Autonomia financeira das escolas

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Transcrição:

Módulo 6 Autonomia financeira das escolas Fica proibido o uso da palavra liberdade, a qual será suprimida dos dicionários e do pântano enganoso das bocas. A partir deste instante a liberdade será algo vivo e transparente como um fogo ou um rio, e a sua morada será sempre o coração do homem. Thiago de Mello. Estatutos do Homem

Presidente da República do Brasil Luís Inácio Lula da Silva Ministro da Educação Fernando Haddad Diretora do Departamento de Políticas de Educação Infantil e Ensino Fundamental Jeanete Beauchamp Coordenadora Geral de Políticas de Formação Roberta de Oliveira Universidade Federal da Bahia Reitor Naomar Monteiro de Almeida Filho Vice-Reitor Francisco José Gomes Mesquita Pró-Reitor de Extensão Eugênio de Ávila Lins Pró-Reitora de Planejamento e Administração Nádia Andrade de Moura Ribeiro Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação Antônio Alberto da Silva Lopes Pró-Reitor de Graduação Maerbal Bittencourt Marinho Pró-Reitora de Desenvolvimento de Pessoas Joselita Nunes Macedo Centro de Estudos Interdisciplinares para o Setor Público (ISP) Diretor Antonio Virgílio Bittencourt Bastos Rede Nacional de Formação e Desenvolvimento da Educação Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Educação Área: Gestão e Avaliação Programa de Formação Continuada de Gestores de Educação Básica (Proged) Coordenador Geral Robert Evan Verhine Coordenador Executivo Paulo Cezar Vilaça de Queiroz Coordenadora da Ação 01 Ana Maria de Carvalho Luz Coordenadora da Ação 02 Patrícia Rosa da Silva Série Formação Vol. 3 Módulo 6: Autonomia financeira das escolas Este módulo teve como referência principal texto gerador da autoria de Ricardo Chaves de Rezende Martins. Foi elaborado por Evilásio Chaves Santos Júnior e revisto por Tércio Rios de Jesus e Anuska Andréia de Souza Silva. Organizadores: Ana Maria de Carvalho Luz Patrícia Rosa da Silva Fernanda Alamino do Amaral Diagramação e projeto gráfico: Fernanda Alamino do Amaral Foto da capa: Jeff Belmonte Este módulo faz parte da publicação: Gestão de Unidades Escolares. -[recurso eletrônico] / ISP /PROGED / UFBA. Programa eletrônico. Salvador : ISP, 2008. 1 CD ROM: il ; 43/4 pol. + encarte: il;1 folha solta dobrada; 42 x 30 cm. (Série Formação; n. 2). Sistema requerido: Windows 98, 2000, XP ou Vista; Adobe Reader 6.0 ou versões compatíveis, com atualização gratuita no próprio CD. E-books. Série Formação; n. 3, foi baseada na Série Seminários Organização: Ana Maria de Carvalho Luz, Patrícia Rosa da Silva e Fernanda Alamino do Amaral. Tamanho do CDs: 5,71Mb 2 Conteúdo: 1 CD com E-books: 1. E-book 1 - A qualidade social da educação escolar 2. E-book 2 - Organização e gestão da escola: planejamento e avaliação 3. E-book 3 - A construção do projeto político-pedagógico da escola 4. E-book 4 - A avaliação da aprendizagem na escola 5. E-book 5- Gestão de pessoas e do ambiente físico da escola. 6. E-book 6 - Autonomia financeira das escolas. 7. E-book 7 - Convivência na escola: o papel do gestor. 8. E-book 8 - Sobre todas as coisas... I. Título. CDD: 371.3

>>> Caro Cursista Em que consiste a liberdade e a autonomia? Exercer a autonomia com competência vai além da ampliação do grau de liberdade que a escola desenvolve na sua gestão. A conquista da autonomia implica também promover a competência da equipe gestora da escola e, por extensão, de toda a comunidade escolar, para alcançar os objetivos educacionais previstos. Este módulo representa uma parte essencial do nosso curso: a gestão e a autonomia financeira da escola. A autonomia, seja financeira, pedagógica ou política, garante à escola o bom desempenho da sua função social. Dessa forma, a partir dos conceitos de autonomia financeira e gestão democrática, estaremos apresentando, neste módulo, as fontes de captação de recursos de que a escola dispõe, as formas de gerenciamento desses recursos, bem como de realização e controle de despesas e prestação de contas. Bom trabalho! 3

