização racional e integrada prevenção e defesa contra eventos hidrológicos críticos
4 Fundo Estadual dos Recursos Hídricos- FUNERH. BASE LEGAL PARA A GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS LEI 9.433/1997 LEI 6.908/1996 ALTERADA LEI 481/2013 Art. 5º Instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos: I - os Planos de Recursos Hídricos; II - o enquadramento dos corpos de água em classes, segundo os usos preponderantes da água; III - a outorga dos direitos de uso de recursos hídricos e licença de obra hidráulica; IV - a cobrança pelo uso de recursos hídricos; V - a compensação a municípios; VI - o Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos;
5 BASE LEGAL PARA A GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS Resolução n o 16/2001 do CNRH Art. 1º A outorga de direito de uso de recursos hídricos é o ato administrativo mediante o qual a autoridade outorgante faculta ao outorgado previamente ou mediante o direito de uso de recurso hídrico, por prazo determinado, nos termos e nas condições expressas no respectivo ato, consideradas as legislações específicas vigentes. 2º A outorga confere o direito de uso de recursos hídricos condicionado à disponibilidade hídrica e ao regime de racionamento, sujeitando o outorgado à suspensão da outorga. 3º O outorgado é obrigado a respeitar direitos de terceiros.
6 BASE LEGAL PARA A GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS Resolução n o 16/2001 do CNRH Art. 4º Estão sujeitos à outorga: I - a derivação ou captação de parcela de água existente em um corpo de água, para consumo final; II - extração de água de aqüífero subterrâneo; III - lançamento em corpo de água de esgotos e demais resíduos líquidos ou gasosos, tratados ou não; IV - o uso para fins de aproveitamento de potenciais hidrelétricos; e V - outros usos e/ou interferências, que alterem o regime, a quantidade ou a qualidade da água existente em um corpo de água. Parágrafo único. A outorga poderá abranger direito de uso múltiplo e/ou integrado de recursos hídricos.
7 BASE LEGAL PARA A GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS. Resolução n o 16/2001 do CNRH Art. 5º Independem de outorga: I - o uso de recursos hídricos para a satisfação das necessidades de pequenos núcleos populacionais distribuídos no meio rural; II - as derivações, captações e lançamentos considerados insignificantes, tanto do ponto de vista de volume quanto de carga poluente; e III - as acumulações de volumes de água consideradas insignificantes. Parágrafo único. Os critérios específicos de vazões ou acumulações de volumes de água consideradas insignificantes serão estabelecidos nos planos de recursos hídricos, devidamente aprovados pelos correspondentes comitês de bacia hidrográfica ou, na inexistência destes, pela autoridade outorgante.
8 BASE LEGAL PARA A GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS Resolução CONERH 04/2004 Disciplina a licença para perfuração de poços em terrenos sedimentares e em zonas urbanas Art. 1º - Condicionada a apresentação de declaração expressa sobre a impossibilidade de atendimento pela rede pública, pela concessionária de serviços de distribuição de água e esgoto do município.
9 BASE LEGAL PARA A GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS. Decreto nº , de 22/03/1997 Art. 7º. É dispensável a outorga para captação de água subterrânea, cuja vazão de exploração recomendada não exceda de l/h (mil litros por hora). Resolução 687/2004 ANA Art. 9º As vazões de captação e derivação iguais ou inferiores a 0,5 L/s (1,8 m 3/ h) serão consideradas insignificantes, portanto, dispensadas de outorga. Resolução CONERH 08/2009 Estabelece diretrizes para licença de implantação de barragens Classificação (art. 3º) I micro porte: capacidade < 300 mil m 3, altura < 5 m e bacia hidrográfica < 5 km 2
10 BASE LEGAL PARA A GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS. Resolução 12/2012 CONERH Art. 1º Captações e derivações de água superficial, com vazão inferior ou igual a 2 m 3 /h (0,55 l/s), por usuário, são consideradas como usos insignificantes; 1º- O usuário de recursos hídricos deverá cadastrar no órgão outorgante a captação ou derivação de água caracterizada no caput deste artigo, ocasião em que receberá uma declaração de dispensa de outorga de direito de usos dos recursos hídricos.
