DIREITO PREVIDENCIÁRIO ATUALIZAÇÃO LEGISLATIVA E JURISPRUDENCIAL BÁSICA DA EDIÇÃO 2015-5ª EDIÇÃO



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Transcrição:

DIREITO PREVIDENCIÁRIO ATUALIZAÇÃO LEGISLATIVA E JURISPRUDENCIAL BÁSICA DA EDIÇÃO 2015-5ª EDIÇÃO AUTORA: ADRIANA MENEZES www.adrianamenezes.com Página no facebook: https://www.facebook.com/profadrianamenezes OBRA ATUALIZADA: DIREITO PREVIDENCIÁRIO COLEÇÃO TRIBUNAIS E MPU 5ª EDIÇÃO - 2015 Prezados alunos e leitores, Com o escopo de atualizar a 5ª edição da obra Direito Previdenciário Coleção Tribunais e MPU, publicada em 2015, venho apresentar-lhes a atualização básica da legislação e jurisprudência do Direito Previdenciário, considerando as normas publicadas até 10 de julho de 2015. Abraços, ADRIANA MENEZES www.adrianamenezes.com Página no facebook: https://www.facebook.com/profadrianamenezes

CAPÍTULO 1 A SEGURIDADE SOCIAL 2. ORIGEM E EVOLUÇÃO LEGISLATIVA NO BRASIL Corrigir: - LBA Fundação Legião Brasileira de Assistência, responsável pela prestação de assistência social às pessoas carentes; Atualizar: O direito ao salário-família, estendido aos empregados domésticos pela Emenda Constitucional nº 72/2013, teve sua regulamentação pela Lei Complementar nº 150/2015. Os empregados domésticos de baixa renda que possuem filhos menores de 14 anos ou inválidos passaram a ter direito ao benefício de salário-família, nos termos do art. 65 da Lei nº 8.213/91.... As Medidas Provisórias nº 664 e 665/2014 foram convertidas, respectivamente, nas Leis nº 13.135 e 13.134, ambas de 2015. Essas leis trouxeram novas regras para a concessão dos benefícios de pensão por morte e auxílio-reclusão, seguro-desemprego e abono salarial, distintas das que haviam sido trazidas pelas referidas medidas provisórias. 2. SAÚDE CAPÍTULO 2 A SEGURIDADE SOCIAL NO BRASIL (...) A Lei nº 13.097/2015 veio autorizar a participação direta ou indireta, inclusive o controle, de empresas ou de capital estrangeiro na assistência à saúde nos casos de: I - doações de organismos internacionais vinculados à Organização das Nações Unidas, de entidades de cooperação técnica e de financiamento e empréstimos; II - pessoas jurídicas destinadas a instalar, operacionalizar ou explorar: a) hospital geral, inclusive filantrópico, hospital especializado, policlínica, clínica geral e clínica especializada; e b) ações e pesquisas de planejamento familiar; III - serviços de saúde mantidos, sem finalidade lucrativa, por empresas, para atendimento de seus empregados e dependentes, sem qualquer ônus para a seguridade social. CAPÍTULO 6 OS SEGURADOS DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL RGPS 2.2. dos empregados domésticos. A Lei Complementar nº 150/2015 previu expressamente que o empregado doméstico é aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e

pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana. EMPREGADO DOMÉSTICO: Trabalho doméstico para pessoa física ou família no âmbito residencial destas; presta serviços de forma continua, subordinada, onerosa e pessoal; atividades sem fins lucrativos; - por mais de dois dias na semana. 2.4. Segurado especial A atividade pesqueira capaz de qualificar a pessoa física como segurado especial deve ser artesanal e ser o meio principal de vida do segurado, obedecendo ao disposto no art. 9º, 14, do Decreto nº 3.048/99, in verbis: considera-se pescador artesanal aquele que, individualmente ou em regime de economia familiar, faz da pesca sua profissão habitual ou meio principal de vida, desde que: I não utilize embarcação ou; II utilize embarcação de de pequeno porte, nos termos da Lei nº 11.959, de 29 de junho de 2009. A embarcação de pequeno porte é definida pela Lei de Pesca e Aquicultura Lei nº 11.959/2009 como de arqueação bruta AC de até 20 toneladas. O Regulamento da Previdência Social, com a nova redação trazida pelo Decreto nº 8.424/2015 elevou, assim, o peso da embarcação do pescador artesanal para até 20 toneladas. Não há mais a restrição imposta na legislação anterior de que o barco do pescador artesanal teria que ter arqueação bruta de até 06 toneladas, quando se tratasse de embarcação própria ou de até 10 toneladas, quando se tratasse de parceiro outorgado. Se a embarcação tiver arqueação bruta superior a 20 e inferior a 100 toneladas ela é considerada de médio porte e o pescador será enquadrado como segurado contribuinte individual. Enquadra-se, também, como contribuinte individual o pescador que tiver embarcação de grande porte, com arqueação bruta igual ou superior a 100 toneladas. Veja o quadro: ATIVIDADE LIMITAÇÃO DA EMBARCAÇÃO ENQUADRAMENTO DO SEGURADO NO RGPS Pesca Artesanal. embarcação de pequeno porte arqueação bruta 20 toneladas. Segurado especial

