Bráulio de Almeida SILVA 1, José Pires DANTAS 2



Documentos relacionados
IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 455

MAMÃOZINHO-DE-VEADO (Jacaratia corumbensis O. kuntze): CULTIVO ALTERNATIVO PARA ALIMENTAÇÃO ANIMAL NA REGIÃO SEMI-ÁRIDA DO NORDESTE

CULTIVO AGROECOLÓGICO DE TOMATE CEREJA COM ADUBAÇÃO VERDE INTERCALAR 1

A Vida no Solo. A vegetação de um local é determinada pelo solo e o clima presentes naquele local;

FONTES E DOSES DE RESÍDUOS ORGÂNICOS NA RECUPERAÇÃO DE SOLO DEGRADADO SOB PASTAGENS DE Brachiaria brizantha cv. MARANDÚ

Influência do Espaçamento de Plantio de Milho na Produtividade de Silagem.

PROJETO DE REDUÇÃO DOS RESÍDUOS INFECTANTES NAS UTI S DO HOSPITAL ESTADUAL DE DIADEMA

DETERMINAÇÃO DO TEOR DE ÁLCOOL NA GASOLINA DE POSTOS DE COMBUSTÍVEL DA ZONA OESTE DO MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE-PB

RELATÓRIO FINAL. AVALIAÇÃO DO PRODUTO CELLERON-SEEDS e CELLERON-FOLHA NA CULTURA DO MILHO CULTIVADO EM SEGUNDA SAFRA

EXERCÍCIOS DE CIÊNCIAS (6 ANO)

3.1 Determinação do Teor de Ácido Ascórbico e de Ácido Cítrico no

UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA - UFPB VIRTUAL LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS A DISTÂNCIA

EFEITO DE DIFERENTES QUANTIDADES DE HÚMUS DE MINHOCA CALIFÓRNIA VERMELHA INCORPORADOS AO SOLO E COM APLICAÇÕES DE BIOFERTILIZANTE NA CULTURA DO FEIJÃO

DESEMPENHO DE MUDAS CHRYSOPOGON ZIZANIOIDES (VETIVER) EM SUBSTRATO DE ESTÉRIL E DE REJEITO DA MINERAÇÃO DE MINÉRIO DE FERRO

PRODUÇÃO DO ALGODÃO COLORIDO EM FUNÇÃO DA APLICAÇÃO FOLIAR DE N E B

CALAGEM, GESSAGEM E AO MANEJO DA ADUBAÇÃO (SAFRAS 2011 E

ESSENCIALIDADE DE MACRONUTRIENTES EM MILHO CULTIVADO EM SOLUÇÃO NUTRITIVA

EFEITO DA UTILIZAÇÃO DE PRÓBIÓTICOS EM DIETAS PARA BOVINOS NELORE TERMINADOS EM CONFINAMENTO INTRODUÇÃO

Até quando uma população pode crescer?

TEOR DE UMIDADE DOS GRÃOS

INSTITUIÇÃO EXECUTORA:

ALVES 1,1, Paulo Roberto Rodrigues BATISTA 1,2, Jacinto de Luna SOUZA 1,3, Mileny dos Santos

Aplicação de Nitrogênio em Cobertura no Feijoeiro Irrigado*

SITUAÇÃO DOS ODM NOS MUNICÍPIOS

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 888

COMPOSTAGEM DE RESÍDUOS ORGÂNICOS GERADOS NA EMBRAPA RORAIMA

CUIDADOS TÉCNICOS COM GRAMADOS

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 486

Pesquisa da EPAMIG garante produção de azeitonas

1. DETERMINAÇÃO DE UMIDADE PELO MÉTODO DO AQUECIMENTO DIRETO- TÉCNICA GRAVIMÉTRICA COM EMPREGO DO CALOR

Práticas Agronômicas que Interferem na Produção de Silagem de Milho

PLANTIO DIRETO. Definição JFMELO / AGRUFBA 1

Bebida constituída de frutos de açaí e café: Uma alternativa viável

RESULTADOS E DISCUSSÃO

PRODUÇÃO DE MAMONEIRA CV BRS 149 NORDESTINA ADUBADA COM NITROGÊNIO, FOSFÓRO E POTÁSSIO

Propagação de Acessos de Bacurizeiro (Platonia Insignis Mart.) Através da Raiz Primária de Sementes em Início de Germinação.

