CURSO TÉCNICO ENFERMAGEM VETERINÁRIA



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CURSO TÉCNICO ENFERMAGEM VETERINÁRIA Modulo IV

DOENÇAS PARASITÁRIAS Parasitoses - neste grupo estão incluídos os parasitos externos e os internos. Entre os primeiros, destacam-se com freqüência, as infestações por carrapatos, pulgas, sarnas, piolhos, bernes e bicheiras. Esses parasitos, além de causar danos diretos à pele do animal, podem freqüentemente transmitir doenças de menor ou maior gravidade. O carrapato comum do cão, chamado Ripicephallus sanguineus, causa grande incômodo ao animal e pode lhe transmitir a Piroplasmose. Através de banhos carrapaticidas apropriados, esses parasitos podem ser relativamente bem controlados. Boophilus (carrapato) anulatus Rhipicephalus (carrapato) sanguineus Rhipicephales evertsi (carrapato) Txodes ricinus (carrapato) A pulga do cão (Ctenocephalides canis) é completamente diferente da que infesta o homem (Pulex irritans). Além de incomodar tremendamente o cachorro, pode lhe transmitir um verme popularmente chamado de Tênia (Dipylidium caninum). A infestação por pulgas pode ser bem controlada, pela aplicação de anti-pulgas e controle ambiental. As sarnas mais comuns do cão são as chamadas Sarcópticas e Demodécica. São provocadas por minúsculos ácaros, que cavam galerias na pele e depositam seus ovos. Por isso, causam extensas lesões na pele e grande prurido. Através do emprego de sarnicidas adequados, esse tipo de sarna pode ser perfeitamente curado. A sarna Demodécica, felizmente menos freqüente, é bem mais difícil de curar, seja porque o parasito penetra profundamente no corpo, seja porque a eficiência dos medicamentos é variável. Sarcoptes Sarcoptes Sacabiei Sacabiei macho fêmea (Sarna) (Sarna) Dermatodectes communis (sarna) Dermatodectes macho communis (sarna) fêmea

Demodex canis com um ovo (sarna negra) MIÍASES OU BICHEIRAS Recebem o nome acima as doenças causadas pela invasão do tecido cutâneo por larvas de insetos dípteros, e em particular pelos chamados dípteros miodários; Conforme a biologia desses insetos, as respectivas afecções que causam são de duas categorias: 1 BIONTÓFAGAS: Larvas que invadem os tecidos sãos, não necrosados, inclusive a pele íntegra São essas larvas chamadas de biontófagas, pois se desenvolvem a custa do tecido vivo, e por conseguinte, podendo comprometer o estado geral do homem ou do animal por elas parasitado. São essas larvas parasitas obrigatórias. Neste grupo estão agrupadas as seguintes espécies de insetos: Callitroga americana, Dermatobia hominis e Oestrus ovis. 2 NECROBIONTÓFAGAS: Larvas que invadem exclusivamente tecidos já afetados por necrose de outras causas..estas se nutrem exclusivamente de tecido morto e por isso classificadas como necrobiontófagas; algumas delas não são prejudiciais, pois limpam as feridas do material necrosado; Neste grupo estão as moscas do gênero Lucilia, que já foram inclusive utilizadas como meio terapêutico nos primórdios da medicina. Raríssimamente iniciam uma miíase, e com certa freqüência são encontradas como saprófagas de feridas ou cavidades infestadas por outras espécies do grupo anterior. As principais larvas deste grupo pertencem aos seguintes gêneros de moscas: Sarcophaga, Lucilia, Phaenicia, Calliphora, Musca, Mucina e Fannia. Sob o ponto de vista médico, no Brasil, as miíases podem ser: 1-CUTÂNEAS: Miíases Furunculosas, produzidas pela Dermatobia homininis e pela Callitroga americana; Lesões parecidas à de furúnculos, daí o nome acima: Furunculosa. 2-CAVITÁRIAS: a) Miíases das feridas - Callitroga macellaria; b) Nasomiíases - Miíases na região do nariz; c)otomiíases-localização na região dos ouvidos: d)oculomiíases-localizadas na região orbital; e)cistomiíases-de localização na bexiga; f) Miíases intestinais - Quando sua localização é nos intestinos.

As miíases causadas por larvas de moscas necrobiontófagas (que se desenvolvem unicamente em carne pútrida ou em tecidos orgânicos fermentáveis) tornam-se pseudoparasitas de lesões ou tecidos doentes; Determinam o que se denomina miíases secundárias, por ser necessária a presença de material necrosado da ferida ou cavidade, para seu desenvolvimento. Nas ulcerações, os danos em geral carecem de importância, pois as larvas se limitam a devorar os tecidos necrosados (mortos), não invadindo as partes sadias, e por conseguinte não ocasionando hemorragias. Estas foram já em passado recente utilizadas na "limpeza" de feridas, porque se alimentando do tecido necrosado que existe em toda ferida, aceleravam e facilitavam o processo de cicatrização. Cabe ser observado que nas regiões onde ocorre a Leishmaniose cutânea, são observados com muita freqüência as naso-miíases, que nada mais são que miíases secundárias de larvas de moscas necrobiontófagas, que se instalam na região do nariz, nas lesões causadas primariamente pela Leishmania tegumentar. As Miíases intestinais são sem sombra de dúvida, causadas pela ingestão de ovos ou larvas, por meio de bebidas ou alimentos por esses ovos ou vermes contaminados, e suas conseqüências carecem em geral de gravidade, produzindo algumas vezes apenas náuseas, vômitos e diarréia. Não obstante, a intensidade desses sintomas dependem da sensibilidade do próprio enfermo, e do número de larvas ingeridas. Segundo alguns autores, as larvas de moscas são resistentes à ação de certas substâncias, inclusive à ação dos sucos digestivos, podendo viver durante algum tempo no tubo digestivo. Para o tratamento das bicheiras, quando as mesmas são superficiais (cutâneas), basta aplicação local de qualquer substância que seja ativa contra os insetos em geral, e concomitantemente não seja tóxica ao hospedeiro, para que as larvas ou morram ou simplesmente sejam expulsas do local onde se encontram, e a cicatrização subseqüente do ferimento leve a bom termo a cura da enfermidade. Quando se dá o caso de serem as bicheiras cavitárias, como é o caso das gasterofiloses eqüinas, seu diagnóstico pelas técnicas coprológicas usuais não é possível, a não ser quando encontradas larvas íntegras no bolo fecal desses hospedeiros, o que pode ocorrer, porém de forma fortuita, e, portanto o simples exame de fezes com resultado negativo não descarta sua ocorrência. A presença de ovos íntegros ou as larvas desses ovos já eclodidas, aderentes aos pêlos dos membros anteriores e nos espaços intermandibulares, é indicativo do parasitismo pelos gasterophilus. As miíases ocorrendo em praticamente todo território brasileiro devido a nossas condições climáticas predominantemente tropicais e equatoriais que muito favorecem o desenvolvimento dos insetos em geral, possibilitam sua multiplicação em ritmo acelerado, e com isso concomitante aparecimentos de bicheiras em nossos rebanhos, quer bovinos, suínos, eqüinos, ovinos ou caprinos. As perdas decorrentes dessas miíases se traduzem principalmente por menor rendimento dos rebanhos explorados, quer na produção de leite, quer na produção de carne e seus subprodutos como o couro, este último muito depreciado pela bicheira. São várias as famílias à que pertencem tais moscas, porém sob o ponto de vista clínicoparasitológico, são as mesmas agrupadas em dois grandes grupos: 1- Larvas que se nutrem de tecido vivo - Larvas biontófagas; 2 - Larvas que se nutrem de tecido morto - Larvas necrobiontófagas.

