ASSUNTOS SOCIETÁRIOS IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA ANO XXI - 2010-4ª SEMANA DE JUNHO DE 2010 BOLETIM INFORMARE Nº 26/2010



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Transcrição:

ANO XXI - 2010-4ª SEMANA DE JUNHO DE 2010 BOLETIM INFORMARE Nº 26/2010 ASSUNTOS SOCIETÁRIOS ESCRITURAÇÃO DOS EMPRESÁRIOS E DAS SOCIEDADES EMPRESÁRIAS - AUTENTICAÇÃO DOS LIVROS - NORMAS GERAIS Introdução - Instrumentos de Escrituração - Formalidades Exigidas Para a Escrituração - Numeração - Termo de Abertura e de Encerramento - Termo de Abertura - Termo de Encerramento - Escrituração Mecanizada ou Eletrônica - Termo de Abertura e Encerramento - Escrituração Descentralizada/Termo de Abertura e Encerramento - Assinaturas - Normas de Escrituração - Normas Sobre os Livros Diário e Auxiliares - Escrituração Resumida do Livro Diário - Retificação de Lançamento Feito Com Erro - Extravio, Deterioração ou Destruição Dos Instrumentos de Escrituração - Conservação e Guarda da Escrituração - Escrituração do Livro Digital - Funções do Programa Validador e Assinador - Envio do Livro Digital ao SPED Para Fins de Autenticação - Validade e Visualização do Conteúdo do Livro Digital - Microficha - Leiloeiros, Tradutores Públicos e Intérpretes - Pequeno Empresário - Autenticação Dos Documentos de Escrituração - Prazos Para Autenticação Dos Documentos de Escrituração - Retirada Dos Documentos Autenticados - Escrituração Descentralizada... IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA REGIME TRIBUTÁRIO DE TRANSIÇÃO - RTT - NORMAS GERAIS Introdução - Prazo de Vigência do RTT - Forma de Opção Nos Anos-Calendário 2008, 2009 e a Partir de 2010 - Empresas Optantes Pelo Lucro Presumido - Opção Pelo RTT a Partir do Ano-Calendário 2010 - DIPJ Retificadora Para Manifestar a Opção Pelo RTT Nos Anoscalendário de 2008 e 2009 - Pessoas Jurídicas Sujeitas ao RTT/Efeitos Tributários - Ajustes a Serem Feitos na Pessoa Jurídica Sujeita ao RTT - Subvenções Para Investimentos e Doações - Prêmio na Emissão de Debêntures - Aplicação do RTT ao Lucro Presumido - Apuração da Base de Cálculo - Controle Dos Ajustes - PIS/PASEP e COFINS/Aplicação do RTT - Apuração da Base de Cálculo... Pág. 176 Pág. 172

JUNHO - Nº 26/2010 IMPOSTO DE RENDA ASSUNTOS SOCIETÁRIOS ESCRITURAÇÃO DOS EMPRESÁRIOS E DAS SOCIEDADES EMPRESÁRIAS AUTENTICAÇÃO DOS LIVROS Normas Gerais Sumário 1. Introdução 2. Instrumentos de Escrituração 3. Formalidades Exigidas Para a Escrituração 3.1 - Numeração 3.2 - Termo de Abertura e de Encerramento 3.2.1 - Termo de Abertura 3.2.2 - Termo de Encerramento 3.2.3 - Escrituração Mecanizada ou Eletrônica - Termo de Abertura e Encerramento 3.2.4 - Escrituração Descentralizada - Termo de Abertura e Encerramento 3.3 - Assinaturas 4. Normas de Escrituração 4.1 - Normas Sobre os Livros Diário e Auxiliares 4.2 - Escrituração Resumida do Livro Diário 4.3 - Retificação de Lançamento Feito Com Erro 4.4 - Extravio, Deterioração ou Destruição Dos Instrumentos de Escrituração 4.5 - Conservação e Guarda da Escrituração 4.6 - Escrituração do Livro Digital 4.6.1 - Funções do Programa Validador e Assinador 4.6.2 - Envio do Livro Digital ao SPED Para Fins de Autenticação 4.6.3 - Validade e Visualização do Conteúdo do Livro Digital 4.7 - Microficha 4.8 - Leiloeiros, Tradutores Públicos e Intérpretes 5. Pequeno Empresário 6. Autenticação Dos Documentos de Escrituração 6.1 - Prazos Para Autenticação Dos Documentos de Escrituração 6.2 - Retirada Dos Documentos Autenticados 6.3 - Escrituração Descentralizada 1. INTRODUÇÃO O Departamento Nacional do Registro do Comércio - DNRC, através da Instrução Normativa nº 107, de 23 de maio de 2008, dispôs quanto às normas aplicáveis para autenticação dos documentos de escrituração mercantil das entidades empresariais, inclusive às filiais, sucursais ou agências autorizadas a funcionar no País, do empresário ou sociedade com sede no Exterior, cujos procedimentos abordaremos nos itens a seguir. 2. INSTRUMENTOS DE ESCRITURAÇÃO São instrumentos de escrituração dos empresários e das sociedades empresárias: a) livros, em papel; b) conjunto de fichas avulsas (Art.1.180 - CC/2002); c) conjunto de fichas ou folhas contínuas (Art.1.180 - CC/2002); d) livros em microfichas geradas através de microfilmagem de saída direta do computador (COM); e) livros digitais. O empresário ou a sociedade empresária que adotar o sistema de fichas de lançamentos poderá substituir o livro Diário pelo livro Balancetes Diários e Balanços, observadas as mesmas formalidades extrínsecas exigidas para aquele (Art. 1.185 - CC/2002). 