11 BASE LEGAL PARA A GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS. Resolução 12/2012 CONERH Art. 2º Sem prejuízo de outras licenças exigíveis, está dispensada de licença de obra hidráulica as seguintes obras: I - passagem molhadas cuja altura da lâmina da água acumulada em relação ao leito do rio seja igual ou inferior a 0,8 m; II - poços no aquífero cristalino; III - poços amazonas e cacimbões. Parágrafo único - As obras hidráulicas caracterizadas no caput deste artigo terão que ser cadastradas no órgão outorgante, ocasião em que receberá uma declaração de dispensa da licença da obra hidráulica.
12 BASE LEGAL PARA A GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS. Resolução 15/2013 CONERH Estabelece diretrizes para licença de obra hidráulica para implantação de barragens subterrâneas nos cursos de água de domínio do Estado do Rio Grande do Norte. Art. 3º Sem prejuízo de outras licenças exigíveis, estão dispensadas de licença de obra hidráulica as barragens subterrâneas que atendam as seguintes diretrizes gerais: I contemplar um poço de captação a montante do septo impermeável; II estar distante pelo menos 300,0 m a jusante e a montante de uma outra barragem subterrânea; III construídas em rios de ordem 1, 2, 3, 4, 5 e 6, segundo a classificação de Strahler;
13 BASE LEGAL PARA A GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS. Resolução 15/2013 CONERH IV o septo impermeável não deve ultrapassar a superfície do solo. 1º: a identificação dos rios/riachos citados no inciso III, será feita pelo IGARN. 2º: as barragens subterrâneas que se enquadram no caput do Art. 3º serão dispensadas da licença de obra hidráulica, não eximindo o empreendedor da obrigatoriedade de cadastro junto ao Instituto de Gestão das Águas do Estado do Rio Grande do Norte IGARN, antes do início da obra, ocasião em que receberá uma declaração de dispensa da licença de obra hidráulica.
14 BASE LEGAL PARA A GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS. Resolução 15/2013 CONERH Art. 5º As barragens subterrâneas que não se enquadram no caput do Art. 3º estão sujeitas a licença de obra hidráulica; Decreto nº , de 22/03/1997 Art. 11. Para fins deste regulamento a outorga pode constituir-se de: (MODALIDADES) Autorização de Uso título precário, privativo, gratuíto ou oneroso, a pessoa física ou jurídica uso sob determinadas condições e destinação específica.
15 BASE LEGAL PARA A GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS. Resolução n o 16/2001 do CNRH Art. 12. A outorga deverá observar os planos de recursos hídricos e, em especial: I - as prioridades de uso estabelecidas; II - a classe em que o corpo de água estiver enquadrado, em consonância com a legislação ambiental; III - a preservação dos usos múltiplos previstos; e IV - a manutenção das condições adequadas ao transporte aqüaviário, quando couber.
16 BASE LEGAL PARA A GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS. Resolução n o 16/2001 do CNRH Art. 15. A outorga de direito de uso da água para o lançamento de efluentes será dada em quantidade de água necessária para a diluição da carga poluente, respeitando a classe de enquadramento e/ou em critérios específicos definidos no correspondente plano de recursos hídricos ou pelos órgãos competentes.
17 BASE LEGAL PARA A GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS Resolução n o 16/2001 do CNRH Art. 16. O requerimento de outorga de uso de recursos hídricos será formulado por escrito, à autoridade competente e instruído com, no mínimo, as seguintes informações: I - em todos os casos: a) identificação do requerente; b) localização geográfica do(s) ponto(s) característico(s) objeto do pleito de outorga, incluindo nome do corpo de água e da bacia hidrográfica principal; c) especificação da finalidade do uso da água;
18 BASE LEGAL PARA A GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS Resolução n o 16/2001 do CNRH III - quando se tratar de lançamento de esgotos e demais resíduos líquidos ou gasosos, tratados ou não, com o fim de sua diluição: a) vazão máxima instantânea e volume diário a ser lançado no corpo de água receptor e regime de variação do lançamento; b) concentrações e cargas de poluentes físicos, químicos e biológicos.
