Michel Gouveia. Prof. Michel Gouveia. Professor Michel Gouveia / Previtube. michelogouveia

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Transcrição:

Michel Gouveia Prof. Michel Gouveia Professor Michel Gouveia / Previtube michelogouveia

A advocacia previdenciária é pautada na busca do direito do segurado. É muito importante que o advogado conheça do direito material previdenciário, posto que o segurado ao outorgar a procuração, acaba colocando nas mãos do advogado o futuro de sua família, mormente pelo fato de que o segurado necessitará do benefício previdenciário para seu sustento e a manutenção de sua família. O primeiro passo é saber o que pretende requerer perante o INSS

O trabalho do advogado previdenciário começa preparando a documentação do cliente Se o objetivo é a concessão de uma aposentadoria por tempo de contribuição, o advogado deve conhecer as particularidades dos documentos que devem ser apresentados, inclusive o Perfil Profissiográfico, o qual servirá como prova do tempo especial.

A advocacia previdenciária começa antes de qualquer requerimento administrativo ou postulação judicial. A advocacia previdenciária, começa com o contrato de honorários advocatícios.

Honorários advocatícios, quanto cobrar?

A advocacia previdenciária começa antes de qualquer requerimento administrativo ou postulação judicial. A advocacia previdenciária, começa no exame da documentação do cliente, CTPS, CNIS, PPP, entre outros.

Advocacia Previdenciária Postulação Administrativa Postulação Judicial INSS CRSS Ações ordinárias MS CRSS => Conselho de Recursos do Seguro Social

Legislação Constituição Federal/88 - Art. 5º, inciso LIV e LV Lei nº 8.213/91 => Lei de Benefícios Lei nº 8.212/91 => Plano de Custeio Lei 9.784/99 Decreto 3.048/99 e suas alterações IN INSS-PRES 77/2015 Regimento Interno do CRSS* - portaria 116/2017

Postulação Administrativa Processo Administrativo Previdenciário A postulação do benefício previdenciário, se dá através do processo administrativo previdenciário. O processo administrativo é composto por 5 fases:

Fases do processo administrativo Inicial => Agendamento e formalização do requerimento; Instrutória => Apresentação dos documentos necessários; requerer a justificação administrativa, pesquisa externa, dentre outros; Decisória => decisão do INSS (ato administrativo) Recursal => interposição do recurso pelo segurado ao CRSS. Cumprimento das decisões => as decisões do CRSS existem para serem cumpridas e não discutidas. (prazo de 30 dias)

Fases do processo administrativo 1.Inicial No dia marcado para o atendimento, você comparece no INSS com a documentação do cliente e o requerimento administrativo para o benefício. Dicas importantes da postulação administrativa: A procuração não precisa de reconhecimento de firma e/ou ser o modelo padrão disponível no sítio do INSS. Essa informação está prevista no artigo 501, 3º da IN 77/2015. Muito importante conhecer a IN 77/2015.

Fases do processo administrativo 1. Inicial Faça o requerimento administrativo expondo todos os fatos constitutivos do direito postulado. O requerimento administrativo é muito importante, uma vez que você precisará ter a negativa do INSS para ajuizar ação previdenciária, logo se faz necessário que o INSS tenha ciência de todos os argumentos tecidos na inicial, sob pena de seu processo ser julgado improcedente por carência de ação. Destarte, é imprescindível a exposição minuciosa dos fatos e do direito no requerimento administrativo.

Fases do processo administrativo 1. Inicial Protocolo do requerimento É defeso o INSS recusar protocolo de qualquer requerimento administrativo, inclusive quando estiver faltando documentação. Dispõe o artigo 105 da Lei 8.213/91: A apresentação de documentação incompleta não constitui motivo para recusa do requerimento de benefício.

Fases do processo administrativo 1. Inicial Protocolo do Requerimento: Art. 671/678. Da IN 77/2015. Conforme preceitua o art. 176 do RPS, a apresentação de documentação incompleta não constitui motivo para recusa do requerimento de benefício, ainda que, de plano, se possa constatar que o segurado não faz jus ao benefício ou serviço que pretende requerer, sendo obrigatória a protocolização de todos os pedidos administrativos, cabendo, se for o caso, a emissão de carta de exigência ao requerente.