3. FORMALIDADES EXIGIDAS PARA A ESCRITURAÇÃO 3.1 - Numeração Os livros em papel ou microficha terão uma numeração sequencial, sendo vedada a sua divisão em volumes. O empresário ou a sociedade empresária poderá escriturar, em um mesmo período, tantos livros quantos forem necessários. A numeração das folhas ou páginas deverão seguir uma ordem sequencial única, iniciando-se pelo numeral um e incluído na seqüência da escrituração o balanço patrimonial e o de resultado econômico, quando for o caso. As fichas que substituírem os livros, para o caso da escrituração eletrônica ou mecanizada, poderão ser: a) contínuas, em forma de sanfona, em blocos, com subdivisões numeradas mecânica ou tipograficamente por dobras, sendo vedado o destaque ou ruptura das mesmas (Art. 3º, Decreto nº 64.567/1969); b) avulsas, as quais serão numeradas tipograficamente (Art. 4º, Decreto nº 64.567/1969). 3.2 - Termos de Abertura e de Encerramento 3.2.1 - Termo de Abertura Do termo de abertura deverão constar: a) o nome empresarial do empresário ou da sociedade empresária a que pertença o instrumento de escrituração; b) o Número de Identificação do Registro de Empresas - NIRE e a data do arquivamento dos atos constitutivos ou do ato de conversão de sociedade simples em sociedade empresária pela Junta Comercial; c) o município da sede ou filial; d) a finalidade a que se destina o instrumento de escrituração; e) o número de ordem do instrumento de escrituração; f) a quantidade de: f.1) folhas, se numeradas apenas no anverso; 176

IMPOSTO DE RENDA JUNHO - Nº 26/2010 f.2) páginas, se numeradas no anverso e verso; f.3) fotogramas, se microfichas; e f.4) registros, se livro digital; g) o número da inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ, administrado pela Receita Federal do Brasil. 3.2.2 - Termo de Encerramento Do termo de encerramento deverão constar: a) o nome empresarial do empresário ou da sociedade empresária a que pertença o instrumento de escrituração; b) o fim a que se destinou o instrumento escriturado; c) o período a que se refere a escrituração; d) o número de ordem do instrumento de escrituração; e) a quantidade de: e.1) folhas, se numeradas apenas no anverso; e.2) páginas, se numeradas no anverso e verso; e.3) fotogramas, se microfichas; e e.4) registros, se livro digital. 3.2.3 - Escrituração Mecanizada ou Eletrônica - Termo de Abertura e Encerramento Nas fichas ou folhas que substituírem os livros, para o caso de escrituração mecanizada ou eletrônica, os Termos de Abertura e de Encerramento serão apostos, respectivamente, como segue: a) fichas ou folhas contínuas: no anverso da primeira e no verso da última dobra de cada bloco, que receberá número de ordem (Art. 8º, Decreto nº 64.567/1969); b) fichas avulsas: na primeira e última ficha de cada conjunto (Art. 9º, Decreto nº 64.567/1969). 3.2.4 - Escrituração Descentralizada - Termo de Abertura e Encerramento Os Termos de Abertura e de Encerramento deverão atender o disposto nos subitens 3.2, conforme o caso, sendo que os dados deverão referir-se à filial e a data de arquivamento deverá referir-se ao ato de abertura da filial na Junta Comercial da unidade federativa onde essa se localizar. 3.3 - Assinaturas Os termos de abertura e de encerramento serão datados e assinados pelo empresário, administrador de sociedade empresária ou procurador e por contabilista legalmente habilitado com a indicação do número de sua inscrição no Conselho Regional de Contabilidade - CRC e dos nomes completos dos signatários e das respectivas funções, observado o seguinte: a) as funções a que se refere o parágrafo anterior, são as constantes da Tabela de Qualificação de Assinantes abaixo: Código Descrição da função 203 Diretor 204 Conselheiro de Administração 205 Administrador 206 Administrador de Grupo 207 Administrador de Sociedade Filiada 220 Administrador Judicial - Pessoa Física 222 Administrador Judicial - Pessoa Jurídica - Profissional Responsável 223 Administrador Judicial/Gestor 226 Gestor Judicial 309 Procurador 312 Inventariante 313 Liquidante 315 Interventor 801 Empresário 900 Contador 999 Outros; b) não havendo contabilista habilitado na localidade onde se situa a sede do empresário ou da sociedade empresária ou a filial, os Termos de Abertura e de Encerramento serão assinados, apenas, pelo empresário, administrador de sociedade empresária ou procurador (Art. 1.182 - CC/2002, C/C parágrafo único, art. 7º do Decreto nº 64.567/1969); c) para efeito da letra b acima, caberá aos Conselhos Regionais de Contabilidade informar às Juntas Comerciais as localidades onde não haja profissional habilitado ( 2º, art. 3º, Decreto nº 64.567/1969); d) no caso de assinatura por procurador, a procuração deverá conter os poderes para a prática do ato, ser arquivada na Junta Comercial e anotada nos registros de autenticação de livros; e) em se tratando de livro digital, esse deve ser assinado por contabilista legalmente habilitado e pelo empresário ou sociedade empresária, conforme LECD, com certificado digital, de segurança mínima tipo A3, emitido por entidade credenciada pela Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), antes de ser submetido à autenticação pelas Juntas Comerciais; f) existindo erro ou omissão de algum dado obrigatório do Termo de Abertura e/ou Encerramento, no livro em papel, poderá ser feita ressalva na própria folha ou página, a qual deverá ser assinada pelos mesmos signatários do Termo e homologada pelo autenticador do instrumento pela Junta Comercial, mediante Termo de homologação por esse datado e assinado. 4. NORMAS DE ESCRITURAÇÃO 4.1 - Normas Sobre os Livros Diário e Auxiliares No Diário serão lançados o balanço patrimonial e o de resultados, observado o seguinte: 175

JUNHO - Nº 26/2010 a) no caso de livro em papel, ambos serem assinados por contabilista legalmente habilitado e pelo empresário ou sociedade empresária (Art. 1.184 - CC/2002); b) em se tratando de livro digital, as assinaturas digitais das pessoas acima citadas, nele lançadas, serão efetuadas utilizando-se de certificado digital, de segurança mínima tipo A3, emitido por entidade credenciada pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil) e suprem as exigências do inciso anterior; c) a adoção de fichas de escrituração não dispensa o uso de livro diário para o lançamento do balanço patrimonial e do de resultado econômico (Parágrafo único, art. 1.180 - CC/2002), ao qual deve ser atribuído o número subseqüente ao do livro diário escriturado em fichas; d) o livro não poderá ser dividido em volumes, podendo, em relação a um mesmo exercício, ser escriturado mais de um livro, observados períodos parciais e sequenciais, constantes dos respectivos Termos de Encerramento, de acordo com as necessidades do empresário ou da sociedade empresária; e) a numeração das folhas ou páginas de cada livro em papel ou microficha observará ordem seqüencial única, iniciando-se pelo numeral um, incluído na sequência da escrituração o balanço patrimonial e o de resultado econômico, quando for o caso; f) na escrituração, quando utilizados códigos de números ou de abreviaturas, esses deverão constar (Art. 1.183 - CC/2002): f.1) de livro próprio, regularmente autenticado, no caso de livro em papel; f.2) do próprio instrumento de escrituração, observado o Leiaute da Escrituração Contábil Digital - LECD publicado no anexo I da Instrução Normativa RFB nº 787, de 19 de novembro de 2007, ora ratificado por esta Instrução Normativa, no caso de livro digital. O código de histórico padronizado deverá ser único para o período da escrituração, não podendo ser alterado no mesmo período. 4.2 - Escrituração Resumida do Livro Diário Quando adotada a escrituração resumida do Diário, com totais que não excedam o período de trinta dias, relativamente a contas cujas operações sejam numerosas ou realizadas fora da sede, deverão ser utilizados livros auxiliares do Diário, regularmente autenticados, para registro individualizado, e conservados os documentos que permitam a sua perfeita verificação, observado o seguinte ( 1º, art. 1.184 - CC/2002): a) os livros auxiliares observarão o mesmo meio, digital ou papel, do Livro Diário com Escrituração Resumida; b) quando o Livro Diário com Escrituração Resumida for na forma digital, os livros auxiliares correspondentes deverão se referir ao mesmo período de escrituração e constar de arquivos independentes, observadas as formalidades quanto IMPOSTO DE RENDA aos Termos de Abertura e de Encerramento e o LECD; c) no caso de livro em papel, do Termo de Encerramento do livro Diário com escrituração resumida, deverá constar relação que identifique todos os livros auxiliares a ele associados, com indicação da finalidade de cada um deles e seus respectivos números seqüenciais. Cada livro auxiliar, no respectivo Termo de Encerramento, deverá indicar o(s) número(s) do(s) livro(s) Diário(s) com escrituração resumida a que esteja(m) vinculado(s). 