Uso e Ocupação do Solo Escolha do local de projeto de acordo com critérios de sustentabilidade
Os principais objetivos do projeto de um sítio sustentável são minimizar o impacto no local e aumentar os benefícios naturais que o local fornece.
Princípios BásicosB Seleção do local; Acessibilidade a transporte público; Controle e redução de ruídos; Projeto de espaços verdes e paisagismo; Minimizar os impactos ao eco-sistema natural; Humanização das áreas valores de comunidade Paisagismo urbano de Miasteczko Wilanów, Polônia.
Controle de sedimentação e erosão Controlar a erosão para reduzir impactos negativos na qualidade da água e do ar; Prevenir perdas de solo durante a construção devido a chuvas e/ou erosão do vento; Prevenir sedimentação da canalização de esgoto e pluvial; e Prevenir poluição do ar com poeira e materiais particulados.
A ABNT (NBR 15575) preconiza que a implantação do empreendimento deve considerar os riscos de desconfinamento do solo, deslizamentos de taludes, enchentes, erosões, assoreamentos de vales ou cursos d água, lançamento de esgoto a céu aberto, contaminação do solo ou da água por efluentes ou outras substâncias (Desempenho de Edifícios habitacionais de até 5 Pavimentos parte 1). Mumbai, Índia. Califórnia, EUA. Voçoroca Mãe Biela, Brasil.
Área de Implantação do Projeto A preservação da vegetação é fundamental para a proteção dos corpos d água por contribuírem para a estabilização das margens, redução do assoreamento e manutenção da qualidade da água: evitar a implantação do projeto em áreas não edificáveis, reduzindo o impacto ambiental. Desenvolvimento de áreas urbanas com infra-estrutura existente: evitar a dispersão da ocupação, proteger áreas verdes e preservar habitats e recursos naturais.
Reabilitação de áreas degradadas por contaminação ambiental Reabilitar locais degradados devido à contaminação ambiental (brownfields) provocada por indústrias ou atividades municipais, e com isso evitar a utilização de áreas não desenvolvidas. brownfield Reuso do Solo Reutilizar áreas previamente construídas a fim de evitar a utilização de áreas não desenvolvidas (greenfields). greenfield
Limitação da perturbação do solo Em áreas não edificadas: verificar a manutenção da vegetação existente no terreno; verificar se cortes e aterros são balanceados dentro do terreno para reduzir a quantidade de camada superior e aterros retiradas do canteiro
Limitação da perturbação do solo Em áreas previamente edificadas: balancear cortes e aterros dentro do canteiro e substituir partes das superfícies impermeabilizadas por vegetação nativa ou adaptativa, a fim de contribuir para o escoamento natural da chuva; Níveis de ruído durante a construção: verificar se o ruído durante a construção afeta as propriedades adjacentes.
Acesso à Transporte Público; ou outros recursos como estacionamentos; Proporcionar condições para uso de transporte alternativo (ex: bicicletários); Encorajar o uso de veículos com combustível alternativo. Primeiro bicicletário instalado em São Paulo, em uma estação de metrô, (Guilhermina Esperança - 2007 ) - Brasil.
Permitir a percolação natural das chuvas Aumento de superfícies permeáveis, proporcionando maior infiltração da água da chuva; Uso de Tetos jardins; Uso de pavimentos permeáveis.
LEED pontua a redução do efeito de ilha de calor, possuindo requisito para o uso de sombreamento, uso de materiais de cor clara (refletância de pelo menos 0,3) e aumento de superfícies permeáveis. Efeito de ilha de calor - imagem foto térmica noturna de Atlanta, EUA.
Humanização das áreas Proporcionar locais para descanso, lazer e educação aos usuários dentro dos limites do terreno. Paisagismo de um hospital, que proporciona local para exercício e alongamento dentro dos limites do terreno, Uberlândia, Brasil.
Aplicação de Análise de Ciclo de Vida em avaliação ambiental de edifícios Entradas Solo, energia (limpeza, movimento de terra) Energia, água (componentes e materiais) Energia, água e materiais (operação, manutenção e reforma Energia Preparação do terreno Construção (componentes e materiais) Uso e manutenção Demolição Reuso/reciclagem Saídas CO2, poeira, ruído (perda de vegetação, perda de habitats) CO2, poeira, ruído, RCD (componentes e materiais) CO2, resíduos, esgoto, etc (operação, manutenção e reforma CO2, poeira, ruído, RCD Esquema dos fluxos ambientais ao longo do ciclo de vida de um edifício.