>>> 5 6 7 9 11 13 15 16 16 Sumário Que transformações ocorreram nas concepções e práticas da gestão escolar? Pense / 5 / Como garantir a autonomia das escolas? Analise / 7 / Como se articula autonomia e gestão democrática? Observe / 9 / Como se processa a autonomia financeira da escola? Adiantamentos a servidor / 9 / Subvenção social / 10 / Repasse de recursos do PDDE / 11 / Reflita / 11 / Como planejar a utilização dos recursos? Questione / 12 / Como efetuar a contratação de fornecimento de bens e serviços e a prestação de contas? A realização e o controle das despesas / 14 / A prestação de contas / 14 / Analise / 15 / Existem outras fontes de recursos para a escola? Analise / 16 / Atividades do módulo 6 Opine / 16 / Referências bibliográficas 4

>>> Que transformações ocorreram nas concepções e práticas da gestão escolar? Saiba mais Art. 206 da Constituição Federal: Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:... VI gestão democrática do ensino público, na forma da lei. A legislação educacional brasileira, a partir de 1988, iniciou um processo de profundas transformações nas concepções e práticas da gestão escolar, a começar pelo princípio de gestão democrática, inscrito no art. 206 da Constituição Federal. Esse princípio inspirou uma série de dispositivos da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), especialmente aqueles que tratam da autonomia da escola. Gestão democrática e autonomia constituem, pois, eixos centrais da nova gestão da escola pública. E isso não se fez por acaso, mas como consenso da sociedade de que são essas as condições indispensáveis para assegurar a qualidade da educação brasileira. A real aplicação desses princípios depende do compromisso e da ação de cada um que faz parte da equipe gestora da escola. A Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), especifica os aspectos da autonomia pedagógica, administrativa e financeira das escolas. Sem dúvida, a questão mais central é a dimensão pedagógica, que diz respeito aos objetivos, à razão de ser da própria escola. Mas o exercício da autonomia pedagógica não pode se dar sem uma atenção devida a outras questões da administração escolar, como as de pessoal, de recursos materiais (vimos isso no Módulo 5) e, certamente, de recursos financeiros. O mais importante é perceber que o exercício da autonomia quanto a esses aspectos deve se dar em função da primeira: a autonomia pedagógica. Pense 5 Quais relações podem ser estabelecidas entre a gestão pedagógica, a gestão administrativa e a gestão financeira das escolas?

>>> Como garantir a autonomia das escolas? 6 A autonomia escolar deve ser garantida pelos sistemas de ensino. Um sistema de ensino é integrado pelos órgãos públicos responsáveis pela educação (o administrativo, a Secretaria de Educação; e o normativo, o Conselho Municipal de Educação), pelas escolas e pelas normas que regem o seu funcionamento. A autonomia precisa ser conceituada e delimitada. É necessário definir as condições e dimensões em que ela se aplica e o seu grau de aplicação. Por isso, ela precisa estar expressa em normas, que poderão ser definidas diretamente pelo órgão normativo do sistema de ensino, o Conselho Municipal de Educação, ou por ele explicitadas ou detalhadas a partir da lei de institucionalização do sistema de ensino, ou ainda de uma lei específica que, em linhas gerais, garanta a autonomia escolar. O ideal mesmo é que ela seja estabelecida em lei, de modo que fiquem assegurados o debate democrático e a sua estabilidade, para, em seguida, ser detalhada nas normas do sistema de ensino, pelo seu órgão próprio. O órgão administrativo, a Secretaria de Educação ou equivalente, deve tomar as providências necessárias para assegurar as condições indispensáveis ao exercício da autonomia das escolas, em todos os seus aspectos. As escolas, em especial os seus gestores, devem exercer a autonomia com responsabilidade e dentro de seus limites, a serviço do projeto pedagógico escolar. É preciso observar um ponto importante: Mesmo que um dado Município não tenha instituído um sistema próprio de ensino, permanecendo integrado ao sistema estadual, ele mantém uma rede municipal de escolas públicas. A elas a autonomia deve ser progressivamente assegurada, por meio de leis e outros instrumentos legais municipais. Para os órgãos responsáveis pela gestão do sistema de ensino e (ou) de sua rede, assegurar a autonomia das escolas significa não adotar procedimentos hostis ou restritivos. Ao estabelecer diretrizes, em qualquer campo, devem fazê-lo respeitando os espaços próprios de gestão de cada escola, de acordo com o que estabelece a respectiva proposta pedagógica.

