UMAPAZ Universidade Aberta do Meio Ambiente e da Cultura de Paz



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Transcrição:

UMAPAZ Universidade Aberta do Meio Ambiente e da Cultura de Paz O que é A Universidade Aberta do Meio Ambiente e da Cultura de Paz - UMAPAZ nasceu de uma proposta delineada, em 2005, com o propósito de contribuir para sensibilizar e capacitar pessoas na Cidade de São Paulo para viverem e tomarem decisões capazes de contribuir para a sustentabilidade socioambiental, ou seja, com o provimento das suas próprias necessidades e da espécie humana, de forma equânime e pacífica, respeito às outras espécies da comunidade da vida e às futuras gerações. A Cidade de São Paulo, uma das quarenta maiores do mundo, reproduz e amplifica as conseqüências do modelo de desenvolvimento prevalente no planeta, desveladas nos relatórios publicados pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). Problemas gerados ao longo de sua existência, como a redução da cobertura vegetal, a deterioração da qualidade do ar, da água, do solo, da vida das espécies e múltiplos conflitos sócio-ambientais resultam de um modelo de dominação e conflito com a natureza que tem sido hegemônico e, historicamente, orientado as escolhas para o desenvolvimento. Essas escolhas não são apenas técnicas nem cabem exclusivamente às estruturas de governo. São configuradas a partir dos múltiplos e conflitantes interesses presentes na sociedade. Mudar o paradigma implica transitar para uma visão orientada pelo paradigma da sustentabilidade. São escolhas da sociedade, que devem tornar-se, também, determinações da sociedade ao Estado que a representa. Além da divulgação de informações pela mídia, as pessoas necessitam espaços onde possam articular essas informações e construir suas opiniões, de modo a que possam fazer novas escolhas, individuais e coletivas, em uma teia de relações complexas, como é a de São Paulo. Para a sua organização, a UMAPAZ inspirou-se em experiências semelhantes, já que a questão da sustentabilidade é planetária e local ao mesmo tempo, como a Universidade Livre do Meio Ambiente, de Curitiba, a U-Peace, na Costa Rica, o Schumacher College, na Inglaterra. Porém, além disso, a sua proposta foi feita de forma participativa, com um grupo de 60 pessoas convidadas pela Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, visando sua adequação à realidade local.

Em janeiro de 2006 a UMAPAZ deu início às suas atividades no Parque do Ibirapuera, Av. IV Centenário, 1268. A partir de janeiro de 2009, a UMAPAZ, como Departamento de Educação Ambiental da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, passou a coordenar, também, os Planetários, a Escola Municipal de Astronomia e Astrofísica e a Escola Municipal de Jardinagem. Foco e atuação A UMAPAZ tem desenvolvido sua programação orientada pela questão da sustentabilidade, procurando alcançar públicos de diferentes faixas etárias e formações, com diferentes formas de abordagem. Na oferta de programas que visam a proporcionar bem-estar e disposição para que o educando ganhe prontidão para reflexões sobre sustentabilidade, estão a aventura ambiental (trilha com valores) e as práticas contínuas (semanais) de taichi, danças circulares, meditação, oficinas de barro, desenho da natureza. Esses programas procuram despertar o interesse para aspectos socioambientais e introduzir a questão da sustentabilidade. As pessoas que freqüentam essas práticas são informadas e convidadas para palestras e cursos. Observa-se que elas de fato têm participado dessa programação e são importantes na sua divulgação. Há uma oferta de cursos específicos de instrumentalização para a compreensão e introdução de práticas e ações sustentáveis como a coleta seletiva, o uso energia solar; ou a aplicação de tecnologias de relacionamento pacífico. São cursos curtos (de 12 a 20 horas/aula), para interesses específicos. Esses interesses são captados tanto em relação a inovações na legislação, como foi o caso dos cursos para arquitetos, engenheiros e instaladores sobre o uso de energia solar, como na observação de potenciais interesses, como foi o caso da capacitação para mediação de conflitos. No caso da capacitação para resolução pacífica de conflitos, foram realizados o Curso de Resolução Pacífica de Conflitos, para 60 pessoas, abordando tecnologias como comunicação não-violenta e mediação de conflitos, e uma turma de 120 pessoas do Curso Agentes da Paz, em parceria com Palas Athena e Viva Rio. Outro grupo da programação busca configurar um processo de capacitação mais amplo, integrando as várias dimensões da sustentabilidade. Nesse bloco, aliam-se