III PRODUÇÃO DE COMPOSTO ORGÂNICO A PARTIR DE FOLHAS DE CAJUEIRO E MANGUEIRA

IDENTIFICAÇÃO E CONFIRMAÇÃO DE GRUPOS FUNCIONAIS: Parte 1: ALDEÍDOS E CETONAS

COMPARAÇÃO DE DIFERENTES FONTES DE CÁLCIO EM SOJA

IT AGRICULTURA IRRIGADA. (parte 1)

Como crescer soja em Moçambique

ANÁLISE QUÍMICA DE TECIDO VEGETAL E DE RESÍDUOS AGROINDUSTRIAIS. Objetivos: ANÁLISES QUÍMICAS DE TECIDO VEGETAL E DE RESÍDUOS AGROINDUSTRIAIS

2. Resíduos sólidos: definição e características

Avaliação dos Parâmetros Morfológicos de Mudas de Eucalipto Utilizando Zeolita na Composição de Substrato.

PNAD - Segurança Alimentar Insegurança alimentar diminui, mas ainda atinge 30,2% dos domicílios brasileiros

RESUMO. Introdução. 1 Acadêmicos PVIC/UEG, graduandos do Curso de Agronomia, UnU Ipameri - UEG.

O MOVIMENTO GAIA BROCHURA NO 8 COMO: CULTIVAR SEU PRÓPRIO FERTILIZANTE E TAMBÉM ADQUIRIR FORRAGEM PARA ANIMAIS E LENHA.

EXPERIMENTOS PARA USOS SUSTENTÁVEIS COM FIBRA DE BANANEIRA

ROTEIRO DE RECUPERAÇÃO II ETAPA LETIVA CIÊNCIAS 2. o ANO/EF

o hectare Nesta edição, você vai descobrir o que é um biodigestor, como ele funciona e também O que é o biodigestor? 1 ha

FORMULÁRIO PARA CADASTRO DE PROJETO DE PESQUISA E EXTENSÃO

20 amostras de água. Figura 1- Resultados das amostras sobre a presença de coliformes fecais E.coli no bairro nova Canãa. sem contaminação 15%

TITULO DO PROJETO: (Orientador DPPA/CCA). Para que se tenha sucesso em um sistema de plantio direto é imprescindível uma boa cobertura do solo.

MÉTODOS DE CORREÇÃO DO SOLO

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL A MACROESCALA

GABINETE DO MINISTRO INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 8, DE 11 DE MARÇO DE 2009

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO OPERACIONAL DE UM EQUIPAMENTO ITINERANTE PARA DESCASCAMENTO DE FRUTOS DE MAMONA DA CULTIVAR BRS PARAGUAÇU

Culturas. A Cultura do Milho. Nome A Cultura do Milho Produto Informação Tecnológica Data Outubro de 2000 Preço - Linha Culturas Resenha

Uso de húmus sólido e diferentes concentrações de húmus líquido em características agronômicas da alface

Preparação e padronização de uma solução 0,10 mol/l de ácido clorídrico

Determinação quantitativa de amido em produtos cárneos por espectrometria

Fuvest 2014 Geografia 2ª Fase (Segundo Dia) A região metropolitana do litoral sul paulista é constituída pelos municípios representados no mapa:

NUTRIÇÃO FOLIAR (FATOS E REALIDADES) Prof. Dr. Tadeu T. Inoue Solos e Nutrição de Plantas Universidade Estadual de Maringá Departamento de Agronomia

AVALIAÇÃO DE MICROALGAS NA ADUBAÇÃO DE MUDAS DE RÚCULA (Eruca sativa, MILLER)

Crescimento, Renovação Celular e Reprodução: da teoria à prática. Coimbra, 2012/2014. Sandra Gamboa Andreia Quaresma Fernando Delgado

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

PRÁTICAS SILVICULTURAIS

MODELOS DE PLANEAMENTOS E DE RELATÓRIOS DE COMERCIO JUSTO

Autores: DIEGO WINNER DE OLIVEIRA NUNES ELAINE FRANCIANY MARQUES DOS SANTOS GIOVANNA CARLA CASSARO KATIUCY SANTOS FREITAS LUANNA VIEIRA DIAS

CURSO P.I. PÊSSEGO - ANTONIO PRADO - RS ADUBAÇÃO FOLIAR EM PESSEGUEIRO CULTIVADO NA SERRA GAÚCHA RESOLVE?

