VidaBosch. Tecnologia para a vida. Agosto Setembro Outubro de 2006 nº 7. Mauricio Simonetti/Pulsar Imagens

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VidaBosch Agosto Setembro Outubro de 2006 nº 7 Tecnologia para a vida Mauricio Simonetti/Pulsar Imagens O sabor de Minas Em Tiradentes, comida e arquitetura têm história para contar Sucesso nas massas Pãozinho está entre as comidas mais consumidas do Brasil Entre cestas e carros Magic Paula fala dos automóveis de que mais gosta

editorial 02 08 Um olhar especial sobre o dia-a-dia Iara Venanzi/Kino.com.br 14 20 João Wainer Uma das características da VidaBosch tem sido mostrar aspectos inusitados do dia-a-dia. Mostrar a tecnologia a- vançadíssima de aparelhos aparentemente simples. Mostrar as qualidades de motorista de uma personalidade que se destaca em outras áreas. Nesta sétima edição, que temos a satisfação de lhe apresentar, a revista destaca uma face menos famosa da encantadora cidade de Tiradentes, em Minas Gerais. Além do casario histórico charmoso e bem preservado, o município esbanja uma rica vida cultural e gastronômica. E, já que o assunto é gastronomia, não deixe de ler a seção saudável e gostoso, que mostra que o pão às vezes visto como vilão dos regimes é também importante fonte de energia. Na seção Brasil cresce, outra surpresa: os freios ABS, aqueles que são mais eficientes em frenagens de emergência, encaixam-se especialmente bem às condições climáticas do nosso país, onde chove muito. O fator inusitado revela-se também nas outras seções: as ricas e curiosas peças de valor histórico que surgem das escavações do metrô em Salvador, o lado motorista (precoce) da inesquecível Magic Paula, e a face dos ralis e das corridas de caminhões voltada ao mercado consumidor. Esta é a preocupação da Bosch: trazer a você um conteúdo útil e agradável, em cada edição da VidaBosch. Boa leitura! Ellen Paula Rachel Guedes Sumário 02 viagem Em Tiradentes, a arte está nos prédios, nos museus e nas mesas 08 eu e meu carro Magic Paula mostra que não foi precoce só nas quadras 10 torque e potência Por que os ralis e a Fórmula Truck são um laboratório radical 14 casa e conforto Nas mostras de decoração, as tendências para sua casa 20 saudável e gostoso O pão nosso e o dos franceses, italianos, sírios... 26 tendências Mão no volante e olho no trânsito. O resto, o carro faz sozinho 28 grandes obras Em Salvador, obras do metrô escavam a história da Bahia 32 Brasil cresce Produção de carros com freios ABS cresce com velocidade 36 atitude cidadã Com os deficientes, responsabilidade social encara um desafio especial 42 aquilo deu nisso Da corda ao laser, uma história dos aparelhos de medição 46 áudio Descubra qual som se encaixa no seu gosto e no seu bolso Expediente Renee Comet/ Getty Images VidaBosch é uma publicação trimestral da Robert Bosch Ltda., desenvolvida pelo departamento de Marketing Corporativo (ADV). Se você tiver dúvidas, reclamações ou sugestões, fale com o Serviço de Atendimento ao Consumidor Bosch: (011) 2126-1950 (Grande São Paulo) e 0800-7045446 (outros locais) ou www.bosch.com.br/contato Presidente: Edgar Silva Garbade Gerente de Marketing Corporativo: Ellen Paula G. da Silva Produção e edição: PrimaPagina (www.primapagina.com.br), rua Jesuíno Arruda, 797, 10 andar, CEP 04532-082, São Paulo, SP, tel. (11) 3512-2100, fax (11) 3512-2105 / e-mail: vidabosch@primapagina.com.br Projeto gráfico e diagramação: Renata Buono Design (renata@renatabuonodesign.com.br), tel. (11) 3512-2122 Tratamento de imagem e finalização: Inovater Impressão: Globo Cochrane Revisão: Dayane Cristina Pal (dayabrik@uol.com.br) Jornalista responsável: Jaime Spitzcovsky (DRT-SP 26479)

