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Transcrição:

Os documentos que agora apreciamos, traduzem aqueles que são os pilares do modelo de desenvolvimento da Região: A responsabilidade financeira O crescimento económico sustentado Uma sociedade mais justa e mais solidária A evolução favorável da economia açoriana, em contraste com os indicadores Nacionais, tem proporcionado uma dinâmica de convergência com o País e mesmo com a União Europeia que, muito justamente, tem merecido o apoio reiterado das Populações. É evidente, mesmo para aqueles que só ocasionalmente,nos visitam, a apreciável dinâmica transformadora que nos últimos anos tem ocorrido e que trespassa um pouco, por toda a Região. Os indicadores da actividade evidenciam-se, tanto ao nível do sector primário, como do Turismo, do Comércio ou da Indústria, dando alento aos Açorianos para prosseguirem enfrentando as dificuldades, na difícil e árdua batalha pelo desenvolvimento da Região. Continuamos a ser uma Região Ultraperiférica, marcada por constrangimentos estruturais e permanentes, portadora de sérios passivos históricos. Mas somos também já hoje uma Região mais consistente do ponto de vista económico e financeiro, com melhores acessibilidades, com a economia mais diversificada, com uma melhor situação energética, com melhor qualificação do capital humano, com melhores indicadores de bem estar e com baixas taxas de desemprego. Sentimo-nos por isso melhor a viver nos Açores. Também na Agricultura houve que ultrapassar constrangimentos e imprimir outros ritmos que saneassem o enorme passivo que representava o nível do nosso atraso. O ponto de partida quase Medieval em que se encontrava o sector face à Europa veio, desde os primeiros Governos da Autonomia, a ser recuperado, 1

nalguns períodos mais intensamente que noutros, tendo sido claramente acentuada essa recuperação com os Governo do Partido Socialista. Com efeito o quadro financeiro negro que a Região atravessou nos Governos de 1988 a 1996, nomeadamente com um corte de 54% no PMP de 88/92, que no Sector Agrícola se traduziu no desaparecimento de 62% das verbas que estavam atribuídas para o investimento, não pode evitar que em 1996 o Sector Agrícola se encontrasse em acentuada ruína e praticamente falido em quase todas as ilhas. Não é portanto difícil de compreender, que a situação hoje francamente melhorada, como ninguém poderá deixar de reconhecer, se encontra ainda distante daquela que todos gostaríamos de observar face às suas congéneres mais desenvolvidas, com quem temos aliás que competir. Se entendermos que as diferentes fileiras agrícolas Europeias enfrentam hoje sérias dificuldades colocadas pela reforma da PAC e pela desregulamentação do Comércio Internacional, percebemos a dimensão dos nossos desafios. Dos desafios que uma fileira agrícola com os nossos handicaps, enfrentando os mesmos problemas que as mais desenvolvidas, tem que ultrapassar. Desde 1996 alterámos profundamente a nossa realidade. E isso não se faz atirando dinheiro aos problemas. Também não se faz com palavras. Faz-se com obra. E fazer uma Rede Regional de Matadouros custa dinheiro (mais de 36 milhões de euros). Os 86 projectos de investimentos privados que modernizaram a nossa Agro-Indústria também custaram dinheiro (mais de 120 milhões de euros). Sem a Rede Regional de Abate ou sem Indústria Agro-alimentar adequadas aos padrões exigidos não teríamos hoje qualquer actividade no domínio da Pecuária. Não é por si só condição suficiente. Concerteza. Mas é certamente condição necessária, que há oito anos se encontrava por cumprir. Também noutros domínios foi necessário imprimir maiores ritmos. Na área das infra-estruturas agrícolas, a reparação média anual de caminhos florestais passou de 353 Km para 750 Km. A construção de novos caminhos passou em média de 36 Km para 116 Km. A pavimentação betuminosa de 26 Km por ano para 145 Km. Foram abastecidas com água 2800 explorações agrícolas. Ainda nas explorações agrícolas foram aprovados mais de 4400 projectos num considerável esforço de modernização. 2

