RELATÓRIO MENSAL SOBRE O MERCADO DE TRABALHO DO MUNICÍPIO DE OSASCO - AGOSTO DE

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O setor de Serviços foi o maior gerador de empregos formais no mês de julho (1.372 postos), seguido da Construção Civil (564 postos).

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Transcrição:

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE OSASCO SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO, TRABALHO E INCLUSÃO (SDTI) DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS (DIEESE) PROGRAMA OSASCO DIGITAL OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DE OSASCO E REGIÃO RELATÓRIO MENSAL RELATÓRIO MENSAL SOBRE O MERCADO DE TRABALHO DO MUNICÍPIO DE OSASCO - AGOSTO DE 2010 - OUTUBRO DE 2010

EXPEDIENTE DA SECRETARIA DO DESENVOLVIMENTO, TRABALHO E INCLUSÃO DA PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE OSASCO Prefeito: Emídio Pereira de Souza Vice-Prefeito Dr. Faisal Cury Secretária: Dulce Helena Cazzuni Secretário Adjunto: Luis Mansur Szajubok

EXPEDIENTE DO DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS - DIEESE Direção Técnica Clemente Ganz Lúcio Diretor Técnico Ademir Figueiredo Coordenador de Estudos e Desenvolvimento José Silvestre Prado de Oliveira Coordenador de Relações Sindicais Francisco José Couceiro de Oliveira Coordenador de Pesquisas Nelson de Chueri Karam Coordenador de Educação Rosana de Freitas Coordenadora Administrativa e Financeira Equipe Responsável pelo Projeto Ademir Figueiredo Coordenador de Estudos e Desenvolvimento Angela Maria Schwengber Supervisor dos Observatórios do Trabalho Alexandre Guerra - Técnico Marcos Aurélio Souza Técnico Ronnie Aldrin Silva - Técnico Equipe Executora DIEESE DIEESE Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos Rua Ministro Godói, 310 Parque da Água Branca São Paulo SP CEP 05001-900 Fone: (11) 3874 5366 Fax: (11) 3874 5394 E-mail: en@dieese.org.br http://www.dieese.org.br

SUMÁRIO APRESENTAÇÃO 5 INTRODUÇÃO 6 I - QUADRO GERAL DO EMPREGO E DESEMPREGO NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO 8 PAULO (RMSP) EM AGOSTO/2010 II - SALDO DO NÚMERO DE TRABALHADORES NAS GRANDES REGIÕES E UNIDADES DA 12 FEDERAÇÃO III - MOVIMENTAÇÃO DO NÚMERO DE TRABALHADORES EM OSASCO SEGUNDO CARACTERÍSTICAS DAS VAGAS 14 IV - CONCLUSÃO 22 4

APRESENTAÇÃO O presente relatório visa detalhar o perfil da movimentação do mercado de trabalho formal no município de Osasco no mês de agosto de 2010 e o saldo acumulado ao longo dos últimos doze meses, entre setembro de 2009 e agosto de 2010, em comparação com o mesmo período anterior. Na primeira seção será mostrado um panorama do mercado de trabalho na Região Metropolitana de São Paulo, segundo os resultados da Pesquisa de Emprego e Desemprego PED, realizada pela parceria DIEESE e Fundação SEADE, para o respectivo mês. Em seguida, com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados CAGED, registro administrativo do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE, é apresentado o perfil das vagas criadas no mês de agosto de 2010 em duas seções. Na primeira, é destacado o panorama geral da movimentação do mercado formal de trabalho para o Brasil, grandes regiões e unidades da federação. Na segunda, serão identificados os elementos relevantes da movimentação do emprego formal no município de Osasco, segundo as famílias ocupacionais com maior contribuição para a constituição do saldo e algumas de suas características como remuneração, permanência no emprego e tipo de desligamento. 5

INTRODUÇÃO Na região metropolitana de São Paulo (RMSP), segundo informações da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) realizada pelo convênio DIEESE/SEADE, a taxa de desemprego total diminuiu na comparação anual, passando de 14,2%, em agosto de 2009, para 12,3%, em agosto de 2010, representando uma queda de 1,9 pontos percentuais. Caiu o número de desempregados entre agosto de 2009 e agosto de 2010 (12,4%). No mesmo período, a quantidade de pessoal ocupado e o assalariamento cresceram 3,4% e 4,2%, respectivamente. De acordo com os dados levantados pelo CAGED MTE, para o mês de agosto de 2010, o país apresentou um saldo positivo de 299.415 empregos formais. O acumulado de doze meses, o país registra um volume de 1.954.531 novas vagas, resultado 20,8% superior ao melhor saldo acumulado em doze meses, verificado em 2007. Todas as regiões registraram saldo positivo no mês. A região Sudeste apresentou o maior saldo positivo do período, de 149.227 vagas, puxado principalmente pelo estado de São Paulo (90.633). A região Nordeste veio em segundo lugar com a criação de 69.562 postos, tendo à frente os estados de Pernambuco (21.799), Ceará (12.321) e Bahia (11.207). O município de Osasco apresentou saldo positivo de 1.440 postos formais em agosto de 2010, contra um saldo de 847 postos em igual período de 2009. Na década, este já é o maior saldo para o mês. Em doze meses, até agosto, o município acumula saldo de 12.085 postos, o maior desde 2000. Nos oito primeiros meses de 2010, o saldo acumulado é de 9.650 vagas, o segundo maior, atrás do resultado de 2005 (10.040 postos). Por setores e subsetores de atividade econômica, o saldo positivo de Osasco revela que o setor do Comércio apresentou a maior geração de postos no mês, com 574 vagas, seguido de Serviços (443 postos). Entretanto, chama a recuperação da Indústria de transformação, que em agosto de 2010 registrou saldo positivo de 73 postos, contra a eliminação de 139 vagas em agosto de 2009. A combinação do saldo positivo de 2.000 vagas, contra a eliminação de 560 postos respondeu pelo saldo de 1.444 postos. Das famílias ocupacionais 1 que registraram saldo positivo, dez responderam 48,0% do saldo do período, enquanto dez ocuparam 50,9% do total do saldo negativo. 1 As bases MTE agregam as ocupações em 596 famílias ocupacionais. 6

