SENTENÇA. Com a inicial vieram cópias do Termo. Frustrada a conciliação e recusada a transação penal (fls. 30/31), a queixa foi recebida (fls. 41/42).

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Transcrição:

fls. 234 SENTENÇA Processo Digital nº: 1004541-56.2017.8.26.0554 Classe - Assunto Crimes de Calúnia, Injúria e Difamação de Competência do Juiz Singular - Injúria Querelante e Autor: Querelado: xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx e outros zxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Juiz(a) de Direito: Dr(a). MARIA LUCINDA DA COSTA Justiça Gratuita Vistos, etc. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx e xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, qualificados nos autos, apresentaram QUEIXA-CRIME contra xxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, também qualificado, sustentando que o querelado, no dia, hora e local indicados, teria injuriado os querelantes, vez que os abordou e indagou "qual de vocês dois é a mulher? Qual o sentido de tentar ser uma mulher já que não podem procriar e ter uma família?"; bem como porque teria asseverado que a atitude dos querelantes representaria uma "depravação moral", que os querelantes poderiam "dar o cu onde quisessem, desde que fosse em outro lugar", o que caracterizaria o delito previsto no art. 140, do Código Penal. Circunstanciado de Ocorrência. Com a inicial vieram cópias do Termo Frustrada a conciliação e recusada a transação penal (fls. 30/31), a queixa foi recebida (fls. 41/42). O querelado foi citado (fls. 50) e apresentou resposta escrita (fls. 54/57), que foi afastada (fls.. 59) Durante a instrução, foram ouvidas as vítimas e testemunhas arroladas pelas partes (fls. 96/97, 205 e 230/231). Ao final, o querelado foi interrogado (fls. 230/31).

fls. 235 1004541-56.2017.8.26.0554 - lauda 1 Em alegações finais, os querelantes pleitearam a condenação, sustentando a comprovação dos fatos descritos na denúncia. A defesa pugnou pela absolvição do acusado por insuficiência de provas e o representante do Ministério Público apresentou parecer opinando pelo acolhimento da pretensão condenatória. É O RELATÓRIO. FUNDAMENTO E DECIDO. A ação deve ser julgada procedente. Antes do mérito, contudo, afasto a impugnação ao depoimento da testemunha Nathalia, pois não demonstrada nos autos a amizade íntima mantida entre ela e os querelantes. No mérito, a materialidade se comprova pelo Termo Circunstanciado de Ocorrência. A autoria, de igual modo, é manifesta. Interrogado, o querelado negou a prática do delito. Alegou que abordou os querelados de modo educado e pediu que ambos se contivessem nas carícias, vez que entendeu que houve excesso na demonstração de afeto. Ressaltou que o que lhe ofendeu foi o fato de um deles ter acariciado o peito do outro. Contudo, mesmo que não fosse possível entender excessiva a carícia descrita, os depoimentos das vítimas e testemunhas não corroboram a versão do querelado, em especial no tocante aos excessos dos querelantes e calma da abordagem feita querelado. Ambos os querelantes, além de descreverem a

fls. 236 1004541-56.2017.8.26.0554 - lauda 2 agressividade da abordagem feita pelo querelado, narraram que ficaram traumatizados com o fato, o que prejudica o comportamento de ambos em público ainda hoje. Interessante observar que o querelado, embora tenha negado a ofensa à honra dos querelantes, não encontrou pessoa alguma que ratifique a regularidade de seus atos. Os querelantes, ao contrário, mesmo não conhecendo pessoa alguma no trem, foram apoiados pelos passageiros do trem. Gabriel e Nathalia confirmaram que ouviram o querelante gritar e agredir os querelantes, por homofobia e espontaneamente intervieram para apoiar o casal. Sustentaram que o querelado gritava que os atos dos querelantes não fazia sentido, porque ambos não poderiam ter filhos, "deveriam dar o cu em outro lugar" ou "deveriam dar a bunda em suas casas". Nathalia foi além e descreveu como os querelantes ficaram acusados e traumatizados com as ofensas Verifica-se, portanto, que todas as testemunhas referiram idênticas agressões àquelas citadas pelos querelados. que faça afastar as alegações. O querelado, contudo, não trouxe qualquer elemento Assim, de ser acolhida a versão dos querelantes, que caracteriza a ofensa à honra, a prática de injúria. A propósito, não se pode aceitar a alegação de prática do ato sem ânimo de ofensa à honra. A criticidade que apresenta o querelante não pode ser tolerada, pois extrapola o direito de crítica e ofende as normas penais. Não se demonstrou nos autos qualquer excesso nas