Larvas da mosca do berne (Larvas biontófagas-dermatobia hominis) São tanto os bernes quanto as miíases, causadas por larvas de algumas espécies de moscas, que pelo fato de serem carnívoras necessitam penetrar na pele de algum animal, para se nutrirem da sua carne, e assim cumprirem seu ciclo biológico, transformando-se em seguida em insetos adultos. Diferenciam-se os bernes das miíases cutâneas, além do fato de serem as larvas de espécies de moscas diferentes, pela particularidade biológica dos bernes serem encontrados sempre isolados - uma única larva em determinado lugar - nunca mais de uma larva num mesmo foco, a não ser quando pelas suas proximidades, poderem vir a se unirem os locais de ambos pelo desenvolvimento posterior das larvas; Já nas miíases cutâneas, além das larvas serem menores que as das larvas de moscas do berne, são encontradas larvas em número em geral grande, que chega até algumas centenas,todas em comum no mesmo local da penetração, formando verdadeiras crateras na superfície do corpo de suas vítimas. Como ressaltado anteriormente, são encontradas as larvas de moscas que constituem a doença com o nome de BERNE, sempre isoladas, em lócus individuais, por isso denominadas também de furunculosas, e pertencentes às seguintes espécies de insetos: Dermatobia hominis - Mede o inseto quando adulto, de 14 até 17 mm e chama a atenção o colorido metálico de cor azulada da sua região abdominal; O tórax castanho escuro com tonalidade azulada manchada de negro, apresentando as bochechas de cor amarelo escura e brilhante. No ano de 1911, Rafael Morales, estudante de medicina na Guatemala, descobriu por observação, que o ovo dessa mosca era transportado por outros mosquitos para os locais em que em seguida sendo depositado, vinham a reproduzir a doença. Como todo inseto, seu ciclo evolutivo passa por fases: Os insetos adultos alados, acasalando-se entre si dão origem a ovos que são postos pelas fêmeas, e destes em seguida nascem larvas, que no caso por serem carnívoras necessitam se alimentar de tecido vivo de outros animais, vindo então a parasitarem suas vítimas, constituindo-se essa fase propriamente o que é chamado de berne. Completado seu desenvolvimento no local em que se instalaram, essas larvas abandonam o local para continuarem seu desenvolvimento, transformando-se então em pupa, para darem em seguida origem ao nascimento de novos insetos adultos. Vinte e quatro horas após a mosca ter abandonado o invólucro pupal, efetua-se a primeira cópula, iniciando-se a postura no sétimo dia; Os ovos são depositados diretamente sobre a parte lateral do abdome de outros dípteros (insetos com duas asas), como moscas silvestres e mesmo a mosca doméstica (Musca doméstica). Daí o fato da Dermatobia procurar animais visitados assiduamente pelas moscas silvestres e por culicíneos (família a que pertencem os pernilongos). Segundo Neiva e Gomes, a Dermatobia fica a espreita de outras moscas e mosquitos e procura agarrá-los com as patas anteriores, mesmo sendo eles de pequenas dimensões. Conseguindo apanhar um inseto, cavalga-o rapidamente, e presa à ele,alça o vôo durante o qual deposita seus ovos que ficam solidamente aderentes, graças à uma substância especial que os reveste. A Dermatobia põe em geral somente 15 a 20 ovos pôr vez, e pôr inseto que apreende, porém pode chegar sua postura até a 400 ovos. Estes outros insetos, e não a própria Dermatóbia são os veículos pelos quais a mesma se serve para levar seus ovos, e com eles, as larvas que vão em seguida, tendo contato com outros animais, e mesmo o homem, penetrar na sua pele, constituindo o que é denominado BÉRNE. No local em que se alojam referidas larvas após a penetração na pele, à custa da própria carne de suas vítimas vão se desenvolvendo, pois é o tecido vivo seu alimento; Ao cabo de 40 dias completado seu desenvolvimento, o que em alguns casos pode chegar a 70 dias, deixam o local em que estavam alojadas, e caindo no solo, transformam-se em pupas, a qual ao cabo de alguns dias dão nascimento ao inseto adulto, para novamente repetirem um novo e idêntico ciclo.

A larva desta mosca é facilmente identificável peso seu tamanho, por ser das maiores que se conhece, em torno de até 10 mm (veja figura a cima) e outras características só visíveis ao exame com lupa ou microscópio entomológico. Outras espécies de insetos parecidos com a Dermatobia, como as abaixo nomeadas, determinam doenças agora no aparelho digestivo de animais, com ciclo próprio de desenvolvimento: Gastrophilus veterinus e g. Intestinalis Ambos, em suas fases de larvas, têm localização no aparelho digestivo de animais da espécie bovina. Gasterophilus haemorrhoidalis e G. nasalis Os hospedeiros habituais são cavalos e outros eqüídeos. Quando adultos não se alimentam e por isso têm vida curta; As fêmeas põem os ovos nos pêlos dos animais e destes, as larvas que eclodem vão ter à boca, vivendo em túneis cavados no tecido sub-epitelial da mucosa bucal e da língua. Seu desenvolvimento larval completa-se no estômago ou nos intestinos, onde penetram na mucosa desses órgãos, provocando escaras que algumas vezes podem inclusive provocar perfurações com complicações graves pela associação com germes patogênicos contidos no interior do aparelho digestivo. Ambas podem provocar no homem,ainda que raramente, miíase do tipo larva migrans (Dermatose linear serpiginosa). Hypoderma bovis H.lineatum - As larvas desses insetos muito se assemelham às da Dermatobia, com a diferença de serem parasitas habituais de animais, principalmente bovinos. Causam prejuízos consideráveis ao couro dos animais explorados na produção de carne, pelo fato de seus couros ficarem danificados quando não imprestáveis ao aproveitamento na indústria do couro. Oestrus ovis

