O ACESSO À JUSTIÇA E O NOVO CPC. GT I: Direito, Cidadania e Concretização dos Direitos Humanos e Fundamentais
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1 O ACESSO À JUSTIÇA E O NOVO CPC. GT I: Direito, Cidadania e Concretização dos Direitos Humanos e Fundamentais Sheila Lyrio Cruz Zelma 1 Arthur de Souza Gomes 2 Carla Luz da Silva 3 David de Melo Oliveira 4 Fernanda Serano da Silva 5 Karen Adriane de Almeida Carvalho 6 Lucas Victor Almeida Berbert Gonçalves 7 Mariana Veríssimo Ferreira 8 1 Advogada e mestre em Direito pela UNIFLU (Universidade Fluminense Faculdade de Direito de Campos), Especialista em Direitos Fundamentais, Mediadora de conflitos do Tribunal de Justiça do estado do Rio de Janeiro, Docente do Curso de Direito do Centro Universitário de Barra Mansa - UBM, orientadora de pesquisa e supervisora de Trabalho de Conclusão de Curso do UBM, orientadora do Núcleo de Prática Jurídica do UBM. 2 Discente pesquisador do NUPED- Núcleo de pesquisa do Direito, 1 período do Coordenação de Graduação, em arthur.souza@ubm.br 3 Discente pesquisadora do NUPED- Núcleo de pesquisa do Direito, 1 período do Coordenação de Graduação, em luz.carla@hotmail.com 4 Discente pesquisador do NUPED- Núcleo de pesquisa do Direito, 1 período do Coordenação de Graduação, em david.oliveira761@hotmail.com 5 Discente pesquisadora do NUPED- Núcleo de pesquisa do Direito, 1 período do Coordenação de Graduação, em fernanda_serano@hotmail.com 6 Discente pesquisadora do NUPED- Núcleo de pesquisa do Direito, 1 período do Coordenação de Graduação, em karenarantina_98@hotmail.com 7 Discente pesquisador do NUPED- Núcleo de pesquisa do Direito, 1 período do Coordenação de Graduação, em lucasvictorbm@gmail.com
2 RESUMO: Existe na Constituição Federativa do Brasil a previsão do acesso à justiça. Essa previsão genérica é revestida de uma garantia para todos os brasileiros na medida em que deverá ser efetivada. O novo Código de Processo Civil vem, conforme nossa Constituição, dar ênfase ao acesso à justiça. Qualquer pessoa poderá acionar o Poder Judiciário, reivindicar seus direitos e esperar desse judiciário uma resposta justa. Esse acesso não deve ter obstáculos que sobreponham o direito do cidadão. Com a nova lei processual civil em vigor espera-se que esses obstáculos sejam ultrapassados de forma efetiva. Na verdade, o que se espera é a efetividade dessa garantia constitucional, evitando que tais barreiras sejam alvo de injustiças. Palavras-chave: acesso à justiça INTRODUÇÃO Com a lei em vigor do novo Código de Processo Civil (CPC) constata-se a intenção do legislador em garantir o acesso à justiça tendo em vista a recepção em seu texto de princípios constitucionais, especificamente, neste caso, inseridos no artigo 3 da Lei em destaque. Verifica-se também, que a previsão do artigo 5º, inciso XXXV da Constituição Federal onde se interpreta que qualquer pessoa poderá acionar o judiciário, reivindicar seus direitos ou resolver seus litígios de forma efetiva com resultados justos, está agora prevista na nova lei processual. A proposta é analisar em que medida essa nova regulamentação refletirá sobre o princípio do acesso à justiça no que tange o devido processo legal. Quais seriam as novas medidas adotadas por esse novo código para alcançar tal princípio. Assim, destaca-se que os obstáculos tão falados por Mauro Cappelletti em sua obra, ainda podem permanecer nos meios processuais atuais. São citados por ele o congestionamento do sistema, as custas judiciais, o tempo, a intimidação do local e daqueles que estão a serviço dos cidadãos, a falta de imparcialidade de magistrados e tantos outros pontos que impedem o acesso real a justiça. Esses estudos levantaram a hipótese da efetividade da nova norma processual. De certo que esta nova lei tem potencial de gerar um processo mais célere, mais 8 Discente pesquisadora do NUPED- Núcleo de pesquisa do Direito, 1 período do Coordenação de Graduação, em mariana.verissimof@gmail.com
