Vida Longa e Cidadania Conheça o Estatuto do Idoso



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Transcrição:

Vida Longa e Cidadania Aprenda a defender-se e a exigir seus direitos

Mesa da Câmara dos Deputados 53ª Legislatura 4ª Sessão Legislativa 2010 Presidente Michel Temer 1 o Vice-Presidente Marco Maia 2 o Vice-Presidente Antonio Carlos Magalhães Neto 1 o Secretário Rafael Guerra 2 o Secretário Inocêncio Oliveira 3 o Secretário Odair Cunha 4 o Secretário Nelson Marquezelli Suplentes de Secretário 1 o Suplente Marcelo Ortiz 2 o Suplente Giovanni Queiroz 3 o Suplente Leandro Sampaio 4 o Suplente Manoel Junior Diretor-Geral Sérgio Sampaio Contreiras de Almeida Secretário-Geral da Mesa Mozart Vianna de Paiva

Câmara dos Deputados Vida Longa e Cidadania 2 a Edição Cartilha elaborada com o objetivo de divulgar a Lei n o 10.741, de 2003, que dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências. Centro de Documentação e Informação Coordenação Edições Câmara Brasília/2010

CÂMARA DOS DEPUTADOS DIRETORIA LEGISLATIVA Diretor: Afrísio Vieira Lima Filho CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO E INFORMAÇÃO Diretor: Adolfo C. A. R. Furtado COORDENAÇÃO EDIÇÕES CÂMARA Diretora: Maria Clara Bicudo Cesar SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL Diretor: Sergio Chacon Câmara dos Deputados Centro de Documentação e Informação Cedi Coordenação Edições Câmara Coedi Anexo II Praça dos Três Poderes Brasília (DF) CEP 70160-900 Telefone: (61) 3216-5809; fax: (61) 3216-5810 edicoes.cedi@camara.gov.br Texto: Oficina da Palavra Capa, ilustrações, diagramação: Racsow SÉRIE Ações de cidadania n. 10 Dados Internacionais de Catalogação-na-publicação (CIP) Coordenação de Biblioteca. Seção de Catalogação. Vida longa e cidadania : conheça o Estatuto do Idoso. 2. ed. Brasília : Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2010. 35 p. (Série Ações de cidadania ; n. 10) ISBN 978-85-736-5706-7 Cartilha elaborada com o objetivo de divulgar a Lei nº 10.741, de 2003, que dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências. 1. Brasil. [Estatuto do idoso(2003)]. 2. Idoso, proteção, Brasil. 3. Assistência à velhice, Brasil. I. Série. ISBN 978-85-736-5706-7 (brochura) CDU 3-053.9(81) ISBN 978-85-736-5707-4 (e-book)

Sumário Respeito e dignidade aos idosos... 7 Prioridade garantida... 9 Saúde em primeiro lugar... 9 Moradia digna...11 Educação, cultura, esporte e lazer...13 Oferta de trabalho...15 Facilidade para ir e vir...16 Previdência Social...17 Assistência social e atendimento ao idoso...19 Acesso à Justiça...22 Crimes e suas punições...23 Quem fiscaliza...26 Responsabilidade de todos os cidadãos...28 Campanha...31 5

Respeito e dignidade aos idosos Depois de uma vida dedicada ao trabalho e à família, o mínimo que se espera é respeito e reconhecimento. Infelizmente, a realidade não é bem assim. O cidadão idoso, que naturalmente já sofre com a diminuição do vigor da juventude e com doenças características de sua idade, muitas vezes é vítima também da discriminação, da violência e do abandono. Esse descaso é ainda mais grave em um país como o Brasil, cuja população com mais de 60 anos cresce ano a ano. Segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existiam 14.536.029 brasileiros nessa faixa etária em 7