Fases do processo administrativo 2. Instrutória Apresentação dos documentos Os documentos devem ser apresentados em cópia simples, acompanhadas com as vias originais para autenticação pelo servidor do INSS; Cópias autenticas em cartório de notas; Cópias autenticadas pelo advogado. A IN 77/2015, lá no inciso VII do artigo 677, dispõe que os advogados podem autenticar os documentos para fins de juntadas ao processo administrativo previdenciário.

Fases do processo administrativo 3. Decisória O INSS tem o prazo de 30 dias para decidir sobre o postulado administrativo. Este prazo é previsto no artigo 49 da Lei 9.784/99, bem como no artigo 691 da Instrução Normativa 77/2015 do INSS. Nesta fase não tem muita discussão, o INSS fala sim ou não para seu requerimento. O INSS deve conceder o melhor benefício que o segurado fizer jus, sendo uma obrigação do servidor em orienta-lo sobre o melhor benefício (art. 687 IN 77/2015 e enunciado 05 do CRSS).

Fases do processo administrativo 4. Recursal Recursos Administrativos Os recursos administrativos tramitam por três instâncias, sendo: 1º Instância: Juntas de Recursos 2º Instância: Câmara de Julgamento 3º Instância: Conselho pleno A primeira e segunda instância analisam o mérito recursal, a terceira apenas uniformiza entendimento jurisprudencial administrativo.

Fases do processo administrativo 4. Recursal Espécies de Recursos Administrativos Recurso Ordinário Recurso Especial Embargos de Declaração Revisão de Ofício Reclamação ao Conselho Pleno Incidente de Uniformização de Jurisprudência

Fases do processo administrativo 4. Recursal Recursos Administrativos Primeira Instância Recursal Junta de Recursos Recurso Ordinário Embargos de Declaração Revisão de Acórdão

Fases do processo administrativo 4. Recursal Recursos Administrativos Segunda Instância Recursal Câmara de Julgamento Recurso Especial Embargos de Declaração Revisão de Acórdão

A via judicial é alternativa para os conflitos previdenciários. Em muitas vezes, só se consegue o benefício previdenciário pela via judicial. Segundo estatísticas do CNJ o INSS é o maior réu do país, ficando na frente dos bancos. Para postulação judicial, se faz necessário o prévio requerimento administrativo, com algumas exceções, que serão estudadas.

Na postulação judicial, é muito importante conhecer os enunciados do FONAJEF, as súmulas da TNU, bem como os enunciados/súmulas do Tribunal/Turma Recursal da região atuante.

A competência para processar e julgar as lides previdenciárias é da justiça federal. Art. 109 da CF/88: Aos juízes federais compete processar e julgar: I as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidente do trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e a Justiça do Trabalho.

A relação jurídica Requerente x INSS INSS x Requerido (Ação Regressiva) A competência é absoluta da Justiça Federal. Entretanto, temos exceções, tais como: acidentes de trabalho e comarca onde não for abrangida (competência delegada) por subseção judiciária (Justiça Federal). Os benefício previdenciários acidentários, os quais decorrem de acidente de trabalho são julgados pela Justiça Estadual.

No processo judicial previdenciário, temos a competência delegada, onde não havendo subseção judiciária, os litígios serão julgados pela Justiça Estadual. Art. 109, 3º da CF 88. A competência delega será exercida apenas em primeiro grau. O Recurso de Apelação ou Agravo de Instrumento, deverão ser direcionados ao Tribunal Regional Federal da Região.

Competência delega: Súmula 24 do TRF 3: É facultado aos segurados ou beneficiário da Previdência Social ajuizar ação na Justiça Estadual de seu domicílio, sempre que esse não for sede de Vara da Justiça Federal.

Lei 10.259/2001: Juizado Especial Federal Competência absoluta em razão do valor da causa. Se o valor da causa for até 60 salários mínimo, a competência para processar e julgar as demandas previdenciárias será do Juizado. O recurso contra sentença no JEF chama: Recurso Contra Sentença. Interposto perante o juízo sentenciante, direcionado as Turmas Recursais.

