A ESTABILIDADE DA EMPREGADA GESTANTE NO CONTRATO POR PRAZO DETERMINADO GERA INSEGURANÇA JURÍDICA?

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Transcrição:

A ESTABILIDADE DA EMPREGADA GESTANTE NO CONTRATO POR PRAZO DETERMINADO GERA INSEGURANÇA JURÍDICA? GT I: Evolução e Concretização dos Direitos Humanos e Fundamentais na América Latina Alexandre Furtado Gonçalves Júnior 1 Maria Cristina Alves Delgado de Ávila 2 RESUMO Com a recente alteração do controverso entendimento existente no âmbito do Tribunal Superior do Trabalho acerca da existência, ou não, de estabilidade para a empregada gestante quando a mesma laborasse mediante contrato por prazo determinado e, consequente afirmação da existência do referido direito, várias consequências jurídicas e sociais puderam ser observadas nessas relações empregatícias. Se de um lado existe uma flagrante preocupação com o desenvolvimento do nascituro e a garantia de uma gestação isenta de maiores preocupações, em especial, financeiras, de outro houve grande ônus aos empregadores que passaram a ter maiores custos para a manutenção de suas atividades. Dessa forma, cotejando-se a situação de ambas as partes em conflito, seria possível, analisando-se pela ótica do empregador, afirmar que tal modificação do entendimento da lei resulta em insegurança jurídica, uma vez que, maiores ônus podem inviabilizar o vínculo empregatício? Será feita, ainda, uma análise social do tema, verificando-se e a possibilidade de eventual discriminação da mulher no mercado de trabalho. O presente estudo será realizado mediante análise das 1 Discente da pós graduação do Centro Universitário de Barra Mansa. Advogado. o_furtado@hotmail.com. 2 Mestre em Biodireito, Ética e Cidadania. Professora do Centro Universitário de Barra Mansa - UBM. Pesquisadora do NUPED Núcleo de pesquisa do curso de Direito. email:cristina.delgado@uol.com.br 1

disposições normativas contidas no Ordenamento Jurídico Brasileiro, bem como na Jurisprudência do TST. Palavras-chave: Estabilidade. Gravidez. Contrato. Prazo Determinado. Segurança jurídica. 1. INTRODUÇÃO O contrato de trabalho, como regra geral, é realizado por prazo indeterminado. Inobstante, em atividades cuja natureza do serviço justifique, atividades transitórias empresarias ou em contratos de experiência é possível que o acordo tenha um termo final já pre fixado pelas partes. A característica principal desse tipo de contrato é, exatamente, a existência de um termo final conhecido por ambos, e, consequentemente, a morte natural do negócio jurídico. A empregada mulher, dadas as características peculiares inerentes ao gênero, foi contemplada com um rol extenso de benefícios para garantir a igualdade material da mesma em relação aos empregados do sexo masculino. Um deles foi a estabilidade no emprego, ou seja, impossibilidade de despensa imotivada desde a concepção, até o 5º mês após o parto. Essa medida visa garantir que a empregada e o nascituro tenham sua dignidade tutelada, uma vez que a despedida imotivada tornaria mais tormentosa a gestação. Em 2013, o TST reformulando sua Súmula, reeditou o item III do Enunciado nº 244, garantindo à empregada gestante, ainda que em contrato por prazo determinado, a estabilidade provisória. Sendo assim, inobstante o negócio jurídico a termo contar com um momento já conhecido pelas partes para o fim da prestação dos serviços, o empregador passou a ter o ônus de prolongar esse momento até o 5º mês subsequente ao parto, além de tal mudança interferir na segurança jurídica que continha o contrato por prazo determinado. 2. OBJETIVOS 2

ApesquisatemcomoobjetivoprincipalanalisaroquevemsendofeitonacidadedeV oltaredondaparaqueasaúdedapessoacomdeficiênciapossaserofercidadeformadign aeigualitária. Paratanto,foramestabelecidososseguintesobjetivossecundários:(i)analisaraa plicaçãodoprincípiodaisonomiacontidonoartigo5 daconstituiçãofederal;(ii)analisaral egislaçãonacionalrelacionadaaotema,incluídooplanonacionaldosdireitosdapessoac omdeficiência,denominado ViversemLimite,lançadopelogovernofederalpormeiodo Decreton.7.612/2011;e(iii)identificarosavançosedesafiospromovidosnaesferamunici palemrelaçãoaodeficiente. 3. METODOLOGIA São três as abordagens realizadas na presente pesquisa: (i)teórica, pormeio de fontes primárias (investigação da legislação quanto à temática) e secundárias (pormeio de revisão bibliográfica); (ii)pesquisa de campo (para buscar dados junto aos órgãos públicos); e (iii)pesquisa empírica (destinada a demonstrar a realidade da situação vigente no município de Volta Redonda. 4. DISCUSSÕES Não há no mundo nada mais valioso do que a pessoa humana. O ser humano, por suas características naturais, por ser dotado de inteligência, consciência e vontade, por ser mais do que uma simples porção de matéria, possui uma dignidade que o coloca acima de todas as coisas da natureza. Essa dignidade é inerente à condição humana e a preservação dessa dignidade faz parte dos direitos humanos (DALLARI,2004). Porém, para que esse ser humano tenha qualidade de vida, necessária é a garantia de diversos direitos, dentre eles o direito à saúde, já que se cuida de fator necessário a uma vida digna. 3

