USO RACIONAL DA ÁGUA EM ESCOLAS PÚBLICAS DE GUARULHOS- REÁGUA

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Transcrição:

ID Nº 110 USO RACIONAL DA ÁGUA EM ESCOLAS PÚBLICAS DE GUARULHOS- REÁGUA Instituição Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Guarulhos Endereço: Avenida Emílio Ribas, 1247 - Gopoúva - Guarulhos - Estado - CEP: 07020-010 - Brasil - Tel: +55 (11) 2472-5387 Nome do Autor Principal Cristiane Costrov Silva Miras Tecnóloga em Edificações pela Faculdade de Tecnologia de São Paulo (1996). Coordenadoria de Ações Técnicas na Gerência de Planejamento e Projetos do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Guarulhos. e-mail: cristianesilva@saaeguarlhos.sp.gov.br Nome do Coautor Claudio Medeiros Engenheiro Civil pela Universidade Cruzeiro do Sul (2015). Tecnólogo Civil pela Faculdade de Tecnologia de São Paulo (2010). Supervisor de Desenvolvimento de Ações Técnicas na Gerência de Planejamento e Projetos do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Guarulhos. e-mail: claudiomedeiros@saaeguarlhos.sp.gov.br 1

RESUMO O presente trabalho apresenta informações sobre a implantação do Programa Reágua (Componente Uso Racional da Água), no município de Guarulhos. Trata-se de um Programa de Recuperação das Águas, coordenado pelo Governo do Estado de São Paulo, com recursos oriundos do deste governo e também do Banco Mundial, cujo objetivo principal é a redução do consumo de água em unidades escolares públicas. O Programa estabeleceu as diretrizes de trabalho e o Serviço de Saneamento, no caso o SAAE Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Guarulhos planejou e executou as ações para o alcance das metas estabelecidas de redução de consumo per capita nas unidades. Uma das questões mais relevantes abordadas neste trabalho é a importância de aliar às intervenções físicas as ações sócio educativas, garantindo assim a redução do consumo de água na unidade escolar de forma sustentável. Palavras-chave: Educação ambiental, redução de consumo, recuperação de água. INTRODUÇÃO/OBJETIVOS Nos últimos anos, principalmente a partir de 2001, o SAAE Guarulhos vem investindo fortemente na adequação e regularização dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário. Com a conclusão do Plano Diretor do Sistema de Abastecimento de Água (PDSA) em 2003, foram estabelecidos os principais objetivos balizadores das ações da Autarquia, visando garantir o suprimento de água de qualidade para o abastecimento público e demais atividades econômicas, através do equilíbrio sustentável da oferta e da racionalização de seu uso. Os objetivos do PDSA, aliados à escassez hídrica enfrentada nos últimos anos pela Região Metropolitana de São Paulo, levaram o SAAE a realizar além das obras de infraestrutura, diversas ações de cunho social e educativo na busca do fortalecimento do vínculo com a comunidade, objetivando o uso consciente da água. 2

Neste contexto, em meados de 2013, o SAAE participou do Concurso Público para a Segunda Seleção de Ações de Saneamento Ambiental no Âmbito do Programa Reágua - Programa Estadual de Apoio à Recuperação das Águas, que é um programa do Governo do Estado de São Paulo, cujo objetivo definido em seu Normativo 4 (Uso Racional da Água) é desenvolver ações que visem à redução do consumo de água em escolas públicas, por meio de intervenções que contemplem a participação da comunidade escolar no processo de implantação da ação e recuperação das instalações hidráulicas e sanitárias da unidade. Sendo assim em dezembro de 2013, foi firmado um contrato entre a Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos, e o SAAE Guarulhos, para Concessão de Estímulo Financeiro voltado à Implantação de Ações de Recuperação de Água, uma oportunidade de agregar às ações de cunho educativo (já desenvolvidas pela Autarquia), as intervenções hidráulico-sanitárias proporcionando assim resultados mais eficientes e eficazes. Portanto, o objetivo do presente trabalho é apresentar a metodologia utilizada para a execução das ações de Uso Racional da Água em 20 escolas públicas de Guarulhos, sendo 9 (nove) unidades escolares estaduais e 11 (onze) municipais das quais duas são CEU Centro Unificado de Educação, no âmbito do Programa Reágua, bem como resultados concretos de redução de consumo de água obtidos durante o período de monitoramento das ações. MATERIAL E MÉTODOS Após a assinatura do contrato iniciou-se o planejamento das ações, com a definição das etapas de trabalho, bem como das ações que seriam desenvolvidas no período para a obtenção da meta de consumo per capita estabelecida pelo Programa Reágua, que é o consumo de 25 (vinte e cinco) litros de água por aluno por dia ou então a redução de 25% do consumo per capita nos casos onde este consumo fosse inferior ao limite estabelecido pelo Programa. As metas de cada unidade escolar estão apresentadas na Tabela 1. 3