A massa salarial total avançou R$ 736.586, em agosto de 2010, resultado da massa de R$ 6.279.408, gerada pela quantidade de admitidos (6.811 trabalhadores), menos a massa eliminada pelo desligamento de 5.371 trabalhadores (R$ 5.542.822). O salário médio dos admitidos entre as dez famílias ocupacionais em análise foi de R$ 921,95, valor 11,9% menor que o salário médio que vinha sendo pago aos trabalhadores dessas famílias ocupacionais desligados nesse mês. Quanto ao tipo de desligamento, observa-se que há o predomínio de desligamentos sem justa causa e a pedido, com exceção dos Trabalhadores nos serviços de manutenção de edificações, no qual maior número de desligamentos por término de contrato por prazo determinado. Observa-se a prevalência de ocupações com baixo tempo de permanência no emprego. Mais da metade da família Técnicos em transportes metroviários não chegaram a concluir três meses de permanência em seu último emprego. 7

1 - QUADRO GERAL DO EMPREGO E DESEMPREGO NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO (RMSP) EM AGOSTO DE 2010 12,3% é a taxa de desemprego na Região Metropolitana de São Paulo em agosto de 2010 A Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada pelo convênio DIEESE/SEADE na RMSP, mostrou que a taxa de desemprego total na região metropolitana de São Paulo em agosto de 2010 foi de 12,3%, diminuindo em relação a agosto de 2009, que apresentou taxa de 14,2%. No período, as taxas de desemprego aberto e oculto caíram, passando de 10,1% para 9,3% e de 4,1% para 3,0%, respectivamente (Tabela 1). TABELA 1 Taxas de Desemprego por Tipo RMSP, Município de São Paulo e Demais Municípios da RMSP - agosto/09 a agosto/10 RMSP Município São Paulo Demais Municípios da RMSP Meses Total Aberto Oculto Total Aberto Oculto Total Aberto Oculto 08/09 14,2 10,1 4,1 13,1 9,5 3,6 15,8 11,1 4,7 09/09 14,1 10,1 4,0 12,8 9,3 3,6 15,8 11,3 4,5 10/09 13,2 9,9 3,3 12,0 8,9 3,1 14,9 11,3 3,6 11/09 12,8 9,4 3,4 11,9 8,7 3,3 13,9 10,4 3,5 12/09 11,9 8,5 3,4 11,5 8,1 3,4 12,5 9,0 3,5 01/10 11,8 8,0 3,8 11,7 7,8 3,9 12,1 8,4 3,6 02/10 12,2 8,5 3,7 11,7 7,9 3,7 13,0 9,3 3,7 03/10 13,1 9,6 3,5 12,1 8,7 3,5 14,6 11,1 3,5 04/10 13,3 9,8 3,5 12,0 8,7 3,3 15,0 11,3 3,7 05/10 13,3 9,7 3,6 12,2 8,7 3,5 14,8 11,1 3,7 06/10 12,9 9,5 3,4 11,8 8,4 3,4 14,6 11,1 3,5 07/10 12,6 9,4 3,2 12,0 8,6 3,3 13,6 10,4 3,2 08/10 12,3 9,3 3,0 11,9 8,8 3,1 12,8 10,0 2,8 Fonte: Convênio DIEESE/Seade, MTE/FAT e convênios regionais. PED Pesquisa de Emprego e Desemprego Nas duas outras áreas geográficas para os quais são calculados os indicadores, observa-se que a taxa de desemprego total no município de São Paulo recuou, passando de 13,1%, em agosto de 2009, para 11,9%, em agosto de 2010. No conjunto dos demais municípios da RMSP a taxa de desemprego total registrou queda de 15,8% para 12,8% no mesmo período (Tabela 1 e Gráfico 1). 8

GRÁFICO 1 Taxas de Desemprego Total RMSP, Município de São Paulo e Demais Municípios da RMSP agosto/2009 a agosto/2010. Fonte: Convênio DIEESE/Seade, MTE/FAT e convênios regionais. PED Pesquisa de Emprego e Desemprego Em agosto de 2010, o contingente de desempregados na Região Metropolitana de São Paulo foi estimado em 1.315 mil pessoas, comparado a 1.501 mil no mesmo mês de 2009, queda de 12,4% no período. Este resultado se deveu à criação de 311 mil ocupações e à ampliação da população economicamente ativa em 125 mil pessoas. A quantidade de ocupados passou de 9.068 mil pessoas para 9.379 mil e a PEA registrou variação positiva de 1,2%, passando de 10.569 mil trabalhadores para 10.6943 mil (Tabela 2). TABELA 2 Estimativas do Número de Pessoas de 10 anos e mais, segundo Condição de Atividade Região Metropolitana de São Paulo, agosto de 2009 e 2010 Condição de Atividade Fonte: Convênio DIEESE/Seade, MTE/FAT e convênios regionais. PED Pesquisa de Emprego e Desemprego Mil Pessoas Variação 08/09 08/10 Absoluta % População em Idade Ativa 16.644 16.868 224 1,3 PEA 10.569 10.694 125 1,2 Ocupados 9.068 9.379 311 3,4 Desempregados 1.501 1.315-186 -12,4 Desemprego Aberto 1.068 994-74 -6,9 Desemprego Oculto Trabalho Precário 312 237-75 -24,0 Desemprego Oculto Desalento 121 84-37 -30,6 Inativos com 10 Anos e Mais 6.075 6.174 99 1,6 9