3 justo, porque é mais coerente com as necessidades das partes e com menos grau de complexidade. A simplificação da lei pode proporcionar aos seus leitores uma maior visibilidade no que tange o devido processo legal. RESULTADOS E DISCUSSÃO. No diálogo, entre juristas, do acesso à justiça frente à Lei /2015 seria necessário discorrer, também, em várias páginas, sobre a sua evolução histórica no Brasil, que por sinal, foi muito lenta, inexistindo no Império brasileiro, mas percorrendo um longo caminho histórico político, passando pela ditadura militar e chegando nos dias atuais 9. No entanto, não cabe neste parco estudo sobre a evolução deste acesso aos jurisdicionados. Assim, o que se pode compreender no resultado das pesquisas realizadas, é que o novo CPC/2015 representa uma concretização do princípio de acesso à justiça, ampliando-o e se apresentando como resposta aos novos ditames do Direito contemporâneo, introduzindo no ordenamento, dispositivos principiológicos com a função de sanar os óbices que transtorna os processos com a morosidade 10. Um sistema processual civil que não proporcione à sociedade o reconhecimento e a realização dos direitos, ameaçados ou violados, que têm cada um dos jurisdicionados, não se harmoniza com as garantias de uma Constituição democrática 11. Assim, o princípio do devido processo legal é um direito fundamental que pode ser entendido como direito ao juiz natural, ao contraditório, a um processo com duração razoável 12. A Lei nova de 2015, tem mecanismos e 9 GONÇALVES, Marcos Vinícius Rios. Direito Processual Civil esquematizado. 6ª Ed. São Paulo: Saraiva, p Idem, p DONIZETTI, Elpídio. Novo Código de Processo Civil comparado. São Paulo: Atlas, p CAPPELLETTI, Mauro. Acesso à Justiça. Porto Alegre: Fabris, 1988.p 22
4 força necessária para efetividade deste princípio tendo em vista que garante, a consagração da ampla defesa e do contraditório 13. METODOLOGIA O método de trabalho será descritivo, buscando fazer uma análise qualitativa e doutrinária no que pese a questão dos aspectos genéricos do acesso à justiça no novo Código de Processo Civil, o devido processo legal. CONCLUSÃO Porém, de forma genérica, ainda é cedo para uma constatação desses obstáculos, que impedem o acesso à justiça, no novo Código de Processo Civil. É certo, no entanto, que a nova lei recepcionou a nossa Constituição com seus princípios, trazendo a possibilidade da efetivação destes em sua aplicabilidade. A facilidade, os meios adequados, as constitucionalizações processuais colaboram com as partes para que estas atinjam, com maior efetividade, seus objetivos no processo. Portanto, essa meta da lei em recepcionar a Constituição inserindo em seu conteúdo princípios do devido processo legal vem de encontro ao objetivo maior que é o acesso à justiça. REFERÊNCIAS CAPPELLETTI, Mauro. Acesso à Justiça. Porto Alegre: Fabris, CINTRA, A. C. A.; GRINOVER, Ada Pelegrini. DINAMARCO; Cândido Rangel. Teria geral do processo. São Paulo: Malheiros Editores, DONIZETTI, Elpídio. Novo Código de Processo Civil comparado. São Paulo: Atlas, SANTOS, Moacyr Amaral. Primeiras linhas de direito processual civil. São Paulo: Saraiva, p. 54
5 GONÇALVES, Marcos Vinícius Rios. Direito Processual Civil esquematizado. 6ª Ed. São Paulo: Saraiva, SANTOS, Moacyr Amaral. Primeiras linhas de direito processual civil. São Paulo: Saraiva, GONÇALVES, Marcos Vinícius Rios. Direito Processual Civil esquematizado. 6ª Ed. São Paulo: Saraiva, WAMBIER, Tereza Arruda Alvim... et al. Novo CPC urgente. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, BEZERRA, P. C. Acesso à justiça: Um problema ético-social no plano da realização do direito. Rio de Janeiro: Editora Renovar, 2001.
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