4.3 - Retificação de Lançamento Feito Com Erro A retificação de lançamento feito com erro, em livro já autenticado pela Junta Comercial, deverá ser efetuada nos livros de escrituração do exercício em que foi constatada a sua ocorrência, observadas as Normas Brasileiras de Contabilidade, não podendo o livro já autenticado ser substituído por outro, de mesmo número ou não, contendo a escrituração retificada. 4.4 - Extravio, Deterioração ou Destruição Dos Instrumentos de Escrituração Ocorrendo extravio, deterioração ou destruição de qualquer dos instrumentos de escrituração, o empresário ou a sociedade empresária fará publicar, em jornal de grande circulação do local de seu estabelecimento, aviso concernente ao fato e deste fará minuciosa informação, dentro de quarenta e oito horas à Junta Comercial de sua jurisdição, observado o seguinte: a) recomposta a escrituração, o novo instrumento receberá o mesmo número de ordem do substituído, devendo o Termo de Autenticação ressalvar, expressamente, a ocorrência comunicada; b) a autenticação de novo instrumento de escrituração só será procedida após o cumprimento do disposto no subitem 4.4; c) no caso de livro digital, enquanto for mantida uma via do instrumento objeto de extravio, deterioração ou destruição no Sped, a Junta Comercial não autenticará livro substitutivo, devendo o empresário ou sociedade obter reprodução do instrumento junto à administradora daquele Sistema. 4.5 - Conservação e Guarda da Escrituração O empresário e a sociedade empresária são obrigados a conservar em boa guarda toda a escrituração, correspondência e mais papéis concernentes à sua atividade, enquanto não ocorrer prescrição ou decadência no tocante aos atos neles consignados (Art. 1.194 - CC/2002). 4.6 - Escrituração do Livro Digital A geração do livro digital deverá observar quanto à: a) escrituração e incorporação dos Termos de Abertura e de Encerramento, as disposições contidas no Manual de Orientação do Leiaute da Escrituração Contábil Digital - LECD, aprovado pela Instrução Normativa RFB nº 787, de 19 de novembro de 2007; 174

IMPOSTO DE RENDA b) incorporação das assinaturas digitais, a utilização de software oficial denominado Programa Validador e Assinador (PVA), a ser disponibilizado, gratuitamente, no sítio da RFB/ Sped na Internet, para download pelos interessados. 4.6.1 - Funções do Programa Validador e Assinador O PVA deverá possibilitar a execução das funções abaixo, dentre outras, em relação ao livro digital: a) validação da escrituração; b) visualização do livro, segundo formatos tradicionais do livro em papel; c) geração do requerimento próprio para o caso, dirigido à Junta Comercial; d) assinatura digital do livro e do requerimento pertinente; e) transmissão para o SPED; f) consulta para fins de acompanhamento do processo de autenticação, inclusive conhecimento de exigências em decorrência de deficiências identificadas no instrumento; g) download do Termo de Autenticação do livro. 4.6.2 - Envio do Livro Digital ao SPED Para Fins de Autenticação O livro digital será enviado pelo empresário ou sociedade empresária ao SPED com o respectivo requerimento de autenticação à Junta Comercial, ficando o livro disponível naquele Serviço para ser visualizado pelo autenticador da Junta Comercial, observado o seguinte: a) o livro digital, mediante solicitação do autenticador ao SPED, será disponibilizado para ser visualizado, por tempo suficiente para esse procedimento, sendo vedado o acesso à visualização após a sua autenticação; b) o pagamento do preço do serviço deverá ser efetuado previamente à sua solicitação, mediante recolhimento por guia de arrecadação a ser disponibilizada pela Junta Comercial ao interessado; c) o requerimento de autenticação a Junta Comercial conterá o número da guia de recolhimento, consoante sistemática adotada pela Junta Comercial, que disponibilizará informação a respeito, quando necessário; d) em caso de exigências que impeçam a autenticação do livro digital ou de indeferimento do requerimento, a Junta Comercial enviará ao SPED a respectiva notificação, para conhecimento pelo empresário ou sociedade empresária; e) uma vez autenticado o livro digital, a Junta Comercial enviará o Termo de Autenticação para o SPED e o empresário ou a sociedade empresária promoverá o seu download, com utilização do PVA. 4.6.3 - Validade e Visualização do Conteúdo do Livro Digital JUNHO - Nº 26/2010 A validade do livro digital dependerá da sua existência e do respectivo Termo de Autenticação, mantida a inviolabilidade de seus conteúdos. Para efeito de prova em juízo ou fora dele, o empresário ou a sociedade deverá utilizar-se do PVA para demonstração visual do conteúdo do livro digital e de seu Termo de Autenticação, assim como para geração e emissão de documentos probantes. 