O nível de ocupação apresentou alta de 3,4% entre agosto de 2009 e agosto de 2010. O setor da Indústria criou 166 mil novos postos e registrou o maior crescimento relativo do período (10,6%); a seguir aparece o setor de Comércio, com elevação de 3,4% no número de ocupados. A quantidade de postos do Comércio aumentou 1,3%. O agregado Outros Setores (inclui, principalmente, a Construção Civil e Serviços Domésticos) apresentou variação positiva de 1,6%, com 17 mil novas ocupações (Tabela 3). TABELA 3 Estimativas do Número de Ocupados, segundo Setores de Atividade Região Metropolitana de São Paulo agosto de 2009 e 2010 Setores de Atividade Mil Pessoas Variações 08/09 08/10 Absoluta % Ocupados 9.068 9.379 311 3,4 Indústria 1.560 1.726 166 10,6 Comércio 1.451 1.501 50 3,4 Serviços 4.987 5.065 78 1,6 Outros (1) 1.070 1.087 17 1,6 Fonte: Convênio DIEESE/Seade, MTE/FAT e convênios regionais. PED Pesquisa de Emprego e Desemprego Incluem Construção Civil, Serviços Domésticos, etc. O assalariamento total cresceu 4,2% entre agosto de 2009 e agosto de 2010. Enquanto no setor privado houve crescimento de 5,8%, no setor público o assalariamento recuou 8,2%%. No setor privado houve crescimento de 6,2% no conjunto dos trabalhadores com carteira. Os trabalhadores sem carteira apresentaram uma elevação de 4,3%. O número dos trabalhadores autônomos ficou estável em 12 meses. Observou-se o aumento de 4,2% no número de pessoas nas demais posições ocupacionais (donos de negócios familiar, empregadas domésticas sem registro em carteira, trabalhadores familiares sem remuneração, profissionais liberais, etc.) (Tabela 4). 10

TABELA 4 Estimativas das Pessoas Ocupadas, segundo Posição na Ocupação Região Metropolitana de São Paulo, agosto de 2009 e 2010 (em mil pessoas) Posição na Ocupação Mil Pessoas Variação 08/09 08/10 Absoluta % Ocupados 9.068 9.379 311 3,4 Assalariados (1) 6.112 6.368 256 4,2 Setor Privado 5.396 5.711 315 5,8 Com Carteira 4.389 4.661 272 6,2 Sem Carteira 1.007 1.050 43 4,3 Setor Público 716 657-59 -8,2 Autônomos 1.705 1.707 2 0,1 Demais Posições (2) 1.251 1.304 53 4,2 (1): Incluiu aqueles que não declararam o segmento em que trabalham. (2): Inclui empregadores, empregados domésticos, profissionais liberais, donos de negócio familiar, trabalhadores familiares sem remuneração e outras posições ocupacionais. Fonte: Convênio DIEESE/Seade, MTE/FAT e convênios regionais. PED Pesquisa de Emprego e Desemprego. 11

2 SALDO DO NÚMERO DE TRABALHADORES NAS GRANDES REGIÕES E UNIDADES DA FEDERAÇÃO No acumulado de oito meses, saldo de 2010 é o maior da década e se aproxima de 2 milhões 1.954.531 São os postos gerados nos primeiros oito meses de 2010 Em agosto, o Brasil registrou saldo de 299.415 vagas. Com este resultado, o país acumula em oito meses um total de 1.954.531 postos, número superior aos acumulados em doze meses em todos os anos da década. O saldo de 2010 é 20,8% superior ao segundo melhor resultado do período, verificado em 2007 (1.617.392 postos) (Gráfico 2). Gráfico 2 Saldo do emprego acumulado no ano Brasil, 2000-2010 Fonte: MTE, CAGED. Todas as regiões apresentaram saldo positivo no mês, com destaque para o Sudeste, que, no mês, concentrou metade do resultado (149.227 postos), seguido do Nordeste, com saldo de 69.562 postos ou 23,2% do total. 12