VidaBosch viagem Por Carlos d Andréa Iara Venanzi/kino.com.br História de Minas, sabores de todo lugar Mistura irresistível de sofisticação e simplicidade, Tiradentes reúne um conservado conjunto arquitetônico do século 18 e restaurantes que mesclam a tradicional comida mineira a iguarias internacionais

4 VidaBosch viagem viagem VidaBosch 5 S e há 15 anos um turista pedisse a um agente de viagem dicas de passeio pelas cidades históricas do Brasil, provavelmente o tilo Harley Davidson, reunirem-se para o Encontro de Motos Antigas. Gastronomia Já os adeptos da alta gastronomia devem agendar sua viagem para agosto, quando mais de 30 mil pessoas circulam pela cidade em função do badalado Festival de Cultura e Gastronomia. Durante almoços e jantares, chefs brasileiros e estrangeiros preparam sofisticados pratos baseados na tradição mineira, enquanto o público aproveita o ambiente descontraído do Largo das Forras, principal praça do município, onde mesas e cadeiras são espalhadas para que todos possam degustar bebidas e comidas. Mas a gastronomia de Tiradentes não é uma atração à parte ou um evento isolado no calendário. Com crescente sofisticação nos últimos anos, já é o principal motivo para muitos conhecerem e, principalmente, vol ta rem à cidade. Restaurantes sofisticados, comparáveis a casas de destaque das capitais, são mantidos por chefs de diferentes origens, que se mudaram atraídos por essa peculiar mistura de simplicidade e sofisticação de Tiradentes. O restaurante TragaLuz é um dos grandes exemplos dessa aparente contradição. Ingredientes locais, indispensáveis na comidinha Iara Venanzi/kino.com.br Reconhecido como Patrimônio Histórico Nacional em 1938, o conjunto arquitetônico de Tiradentes vem servindo de locação para TV e cinema e serve de cenário para agradáveis bate-papos Marcos Issa/Argosfoto Iara Venanzi/kino.com.br roteiro não incluiria o antigo Arraial Velho de Santo Antônio, fundado no início do século 18. Esquecida pelo desenvolvimento urbano e industrial do século 20, a atual Tiradentes permanecia uma cidade bucólica, tipicamente interiorana, onde o tempo passa devagar. Hoje, muita coisa mudou. Tiradentes sofisticou-se, mas não virou mais uma daquelas cidades de interior tomada por burburinho urbano. Atraiu turistas de alta renda, mas mantém seu ar pacato. Em fins de semana ou feriados menos concorridos, os 6 mil moradores convivem em paz com centenas (ou até milhares) de turistas de Minas, São Paulo, Rio e, cada vez mais, do exterior. Todos dividem as ruelas e os becos históricos, mas não chegam a atropelar o ritmo lento das senhoras que conversam no Largo das Forras ou dos artistas que ocupam casas centenárias. Reconhecido como Patrimônio Histórico Nacional em 1938, o conjunto arquitetônico de Tiradentes é um dos mais harmônicos do país, e não por acaso vem servindo de locação para TV e cinema, como nas minisséries Memorial de Maria Moura, Os Maias e, mais recentemente, JK. A transformação da cidade também incluiu uma profusão de atrações para todos os gostos, em várias épocas do ano. Quem busca animação, por exemplo, deve programarse para conhecer Tiradentes no Carnaval. Os esforços para minimizar o impacto dos fo liões sobre o patrimônio e a cultura locais têm dado algum resultado restrições a sons elétricos, por exemplo, permitem que os tradicionais blocos embalados por marchinhas percorram as ruas todos os dias da festa. Janeiro é o mês do Festival de Cinema de Tiradentes, que em 2007 comemora sua 10ª edição, sempre com um número crescente de artistas e filmes convidados em 2006 foram mais de 100 exibições, entre longas-metragens, curtas e vídeos nacionais, sempre com entrada franca. Cine-Teatro, Cine-Tenda e Cine-Praça, três grandes telas instaladas ao ar livre, reúnem moradores ávidos pelo contato com a sétima arte, uma vez que a cidade não possui salas de cinema. No fim de junho, é a vez de