Os procedimentos para determinar a resistência do condutor são:

Sistema Laminar Alto. Ecotelhado

ESTUDOS ALELOPÁTICOS DE PLANTAS MEDICINAIS NA GERMINAÇÃO E CRESCIMENTO INICIAL DE ESPÉCIES CULTIVADAS

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios

Composição do solo. 3 partes: Física: granulometria, porosidade, textura, dadas principalmente pelos. Químico: nutrientes disponíveis e ph

ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS PARA O TRATAMENTO DOS EFLUENTES DO TRANSPORTE HIDRÁULICO DAS CINZAS PESADAS DA USINA TERMELÉTRICA CHARQUEADAS

Relatório do Estágio Borras de café! O que fazer? Joana Maria Feliciano Lázaro. Orientação: Professora Doutora Ana Luísa Almaça da Cruz Fernando

Ponto de Corte do Milho para Silagem

O uso de pó de rocha fosfática para o desenvolvimento da agricultura familiar no Semi-Árido brasileiro.

ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DA APLICAÇÃO DE VINHAÇA NO SOLO ATRAVÉS DE MÉTODO DE PROSPEÇÃO GEOELÉTRICO

Ciências Físico-Químicas Ano Lectivo 2010/2011

DIMENSIONAMENTO DE UMA UNIDADE EXPERIMENTAL DE UM SISTEMA FOTOVOLTAICO ISOLADO

ANÁLISE DA EFICIÊNCIA DA RECUPERAÇÃO DE UMA ÁREA DEGRADADA POR EFLUENTE INDUSTRIAL

LIMPEZA E PREPARAÇÃO DE VIDRARIAS PARA ANÁLISE DE COMPOSTOS ORGÂNICOS

Sistema Hidromodular. Ecotelhado

PRODUTIVIDADE DO FEIJOEIRO COMUM EM FUNÇÃO DA SATURAÇÃO POR BASES DO SOLO E DA GESSAGEM. Acadêmico PVIC/UEG do Curso de Agronomia, UnU Ipameri - UEG.

Lista de Exercícios Espectrometria Atômica ALGUNS EXERCÍCIOS SÃO DE AUTORIA PRÓPRIA. OS DEMAIS SÃO ADAPTADOS DE LIVROS CITADOS ABAIXO.

AMOSTRAGEM AMOSTRAGEM

O Caderno da Compostagem

UTILIZAÇÃO DO LODO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO PARA ADUBAÇÃO DO AÇAÍ (Euterpe oleracea)

Eixo Temático ET Recursos Hídricos NOVAS TECNOLOGIAS PARA MELHOR APROVEITAMENTO DA CAPTAÇÃO DA ÁGUA DE CHUVA

Referências Bibliográficas

EXPERIMENTO SOBRE O EFEITO DO AGROSTEMIN APLICADO NO PLANTIO DE CANA DE AÇÚCAR

ESTUDO DA VIABILIDADE DO USO DE CISTERNAS EM ASSENTAMENTO RURAL NO MUNICÍPIO DE VÁRZEA-PB

FERTILIDADE E MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO EM DIFERENTES SISTEMAS DE MANEJO DO SOLO

INFLUÊNCIA DE PLANTAS DE COBERTURA DO SOLO NA OCORRÊNCIA DE PLANTAS DANINHAS E NA PRODUTIVIDADE DE GRÃOS DE TRIGO

Avaliação agronômica de variedades de cana-de-açúcar, cultivadas na região de Bambuí em Minas Gerais

INFLUÊNCIA DO USO DE ÁGUA RESIDUÁRIA E DOSES DE FÓSFORO NA ÁREA FOLIAR DO PINHÃO MANSO

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 375

SECAGEM DE GRÃOS. Disciplina: Armazenamento de Grãos

Transcrição:

AVALIAÇÃO QUÍMICA DOS TEORES DE POTÁSSIO, NUMA CULTURA DE SORGO GRANIFEROS SACARINO [Sorghum bicolor L. Moench] PARA A PRODUÇÃO DE MELADO, NA REGIÃO DE CAMPINA GRANDE PB Bráulio de Almeida SILVA 1, José Pires DANTAS 2 1 Departamento de Química, Universidade Estadual da Paraíba-UEPB, Campus I, Campina Grande-PB. E-mail: braulio_almeida@hotmail.com. Telefone: (83)88979852. 2 Departamento de Química, Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande-PB. RESUMO O semiárido nordestino apresenta muitas peculiaridades entre as quais, a questão da fome e miséria no contexto sócio econômico, o que implica numa preocupação sobre as melhores alternativas para cultivo nesta região, no entanto o sorgo granifero sacarino (Sorghum bicolor L. Moench) variedade, desponta como alternativa, utilizando a variedade IPA 467-4-2, modificada pela EMBRAPA PE, adaptada para o semiárido, pode se tornar um beneficio na produção de melado para fins de alimentação humana, que neste trabalho avaliou as condições de planta nos colmos com avalição Química de Potássio, em relação ao período de chuva da região, nos teores deste elemento absorvidos pela cultura, sendo este um dos macro nutrientes mais consumidos pela planta, em três tratamentos distintos, em adubos tipo: Nitrogênio, Fosforo e potássio.(npk) e matéria orgânica (M.O), avaliados no ciclo de 120 dias e ao final foram avaliados a biometria de planta. O que mostrou a variedade citada, uma cultura de sorgo granifero sacarino resistente para o semiárido, com um consumo bem elevado de potássio, constatando que adubação de arranque na época de baixo índice pluviométrico, pode ter auxiliado no desenvolvimento da planta. PALAVRAS CHAVE: Potássio, Sorgo, Química. 1 INTRODUÇÃO No Brasil, de acordo com a Pesquisa Nacional pro Amostragem de Domicílio, realizada em 2002 e divulgada pelo IBGE, 22.000.000 de brasileiros têm renda insuficiente para suprir as necessidades diárias com a alimentação. A fome e a miséria se localizam principalmente nas Regiões Nordeste e Centro Oeste; no entanto, no Norte, Sul e Sudeste existem também casos apavorantes de miséria. A UNICEF, após pesquisa criteriosa constatou que no Brasil 6.000.000 de crianças passam fome e estão desnutridas e 57% desse contingente é o fenômeno de secas

periódicas que desorganiza a produção, agrava a pobreza, gera fome, doenças e êxodo rural (PNAD, 2002). Esse contexto poderia ter sido amenizado e já se encontra a um nível aceitável de convivência com a seca, se um programa de valorização da biodiversidade da Caatinga Semi-árida tivesse sido implantado; pois, é sabido que essa Bioma é riquíssimo em espécie de alta tolerância à seca, produzindo satisfatoriamente em anos com baixa precipitação pluviométrica.uma alternativa, viável é a utilização do Sorgo Granífero Sacarino [ Sorghum biolor (L) Moench], cereal que apresenta tolerância a estresse hídrico durante seu ciclo de vital produzindo colheitas de grãos e colmos economicamente compensadoras, em condições de baixa pluviosidade e em solos de média a baixa fertilidade, mostrandose propício para as zonas Semi-áridas do Planeta, principalmente em Assentamentos paraibano, constituindo-se como de alta potencialidade para a segurança alimentar através dos seus co-produtos (farinha e o melado) extraídos respectivamente de suas sementes e do caldo do colmo, para as populações dessas Regiões, visto que, apresenta elevado potencial de produção e considerável valor biológico alimentar (DANTAS, 1998). A fome é um problema de produtividade de alimentos e as pessoas têm fome por não produzirem alimento suficiente ou por não reconhecerem o valor nutritivo da vegetação local para atender suas necessidades, ou porque não dispõem de renda suficiente para adquiri-lo (BROWN, 2003). Sabendo destes problemas apresentados, são necessários utilizar culturas de cultivo que possam ser resistentes aos baixos índices pluviométricos, destas regiões para que as pessoas possam trabalhar coma gricultura familiar, garantir o sustento e melhoria de vida dos habitantes dessa região. Mas para isto é necessário, avaliar esta variedade de cultivo, perante a absorção de alguns dos nutrientes necessários da planta, para determinar, o comportamento da plantas nessas condições e para isto os ensaios químicos possam ajudar-nos a a obter esses resultados.nesse caso, o potássio é dos elementos mais importantes que a planta absorve para o seu crescimento.que é objeto de nosso trabalho.