Lei 10.259/2001: Juizado Especial Federal Competência absoluta em razão do valor da causa. Enunciado 24 do JEF/SP: 24 - O valor da causa, em ações de revisão da renda mensal de benefício previdenciário, é calculado pela diferença entre a renda devida e a efetivamente paga multiplicada por 12 (doze).

Lei 10.259/2001: Juizado Especial Federal Competência absoluta em razão do valor da causa. Enunciado 15 do FONAJEF: Na aferição do valor da causa, deve-se levar em conta o valor do salário mínimo em vigor na data da propositura de ação.

Tipos de ações previdenciárias: 5 tipos de ações, na lição de José Antonio Savaris. Ação de concessão de benefício previdenciário; Ação de revisão de benefício previdenciário; Ação de restabelecimento de benefício prev; Ação de manutenção de benefício prev; Ação de anulação de benefício previdenciário; Mandado de Segurança (não cabe no JEF)

Ação de concessão de benefício previdenciário Será apresentada quando o INSS indeferir o requerimento administrativo e/ou quando o Conselho de Recurso negar provimento ao recurso administrativo. Objetivo desta Ação é atacar o ato administrativo que negou o benefício. Qual nome da Ação: Ação Previdenciária declaratória/condenatória para concessão de Aposentadoria Especial.

Os efeitos do pedido são: Declarar o tempo especial exercido e condenar o INSS a conceder o benefício previdenciário. É possível substituir a ação ordinária pelo Mandado de Segurança. Sempre que o direito estiver provado, opte pelo MS, será mais célere.

Ação de Revisão de Benefícios Previdenciários As revisionais, como são conhecidas, têm por objetivo questionar a concessão do benefício. Este tipo de ação sempre busca aumentar o valor dos benefícios. O que se deve questionar é a forma pela qual foi concedido o benefício previdenciário. Exemplo: segurado tinha direito a aposentadoria especial, o INSS converteu o tempo especial em comum e concedeu aposentadoria por tempo de contribuição comum, com aplicação do fator previdenciário, reduzindo cerca de 30% o valor do benefício.

Ação de restabelecimento de benefícios previdenciários Medida judicial para buscar a volta ao benefício previdenciário cessado pelo INSS. Este tipo de ação é especifica para voltar a receber. O segurado já recebia o benefício e o INSS optou por cessar o pagamento, exemplo do auxílio-doença, quando o INSS da alta médica. Não se busca a concessão originária e sim o restabelecimento do benefício cessado.

Ação de manutenção de benefícios previdenciários Trata-se de medida que visa proteger a manutenção do pagamento do benefício previdenciário. Este tipo de medida judicial, deve ser utilizada quando o benefício previdenciário está na eminência de ser cessado. Exemplo clássico é atacar a alta médica programada.

Ação de anulação de benefícios previdenciários A medida objetiva o cancelamento de um benefício recebido por uma pessoa no lugar de outra. Exemplo: viúva pleiteia pensão por morte e por ela ter a certidão de casamento, tem o pedido deferido. Ocorre que o falecido e a beneficiária que deu entrada no pedido já estavam separados de fato a mais de 10 ano e o falecido convivia com outra pessoa. Quem tem direito? A ex ou a companheira? A companheira, vamos ajuizar a ação para anular o benefício da ex e conceder para a companheira.

e o prévio requerimento administrativo Para ajuizamento das ações previdenciárias, se faz necessário o prévio requerimento administrativo. O STF no julgamento do RE 631.240/MG, decidiu que há necessidade do prévio requerimento administrativo. Logo, deve-se passar pelo crivo do INSS.

Súmula 9 do TRF 3. Em matéria previdenciária, torna-se desnecessário o prévio exaurimento da via administrativa, como condição de ajuizamento da ação. Enunciado 35 do JEF/SP: O ajuizamento da ação de concessão de benefício da seguridade social reclama prévio requerimento administrativo. Enunciado 77 do FONAJEF: O ajuizamento da ação de concessão de benefício da seguridade social reclama prévio requerimento administrativo.