4.7 - Microficha A microficha, como instrumento de escrituração, poderá ser utilizada pelas companhias e em relação aos livros sociais de que trata o art. 100 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, observado o seguinte: a) no caso das companhias abertas, aplicar-se-ão, ainda, as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, apenas para os livros dos incisos I a III do art. 100 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976; b) as microfichas, como instrumento de escrituração, deverão atender os requisitos constantes do Anexo I a IN DNRC nº 107/2008; c) far-se-á a autenticação de todas as microfichas constantes de cada conjunto correspondente a um livro, mediante aposição de carimbo conforme modelo constante do Anexo I a que se refere a letra b acima, data da autenticação e rubrica do autenticador. 4.8 - Leiloeiros, Tradutores Públicos e Intérpretes Aplicam-se aos instrumentos de escrituração dos leiloeiros e tradutores públicos e intérpretes comerciais as disposições deste trabalho referentes a livro em papel, obedecida a legislação que lhes é pertinente. 5. PEQUENO EMPRESÁRIO O artigo 12 da Instrução Normativa DNRC nº 107/2008, em seu 2º, dispensa do cumprimento das obrigações de que trata este trabalho o pequeno empresário a que se refere o art. 970 da Lei nº 10.406/2002. Considera-se pequeno empresário, por definição dada pelo artigo 68 da Lei Complementar nº 123/2006, o empresário individual caracterizado como microempresa nos termos da referida Lei Complementar, que aufira receita bruta anual até o montante de R$ 36.000,00 (trinta e seis mil reais). 6. AUTENTICAÇÃO DOS DOCUMENTOS DE ESCRITURAÇÃO 6.1 - Prazos Para Autenticação Dos Documentos de Escrituração A Legislação Societária não prevê prazo para que o empresário ou a sociedade empresária apresente para a autenticação os documentos de escrituração, dispondo apenas que os mesmos deverão ser levados à autenticação após a lavratura dos respectivos termos. Contudo, a Legislação do Imposto de Renda, através da Instrução Normativa nº 16, de 01.03.1984, dispõe que o 173

JUNHO - Nº 26/2010 livro Diário deve ser autenticado até a data prevista para a entrega da declaração de rendimentos. 6.2 - Retirada Dos Documentos Autenticados Os instrumentos de escrituração, exceto os livros digitais, autenticados na forma deste trabalho, não retirados no prazo de trinta dias, contados da autenticação, poderão ser eliminados, após publicação de Edital no Diário Oficial do Estado ou no Diário Oficial da União, no caso da Junta Comercial do Distrito Federal, que conterá nome empresarial, NIRE, a finalidade a que se destinou o livro, o número de ordem e o período a que se refere a escrituração. IMPOSTO DE RENDA Diário Oficial, data e número da página em que foi publicado, o qual será datado e assinado pelo Secretário-Geral e pelo responsável pelo setor de autenticação de livros. 6.3 - Escrituração Descentralizada No caso de escrituração descentralizada, o empresário ou a sociedade empresária que possuir filial em outra unidade federativa deverá requerer a autenticação dos instrumentos de escrituração respectivos à Junta Comercial onde a filial estiver situada. Fundamentos Legais: Os citados no texto. Da eliminação será lavrado Termo de Eliminação de Livro Mercantil, que deverá conter o fundamento legal para a eliminação do livro, a citação do Edital e dos dados de identificação do livro nele contidos, bem como a menção ao IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA REGIME TRIBUTÁRIO DE TRANSIÇÃO - RTT Normas Gerais Sumário 1. Introdução 2. Prazo de Vigência do RTT 3. Forma de Opção Nos Anos-Calendário 2008, 2009 e a Partir de 2010 3.1 - Empresas Optantes Pelo Lucro Presumido 3.2 - Opção Pelo RTT a Partir do Ano-Calendário 2010 3.3 - DIPJ Retificadora Para Manifestar a Opção Pelo RTT Nos Anos-Calendário 2008 e 2009 4. Pessoas Jurídicas Sujeitas ao RTT - Efeitos Tributários 5. Ajustes a Serem Feitos na Pessoa Jurídica Sujeita ao RTT 5.1 - Subvenções Para Investimentos e Doações 5.2 - Prêmio na Emissão de Debêntures 6. Aplicação do RTT ao