pela prática do seguinte fato delituoso:



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Transcrição:

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA/ SECRETARIA CRIMINAL DO FORO CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE MARINGÁ - ESTADO DO PARANÁ. O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ, através do seu Órgão de Execução do GAECO GRUPO DE ATUAÇÃO ESPECIAL DE COMBATE AO CRIME ORGANIZADO Núcleo Regional de Maringá, e por intermédio do Promotor de Justiça que esta subscreve, no uso de suas atribuições legais, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fulcro no artigo 129, inciso I, da Magna Carta c/c. o artigo 100, do Código Penal e nos termos do artigo 41, c/c. o artigo 394 e seguintes, do Código de Processo Penal, com fulcro também No artigo 2º, inciso I, da douta Resolução-PGJ 1801/2007, e tendo por base o que consta nos inclusos Autos de INQUÉRITO POLICIAL n. 75388/2012 (autos 2012.8201-0), oferecer DENÚNCIA contra: MARCOS CRISTIANI COSTA DA SILVA brasileiro, casado, advogado, portador do RG nº. 4.733.300-8/PR, inscrito no CPF sob nº. 724.306.489-20, nascido em 07/07/1971, filho de Jair Aniceto da Silva e Delma Costa da Silva, residente e domiciliado à Avenida Londrina, nº. 1534, casa 8, jardim Aeroporto, nesta cidade e comarca (fls. 38/40); e, HELENTON DE OLIVEIRA vulgo LEITÃO brasileiro, convivente, portador do RG nº. 7.659.268-3/PR, nascido em 16/08/1977, filho de Antonio Lopes de Oliveira e Neusa de Oliveira, residente e domiciliado à Rua Guatemala, nº. 869, Vila Morangueira, nesta cidade e comarca (fls. 25/27); pela prática do seguinte fato delituoso:

Infere-se dos autos de inquérito policial nº 018/2011, Cartório H, da 9ª Subdivisão Policial de Maringá, que no dia 31 de julho de 2011 (31/07/11), dois (2) indivíduos que ocupavam uma motocicleta pararam na calçada defronte ao edifício da Câmara Municipal de Maringá/PR, e um deles efetuou disparos de arma de fogo, atingindo as paredes e vidraças. Segundo versão de um dos indiciados, TARSO SOUZA DE CAMPOS CAMARGO, teria sido ele o autor dos disparos, ao passo que a condução da motocicleta ficou a cargo do então adolescente OSMAR VANDERLEI SIMIONATO JÚNIOR vulgo JUNINHO, tendo ambos agido a mando e encomenda do advogado e ora denunciado MARCOS CRISTIANI COSTA DA SILVA, militante nesta comarca. A motivação do crime carece de maiores esclarecimentos, e não nos cabe aqui abordá-la. No entanto circula no meio policial e jornalístico que tanto esse pueril atentado como outros que se sucederam na sequência, teriam o condão de intimidar e desestabilizar as autoridades e o poder da atual chefia ou administração da 9ª SDP local. Todavia, pelos resultados repressivos surgidos e bom trabalho policial para a elucidação de vários crimes, fica claro que nenhuma das autoridades visadas parece ser filho de pai assustado, pois coragem e abnegação não lhes têm faltado para o fiel e cabal cumprimento do dever de bem servir e proteger a nossa sociedade. Consta que o referido indiciado e ora vítima TARSO SOUZA DE CAMPOS CAMARGO, em data de 29 de março de 2012 (29/03/12), declarou em interrogatório ao Dr. Delegado Adjunto da 9ª SDP local, em depoimento impresso da Delegacia local, e a este representante Ministerial do GAECO, em depoimento digitalizado, categoricamente que o mandante do infantil atentado seria o causídico MARCOS CRISTIANI COSTA DA SILVA, ora denunciado (fls. 08/09). Por sua vez, em data de 15 de maio de 2012 (15/05/12), baseando meramente no ouviu dizer, o ora denunciado MARCOS CRISTIANI registrou o Boletim de Ocorrência nº 2012/432735 em desfavor da vítima TARSO SOUZA, acusando-o de tê-lo ameaçado de morte, cujo procedimento converteu-se em Termo Circunstanciado.