As unidades da federação que em agosto de 2010 mostraram os maiores saldos positivos, em números absolutos, se concentram na região Sudeste. São Paulo registrou saldo de 90.633 postos, seguido de Minas Gerais, 29.253 e Rio de Janeiro, 24.921 vagas. No mês, nenhum estado registrou saldo negativo (Tabela 5). Entre setembro de 2009 e agosto de 2010, o Brasil acumula saldo de 2.269.607 vagas, puxado pelo desempenho da região Sudeste, que respondeu por 52,8% do saldo total do período, seguido da região Sul (427.942 vagas ou 18,9% do total) e do Nordeste (412.809 postos ou 18,2% do total) (Tabela 5). Tabela 5 Movimentação do emprego Brasil e Unidades da Federação agosto de 2009 e de 2010 e set/08 a ago/09 e set/09 a ago/10 Admitidos Desligados Saldo Acumulado Unidade da Federação 08/09 08/10 08/09 08/10 08/09 08/10 set/08 a ago/09 set/09 a ago/10 Norte 67.145 78.710 48.472 62.214 18.673 16.496-10.712 104.377 Rondônia 11.820 14.847 8.419 12.524 3.401 2.323 19.722 25.609 Acre 2.498 2.898 1.657 2.032 841 866 854 2.508 Amazonas 18.465 20.075 11.916 15.836 6.549 4.239-18.474 23.651 Roraima 1.194 1.587 1.050 1.160 144 427 699 2.304 Pará 26.296 30.006 19.092 23.615 7.204 6.391-11.320 38.828 Amapá 1.967 2.249 1.624 1.756 343 493 372 2.072 Tocantins 4.905 7.048 4.714 5.291 191 1.757-2.565 9.405 Nordeste 217.255 250.615 151.504 181.053 65.751 69.562 119.481 412.809 Maranhão 14.399 16.798 12.401 14.384 1.998 2.414-6.569 25.465 Piauí 8.316 9.374 5.551 7.056 2.765 2.318 8.757 22.824 Ceará 39.267 43.236 25.477 30.915 13.790 12.321 38.868 86.327 Rio Grande do Norte 17.952 19.829 11.176 13.043 6.776 6.786-3.348 27.696 Paraíba 14.261 16.667 7.462 8.203 6.799 8.464 7.776 21.905 Pernambuco 48.179 56.899 29.189 35.100 18.990 21.799 36.884 88.991 Alagoas 7.710 9.130 6.432 7.655 1.278 1.475 3.009 11.298 Sergipe 8.272 9.727 6.002 6.949 2.270 2.778 6.840 20.430 Bahia 58.899 68.955 47.814 57.748 11.085 11.207 27.264 107.873 Sudeste 777.558 937.196 671.473 787.969 106.085 149.227 99.839 1.198.975 Minas Gerais 179.530 219.328 170.917 190.075 8.613 29.253-47.339 273.745 Espírito Santo 31.014 36.368 27.366 31.948 3.648 4.420 1.028 43.367 Rio de Janeiro 117.078 144.805 101.237 119.884 15.841 24.921 75.546 175.816 São Paulo 449.936 536.695 371.953 446.062 77.983 90.633 70.604 706.047 Sul 274.571 337.718 237.163 286.664 37.408 51.054 77.496 427.942 Paraná 102.661 124.866 88.224 103.469 14.437 21.397 35.281 142.322 Santa Catarina 77.932 93.675 65.944 79.693 11.988 13.982 26.198 107.642 Rio Grande do Sul 93.978 119.177 82.995 103.502 10.983 15.675 16.017 177.978 Centro-Oeste 120.926 136.420 106.717 123.344 14.209 13.076 42.405 125.504 Mato Grosso do Sul 18.973 21.594 17.086 19.646 1.887 1.948 1.445 22.110 Mato Grosso 29.022 30.577 26.021 28.300 3.001 2.277 770 14.320 Goiás 47.363 55.197 40.809 48.392 6.554 6.805 26.674 61.841 Distrito Federal 25.568 29.052 22.801 27.006 2.767 2.046 13.516 27.233 Brasil 1.457.455 1.740.659 1.215.329 1.441.244 242.126 299.415 328.509 2.269.607 Fonte: MTE, CAGED. 13

3 MOVIMENTAÇÃO DO MERCADO DE TRABALHO FORMAL EM OSASCO SEGUNDO CARACTERÍSTICAS DAS VAGAS Em agosto, saldo de vagas em Osasco é o maior para o mês desde 2000 Em agosto de 2010, o município de Osasco registrou a geração de 1.440 vagas. Para o mês, este foi o maior resultado desde 2000 (ver anexo 1). No mesmo período de 2009, o saldo foi positivo em 847 postos. No período de setembro de 2009 a agosto de 2010, o saldo acumulado de vagas em Osasco ficou positivo em 12.085 postos, contra um saldo negativo de -4.196 postos, entre setembro de 2008 e agosto de 2009. Deve-se destacar que setembro de 2008 foi período crítico da crise financeira mundial com fortes impactos sobre o mercado de trabalho formal brasileiro e de Osasco. Nos doze meses em questão, o saldo de empregos apresentou as seguintes variações para as seguintes áreas geográficas: Brasil (590,9%), região Sudeste (1.100,9%), Estado de São Paulo (900,0%) e RMSP (361,9%) (Tabela 6). Ressalte-se, ainda, que o resultado no ano (9.650) já é o segundo melhor da década, atrás apenas do saldo acumulado de janeiro a agosto de 2005 (10.040 postos). O saldo acumulado em doze meses, até agosto de 2010 já é 12,8% superior ao melhor saldo nessa base de comparação, até agosto de 2008 (10.718) (Anexo 2). TABELA 6 Movimentação do emprego formal Brasil, Região Sudeste, Estado de São Paulo, RMSP e Município de Osasco Localidade agosto de 2009 e de 2010 e set/08 a ago/09 e set/09 a ago/10 ago/09 (A) ago/10 (B) Saldo set/08 a ago/09 (C) Acumulado set/09 a ago/10 (D) Variação (%) Brasil 242.126 299.415 328.509 2.269.607 24 590,9 Sudeste 106.085 149.227 99.839 1.198.975 41 1.100,9 São Paulo 77.983 90.633 70.604 706.047 16 900,0 RMSP 39.092 49.052 84.264 389.248 25 361,9 Osasco 847 1.440-4.196 12.085 70 - Fonte: MTE, CAGED. B/A D/C 14