Estes insetos têm a particularidade de serem parasitas habituais de animais das espécies ovina e caprina, e com localização nasal em sua fase de larva. Já assinalado como hóspede do homem, porém sem haver chegado a sua fase adulta. Em ovelhas, têm localização sempre nasal, ou nos seios frontais e maxilares, causando forte irritação e excitação em seus hospedeiros, com sintomatologia que pode ser confundida com outras doenças. Verminoses: Em relação ao problema das verminoses, dada a sua freqüência nos cães e a sua habitual gravidade, é interessante relatar algo sobre seu diagnóstico e prevenção. Em primeiro lugar, devemos dizer que ela é mais comum nos animais jovens, por que eles têm pouca resistência à maioria das doenças. Por outro lado, sabe-se que em algumas verminoses o animal já nasce parasitado porque os vermes passam do organismo da mãe diretamente para o feto. Desse fenômeno se conclui que, para que o filhote nasça livre de vermes, a cadela-mãe deve ter suas fezes examinadas periodicamente, e tratada, se for portadora. Para os filhotes, por ocasião da primeira visita ao médico veterinário, deve ser solicitado um exame de fezes, o qual deverá ser repetido a cada 6 meses. É particularmente importante que sejam combatidas as pulgas permanentemente, para que os animais não sejam contaminados pela Tênia. Finalmente, é oportuno mencionar que a prevenção e o controle da verminose canina é imprescindível para manter a saúde do animal, mas também concorre para evitar que possa eventualmente ser transmitida às pessoas. Dos parasitos internos, os mais comuns e que causam mais problemas para os cães são os vermes. Destes os mais importantes são: Toxocara canis - É um verme relativamente grande, e causa anemia, fraqueza e distúrbios gastroentéricos. Trichuris vulpis - É menos comum que os anteriores. Causam severa irritação da porção final do intestino (cecum). Dioctophyme renale - É o maior nematódeo conhecido, e se localiza no rim do cão, destruindo-o completamente.

Dipylidium caninum - Também conhecido sob o nome de Tênia ou Solitária, ele se transmite ao cão através da pulga. Causa distúrbios entéricos, especialmente diarréia, e alergia ao nível da pele. Ancylostoma caninum - É um verme muito pequeno, mas causa anemia, fraqueza e distúrbios gastroentéricos. O Sintoma que mais chama atenção é a presença de catarro nas fezes, com estrias de sangue.

DIROFILARIOSE É um verme relativamente grande, que se localiza no coração e artérias pulmonares. A dirofilariose é uma doença causada por um verme que se desenvolve dentro do coração dos cães, e que pode atingir até 35 cm de comprimento. Esse parasita é chamado dirofilária, daí o nome da doença. Por habitar o coração e grandes vasos sanguíneos, a dirofilária causa obstrução à passagem do sangue. Para compensar o problema, o coração terá que trabalhar mais e com mais força. Com o decorrer do tempo, haverá enfraquecimento do músculo cardíaco que irá dilatar-se. Em conseqüência disso, sinais de doença cardíaca como perda de peso, cansaço, tosse, dificuldade de respirar, falta de ânimo e abdômen grande, estarão presentes numa fase mais adiantada da doença. O cão pode adquirir a dirofilária se for picado por um mosquito infectado. E o mosquito, por sua vez, infecta-se ao picar um cão que já tenha a doença. As formas infectantes do verme que o mosquito transporta e transmite ao cão podem levar até 6 meses para se desenvolverem em larvas adultas. O cão pode conviver com o verme durante anos sem apresentar qualquer sinal. Porém, quando esses sintomas aparecem, a doença já está avançada. Existe tratamento para a dirofilariose, mas o ideal é que se diagnostique a doença antes dos sinais clínicos aparecerem. Para isso, existem exames específicos que detectam a presença de larvas jovens da dirofilária (microfilárias) na corrente sanguínea. Se existem larvas jovens, isso indica a presença do verme adulto e aí o tratamento é iniciado. Porém, mesmo eliminando o verme, os danos que ele causou ao coração podem ser irreversíveis. A melhor maneira de se evitar a dirofilariose é fazer um esquema preventivo de tratamento. Para isso, existem drogas que matam as pequenas larvas que são passadas para o cão através da picada do mosquito, impedindo que a doença se desenvolva. Alguns medicamentos de uso contínuo para controle de pulgas e vermes já possuem efeito contra as larvas jovens. O tratamento é simples, administrado por via oral. Como a dirofilariose está presente em áreas litorâneas, animais que habitam ou freqüentam o litoral devem receber o tratamento preventivo desde filhotes. Outras áreas também podem apresentar a doença, assim o proprietário deve informar-se com seu veterinário sobre a necessidade ou não de medicar o animal..

DOENÇAS VIRAIS DE CÃES CINOMOSE A cinomose é uma doença viral que acomete vários sistemas do organismo, sendo altamente contagiosa aos cães domésticos e muitos carnívoros selvagens (raposa, coiote, lobo, furão, etc, mas não aos gatos domésticos).podem-se infectar cães de qualquer idade, mas a incidência é maior nos cães não vacinados após a perda da imunidade da mãe (6 a 12 semanas de idade).é uma virose observada mundialmente. Etiologia O vírus da cinomose é da família paramyxoviridae. Transmissão: A infecção pelo vírus da cinomose ocorre através da exposição ao ar. O vírus é eliminado pelos animais infectados em todas as secreções e excreções do corpo. A disseminação do vírus ocorre onde os cães são mantidos em grupos. A eliminação viral normalmente para 1 a 2 semanas após a recuperação do animal. O vírus é instável no ambiente. Mas sobrevive poucas horas e não mais que alguns dias fora do hospedeiro. Ele é destruído pela maioria dos desinfetantes. Sinais Clínicos Quase todos os sinais clínicos da cinomose se dá devido às infecções bacterianas secundárias. A taxa de mortalidade pode variar de 0 a 100%, também dependendo muito da resistência e idade do animal. Mal-estar Anorexia Depressão Febre de 39,5 a 41ºC Renite (descarga nasocular serosa e mucopurulenta). Conjuntivite (descarga nasocular serosa e mucopurulenta). Pneumonia Tosse Vômito