motoqueiros de todo o país, equipados com casacos de couro e máquinas no escaseira desde sempre, ganham novas companhias: o picadinho de carne faz par com o shitake, a couve é a base para o purê e a goiabada é frita e servida com castanha de caju. Um dos restaurantes mais tradicionais da cidade é o Teatro da Vila, especializado em comida francesa. Com freqüência, grupos instrumentais se apresentam nas suas dependên cias. Já o Sapore d Italia Ristorante traz não só o sabor, mas o aconchego desse país. Mesas no Largo das Mercês convidam para uma conversa longa e contemplativa, regada a vinho, ao melhor estilo dos estabelecimentos que se misturam com as ruas das cidades italianas. Se preferir experimentar a insuperável cachaça mineira, seu destino é o Conto de Réis, onde há uma parede dessa especiaria. Para se esbaldar na comida mineira, uma ótima opção é o restaurante Estalagem do Sabor. O prato Mané sem Jaleco, o mais famoso A Bosch na sua vida Manutenção em tempo seco Viajar em tempo seco, como no inverno e outono, requer cuidados especiais. Para não correr o risco de ficar parado nas estradas de Minas Gerais, é importante checar alguns itens do carro. As peças que mais so frem com a baixa umidade do ar são rolamentos e polias, segundo Cláudio Alvarenga, proprietário da Auto Claquel Pe ças e Acessórios, em São João Del Rei, ligada à rede Bosch Car Service. Ele reco menda que sejam verificadas a correia dentada (que sin croniza o funcionamento das válvulas) e as polias do alternador. Alvarenga enfatiza que uma ruptura da correia dentada faz com que o carro pare de andar, além de danificar outras peças. A perda pode ser desde um simples empeno de válvula até o trincamento do cabeçote [peça que evita o vazamento de água ou óleo], conta. Já um problema na polia do alternador pode atrapalhar o funcionamento da bomba d água e da direção hidráulica. Outro item de que não se deve esquecer, principalmente quando se viaja para regiões onde é comum haver neblina, como Tiradentes, são as palhetas dos limpadores de pára-brisa. Alvarenga recomenda que o item seja trocado sempre que deixar riscos e névoa no vidro ou quando estiver fazendo ruídos ou trepidando. O ideal nesses casos é adquirir um produto de maior durabilidade. Uma das opções são as palhetas ECO da Bosch, que vêm com o sistema Quick-Clip, que facilita a troca do equipamento, possibilita maior aderência ao pára-brisa e, conseqüentemente, uma limpeza melhor. Além de utilizar borracha natural, o componente possui um braço central vazado, o que ajuda a melhorar o desempenho do equipamento.

6 VidaBosch viagem viagem VidaBosch 7 A melhor maneira de conhecer Tiradentes é percorrer a pé suas ruas e calçadas. É preciso uma pequena dose de disposição para subir morros e escadarias, mas o relevo não é tão acentuado quanto o da prima famosa Ouro Preto G.Evangelista/ Opção Brasil Imagens nio, mais significativo monumento religioso da cidade. Inaugurada em 1734, sofreu várias intervenções nas décadas seguintes até estabelecer-se no projeto atual. De uma pequena escadaria contempla-se a fachada baseada num projeto de Antônio Franscisco Lisboa, o Aleijadinho, que esteve na vila por volta de 1810. Trata-se de um de seus últimos traba- Centro Histórico de Tiradentes MG lhos (já na fase final de uma doença degene- do estabelecimento, leva couve, feijão, lom- rativa, morreu quatro anos depois). A grande bo, bacon, ovos e outros ingredientes típicos. riqueza da construção, no entanto, está no interior a meia tonelada de ouro usada na de- Praças e igrejas coração faz desta uma das mais ricas e belas Mas os encantos de Tiradentes não se res- igrejas do país. tringem, claro, aos pratos de seus restaurantes. A melhor maneira de conhecer seu con- Caminhos surpreendentes junto arquitetônico é