Comércio e Serviços são destaques do mês. Em agosto de 2010, os setores do Comércio, com saldo de 574 vagas, e de Serviços, com a geração de 443 postos, responderam, respectivamente, por 39,9% e 30,8% do saldo total do município. Na comparação com igual mês do ano anterior, deve-se destacar o comportamento do saldo na Indústria de transformação, que saiu de um saldo negativo de -139 postos, para o saldo positivo de 73 postos, em agosto de 2010, puxado pelo desempenho do subsetor de Alimentos e bebidas (170 postos). Na mesma base de comparação, a Construção civil registrou um avanço relativo do saldo de 369,4% e a Administração pública registrou um recuo de 46,0 (Tabela 7). TABELA 7 Saldo de vagas geradas, segundo setor e subsetor de atividade econômica Osasco, agosto de 2009 e de 2010 e set/08 a ago/09 e set/09 a ago/10 Setor e Subsetor de Atividade Admitidos Desligados Saldo 08/09 08/10 08/09 08/10 08/09 08/10 set/08 a ago/09 Acumulado set/09 a ago/10 Ind. Extrativa Mineral 0 0 0 0 0 0 0 0 Indústria de Transformação 819 1.137 958 1.064-139 73-3.638 1.978 Ind. Minerais não Metálicos 3 21 10 13-7 8-36 54 Metalúrgica 81 79 116 99-35 -20-1.306 187 Mecânica 36 35 36 46 0-11 -51 123 Elétrica e Eletrônica 30 54 35 31-5 23-5 168 Material Transporte 47 73 100 51-53 22-891 535 Madeira e Mobiliário 27 13 10 14 17-1 0-51 Papel e Gráfica 59 113 64 113-5 0 21 244 Borracha, Fumo e Couro 33 36 92 70-59 -34-116 -79 Química 61 65 52 142 9-77 -108 138 Têxtil 75 76 104 77-29 -1-315 221 Calçados 0 1 2 7-2 -6 10-3 Alimentos e Bebidas 367 571 337 401 30 170-841 441 Serviços Industriais de Utilidade Pública 8 9 32 15-24 -6-69 -5 Construção Civil 335 541 299 372 36 169 534 449 Comércio 1.558 1.983 1.213 1.409 345 574 1.887 3.689 Comércio Varejista 1.228 1.499 910 1.092 318 407 1.242 2.388 Comércio Atacadista 330 484 303 317 27 167 645 1.301 Serviços 2.242 2.599 1.951 2.156 291 443-16 4.412 Instituições Financeiras 57 103 54 53 3 50 308 239 Serviços Técnicos Profissionais 857 1.053 721 874 136 179-1.251 1.789 Transporte e Comunicação 370 561 430 509-60 52 123 973 Serv. Alojamento e Alimentação 639 608 553 531 86 77 432 1.094 Serv. Médicos, Odonto e Veterinários 108 92 94 74 14 18 234 154 Ensino 211 182 99 115 112 67 138 163 Administração pública 708 538 369 355 339 183-2.889 1.544 Agricultura 1 4 2 0-1 4-5 18 Total 5.671 6.811 4.824 5.371 847 1.440-4.196 12.085 Fonte: MTE, CAGED. 15

No acumulado de doze meses, de setembro de 2009 a agosto de 2010, o setor de Serviços liderou a geração de vagas no município, com 4.412 novas vagas, resultado alcançado pelo desempenho do subsetor de Serviços técnicos profissionais, que acumulou 1.789 novos postos, seguido pelos Serviços de alojamento e alimentação, com 1.094 vagas criadas. A Indústria de transformação apresentou variação absoluta positiva na comparação com os doze meses anteriores (-3.638 postos), alcançando um saldo de 1.978 postos (Tabela 7). Vinte famílias ocupacionais respondem por maior parte do saldo de Osasco O saldo registrado em Osasco (1440 postos) se deu pela combinação do resultado positivo de 2000 vagas contra a eliminação de 560 postos apresentado pelas famílias ocupacionais no município (Tabela 8). Das famílias que registraram saldo positivo, dez responderam por 48,0% do resultado, enquanto, por outro lado, das que verificaram saldo negativo, dez ocuparam 50,9% do total. Os trabalhadores Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos apresentaram um saldo positivo de 220 postos (11,0% do total) o melhor resultado do período, seguido de Operadores do comércio em lojas e mercados, com 195 vagas ou 9,8% das vagas geradas em agosto. Em relação às famílias que registraram saldo negativo, os trabalhadores Técnicos em transportes metroferroviários verificaram o pior resultado do mês, com a eliminação de 72 postos, ou 12,9% do total, a seguir aparecem os Instaladores-reparadores de linhas e equipamentos de telecomunicações, com -40 postos ou 7,1% do saldo negativo (Tabela 8). 16

Fonte: MTE, CAGED. TABELA 8 Saldo de vagas por famílias ocupacionais Osasco, agosto 2010 Saldo Positivo Famílias Ocupacionais Absoluto (%) 1 - Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos 220 11,0 2 - Operadores do comércio em lojas e mercados 195 9,8 3 - Trabalhadores de embalagem e etiquetagem 87 4,4 4 - Professores de nível médio no ensino fundamental 83 4,2 5 - Cozinheiros 69 3,5 6 - Alimentadores de linha de produção 65 3,3 7 - Ajudantes de obras civis 62 3,1 8 - Trabalhadores operacionais de conservação de vias permanentes (exceto trilhos) 62 3,1 9 - Vigilantes e guardas de segurança 59 3,0 10 - Escriturários de serviços bancários 58 2,9 Outras 1040 52,0 Total 2000 100,0 Saldo Negativo Famílias Ocupacionais Absoluto (%) 1 - Técnicos em transportes metroferroviários -72 12,9 2 - Instaladores-reparadores de linhas e equipamentos de telecomunicações 3 - Trabalhadores de fundição de metais puros e de ligas metálicas -40 7,1-31 5,5 4 - Caixas e bilheteiros (exceto cais de banco) -26 4,6 5 - Reparadores de carrocerias de veículos -24 4,3 6 - Trabalhadores na operação de máquinas de terraplanagem e fundação -21 3,8 7 - Técnicos de controle de produção -20 3,6 8 - Auxiliares de laboratório da saúde -19 3,4 9 - Montadores de estrutura de concreto armado -16 2,9 10 - Operadores de instalações e máquinas de produtos plásticos, de borracha e moldadores de -16 2,9 Outras -275 49,1 Total -560 100,0 A análise das famílias ocupacionais que apresentaram a maior participação na formação tanto do saldo positivo, quanto do negativo, em Osasco, revela que os trabalhadores Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos apresentaram seu melhor resultado nos 17