Diarréia Ceratoconjuntivite (descarga ocular serosa e mucopurulenta). Cegueira Ataques convulsivos Alteração comportamentais Incoordenação dos movimentos. Tremores musculares. Diagnóstico Geralmente o diagnóstico da cinomose é dado através dos sinais clínicos do animal, e também se baseia pela idade (2 a 6 meses) e pela história de vacinação. Hematologia Radiografia torácica Virologia Sorologia Tratamento Não existe nenhum tratamento antiviral, apenas sintomático (referente a um sintoma). Tratamento sintomático Antibiótico, para infecção bacteriana secundária (pneumonia) Expectorantes e broncodilatores Antieméticos Antidiarréicos Anticonvulsivantes Manter a higiene dos olhos e nariz devido as excreções. Boa alimentação, caso o animal aceite. Fluidoterapia Prognóstico A taxa de mortalidade é maior entre os cães jovens. É recomendado eutanásia no caso de pacientes com sinais neurológicos progressivos. Prevenção: Vacinação Vacinar os filhotes com 6 a 8 semanas de idade e repita a cada 4 semanas até as 14 a 16 semanas de vida. No caso de cães com mais de 16 semanas vacine duas vezes, com um intervalo de 2 a 4 semanas. A imunidade vinda da vacina não é para a vida toda, então é recomendado reforços anualmente.

PARVOVIROSE É uma virose das mais conhecidas e das mais contagiosas entre os cães domésticos, sendo também chamada por Enterite Canina Parvoviral. Ataca mais os cães jovens que os adultos, talvez pelo fato destes últimos serem mais resistentes pela imunidade naturalmente adquirida. Apresenta alta mortalidade, principalmente entre cães jovens, principalmente àqueles de raças puras ou animais mais fracos ou debilitados por verminoses ou outras moléstias, inclusive carenciais. ETIOLOGIA - A doença é causada por um vírus de tamanho extremamente pequeno, classificado entre outros que atacam ratos, porcos, gado bovino e o homem, além de outros animais; No homem, a Parvovirose aparentemente combina com outros adenovirus, causando infecções do trato respiratório superior e dos olhos, nestes últimos causando uma conjuntivite. Devido tal circunstância, pode a doença ser classificada como Zoonose, por ser comum ao homem e ao cão. SINTOMATOLOGIA - No cão, a doença se estabelece principalmente no aparelho digestivo, de início provocando elevação térmica que pode atingir altos índices (41 graus Celsius), exceto em animais adultos mais velhos nos quais ocorre hipotermia. Nessa fase chama a atenção o fato do animal se tornar sonolento e sem apetite, quando ocorrem também vômitos incoercíveis; Alguns animais apresentam também tosse nessa fase, além de inchaço dos olhos ou inflamação da córnea (conjuntivite). O mal começa repentinamente, e sem tratamento o animal vem a sucumbir à infecção em poucos dias. LESÕES ANATOMO-PATOLÓGICAS - Além do estômago inflamam-se também os intestinos, principalmente as porções delgadas (duodeno, jejuno e íleo), e com eles também anexos do fígado, adquirindo então as fezes aspecto esbranquiçada ou cinzenta, o que denota deficiência de bile na luz intestinal, conseqüente à dificuldade de escoamento da mesma, que continua não obstante a ser elaborada no fígado, porém por se encontrarem inflamados tanto intestinos quanto a porção de desembocadura do canal escretor do fígado (colédoco), denominada Ampola de Vater, fica a bile retida na vesícula biliar, encontrada esta sempre repleta de bile. Apresentam-se os intestinos, com a evolução da doença, fortemente inflamados, principalmente sua camada mais interna, denomina mucosa, com manchas hemorrágicas (em forma de petéquias - pontos), em quase toda sua extensão. TRATAMENTO - O tratamento dos cães acometidos de Parvovirose consiste basicamente em aplicar-lhes via parenteral e mesmo oral, soluções isotônicas de sais minerais, principalmente de glicose, associadas à vitaminas, principalmente a Vitamina C e a Vitamina B6, esta última devido sua ação anti-hemética. A vitamina C ajuda a proteger as mucosas contra a agressão sofrida pelo vírus, e a Vitamina B6 tendo efeito antiemético, (virá ajudar o tratamento evitando desidratação do animal pelos vômitos concomitantes e incoercíveis durante a evolução da doença), ajudando assim no tratamento. Existe também, o chamado soro-hiperimune ou gamaglobulina específica contra a doença, que na fase inicial e quando o órgão ainda não lesado surte efeito terapêutico. Antibióticos como a Ampicilina devem também ser administrados, para prevenirem ou combaterem as infecções secundárias causadas por germes de associação que agravam o quadro patológico, não tendo, no entretanto, qualquer ação contra o vírus causal, como é sobejamente sabido. PREVENÇÃO - O animal doente deve ser isolado de outros animais, e mesmo do homem, a fim de impedir-se a propagação da doença. Para a prevenção da virose, existem Vacinas especificas preparadas por cultura do vírus, vacinas essas que conferem imunidade razoável, sendo tais vacinas classificadas como de vírus vivo atenuado por passagem em meio de cultura artificial.