Estruturas de avaliação BREEAM 1998 - UK (Building Research Estabilishment Environmental Assessment Method,1998 UK) Direcionamento de crescimento urbano, evitando greenfields e encorajando a recuperação de brownfields e uso de vazios urbanos Categorias Pontos (máximo de 1062 pontos) Gestão (14,1%) 150 Saúde/conforto (14,1%) 150 Uso de energia (19,6%) 208 Transporte(11,3%) 120 Uso de água (4,5%) 48 Uso de materiais (9,8%) 104 Uso de solo (3%) 32 Ecologia local (9%) 96 Poluição (14,5%) 154
Estruturas de avaliação BEPAC 1993 (Building Environmental Performance Assessment Criteria, 1993 Canadá) Proteção da camada de ozônio; Impacto ambiental do uso de energia; Qualidade do ambiental interno; Conservação de recursos; e Contexto de implantação e transporte.
Estruturas de avaliação Green Building Challenge (GBC) 1996 GBTool Canadá O GBC utiliza indicadores de sustentabilidade ambiental. São doze indicadores testados até 2002. Os relacionados a seguir correspondem de alguma forma ao uso e ocupação do solo. Categorias Peso (total 100%) Uso de recursos (Energia, água, solo e materiais 20% Indicadores normalizados por área e por área e ocupação: Massa total de materiais reutilizados empregados no projeto, vindos do próprio terreno ou de fontes externas, kg; Massa total de novos materiais (não reutilizados) empregados no projeto, vindos de fontes externas, kg. Cargas ambientais 25% Qualidade do ambiente interno 20% Qualidade dos 15% serviços Aspectos econômicos 10% Gestão pré-ocupação 10% Transporte 0%
Estruturas de avaliação LEED 1999 (Leadership in Energy and Environmetal Design, 1999 EUA) Categorias Pré-requisitos Pontos (máximo 69 pontos todo o LEED) Sítios sustentáveis (20%) Até 14 pontos do LEED Seleção da área 01 Redesenvolvimento urbano 01 Redesenvolvimento de áreas contaminadas (brownfield) Transporte alternativo Até 04 Redução da pertubação no sítio original Controle de erosão e sedimentação Até 02 Gestão de água da chuva Até 02 01 Paisagismo e projeto de áreas externas para a redução de ilhas de calor Até 02 Redução de poluição luminosa 01
Estruturas de avaliação CASBEE 2002 (Japan Sustainability Building Consortium, 2002 Japão) Aspectos avaliados Categorias para derivar o BEE Pontos BEE Consumo de energia Uso de recursos críticos Ambiente local Ambiente interno Qualidade ambiental Um dos aspectos: ambiente externo (ao edifício) no terreno (0,15 manutenção e criação de ecossistema, paisagem, características locais e culturais) Cargas internas Um dos aspectos: Ambiente fora do terreno (0,2 poluição do ar, ruído e odores, acesso a ventilação, acesso a iluminação, efeito de ilhas de calor, carga em infraestrutura local) 115 15 105 35 Numerador BEE Denominador BEE + 80 subitens 18 categorias 220
Reserva Point Fraser, Austrália. Um significativo redesenvolvimento de um distrito comercial, que servia apenas como estacionamento, no qual fornecia pouca interação com o domínio público. Com o novo projeto de reabilitação desse brownfield (local contaminado por Acid Sulphate Soil Material - ASSM), controlou-se o escoamento das águas de chuvas, evitando alagamentos, e também, uma dinâmica espacial que permite interação entre os homens e a natureza. Fonte: www.sustainablesites.org
Reserva Point Fraser, Austrália. Para garantir a proteção das espécies nativas e introduzidas à criação de ecossistemas saudáveis, um programa de controle foi realizado em todas as fases de construção e tem continuado como parte da manutenção do programa. Local: Swan River Foreshore, Perth, Austrália Custo do projeto: $8,6 milhões Fonte: www.sustainablesites.org
Um pequeno projeto, renovando a paisagem urbana residencial em Portland. O projeto incluiu: redução da utilização da água para irrigação, melhora na percolação de água da chuva, utilização de materiais recuperados nos caminhos e na cerca. O novo projeto paisagístico fornece cerca de 60% dos produtos de horta. A família criou novos espaços para atividades, como a jardinagem, jantar, e jogar. Residência Jardim Malolepsy / Battershell, Oregon. Fonte: www.sustainablesites.org
Local: Portland, Oregon Custo do projeto: $16, 5 mil Residência Jardim Malolepsy / Battershell, Oregon. Fonte: www.sustainablesites.org
Jardins em Santa Mônica, Califórnia. Jardim tradicional Jardim nativo Em 2003, a cidade de Santa Monica, Califórnia, deu início a um projeto chamado jardim/jardim, destinado a incentivar a cidade e os moradores locais a adotarem práticas sustentáveis no jardim. A cidade pretendia promover práticas que teria, entre outras, economizar água e energia, reduzir os resíduos urbanos, e também diminuição de enxurradas. Fonte: www.sustainablesites.org
Jardins em Santa Mônica, Califórnia. Local: Santa Monica, California Custo do projeto: Jardim Tradicional: $12.400 Jardim Nativo: $ 16.700 $29,1 mil ( para os dois jardins) Fonte: www.sustainablesites.org