Tabela 1 Metas de Consumo Per Capita estabelecidas pelo Programa Reágua PROGRAMA REÁGUA - PROJETO DE USO RACIONAL DA ÁGUA EM 20 ESCOLAS PÚBLICAS DE GUARULHOS CONSUMOS (m³) Número LINHA DE NOME Média (outubro/2012 à Total de META (l/al./dia) BASE (l/al./dia) junho/2013) Alunos EPG Padre João Alvares 683,00 290 78,51 25,00 EPG Terezinha Alves Mian 238,33 855 9,29 6,97 EPG Capitão Gabril José Antonio 570,50 561 33,90 25,00 EPG Pixinguinha 1.128,83 966 38,95 25,00 EPG Izolina Alves Davi 306,33 375 27,23 20,42 EPG Perseu Abramo 332,17 736 15,04 11,28 CEU Ponte Alta (EPG Edson N. Maleckla) 365,67 1103 11,05 8,29 EPG Tizuco Sakamato 74,83 103 24,22 18,16 EMEI Tia Nastácia 85,83 339 8,44 6,33 EPG Vinícius de Moraes 373,00 869 14,31 10,73 EEPSG Vereador Elisio de Oliveira Neves 846,83 1143 24,70 18,52 EEPSG Brigadeiro Haroldo Veloso 338,17 1838 6,13 4,60 EEPG Professora Hilda Prates Gallo 1.269,17 1732 24,43 18,32 EE Professora Ilia Zilda Innocenti Blanco 662,33 1597 13,82 10,37 EEPG Professora Maria Angelica Soave 670,50 1743 12,82 9,62 EE Professora Odete Fernandes Pinto da Silva 354,33 1821 6,49 4,86 EE Professora Alayde Maria Vicente 344,83 766 15,01 11,25 EE Professor Antonio Viana de Souza 694,00 1016 22,77 17,08 EE Brigadeiro do Ar Roberto Hipolito da Costa 299,50 392 25,47 19,10 CEU Paraíso (Anísio Teixeira) 568,50 812 23,34 17,50 Fonte: Gerência de Saneamento em Favelas SAAE Guarulhos Julho/2013 Objetivando alcançar as metas estabelecidas pelo Programa, foram definidas 5 principais Ações de trabalho, conforme segue abaixo: Ação 1: Realização de reuniões com as Secretarias de Educação Municipal e Estadual para apresentação do Programa Reágua e seus objetivos, bem como para o planejamento das ações a desenvolver no período. Ação 2: Realização de reuniões com as gestoras das unidades escolares para iniciar o processo de sensibilização para a questão do uso consciente da água, bem como para prepara-las para o início das obras nas unidades escolares, objetivando reduzir o impacto das obras e aumentar a eficiência do trabalho. Ação 3: Desenvolvimento do Programa de Educação Ambiental com formação de agentes multiplicadores (educadoras, equipe de limpeza e equipe de cozinha), envolvimento do Corpo Docente no Projeto, elaboração, produção e divulgação de material educativo e de divulgação, 4