Animais levados para exposições ou que tenham tido contato recente com animais enfermos do mal (e que não tenham sido vacinados na época própria), poderão receber o Soro Hiperimune (gamaglobulina), como medida profilática que pode evitar seja a doença instalada nesses animais. IMUNIZAÇÃO - Deve a Vacina contra a Parvovirose ser aplicada preferentemente nas fêmeas antes do cio e subseqüente gestação, mesmo que tenham sido anteriormente imunizadas, pois recebendo uma nova dose da vacina, terão sua imunidade aumentada durante a gestação, e a oportunidade de através da circulação inter-placentária conferirem a seus futuros filhotes uma razoável imunidade passiva. Posteriormente ao parto, então já na fase de aleitamento de suas crias, tal imunidade conferida pela vacina aplicada na mãe será através do leite (principalmente o primeiro leite, chamado de colostro), transmitida aos filhotes recém nascidos pelos anticorpos contidos nesse primeiro leite, prevenindo então os filhotes contra a doença, até que venham os mesmos atingir idade em que já possam também serem, com eficiência, imunizados com a mesma vacina. A primeira dose é recomendada ser aplicado nos filhotes, quinze dias após o desmame, ou seja, por volta de 45-60 dias de vida. Revacinações anuais são também recomendadas, tanto aos filhotes quanto aos animais mais velhos susceptíveis de também virem a contrair a doença. CORONAVIROSE Etiologia: A enterite coronoviral canina é uma doença contagiosa aguda dos cães causado por um vírus epiteliotrópico. Transmissão Feco oral Sinais Clínicos Anorexia (falta de apetite). Depressão Vômito Diarréia (varia de mole a aquosa e algumas vezes com muco e sangue vivo fresco). Afebril Diagnóstico Início agudo de sinais de gastroenterite, especialmente se forem afetados outros cães nas instalações. Tratamento Fluidoterapia, tratamento sintomático, restrição dietética a maioria dos cães recuperam-se rapidamente, embora alguns apresentam diarréia persistente por 3 a 4 semanas. Prevenção: Considere a vacinação em cães de exposição de julgamento de campos e os de canis (hotéis).

HEPATITE INFECCIOSA CANINA Etiologia Causada pelo adenovírus canino do tipo 1. Transmissão: Exposição oronasal. Ele é encontrado em todos os tecidos sendo eliminado em todas as secreções durante uma infecção aguda. Ele também é eliminado por pelo menos 6 a 9 meses na urina após a recuperação. Ele é resistente a desinfecção permitindo a disseminação através de fomites e ectoparasitas. Sinais Clínicos Infecção superaguda: os cães morrem dentro de horas. Infecção aguda: durante 5 a 7 dias caracteriza-se por febre de 39,5 a 41ºC, vômito, diarréia, dor abdominal, tonsilite, faringite, linfadenopatia cervical e edema cervicais, petéquias, epistaxe e melena. Podem ocorrer sinais no sistema nervoso central / desorientação, depressão, estupor, coma e ataques convulsivos, como resultado de encefalopatia hepática, de hipoglicemia ou de encefalite não superativa. Infecção ocular: os sintomas oculares incluem edema corneano (nublação corneana "olho azul da hepatite" e uveíte). Diagnóstico Suspeite da HIC com base nos sinais clínicos em um cão não vacinado, especialmente se ele tiver menos de 1 ano de idade. Diagnóstico definitivo: Teste sorológicos, de isolamento viral, estudos imunofluorescentes ou histopatologia. Tratamento Fluidoterapia Potássio e dextrose Antibióticos Prevenção: Vacinação Vacinação anual (reforço) Vacinar os filhotes com 6 a 8 semanas de vida e repetir a cada 4 semanas até as 14 e 16 semanas de vida.

TRAQUEOBRONQUITE INFECCIOSA CANINA (Tosse dos Canis) O complexo da tosse dos canis é um grupo de doenças infecciosas do trato respiratório dos caninos, sendo altamente contagiosas. Os animais mais susceptíveis a Tosse dos Canis são os filhotes recém desmamados, dentre os adultos os debilitados pôr outras doenças, como verminoses, submetidos a STRESS viagens longas confinamentos em clinicas, hotéis, caixas em exposições, alimentações inadequadas, anemias etc... Os agentes causadores desta doença são: Bordetella bronchiseptica Vírus da parainfluenza canina Adenovírus caninos do tipo 1 e 2 Herpesvírus canina Reovírus caninos dos tipos 1,2 e 3 Micoplasmas e ureaplasmas Transmissão A tosse dos canis é transmitida através da disseminação por aerosol (tosse e espirros) e fomites (funcionários, gaiolas, comedouros e bebedouros) tornando-se o contágio mais fácil quando abrigam cães juntos como exemplo, hotel, lojas de animais, hospitais veterinários e instalações de pesquisa (canis). O período de circulação é normalmente de 5 a 7 dias, variando de 3 a 10 dias. Sinais clínicos Forma suave é mais comum No início agudo a tosse é curta e repetida com som seco, devido a traqueobronquite, sendo maior a produção de muco aos poucos durante a infecção. A tosse é acompanhada de engasgos ou movimentos de esforço de vômitos. A tosse pode ser alta A tosse pode ser mais freqüente durante um exercício, excitação ou alterações na temperatura e umidade do ar. As vezes é observado uma descarga nasocular O animal come normalmente Não tem fome Os sinais clínicos durão de 7 a 14 dias. Forma Severa é menos comum Diagnóstico Broncopneumonia bacteriana Tosse produtiva (catarro) Anorexia (perda de apetite) Depressão Febre Descarga nasocular (rinite, conjuntivite). Os sintomas da forma severa é difícil de diferenciar da cinomose

Sinais clínicos e história de contatos com grupos de animais. Tratamento Antibióticos Broncodilatadores Antitussígenos (forma suave) Fluidoterapia Repouso Inalação Prevenção Vacinas polivalentes (V-8 ) para filhotes e reforços anuais Essas vacinas incorporam o adenovírus e o vírus da parainfluenza Também é indicada vacina contra Bordetella Prevenir cães expostos com outros cães vacinados. Isolar cães infectados (que tossem) Higienização do fomites Ventilação apropriada no canil Desinfetantes

