APÊNDICE F: ANÁLISE DE CASOS DE CHUVAS INTENSAS Chuva intensa no litoral norte de SP e do RJ (01/03/16 12Z): Frente fria A chuva associada com este sistema de escala sinótica teve uma distribuição relativamente homogênea na faixa litorânea entre o litoral o nordeste de SP e o sul do RJ, incluindo a capital fluminense. Em termos gerais todos os modelos tiveram um bom desempenho, sendo que os modelos M1 e M2 foram um pouco melhores do que o modelo M3, especialmente na previsão de 48 h. O M3 subestimou a chuva do litoral norte de SP.
Figura F1. Precipitação acumulada em 24h observada e das previsões de 24, 48 e 72h, para 01 de março de 2016 às 1200 UTC dos modelos M1 (a), M2 (b) e M3 (c). Chuva intensa no RS, Uruguai, Nordeste da Argentina e sul do Paraguai (02/11/16 12Z): Frente fria Neste caso, a chuva associada com este sistema de escala sinótica também teve uma distribuição bem homogênea e todos os modelos conseguiram representar bastante bem sua distribuição espacial e sua intensidade. O modelo M3 foi um pouco mais deficiente nas previsões de 48 e de 72h, especialmente na localização.
Figura F2. Precipitação acumulada em 24h observada e das previsões de 24, 48 e 72h, para 02 de novembro de 2016 às 1200 UTC dos modelos M1 (a), M2 (b) e M3 (c). Chuva intensa na Bacia do Prata (26/12/16 12Z): Perturbação ciclônica em 500 hpa A chuva associada a este sistema de escala sinótica também foi bem generalizada e, em termos gerais, todos os modelos tiveram um desempenho adequado. O modelo M1 foi um pouco melhor, já que que manteve seu bom desempenho até 72 h.
Figura F3. Precipitação acumulada em 24h observada e das previsões de 24, 48 e 72h, para 26 de dezembro de 2016 às 1200 UTC dos modelos M1 (a), M2 (b) e M3 (c).
Chuva intensa em MS, oeste de SC e do PR, nordeste da Argentina e leste do Paraguai (25/03/16 12Z): Vórtice ciclônico em 500 hpa Os três modelos tiveram um desempenho aceitável, porém os modelos M2 e M3 subestimaram a chuva para 72h no nordeste da Argentina e sudoeste do PR. O Modelo M1 teve o melhor desempenho.
Figura F4. Precipitação acumulada em 24h observada e das previsões de 24, 48 e 72h, para 25 de março de 2016 às 1200 UTC dos modelos M1 (a), M2 (b) e M3 (c). Chuva intensa no litoral norte de SP e RJ Capital (17/03/16 12Z): Cavado em 500 hpa A chuva foi bastante localizada e principalmente de tipo convectiva, porém afetou áreas populosas e de alta vulnerabilidade (incluindo a capital fluminense). Por esse motivo, todos os modelos subestimaram a quantidade de precipitação, porém o modelo M1 foi um pouco melhor principalmente nas previsões de 48 h. O Modelo M3 teve o pior desempenho.
Figura F5. Precipitação acumulada em 24h observada e das previsões de 24, 48 e 72h, para 17 de março de 2016 às 1200 UTC dos modelos M1 (a), M2 (b) e M3 (c) Tempestade severa atípica no interior de SP e de MS (02/06/16 12Z): Forte baroclinia em 500 hpa e JBN As chuvas foram atípicas porque ocorreram no final do outono, período quando as chuvas são escassas nestas regiões. Ressalta-se que as tempestades severas derrubaram torres de alta tensão no interior paulista. Todos os modelos erraram no posicionamento da chuva mais intensa, principalmente sobre o leste e norte de MS. Os modelos M1 e M2 foram relativamente melhores para o centro e norte de SP. O Modelo M2 teve uma leve vantagem em relação ao modelo M1. O modelo M3 foi o pior já que subestimou muito a chuva para o estado paulista.
Figura F6. Precipitação acumulada em 24h observada e das previsões de 24, 48 e 72h, para 02 de junho de 2016 às 1200 UTC dos modelos M1 (a), M2 (b) e M3 (c).