Pesca Pesca embarcação médio porte de 20 < arqueação bruta < 100 toneladas. embarcação grande porte de arqueação bruta maior ou igual a 100 toneladas. Contribuinte individual Contribuinte individual 2.5. Segurado contribuinte individual g)... O médico participante do Programa Mais Médicos, instituído pela Lei nº 12.871/2013, enquadra-se, em regra como contribuinte individual. Mas, é bom enfatizar que os médicos intercambistas (aqueles formados em instituição de educação superior estrangeira com habilitação para exercício da Medicina no exterior) estão desobrigados da filiação ao RGPS como contribuinte individual ou qualquer outra categoria de segurado. Estão desobrigados da filiação ao RGPS os: I - selecionados por meio de instrumentos de cooperação com organismos internacionais que prevejam cobertura securitária específica; ou II - filiados a regime de seguridade social em seu país de origem, o qual mantenha acordo internacional de seguridade social com a República Federativa do Brasil. CAPÍTULO 7 DA FILIAÇÃO E DA INSCRIÇÃO DOS SEGURADOS (...) 3. INSCRIÇÃO Os empregados domésticos têm sua inscrição feita por meio da apresentação de documento que comprove a existência de contrato de trabalho. A inscrição é feita diretamente no INSS ou, mesmo, através da internet pelo site www.previdenciasocial.gov.br. Com o advento da Lei Complementar nº 150/2015, a inclusão do empregado doméstico no FGTS passou a ser obrigatória. O empregador doméstico passará a ter a obrigação de promover a inscrição de seu empregado e a promover os recolhimentos a seu cargo após a entrada em vigor do regulamento a ser editado pelo Conselho Curador e pelo agente operador do FGTS. Desse modo, a inscrição do empregado doméstico perante a Previdência Social ocorrerá nos mesmos moldes que a do empregado. A inscrição será feita pelo empregador doméstico quando de sua inscrição no FGTS. Foi criado o regime unificado de pagamento de tributos, de contribuições e dos demais encargos do empregador doméstico (Simples Doméstico), com inscrição do

empregador e entrada única de dados cadastrais e de informações trabalhistas, previdenciárias e fiscais no âmbito do Simples Doméstico, dando-se mediante registro em sistema eletrônico a ser disponibilizado em portal na internet, conforme regulamento. CAPÍTULO 9 DOS DEPENDENTES 1. OS DEPENDENTES Os dependentes dos segurados do RGPS estão divididos em três classes, a saber, conforme o disposto no art. 16 da Lei nº 8.213/91: I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente; II - os pais; III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente. No entanto, com o advento da Lei nº 13.135/2015, a redação do inciso III, do art. 16 da Lei nº 8.213/91 passou a ser (art. 6º, da Lei 13.135/15): III - o irmão de qualquer condição menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave, nos termos do regulamento. Verificou-se, então, que: - foi retirada a emancipação como causa de antecipação da maioridade previdenciária para o irmão (vigência em 18/6/2015); - foi retirada a exigência de incapacidade civil do irmão com deficiência mensal ou intelectual e excluída a necessidade de interdição judicial (vigência em 18/6/2017); - foi inserido como dependente o irmão com deficiência grave, nos termos do regulamento (vigência em 180 dias, a contar de 18/6/2015). A modificação proposta para o inciso I do art. 16 da Lei nº 8.213/91, no sentido de estender a condição de dependente ao filho com deficiência grave foi vetada pela Presidente da República. Mais tarde, foi publicada a Lei nº 13.146, de 06 de julho de 2015 que corrigiu as distorções quanto ao filho e ao irmão com deficiência grave, modificando a redação dos incisos I e III do art. 16 da Lei nº 8.213/91, que passam a vigorar, após 180 dias da data da publicação oficial, ocorrida em 07 de julho de 2015. Os incisos I e III do art. 16 da Lei nº 8.213/91 passarão a vigorar com as seguintes alterações: Art. 16.... I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;... III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;

Verifica-se, destarte, que a partir de 180 dias a contar de 07/07/2015: - volta a emancipação como causa de antecipação da maioridade previdenciária para o irmão. Para o filho sempre foi considerada. - É retirada a exigência de incapacidade civil do filho e irmão com deficiência mental ou intelectual e excluída a necessidade de interdição judicial; - é inserido o filho com deficiência grave no rol de dependentes do RGPS. Veja o quadro abaixo: Legislação vigente Até 17 de junho de 2015 Condição do dependente o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente. De 18 de junho até 180 dias após essa data o irmão, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente. Não houve alteração em relação ao filho. a partir de 180 dias a contar de 18/06/2015 o irmão, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente, ou com deficiência grave, nos termos do regulamento. Não houve alteração em relação ao filho (veto presidencial). a partir de 180 dias a contar de 07/07/2015 - o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;

- o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave. É retirada a exigência de incapacidade civil do filho e irmão com deficiência mental ou intelectual e excluída a necessidade de interdição judicial. O filho com deficiência grave passará a ser dependente do RGPS. Em relação ao menor sob guarda, é imperioso destacar que o STJ alterou sua posição no que diz respeito à condição de dependente do RGPS: Após divergência interna, o STJ referendou a exclusão do menor sob guarda da lista dos dependentes do RGPS: Pensão por morte. Regime Geral de Previdência Social. Menor sob guarda. Incidência da lei previdenciária vigente ao tempo do óbito do instituidor do benefício. Inaplicabilidade do Estatuto da Criança e do Adolescente. Precedentes da Terceira Seção. Embargos de divergência conhecidos e recebidos (3ª Seção, EREsp 801.214, de 28.05.2008). Após certa divergência, a Corte Especial do STJ EXCLUIU O MENOR SOB GUARDA no rol de equiparados a filho no julgamento do AgRg na SLS 1988, de 4/3/2015: II - Hipótese em que a decisão cujos efeitos foram aqui suspensos discrepa da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça "no sentido de ser indevida pensão por morte a menor sob guarda se o óbito do segurado tiver ocorrido sob a vigência da MP nº 1.523/96, posteriormente convertida na Lei nº 9.528/97" (AgRg nos EDcl no REsp n. 1.104.494/RS, Relator o Ministro Nefi Cordeiro, DJ de 16/12/2014). III - Efeito multiplicador reconhecido, tendo em conta a probabilidade de que a decisão impugnada estimule o ajuizamento de novas ações com o mesmo objeto, e lesão à economia pública demonstrada pela irrepetibilidade dos proventos eventualmente pagos, considerando a natureza alimentícia do benefício de pensão por morte. Em relação ao cônjuge, ao companheiro ou à companheira, é de extrema importância dispor sobre as alterações trazidas pela Lei nº 13.135/2015, publicada em 18 de junho de 2015. O cônjuge, o companheiro e a companheira terão direito ao benefício de pensão por morte: por 04 meses, caso o segurado não tenha 18 contribuições mensais ou o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados há menos de 2 (dois) anos do óbito do segurado. Essa regra não é aplicada em caso de morte por acidente de qualquer natureza, doença profissional ou do trabalho. pelo prazo estabelecido na tabela abaixo, caso o segurado tenha 18 ou mais contribuições mensais e o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados há, pelo menos, 02 anos da data do óbito.