2000, o que equivalia a 8,6% da população, bem mais que os 6% de 1980, por exemplo. A expectativa de vida também aumentou sensivelmente: 64,7 anos para os homens, contra 42,7 em 1940, e 72,5 anos para as mulheres, bem mais que os 47,1 de 64 anos atrás. Atento a isso, o Congresso Nacional aprovou, em 2003, a Lei nº 10.741, conhecida como Estatuto do Idoso. Sancionada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em 1º de outubro de 2003, a lei sedimenta e amplia direitos definidos em legislações anteriores e na Constituição Federal, além de criar várias outras formas de proteção aos idosos. Saúde, moradia, transporte, trabalho, educação, cultura, esporte, lazer, cidadania, todos os aspectos para garantir uma vida digna a quem tanto já contribuiu para o país estão contemplados no Estatuto. O texto foi amplamente discutido com a sociedade durante seis anos, desde a apresentação do projeto de lei à Câmara dos Deputados pelo então deputado Paulo Paim. Se você tem mais de 60 anos, quer conhecer seus direitos e também saber como exigi-los, ou se simplesmente é um cidadão consciente que deseja conhecer a lei para ajudar a fiscalizar sua aplicação, leia a seguir os principais pontos do Estatuto do Idoso. 8

Prioridade garantida O idoso tem direito a atendimento preferencial imediato e individualizado nos órgãos públicos e privados prestadores de serviços à população. (art. 3º) Saúde em primeiro lugar O Sistema Único de Saúde (SUS) deve garantir atenção integral à saúde do idoso, além de acesso universal e igualitário. As doenças que mais afetam os idosos têm que receber atenção especial. (art.15) Para possibilitar a prevenção e a manutenção da saúde, os idosos devem ser cadastrados para esse fim. Também deve haver atendimento geriátrico e gerontológico em ambulatórios e em unidades geriátricas de referência, com especialistas em geriatria e gerontologia social. Idosos que não podem se locomover, inclusive os abrigados em alguma instituição, têm direito tanto a atendimento domiciliar quanto a internação. (art. 15) 9

O poder público deve fornecer gratuitamente aos idosos medicamentos, próteses e órteses. (art.15) Os planos de saúde, que antes aplicavam grandes reajustes na mensalidade para maiores de 60 anos, não podem mais fazê-lo. A lei impede a cobrança de valores diferenciados por causa da idade. (art. 15) O idoso internado ou em observação tem direito a acompanhante. (art. 16) Se estiver no domínio de suas faculdades mentais, é o idoso quem deve escolher o tratamento de saúde de sua preferência. (art. 17) As instituições de saúde devem promover treinamento e capacitação de profissionais para tratamento dos idosos, além de orientar cuidados familiares e grupos de autoajuda. (art. 18) Os profissionais de saúde devem comunicar à polícia, ao Ministério Público ou ao Conselho do Idoso (municipal, estadual ou nacional) casos suspeitos ou confirmados de maus-tratos contra idosos. (art. 19) Vida Longa e Cidadania 10

Moradia digna O idoso é quem decide onde quer morar, desde que esteja apto para isso. Ele tem direito a moradia digna, com sua família ou substituta, ou pode viver sozinho, se assim preferir. Também tem direito a ser abrigado em instituição pública ou privada. (art. 37) Nos casos de abandono, inexistência de família ou casa-lar, ou quando a família do idoso e ele próprio não tiverem recursos para garantir sua moradia, deve ser-lhe prestada assistência integral em uma entidade de longa permanência, antes conhecida como asilo. (art. 37) As instituições que abrigam idosos são obrigadas a oferecer um padrão de habitação de acordo com as necessidades deles, garantindo alimentação e higiene adequadas. (art. 37) 11

Nos programas habitacionais públicos ou subsidiados pelo governo, o idoso tem direito a reserva de três por cento das unidades residenciais; a implantação de equipamentos urbanos comunitários voltados a ele; a acesso facilitado a todos os espaços, sem barreiras arquitetônicas e urbanísticas; e a financiamento compatível com seus rendimentos. (art. 38) Vida Longa e Cidadania 12