Analise Agora, analise: quais as implicações da institucionalização ou não do sistema de ensino para o desenvolvimento da autonomia da escola? >>> Como se articula autonomia e gestão democrática? Autonomia e gestão democrática, no marco da atual organização escolar brasileira, são inseparáveis, uma não pode existir sem a outra. Compete aos órgãos gestores dos sistemas e redes de ensino prover as necessárias condições normativas e de recursos humanos, materiais e financeiros, para que cada escola possa ser gerida de forma democrática e autônoma. O conceito de gestão democrática envolve, portanto, três idéias básicas: A existência de um projeto político-pedagógico da escola. A participação de professores e demais profissionais do magistério da escola na elaboração desse projeto. A gestão colegiada da implantação e execução desse projeto, por meio de conselhos escolares (ou órgãos equivalentes) em cada escola, nos quais esteja assegurada a representação da comunidade escolar e demais segmentos da sociedade civil relevantes para a organização e o funcionamento da escola. O projeto pedagógico é a alma da escola. E só poderá ser motivador para todos os integrantes da comunidade escolar caso sua construção decorra de um processo realmente participativo. Assim, a gestão do desenvolvimento desse projeto, para dar certo, só pode ser feita de forma coletiva, com divisão de responsabilidades e decisões coletivas. Não cabe mais a idéia de um gestor ou diretor onipotente, detentor exclusivo da autoridade pedagógica e administrativa na escola. Cuidado: isto não significa que não seja necessária a existência de um gestor executivo eficiente, líder de processos e estimulador das iniciativas. Outro ponto importante a ser considerado na gestão democrática de uma escola é a constituição dos conselhos escolares. É por meio desses, que são ampliados os espaços de decisão, garantindo, na gestão 7

8 escolar, a participação da sociedade civil. Em relação à composição dos conselhos escolares ou equivalentes, deve-se observar que: O conselho escolar a que a LDBEN se refere não é aquele que, às vezes recebendo o mesmo nome, administra a caixa escolar ou constitui o gestor da unidade executora do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), implantado pelo Ministério da Educação a partir de 1995. O conselho escolar idealizado pela LDBEN é um órgão que deve fazer parte da organização da própria escola, com responsabilidades de tomada de decisão em relação a todos os campos da vida escolar e não apenas, embora também, na gestão de recursos financeiros. Nesse Conselho Escolar, devem estar representados: a direção da escola; os professores; os demais profissionais do magistério; os servidores técnico-administrativos; o corpo discente (dependendo, é claro, da faixa etária); os pais de alunos; organizações representativas da comunidade local, como, por exemplo, associação de moradores, clube de mães, associação beneficente, dentre outras. Muito importante: As normas de gestão democrática no seu Município devem ser estabelecidas em lei municipal, para evitar que, a todo o momento, tais normas sejam modificadas ao gosto dos governantes de plantão, sem passar pela discussão democrática no âmbito do Poder Legislativo e consultas aos segmentos interessados. Seria, no mínimo, contraditório que as normas de gestão democrática fossem estabelecidas de forma solitária, por meio de decreto ou portaria do Poder Executivo. Assim, é impossível promover a gestão democrática do projeto pedagógico da escola se esta não tiver autonomia para fazê-lo. Contudo, autonomia não significa soberania. Haverá espaços autônomos de decisão e espaços de dependência, conforme a magnitude e a natureza das questões a serem resolvidas. E, de toda forma, o conceito Glossário Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE): Implantado em 1995, o Programa Dinheiro Direto na Escola é uma ação do Ministério da Educação executada pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, que consiste no repasse de recursos diretamente às escolas estaduais, do Distrito Federal e municipais do Ensino Fundamental, com mais de 20 alunos matriculados, além de escolas de Educação Especial mantidas por Organizações Não-Governamentais (ONGs), desde que registradas no Conselho Nacional de Assistência Social. Os recursos podem ser utilizados em qualquer uma das seguintes finalidades: aquisição de material permanente; manutenção, conservação e pequenos reparos da unidade escolar; aquisição de material de consumo necessário ao funcionamento da escola; capacitação e aperfeiçoamento de profissionais da educação; avaliação de aprendizagem; implementação de projeto pedagógico; e desenvolvimento de atividades educacionais.