Lucro Presumido 6.1 - Apuração da Base de Cálculo 6.2 - Controle Dos Ajustes 7. PIS/PASEP e COFINS - Aplicação do RTT 7.1 - Apuração da Base de Cálculo 1. INTRODUÇÃO Por intermédio da Instrução Normativa RFB nº 949, de 16 de junho de 2009 (DOU de 17.06.2009) e com as alterações introduzidas pela Instrução Normativa RFB nº 1.023, de 12 de abril de 2010 (DOU de 13.4.2010), foi regulamentado o Regime Tributário de Transição (RTT) com o objetivo de neutralizar e controlar os ajustes tributários decorrentes dos novos métodos e critérios contábeis introduzidos pelas Leis nºs 11.638/2007 e 11.941/2009. Nos itens a seguir abordaremos sobre a forma de opção e vigência do Regime Tributário de Transição (RTT). 2. PRAZO DE VIGÊNCIA DO RTT O RTT vigerá até a entrada em vigor de lei que discipline os efeitos tributários dos novos métodos e critérios contábeis, buscando a neutralidade tributária. 3. FORMA DE OPÇÃO NOS ANOS-CALENDÁRIO 2008, 2009 E A PARTIR DE 2010 O Regime Tributário de Transição (RTT) de que trata a Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009, é optativo tão-somente nos anos-calendário 2008 e 2009, observado o seguinte: a) a opção aplica-se ao biênio 2008-2009, vedada a aplicação do regime em um único ano-calendário; b) a opção a que se refere a letra a deve ser manifestada, de forma irretratável, na Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ) 2009; c) no caso de apuração pelo lucro real trimestral dos trimestres já transcorridos do ano-calendário de 2008, a eventual diferença entre o valor do imposto devido com base na opção pelo RTT e o valor antes apurado deve ser compensada ou recolhida até o último dia útil do mês de junho de 2009; Obs.: Quando a diferença apurada for paga até o último dia útil do mês de junho de 2009, poderá ser recolhida sem acréscimos. d) na hipótese de início de atividades no ano-calendário de 2009, a opção deverá ser manifestada, de forma irretratável, na DIPJ 2010; e) uma vez manifestada a opção pelo RTT, conforme disposto nas letras a e d, não é possível a transmissão de DIPJ retificadora posterior com o objetivo de cancelar a opção pelo referido regime. 3.1 - Empresas Optantes Pelo Lucro Presumido Para os anos-calendário 2008 e 2009, a opção pelo RTT será aplicável também à apuração do Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas - IRPJ, com base no lucro presumido (Art. 20 da Lei nº 11.941/2009). A opção é aplicável a todos os trimestres dos anoscalendário 2008 e 2009. Nos trimestres já transcorridos do ano-calendário 2008, a eventual diferença entre o valor do imposto devido com 172

IMPOSTO DE RENDA base na opção pelo RTT e o valor antes apurado deverá ser recolhida até o último dia útil do mês de junho de 2009 ou compensada, conforme o caso. Quando a diferença apurada for paga até o último dia útil do mês de junho de 2009, poderá ser recolhida sem acréscimos. 3.2 - Opção Pelo RTT a Partir do Ano-Calendário 2010 Observado o prazo de vigência do Regime Tributário de Transição, o RTT será obrigatório a partir do anocalendário 2010, inclusive para a apuração do Imposto sobre a Renda com base no lucro presumido ou arbitrado, da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido - CSLL, da Contribuição para o PIS/PASEP e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS. 3.3 - DIPJ Retificadora Para Manifestar a Opção Pelo RTT Nos Anos-Calendário 2008 e 2009 Não tendo optado pelo RTT, conforme disposto nas letras b e d do item 3, é permitida a transmissão de DIPJ retificadora para manifestar essa opção, observado o disposto na letra a do item 3. 4. PESSOAS JURÍDICAS SUJEITAS AO RTT - EFEITOS TRIBUTÁRIOS As alterações introduzidas pela Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007, e pelos arts. 37 e 38 da Lei nº 11.941, de 2009, que modifiquem o critério de reconhecimento de receitas, custos e despesas computadas na escrituração contábil, para apuração do lucro líquido do exercício definido no art. 191 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, não terão efeitos para fins de apuração do lucro real e da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) da pessoa jurídica sujeita ao RTT, devendo ser considerados, para fins tributários, os métodos e critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007. Aplica-se o disposto acima às normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, com base na competência conferida pelo 3º do art. 177 da Lei nº 6.404, de 1976, e pelos demais órgãos reguladores que visem alinhar a Legislação específica com os padrões internacionais de contabilidade. 