Educação, cultura, esporte e lazer Todos os idosos têm direito a desconto de 50% nos ingressos para eventos artísticos, culturais, esportivos e de lazer, além de acesso preferencial aos locais desses eventos. (art. 23) As escolas devem incluir em seus currículos temas como o processo de envelhecimento, o respeito ao idoso e sua valorização. (art. 22) O poder público deve apoiar a criação de universidade aberta para idosos e a publicação de livros e periódicos voltados para eles. Deve também adequar currículos, metodologias e material didático aos cursos destinados aos 13

idosos para que eles tenham acesso facilitado à educação, incluindo conteúdo relativo às técnicas de comunicação, de modo a integrá-los à vida moderna. (art. 21 e art. 25) Os meios de comunicação têm de manter espaços ou horários especiais para os idosos e também informar o público sobre o processo de envelhecimento. (art. 24) Vida Longa e Cidadania 14

Oferta de trabalho Não pode haver discriminação do idoso nem fixação de limite de idade para um cargo ou concurso, a não ser em casos específicos. (art. 27) Nos concursos, o primeiro critério de desempate é a idade, com preferência para o mais velho. (art. 27) Os governos devem criar e estimular programas de profissionalização para idosos; preparar os trabalhadores para a aposentadoria, no mínimo um ano antes, estimulando projetos sociais e prestando esclarecimento sobre direitos sociais e cidadania; e estimular as empresas privadas a contratar idosos. (art. 28) 15

16 Facilidade para ir e vir Maiores de 65 anos têm direito a passagem de graça em transportes coletivos públicos urbanos e semiurbanos, a não ser em linhas seletivas e especiais. Idosos entre 60 e 65 anos também podem ter esse direito, dependendo de legislação local. Qualquer documento pessoal deve ser aceito para comprovação da idade, não só carteiras especiais de idosos. (art. 39) Os veículos de transporte coletivo têm de reservar 10% dos assentos para os idosos. (art. 39) No transporte interestadual, duas vagas gratuitas devem ser reservadas por veículo para idosos que recebam até dois salários mínimos. Os demais idosos, na mesma situação, têm direito a 50% de desconto na passagem. Os órgãos competentes devem definir os mecanismos para o cumprimento da lei. (art. 40) Os idosos devem ter prioridade no embarque em transporte coletivo. (art. 42) Nos estacionamentos públicos e privados, 5% das vagas devem ser reservadas para os idosos, de acordo com lei local. (art. 41)

Previdência Social Aposentadorias e pensões devem ter seu valor real preservado. Esses benefícios serão reajustados na mesma data de reajuste do salário mínimo. (art. 29) O fato de o segurado não estar em dia com suas contribuições mensais não deve ser considerado para a concessão de aposentadoria por idade, desde que a pessoa tenha cumprido o tempo mínimo de contribuição exigido até a data de requerimento do benefício. (art.30) A data-base dos aposentados e pensionistas passa a ser 1º de Maio, Dia Mundial do Trabalho. (art. 32). Os benefícios, antes pagos nos dez primeiros dias úteis do mês, agora devem ser pagos nos cinco primeiros dias úteis. Nesses dias, para atender exclusivamente aos idosos, os bancos passaram a abrir duas horas antes. 17

Assistência social e atendimento ao idoso Se o idoso a partir de 65 anos, ou sua família, não tiver meios de prover sua subsistência, tem direito a receber benefício mensal de um salário mínimo, nos termos da Lei Orgânica da Assistência Social. Esse benefício antes era restrito a maiores de 67 anos. (art. 34) O cálculo da renda familiar per capita a que se refere a Lei Orgânica da Assistência Social de um quarto do salário mínimo não deve incluir o benefício assistencial recebido por qualquer outro idoso da família, como ocorria antes. (art. 34) As entidades de longa permanência ou casas-lares devem firmar contrato de prestação de serviços com o idoso abrigado. (art. 35) Entidades filantrópicas e casas-lares podem cobrar participação do idoso no seu custeio, mas o valor não poderá passar de 70% do benefício previdenciário ou assistencial recebido pelo idoso. (art. 35) A política de atendimento ao idoso, articulada por ações governamentais e não governamentais, deve ter como linhas de ação: políticas e programas de assistência social, em caráter supletivo, para aqueles que necessitarem; serviços especiais de atendimento 19