Entretanto, há exceções a regra do prévio requerimento administrativo.

Enunciado nº.79 do FONAJEF A comprovação de denúncia da negativa de protocolo de pedido de concessão de benefício, feita perante a ouvidoria da Previdência Social, supre a exigência de comprovação de prévio requerimento administrativo nas ações de benefícios da seguridade social

Exceção ao prévio requerimento administrativo PROCESSO CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. JUÍZO DE RETRATAÇÃO. ART. 543-C, DO CPC. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. AUXÍLIO-DOENÇA. REVISÃO DO BENEFÍCIO. PRÉVIO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO. DESNECESSIDADE. AGRAVO LEGAL PROVIDO. (...) 2. Ressalvada a possibilidade de formulação diretamente em juízo, na hipótese de pretensão de revisão, restabelecimento ou manutenção de benefício anteriormente concedido, salvo se depender de matéria de fato. (...). (TRF 3. 0001763-46.2012.4.03.6127)

Exceção ao prévio requerimento administrativo Quando não envolver matéria de fato, não precisa de prévio requerimento administrativo. Só haverá necessidade de prévio requerimento, quando a matéria exigir análise de fatos constitutivos do direito, caso contrário, não!!!

Exceção ao prévio requerimento administrativo FONAJEF: Enunciado 78 O ajuizamento da ação revisional de benefício da seguridade social que não envolva matéria de fato dispensa o prévio requerimento administrativo. Enunciado 36 do JEF/SP: 36 - O ajuizamento da ação revisional de benefício da seguridade social que não envolva matéria de fato dispensa o prévio requerimento administrativo.

CPC 2015 Art. 319 e seguintes Petição inicial previdenciária Regra geral: Comum (art. 318) Art. 1.048 (idoso) Descrever os fatos e o direito Tutelas (provisória 294 urgência 300 e evidência 311) Requerimentos Pedido e valor da causa

CPC 2015 Petição inicial previdenciária Contestação prazo em dobro - 30 dias. Art. 183 Provas perícia art. 464 e seguintes Impugnação do Laudo. Prazo de 15 dias. Art. 477, 1º. Sentença com resolução de mérito (art. 487); sem mérito (art. 485) A sentença é atacada por meio do Recurso de Apelação art. 1.009 Prazos processuais em dias úteis. Art. 219

TUTELA DE EVIDÊNCIA Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;

INTIMAÇÃO DA TESTEMUNHA ART. 455 Art. 455. Cabe ao advogado da parte informar ou intimar a testemunha por ele arrolada do dia, da hora e do local da audiência designada, dispensando-se a intimação do juízo. 1 o A intimação deverá ser realizada por carta com aviso de recebimento, cumprindo ao advogado juntar aos autos, com antecedência de pelo menos 3 (três) dias da data da audiência, cópia da correspondência de intimação e do comprovante de recebimento. *Atenção*

PERÍCIA ART. 473 CPC 2015 Art. 473. O laudo pericial deverá conter: I - a exposição do objeto da perícia; II - a análise técnica ou científica realizada pelo perito; III - a indicação do método utilizado, esclarecendo-o e demonstrando ser predominantemente aceito pelos especialistas da área do conhecimento da qual se originou; IV - resposta conclusiva a todos os quesitos apresentados pelo juiz, pelas partes e pelo órgão do Ministério Público.

Remessa Necessária Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença: I proferida contra a União, o Estado, o Distrito Federal, o Município, e as respectivas autarquias e fundações de direito público; 3º Não se aplica o disposto neste artigo quando a condenação ou o proveito econômico obtido na causa for de valor certo e líquido inferior a: I 1.000 (mil) salários-mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações de direito público;

Recursos e Prazos Justiça Comum CPC 2015 Art. 994 I Apelação Prazo do INSS é dobrado 30 dias II Agravo de Instrumento Prazo do INSS é dobrado 30 dias III Agravo interno Prazo do INSS é dobrado 30 dias IV Embargos de Declaração Prazo do INSS é dobrado 10 dias V Recurso Ordinário Prazo do INSS é dobrado 30 dias VI Recurso Especial - 30 VII Recurso Extraordinário 30 VIII Agravo em RE e Resp (RI) IX Embargos de Divergência - 30