Dentro desse contexto, percebe-se que, no Brasil, há uma grande preocupação em desenvolver políticas públicas para garantir a saúde à população, embora ainda persistam muitos desafios e deficiências no que pertine ao sistema vigente, conforme se de notadas notícias veiculadas diariamente. Diante dessas políticas, dando-se enfoque à pessoa deficiente, o município de Volta Redonda, em virtude do Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência estabelecido pelo Decreto n.7.612/2011, apresenta-se preocupado com a saúde da pessoa deficiente. Destaque-se, nesse sentido, que pelas ações já tomadas, o município é hoje referência na área da saúde na região do Médio Vale Paraíba quanto ao bem-estar da pessoa deficiente. Uma das principais políticas implementadas que vem sendo desenvolvida é a identificação e intervenção precoce de deficiências. Sua importância se justifica pelo fato de que o diagnóstico precoce garante às pessoas tratamento especializado específico e imediato, gerando, assim, melhor qualidade de vida e, consequentemente, menor custo ao Sistema Único de Saúde. São exemplos dessa política pública: (i)o teste do pezinho realizado em toda a atenção básica; (ii) o teste da orelhinha realizado no Hospital São João Batista HSJB; e (iii) o teste do olhinho encaminhado pela atenção básica para o oftalmologista da rede. Ademais, merecem destaque os atendimentos realizados nos Centros de Atenção Psicossocial infantil e para adultos, os serviços de reabilitação no Centro Municipal de Reabilitação Física/CEMURF, além dos atendimentos qualificados em todas as unidades de saúde, obedecendo às orientações do SUS. Existe também a atenção voltada ao transporte para o acesso à saúde, disponibilizando-se 35% da frota do transporte público coletivo adaptado fora do domicílio, como o Transporte Cidadão e o Transporte dos Programas de Saúde Mental e Saúde da Família. Menciona se, por oportuno, a execução de projeto no qual o município disponibilizará oficinas ortopédicas de ampliação de ofertas de prótese e órtese como meios auxiliares de locomoção. 4

Referido projeto contempla o oferecimento desse serviço a outros treze municípios do Médio Paraíba e, ainda, a atenção à saúde odontológica da pessoa com deficiência disponibilizada pelo Hospital Municipal Dr. Munir Rafful HMMR. Por fim registre-se que o atendimento à saúde da pessoa com deficiência conta também como apoio de várias ONGs que fazem parte do projeto de atendimento. 5. CONCLUSÃO Conclui-se, pelo que foi levantado parcialmente até momento, que os desafios são muitos e ainda longe de serem transponíveis, porém o município de Volta Redonda se mostra ciente dos obstáculos enfrentados pelo deficiente, como também se preocupa em oferecer às pessoas com necessidades especiais o acesso à saúde de forma digna, buscando, através de normas implementadas pelo órgão governamental materializadas pela implementação de políticas públicas, adaptar-se, para as sim atender a essa parcela da população que tanto precisa de atenção, cumprindo, dessa forma, o que determina a Constituição Federal. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988;.Decreton.7.508, de 28 de junho de 2011. Regulamenta a Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, para dispor sobre a organização do Sistema Único de Saúde-SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa, e dá outras providências;.decreton.7.612, de 17 de novembro de 2011. Instituio Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência Plano Viver sem Limite;.Lein.8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências; 5

DALLARI, Dalmo de Abreu. Direitos humanos e cidadania. 2.ed. SãoPaulo:Moderna,2004; GOZZO, Débora. Informação e direitos fundamentais-a eficácia horizontal das normas constitucionais. SãoPaulo:Saraiva,2012; IBRAHIM, Fábio Zambitte. Curso de Direito Previdenciário.16.ed.RiodeJaneiro:Impetus,2014; MORAES, Alexandre de. Direitos Humanos Fundamentais. 9.ed.SãoPaulo:Atlas,2011; NETO, Antônio José de Mattos. Estado democrático de direito e direitos humanos. SãoPaulo:Saraiva,2010; NUNES, Rizzatto. O princípio constitucional da dignidade da pessoa humana: doutrina e jurisprudência. 3.ed.SãoPaulo:Saraiva,2010; PIOVESAN. Flávia. Temas de direitos humanos. 4.ed.SãoPaulo:Saraiva,2010; SARLET, Ingo Wolfgang. Dignidade da pessoa Humana e direitos fundamentais. 2.ed.PortoAlegre.LivrariadoAdvogado,2002;. Direitos fundamentais, orçamento e reserva do possível.2.ed.portoalegre:livrariadoadvogado,2010; SIQUEIRAJÚNIOR, Paulo Hamilton. Direitos humanos e cidadania.3.ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2010. 6