às vítimas de negligência, maus-tratos, exploração, abuso, crueldade e opressão; serviço de identificação e localização de parentes ou responsáveis por idosos abandonados em hospitais e instituições de longa permanência; proteção jurídico-social por entidades de defesa dos direitos dos idosos; e mobilização da opinião pública para estimular a participação dos diversos segmentos da sociedade no atendimento ao idoso. (art. 46 e 47) As entidades de atendimento ao idoso devem oferecer instalações em condições adequadas de habitabilidade, higiene, salubridade e segurança, estar regularmente constituídas e ter dirigentes idôneos. (art. 48) Vários princípios têm de ser adotados por entidades de longa permanência: preservação dos vínculos familiares; atendimento personalizado e em pequenos grupos; manutenção do idoso na mesma instituição, salvo se houver motivo de força maior; participação do idoso em atividades comunitárias internas e externas; observância dos direitos e garantias dos idosos; preservação da identidade do idoso e oferecimento de ambiente de respeito e dignidade. (art. 49) São obrigações das entidades de atendimento ao idoso: fornecer vestuário adequado (se for pública) e alimentação suficiente; oferecer acomodações apropriadas para as visitas; Vida Longa e Cidadania 20

proporcionar cuidados à saúde do idoso; promover atividades educacionais, esportivas, culturais e de lazer; propiciar assistência religiosa aos que desejarem; comunicar às autoridades de saúde ocorrência de idoso com doença infectocontagiosa; providenciar ou solicitar ao Ministério Público documentos necessários ao exercício da cidadania aos que não os tiverem; fornecer comprovante de depósito dos bens móveis que receberem dos idosos; manter arquivos completos sobre os idosos; comunicar ao Ministério Público casos de abandono material ou moral do idoso pelos familiares; ter profissionais com formação específica. (art. 50) Instituições filantrópicas e sem fins lucrativos que prestam serviços a idosos têm direito a assistência judiciária gratuita. (art. 51) Em caso de descumprimento do Estatuto, entidades governamentais e não governamentais de atendimento ao idoso estão sujeitas a advertência, multas de até R$ 6 mil, afastamento de seus dirigentes, suspensão do repasse de verbas públicas, interdição, fechamento e proibição de funcionamento. (art. 55, 56, 57 e 58) 21

Acesso à Justiça Devem ter prioridade na tramitação, em qualquer instância, processos, procedimentos e execução de atos e dilingências judiciais em que pessoa com idade igual ou superior a 60 anos figure como parte ou interveniente. Essa prioridade se estende a processos e procedimentos da Administração Pública, empresas prestadoras de serviços públicos e instituições financeiras, atendimento preferencial na Defensoria Pública da União, dos estados e do Distrito Federal em relação aos Serviços de Assistência Judiciária. (art. 71) O Poder Judiciário pode criar varas especializadas e exclusivas do idoso. (art. 70) 22