19 BASE LEGAL PARA A GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS Resolução n o 16/2001 do CNRH Parágrafo único. Os estudos e projetos hidráulicos, geológicos, hidrológicos e hidrogeológicos, deverão ser executados sob a responsabilidade de profissional devidamente habilitado junto ao CREA. Decreto /1997 Art. 25. Os pedidos de outorga do direito de uso de água e de licença prévia serão processados perante a Secretaria dos Recursos Hídricos - SERHID, através da Coordenadoria de Gestão de Recursos Hídricos - COGERH, em formulário padrão, instruídos com: I. nome e qualificação da pessoa física ou jurídica; II. localização e superfície do imóvel rural ou urbano onde se utilizará a água ou se implantará a obra ou serviço de oferta hídrica;
20 BASE LEGAL PARA A GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS Decreto /1997 III. título de propriedade, prova de posse regular, cessão ou autorização de uso da área de terra onde se dará a captação ou derivação da água ou que se implantará a obra ou serviço a ser licenciado; IV. destinação da água; V. fonte onde se pretende obter a água, tipos de captação ou derivação, equipamentos e obras complementares; VI. projeto da obra ou serviço de oferta hídrica; VII. licença ambiental e do CREA/RN, quando couber; VIII. guia de recolhimento da taxa de licenciamento; IX. quaisquer outras informações adicionais, julgadas necessárias à aprovação dos pedidos.
21 OUTORGAS EM RIOS INTERMITENTES Disponibilidade hídrica Açudes com Q 90 >0 Trechos de rios perenizados Açudes com Q 90 =0 Rios Efêmeros/intermitentes
22 BASE LEGAL PARA A GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS Decreto /1997 Art. 13. A disponibilidade hídrica será avaliada em função das características hidrológicas ou hidrogeológicas da bacia superficial ou subterrânea onde incide a outorga, observando-se, ainda, o seguinte: I. quando se tratar de água superficial; a) a vazão mínima natural será nula ou estabelecida em portaria específica, fundamentada em estudo hidrológico; b) o valor de referência será a descarga regularizada anual com garantia de 90% (noventa por cento). Resolução CNRH 141/12 Q 90 =0, Outorga nos períodos de disponibilidade hídrica
23 PROCEDIMENTOS LANÇAMENTO DE EFLUENTES? Resolução 141/2012 CNRH Proposta resolução CONERN
24 BASE LEGAL PARA A GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS RESOLUÇÃO 141/2012 DO CNRH Art. 6 o - Enquadramento considerado no período em que o corpo hídrico apresentar escoamento superficial. Art. 8 o - Outorga de lançamento levar em consideração estudos específicos que avaliem possíveis impactos em seus leitos, em reservatórios a jusante ou em aquíferos, a critério da autoridade outorgante. 1 º a autoridade outorgante poderá estabelecer metas de remoção de carga de parâmetros adotados ou de implantação de prática de reuso de água. 2 o A outorga emitida poderá ser mantida em todo período de validade, mesmo quando não houver escoamento superficial.
25 BASE LEGAL PARA A GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS Resolução n o 16/2001 do CNRH Art. 30. O ato administrativo de outorga não exime o outorgado do cumprimento da legislação ambiental pertinente ou das exigências que venham a ser feitas por outros órgãos e entidades competentes. Art. 31. O outorgado deverá implantar e manter o monitoramento da vazão captada e/ou lançada e da qualidade do efluente, encaminhando à autoridade outorgante os dados observados ou medidos na forma preconizada no ato da outorga.
26 TAMANHO DO PROBLEMA 167 municípios no Estado 78 com Outorga alguns parciais A maioria ligada aos grandes sistemas adutores
27 TAMANHO DO PROBLEMA 57 ETEs existentes no Estado do RN antigas 42 na região semi-árida rios intermitentes 23 tem como destino final rios, riacho e açudes 16 tem como destino final a infiltração em solo 3 tem reuso em irrigação 40 municípios com sistema de esgotamento sanitários População atendida % da população do Estado
28 Figura 1 - Localização das outorgas de águas superficiais por bacia hidrográfica.
29 Figura 1 - Localização das outorgas de águas subterrâneas por bacia hidrográfica.
30 MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL Bacia hidrográfica quant. Apodi-Mossoró 29 Piranhas-Açu 27 FLNED 1 Boqueirão 1 Punau 1 Maxaranguape 2 Ceará Mirim 4 Docê 3 Potengi 8 Pirangi 8 FLLED 1 Trairi 4 Jacu 4 Curimatau 4 Total 97
31 Nelson Césio Fernandes Santos Obrigado! Rua do Calcário, 1989 Lagoa Nova Natal/RN - CEP: Telefone - (84) fax - (84) Sítio:
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