2 METODOLOGIA 2.1 LOCAL E PROCEDIMENTOS EM CAMPO PARA IMPLANTAÇÃO DA UNIDADE PRODUTORA DE COLMOS. A unidade de produção do Sorgo Granífero Sacarino foi instalada na Zona rural de Campina Grande - PB, no bairro da Catingueira, no sitio de propriedade do senhor Solon Sales, numa área de 700 m². Etapas que foram seguidas em campo para a instalação da unidade produtora de colmos. ETAPA I - Após a seleção da área de produção do Sorgo Granífero Sacarino,efetuamos a limpeza do terreno,com a remoção das pedras,resíduos provenientes da população local,combate as formigas,retirada de ervas daninhas e em seguida coletou-se amostras de solo para análise,a qual retirou-se com o auxilio de um enxadeco porções do solo em diferentes pontos da área cultivadas,em profundidades variando entre 10 e 20centimetros(cm),para que fosse representativa.e posteriormente encaminhadas para o laboratório de Solos da UFPB de Areia,para analise Físico-Química. ETAPA II Após o inicio das chuvas, realizou-se aragem da área a ser plantada com o auxilio de um trator com arado,para que pudesse homogeneizar o solo em dividiu-se a área a ser cultivada em cinco blocos sendo o primeiro para a testemunha,sem adubação nenhuma e o segundo para N.P.K e nos outros três blocos adubou-se com esterco bovino,o qual chamamos de matéria orgânica(mo) ao longo do relatório. Com 10.000 Kg distribuídos de forma homogênea nos blocos designados. No laboratório do semi-árido (UEPB) foi realizada o teste de germinação das sementes, de variedade IPA-467-4-2,oriundas da Embrapa milho e sorgo de Pernambuco,após o teste obtivemos um índice de germinação acima de 94%,o qual pudemos realizar o plantio manual diretamente no solo realizados por alunos de engenharia sanitária, tecnolandos em agroecologia e envolvidos no projeto. ETAPA III após a germinação das sementes realizou-se os desbastes deixando um espaço entre uma planta e outra de aproximadamente de cinco cm e ao final realizou-se a adubação dos outros blocos excluindo a testemunha com cada um,uma adubação diferente,sendo o primeiro bloco (testemunha),segundo bloco

(N.P.K.),terceiro bloco ficando penas com matéria orgânica,quarto bloco (N.P.K. + M.O.) e quinto bloco (Uréia +M.O.). Nos seguintes quantitativos para o segundo e terceiro bloco: 15 gramas(g) por metro linear, onde tem NPK. No caso do quinto tratamento 7,2(g) de uréia, não efetuando ao longo do crescimento nenhuma nova aplicação de adubos, também chamada adubação de arranque. ETAPA IV- No dia 27 de junho efetuou-se a primeira coleta, analisando nitrogênio, fósforo e potássio para três tipos de adubação (testemunha, apenas N.P.K. e apenas M.O.), em toda parte aérea, de inicio não foram feitos nas folhas e colmos por não haver muita diferença entre folha e colmo, ainda na primeira coleta.coletando 5 plantas em duas repetições para cada tratamento.no dia 17 de julho realizou-se a segunda coleta desta vez com duas plantas em duas repetições divididos em folhas e colmos.e desta maneira realizamos a terceira coleta,dia 5 de agosto até a quinta coleta que foi no dia 15 de setembro,onde se concluiu o ciclo de crescimento do sorgo.nesta coleta retiramos as sementes para serem analisadas.em todas estas coletas,com exceção da primeira foram cortados e divididos em folhas e colmos e armazenados em sacos de papel especifico para secagem de vegetal e em seguidas encaminhadas para o laboratório do semiárido para posterior preparo destas amostras para análise. ETAPA V após a última coleta, realizamos a o corte do sorgo separando-se dos colmos folhas compostas de limbo e bainha, como também a panícula com raque e sementes; o colmo desprovido de folhas e da panícula foi encaminhados para extração do melado. 2.2 PROCEDIMENTO EM LABORATÓRIOS PARA COLETA DOS DADOS Metodologia para análise em vegetais e solo. No solo foi secado ao sol e depois de seco foi tamisado com peneira de 20 mm. Para vegetais as amostras após de secas foram submetidas em moinho de facas com peneira 20 mm para depois, efetuar análise química (Tedesco, 1995). Estando em laboratório se faz o processo de digestão das amostras. Utilizando uma balança analítica de quatro casas decimais, pesou-se 0,200 g da amostra seca e triturada mais 0,700 g de mistura digestora(composta por 100 g de sulfato de sódio,10 g de sulfato de cobre penta hidratado,1 g de selênio.mistura-se e moe-se com um almofariz),transfere para um tubo de ensaio seco,empregado especialmente para digestão e adiciona 1 ml de peróxido de hidrogênio 30 % e lentamente,dentro da capela,com o auxilio de um pipetador volumétrico adiciona-se 2 ml de ácido sulfúrico P.A. feito isto,coloca-se os tubos de ensaio no bloco digestor