socialização de resultados entre as unidades escolares e avaliação do Programa Reágua e do projeto de educação ambiental. Ação 4: Realização das Intervenções nas instalações hidráulicas prediais com aferição e substituição dos hidrômetros, adequação da ligação de água da escola, análise de qualidade de água, adequações das instalações hidráulicas prediais das escolas (manutenções e substituição de equipamentos com utilização de mecanismos economizadores de água). Ação 5: Realização do monitoramento do consumo com o desenvolvimento de sistema de monitoramento corporativo e inserção das escolas no plano de monitoramento remoto da Autarquia (recurso não oriundo do Programa). As ações foram iniciadas em março/2014, com o desenvolvimento do Projeto de Educação Ambiental nas escolas municipais, e uma das estratégias mais eficazes do Projeto de Educação Ambiental foi a realização da formação de multiplicadores, momento no qual educadores participaram de um ciclo de oficinas e palestras que geravam atividades para desenvolver em sala de aula, alcançando assim uma multiplicação mais eficiente junto aos alunos. Também participaram das formações as equipes de cozinha e limpeza das unidades escolares. As formações destas equipes foram direcionadas às atividades cotidianas. Cada unidade escolar, representada por no mínimo 1 integrante, teve a oportunidade de trocar experiências com as demais unidades, bem com identificar hábitos e atitudes não adequadas em sua rotina e propor soluções. As premissas do trabalho de Educação Ambiental foram: - Inserir o compromisso como meio ambiente e a conscientização sobre sustentabilidade logo nos primeiros anos de vida escolar; - Mobilizar educadores e educandos a serem multiplicadores imponderados no paradigma da sustentabilidade; - Valorizar o papel da escola na formação de atitudes e valores do ser humano no exercício pleno da cidadania; - Qualificar o educador, estimulando a reflexão da prática em sala de aula; - Estimular a formação do professor criativo, criterioso e propositor e, - Ampliar o repertório através de oportunidades educativas artísticas e culturais. 5

As formações tiveram carga horária de 100 (cem) horas, divididas da seguinte forma: - 05 (cinco) encontros presenciais, cujos temas abordados foram: Saneamento básico no Brasil e no Mundo (Zoom da Água); Oficinas: Aprendendo a ler a conta de água e orientações sobre uso consciente da água, Conhecendo o hidrômetro, Identificando e consertando vazamentos, e Uso adequado dos equipamentos economizadores de água. Experiências práticas de desenvolvimento do tema transversal Água de acordo com as diretrizes de educação municipal e estadual. Abordagem do tema Água através da arte e cultura: contação de histórias, música, teatro, dança, artes visuais e dinâmicas. - 06 (seis) propostas de multiplicação em sala de aula; - 01 (um) encontro na unidade escolar com a participação de todos os educadores; - 01 (uma) visita temática às Estações de Tratamento de Água e Esgoto, e - Seminário de Encerramento. Foto 1 Encontro de Formação das Educadoras Foto 2 Formação da equipe de cozinha. 6

Foto 3 Os estados da água (sólido, líquido e gasoso). Foto 4 A água na alfabetização. Foto 5 Detetives da água caça vazamentos. Foto 6 Atividade de conscientização no entorno da escola. Após a mobilização das unidades escolares, com o início do Projeto de Educação Ambiental, em setembro/2014 foram iniciadas as intervenções hidráulico-sanitárias, com a substituição de hidrômetros, pesquisa de vazamento não visível, manutenção das instalações hidráulicas e substituição de equipamentos obsoletos, por novos com dispositivos economizadores de água. Estas ações foram concluídas em janeiro/2015 nas escolas municipais e em maio/2015 nas escolas estaduais. Cabe ressaltar que as ações foram executadas com equipe própria. As equipes receberam formações internas e também participaram do curso de Instalador Hidráulico Predial oferecido pelo SENAI. 7

Inicialmente todas as unidades escolares tiveram seus hidrômetros substituídos por novos ultrassônicos, eliminando assim qualquer tipo de influencia que pudesse alterar os resultados das medições mensais do consumo de água. Os hidrômetros retirados foram aferidos e em sua maioria, por serem antigos, apresentavam submedição. Após a substituição dos medidores, foram iniciadas as pesquisas de vazamento não visível nas unidades escolares. Esta etapa apresentou uma grande dificuldade para ser concluída devido a falta de projetos hidráulicos e arquitetônicos das unidades escolares. Aliados à pesquisa de vazamento não visível, as equipes realizaram analise dos consumos mínimos noturnos por meio dos gráficos de vazão e pressão obtidos com a instalação de data loggers. Estas duas tecnologias aliadas permitiram às equipes identificar e solucionar diversos vazamentos nas instalações hidráulicas das unidades escolares, mesmo naquelas onde parecia não haver qualquer tipo de problema. Finalizadas as etapas anteriores, iniciou-se a substituição dos equipamentos hidráulicosanitários e foram instaladas torneiras automáticas com arejadores de 1,8 l/min em lavatórios, 5 l/min em bebedouros e 8 l/min em cozinhas. Também foram instalados batentes redutores do tempo de acionamento nas torneiras automáticas, restritores de vazão, registros reguladores de vazão e esguichos de com vazão de 13 l/min nas mangueiras para a obtenção da vazão adequada nos pontos de consumo. No caso das torneiras de uso comum, foram utilizados equipamentos de acionamento restrito, minimizando o uso desnecessário das torneiras por alunos e frequentadores das escolas aos finais de semana. Também foram substituídas válvulas de descarga, por novas com acionamento antivandalismo, já que o maior problema de funcionamento encontrado nas válvulas de descarga foi a regulagem inadequada do fluxo de água por acionamento, facilitada por equipamentos de tecnologia obsoleta para áreas de grande circulação. Houve também a substituição dos vasos sanitários antigos por novos com vazão de 06 (seis) litros por fluxo. Nas unidades escolares municipais as ações foram realizadas de uma única vez, sendo aproximadamente 02 (duas) semanas de obra por cada unidade escolar, com uma equipe de três agentes de saneamento, um tecnólogo e a supervisão de um engenheiro. Já nas unidades escolares estaduais a mesma equipe realizou as obras por área de intervenção, minimizando assim o impacto das obras na rotina escolar. O tempo total de execução das obras foi similar no estado e no município. 8