estabelecimentos até 4 empregados (101 postos ou 45,9%). Os Operadores do comércio em lojas e mercados apresentaram maior participação no saldo de estabelecimento com até 99 empregados, somando 191 postos. Ainda entre as dez famílias que registraram os maiores saldo positivos no mês, observa-se que os Trabalhadores de embalagem e etiqueta; Professores de nível médio no ensino fundamental; Escriturários de serviços bancários e Cozinheiros concentraram o saldo do mês entre estabelecimentos de grande porte (1000 ou mais empregadores). Os Ajudantes de obras civis acumularam maiores saldos entre os estabelecimentos de 250 a 499 empregados e até 4 trabalhadores. Por sua vez, Trabalhadores operacionais de conservação de vias permanentes (exceto trilhos) apresentaram resultado positivo concentrado nos estabelecimentos de 500 a 999 empregados. Os Vigilantes e guardas de segurança registraram seu melhor saldo na faixa de estabelecimentos de 250 a 499 empregados. Entre as dez famílias que apresentaram os maiores saldos negativos em agosto de 2010, os Técnicos em transportes metroviários; Trabalhadores de fundição de metais puros e de ligas metálicas; Reparadores de carrocerias de veículos e Operadores de instalações e máquinas de produtos plásticos, de borracha e moldadores de parafinas registraram maior participação do saldo negativo nos estabelecimentos 50 a 99 empregados. Os Instaladores-reparadores de linhas e equipamentos de telecomunicações concentraram todo saldo negativo nos estabelecimentos com 1000 ou mais empregados, enquanto Caixas e bilheteiros tiveram a maior proporção do saldo negativo nos estabelecimentos de 20 a 49 empregados (Tabela 9). 18

TABELA 9 Saldo de vagas segundo família ocupacional por tamanho do estabelecimento Osasco, agosto de 2010 Família Ocupacional Até 4 De 5 a 9 De 10 a 19 De 20 a 49 De 50 a 99 De 100 a 249 De 250 a 499 De 500 a 999 1000 ou mais Total Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos Operadores do comércio em lojas e mercados 101-5 -6-4 24-5 30 28 57 220 63 19 40 31 38 6-3 -1 2 195 Trabalhadores de embalagem e etiquetagem 9 1 3 4 18 1 0-3 54 87 Saldo Positivo Professores de nível médio no ensino fundamental 0 0 2 0 1 0 0 0 80 83 Escriturários de serviços bancários -2 3 5 4 1 7 0 0 40 58 Cozinheiros 10-13 7-3 -1-1 2-1 69 69 Alimentadores de linha de produção 47 0 0 18-6 12-7 1 0 65 Ajudantes de obras civis 18 0 9 11 5-5 22 2 0 62 Trabalhadores operacionais de conservação de vias permanentes (exceto trilhos) -1-1 0 6-1 -5 0 64 0 62 Vigilantes e guardas de segurança 0-1 -3-2 8 6 53-1 -1 59 Técnicos em transportes metroferroviários -2 0 0 0-70 0 0 0 0-72 Instaladores-reparadores de linhas e equipamentos de telecomunicações Trabalhadores de fundição de metais puros e de ligas metálicas 0 0 0 0 0 0 0 0-40 -40 0 0 0-2 -28 0-1 0 0-31 Saldo Negativo Fonte: MTE, CAGED. Elaboração: DIEESE Caixas e bilheteiros (exceto cais de banco) 10 4-7 -18 4-4 1-16 0-26 Reparadores de carrocerias de veículos 3-1 -1-2 -21 0 0 0-2 -24 Trabalhadores na operação de máquinas de terraplanagem e fundação -1-1 1 1-4 -8 0-9 0-21 Técnicos de controle de produção 0-2 -4 0-4 -4 0-7 1-20 Auxiliares de laboratório da saúde 2-4 -1 0 0-1 0-15 0-19 Montadores de estrutura de concreto armado Operadores de instalações e máquinas de produtos plásticos, de borracha e moldadores de parafinas 0-2 0-5 -6 0-3 0 0-16 3-1 1 0-12 -7 0 0 0-16 Massa salarial entre os trabalhadores com carteira no município avança R$ 736.586 no mês Em agosto de 2010 foram admitidos 6.811 trabalhadores no município de Osasco a uma remuneração média de R$ 921,95. O número de trabalhadores admitidos resultou na geração de uma massa salarial no município da ordem de R$ 6.279.408. A remuneração média dos 19