DOENÇAS DE FELINOS RINOTRAQUEÍTE Agente etiológico: O Herpesvírus felino é um microorganismo que causa uma doença contagiosa chamada rinotraqueíte, conhecida como "a gripe do gato", pois os sintomas são parecidos com os de uma gripe. Sintomas: Febre, espirros seguidos (paroxísticos), conjuntivite, rinite e salivação - o animal fica babando (é, por esse sintoma, às vezes confundida com a raiva) devido à presença de lesões ulcerativas (aftas) na boca, língua e lábios que causam muita dor e impedem o gato de comer. Há também descarga catarral pelo nariz. A doença pode ser fatal para filhotes e animais debilitados. O tratamento deve ser instituído logo aos primeiros sintomas, principalmente para aliviar a dor causada pelas aftas para que o gato não pare de se alimentar. Transmissão: Ocorre através do contato direto, principalmente das narinas. As macro-gotículas eliminadas no espirro são importantes fontes de transmissão e podem ocorrer num raio de 1,5 m ao redor do animal enfermo. Gatas prenhas portadoras são eliminadoras do vírus provavelmente cinco a sete dias após o parto, devido ao estresse deste período. Por ser uma doença bastante freqüente em filhotes, é a causa de alto índice de mortalidade. Não são transmissíveis para humanos e cães. Prevenção: A prevenção da Rinotraqueíte é feita através de vacina aos 2 e 3 meses de idade e renovada a cada ano. Mesmo que seu gato não saia de casa, não deixe de vaciná-lo, principalmente gatos idosos por serem mais sensíveis, ficando doentes com mais facilidade. É necessária a revacinação anual. Tratamento: O tratamento é o mesmo para as duas doenças. Quanto mais cedo começar o tratamento, melhor será a recuperação do animal. Caso seu gato pare de comer ou fique desidratado poderá vir a necessitar de estimulantes de apetite ou antibióticos para combater a bactéria. Existem pomadas antibióticas para os olhos que podem ajudar a amenizar os sintomas. Medidas básicas para saúde do animal: Não exponha o animal a fumaça de cigarro, mantenha-o em local limpo, desinfetado e ventilado. Deixe a sua disposição bastante água fresca e dieta apetitosa e mole, enquanto estiverem presentes as lesões na boca. Gatos doentes dever ser isolados dos saudáveis.

CLAMIDIOSE Agente etiológico: É uma Zoonose, pois pode ser transmitida para humanos e pássaros. Clamidiose é causada por uma bactéria chamada Clamidia psittaci. Sintomas: Conjuntivites e rinites, além de conjuntivite neonatal, comum em animais nascidos de gatas contaminadas ou em gatis infectados. Na maioria dos casos, os sintomas podem persistir por 2 a 3 semanas, entretanto, nos casos mais crônicos, com infecção secundária, os sintomas podem permanecer por vários meses. A importância desta enfermidade dá-se pelo fato de os felinos previamente infectados poderem apresentar episódios recorrentes da doença, particularmente em locais de grande concentração de animais. Isto ocorre porque a defesa natural frente a este agente é curta, e alguns animais continuam a eliminar o microrganismo por algum tempo no ambiente, mesmo após o desaparecimento dos sintomas clínicos. Por esta razão, a clamidiose acaba sendo uma enfermidade de difícil controle. O tratamento é feito através de pomadas oftálmicas que devem ser aplicadas em média 6 vezes ao dia durante no mínimo 10 dias. Facilmente confundível com processos alérgicos. Formas de transmissão: A doença pode ser transmitida de um gato infectado a outro por contato direto ou pelo contato com secreções infectadas. Gatas prenhes infectadas também podem transmitir a bactéria a seus filhotes recém-nascidos. Prevenção: Um manejo adequado deve ser seguido para prevenir a infecção local por Chlamydia sp. Todos os animais novos que serão introduzidos em um ambiente contendo outros gatos deverão passar por um isolamento de pelo menos 6 semanas. Uma vez que a epidemia se instalou no ambiente, a infecção pode persistir por meses ou anos. Tratamento: As tetraciclinas são consideradas as drogas de eleição para o tratamento da clamidiose felina. A doxiciclina, recentemente introduzida no meio veterinário, apresenta a vantagem da aplicação única ao dia. A antibioticoterapia deve persistir por 2 sema- nas após o desaparecimento de todos os sintomas. Se o animal afetado estiver em contato com outros gatos, todos os contactantes deverão receber o mesmo tratamento. CALICIVIROSE Agente etiológico: A calicevirose é uma doença infecciosa do trato respiratório superior dos gatos. O agente causador da patologia é um vírus altamente contagioso chamado calicevírus felino (CVF). Junto com o herpesvírus felino I (HVF-1), o calicevírus felino é responsável por mais de 80% dos casos de moléstias respiratórias em gatos. Sintomas: O vírus pode se manifestar de duas formas. Uma forma branda, onde os sintomas da calicevirose geralmente se limitam à cavidade oral, passagens nasais e à conjuntiva. Os primeiros sinais que aparecem são anorexia, pirexia, depressão suave, mal-estar, rinite leve e conjuntivite moderada. Ulcerações orais e em ponta de nariz são comuns. A outra forma é mais virulenta (pneumotrópica), e causa pirexia, anorexia, depressão severa e pneumonia intersticial viral. Essa forma da doença é especialmente grave em gatos recém-nascidos, apresentando alta mortalidade. Diagnóstico: Para se diagnosticar a patologia, é necessária a realização da avaliação dos sinais clínicos, mas a confirmação definitiva depende do isolamento do CVF em cultura de tecido em monocamada, de materiais obtidos da orofaringe.

Formas de transmissão: A transmissão do vírus é realizada por contato direto entre animais, principalmente recém-nascidos, pelo fato de possuírem baixa imunidade. É também realizada através dos fômites (gaiolas, tigelas de comida, cobertores e brinquedos contaminados), e por portadores assintomáticos do CVF, que podem eliminar o vírus durante meses ou até mesmo por anos. Prevenção: A prevenção da infecção respiratória por CVF é feita por meio de vacinas que oferecem uma proteção boa contra o calicevírus. Para se controlar a disseminação da doença em gatis, deve se levar em conta uma série de medidas: Vacinação de todos os gatos rotineiramente, evitar a chegada de gatos provenientes de fontes infectadas, desmame dos filhotes entre quatro e cinco semanas e criá-los em isolamento, evitar a superpopulação, ventilação adequada, controle da umidade em cerca de 50%, e fômites separados. Tratamento: O tratamento da doença em animais com sinais respiratórios brandos deve ser feito fora das instalações hospitalares para se evitar a disseminação do vírus. Infecções bacterianas secundárias são tratadas com antibióticos como a ampicilina (20 mg/kg, t.d.i., via oral por 7 a 10 dias). Animais com anorexia necessitam receber uma suplementação de vitaminas (vitamina A e complexo B). As ulcerações orais não requerem tratamento, pois a maioria cura-se espontaneamente. É recomendado que os gatos sejam mantidos em ambientes limpos e aquecidos. O uso de vaporizadores se faz necessário para soltar o muco e desobstruir as vias aéreas entupidas. O animal tem que ser mantido hidratado com fluidos orais ou administração subcutânea de solução eletrolítica isotônica. Gatos com pneumonia grave podem necessitar de hospitalização e tratamento intensivo com administração de soluções eletrolíticas equilibradas, broncodilatadores, mucolíticos e oxigenioterapia. Antibióticos são recomendados para o controle de infecções bacterianas secundarias. No caso de anorexia prolongada, o animal tem que ser entubado e receber alimentação entérica para suporte nutricional PANLEUCOPENIA Agente etiológico: Doença infecciosa causada pelo Parvovírus felino. A Panleucopenia é uma doença felina que origina um quadro hemático, tanto com a diminuição do número de leucócitos (leucopenia) como também desaparecimento dos granulócitos (agranulocitose), enquanto pode se notar relativa linfocitose (aumento relativo dos glóbulos brancos denominados linfócitos). Sintomas: Os sintomas apresentados incluem anorexia, vômito, diarréia (com aspecto mucoso podendo conter estrias de sangue) e febre. Com a palpação do abdômen é possível notar sensibilidade na região. As mucosas do animal enfermo, como conjuntiva e mesmo da boca, apresentam-se anêmicas (pálidas). Devido a lesões inflamatórias podemos notar ulcerações principalmente nos bordos da língua. Diagnóstico: O diagnóstico é realizado mediante exame de sangue do animal enfermo, principalmente pela contagem diferencial (hemograma) dos diversos tipos de glóbulos sangüíneos. Existem casos de animais que apresentaram menos de 1.000 leucócitos (glóbulos brancos em geral) por mm3 e ausência quase total de granulócitos. Um quadro hemático tão alterado impossibilita o organismo de se proteger do vírus. Cifras tão baixas são acompanhadas de temperaturas subnormais (hipotermia).