Foto 7 Esguicho para mangueira. Foto 8 Substituição de torneira de bebedouro. Foto 9 Torneira de acionamento restrito. Foto 10 Torneira de bebedouro automática com arejador - vazão 1,8 l/min. Em junho/2015 a Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos considerou concluída a etapa de implantação das ações e houve uma auditoria desta Secretaria e do Agente Verificador do Programa Reágua, para recebimento da etapa. Foram visitadas 06 (seis) unidades escolares para avaliação do cumprimento do Plano de Ações proposto, bem como para aferição da qualidade do serviço executado e do envolvimento da comunidade escolar no Programa. Entregue esta etapa, em julho/2015 iniciou-se a fase de monitoramento das ações, período no qual o SAAE tem realizado manutenções preventivas e corretivas (quando necessário) nas unidades escolares, bem como o monitorado mensalmente o consumo. Apresentaremos a seguir os principais resultados obtidos com a implantação do Programa, os impactos na redução do volume consumido de água e impactos financeiros. 9

RESULTADOS/DISCUSSÃO A avaliação dos dados permitiu a Autarquia identificar alguns pontos relevantes do trabalho e que merecem destaque. O primeiro ponto identificado foi que aliar intervenções hidráulicosanitárias às ações de educação ambiental potencializa os resultados no que diz respeito à redução de consumo de água da unidade escolar, mostrando assim que não basta somente trocar equipamentos, é preciso realizar um trabalho de educação ambiental mais abrangente para mudar conceitos, paradigmas e culturas, pois somente assim é possível alcançar a economia de água desejada (Figura 1). Figura 1 Consumo Médio de Água Mensal por Período de Ação (m³) Fonte: Gerência de Saneamento em Favelas SAAE Guarulhos Dezembro/2015 10

Esta redução de consumo por período de ação também por ser observada na Figura 2, que mostra a redução do consumo médio mensal total das unidades escolares participantes do Programa Reágua, por período de intervenção. Ressaltamos ainda que foram considerados 4 períodos de intervenção: Figura 2 Consumo Médio Mensal Total de Água das Escolas, por Período de Ação. Fonte: Gerência de Saneamento em Favelas SAAE Guarulhos Dezembro/2015 Segue abaixo uma breve descrição dos períodos avaliados na figura acima: Período 1 Antes das Ações: período no qual houve seleção do projeto, a assinatura do contrato, revisão da documentação do programa, atividades relativas ao diagnóstico das instalações hidráulico-sanitárias e dos equipamentos economizadores de água, especificação e compra de materiais e equipamentos. Duração média: 01 (um) ano e 06 (seis) meses. Período 2 Ações de Educação Ambiental: neste período foram iniciadas as ações de educação ambiental e o período foi marcado pela formação de multiplicadores e pela multiplicação de atividades em sala de aula. Duração média: 04 (quatro) meses. Período 3 Ações de Educação Ambiental e Intervenções Hidráulico-Sanitárias: durante este período houve continuidade das ações de educação ambiental, com a realização de oficinas 11