Essa regra, também, é aplicada nos casos em que a morte decorrer de acidente de qualquer natureza ou causa, mesmo que não tenha o segurado 18 ou mais contribuições e o casamento ou a união estável tenham sido iniciado há menos de 02 anos da data do óbito do segurado. Idade X do cônjuge, companheiro ou companheira, em anos Duração do benefício de pensão por morte,em anos menor que 21 3 entre 21 e 26 6 entre 27 e 29 10 entre 30 e 40 15 entre 41 e 43 20 44 anos ou mais vitalícia Perceba que a idade do cônjuge, companheiro ou companheira na data do óbito do segurado vai determinar por quanto tempo será paga a pensão por morte. Após o transcurso de pelo menos 3 (três) anos e desde que nesse período se verifique o incremento mínimo de um ano inteiro na média nacional única, para ambos os sexos, correspondente à expectativa de sobrevida da população brasileira ao nascer, poderão ser fixadas, em números inteiros, novas idades para a tabela acima, limitado o acréscimo na comparação com as idades anteriores ao referido incremento. Pela cessação da invalidez ou pelo afastamento da deficiência, quando se tratar de inválido ou com deficiência. Nesse caso, são garantidos, no mínimo, conforme o caso, os prazos de 04 meses ou o da tabela acima. SITUAÇÃO HIPOTÉTICA Rosa, empregada em uma fábrica de doces há 05 anos casou-se, há um ano, com Joaquim. Num domingo de manhã, sentiu um mal súbito e veio a falecer. João trabalha em um banco comercial há 03 anos e está casado com Maria há 02 (dois) anos. Teve um mal súbito e veio a falecer, quando sua esposa contava com 27 anos. PERGUNTA Joaquim terá direito à pensão por morte de Rosa? Maria terá direito à pensão por morte de João? RESPOSTA SIM. Joaquim terá direito à pensão por morte por apenas 04 meses. O casamento de Rosa e Joaquim iniciouse há menos de 02 anos da data do óbito da segurada. SIM. Verifica-se que o segurado falecido contava, na data do óbito, com mais de 18 contribuições mensais para a Previdência Social e o casamento entre João e Maria tinha 02 anos. Nesse caso, Maria terá pensão por morte de João pelo prazo de 10 anos, considerando sua idade de 27 anos na data do óbito do seu marido.

SITUAÇÃO HIPOTÉTICA Sabrina, contribuinte individual há pelo menos 03 anos no RGPS, mantinha união estável com Sandra há 01 ano. Ontem, as duas saíram para comemorar o aniversário de Sandra e, quando voltavam para casa, sofreram um acidente automobilístico que culminou na morte de Sabrina, de 30 anos. Sandra tinha, à época do óbito de sua companheira, 35 anos. Lucas trabalha em um banco comercial desde 2003 e está casado com Luzia há 06 meses. Um mês após o casamento, Luzia foi acometida de uma grave doença e ficou inválida aos 25 anos. Lucas contraiu dengue e veio a falecer no dia em completava 07 meses de casamento. PERGUNTA Sandra terá direito à pensão por morte de Sabrina? Luzia terá direito à pensão por morte de Lucas? RESPOSTA SIM. Sandra é companheira de Sabrina, figurando, portanto, na qualidade de dependente. Embora a união estável entre Sandra e Sabrina tenha se iniciado há 01 ano da data do óbito da segurada, a pensão por morte será concedida à companheira pelo prazo de 15 anos (tabela acima). No caso de morte decorrente de acidente de qualquer natureza, mesmo não havendo 18 contribuições mensais do segurado e 02 anos de união estável, o benefício será concedido pelo prazo estipulado na tabela já descrita. E, como Sandra tinha 35 anos na data do óbito de Sabrina, o benefício de pensão por morte ser-lheá por 15 anos. SIM. Embora Luzia esteja casada há menos 02 anos com Lucas, ela está inválida. A princípio, Luzia teria pensão por morte por 04 meses, mas como é inválida vai receber o benefício até a cessação da invalidez. Se a invalidez cessar antes de 04 meses após o óbito, ser-lhe-á garantida a pensão por 04 meses. Substituir o quadro de perda da qualidade de dependentes para: PERDA DA QUALIDADE DE DEPENDENTE para o cônjuge, companheiro ou companheira (perda da pensão por morte): a) por decurso de prazo: - após 04 meses, se não tiver o segurado 18 contribuições mensais ou se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados há menos de 02 anos do óbito/reclusão do segurado; - após 03, 06, 10, 15, 20, conforme tabela já demonstrada acima, se o segurado tiver 18 contribuições e o casamento ou a união estável

tiverem sido iniciados, há pelo menos, 02 anos da data do óbito/reclusão do segurado. b) Pela cessação da invalidez ou pelo afastamento da deficiência, respeitados os períodos mínimos descritos na letra a. para o cônjuge, companheiro ou companheira para o filho, pessoa a ele equiparada ou irmão, de ambos os sexos: para o filho e o irmão inválidos: para o filho e o irmão que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave: para os pais: para todos os dependentes: Anulação do casamento; Separação judicial ou divórcio sem direito à prestação alimentícia. Ao emancipar ou ao completar 21 anos de idade, salvo se for inválido ou com deficiência. Com a cessação da invalidez. pelo afastamento da deficiência 1. Quando vierem a falecer. Quando vierem a falecer. Com a perda da qualidade de segurado do qual eles eram dependentes. CAPÍTULO 10 - DOS BENEFÍCIOS E SERVIÇOS PREVIDENCIÁRIOS PERÍODO DE CARÊNCIA-VALOR MENSAL SALÁRIO DE BENEFÍCIO REAJUSTAMENTOS 2. DA CARÊNCIA O período de carência era contado, para o segurado empregado, o trabalhador avulso e o contribuinte individual que presta serviço a pessoa jurídica (este a partir da competência de abril/2003), da data da filiação ao RGPS, ou seja, a partir do exercício da atividade remunerada. 1. Alteração trazida pela Lei nº 13.146/2015, que entra em vigor em 180 dias a contar de 07/07/2015.