Decisão Monocrática do Relator CPC 2015 Agravo Legal ou Agravo Interno Art. 1.021. Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal. 1o Na petição de agravo interno, o recorrente impugnará especificadamente os fundamentos da decisão agravada. 2o O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para manifestar-se sobre o recurso no prazo de 15 (quinze) dias, ao final do qual, não havendo retratação, o relator levá-lo-á a julgamento pelo órgão colegiado, com inclusão em pauta. (...) 4 o Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou improcedente em votação unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada, condenará o agravante a pagar ao agravado multa fixada entre um e cinco por cento do valor atualizado da causa. 5 o A interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao depósito prévio do valor da multa prevista no 4 o, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final.

Execução contra o INSS O processo é sincrético, tudo nos mesmos autos. Art. 534 e 535 Cálculos por parte do exequente Prazo para Fazenda impugnar é de 30 dias Caso a impugnação verse sobre excesso de execução, deve a Fazenda trazer os cálculos que entende por corretos; A parte não impugnada, deverá ser cumprida imediatamente, ou seja, caso o INSS apresente impugnação aos cálculos, deverá pagar o valor incontroverso.

Juizado Especial Federal Prazos nos Juizados Os prazos processuais nos Juizados Especiais não seguem a regra do CPC. Os prazos são contados em dias úteis. O Processo Judicial Previdenciário nos Juizados Especiais segue as Resoluções do CJF 392 e 393 de 2016 e 345 e 347 de 2015. O prazo do recurso contra sentença é de 10 dias. Prazo para embargos da sentença: 05 dias.

Juizado Especial Federal Prazos nos Juizados Enunciado FONAJEF nº 175 Por falta de previsão legal específica nas leis que tratam dos juizados especiais, aplica-se, nestes, a previsão da contagem dos prazos em dias úteis (CPC/2015, art. 219) (Aprovado no XIII FONAJEF)

Juizado Especial Federal Primeira Instância Lei 10.259/01 Competência absoluta em razão do valor da causa. Inferior a 60 salário mínimo, competência é do JEF. Não existe prazo dobrado para a Fazenda Publica contestar e recorrer. Art. 9 o Não haverá prazo diferenciado para a prática de qualquer ato processual pelas pessoas jurídicas de direito público, inclusive a interposição de recursos, devendo a citação para audiência de conciliação ser efetuada com antecedência mínima de trinta dias. A contestação deverá ser apresentada até a data da audiência Prazo do Recurso contra a sentença será de 10 dias.

Juizado Especial Federal Recursos Lei 9.099/95 e 10.259/01 O acórdão da Turma Recursal, será atacado via Recurso Extraordinário, quando a decisão violar dispositivos constitucionais. Os acórdãos das TR s, também, poderão ser impugnados através dos incidentes de uniformização, os quais serão apreciados e julgados pelas Turmas Regionais de Uniformização e/ou Turma Nacional de Uniformização. O fundamento legal para os incidentes de uniformização é o artigo 14 da Lei 10.259/01. É de suma importância que observem os Regimentos Internos de cada Região e o Regimento interno da TNU.

Juizado Especial Federal Recursos Lei 9.099/95 e 10.259/01 O Incidente de Uniformização, seja regional ou nacional, reclamam o prequestionamento da matéria. A matéria deve estar amplamente discutida e questionada

Juizado Especial Federal Recursos Lei 9.099/95 e 10.259/01 O Incidente de Uniformização, seja regional ou nacional, objetivam a uniformização do entendimento. É de suma importância o cotejo analítico das decisões paradigmas. O acórdão paradigma deve representar similitude com o caso concreto. O Incidente deve ser endereçado para Turma Recursal, requerendo sua remessa para a TRU ou TNU.

Michel Gouveia Prof. Michel Gouveia Professor Michel Gouveia / Previtube michelogouveia