educativas com equipes de cozinha e limpeza e visitas às unidades escolares para avaliar e auxiliar os educadores na aplicação das atividades em sala de aula. Também foram realizadas manutenções e substituição de equipamentos como torneiras, vasos sanitários, válvulas de descarga, arejadores, etc. Duração média: 05 (cinco) meses estado e 05(cinco) meses município. Período 4 Monitoramento das Ações: este período iniciou após a conclusão das obras e é referente à avaliação da sustentabilidade do programa, no qual, por no mínimo 06 (seis) meses letivos, a unidade escolar precisará manter sua meta de consumo de água. (ver Quadro I). Duração média: em andamento. O segundo ponto relevante é que a intensidade, a abrangência e a profundidade da educação ambiental são primordiais para a busca de resultados sustentáveis em longo prazo. Nas escolas municipais, onde o trabalho de educação ambiental foi mais intenso, carga horária de 100 horas, os resultados referentes à redução do consumo de água no período de monitoramento foram muito mais significativos, cerca de 12% a mais de redução de consumo do que nas escolas estaduais, que por conta de períodos de greve tiveram uma formação de apenas 30 horas. (ver Figura 3). Figura 3 - Percentual de Redução do Consumo Médio Mensal Total de Água das Escolas Fonte: Gerência de Saneamento em Favelas SAAE Guarulhos Dezembro/2015 12

Quanto à meta estabelecida pelo Programa Reágua para as unidades escolares de Guarulhos, pudemos avaliar que apesar de em alguns casos as metas estabelecidas serem muito inferiores ao valor apresentado pelas literaturas existentes, os resultados obtidos no período de monitoramento das ações superaram cerca de 50% (cinquenta por cento) as metas do Programa Reágua, demonstrando que há um grande potencial de redução de consumo de água em todas as escolas públicas, independente da faixa etária dos alunos e do tempo de existência das escolas. Algumas questões relevantes podem ser citadas como motivo desta redução, conforme abaixo: - Necessidade de manutenções preventivas: as manutenções preventivas são extremamente importantes, pois garantem as regulagem e a limpeza periódica de válvulas de descarga, limpeza de arejadores e identificação prévia de vazamentos de pequeno porte. - Boa qualidade das manutenções corretivas: este é um ponto relevante, visto que as manutenções das unidades escolares geralmente são de baixa qualidade, tanto no que diz respeito ao material utilizado que geralmente é diferente do especificando no momento da construção dos prédios, quanto pelo serviço mal executado com uso de ferramentas e práticas inadequadas de manutenção (uso de chaves inadequadas, massa plástica, lubrificante à base de petróleo, borrachas, fitas adesivas, etc.). - Especificação adequada de materiais e equipamentos: a especificação correta garante a compra de materiais de boa qualidade e adequados aos espaços de uso. Esta especificação deve ser a mesma para a execução das obras e para as manutenções, visto que um dos grandes problemas de desperdício encontrados nas unidades escolares é o uso de materiais de baixa qualidade ou mal especificados para áreas de grande circulação. - Qualidade e abrangência do trabalho de educação ambiental: a qualidade do trabalho de educação é primordial para a obtenção dos resultados apresentados acima. Equipamentos e materiais somente funcionarão de forma adequada se as pessoas estiverem preparadas para utiliza-los. Sendo assim a conscientização deve ser exercitada na prática tanto por equipes de limpeza, cozinha, quanto por alunos e educadores, na busca da redução de consumo não pelos resultados que se espera alcançar (metas) e sim pela conscientização de que é possível usar menos água sem impactar negativamente o trabalho a ser realizado. Sendo assim, segue a tabela abaixo com as informações da meta de consumo estabelecida no programa comparada à alcançada no período de monitoramento das ações. 13