Saiba mais Art. 15 da LDBEN: Art. 15. Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas gerais de direito financeiro público. LDBEN de sistema traz em si a idéia de integração. Não seria, portanto, admissível cada escola indo numa direção diferente, ou adotando procedimentos administrativos totalmente diversos. Talvez, por isso mesmo, o art. 15 da LDBEN, fale em progressivos graus de autonomia. Esse artigo se refere à autonomia pedagógica, administrativa e de gestão financeira. Na realidade, o objetivo é de que ela seja exercida nos quatro campos da gestão da organização escolar: o pedagógico, o de pessoal, o de recursos materiais e o de recursos financeiros. Observe De que forma a autonomia e a gestão democrática estão articuladas na unidade escolar em que você trabalha? >>> Como se processa a autonomia financeira da escola? O exercício da autonomia de gestão de recursos financeiros não significa gastar no que quiser ou como quiser. Essa autonomia se exerce para dar atendimento às necessidades do projeto pedagógico escolar. E a realização dos gastos deve obedecer a procedimentos que garantam a sua transparência e a sua legalidade. A autonomia financeira das escolas pode ser progressivamente assegurada de diferentes formas. Após a aprovação da LDBEN, em vários Estados e Municípios foram implantados programas com o objetivo de alocar, em geral anualmente, alguns recursos financeiros para que cada escola possa dar conta de suas necessidades mais emergenciais. Adiantamentos a servidor Existem várias maneiras pelas quais essa distribuição de recursos pode ser feita. Uma delas é a de realizar pequenos adiantamentos ao gestor, de acordo com o que estabelecem os artigos 68 e 69 da Lei Federal nº 4.320, de 1964, também se constitui como uma alternati- 9

va de distribuição de recursos para a escola. O gestor, como servidor público, realiza as despesas e delas deve prestar contas, antes de receber novo adiantamento. Essa estratégia é usada para a distribuição de recursos de pequeno valor, normalmente para despesas de consumo mais imediato. Para que essa forma de distribuição possa ser utilizada pela administração pública no Município, ela deve estar regulamentada por lei municipal. O texto dessa lei municipal deve ser bastante simples. De iniciativa do Prefeito, deve prever as despesas que podem ser realizadas sob esse regime, em geral para aquisição de material de consumo, pagamento de pequenos serviços eventuais, pequenas despesas de deslocamento e alimentação, a serviço, de servidores da escola, fornecimentos diversos, como gás, água, luz, telefone e outros. A lei também deve listar explicitamente as despesas que não serão admitidas, em geral as de contratação de mão-de-obra para serviço continuado ou permanente, obras e reformas de grande porte, equipamentos caros, e bens e serviços em geral que só possam ser contratados por meio de licitação, etc. Deve nomear quem poderá receber o adiantamento, em geral o diretor da escola e um substituto eventual, bem como prever a obrigatoriedade de plano de aplicação dos recursos pela escola, os prazos para prestação de contas, as condições para obter novo adiantamento e assim por diante. 10 Subvenção social A estratégia mais comum tem sido a de concessão de subvenção social a entidades de pais e mestres, como a utilizada pelo Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE). Para escolas com cem ou mais alunos, é obrigatória a constituição de uma Unidade Executora (UEx). Essa UEx é comumente denominada de Associação de Pais e Mestres, Caixa Escolar e, em alguns casos, embora impropriamente, de Conselho Escolar, já que, nos termos da LDBEN, essa última denominação deveria ser utilizada para designar o colegiado encarregado da gestão integral de escola, em especial a pedagógica, e não uma entidade a ela externa. Normalmente, a UEX constitui um colegiado de representantes dos diferentes segmentos da comunidade escolar, desde o próprio diretor até representantes do corpo docente, dos demais servidores, dos pais até outros segmentos da comunidade local com relação significativa com a escola. É fundamental que essa unidade esteja adequadamente organizada e que as relações entre seus integrantes sejam clara e harmoniosamente definidas, em Glossário Unidade Executora: Entidade de direito privado, que administra os recursos financeiros recebidos por meio do Programa e faz as despesas necessárias ao desenvolvimento da escola a que está relacionada.