Crimes e suas punições Discriminar pessoa idosa impedindo ou dificultando seu acesso a operações bancárias, aos meios de transporte, ao direito de contratar ou por qualquer outro meio ou instrumento necessário ao exercício de cidadania, desdenhar, humilhar ou menosprezar o idoso: reclusão de seis meses a um ano e multa (pena aumentada de um terço se o crime for cometido pela pessoa responsável pelo idoso). (art. 96) Deixar de prestar assistência ao idoso em situação de iminente perigo, dificultar assistência a sua saúde sem justa causa ou não pedir socorro a autoridade pública: detenção de seis meses a um ano e multa (pena dobrada se houver lesão corporal grave e triplicada se o crime resultar em morte). (art. 97) Abandonar o idoso em hospitais, casas de saúde, entidades de longa permanência ou não prover suas necessidades básicas quando 23

obrigado por lei ou mandado: detenção de seis meses a três anos e multa. (art. 98) Expor a perigo a integridade e a saúde, física ou psíquica, do idoso, submetendo-o a condições desumanas ou degradantes, privando-o de alimentos e cuidados indispensáveis, quando obrigado a fazê-lo, ou sujeitando-o a trabalho excessivo ou inadequado: detenção de dois meses a um ano e multa (se houver lesão corporal grave, reclusão de um a quatro anos, e se o crime resultar em morte, reclusão de quatro a 12 anos). (art. 99) Obstar o acesso a cargo público ou negar emprego por motivo de idade; recusar, retardar ou dificultar atendimento ou deixar de prestar assistência à saúde do idoso sem justa causa; deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo motivo, a execução de ordem judicial expedida na ação civil a que alude o Estatuto; recusar, retardar ou omitir dados técnicos indispensáveis à ação civil, quando requisitados pelo Ministério Público: reclusão de seis meses a um ano e multa. (art. 100) Deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo motivo, a execução de ordem judicial expedida nas ações em que for parte ou interveniente o idoso: detenção de seis meses a um ano e multa. (art. 101) Vida Longa e Cidadania 24

Apropriar-se de bens, proventos, pensão ou qualquer rendimento do idoso ou desviá-los: reclusão de um a quatro anos e multa. (art. 102) Negar o acolhimento ou permanência do idoso, como abrigado, por recusa deste em outorgar procuração à entidade de atendimento: detenção de seis meses a um ano e multa. (art. 103) Reter qualquer documento ou o cartão magnético de conta bancária relativa a benefícios, proventos ou pensão do idoso, com o objetivo de assegurar o pagamento de dívida: detenção de seis meses a dois anos e multa. (art. 104) Exibir ou veicular informações ou imagens depreciativas ou injuriosas ao idoso: detenção de um a três anos e multa. (art. 105) Induzir idoso sem discernimento de seus atos a outorgar procuração para fins de administração de bens ou para deles dispor livremente: reclusão de dois a quatro anos. (art. 106) Coagir o idoso a doar, contratar, testar ou outorgar procuração: reclusão de dois a cinco anos. (art. 107) Lavrar ato notarial que envolva idoso sem discernimento de seus atos sem a devida representação legal: reclusão de dois a quatro anos. (art. 108) 25

Quem fiscaliza É dever de todo cidadão denunciar a violação do Estatuto. (art. 6º) Os conselhos do idoso (nacional, estaduais, municipais e do Distrito Federal) devem zelar pelo cumprimento do Estatuto. (art. 7º) Os conselhos do idoso, o Ministério Público, a Vigilância Sanitária e outros órgãos previstos em lei devem fiscalizar as entidades governamentais e não governamentais de atendimento ao idoso. (art. 52) Ao Ministério Público compete instaurar inquérito civil e ação civil para a proteção dos direitos e interesses difusos ou coletivos, individuais indisponíveis e individuais homogêneos do idoso; promover e acompanhar ações de alimentos, de interdição total ou parcial, de 26

designação de curador especial e oficiar em todos os feitos em que se discutam os direitos de idosos em condições de risco; atuar como substituto processual do idoso em situação de risco; promover a revogação do instrumento procuratório do idoso; instaurar procedimento administrativo; instaurar sindicâncias, requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial; requisitar força policial e a colaboração dos serviços de saúde, educacionais e de assistência social públicos. (art. 74) Têm legitimidade para propor ações cíveis fundadas em interesses difusos, coletivos, individuais indisponíveis ou homogêneos referentes aos idosos: o Ministério Público; a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios; a Ordem dos Advogados do Brasil; associações legalmente constituídas há pelo menos um ano e que incluam entre os fins institucionais a defesa dos interesses e direitos dos idosos. (art. 81) 27