Tabela 2 Consumo Per capita alcançado pelo Programa Reágua - Comparativo PROGRAMA REÁGUA - PROJETO DE USO RACIONAL DA ÁGUA EM 20 ESCOLAS PÚBLICAS DE GUARULHOS NOME Consumo Per capita Inicial (l/al./dia) META (per capita) Estabelecida pelo Programa Reágua (l/aluno/dia) MÉDIA DA META (per caíta) Alcançada no Período 4 - Monitoramento das Ações (l/aluno/dia) Percentual de redução entre a Meta estabelecida pelo Programa Reágua e a Meta Alcançada no Período de Monitoramento das Ações (%) EPG Padre João Alvares 78,51 25,00 7,37 71% EPG Terezinha Alves Mian 9,29 6,97 3,52 50% EPG Capitão Gabril José Antonio 33,90 25,00 20,60 18% EPG Pixinguinha 38,95 25,00 4,29 83% EPG Izolina Alves Davi 27,23 20,42 8,10 60% EPG Perseu Abramo 15,04 11,28 4,18 63% CEU Ponte Alta (EPG Edson N. Maleckla) 11,05 8,29 4,25 49% EPG Tizuco Sakamato 24,22 18,16 11,43 37% EMEI Tia Nastácia 8,44 6,33 4,68 26% EPG Vinícius de Moraes 14,31 10,73 8,27 23% EEPSG Vereador Elisio de Oliveira Neves 24,70 18,52 4,89 74% EEPSG Brigadeiro Haroldo Veloso 6,13 4,60 18,83 Não alcançou a meta - vazamento não localizado devido ausencia de projeto EEPG Professora Hilda Prates Gallo 24,43 18,32 15,29 17% EE Professora Ilia Zilda Innocenti Blanco 13,82 10,37 4,26 59% EEPG Professora Maria Angelica Soave 12,82 9,62 3,10 68% EE Professora Odete Fernandes Pinto da Silva 6,49 4,86 2,61 46% EE Professora Alayde Maria Vicente 15,01 11,25 3,85 66% EE Professor Antonio Viana de Souza 22,77 17,08 2,11 88% EE Brigadeiro do Ar Roberto Hipolito da Costa 25,47 19,10 7,11 63% CEU Paraíso (Anísio Teixeira) 23,34 17,50 9,74 44% Fonte: Gerência de Saneamento em Favelas SAAE Guarulhos Dezembro/2015 Ressaltamos ainda que as mudanças de abastecimento de água, por conta da escassez hídrica da região metropolitana de São Paulo, não afetaram as rotinas escolares, uma vez que a ausência de água nas redes de abastecimento foi compensada pelo abastecimento por caminhões tanque. CONCLUSÃO Concluímos que as questões de educação ambiental precisam ser inseridas nas escolas de forma permanente e precisam abranger além das questões macro do meio ambiente, as questões cotidianas que permitam a mudança de hábitos no uso dos recursos naturais, em especial no uso da água. Identificamos ainda que há algumas questões relevantes que podem contribuir favoravelmente para a sustentabilidade de projetos similares ao apresentado neste trabalho técnico, tais como: 14

- padronização de equipamentos; - adequação das especificações técnicas de materiais e serviços, objetivando a compra de equipamentos economizadores de água eficientes tanto para utilização na implantação de novas unidades escolares como para a realização de serviços de manutenção e, - desenvolvimento de ações de educação ambiental, com enfoque na utilização adequada dos recursos naturais, de forma permanente nas unidades de ensino. Concluímos ainda que o retorno financeiro e de redução do consumo de água obtido com as Ações do Programa Reágua, demostrou a viabilidade deste programa não só como um programa de incentivo, mas também como uma oportunidade de convênio ou parceria entre as Companhias de Saneamento e as Secretarias de Educação, onde ambos buscarão a eficiência do uso da água, seja para reduzir custos, seja para disponibilizar a água desperdiçada para outros consumidores, visto que ambos objetivos contribuem para minimizar os impactos da crise hídrica, bem como para garantir uma distribuição de água mais justa entre os clientes. REFERÊNCIAS AZEVEDO NETTO, J.M. de. Manual de Hidráulica. São Paulo, Ed Blucher 8ª edição. TSUTIYA, M. T. Abastecimento de água. 3ª edição São Paulo: USP, Escola Politécnica, Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária. 2006. TOMAZ, Plínio, Previsão de consumo de água. Interface das instalações prediais de água e esgoto com os serviços públicos. São Paulo: Comercial Editora Hermano & Bugelli Ltda, 2000. FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO, FDE, Catálogo de Serviços, Especificações da Edificação Escolar, 2015. ROBERT CLARKE, JANNET KIN. O Atlas da Água, Ed. Publifolha, 2005. AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS. Atlas Brasil, Brasília, 2010. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Atlas de Saneamento, 2011. SAAE GUARULHOS. Índice de Abastecimento de Água da Cidade de Guarulhos, Orientações sobre o Uso Consciente da Água e Projeto Líquido, 2001/2014. SABESP. Almanaque da Água, 2006. ORGANIZAÇÂO DAS NAÇÔES UNIDAS, Ano Internacional de Cooperação Água, 2013. SABESP. Norma Técnica Sabesp NTS 181 2012 rev3. 15