benefício da escola que justifica a sua existência. Nada impede que Estados e Municípios implantem programas similares, desde que adequadamente estabelecidos na respectiva legislação de âmbito local. Repasse de recursos do PDDE Os recursos destinados à escola pelo PDDE, embora possam parecer de pouco valor, em valores absolutos, são fundamentais para conferir flexibilidade à gestão escolar, dando-lhe capacidade de resposta mais imediata para atendimento a necessidades que, de outro modo, levariam imenso tempo para sê-lo pela administração central. Mas independentemente do volume de recursos financeiros, importa aplicá-los bem, em benefício dos alunos, pois essa é a razão dessa nova dimensão da autonomia escolar. Para isso é preciso que a gestão da escola esteja adequadamente preparada, sob o ponto de vista de organização e de conhecimentos. O PDDE e os programas estaduais e municipais que funcionam nos mesmos moldes em geral fazem o repasse dos recursos de uma só vez, a cada ano. E o fazem de forma carimbada, isto é, os recursos já vêm divididos: A parcela maior é destinada ao custeio, isto é, as despesas correntes da escola, como material de consumo e pequenos serviços; A parcela menor é destinadas às despesas de capital. Servem para pequenas reformas, compra de um ou outro equipamento ou, de uma forma genérica, de algum bem para o chamado material permanente. Reflita Como se dá a gestão de recursos financeiros em sua escola? >>> Como planejar a utilização dos recursos? O segredo do uso eficiente dos recursos se encontra no adequado planejamento de sua aplicação. Normalmente, a escola sabe com bastante antecedência os valores que deverá receber e a época em que o repasse deve ocorrer. Desse modo, podem ser discutidas previamente 11

e com tempo suficiente, as prioridades de utilização dos recursos para aquele ano. Definidas as prioridades, devem ser listadas todas as despesas necessárias para sua concretização. A reforma de um banheiro, por exemplo, implica a compra de cerâmicas, massa, tinta, cimento, o pagamento de pedreiro, entre outros. Enfim, é necessário um orçamento detalhado das despesas por prioridade selecionada, de modo a testar a viabilidade de sua execução em face dos recursos disponíveis. Em geral, faz-se mais de um orçamento para cada iniciativa, de modo a buscar os meios baratos, obviamente sem descuidar da qualidade desejada. É nesse momento, portanto, que são escolhidos os fornecedores de quem a escola ou a UEX vai comprar alguma coisa e os prestadores de serviços. Nessa seleção, é indispensável que a equipe gestora esteja atenta aos princípios da administração pública que devem reger as aquisições e os contratos: legalidade, moralidade, impessoalidade, publicidade, eficiência. Vencida essa etapa, é de todo desejável que se faça um plano de aplicação dos recursos e um cronograma de desembolso, distribuindo ao longo do ano as despesas a serem realizadas. Isso permite um controle mais rigoroso da saída de recursos e uma distribuição equilibrada de gastos no decorrer de vários meses. Importante: Os recursos já recebidos e ainda não utilizados podem ser colocados em alguma aplicação financeira (uma caderneta de poupança, por exemplo, ou mesmo outra legalmente permitida que pode lhe ser recomendada pelo gerente da agência bancária em que a conta de depósito desses recursos estiver sendo mantida). Essa aplicação pode significar um pouco mais de recursos, que devem ser receber as mesmas destinações daqueles que lhes deram origem. Questione Como ocorre o planejamento da utilização dos recursos financeiros da Unidade Escolar em que você trabalha? 12