Por decorrência desses acontecimentos e por se ver na condição de sujeito de investigações no bojo do referido Inquérito Policial, o causídico ora denunciado se deslocou até a Casa de Custódia de Maringá, onde encontrava-se recolhido provisoriamente a vítima TARSO SOUZA, em data não precisada nos Autos, porém, no primeiro semestre do fluente ano de 2012, no parlatório, com o propósito de entregar ao cliente e preso HELENTON DE OLIVEIRA, ora codenunciado, indivíduo de considerada periculosidade e respeito perante a bandidagem segregada, cópia do auto de interrogatório prestado pelo preso vitimado TARSO SOUZA, com a suposta finalidade de favorecer interesse próprio no indigitado procedimento investigatório criminal, usando de grave ameaça contra a parte/testemunha TARSO SOUZA, para que assim lhe deixasse em situação desfavorável diante dos demais presos, por conta do conteúdo de suas declarações. Tendo em vista a larga experiência na advocacia criminal e conforme confessado em seu depoimento ao GAECO, é evidente que o ora denunciado MARCOS CRISTIANI agiu consciente de que ao divulgar para os demais presos da CCM (CDP) cópia do interrogatório prestado pelo preso TARSO, contra si, obviamente possibilitaria aos demais detentos o conhecimento de sua condição de delator do Advogado denunciado, estimulando, assim, a população carcerária a aplicar-lhe os rigores da impiedosa e silenciosa lei do cárcere, cuja fonte advém dos costumes intramuros dos presídios, onde o alcaguete sofre grave discriminação, represálias e outras barbáries. Ouvido em sede de procedimento preliminar de Notícia de Fato presidido pelo Parquet, in fine assinado, o preso e vítima TARSO SOUZA expôs sua interpretação acerca da conduta do advogado, nos seguintes termos: MP Por que ele trouxe esse documento aqui na cadeia para entregar para o HELENTON? TARSO Não sei... porque ele quer acabar com a minha vida, aqui (sic fls. 30). Já o detento HELENTON, ora codenunciado, portador de vastos antecedentes criminais, de alta periculosidade e considerável respeito carcerário, então receptor da documentação, se esquivou do envolvimento e se fez de desentendido (fls. 31/32).

Por sua vez, o advogado denunciado MARCOS CRISTIANI COSTA DA SILVA, ouvido pela digna Autoridade Policial do GAECO, confirmou a entrega da documentação, confessando que:... ao confirmar a entrega dessa cópia do auto de interrogatório ao detento HELENTON o declarante passa a expor os motivos: que inicialmente esclarece que sua intenção não era a de coagir o delator TARSO, mas apenas a de atender a um pedido de alguns detentos da CCM; que chegou ao conhecimento dos detentos que TARSO teria delatado o declarante durante seu interrogatório e por essa razão seus colegas de cela tinham interesse em ter acesso ao seu interrogatório porque, dentro de seus costumes, não se permite que um alcaguete com eles conviva. Consequentemente, o advogado denunciado MARCOS CRISTIANI COSTA DA SILVA, com vontade livre e consciente, agindo com plena liberdade de escolha e assumindo irresponsavelmente os riscos de sua conduta, dolosamente usou de grave ameaça, com o fim de favorecer interesse próprio, contra parte ou pessoa chamada a intervir em processo policial ou administrativo, tendo o preso e codenunciado HELINTON DE OLIVEIRA, voluntaria e conscientemente, aderido ao propósito do outro e concorrido de qualquer modo para a coação. Assim agindo e estando, os denunciados MARCOS CRISTIANI COSTA DA SILVA e HELENTON DE OLIVEIRA vulgo LEITÃO, acima epigrafados e qualificados violaram e estão incursos nas sanções previstas no artigo 344, c/c. o artigo 29, caput, do Código Penal, razão pela qual contra eles é oferecida a presente denúncia e requer-se que, registrada e autuada, seja ordenada a notificação deles para oferecer resposta prévia no decêndio legal (CPP, art. 396), recebendo-se a denúncia contra ambos; e, enfim, para se verem processar até final julgamento e condenação, sob pena de revelia (CPP, art. 367), notificando-se as testemunhas do rol abaixo para virem depor em Juízo, em dia e hora que for designado, sob as cominações legais (CPP, arts. 218 e 219) e intimando-se os denunciados para o

interrogatório, ao final, prosseguindo-se nos moldes do artigo 400 e seguintes do Código de Processo Penal. Requeiro que se digne Vossa Excelência em deferir os requerimentos formulados na r. cota de fls. 115-vº/116, e de tudo cientificando-se o Promotor de Justiça natural oficiante nesta dd. 1ª Vara/Secretaria Criminal para acompanhar e prosseguir nos ulteriores termos do devido processo penal, porque a nossa intervenção só se dá até a fase do recebimento da denúncia (Resolução-PGJ 1801/2007, art. 6º, b ). Pede deferimento. Maringá, 14 de Dezembro de 2012. LAÉRCIO JANUÁRIO DE ALMEIDA Promotor de Justiça Coordenador