fls. 237 1004541-56.2017.8.26.0554 - lauda 3 carícias entre os querelantes que justificasse a intervenção do querelado na vida daqueles e não se pode aceitar qualquer possibilidade que questionamento, avaliação ou crítica da opção sexual alheia. A vida em sociedade requer tolerância e respeito. Ainda que a parte não tenha capacidade para compreender a diversidade, fato que prejudicaria somente a ela, é obrigada a respeitar a pessoa alheia, pois um não pode ser prejudicado pelas limitações do outro. E mais, aquele que não é capaz de conter seus impulsos e deseja impor ao outro seus desejos, deseja subjugar o próximo a seu julgamento pessoal, age em desrespeito à norma penal, pelo que deve sofrer as consequências de seus atos. Passo a dosar a pena a ser imposta. A brutalidade da agressão verbal, como descrito pelas testemunhas, demonstra periculosidade do querelado. Da mesma forma, o grave trauma dos querelantes, comprovado pela testemunha Nathalia, confirma as consequências nefastas da conduta e, por fim, acentuada a culpabilidade, já que o querelado, pessoa culta e esclarecida, conforme se infere claramente de seu interrogatório, deveria respeitar as opções alheias, são elemento que impõem a fixação da pena base em três meses de detenção. Na segunda fase, a pena resta inalterada. Por fim, por ter sido a injúria praticada na frente de várias pessoas, em vagão de trem, de ser acrescida a pena na terceira fase em um terço, o que resulta em quatro meses de detenção. A brutalidade da agressão, praticada em razão de opção sexual, demonstra intolerância e necessidade de maior rigor

fls. 238 1004541-56.2017.8.26.0554 - lauda 4 na punição do acusado, de modo que inviável a fixação exclusiva de pena de multa. Tendo em vista que o querelado é primário e de bons antecedentes, substituo a pena privativa de liberdade que lhe foi imposta por prestação pecuniária em favor dos querelantes em quantia que fixo em quatro salários mínimos, dois para cada um, valor que equivale ao mínimo da reparação por dano moral às vítimas e que deverá ser deduzido de eventual condenação na esfera cível, nos termos do art. 45, do Código Penal. Lembro que a substituição da pena privativa de liberdade por restritivas de direitos é um favor legal concedido a casos em que a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente indicam que esta substituição é suficiente para se alcançar a reabilitação. Mas, em havendo descumprimento injustificado das restrições impostas, por imposição legal, a pena restritiva de direitos se converterá em privativa de liberdade. regime ABERTO. Nessa hipótese, a pena será cumprida em Ante o exposto, Julgo Procedente a presente ação penal privada, movida por xxxxxxxxxxxxxxxxxxx e xxxxxxxxxxxx xxxxxx, contra xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, qualificado nos autos, e condeno o querelado ao cumprimento de quatro meses de detenção, por infração aos arts. 140 c.c. o art. 141, inciso III, ambos do Código Penal. Substituo a pena privativa de liberdade por prestação pecuniária em favor dos querelantes, no valor equivalente a quatro salários mínimos.

fls. 239 Em caso de descumprimento da pena 1004541-56.2017.8.26.0554 - lauda 5 alternativa, o sentenciado deverá cumprir a pena corporal em REGIME ABERTO. Após o trânsito em julgado, seja o nome do acusado lançado no rol dos culpados e arquivem-se os autos, com as cautelas de estilo, após as devidas anotações. P.R.I.C. Santo André, 30 de novembro de 2018. MARIA LUCINDA DA COSTA Juíza de Direito DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006, CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA 1004541-56.2017.8.26.0554 - lauda 6