e aquecido de inicio á 160-180 c,evaporando a água,aumenta-se a temperatura para 350-375 C. Clareando a amostra de cor (amarela esverdeada) a temperatura é permanece por uma hora. Também é feito uma prova em branco, para ser usada como referencia o qual não possui amostra apenas os reagentes. Após este processo, retira os tubos de ensaio e espera esfriar e completa o volume para 50 ml com água destilada. Após a diluição espera decantar durante três horas e retira as alíquotas para análise de fósforo, potássio e nitrogênio. 2.2.1 DETERMINAÇÃO DE POTÁSSIO NOS COLMOS: Pipeta-se 1 ml da amostra digerida,transferi-se para um copo plástico e logo em seguida 10ml de água destilada.depois faz-se a leitura no fotômetro de chamas, previamente calibrado. 2.2.2 DETERMINAÇÃO DE POTÁSSIO EM SOLOS: Mede-se 3 ml de solo e transferi para um frasco de erlemyer de 50ml,adiciona 30ml de solução P-A(composta por HCl 0.05M + H2SO4 0,0125M) agita-se durante 5 minutos. E retirou-se alíquotas de 6 ml para análise de Potássio,e coloca-se cada um em copo descartável diferente e em seguida foi feita leitura direta no fotômetro de chamas. 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO Essas análises mencionadas são bastantes empregadas em diferentes cultivares, e pesquisas de monitoramento ambiental, tendo em vista a importância na alimentação animal e agora na alimentação humana. Destacando a absorção das plantas uma das melhores alternativas para avaliar o crescimento. Os dados apresentados na tabela 1, mostram os teores fósforo, potássio e matéria orgânica, além do valor de ph. Estes valores têm o objetivo de determinar as condições mínimas do solo para o cultivo do sorgo sacarino e a influência frente

aos adubos aplicados. Assim como comparativo das quantidades presentes no solo e o efeito da adição de mais fertilizante além do encontrado no solo. Tabela 1 resultados de análise Química de Potássio. K (mg/dm³) 253,15 Fonte: Dados da pesquisa. Analisando os resultados da tabela acima, verificamos que o solo a qual foi cultivado o sorgo sacarino, apresenta valores muito altos de Potássio, indicando uma nutrição muito boa para o cultivo da planta em questão, para estes nutrientes (Martinez et al., 1999). Mas, durante o ciclo de desenvolvimento do sorgo sacarino, pudemos perceber que a medida que a planta foi crescendo houve uma certa queda de consumo,época provável da diminuição das chuvas, que para que a planta absorvesse potássio para seu crescimento teria que precisar de mais chuvas, para formar a solução aquosa no solo para que a planta absorvesse o potássio do solo, como a chuv a não era suficiente, então foi nesse momento que fez-se a adubação de arranque, aplicado diretamente na raiz da planta, com N.P.K, e na terceira coleta foi a época que obtivemos maiores teores de potássio. Tabela 2 - Valores médios de potássio. Tratamento Órgão Testemunha N.P.K M.O. (%) (%) (%) S/d/t* (%) 1 coleta Parte 4,81 4,95 4,95 ----------- aérea 2 coleta Colmos 5,63 7,83 6,73 ----------- 3 coleta Colmos 5,77 6,18 5,22 ----------- 4 coleta Colmos 3,02 2,75 2,33 ----------- 5 coleta Colmos 1,10 2,25 1,65 ----------- Fonte:dados da pesquisa.*sem distinção de tratamento. No colmo, obtivemos valores mais elevados, principalmente na segunda coleta,para NPK,porém segue decrescendo até a quinta,mas se compararmos com os teores das folhas em relação ao colmo,este ultimo manteve maiores teores,como