percorrendo a pé suas Fora da cidade, Tiradentes também guarda ruas e calçadas não se esqueça, portanto, belas surpresas. Quem acorda cedo e cheio de um sapato confortável e uma pequena do- de disposição pode programar-se para su- se de disposição para subir morros e escada- bir a Serra de São José. A partir do bairro do rias. Seu relevo não é tão acentuado quanto o Cascalho, um passeio de quatro horas leva ao da prima famosa Ouro Preto, mas para che- topo do morro, a quase 1.500 metros de alti- gar até a porta da Capela de São Francisco de tude, passando antes pela Calçada dos Escra- Paula, por exemplo, sobe-se uma ladeira nada desprezível. A recompensa vem rápido: vos e terminando na Cachoeira do Mangue, sempre cercado pela Mata Atlântica. Como chegar do gramado em frente à construção contem- Outro grande atrativo é o passeio de Ma- No século 18, a única via de acesso aos municípios onde havia extração de minerais era a Es- pla-se uma das mais belas vistas da cidade. ria Fumaça entre Tiradentes e São João del- trada Real, que cruzava Minas Gerais e canalizava o ouro para os pontos de controle da Coroa Se a preguiça falar mais alto, tudo bem: o carro chega ao lado dess e mirante, que abriga ainda um cruzeiro instalado em 1718. O Largo das Forras cumpre o papel de praça principal e o ponto de encontro de turistas e moradores. O espaço mostra o passar do tempo na cidade histórica: inicialmente ocupado pelo comércio coman- Ao lado, a Matriz de Santo Antônio, baseada em um projeto de Aleijadinho e com 500 quilos de ouro em seu interior Rei. Os 12 quilômetros que seguem o curso do rio das Mortes são um resquício da antiga Estrada de Ferro Oeste-Minas, inaugurada em 1881. Em São João, aproveite para conhecer o Museu Ferroviário, que reúne locomotivas desativadas, equipa mentos e fotografias de época. De carro, o ca minho mais rápido entre as duas cidades vizinhas é pela BR-265, que é Portuguesa até chegar ao litoral do Rio de Janeiro. O antigo caminho percorrido por tropeiros serviu de referência para as estradas que hoje ligam Tiradentes a Ouro Preto. São 160 quilômetros recheados de atrações históricas e naturais, como a cidade Ouro Branco, os distritos ouropretanos de Lavras Novas e Chapada e, já na BR-383, os municípios de Entre Rios de Minas e Lagoa Dourada. Para quem vem de Belo Horizonte, Tiradentes está a 190 quilômetros de distância, e o acesso a essa rodovia se dá pela BR-040, no sentido Rio de Janeiro, com entrada logo após a cidade de Congonhas. dado por escravas alforriadas (livres dos asfaltada e está bem conservada. Se tiver sem pressa, opte pela estrada de terra que liga as Onde se hospedar Onde comer duas cidades e aprecie uma vista privilegiada Solar da Ponte Estalagem do Sabor Divulgação patrões, daí o nome forras), sofreu inter- da Serra de São José. Para quem aprecia artesanato de quali- uma das mais tradicionais e requintadas pousadas de Tiradentes. São 18 apartamentos decorados Rua Min. Gabriel Passos, 280 Tel.: (32) 3355-1144 venção do paisagista Burle Marx e hoje ser- dade, ou apenas quer pegar uma estrada de com móveis típicos. Teatro da Vila ve de palco para procissões, blocos carnava- terra e curtir uma paisagem bucólica, o dis- Pça. das Mercês. Tel.: (32) 3355-1255 Rua Padre Toledo, 157 lescos, exibições de cinema, motos antigas e trito de Bichinho, localizado a 7 quilômetros www.solardaponte.com.br. Tel.: (32) 3355-1275 descompromissados dedos de prosa. da sede, é uma excelente opção. Na Oficina Pousada Pequena Tiradentes Conto de Réis Ao contrário da grande maioria das cida- de Agosto são produzidas peças em madeira, conta com 64 habitações, cada uma com um nome Largo das Forras, 62 Tradicional restaurante de Tiradentes, o Teatro da Vila é especializado em comida francesa des mineiras, o Largo não