exercícios individuais e em grupo, utilizando instrumental de estimulo a vivência comunitária, ao mesmo tempo em que se trabalha a situação do planeta e as alternativas sustentáveis do ponto de vista tecnológico, ecológico, econômico e social. Nesse grupo estão programas abertos a população em geral e programas para públicos específicos. Na capacitação oferecida para público aberto, mediante inscrição e seleção, estão cursos como Educação Gaia, que, nas suas 172 horas/aula, aborda as dimensões social, ecológica, econômica e de visão de mundo, e que já formou três turmas de 80 alunos cada uma (2006, 2007 e 2008); Carta da Terra, também multidimensional, com 40 h/aula; Água: recurso estratégico para a vida, com 40 h/aula, que embora focalizando um recurso natural trabalha a teia da sustentabilidade; Economia Nova, com 32 horas/aula, que trabalha a sustentabilidade a partir da visão econômica. Programas como estes procuram captar pessoas que já estão sensibilizadas e que têm disposição para construir e integrar conhecimentos e para vivenciar novas práticas. Os programas para públicos específicos buscam alcançar grupos que, pelo seu próprio trabalho de produção e entrega de serviços à população, têm potencial influência e de difusão de informações, constituindo-se em modelo, intencional ou não, para as pessoas que atendem, como é o caso dos professores. Além de ofertas específicas para educadores na sede da UMAPAZ, como é o Curso Semeando Valores na Educação Infantil, há programas realizados, de forma descentralizada, nas regiões da cidade, como o PAVS Programa Ambientes Verdes e Saudáveis, em parceria com a Saúde, e o Programa de Difusão da Carta da Terra na rede municipal de educação, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação. A partir de 2009, a UMAPAZ passou a descentralizar cursos e atividades em parques da cidade. Uma outra linha de descentralização e parceria são os projetos de educação ambiental financiados pelo FEMA (Fundo Municipal de Meio Ambiente). São 13 projetos contratados com organizações não-governamentais que estão em andamento, com o acompanhamento da equipe técnica da UMAPAZ e dos Núcleos

de Gestão Descentralizada. E há um novo edital aberto para a captação de novos projetos. A UMAPAZ oferece programação nos três períodos, manhã, tarde e noite; aos sábados, no período diurno e, eventualmente, nos domingos. Durante a semana, a secretaria escolar oferece informações ao público pessoalmente, por telefone, fax e e.mail. Inscrições para os cursos podem ser feitas pessoalmente ou por e.mail. O e.mail umapaz@prefeitura.sp.gov.br é disponibilizado em todos os materiais de divulgação da UMAPAZ. A página www.prefeitura.sp.gov.br/secretarias/meio_ambiente e o blog umapaz trazem informações sobre a programação. Importância da cultura de paz A história da humanidade tem sido contada pelos conflitos violentos, que dizimam povos e modificam a geografia política e econômica mundial, e pelos confrontos locais e interpessoais, nas disputas de interesse entre as pessoas, na preferência dada à competição em detrimento da cooperação. O paradigma dominante na sociedade tem sido o da violência, da guerra, do consumo irresponsável de recursos naturais, da submissão e dizimação de outras espécies, da produção da doença física, mental e social. O consumo irresponsável, a destruição do Planeta e a submissão das necessidades de muitos aos interesses individuais de poucos são expressões da violência. A atual situação de vulnerabilidade do Planeta Terra é conseqüência dessa prática violenta de conviver. Não é fácil mudar esse paradigma da violência, depois de séculos e séculos de conflitos e da permanência de seus alicerces, como a desigualdade extrema e a prática do consumo irresponsável. A Paz não pode ser simplesmente a segurança de alguns, embora seja assim que entendem, muitas vezes, as pessoas, os grupos e as nações que desfrutam do acesso às riquezas materiais e imateriais da sociedade.

A mudança de paradigma, da cultura de violência para a cultura de paz requer a participação da Justiça e da Equidade. Isso não significa que essa participação somente possa ocorrer a partir de decisões globais, em espaços de poder mundiais e nacionais. Ao contrário, para alcançar esses espaços, a mudança tem de ser plantada no cotidiano, na mente e no coração das pessoas e traduzida em atitudes e posições políticas pelo resgate da esperança, da saúde social. Na Cidade também é assim. É preciso ir plantando a cultura de paz, com os valores da solidariedade, da cooperação, do respeito à diversidade, do respeito a todos os seres da comunidade da vida e ao planeta Terra, no cotidiano, nas decisões que cada cidadão toma. É preciso que nós aprendamos a conviver com práticas novas de resolução de conflitos, com comunicação compassiva, com mediação nas situações mais difíceis. E esses valores e essas práticas precisam ser exercitados nas famílias, nas escolas, nas empresas, no governo, em todas as relações sociais e nas relações da espécie humana com a comunidade da vida. A transformação é um processo, precisamos aprender a conviver de forma pacífica e com respeito à comunidade da vida e ao Planeta Terra. São Paulo, 22 de junho de 2009 Rose Marie Inojosa Coordenadora da UMAPAZ