menciona, Malavolta,1976,após o ressecamento das folhas a redistribuição do potássio nas plantas se torna mais rápida e mais facilmente transportadas para outros órgãos da planta. Gráfico 1: Representação dos teores de potássio no colmo: Fonte: dados da pesquisa. Neste item serão apresentados os valores médios para diâmetro do colmo, número de folhas, altura alcançada pela planta realizada com duas repetições, quando chegou ao fim do ciclo de maturação da planta, mostradas na tabela abaixo: Tabela 3: Biometria do sorgo Tratamento Número de Folhas Altura do Caule (m) Testemunha 9.0 1.91 12.06 NPK 9.0 2.19 15.15 M.O. 8.5 2.57 13.9 Fonte: dados da pesquisa. Diâmetro do colmo, do meio (mm) Verificando os dados da tabela 3, observou-se que para os blocos que tiveram algum tipo de adubação, obtiveram maiores altura de caule e diâmetro do

colmo, sendo que o tratamento NPK, teve maior diâmetro do colmo indicando que este tratamento teve engrossamento do colmo pelo aumento do Fósforo e potássio na estrutura do caule. Enquanto com matéria orgânica obteve maior altura mostrando um crescimento em função de o nitrogênio orgânico ter maior absorção pela planta. Quanto ao número de folhas não teve variação significativa com os diferentes tratamentos. Na testemunha tivemos claramente um menor crescimento da planta devido uma menor absorção de nutrientes. Observando os dados da tabela 4, verificou-se que tivemos maiores pesos para os cultivos adubados, sendo que peso do colmo, foram maiores para M.O. Tendo maiores massas, mostrando que adubação com adubo natural ocasionou maior crescimento e aumento da massa o qual teve maior altura.nas raízes a adubação com P e K,teve maior massa, em vista de ser o local onde ocorre a absorção desses nutrientes. Tabela 4 - Peso das partes da planta. Tratamento Peso das Peso Dos Peso das Folhas(g) Colmos(g) raízes(g) Testemunha 196,95 460,17 43,70 N.P.K. 257,94 568,20 163,16 M.O. 275,70 661,00 146,22 Fonte: dados da pesquisa. 4 CONCLUSÃO De acordo com os resultados constatados, concluímos que esta variedade de cultura do sorgo granifero sacarino, possa vir a ser implantada no semiárido nordestino para a produção de melado, o que revelou condições boas de absorção de potássio, proveniente da absorção dos adubos utilizados. REFERÊNCIAS DANTAS, J. P; SOUZA. C. M. Caracterização Química e Bromatológica do Sorgo Granífero cv. Sacarino para fins de Incorporação à Alimentação Humana. Relatório técnico de pesquisa FAPESQ- PB, 1998. Campina Grande- PB, 25p. MALAVOLTA, E. Nutrição de plantas e fertilidade do solo.manual de química agrícola.editora ave Maria.ltda. São Paulo,1976.

MELO e MEDEIROS, F. P. Verificação de possível efeito clastogênico do melado do Sorgo Granífero Sacarino ( Sorghum biobolor L. Moench), utilizando ratos novérgico linhagem Wistar, in vivo. Universidade Estadual da Paraíba, Curso de Licenciatura e Bacharel em Ciência Biológicas, Trabalho Acadêmico Orientado, Campina Grande Paraíba, 2004. TEDESCO, M.J. Análises de solo, plantas e outros materiais,boletim técnico N 5,Porto alegre-rs.1995