abriga a Igreja Matriz, e sim a discreta Igreja do Senhor Bom Jesus da Pobreza. Mas, para não subverter muito as regras urbanísticas regionais, o prédio da Prefeitura, construído em 1720, está lá em torno do Largo. Seguindo o passeio, o turista passa pelo Largo do Sol e chega à Matriz de Santo Antô- esteira de taquara e outros objetos de decoração cada vez mais presentes em badaladas lojas do gênero. A localidade já conta com pousadas e restaurantes. Oficialmente, Bichinho pertence a Prados, município de grande tradição musical e Carnaval com direito a desfile de escolas de samba. Para conhecê-la, basta seguir a estrada por mais 15 quilômetros. feminino e decoração única. Av. Gov. Israel Pinheiro, 670. Tel.: (32) 3355-1262 www.pequenatiradentes.com.br Pousada do Ó mais simples, fica próxima à Matriz de Santo Antônio. Rua do Chafariz, 25. Tel.: (32) 3355-1699 www.guiadasvertentes.com.br/clientes/pousadadoo/ Tel.: (32) 3355-1790 Sapore D Italia Largo das Mercês, 13 Tel.: (32) 3355-1846 Tragaluz Rua Direita, 52 Tel.: (32) 3355-1424

8 VidaBosch eu e meu carro Por Ricardo Lopes João Wainer A ex-jogadora de basquete Paula: fã de carros prateados, de ABS e de airbag Precoce nas quadras e na direção Magic Paula estreou na seleção de basquete aos 14 anos, mesma idade com que começou a fazer peripécias ao volante M agic Paula, como ficou conhecida, sempre foi precoce. A menina Maria Paula Gonçalves da Silva desde cedo deixou evidente a sua paixão pelos esportes e praticou de tudo um pouco: atletismo, tênis de mesa, natação e xadrez. Mas foi observando partidas de basquete que descobriu sua verdadeira vocação. A primeira mostra de sua precocidade se deu quando teve a oportunidade de jogar basquete. Ela tinha apenas 12 anos, e o compromisso obrigava-a a deixar sua cidade natal no interior de São Paulo (Osvaldo Cruz) e ir para Assis, também no interior paulista. Era a primeira prova de sua responsabilidade. Dois anos depois, foi convocada pela Seleção Brasileira adulta e tornou-se a mais jovem jogadora do grupo naquela época. Um ano depois já era titular absoluta. Outra demonstração da precocidade en - volve o automóvel: aos 14 anos já dirigia uma precocidade proibida, como lembra Paula. Mas as peripécias ao volante tinham consentimento do pai, com quem aprendeu as primeiras noções de direção. Ela adorava ir para o sítio da família não para apreciar o bucolismo, mas para guiar um pouco. Como não faltava espaço para isso, o pai permitia. Ele tinha uma Kombi e eu gostava de andar com ela, lembra Paula. Logo nos primeiros dias após ter completado 18 anos, tirou a carteira de habilitação fez o teste de baliza no Corcel 2 do pai, e passou com facilidade. Seu primeiro automóvel foi uma Brasília branca da versão MV. Meio velha, explica, brincando. Era velhinha, mas nunca deu trabalho. Seu primeiro carro zero quilômetro foi um Fiat 147, que entrou como parte de um contrato assinado por ela com um time de Piracicaba. Um carro que marcou história por bons momentos foi um Passat TS. Como eu gostava daquele carro, era um grande companheiro. Depois, entre o fim dos anos 80 e parte dos 90, a marca Chevrolet se tornou uma de suas prediletas em especial o modelo Vectra. Logo em seguida, veio uma onda de ter carros bacanas, carrões mesmo. Era uma fase em que eu queria ter o carro dos sonhos, relembra. E o sonho era ter uma Mercedes mas não uma Mercedes qualquer. Foi uma Kompressor, enfatiza ela. No entanto, o sonho durou pouco. Com receito de que o carro, muito chamativo, pudesse atrair assaltantes, ela se desfez do carrão. Trocou-o por um Audi. Com essa marca ficou um bom tempo, e teve vários modelos: A3, A4, A4 Avant, entre outros. Hoje, sua prioridade é o conforto e a segurança. Não se deslumbra mais por carrões, embora aprecie um belo design. Prefere