Sindicato dos Escrivães de Polícia do Estado do Paraná SINDESPOL/PR CNPJ 77.824.167/0001-00 e-mail: sindespol.pr@hotmail.com Av. Brasília, 116/4298 -~ Novo Mundo CEP: 81.010-020 Tefones: 8834-0816 e 8413-8419 Curitiba/PR -~ www.sindespoi.org Ofício n 026/2012 ACF.* Curftiba/PR, 26 de julho de2012. Ao Íncleto Causídico DD. Professor Doutor René Ariel Dotti Rua Marechal Deodoro, 497. 13 andar. Curitiba/PR Prezado Senhor: Com as nossas saudações sindicais, temos a honra de comunicar a Vossa Senhoria o conteúdo do documento anexo, em que demonstramos significativas, nossas primeiras conquistas. Eis aí, o reconhecimento manifestado p&a magistratura do Estado através do (FÓRUM PERMANENTE DOS JUIZES CRIMINAIS DO PARANA), o primeiro passo na conquista de nossos ideais, como cargo e carreira policial com formação jurídica, cuja luta em muita devemos ao empenho de Vossa Senhoria, por caminhar lado a lado conosco, nos embates pela justiça das relações, pelo fortalecimento das instituições e a efetiva valorização do Escrivanato Policial do Estado do Paraná. Para nós, trata-se do munus público que nos cabe prerrogativa e compromisso inafastável, com a visão dos hodiernos tempos, como assim nos quer o Estado, soldados fiéis que não fogem à luta, e que resolutos, abraçam com devotado amor o caro atributo do nosso papel constitucional de sobrevivência, como a longa manus do Estado em seu mister de polícia, para prover a ordem, a segurança e a cidadania do seu povo. Atenciosamente, com nossos melhores cumprimentos festivos. Airton Carlos Fernandes Presidente SINDESPOL
II ENCONTRO ESTADUAL DOS MAGISTRADOS CRIMINAIS CONCLUSÕES Após longo debate, respeitados o espírito democrático e a igualdade entre todos, OS MAGISTRADOS CRIMINAIS DO ESTADO DO PARANÁ, reunidos em Guaratuba nos dias 22 a 24 de março de 2012, resolveram tornar públicas as seguintes conclusões: a) Reconhecem o Comitê Gestor do Fortim Permanente dos Magistrados Criminajs do Estado do Paraná como o seu legítimo representante nas causas afetas às suas atividades, inclusive para sugerir mudanças estruturais, identificar as principais deficiências e acompanhar as ações a serem efetivadas para melhor prestação jurisdicional no combate à impunidade. b) A prestação jurisdicional. no âmbito criminal, com eficácia depende de boa instrução do inquérito policial, o que ocorre com o treinamento permanente dos agentes responsáveis pelas investigações. É, assim, necessário o aperfeiçoamento dos policiais em atividade, melhor estruturação do Instituto de Criminalística e Instituto Médico Legal, além do Complexo Médico Legal. Ainda, é salutar que os cargos de escrivão de polícia sejam ocupados por quem tenha formação jurídica. c) Também contribui para a boa atividade da jurisdição uma melhor estruturação das delegacias, com atualização dos seus equipamentos de informática, em todo o Estado. 2
d) A celeridade do processo criminal também depende de que o Estado possibilite meio eletrônico para identificação e localização de policiais civis e militares, assim como de réus presos, todos para fins de requisição para testemunhos, interrogatórios e participação em audiência. e) O Estado deve tomar providências para a definição da responsabilidade na escolta de presos, haja vista as diferentes competências das Secretarias de Justiça e de Segurança Pública. f) Sugere-se seja orientado aos peritos criminais e médicos legistas: observância da prioridade de realização de exames quanto a processos envolvendo réus presos; realização e remessa de exames por sistema informatizado; que não haja limitação de atendimentos por dia, nem dos dias de realização de exames; que o exame seja realizado e o laudo emitido por meio de inserção no próprio sistema de boletim de ocorrência eletrônico e agendado desde logo o comparecimento da vítima, para eventual necessidade de laudo complementar. g) Aos Delegados de Polícïa, sugere-se: buscar a agilização na conclusão dos inquéritos; que, quando do relatório do inquérito em que tenha ocorrido apreensão de coisas, a autoridade policial, se for o caso, opine pela realização de leilão público ou pelo depósito, em mãos de pessoas idôneas, dos bens apreendidos; que os requerimentos de busca e apreensão sejam acompanhados ou instruídos com informação de elementos mínimos de convencjmenta para eventual deferimento e expedição do mandado requerido; quando do cumprimento dos mandados de busca e apreensão, a autoridade policial deve ser fazer acompanha das testemunhas legalmente exigidas para a validade do ato (CPP, art. 245, par. 4 e 7); quando da lavratura do auto de prisão em 3
flagrante, todos os policiais que participaram da operação devem ser inquiridos, propiciando melhor instrução do feito; ainda no flagrante, os policiais devem ser ouvidos individualmente, colhendo-se o testemunho de cada qual, não sendo legítima a prática do copiar e colar o depoimento de um para outro policial, o que pode ensejar a nulidade do ato; nos autos de apreensão, haja mais completa descrição das coisas apreendidas, tais como, peso de drogas, quantidade de cédulas ou moedas de cada valor, o estado geral de conservação dos bens, etc.; quando da representação por prisão preventiva ou temporária, se atente aos fundamentos legais para a decretação das diversas espécies de prisão, indicando a fundamentação precisamente sobre a medida que requer; os requerimentos devem seguir um modelo padrão, disponível no sitio eletrônico da Secretaria respectiva, guardadas as especificidades referentes aos elementos indicados e fundamentação inerente ao pleito; o cumprimento do e-mandado é necessário, mesmo em caso de prisão em flagrante, para que se registre o correto motivo da prisão ou a existência de mais de uma ordem de prisão. Os magistrados apoiam a implantação das APAC s e APAD s em todo o Estado, bem como do Projeto Não Violência, como forma de reinserção e recuperação sociais, bem como de impedir a reincidência, propiciando prevenção ao crime. No mais, ressaltam o resultado positivo desse encontro, onde se fizeram presentes, e puderam conversar em condições de igualdade com os juízes, de maneira franca e aberta: o Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, o Corregedor- Geral de Justiça do Estado do Paraná, a Secretária de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Estado do Paraná, o Secretário de Segurança Pública do Estado do Paraná e o Presidente da Associação dos Magistrados do Paraná. 4
Reafirmam a importância desse momento histórico, bem como a necessidade de manter a união dos magistrados criminais, por meio do FORUM PERMANENTE DE MAGISTRADOS CRIMINAIS, com o fim precípuo de possibilitar a continuidade das discussões, formar lista de discussão com participação de juízes e desembargadores com competência criminal, promover os encaminhamentos necessários a efetivar as conclusões acima elencadas e acompanhar o andamento das propostas a serem formuladas, prestando contas de suas atividades, de modo a fortalecer os debates realjzados neste encontro. Por fim, reconhecem como atendidos os objetivos do encontro e ratificam a necessidade de sua continuidade, uma vez por ano. Curitiba, 23 de julho de 2.012. OS MAGISTRADOS CRIMINAIS Fernando Swain Ganem Presidente 5