Tempestade severa atípica no interior de SP (05/06/16 12Z): Forte baroclinia em 500 hpa e JBN Este foi mais um caso de chuvas atípicas porque também ocorreram no final do outono, período onde as chuvas são escassas nestas regiões. Ressalta-se que as tempestades severas provocaram fortes impactos na região de Campinas (SP), onde uma pessoa chegou a falecer. Neste evento de tempo severo, a chuva também teve um comportamento localizado e por tal motivo os três modelos tiveram bastante dificuldade em prever a localização e intensidade. Em termos gerais, o modelo M2 foi um pouco melhor do que o modelo M1. O modelo M3 teve o pior desempenho, já que errou bastante na localização e na intensidade.
Figura F7. Precipitação acumulada em 24h observada e das previsões de 24, 48 e 72h, para 05 de junho de 2016 às 1200 UTC dos modelos M1 (a), M2 (b) e M3 (c). Tempestade severa atípica no interior de SP (06/06/16 12Z): Forte baroclinia em 500 hpa e JBN Este foi outro caso de chuvas atípicas intensas que ocorreu na sequência do caso anterior descrito. Assim, a distribuição da chuva foi um pouco mais homogênea, porém houve episódios de tempo severo localizados que atingiram várias cidades do estado de São Paulo, incluindo a capital paulista. Nesta cidade morreu uma pessoa por desabamento. Para este caso, os modelos acertaram melhor a localização e intensidade da chuva comparado ao caso anterior, porém o modelo M3 continuou sendo o mais deficiente. Em termos gerais, o modelo M2 teve uma leve vantagem em relação ao modelo M1.
Figura F8. Precipitação acumulada em 24h observada e das previsões de 24, 48 e 72h, para 06 de junho de 2016 às 1200 UTC dos modelos M1 (a), M2 (b) e M3 (c). Chuva intensa no leste de Alagoa (AL)e de Pernambuco (PE) e no interior da Paraíba (PB) e PE (30/03/16 12Z): Convergência de umidade e divergência em altitude Os três modelos erraram no posicionamento da chuva no interior dos estados de PE e da PB. Em relação à chuva ocorrida no litoral dos estados de AL e de PE. Já, o modelo M2 conseguiu prever melhor a intensidade, porém superestimou muito a área (colocou chuva em toda a faixa litorânea entre Sergipe e PB). O modelo M1 conseguiu prever de forma relativamente aceitável apenas nas previsões 24h. O modelo M3 subestimou muito para os três horários de previsão. Em termos gerais o modelo M2 foi um pouco melhor.
Figura F9. Precipitação acumulada em 24h observada e das previsões de 24, 48 e 72h, para 30 de março de 2016 às 1200 UTC dos modelos M1 (a), M2 (b) e M3 (c).
Chuva intensa no leste de AL e de PE (30/05/16): Distúrbio Ondulatório de Leste (DOL) Neste caso a chuva intensa provocou a morte de quatro pessoas na cidade de Recife (PE). As conclusões são similares ao caso anterior, ou seja que o modelo M2 teve o desempenho mais adequado. Porém, ressalta-se que este modelo superestimou muito a área de chuva. O modelo M1 apenas previu adequadamente para 24h e o modelo M3 continuou subestimando muito a intensidade para os três horários de previsão.
Figura F10. Precipitação acumulada em 24h observada e das previsões de 24, 48 e 72h, para 30 de maio de 2016 às 1200 UTC dos modelos M1 (a), M2 (b) e M3 (c). Chuva intensa no Recôncavo baiano (25/08/16): Convergência de umidade A chuva castigou a capital Salvador (BA), provocando impactos significativos. O M2 teve o melhor desempenho na localização e intensidade da chuva para os três horários de previsão. O modelo M3 mais uma vez subestimou muito a intensidade e foi o pior dos três modelos.
Figura F11 Precipitação acumulada em 24h observada e das previsões de 24, 48 e 72h para o dia 25 de agosto de 2016 às 1200 UTC dos modelos M1 (a), M2 (b) e M3 (c).