ser discreta. Por outro lado, isso é bem complicado, pois sempre trabalhei e dei um duro danado para poder ter as minhas coisas. Mas, infelizmente, não podemos ostentar em nosso país, afirma. Seu carro atual é um Toyota Fielder. Para ela, um bom carro deve ter bastante espaço, pois sua cadela vira-lata a acompanha em alguns momentos, o que exige um grande bagageiro. Outro ponto importante é oferecer conforto a todos os ocupantes, e o câmbio deve ser automático. Esse não chega a ser um conforto, é uma necessidade, principalmente para quem roda num trânsito louco como o de São Paulo, diz Paula. De fato, seu dia-a-dia é bem atribulado. Entre palestras e viagens, Paula coordena o projeto social Passe de Mágica, atendendo cerca de 300 crianças em Piracicaba e em Diadema (SP). Também dedica seu tempo ao Centro Olímpico da Prefeitura de São Paulo, num projeto em que 700 crianças têm oportunidade de desenvolver suas habilidades esportivas. Segurança em primeiro lugar Outro aspecto de que ela não abre mão é segurança ABS e airbag, por exemplo, são itens essenciais. A mesma preocupação fica clara na manutenção de seus automóveis. A jogadora sempre calibra os pneus e fica atenta às trepidações na direção para detectar problemas de balanceamento e alinhamento. Sou preocupada com qualquer barulho e talvez por isso eu não tenha problemas, resume. Outro motivo é que ela troca de carro mais ou menos a cada um ano e meio. Antes dos 20 mil quilômetros eu procuro trocar de carro, comenta. Na hora do conserto, ela recorre às revendas autorizadas para fazer as revisões e não perder a garantia de fábrica. Mas prefere um mecânico de confiança às concessionárias. Porém, ressalta, não é qualquer mecânico que consegue lidar adequadamente com os carros modernos, por isso é importante que o profissional trabalhe com equipamentos adequados e use bons produtos na reparação do carro. Em relação ao conforto, os opcionais que lhe agradam são bancos de couro e películas escuras nos vidros. Até cor de carro ela faz questão de escolher: depois de ter vários pretos, há oito anos só compra prateados. O preto é difícil de manter limpo, risca fácil e também é muito quente, afirma. Já o prata não demonstra sujeira. Embora ainda não tenha experimentado automóveis multicombustíveis, Paula tem se interessado pelo assunto. Segundo ela, as fábricas buscam corretamente caminhos alternativos para novas fontes de energia. O Brasil evoluiu bastante e hoje temos muitas opções no mercado, afirma. A Bosch na sua vida Antivírus para o motor A manutenção dos carros modernos, como destaca Magic Paula, precisa ser feita com equipamentos eficientes para dar conta da complexidade dos novos sistemas. Um exemplo é o scanner de diagnóstico KTS 160, da Bosch, capaz de fazer a análise dos diversos sistemas presentes no veículo, entre eles injeção eletrônica, freios ABS, airbag e câmbio automático. O aparelho captura o registro de falhas nesses sistemas e identifica em que peça está o problema. O equipamento funciona com eficiência nos carros Fiat, Volkswagen, Ford, General Motors, Renault e Citröen. Isso permite que o KTS 160 atenda a 95% da frota brasileira. Alternativa de ponta A evolução do Brasil na produção de motores multicombustíveis, destacada por Magic Paula, começou a ser traçada pela Bosch. Pioneira no setor, a empresa desenvolveu em 1994 a tecnologia flex fuel, que permite que o automóvel rode com qualquer proporção de gasolina e álcool no tanque. Entre outras condecorações, o sistema rendeu à Bosch, em dezembro de 2005, o Prêmio Finep de Inovação Tecnológica, na categoria produto. Em 2004, a companhia deu novo salto nessa área. Apresentou, com a General Motors, o primeiro veículo tricombustível (que funciona com álcool, gasolina ou gás natural veicular, o GNV).