Esses segurados tinham a seu favor a presunção do recolhimento de suas contribuições previdenciárias, uma vez que a responsabilidade tributária de recolher as contribuições à União é da empresa empregadora ou tomadora de serviço. Com o advento da Lei Complementar nº 150/2015, o empregado doméstico passou a gozar, também, da presunção de recolhimento das contribuições previdenciárias. Os artigos 27 e 35 da Lei nº 8.213/91 foram alterados de forma a se concluir que o empregado doméstico não precisa comprovar o recolhimento das contribuições previdenciárias para obter benefícios da Previdência Social. Isso porque a responsabilidade do recolhimento era e continua sendo do empregador doméstico. De acordo com a nova redação do inciso I do art. 27 da Lei de Benefícios, para o cômputo do período de carência, serão consideradas as contribuições referentes ao período a partir da data de filiação ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS), no caso dos segurados empregados, inclusive os domésticos, e dos trabalhadores avulsos. Para o empregado doméstico, não se considera mais o período de carência computado a partir da primeira contribuição sem atraso. E o art. 35 da Lei nº 8.213/91 passou a dispor: Art. 35. Ao segurado empregado, inclusive o doméstico, e ao trabalhador avulso que tenham cumprido todas as condições para a concessão do benefício pleiteado, mas não possam comprovar o valor de seus salários de contribuição no período básico de cálculo, será concedido o benefício de valor mínimo, devendo esta renda ser recalculada quando da apresentação de prova dos salários de contribuição. Caso o empregado doméstico demonstre que, por exemplo, possuía salários de contribuição de R$ 2.500,00, mas o seu empregador nunca recolheu a contribuição, deverá o INSS considerar os salários de contribuição de R$ 2.500,00 no cálculo do salário de benefício, e não mais conceder o benefício mínimo, deixando de aplicar o disposto no art. 36 da Lei nº 8.213/91, que foi tacitamente revogado.. 2.1. Benefícios que exigem carência Os benefícios que exigem um número mínimo de contribuição para o RGPS são: auxílio-doença e aposentadoria por invalidez; aposentadorias por idade, tempo de contribuição e especial; salário-maternidade para os segurados contribuintes individuais, especiais e facultivativos. Os benefícios de pensão por morte e de auxílio-reclusão não exigem carência, conforme previa a Medida Provisória nº 664/20134. A Lei nº 13.135/2015 restaurou a redação anterior do art. 26 da Lei nº 8.213/91, isentando os benefícios de pensão por morte e auxílio-reclusão do cumprimento de qualquer carência de contribuição previdenciária. SITUAÇÃO HIPOTÉTICA TERÁ DIREITO AO BENEFÍCIO, OBSERVADA A CARÊNCIA MÍNIMA EXIGIDA?

SITUAÇÃO HIPOTÉTICA Lucas, segurado facultativo há 05 meses, veio a falecer em razão de uma pneumonia, deixando dependentes no RGPS. TERÁ DIREITO AO BENEFÍCIO, OBSERVADA A CARÊNCIA MÍNIMA EXIGIDA? SIM Os dependentes de Lucas terão direito à pensão por morte, porque este benefício não exige carência. Finalmente, confira o quadro abaixo para melhor memorizar: COM CARÊNCIA ART. 25 DA LEI Nº 8.213/91 BENEFÍCIOS CONTRIBUIÇÕES MENSAIS auxílio-doença 12 aposentadoria por invalidez 12 aposentadoria por idade 180 aposentadoria por tempo de contribuição 180 aposentadoria especial 180 salário-maternidade para segurados e seguradas facultativos, contribuintes individuais e especiais* 10** *. Para o segurado ou a segurada especial será exigida a carência mínima de 10 meses de exercício efetivo na atividade rural imediatamente anteriores à data do requerimento, ainda que descontínuos. **. Se o parto antecipar o número mínimo de contribuições exigido será diminuído em número igual aos meses de antecipação do parto, comprovada por atestado médico. Assim, se o parto acontecer no 8º mês de gestação, a carência sofrerá a diminuição de 1 mês, sendo exigidas apenas 9 contribuições mensais. 2.3. Benefícios que não exigem carência Com a restauração da redação anterior do art. 26, inciso I, da Lei nº 8.213/91, pela Lei nº 13.135/2015, os benefícios de pensão por morte e de auxílio-reclusão voltaram a não exigir carência para a sua concessão. Os benefícios de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez estão isentos da carência mínima quando a incapacidade decorrer de acidente de qualquer natureza ou causa, de doença profissional ou do trabalho e de doenças ou afecções graves especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, atualizada a cada 3 (três) anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado. É importante informar que o art. 151 da Lei nº 8.213/91, anteriormente revogado pela MP nº 664/2014, foi restaurado pela Lei nº 13.135/2015, fazendo incluir na lista de doenças graves, a esclerose múltipla. Confira:

Art. 151. Até que seja elaborada a lista de doenças mencionada no inciso II do art. 26, independe de carência a concessão de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez ao segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido das seguintes doenças: tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, esclerose múltipla, hepatopatia grave, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante), síndrome da deficiência imunológica adquirida (aids) ou contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina especializada. Para não gerar dúvidas, memorize o quadro abaixo: Prestações previdenciárias que não exigem CARÊNCIA MÍNIMA de contribuições (Art. 25 e 26 da Lei nº 8.213/91) Pensão por morte; auxílio-reclusão; auxílio-acidente; salário-família; auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho e de doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, atualizada a cada 3 (três) anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado; salário-maternidade para os segurados empregados, domésticos e trabalhadores avulsos; serviço social e reabilitação profissional. 3. DO SALÁRIO DE BENEFÍCIO SB A obrigatoriedade da utilização do fator previdenciário no cálculo da aposentadoria por tempo de contribuição foi flexibilizada pela Medida Provisória nº 676/2015. Foi acrescentado à Lei nº 8.213/91 o art. 29-C, dispondo que o segurado que preencher o requisito para a aposentadoria por tempo de contribuição poderá optar pela não incidência do fator previdenciário 2, no cálculo de sua aposentadoria, quando o total resultante da soma de sua idade e de seu tempo de contribuição, incluídas as frações, na data de requerimento da aposentadoria, for de acordo com a seguinte tabela: MULHERES (soma do tempo de contribuição e da idade)* HOMENS (soma do tempo de contribuição e da idade)* ANO DO REQUERIMENTO 85 95 Até 2016 86 96 2017 a 2018 2. A Medida Provisória nº 676/2015 não foi, ainda, apreciada pelo Congresso Nacional até o fechamento desta atualização.

87 97 2019 88 98 2020 89 99 2021 90 100 2022 * Serão acrescidos cinco pontos à soma da idade com o tempo de contribuição do professor e da professora que comprovarem exclusivamente tempo de efetivo exercício de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio. Para dirimir possíveis dúvidas, vamos aos exemplos: Joaquim, segurado contribuinte individual conta, em 2015, com 36 anos de contribuição e 59 anos idade. Se ele for requerer sua aposentadoria por tempo de contribuição, o fator previdenciário não será utilizado para o cálculo do salário de benefício e, consequentemente, para o da renda mensal do benefício requerido. No caso, Joaquim será beneficiado pela regra da tabela acima. Como a soma de seu tempo de contribuição 36 anos e da sua idade 59 é igual a 95, não se aplica o fator previdenciário no cálculo de sua aposentadoria. No entanto, para se aposentar por tempo de contribuição deverá ter, no mínimo, 35 anos de contribuição. Fernando contará, em 2017, com 35 anos de contribuição e 50 anos de idade, o fator previdenciário será utilizado, obrigatoriamente, no cálculo do salário de benefício e, consequentemente, no da renda mensal do benefício requerido. Fernando não poderá ser beneficiado pela regra da tabela acima. Como a soma de seu tempo de contribuição 35 anos e de sua idade 50 é igual a 85, aplica-se o fator previdenciário no cálculo de sua aposentadoria. Para que o fator previdenciário não seja exigido, será necessário que Fernando apresente 96 na soma do seu tempo de contribuição e da sua idade, desde que cumprido o tempo mínimo de contribuição de 35 anos. É importante destacar, ainda, que para a apuração da renda mensal dos benefícios dos segurados, há que se observar a regra disposta no art. 34 da Lei nº 8.213/91, com nova redação dada pela Lei Complementar nº 150/2015: para o segurado empregado, o empregado doméstico e o trabalhador avulso, serão computados os salários de contribuição referentes aos meses de contribuições devidas, ainda que não recolhidas pela empresa ou pelo empregador doméstico, sem prejuízo da respectiva cobrança e da aplicação das penalidades cabíveis; para o segurado empregado, inclusive o doméstico, o trabalhador avulso e o segurado especial, o valor mensal do auxílio-acidente será computado como salário de contribuição para fins de concessão de qualquer aposentadoria. para o contribuinte individual que prestar serviço à empresa ou for filiado à cooperativa de trabalho ou de produção, a partir de abril de 2003, serão computados os salários de contribuição referentes aos meses de contribuições devidas, ainda que não recolhidas pela empresa, sem prejuízo da respectiva cobrança e da aplicação das penalidades cabíveis; e para os demais segurados, somente serão computados os salários de

contribuição referentes aos meses de contribuição efetivamente recolhida. Isso quer dizer que o empregado, o empregado doméstico, o trabalhador avulso e contribuinte individual que tem descontada sua contribuição pela empresa gozam de presunção de recolhimento para o cálculo do salário de benefício. Já os demais terão os seus salários de contribuição considerados para o cálculo do seu salário de benefício somente aqueles cuja contribuição foi efetivamente recolhida. É imperioso destacar, ainda, que no caso do segurado empregado, inclusive o doméstico, e do trabalhador avulso que tenham cumprido todas as condições para a concessão do benefício pleiteado, mas que não possam comprovar o valor dos seus salários de contribuição no período básico de cálculo será concedido o benefício de valor mínimo, devendo esta renda ser recalculada quando da apresentação de prova dos salários de contribuição. 3 A renda mensal inicial, recalculada de acordo com o critério acima, deve ser reajustada como a dos benefícios correspondentes com igual data de início e substituirá, a partir da data do requerimento de revisão do valor do benefício, a renda mensal que prevalecia até então. 4. DA RENDA MENSAL DO BENEFÍCIO RMI O valor da pensão por morte será o valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu óbito (100% do salário de benefício). A Lei nº 13.135/2015 restabeleceu a redação do artigo 75, da Lei 8.213/91, voltando a pensão por morte a ser integral. Os benefícios que foram concedidos sob a vigência da MP nº 664/2014 serão revistos pelo INSS para se adequarem à lei então vigente. O auxílio-reclusão seguirá as mesmas regras impostas à pensão por morte para apuração de sua renda mensal inicial, no que for cabível. O seu valor inicial será de 100% da aposentadoria por invalidez a que teria direito o segurado na data de seu recolhimento à prisão. Exemplo: João, aposentado, faleceu em julho de 2015, deixando 02 dependentes. O valor de sua aposentadoria, na data do óbito, era de R$2.000,00. A pensão por morte será de R$2.000,00 dividida em partes iguais para os 02 dependentes. Cada um receberá R$ 1.000,00. CAPÍTULO 11 - ACIDENTE DO TRABALHO 2. O ACIDENTE DO TRABALHO O art. 19 da Lei nº 8.213/91, após a publicação da Lei Complementar nº 150/2015, passou a dispor que: Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou do empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação 3. Art. 35, Lei nº 8213/9, com redação dada pela LC nº 150/2015.

funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. O acidente do trabalho contemplava somente os segurados empregado, trabalhador avulso e especial. Daí podia-se concluir que somente empregados, trabalhadores avulsos e segurados especiais poderiam ter seus benefícios caracterizados como acidentários. Com a nova redação do art. 19 da Lei nº 8.213/91, o empregado doméstico foi incluído no conceito de acidente do trabalho. O seguro contra acidente do trabalho que fora estendido aos empregados domésticos, com a alteração do parágrafo único do art. 7º da Constituição Federal, foi regulamentado pela Lei Complementar nº 150/2015, trazendo alteração no texto dos artigos 19, 21-A e 22 da Lei nº 8.213/91. Os empregados domésticos passaram a ter direito aos benefícios de natureza acidentária (decorrentes de acidente do trabalho) e o empregador doméstico terá a obrigação de recolher a contribuição previdenciária, a título de SAT, de 0,8% sobre a remuneração paga ou devida ao empregado no mês anterior. Os benefícios previdenciários pagos ao empregado, inclusive o doméstico, ao trabalhador avulso e ao segurado especial, bem como aos dependentes, em decorrência de acidente do trabalho, são: - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez por acidente de trabalho; -auxílio-acidente por acidente de trabalho e - pensão por morte por acidente de trabalho. 5. A COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DO TRABALHO CAT Com a extensão do seguro contra acidente do trabalho e a caracterização de benefícios de natureza acidentária aos empregados domésticos, fica o empregador doméstico com a obrigação de emitir a CAT. Caberá à empresa e ao empregador doméstico expedir a CAT Comunicação de Acidente de Trabalho ao INSS até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, sob pena de multa. Com o advento da Lei Complementar nº 150/2015, o artigo 21-A da Lei 8.213/91 também foi modificado, passando a prever que a perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) considerará caracterizada a natureza acidentária da incapacidade quando constatar ocorrência de nexo técnico epidemiológico entre o trabalho e o agravo, decorrente da relação entre a atividade da empresa ou do empregado doméstico e a entidade mórbida motivadora da incapacidade elencada na Classificação Internacional de Doenças (CID), em conformidade com o que dispuser o regulamento. E, caso isso venha acontecer, poderão a empresa, o empregador doméstico ou o segurado recorrer da decisão junto ao Conselho de Recursos da Previdência Social. 6. ESTABILIDADE DO ACIDENTADO O art. 118 da Lei de Benefícios determina que o segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente de percepção de auxílio-acidente. Apesar de o referido artigo trazer o termo segurado, podemos entender que o empregado e o empregado doméstico (após LC nº 150/2015) terão estabilidade, uma vez que os outros segurados que poderão sofrer acidente do trabalho (trabalhador avulso

e segurado especial) não possuem vínculo empregatício com empresas urbana ou rural ou com o empregador doméstico. O auxílio-doença somente é devido se for constatada incapacidade temporária do segurado empregado por mais de 15 dias consecutivos. 4 A regra antes trazida pela Medida Provisória nº 664/2014, não foi aprovada pelo Congresso Nacional e a Lei nº 13.135/2015 restabeleceu o art. 59 da Lei nº 8.213/91, concedendo o auxílio-doença para o segurado empregado a partir do 16º dia do afastamento, cabendo ao empregador lhe pagar o salário integral durante os primeiros 15 dias.. CAPÍTULO 12 DOS BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS 1. DO AUXÍLIO-DOENÇA 1.1. Fato gerador O auxílio-doença é um benefício não programado, concedido em face da incapacidade relativa ou temporária do segurado para o trabalho ou para o exercício de suas atividades habituais por mais de 15 (quinze) dias consecutivos. O art. 59 da Lei nº 8.213/91 foi restaurado pela Lei nº 13.135/2015, exigindo que, para o gozo do auxílio-doença, a incapacidade do segurado tem que ser por mais de 15 dias consecutivos. 1.2. Avaliação da incapacidade Com a Lei nº 13.135/15, o auxílio-doença para o empregado voltou a ser devido quando ficar incapacitado por mais de 15 dias. O auxílio-doença será devido ao empregado a partir do 16º dia do seu afastamento. A empresa que dispuser de serviço médico, próprio ou em convênio, terá a seu cargo o exame médico e o abono das faltas correspondentes aos 15 (quinze) primeiros dias de incapacidade e somente deverá encaminhar o segurado empregado à perícia médica da Previdência Social quando a incapacidade ultrapassar quinze dias. Os demais segurados, incluindo o empregado doméstico, terão direito ao benefício de auxílio-doença a partir do início da incapacidade. A inclusão do 5º ao art. 60, da Lei nº 8.213/91, pela Lei nº 13.135/2015 veio permitir que a perícia médica seja feita por órgãos e entidades públicos ou que integrem o SUS, com coordenação e supervisão do INSS. Nos casos de impossibilidade de realização de perícia médica pelo órgão ou setor próprio competente, assim como de efetiva incapacidade física ou técnica de implementação das atividades e de atendimento adequado à clientela da previdência social, o INSS poderá, sem ônus para os segurados, celebrar, nos termos do regulamento, convênios, termos de execução descentralizada, termos de fomento ou de colaboração, contratos não onerosos ou acordos de cooperação técnica para realização de perícia médica, por delegação ou simples cooperação técnica, sob sua coordenação e 4. Súmula TST 378: ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ACIDENTE DO TRABALHO. ART. 118 DA LEI Nº 8.213/1991. CONSTITUCIONALIDADE. PRESSUPOSTOS (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 105 e 230 da SBDI-1) Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 I. É constitucional o artigo 118 da Lei nº 8.213/1991 que assegura o direito à estabilidade provisória por período de 12 meses após a cessação do auxílio-doença ao empregado acidentado. (ex-oj nº 105 da SBDI-1 inserida em 01.10.1997) II. São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento superior a 15 dias e a consequente percepção do auxílio-doença acidentário, salvo se constatada, após a despedida, doença profissional que guarde relação de causalidade com a execução do contrato de emprego. (primeira parte ex-oj nº 230 da SBDI-1 inserida em 20.06.2001)