28 Responsabilidade de todos os cidadãos O respeito ao Estatuto do Idoso depende da participação de toda a sociedade. Órgãos do governo, entidades privadas e organizações não governamentais, além de cada um de nós, têm a obrigação de zelar pelo cumprimento da lei. E o Estatuto foi elaborado ouvindo exatamente esses segmentos da sociedade, que estão presentes para defender os direitos dos idosos. A Frente Parlamentar de Entidades Civis e Militares em Defesa da Previdência Social Pública é um exemplo de participação ativa na elaboração e aplicação da lei. Josepha Britto, secretária executiva da Frente, contribuiu com a criação do Estatuto desde que foi apresentado o projeto de lei original em 1997. Ela destaca a importância do

Estatuto como uma consolidação de todas as leis que já existiam para o idoso, mas que em grande parte não estavam sendo cumpridas. Embora reconheça que ainda há muito que batalhar para que a lei seja devidamente aplicada, Josepha acredita que ela já está motivando o idoso a lutar por seus direitos. Eles estão muito mais conscientes, cobrando mais, afirma. Segundo ela, uma inspiração para o Estatuto foi a cultura oriental de valorização da sabedoria e do conhecimento dos idosos. Quando morre um idoso, morre uma biblioteca, ressalta. Quando morre um idoso, morre uma biblioteca. Josepha Britto, secretária executiva da Frente Parlamentar de Entidades Civis e Militares em Defesa da Previdência Social Pública Em defesa dessas ricas bibliotecas, foi instituído, em setembro de 2002, o Conselho Nacional dos Direitos do Idoso (CNDI), ligado à Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República. Sua criação estava prevista em lei de 1994, assim como a criação de conselhos estaduais, municipais e o do Distrito Federal. Até hoje, porém, não são muitos os conselhos que já estão em atividade. Maria Barroso, eleita por uma comissão da sociedade civil e representante da Confederação 29

Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), é a presidente do CNDI. Queremos colocar os idosos como protagonistas, afirma, indicando que o conselho tem promovido cursos de capacitação em diversos estados para formar agentes que defendam os direitos dos idosos, mas ainda precisa ser fortalecido. O CNDI deve zelar pelo cumprimento da lei de acordo com o Estatuto do Idoso, que estabelece os conselhos nacionais, estaduais e municipais como órgãos fiscalizadores. Maria Barroso explica que a entidade encaminha denúncias para o Ministério da Justiça e para as promotorias do idoso do Ministério Público em cada estado. O Ministério Público tem sido um forte aliado, muito atuante, elogia. Para ela, ainda falta mais divulgação do Estatuto por parte dos governos estaduais. Ela lembra que o Brasil tem muitos idosos analfabetos que precisam ser instruídos sobre a lei e que muitos municípios ainda não sabem trabalhar com essa população. O Brasil deu um salto de qualidade ao sancionar o Estatuto do Idoso, que é um exemplo para os outros países da América Latina. Maria Barroso,, presidente do Conselho Nacional dos Direitos do Idoso. Vida Longa e Cidadania 30

Campanha Vida, Dignidade e Esperança foi o tema da Campanha da Fraternidade de 2003 da CNBB, uma das colaborações da entidade para a discussão sobre os direitos dos idosos no país. O padre José Carlos Dias Toffoli, secretário executivo da Campanha da Fraternidade, recorda que a CNBB ajudou a mobilizar os parlamentares para que a aprovação do Estatuto do Idoso fosse possível. Ele destaca que a campanha favoreceu a criação da Pastoral Nacional da Terceira Idade. O objetivo da campanha foi despertar nas pessoas a valorização integral das pessoas idosas e o respeito aos seus direitos, explica. De acordo com o padre José Carlos, a CNBB continua atuando nesse sentido, e a população pode entrar em contato com a Pastoral da Terceira Idade através das dioceses. Além de destacar a importância da aprovação do Estatuto, ele espera que iniciativas como essa motivem a criação de políticas públicas em benefício dos idosos. 31