10 VidaBosch torque e potência Por Pedro Franco Diversão para o público, laboratório para as empresas Nas pistas de Fórmula Truck e nos circuitos de rali, assim como na Fórmula 1, novas tecnologias são desenvolvidas para melhorar caminhões e caminhonetes usados na rua Divulgação Bridgestone É comum ouvir falar de dispositivos que nas ceram nas pistas de Fórmula 1 e, após alguns anos, chegaram também aos automóveis. Foi assim com o controle de tração, com os freios ABS (Sistema Antibloqueio de Frenagem) e com dispositivos mais sofisticados, como o gerenciamento eletrônico da suspensão e do funcionamento do motor. O que pouca gente sabe é que, fora do mundo milionário de Michael Schumacher e companhia, os engenheiros também trabalham com experiências que facilitam a vida de quem dirige caminhões e caminhonetes. Muito populares no Brasil, as competi ções de Fórmula Truck batem recorde de pú blico (há etapas com mais de 50 mil pessoas presentes) e contam com a participação de gigantes do calibre de Mercedes-Benz, Volkswagen, Bosch e Bridgestone, só para citar al guns exemplos. Nos ralis, a Mitsubishi e a Chevrolet participam ativamente, essa com equipe oficial no Rally dos Sertões maior competição do tipo no país. Além de buscarem reforçar sua imagem institucional junto a esse público, as empresas envolvidas nas duas categorias também usam as informações obtidas nas pistas para melhorar e testar seus produtos. A Bridgestone, presente na Fórmula Tru ck desde seu início, há 11 anos, aponta a evolução do campeonato como um atrativo para que seus pneus sejam testados em condições extremas. Houve uma grande injeção de tec nologia na categoria, com freios redimensio nados, motores mais potentes e montadoras presen-

12 VidaBosch torque e potência torque e potência VidaBosch 13 tes com equipes oficiais, o que, obviamente, nos levou a participar, explica Raul Viana, diretor de assuntos corporativos da em - presa, que utiliza o pneu R227, o mesmo vendido nas lojas, para as competições. Após cada corrida, nós temos uma média de 140 Nas pistas da Fórmula Truck, os caminhões chegam a atingir mais de 220 km/h e uma potência de 1.300 cavalos três vezes o desempenho de um modelo de série Divulgação Mitsubishi não ocorreu no campo de provas pode vir à tona na pista, afirma. Para ter idéia do nível de desenvolvimento dos caminhões, bastam alguns números: na reta do autódromo de Interlagos, em São Paulo, os Axor 2044 de corrida da Mercedes A Bosch na sua vida pneus que são retirados dos caminhões e podem chegar a 223 km/h embora tenham analisados pelos engenheiros do centro tec- tro. Com o desenvolvimento nos ralis, a mar- de respeitar o limite de 160 km/h estabeleci- nológico para a América do Sul. Eles focam ca viu que era possível produzir nos mode- do em um ponto da pista (geralmente, antes nos casos que saltam aos olhos, como des- los de série o jogo com oito amortecedores, de uma curva fechada). A potência chega a gas tes excessivos por condições que exigi- que permite maior resistência da suspensão, 1.300 cavalos, enquanto nos modelos de sé- ram muito durante a prova. Sem dúvida, as e oferecê-lo como opcional na caminhonete rie da marca ela é de 428 cavalos. informações ajudam no desenvolvimento L200, o que ocorre atualmente. Para chegar a esse resultado, os prepara- do produto, já que ele é o mesmo utilizado nas ruas, comenta. A maioria das tecnolo- Transmissões dores mexem no sistema de injeção e no curso do virabrequim (ei xo que transfere o mo- Aplicações sob medida A Bosch fornece para a Fórmula Truck pe- gias de corrida vai das pistas para as ruas. A ZF, que fornece caixas de câmbio para os vimento da biela às rodas), aliviam o peso das ças adaptadas exclusivamente para serem Nós colocamos um pneu de rua para correr caminhões de série e também da Fórmu la bielas (hastes que ligam o virabrequim aos usadas em corridas. Para extrair o máximo e passamos a usar isso para desenvolvê-lo Truck, acompanha seus clientes nas com- pistões), dos pinos e do pistão. Há também de potência dos caminhões, os engenheiros ainda mais, completa. Na fábrica da Mitsubishi em Catalão (GO), os carros de rali já saem da linha de montagem com uma configuração básica e, a partir daí, são preparados para cada categoria. Com a experiência nos circuitos de terra, um dos itens das competições foi incorporado aos modelos de série. Como a suspensão é muito exigida, as picapes de corrida eram equipadas com oito