supervisão, com órgãos e entidades públicos ou que integrem o Sistema Único de Saúde (SUS). 1.5. Data de início do benefício O auxílio-doença será devido: para o empregado: a) a partir de 16º dia do afastamento da atividade, se requerido até 30 dias da data do seu afastamento; b) a partir da data da entrada do requerimento, se requerido após 30 dias da data do seu afastamento e para os demais segurados, incluído o empregado doméstico: a) a partir da data do início da incapacidade, se requerido dentro de 30 dias do início da incapacidade; b) da data da entrada do requerimento, se requerido após decorrerem 30 dias do início da incapacidade. Veja que no caso do empregado, os 15 (quinze) primeiros dias de incapacidade serão pagos pelo empregador a título de salário integral, iniciando o direito ao auxíliodoença somente a partir do 16º dia do afastamento. 1.6. Modalidades de auxílio-doença Com o advento da Lei Complementar nº 150/2015, o empregado doméstico passou a ter direito ao benefício de auxílio-doença acidentário. Isso, porque o art. 19 da Lei nº 8.213/91 foi alterado, contemplando o empregado doméstico no conceito de acidente do trabalho, conforme já explicado no capítulo anterior. Somente os empregados, os empregados domésticos, os trabalhadores avulsos e os segurados especiais têm direito ao auxílio-doença acidentário (os demais segurados receberão sempre auxílio-doença previdenciário). O empregador doméstico contribuirá com 0,8% sobre o salário de contribuição de seu empregado a título de seguro contra acidente do trabalho. 2.7.Outras regras O segurado que durante o gozo do auxílio-doença vier a exercer atividade que lhe garanta subsistência poderá ter o benefício cancelado a partir do retorno à atividade. Nessa hipótese, caso o segurado, durante o gozo do auxílio-doença, venha a exercer atividade diversa daquela que gerou o benefício, deverá ser verificada a incapacidade para cada uma das atividades exercidas. O segurado empregado, inclusive o doméstico, em gozo de auxílio-doença será considerado pela empresa e pelo empregador doméstico como licenciado. QUADRO RESUMO Beneficiários Todos os segurados. AUXÍLIO-DOENÇA

Requisitos Carência Salário de benefício SB Renda mensal inicial RMI Data de início do benefício DIB Incapacidade para o exercício do trabalho ou atividades habituais por mais de quinze dias consecutivos. Necessidade de perícia médica a cargo da Previdência Social. 12 contribuições mensais, exceto no caso da causa ter sido acidente de qualquer natureza ou doenças especificadas na lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social. No caso do segurado especial, a carência é de 12 meses de efetivo exercício na atividade, imediatamente anteriores à data do requerimento do benefício. Média aritmética simples dos maiores salários de contribuição correspondentes a 80% do período contributivo. 91% do salário de benefício. O valor do auxílio-doença não poderá exceder a média aritmética simples dos últimos doze salários de contribuição, inclusive no caso de remuneração variável, ou, se não alcançado o número de doze, a média aritmética simples dos salários de contribuição existentes 5. para o empregado: a) a partir do 16º dia do afastamento, se requerido o benefício até o 30 dias da data do afastamento; b) a partir da data da entrada do requerimento, se entre o afastamento e a data de entrada do requerimento decorrerem mais de 30 dias. para os demais segurados, incluído o empregado doméstico: a) a partir da data do início da incapacidade, se requerido dentro de 30 dias do início da incapacidade; b) da data da entrada do requerimento, se requerido após decorrerem 30 dias do início da incapacidade. Divisão do auxílio-doença em acidentário ou previdenciário Suspensão do benefício Cessação do benefício 3. AUXÍLIO-ACIDENTE Acidentário = incapacidade decorre de acidente do trabalho. Após a cessação do auxílio-doença acidentário o segurado mantém pelo prazo mínimo de doze meses o contrato de trabalho, independentemente do recebimento de auxílio-acidente. Previdenciário = incapacidade decorre de outros eventos exceto acidente do trabalho Quando não comparecer à perícia médica ou à convocação do INSS ou recusar ao tratamento de reabilitação profissional. quando cessar a incapacidade; quando transformar-se em aposentadoria por invalidez; quando conceder auxílio-acidente. quando o segurado falecer. 5. Art. 29, 10, Lei nº 8.213/91.

O empregado doméstico passou a ter direito ao auxílio-acidente. Antes da publicação da LC nº 150/2015, apenas tinham direito ao auxílioacidente os segurados empregado, trabalhador avulso e especial. Beneficiários Natureza jurídica Requisitos Carência Salário de benefício SB Renda mensal inicial RMI Data de início do benefício DIB Classificação em auxílioacidente acidentário e previdenciário Suspensão do benefício Cessação do benefício AUXÍLIO-ACIDENTE Empregado, empregado doméstico, trabalhador avulso e segurado especial. CARÁTER INDENIZATÓRIO por redução na capacidade para o trabalho. Ocorrência de acidente de qualquer natureza que implique: redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia; redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia e que exija maior esforço para o desempenho da mesma atividade que exercia à época do acidente; impossibilidade de desempenho da atividade que exercia à época do acidente, porém que permita o desempenho de outra, após processo de reabilitação profissional, nos casos indicados pela perícia médica do INSS. NÃO EXIGE CARÊNCIA MÍNIMA. Média aritmética simples dos maiores salários de contribuição correspondentes a 80% do período contributivo. 50% do salário de benefício. Dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença. Da data do requerimento administrativo quando não precedido de auxílio-doença; Da data da citação da autarquia quando não houver requerimento administrativo 6. Acidentário = a perda parcial da capacidade laborativa, decorre de acidente do trabalho (típico, atípico ou por equiparação). Previdenciário = a perda parcial da capacidade laborativa, decorre de acidente de qualquer natureza. A causa não é acidente do trabalho. Em caso de retornar incapacidade temporária cuja causa seja a mesma que originou o auxílio-acidente. com a concessão de qualquer aposentadoria ao segurado; com a morte do segurado; com a emissão de certidão de tempo de contribuição CTC para averbação de tempo de serviço/contribuição em outro regime previdenciário. 6 STJ, EResp n 735.329/RJ, de 06/05/2011.