trabalhadores desligados foi R$ 1.031,99, 11,9% superior à verificada entre os trabalhadores admitidos. Entretanto, a massa salarial avançou R$ 736.586, resultado da menor massa salarial observada entre os trabalhadores desligados (R$ 5.542.822), em relação aos admitidos. Entre os trabalhadores admitidos, a família ocupacional que apresentou o maior incremento de massa salarial foram os Operadores do comércio em lojas e mercados (R$ 552.128), que correspondeu a 8,8% da massa salarial total dos admitidos, com remuneração média de R$ 751,19. Por sua, essa família ocupacional registrou a maior perda de massa salarial, correspondendo a 7,5% do total. No mês, a remuneração média desses trabalhadores desligados foi de R$ 768,81, valor 2,3% acima do percebido pelos admitidos nessa família. As oito famílias ocupacionais que apresentaram a maior massa salarial de admissão, também registraram a maior massa salarial entre os desligados. Duas famílias aparecem entre as dez com maior massa salarial de desligamento, sem, no entanto, estar entre as dez com maior massa salarial de admissão: Enfermeiros, com massa de R$ 105.023 e remuneração média de R$ 2.234,53 e Operadores de telemarketing, com massa de R$ 100.927 e remuneração média de R$ 970,45 (Tabela 10). TABELA 10 Ranking da massa salarial das famílias ocupacionais por admitidos e desligados Osasco, agosto de 2010 ADMITIDOS RANKING DA MASSA R$ FAMÍLIA OCUPACIONAL REM MÉDIA VÍNCULOS MASSA % MASSA R$ 1º Operadores do comércio em lojas e mercados 735 552.128 8,8 751,19 2º Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos 661 552.040 8,8 835,16 3º Cozinheiros 421 283.959 4,5 674,49 4º Motoristas de veículos de cargas em geral 206 221.859 3,5 1.076,99 5º Alimentadores de linhas de produção 265 197.463 3,1 745,14 6º Ajudantes de obras civis 228 189.945 3,0 833,09 7º Almoxarifes e armazenistas 187 142.759 2,3 763,42 8º Garço, barman, copeiros e sommeliers 198 129.401 2,1 653,54 9º Trabalhadores de embalagem e etiquetagem 157 127.889 2,0 814,58 10º Técnicos de vendas especializadas 149 123.324 2,0 827,68 Total 6.811 6.279.408 100,0 921,95 DESLIGADOS RANKING DA MASSA R$ FAMÍLIA OCUPACIONAL REM MÉDIA VÍNCULOS MASSA % MASSA R$ 1º Operadores do comércio em lojas e mercados 540 415.158 7,5 768,81 2º Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos 441 399.390 7,2 905,65 3º Cozinheiros 352 257.350 4,6 731,11 4º Motoristas de veículos de cargas em geral 166 181.240 3,3 1.091,81 5º Alimentadores de linhas de produção 200 154.170 2,8 770,85 6º Ajudantes de obras civis 166 137.462 2,5 828,08 7º Almoxarifes e armazenistas 150 124.402 2,2 829,35 8º Garço, barman, copeiros e sommeliers 175 110.654 2,0 632,31 9º Enfermeiros 47 105.023 1,9 2.234,53 10º Operadores de telemarketing 104 100.927 1,8 970,45 Total 5.371 5.542.822 100,0 1.031,99 Fonte: MTE, CAGED. 20

Das dez famílias que mais desligaram no período, seis delas estavam entre as que registraram as que tiveram o maior impacto na conformação do saldo de agosto de 2010, em Osasco. Os Operadores do comércio em lojas e mercados e Escriturários em geral assim como apresentaram os dois maiores saldos do mês, também verificaram o maior número de desligamentos do município. Por tipo de desligamento, Os Operadores do comércio em lojas e mercados registraram 42,8% das dispensas em demissões sem justa causa e 40,2% em desligamentos a pedido. Situação parecida entre os Escriturários em geral, com maior participação dos desligamentos sem justa causa (51,9%), seguido dos desligamentos a pedido (30,6%). As demais famílias ocupacionais em análise mostraram comportamento similar, prevalecendo desligamentos sem justa causa e a pedido, com exceção da família Trabalhadores nos serviços de manutenção de edificações em que ocorreu concentração de desligamentos por término de contrato por prazo determinado (45,3%) (Tabela 11). Famí lias Ocupacionais Fonte: MTE, CAGED. TABELA 11 Distribuição dos desligados segundo família ocupacional por tipo de desligamento Osasco, agosto de 2010 Desligamento por demissao sem justa causa Desligamento por demissao com justa causa Desligamento a pedido Desligamento por término de contrato Desligamento por término de contrato por prazo determinado Outros Total Operadores do comércio em lojas e mercados 42,8 2,6 40,2 13,9 0,4 0,2 100,0 Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos 51,9 1,4 30,6 12,0 3,9 0,2 100,0 Cozinheiros 40,6 1,1 25,3 11,1 21,9 0,0 100,0 Alimentadores de linhas de produção 55,0 1,5 24,0 19,5 0,0 0,0 100,0 Garçon, barman, copeiros e sommeliers 37,1 2,9 48,6 10,3 0,6 0,6 100,0 Ajudantes de obras civis 60,8 1,8 24,7 12,0 0,0 0,6 100,0 Motoristas de veículos de carga em geral 62,0 1,8 22,9 13,3 0,0 0,0 100,0 Trabalhadores nos serviços de manutenção de edificações 28,3 0,6 18,9 6,3 45,3 0,6 100,0 Almoxarifes e armazenistas 55,3 0,7 29,3 13,3 1,3 0,0 100,0 Caixas e bilheteiros (exceto caixa de banco) 46,2 1,4 46,9 5,5 0,0 0,0 100,0 Total 52,4 2,1 28,7 10,1 6,2 0,4 100,0 Em relação ao tempo médio de permanência no emprego, verifica-se que, em agosto, os trabalhadores desligados em Osasco permaneceram pouco tempo em seu último posto. Em três 21