Na formação dos nossos agricultores foram ministrados mais de 345 cursos envolvendo cerca de 5100 produtores. Um incremento praticamente para o dobro do ritmo de formação que até então era feito. Combatem-se a BSE, com um Plano Integral de vigilância (desde as rações aos matadouros e à distribuição de carne) e criando 2 laboratórios de despiste rápido. A Região assegurou assim o estatuto da Região livre de BSE. Introduziu-se pela 1ª vez apoio ao gasóleo agrícola e à compra de terras pelos rendeiros com taxas de juro dos 0% a 2%. Esta medida com cerca de 110 projectos permitiu a aquisição de 480 hectares de terra. Com a dinamização da actividade agrícola, a produção de leite aumentou mais 130 milhões de litros desde 1996, passando a não haver atrasos nos pagamentos, atrasos que tinham chegado a atingir mais de um ano. A produção anual de queijo mais do que duplicou, passando a atingir as 25.000 toneladas por ano. Em sentido contrário a produção de leite em pó tem vindo a diminuir. Os constrangimentos desta produção industrial face à Reforma da PAC, assumem particular preocupação, partilhada aliás por outras fileiras como a Francesa, a Alemã ou a Belga e a Irlandesa com maior acuidade ainda. A solução para já consiste em passar esta produção industrial para produtos de grande consumo. Devido às excelentes características do leite dos Açores e à sua riqueza em CLA, pensamos ser solução, com o Marketing adequado, a passagem de leite em pó industrial para leite UHT destinado ao consumo do mercado Continental. Também é de registar o aumento quer do efectivo bovino total, quer do efectivo de vacas leiteiras em mais de 25% e mais de 21% respectivamente, tendo igualmente aumentando a área média das explorações agro-pecuárias em mais de 21%. Como consequência dos investimentos efectuados nas explorações agrícolas, o número de tractores aumentou 38,7% e o índice de mecanização das explorações mais de 52%. Ainda que necessariamente bastante incompleta esta perspectiva dos últimos anos, monitorizando handicaps, pontos de partida, ritmos de execução, resultados conseguidos, demonstra claramente que o Sector Agrícola apesar das insuficiências que possui, está hoje claramente melhor preparado para enfrentar as muitas dificuldades que a actividade agrícola hoje enfrenta por toda a Europa. 3

Problemáticas como o rendimento das explorações, a Inovação, a diversificação, a eliminação de insuficiências nas explorações e nas indústrias, a criação de novas formas societárias, a investigação aplicada nas fileiras, as economias de escala ou as relações com a distribuição moderna, presentes nos novos debates são também hoje temas da actualidade em muitas fileiras europeias. O Plano para 2005 e as grandes opções para o triénio 2005-2008, já aqui exposto de forma circunstanciada pelo Sr. Secretário da Agricultura contêm os instrumentos que consideramos adequados (ainda que necessariamente sempre escassos) para intervir com profundidade nas complexas questões do mundo Agrícola Regional. Mais de 550 milhões de euros são esperados como investimento no sector Agrícola, sendo cerca de 41% deste valor dirigido ao Fomento Agrícola e 34% para a Transformação e Comercialização de Produtos Agro-Pecuários. São pois cerca de 110 milhões de contos em moeda antiga, num volume projectado, que gostaríamos que pudesse ser maior, mas que todavia, não deixa por isso de constituir um montante sem precedentes no sector. Procuremos com ele dar resposta aos desafios que continuamente se colocam e que continuarão a colocar-se, cada vez com ritmos mais elevados, num mundo cada vez mais globalizado e com mercados mais desregulamentados mas em que a actividade agrícola se encontra toda ela fortemente condicionada pela Política Agrícola Comum. O Plano para 2005 prevê investimentos no sector na ordem dos 115 milhões de euros, destacando-se o Fomento Agrícola e a Transformação e Comercialização do Produtor Agro-Pecuários com cerca de 38% cada das verbas a investir. Gostaríamos de particularizar, não pela expressividade dos montantes inscritos, mas pelo significado das mesmas, o reforço na acção de Experimentação e Divulgação com o crescimento de 40% da dotação e a introdução da acção Contabilidade e Gestão das Explorações Agrícolas. Uma gestão e um maneio correctos, uma alimentação e uma adequada aplicação de factores de produção, o tratamento eficaz das doenças, a melhoria da qualidade, constituem hoje importantes e decisivos combates às inificiências que consomem elevadíssimos recursos às explorações, tão necessários à melhoria da sua produtividade e mesmo à sua viabilidade. De igual modo gostaríamos de sublinhar a acção Medidas de Desenvolvimento Rural com a florestação de terras agrícolas e reposição de matas cortadas numa área de 625 ha em 2005, pelo seu importante alcance ambiental. 4

Por último, no campo das Infra-Estruturas Agrícolas, sublinhamos a aposta decidida na acção Abastecimento de Água com um crescimento face ao plano anterior de 186% que possibilitará que mais 450 exploração agrícola sejam abastecidas, retirando daí evidentes reduções de custos e aumentos de receitas pelos ganhos de qualidade obtidos nas suas produções. A eleição da Agricultura como um sector com lugar determinante nos Açores do futuro, está claramente evidenciada no crescimento de 60% nas verbas do Plano nos últimos 2 anos. Este crescimento de 60% em 2 anos revela bem a vontade, a determinação e o compromisso deste Grupo Parlamentar e do Governo do Partido socialista em continuar a mudar a Agricultura, a vida dos Agricultores e os Açores para Melhor. Disse! Sala das Sessões, Horta, 7 de Abril de 2005 Deputado Regional: Luís Paulo Alves 5