amortecedores as que são vendidas no mercado têm apenas qua- petições. É uma forma de provarmos a al ta eficiência dos nossos produtos em um ambiente muito exigente, diz Thomas Schmidt, diretor de operações da Divisão de Transmissões da ZF. A caixa de marchas oferecida pela empresa para a categoria é produzida e vendida na Europa para ônibus, mas ainda não está à disposição no Brasil. Ela tem uma carcaça de alumínio injetado que diminui o peso em 30% e é equipada com o servo atuador, um dispositivo Nas provas de rali, a caminhonete L200 teve de ganhar uma suspensão com maior resistência, depois incluída em uma das versões de mercado uma redução de peso de quase dois quilos por cilindro. O comando de válvulas é substituído por um mais apropriado, além de outras modificações no próprio motor e também no sistema de embreagem, que perde muitos quilos. O veículo ainda sofre uma grande transformação na suspensão, que deixa o caminhão mais próximo ao solo e com maior estabilidade para andar em altas velocidades. Cinco anos de antecedência fazem desde pequenos ajustes em bicos injetores até projetos complexos que exigem modificações em todo o sistema de injeção. Basicamente, podemos separar as aplicações nos veículos de competição em dois grupos. No primeiro, usam-se pe ças de série adaptadas em nossos laboratórios. E no segundo, um projeto completo é de senvolvido em parceria com a engenharia de nossos clientes, para a aplicação do sistema de injeção específico. O tempo de desenvolvimen- A Volkswagen oferece apoio de seu time de to desses projetos, até a disponibilização Divulgação Volkswagen engenharia para a equipe de pista, que co- para competições, pode chegar a um ano, pneumático que alivia em cerca de 70% o labora com informações para melhora dos afirma Jorge Postiga, responsável pela área esforço na hora de trocar as marchas de um componentes. É uma forma de tes tar a per- de marketing da Divisão Diesel. caminhão, que podem ser mudadas com a formance e a durabilidade das peças. Toda Um dos grandes projetos desenvolvidos re- leveza de um automóvel de passeio. A com- a parte de injeção de combustível [diesel] e centemente pela Bosch foi a unidade de petitividade exigiu que oferecêssemos essa gerenciamento eletrônico do motor são tec- comando (foto) dos caminhões da equipe tecnologia, explica Schmidt. Com o desen- nologias que estamos desenvolvendo para RM Competições. O componente funciona volvimento nas pistas, essas transmissões chegar ao mercado num prazo de cinco a sete como uma espécie de cérebro do motor, ge- devem chegar ao mercado nacional e equi- anos, diz Rodrigo de Oliveira Chaves, super- renciando a quantidade de combustível inje- par os caminhões já em 2007. visor de desenvolvimento de caminhões da tada na câmara de combustão. A aplicação A Mercedes-Benz, que conquistou o títu- Volkswagen, que corre com o modelo Cons- da unidade de comando (ECU) foi feita em lo da Fórmula Truck com Wellington Cirino tellation equipado com motor Cummins. parceria com a Volkswagen, que fornece os em 2001, 2003 e 2005, é uma das que mais Outro fator destacado pela montadora caminhões para a equipe. A ECU, desenvol- investem no certame. Nos testes internos, é a diminuição do nível de emissão de po- vida inicialmente na Índia, passou por uma Pistas da Fórmula Truck colocam os veículos em situações extremas, dificilmente reproduzidas nas pistas de teste por mais que nossos laboratórios sejam eficientes, a reprodução de uma situação extrema, como ocorre nas competições, é impossível, diz Euclydes Ghedin Coelho, gerente nacional de vendas de caminhões da marca. Já desenvolvemos bicos injetores e juntas específicos para os caminhões de corrida, que foram desenvolvidos e chegaram às li- luentes. Nas corridas, a marca alemã utiliza um sistema de pós-tratamento de gases emitidos pelo motor: trata-se de um filtro para reter material particulado (fuligem) e diminuir a emissão de gases nocivos à atmosfera em 70%, auxiliando na obtenção de números adequados à resolução Euro IV (Conama 6 no Brasil), que entrará em vigor no próximo série de adaptações antes de ser instalada. Foram seis meses de trabalho e ainda estão sendo feitos alguns ajustes. Para a aplicação do sistema, os engenheiros tiveram de redefinir a parte elétrica e o sistema mecânico e hidráulico do motor. A Bosch patrocina oficialmente a Fórmula Truck desde 2003. nhas de montagem, conta. Uma falha que ano. A camada de ozônio agradece.