32 O médico Carlos Frattini Ramos também aponta a necessidade da adoção de uma política em prol do idoso. Além disso, ele ressalta a importância que deve ser dada à família nessa questão. Há 12 anos coordenando o atendimento de idosos no Hospital Regional do Guará, no Distrito Federal, ele conhece bem a complexidade dos problemas que envolvem os cuidados aos maiores de 60 anos. É preciso achar um meio em que todos estejam bem, afirma, chamando atenção para o fato de que filhos, netos e todos os envolvidos no cuidado com os idosos precisam ser ouvidos para que o tratamento seja adequado. Na opinião do doutor Frattini, é essencial que os cuidadores de idosos tenham amparo técnico para não cometer erros, e, no caso de idosos doentes, os familiares precisam entender a enfermidade para agir de forma correta. Ele trabalha com assistentes sociais e enfermeiros no tratamento de idosos e destaca principalmente a importância dos assistentes sociais, que devem ter formação específica para poder analisar o contexto familiar de cada idoso e, assim, encontrar a solução mais indicada. Criada em 1989, a Associação Nacional de Gerontologia (ANG), cuja sede atual está em Santa Catarina, faz sua parte para promover a cidadania das pessoas com mais de 60 anos. Gerontologia é o nome da ciência que estuda Vida Longa e Cidadania

o processo de envelhecimento, e a ANG procurar trabalhar todos os aspectos relacionados aos idosos, realizando estudos, divulgação, pesquisas e ensino na área, segundo Leda Almada Cruz de Rabagni, vice-presidente da associação em Brasília. Leda frisa que o objetivo da ANG não é dar assistência ao idoso diretamente. A entidade encaminha denúncias e os próprios idosos aos órgãos competentes, presta assessoria e regularmente participa de cursos e seminários. A questão não é só fazer a lei, é o idoso ter consciência de que tem seus direitos. Leda Almada Cruz de Rabagni, vice-presidente da Associação Nacional de Gerontologia DF Ela reclama de que vários pontos do Estatuto ainda não estão sendo aplicados, e denuncia o desrespeito, por exemplo, no transporte público no Distrito Federal. Leda afirma que os ônibus muitas vezes não param para os idosos, principalmente quando eles acenam mostrando a carteira especial, que indica que são maiores de 65 anos. Para Leda, a divulgação do Estatuto em todo o país é fundamental para sua aplicação. A questão não é só fazer a lei, é o idoso ter consciência de que tem seus direitos, destaca. Quem está consciente de seus direitos é o flautista e compositor Altamiro Carrilho, 79 33

anos. O mestre do choro aplaude a criação do Estatuto. É importante que se criem leis, instrumentos, alavancas para o idoso, afirma. Se não, o idoso vai acabar virando trapo, lixo para ser varrido pelos garis, acrescenta. É importante que se criem leis, se não o idoso vai acabar virando trapo, lixo para ser varrido pelos garis. Vida Longa e Cidadania Altamiro Carrilho, músico e compositor Altamiro aponta a valorização do trabalho do idoso como fundamental. Todos os setores de atividade deveriam mesclar jovens com a experiência dos idosos, destaca o sempre atuante músico fluminense. Bem, o Estatuto do Idoso está aí para fazer justiça tanto a brasileiros célebres, como Altamiro, quanto ao cidadão mais humilde, mas nem por isso menos importante. 34

O Brasil deu um salto de qualidade ao sancionar o Estatuto do Idoso, que é um exemplo para os outros países da América Latina. Maria Barroso, presidente do Conselho Nacional dos Direitos do Idoso 35