Formas de transmissão: A Transmissão se dá por partículas de secreções infectadas suspensas no ar ambiente e por ingestão oral. Por ser muito resistente à degradação ambiental, o vírus pode permanecer no ambiente em condições favoráveis por meses ou anos. Patogenia: O Parvovírus felino prefere multiplicar-se em células que se dividem rapidamente, principalmente no epitélio intestinal, na medula óssea e células linfóides. O período de incubação é relativamente curto e pode variar entre dois dias e uma semana. Prevenção: Existem vacinas contra a Panleucopenia felina infecciosa. Deve-se aplicar a vacina em animais suscetíveis (felinos em geral) a partir dos dois meses de idade e repetir anualmente. É possível reduzir a contaminação do ambiente melhorando-se o manejo e higienizando o local com uma solução de hipoclorito de sódio e água numa proporção de 1:30. Tratamento: Quando diagnosticada no início, a doença pode ser curada com o uso de antibióticos apropriados de uso oral. A terapia líquida parenteral é utilizada como forma de combater a desidratação e manter o equilíbrio líquido e eletrolítico. PERITONITE INFECIOSA FELINA Agente etiológico: A PIF é causada por uma variante do vírus corona. É uma doença mortal e difícil de diagnosticar. Sintomas: Os sintomas são os mais diversos, pois a doença ataca as células do sangue, e pode manifestar-se das mais variadas formas. Normalmente, provoca distenção do abdômen, devido ao acúmulo de líquidos nessa região; o gato apresenta uma coloração amarelada no corpo todo, perda de apetite, emagrecimento progressivo e debilidade geral. Diagnóstico: Os testes disponíveis não 100% confiáveis e os sintomas podem facilmente confundirse com os de outras doenças. O único diagnóstico verdadeiramente correto é aquele que se obtém após a morte do animal, em autópsia. Ainda em vida, é possível verificar se o animal desenvolveu anti-corpos para o vírus corona. Se o teste for positivo (o que significa que o animal esteve em contacto com o vírus) existem fortes probabilidades de ter o vírus. Formas de transmissão: A PIF é altamente contagiosa. Transmite-se através da saliva, secreções e fezes de gatos infectados. Pode ser transmitida às ninhadas se a mãe estiver infectada. Para efeitos de contágio indireto, o vírus sobrevive fora do corpo entre duas e seis semanas. Quando um gato morre de PIF, é importante que se cumpra um período de quarentena antes de receber um novo gato. Tratamento: Não há cura conhecida pesquisas estão sendo desenvolvidas nesse sentido. Alguns resultados foram obtidos em tratamentos realizados com medicamentos para aidéticos (humanos). Tratamento sintomático, manter hidratação e antibióticos para infecções secundarias.

IMUNODEFICIÊNCIA FELINA Agente Etiológico: O vírus da imunodeficiência felina (FIV) pertence a mesma subfamília do vírus da imunodeficiência humana (HIV), causador da AIDS, porém é espécie-específico, ou seja, infecta apenas felinos. A doença nos gatos foi descoberta em 1986, e desde então várias pesquisas estão sendo feitas devido a similaridade do FIV com o HIV. A sua incidência mundial é variada, e no Brasil existem alguns trabalhos isolados em São Paulo e Rio de Janeiro. Estes trabalhos demonstram que a incidência da doença não é grande, porém é cada vez mais freqüente encontrarmos um animal soropositivo no dia a dia da clínica. Formas de transmissão: O principal meio de transmissão se dá através de mordeduras, e não por contato sexual como no caso do HIV. Outras fontes de infecção são através de transfusão de sangue, da mãe para o filhote, caso ela se infecte durante a gestação, e através da amamentação. Acredita-se que ele também possa ser transmitido pelo contato prolongado com animais. Os animais mais contaminados suscetíveis soropositivos, por compartilhar vasilhas de comida e água, possibilitando o contato com a saliva dos animais são os machos inteiros (não castrados) e gatos de vida livre ou domésticos que têm acesso a rua, pois a transmissão por ferimento de mordedura pode ocorrer durante as brigas. Gatos que vivem em ambientes com muitos animais, com introdução freqüente de gatos novos, também estão expostos. Patogenia: O vírus infecta primariamente as células de defesa (linfócitos), destruindo-as lenta e gradualmente. O animal passa por cinco fases da doença até chegar na imunodepressão, que é a última fase, chamada fase AIDS. Isto demora anos, e uma das características da doença é o longo período de latência, ou seja, o animal infectado não apresenta nenhum sintoma durante anos (portador assintomático). Como suspeitar que o gato está infectado? Não existe um sintoma específico, o que vai chamar a atenção são sintomas de baixa imunidade. Animal que apresenta infecções freqüentes, ou recorrentes, doenças incomuns, perda de peso, febre de origem desconhecida, são prováveis soropositivos. Pode também apresentar anemia e alguns tipos de tumor. Diagnóstico: O diagnóstico é feito através de exame de sangue para confirmar a presença de anticorpos contra o FIV na corrente sanguínea. Atualmente no Brasil só temos disponível o teste ELISA. É importante frisar que uma vez soropositivo, o gato torna-se importante fonte de infecção para outros gatos, sendo ideal testar todos os animais da casa e manter os soropositivos isolados dos soronegativos. Outras medidas de controle são castrar o animal e evitar que ele tenha acesso a rua, além de rigorosos cuidados e visitas constantes ao veterinário. As reações dos proprietários ao receber um diagnóstico de FIV são variadas, passando pelo desespero até o preconceito, semelhante ao que ocorre com as pessoas portadoras do HIV. Hoje em dia podemos proporcionar uma qualidade de vida melhor para o gato soropositivo, pois algumas drogas utilizadas em medicina para pessoas com AIDS têm sido utilizadas em gatos. Estas drogas promovem uma melhora da condição clínica e imunológica. Além do tratamento direcionado para o FIV, temos que tratar as infecções secundárias e oportunistas. A eutanásia é indicada em último caso, apenas para os doentes terminais. Tratamento: Não existe tratamento específico