5. AJUSTES A SEREM FEITOS NA PESSOA JURÍDICA SUJEITA AO RTT A pessoa jurídica sujeita ao RTT, para reverter o efeito da utilização de métodos e critérios contábeis diferentes daqueles previstos na Legislação Tributária, baseada nos critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007, conforme item 4, deverá: a) utilizar os métodos e critérios da legislação societária para apurar, em sua escrituração contábil, o resultado do período antes do Imposto sobre a Renda, deduzido das participações; b) utilizar os métodos e critérios contábeis aplicáveis à legislação tributária, a que se refere o item 4, para apurar o resultado do período, para fins fiscais; c) determinar a diferença entre os valores apurados nas letras a e b ; e JUNHO - Nº 26/2010 d) ajustar, exclusivamente no Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR), o resultado do período, apurado conforme a letra a, pela diferença apurada na letra c. Para a realização do ajuste específico, de que trata a letra d, deverá ser mantido o Controle Fiscal de Transição (FCONT) conforme as normas comentadas na matéria publicada no boletim nº 23 de 2010 deste caderno. O ajuste específico no LALUR, referido na letra d, não dispensa a realização dos demais ajustes de adição e exclusão, prescritos ou autorizados pela legislação tributária em vigor, para apuração da base de cálculo do imposto. Os demais ajustes previstos no parágrafo anterior devem ser realizados com base nos valores mantidos nos registros do controle do FCONT. 5.1 - Subvenções Para Investimentos e Doações As subvenções para investimento, inclusive mediante isenção ou redução de impostos concedidas como estímulo à implantação ou expansão de empreendimentos econômicos, e das doações, feitas pelo Poder Público, a que se refere o 2º do art. 38 do Decreto-Lei nº 1.598, de 26 de dezembro de 1977, a pessoa jurídica deverá: a) reconhecer, em sua escrituração contábil, o valor da doação ou subvenção em conta de resultado pelo regime de competência, inclusive com observância das determinações constantes das normas expedidas pela CVM, no uso da competência regulamentar conferida pela Lei nº 6.404, de 1976, no caso de companhias abertas e pelas demais pessoas jurídicas que optem pela sua observância; b) excluir, no LALUR, o valor referente à parcela do lucro líquido do exercício decorrente de doações ou subvenções governamentais para investimentos, para fins de apuração do lucro real; c) manter o valor referente à parcela do lucro líquido do exercício decorrente da doação ou subvenção na reserva de lucros a que se refere o art. 195-A da Lei nº 6.404, de 1976; e d) adicionar, no LALUR, para fins de apuração do lucro real, o valor referido na letra b, no momento em que ele tiver destinação diversa daquela referida na letra c. As doações e subvenções serão tributadas caso seja dada destinação diversa das normas comentadas acima, inclusive nas hipóteses de: a) capitalização do valor e posterior restituição de capital aos sócios ou ao titular, mediante redução do capital social, hipótese em que a base para a incidência será o valor restituído, limitado ao valor total das exclusões decorrentes de doações ou subvenções governamentais para investimentos; b) restituição de capital aos sócios ou ao titular, mediante redução do capital social, nos 5 (cinco) anos anteriores à data da doação ou subvenção, com posterior capitalização do valor da doação ou subvenção, hipótese em que a base para a incidência será o valor restituído, limitado ao valor total das exclusões decorrentes de doações ou subvenções governamentais para investimentos; ou 171

JUNHO - Nº 26/2010 c) integração à base de cálculo dos dividendos obrigatórios. 5.2 - Prêmio na Emissão de Debêntures Em relação ao tratamento tributário do prêmio na emissão de debêntures, a que se refere o art. 38 do Decretolei nº 1.598, de 1977, a pessoa jurídica deverá: a) reconhecer, em sua escrituração contábil, o valor do prêmio na emissão de debêntures em conta do resultado pelo regime de competência e de acordo com as determinações constantes das normas expedidas pela CVM, no uso da competência regulamentar conferida pela Lei nº 6.404, de 1976, com a redação dada pela Lei nº 11.638, de 2007, no caso de companhias abertas e outras que optem pela sua observância; b) excluir, no LALUR, o valor referente à parcela do lucro líquido do exercício decorrente do