>>> Como efetuar a contratação de fornecimento de bens e serviços e a prestação de contas? Todo o sistema de compra e contratação de bens e serviços, na administração pública, deve obedecer aos princípios estabelecidos na Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Toda a aquisição de bens ou contratação de serviços deve seguir as normas do chamado processo licitatório, no qual o princípio da publicidade deve ser materializado pela divulgação do edital de licitação e pela obediência aos prazos fixados na legislação. Nas compras, deve haver a especificação completa do bem a ser adquirido, sem indicação de marcas. As etapas para aquisição de bens e contratação de serviços são as seguintes: definição do bem a ser adquirido ou serviço a ser executado; requisição do interessado e autorização da despesa; preparação do edital de licitação ou carta-convite; divulgação do edital ou carta-convite; julgamento das propostas pela Comissão de Licitação; análise de eventuais recursos sobre a licitação, caso haja; homologação da licitação e adjudicação; aquisição do bem ou contratação do serviço; fornecimento do bem ou prestação do serviço pelo fornecedor contratado. No caso da realização de despesas pela UEx, os passos podem e devem ser adaptados, mas não se pode dispensar, por exemplo, a legalidade e publicidade dos atos, a solicitação de dois ou mais orçamentos de fornecedor, a escolha do menor preço com a melhor qualidade, a aprovação pelo colegiado da UEx, a comprovação das despesas, entre outros. Alguns cuidados são extremamente importantes. Por exemplo, a equipe gestora não pode contratar servidor público para realizar serviço temporário pago com recursos do PDDE. E também não pode deixar de recolher os tributos e demais contribuições determinados pela legislação. É sempre necessário verificar, em cada caso, se é obrigatório, por exemplo, o recolhimento da contribuição previdenciária ou do imposto de renda retido na fonte. 13

A realização e o controle das despesas A realização e o controle das despesas devem seguir algumas etapas, que podem ser as mesmas previstas para a administração pública. 1- O empenho é a reserva de recursos disponíveis e necessários para aquisição de um bem ou contratação de um serviço. 2- A liquidação é o momento em que o servidor responsável atesta, por escrito, que o bem encomendado foi entregue ou o serviço foi prestado, de acordo com as especificações listadas no ato de sua contratação. 3- O pagamento é a entrega de recursos financeiros ao fornecedor ou prestador do serviço. Para assegurar maior transparência e segurança no pagamento, ele deve ser preferentemente realizado por cheque nominativo ou ainda por ordem bancária. À medida que as despesas forem sendo realizadas, é indispensável que sejam solicitadas e guardadas as notas fiscais emitidas pelos fornecedores e os recibos passados pelos prestadores de serviços. E, em cada um deles, é importante registrar, normalmente com um carimbo, a origem dos recursos com que a despesa foi liquidada. No caso do PDDE, por exemplo, um carimbo com os seguintes dizeres: despesa liquidada com recursos do PDDE. Importante: Todas as entradas e saídas de recursos devem ser cuidadosamente anotadas em um livro-caixa, além de obviamente no talão de cheques da conta bancária. Todos esses procedimentos são indispensáveis porque, ao final de cada ano, a prestação de contas deve ser feita. E ela deve ser completa e minuciosa. Além das obrigações legais a esse respeito, é importante lembrar que a transparência da gestão é uma característica que contribui e muito para sua eficiência. 14 A prestação de contas Na prestação de contas, a equipe gestora dos recursos deve listar todos os elementos que caracterizam cada uma das despesas, tais como: o beneficiário do pagamento, a nota fiscal ou o recibo, a data de realização, natureza da despesa entre outros. Todo o material permanente adquirido com esses recursos, durante o ano, também deve ser devidamente descrito com seus valores. Aqui um detalhe é fundamental: cada item de material permanente, após sua aquisição e recebimento, deve ser imediatamente incorporado ao patrimônio escolar, seguindo as rotinas, já mencionadas, da gestão de recursos materiais. É preciso observar que há formulários próprios e prazos rigorosos para a prestação de contas. Tais prazos não podem ser perdidos, sob pena da escola não receber recursos no exercício seguinte.