casos, mais da metade dos trabalhadores foram dispensados sem completar pelo menos 6,0 meses de trabalho: Operadores do comércio em lojas e mercados; Alimentadores de linhas de produção e Ajudantes de obras civis. Mais da metade dos Técnicos em transporte metroviários (55,6%) dispensados no mês não chegou a registrar 3,0 meses de permanência em seu posto de trabalho, embora um terço dela tenha permanecido no emprego entre 24,0 a 35,9 meses. De modo geral, as demais famílias ocupacionais investigadas apresentam comportamento similar em relação ao tempo de permanência no emprego, prevalecendo períodos inferiores a dois anos no último trabalho (Tabela 14). TABELA 14 Distribuição dos desligados segundo família ocupacional por tempo de permanência no emprego Osasco agosto de 2010, em meses Famí lias Ocupacionais Operadores do comércio em lojas e mercados Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos De 1,0 a De 3,0 a 2,9 meses 5,9 meses De 6,0 a 11,9 meses De 12,0 a 23,9 meses De 24,0 a 35,9 meses De 36,0 a 59,9 meses De 60,0 a 119,9 meses 120 meses ou mais Ignorado Total 27,4 23,7 18,9 14,3 5,0 2,8 2,2 0,6 5,2 100,0 15,0 12,5 21,3 25,9 10,4 7,7 4,3 1,1 1,8 100,0 Cozinheiros 22,2 13,4 15,9 31,8 7,4 4,3 2,0 0,9 2,3 100,0 Alimentadores de linhas de produção 30,5 20,5 13,5 9,0 10,0 6,0 2,5 1,0 7,0 100,0 Ajudantes de obras civis 28,9 22,9 25,3 10,8 3,0 0,6 0,0 0,0 8,4 100,0 Caixas e bilheteiros (exceto caixa de banco) 20,7 17,9 20,7 20,7 4,1 9,0 4,1 0,0 2,8 100,0 Técnicos em transportes metroviários 55,6 2,8 1,4 6,9 33,3 0,0 0,0 0,0 0,0 100,0 Trabalhadores de embalagem e etiquetagem 21,4 24,3 24,3 8,6 4,3 5,7 4,3 1,4 5,7 100,0 Instaladores-reparadores de linhas e equipamentos de telecomunicações Trabalhadores operacionais de conservação de vias permanentes (exceto trilhos) 3,1 16,9 36,9 24,6 1,5 9,2 6,2 0,0 1,5 100,0 16,7 30,6 25,0 5,6 8,3 2,8 2,8 2,8 5,6 100,0 Total 23,7 18,0 19,3 19,1 7,7 4,8 2,7 0,7 4,0 100,0 Fonte: MTE, CAGED. 22

Conclusão A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo, na comparação em base anual, diminuiu em agosto de 2010, ficando em 12,3%, contra 14,2% verificado em agosto de 2009. Esse movimento foi acompanhado pelo número de desempregados, que caiu em igual período de comparação. Ao mesmo tempo em que a PEA cresceu, com uma variação de 1,2%, aumentou a quantidade de ocupados (3,4%) enquanto, por outro lado, diminuiu o número de trabalhadores em desemprego aberto (-6,9%). Em relação ao nível de emprego formal, o saldo de 299.415 postos de emprego em agosto fez com que o Brasil acumulasse nos oito primeiros meses do ano um saldo total de 1.954.531 vagas. Este resultado é apenas menor que o dos doze meses de 2007 e abre a perspectiva de que 2010 encerre com o maior saldo verificado no CAGED. Osasco apresentou um saldo positivo de 1.440 postos, melhor resultado para agosto na série histórica desde 2000. Embora os destaques do saldo desse mês tenham sido os setores do Comércio e Serviços, deve-se ressaltar recuperação da Indústria de transformação, que puxada principalmente pelo subsetor de Alimentos e bebidas, registrou saldo positivo de 73 postos, frente ao saldo negativo de -139 vagas verificado em igual período de 2009. Em agosto de 2010 a combinação entre o saldo positivo e negativo de vinte famílias ocupacionais respondeu pelo saldo observado no município. Entre os trabalhadores com saldo positivo, se destacaram os Escriturários em geral, agentes e auxiliares administrativos respondendo por 18,0% e entre as famílias que registraram saldo negativo, o destaque foram os Técnicos em transportes metroviários, respondendo por 12,0%. A massa salarial gerada pelas dez famílias que mais admitiram foi de 40,1% do total e a perda de massa decorrida das famílias que mais desligaram foi de 35,8%. O peso maior da massa salarial entre os admitidos ocorre, entretanto, pelo maior número de trabalhadores que ingressam no mercado de trabalho formal no município em relação ao número dos que deixam esse mercado, haja vista a remuneração média dos admitidos ser proporcionalmente inferior ao dos desligados. São predominantes entre as famílias investigadas os desligamentos por demissão sem justa causa e a pedido do trabalhador. Por outro lado, o pouco tempo de permanência no emprego reforça a instabilidade no emprego já revelado pelo tipo de desligamento, tal é o caso, por exemplo, dos 23

Técnicos em transporte s metroviários, em que mais da metade desses ocupados não chegam a permanecer três meses no emprego. 24

ANEXOS ESTATÍTISTOS 25

Anexo 1 Saldo do emprego Osasco agosto anos selecionadas Fonte: MTE, CAGED. Anexo 2 Saldo do emprego Osasco janeiro a agosto de cada ano e acumulado em doze meses até agosto Fonte: MTE, CAGED. Elaboração: DIEESE 26