prêmio na emissão de debêntures, para fins de apuração do lucro real; c) manter o valor referente à parcela do lucro líquido do exercício decorrente do prêmio na emissão de debêntures em reserva de lucros específica; e d) adicionar, no LALUR, para fins de apuração do lucro real, o valor referido na letra b, no momento em que ele tiver destinação diversa daquela referida na letra c. A reserva de lucros específica a que se refere a letra c, para fins do limite de que trata o art. 199 da Lei nº 6.404, de 1976, terá o mesmo tratamento dado à reserva de lucros prevista no art. 195-A da referida Lei. O prêmio na emissão de debêntures será tributado caso seja dada destinação diversa da prevista acima, inclusive nas hipóteses de: a) capitalização do valor e posterior restituição de capital aos sócios ou ao titular, mediante redução do capital social, hipótese em que a base para a incidência será o valor restituído, limitado ao valor total das exclusões decorrentes de prêmios na emissão de debêntures; b) restituição de capital aos sócios ou ao titular, mediante redução do capital social, nos 5 (cinco) anos anteriores à data da emissão das debêntures com o prêmio, com posterior capitalização do valor do prêmio, hipótese em que a base para a incidência será o valor restituído, limitado ao valor total das exclusões decorrentes de prêmios na emissão de debêntures; ou c) integração à base de cálculo dos dividendos obrigatórios. É vedado, para fins de gozo da isenção prevista no art. 38 do Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, o registro, no controle da FCONT (vide matéria publicada no boletim nº 23 de 2010 deste caderno), de reserva de capital, para as operações referidas nos subitens 5.1 e 5.2. 6. APLICAÇÃO DO RTT AO LUCRO PRESUMIDO Para as pessoas jurídicas sujeitas ao RTT, o lucro presumido deverá ser apurado de acordo com a legislação de regência do tributo, com utilização dos métodos e critérios contábeis a que se referem os itens 4 e 5, IMPOSTO DE RENDA independentemente da forma de contabilização determinada pelas alterações da legislação societária decorrentes da Lei nº 11.638, de 2007, da Lei nº 11.941, de 2009, e da respectiva regulamentação. 6.1 - Apuração da Base de Cálculo Na apuração da base de cálculo do Lucro Presumido, proceder-se-á aos seguintes ajustes: a) exclusão de valores referentes à receita auferida cuja tributação poderá ser diferida para períodos subsequentes, em decorrência de diferenças de métodos e critérios contábeis determinados pela Legislação Societária, em relação àqueles aplicáveis à Legislação Tributária; b) adição de valores não incluídos na receita auferida cuja tributação fora diferida de períodos anteriores, em decorrência de diferenças de métodos e critérios contábeis determinados pela Legislação Societária, em relação àqueles aplicáveis à Legislação Tributária. 6.2 - Controle Dos Ajustes O contribuinte deverá manter memória de cálculo que permita: a) identificar o valor da receita auferida em cada período; e b) controlar os montantes das respectivas exclusões e adições à base de cálculo. 7. PIS/PASEP E COFINS - APLICAÇÃO DO RTT As pessoas jurídicas sujeitas ao RTT deverão apurar a base de cálculo da contribuição para o PIS/PASEP e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) de acordo com a Legislação de regência de cada contribuição, com utilização dos métodos e critérios contábeis a que se referem os itens 4 e 5, independentemente da forma de contabilização determinada pelas alterações da Legislação Societária decorrentes da Lei nº 11.638, de 2007, da Lei nº 11.941, de 2009, e da regulamentação. As normas acima, aplicam-se também à apuração dos créditos decorrentes do regime de não-cumulatividade, que deverão ter por base os registros controlados no FCONT. 7.1 - Apuração da Base de Cálculo Para apuração da base de cálculo, deverão ser efetuados os seguintes ajustes: a) exclusão de valores referentes à receita auferida cuja tributação poderá ser diferida para períodos subsequentes, em decorrência de diferenças de métodos e critérios contábeis determinados pela Legislação Societária, em relação àqueles aplicáveis à Legislação Tributária; b) adição de valores não incluídos na receita auferida cuja tributação fora diferida de períodos anteriores, em decorrência de diferenças de métodos e critérios contábeis determinados pela Legislação Societária, em relação àqueles aplicáveis à Legislação Tributária. Fundamentos Legais: Os citados no texto. 170