Analise Agora, leia uma cópia de prestação de contas de despesas da Unidade Escolar em que trabalha e analise. Se tiver alguma dúvida, anote e leve para seu próximo encontro com o Instrutor. >>> Existem outras fontes de recursos para a escola? Saiba mais Várias atividades: Quantas unidades escolares já não terão conseguido apoio financeiro para as suas bandas escolares? Ou para o museu da escola, que na verdade é um museu de toda a comunidade que a cerca? Ou para a construção ou reforma do parque esportivo escolar? A autonomia financeira não se limita à utilização dos recursos recebidos a partir dos programas descentralizadores implantados pelos governos. As escolas podem e devem, por meio de suas unidades executoras, buscar parcerias com outras instituições, como por exemplo, organizações não governamentais e empresas, que estejam dispostas a financiar ou co-financiar projetos que façam parte da proposta pedagógica da escola. Existem várias atividades que podem ser desenvolvidas a partir de parcerias buscadas pela própria equipe gestora da escola ou por meio da sua UEX. E para ter êxito em tais empreitadas, é fundamental que a equipe escolar esteja capacitada para formular projetos a serem oferecidos aos eventuais parceiros. Projetos que contenham uma descrição adequada do que se pretende, uma justificativa que evidencie a relevância da iniciativa, estimativas detalhadas e precisas do custo, especificando cada despesa necessária e a quem cabe aportar os recursos necessários, à própria escola ou ao parceiro contatado. Enfim, a busca de mais recursos financeiros é possível. Mas o êxito na sua obtenção depende diretamente da competência técnica da equipe gestora em formular projetos consistentes e em convencer os parceiros adequados da sua viabilidade e relevância. Os tempos atuais são extremamente favoráveis à participação de empresas e outras organizações no desenvolvimento das escolas. Resta a estas apresentar as suas boas idéias e firmar as melhores parcerias em benefício da educação de qualidade para seus alunos. 15

Analise Agora, verifique: as escolas de seu município já desenvolveram algum trabalho com recursos captados de uma outra fonte que não a governamental? Ou seja, já recebeu recursos de entidades não governamentais? Opine Atividade do Módulo 6 Esperamos que, ao final deste módulo, você tenha refletido bastante sobre a autonomia financeira de uma unidade escolar e que essas reflexões possam ser úteis na qualificação de sua prática. Sua tarefa agora é: Analisar em que medida a autonomia financeira auxilia a prática de uma gestão democrática no âmbito escolar. Escrever um texto que registre suas observações e suas análises (máximo duas laudas). Bom trabalho! Sua avaliação sobre este módulo é muito importante. Escreva um texto livre sobre este módulo, focalizando: Conteúdo, estrutura e linguagem do módulo; Atividades propostas; Interação com o instrutor, colegas e outras pessoas. Entregue seu texto ao tutor. 16 >>> Referências bibliográficas Abreu, Mariza V. e Moura, Esmeralda. Progestão: como desenvolver a gestão dos servidores na escola?, módulo VIII. Brasília, CONSED, 2001 Martins, Ricardo C. R. Gestão de Recursos Materiais. In: Rodrigues, Maristela Marques e Giágio, Mônica (orgs.). Guia de Consulta para o Programa de Apoio

aos Secretários Municipais de Educação PRASEM III. Brasília, FUNDESCOLA/ MEC, 2001 Martins, Ricardo C. R. Dez questões sobre autonomia escolar: algumas respostas e muitos desafios. In: PRADEM. Gestão Escolar. Salvador, UFBA, FCM, Fundação FORD, Série Documentos, 1, outubro 2003, pp. 59-98. Martins, Ricardo C. R. e Aguiar, Rui R. Progestão: como gerenciar o espaço físico e o patrimônio da escola, módulo VII. Brasília, CONSED, 2001. Oliveira, Romualdo P. e Adrião, Theresa (orgs). Gestão, Financiamento e Direito à Educação: análise da LDB e da Constituição Federal. São Paulo, Xamã, 2001. 17