CUIDADOS ODONTOLÓGICOS EM ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO INTRODUÇÃO Nos anos 80, surgiu um interesse mundial pela odontologia veterinária. Antes disso, apenas centros isolados e clínicos nos EUA e Europa realizavam a Odontologia Veterinária de relativo alto padrão. Nos EUA, mais e mais clínicos particulares devotaram seu tempo exclusivamente a essa especialidade. Eles promoveram a demanda pelos serviços odontológicos veterinários através da apresentação contínua de cursos aos seus colegas, e fazendo o público se conscientizar da importância da saúde oral de seus animais. Escolas de Medicina Veterinária seguiram o exemplo e começaram a introduzir a Odontologia Veterinária em seus currículos. Um serviço odontológico completo para animais é agora oferecido por um largo número de hospitais particulares e hospitais escola em todo mundo. O espectro da doença dental em cão e gato é largo e variado. Esse artigo revisa os problemas dentais visto em cães e gatos, que serviços o dentista veterinário pode oferecer, e o que proprietários devem saber sobre os dentes e as gengivas de seus animais. DOENÇAS DAS GENGIVAS De acordo com a Sociedade Americana de Odontologia Veterinária, mais de 80% dos cães e 70% dos gatos desenvolvem doença da gengiva pela idade de 3 anos. Doença periodontal é a condição odontológicas que mais afeta cães e gatos. Infecção e inflamação das gengivas e do tecido de suporte dos dentes são causadas por uma bactéria presente na placa ou cálculo dentário (tártaro). O problema começa quando a placa e os cálculos crescem no dente do animal, principalmente, abaixo da linha da gengiva. Mau hálito, sangramento e inflamação da gengiva, perda de dentes são características dessa condição. O tratamento profilático mantendo os dentes limpos é, portanto, de grande importância. O Veterinário deve recomendar um programa de higiene bucal que inclua escovação regular com uma pasta formulada para animais. A dieta é um fator fundamental no desenvolvimento da placa e do tártaro. Alimentos de consistência suave e que aderem facilmente ao dente devem ser evitados, ao mesmo tempo que alguns brinquedos que estimulem a mastigação podem ser benéficos. Uma dieta especialmente formulada para trazer benefícios dentais (reduz o acumulo de placa e tártaro) está agora disponível para cães Fig.1: Falta de higiene bucal resulta em placa e acúmulo de cálculo

O proprietário deve ser paciente ao iniciar os cuidados bucais, principalmente em animais idosos. É melhor iniciar esses cuidados em filhotes. Deve-se introduzir gradualmente o ato da escovação dos dentes e gengivas do animal com o auxilio de uma gaze enrolada no dedo. E depois substituir por uma escova de dente especialmente criada para animais ou uma escova humana bem macia. Deve-se evitar a contenção forçada do paciente e tentar fazer desta uma experiência boa e sempre recompensar o animal por sua cooperação. Um check up dental durante as visitas ao veterinário deve ser realizado, o intervalo entre esses check ups varia de animal para animal e depende também de quão efetivo seja o programa de cuidados em casa. O tártaro endurecido deve ser removido pelo veterinário pois exige o uso de equipamentos e instrumentos especializados. O tratamento periodontal de rotina inclui raspagem com ultrassom, raspagem subgengival manual e polimento. Todos os procedimentos devem ser feitos com o auxilio de anestesia geral, que, dado ao avanço na medicina veterinária, apresenta um risco mínimo. Os efeitos de uma dentição ruim e a saúde geral do animal contribuem para aumentar esse risco. Há indicações claras que a saúde oral tem um profundo efeito na saúde geral do animal. Doenças periodontais podem causar a entrada de bactérias e toxinas na corrente sangüínea com um efeito potencialmente deletério em órgãos internos. Em contrapartida, a saúde sistêmica debilitada pode se manifestar na cavidade oral de várias formas e pode também aumentar a doença periodontal. O exame dos dentes do animal não deve se limitar a cavidade oral mas também incluir um exame físico gera. Exames laboratoriais, para avaliar a saúde sistêmica são geralmente recomendados. Alguns cães e gatos sofrem de infecção oral crônica ou estomatite, uma condição pouco entendida e de difícil tratamento. OUTRAS CONDIÇÕES DENTAIS A perda de dentes e carie, como vista em seres humanos, pode acontecer mas é relativamente raro em cães e gatos. Gatos, entretanto, estão propensos a desenvolver um tipo diferente de carie conhecida como lesão de reabsorção. Essa lesão ainda é pouco entendida e geralmente começa na linha da gengiva ou pouco abaixo dela. Gengivas vermelhas e avermelhadas ao redor do dente afetado e dor são sinais que podem ser notados pelo proprietário. Essas lesões requerem tratamento veterinário imediato. Fraturas dentais são muito comuns em cães, e o tratamento dentário é obrigatório caso tenha ocorrido exposição da pulpa. A exposição da pulpa não é só muito dolorosa como também pode necrosar, a formação de um granuloma periférico ou "abcesso dental" também é uma possibilidade. O tratamento endodôntico (comumente chamado de canal) é rotineiramente feito por dentistas veterinários. Após o tratamento endodôntico, o canal da raiz é preenchido com selante dentário. Restauração da coroa, para quais há várias técnicas, também está disponível. Em alguns casos seletos, outros métodos de consertos prostodônticos, como ponte, podem ser considerados. A maioria dos veterinários não oferecem esse serviço, mas podem indicar alguns centros de referencia.