Outros A percepção de salário, salário-maternidade ou segurodesemprego não impede o recebimento do auxílio-acidente. Pode ser concedido ainda que o segurado esteja desempregado, desde que o acidente ocorra em época que o indivíduo esteja na condição de segurado do RGPS. Não se acumula com aposentadoria. Não é possível condicionar a concessão de auxílio-acidente à percepção de auxílio-doença antecedente (Parecer n. 18/2013/CONJUR-MPS/CGU/AGU). 3. DA APOSENTADORIA POR INVALIDEZ 3.4. Data de início do benefício Se o benefício for concedido pela transformação do auxílio-doença em aposentadoria, a data do seu início será o dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença, qualquer que seja a qualidade de segurado. Nesse caso, ainda que o segurado seja empregado, não terá o empregador o dever de lhe pagar os 15 primeiros dias a título de salário, uma vez que já havia assumido esse ônus quando da concessão do auxílio-doença. Já se a aposentadoria por invalidez for concedida de forma imediata o benefício será devido: para o empregado: a) a partir de 16º dia do afastamento da atividade, se requerido até 30 dias da data do seu afastamento; b) a partir da data da entrada do requerimento, se requerido após 30 dias da data do seu afastamento e para os demais segurados, incluído o empregado doméstico: a) a partir da data do início da incapacidade, se requerido dentro de 30 dias do início da incapacidade; b) da data da entrada do requerimento, se requerido após decorrerem 30 dias do início da incapacidade Veja que no caso do empregado, quando a aposentadoria por invalidez for concedida instantaneamente, os 15 (quinze) primeiros dias de incapacidade serão pagos pelo empregador a título de salário, iniciando o direito à aposentadoria somente a partir do 16º dia do afastamento 7. Perceba que não está incluído, nessa regra, o empregado doméstico, sendo este tratado como os demais segurados. O empregador doméstico não tem o dever de pagar ao seu empregado incapacitado os 15 primeiros dias de afastamento. 3.5. Modalidades de aposentadoria por invalidez 7. Os 15 primeiros dias pagos pelo empregador não terão a incidência de contribuição previdenciária, segundo entendimento do STJ (REsp 942.365-SC).

Com o advento da Lei Complementar nº 150/2015, o empregado doméstico passou a ter direito ao benefício de aposentadoria por invalidez acidentária. Isso, porque o art. 19 da Lei nº 8.213/91 foi alterado, contemplando o empregado doméstico no conceito de acidente do trabalho, conforme já explicado no capítulo anterior. A aposentadoria por invalidez de natureza acidentária pode ser concedida apenas aos segurados empregados, empregados domésticos, trabalhadores avulsos e segurados especiais. O empregador doméstico contribuirá com 0,8% sobre o salário de contribuição de seu empregado a título de seguro contra acidente do trabalho. Beneficiários Todos os segurados APOSENTADORIA POR INVALIDEZ Requisitos Carência Salário de benefício SB Renda mensal inicial RMI Data de início do benefício DIB Dividida em acidentária Incapacidade permanente para o exercício do trabalho e insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência. Necessidade de perícia médica a cargo da Previdência Social. Doze contribuições mensais, EXCETO no caso da causa ter sido acidente de qualquer natureza ou doenças especificadas na lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social. No caso do segurado especial, a carência é de 12 meses de efetivo exercício na atividade, imediatamente anteriores à data do requerimento do benefício. Média aritmética simples dos maiores salários de contribuição correspondentes a 80% do período contributivo. 100% do salário de benefício. O valor da aposentadoria por invalidez do segurado que necessitar da assistência permanente de outra pessoa será acrescido de 25% e poderá ultrapassar o valor máximo estabelecido para os benefícios do RGPS Se for concedida pela transformação do auxílio-doença: a partir do dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença; Se for concedida de imediato: A) para o empregado, exceto o doméstico: a partir do 16º dia do afastamento, se requerido o benefício até o 30º dia do afastamento; B) para os demais segurados: a partir da data do início da incapacidade, se requerido o benefício até o 30º dia do afastamento; C) para todos os segurados: a partir da data do requerimento, quando requerido após o 30º dia do afastamento. Entendimento do STJ é de que a citação válida deve ser considerada como termo inicial para a implantação da aposentadoria por invalidez concedida na via judicial quando ausente prévia postulação administrativa. Acidentária= incapacidade decorre de acidente do trabalho Previdenciária = incapacidade não decorre de acidente do trabalho.

Beneficiários Todos os segurados ou previdenciári a Suspensão do benefício Cessação do benefício Decorre de outros eventos, exceto o acidente do trabalho. Quando não comparecer à perícia médica ou à convocação do INSS ou recusar ao tratamento de reabilitação profissional. O aposentado por invalidez que completar 60 anos de idade estará isento do exame médico periódico a cargo do INSS. quando cessa a incapacidade; quando o segurado falece; quando o segurado retorna voluntariamente à atividade. 5. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO 5.5. Da renda mensal inicial A obrigatoriedade da utilização do fator previdenciário no cálculo da aposentadoria por tempo de contribuição foi flexibilizada pela Medida Provisória nº 676/2015. Foi acrescentado à Lei nº 8.213/91 o art. 29-C, dispondo que o segurado que preencher o requisito para a aposentadoria por tempo de contribuição poderá optar pela não incidência do fator previdenciário 8, no cálculo de sua aposentadoria, quando o total resultante da soma de sua idade e de seu tempo de contribuição, incluídas as frações, na data de requerimento da aposentadoria, for de acordo com a seguinte tabela: MULHERES (soma do tempo de contribuição e da idade)* HOMENS (soma do tempo de contribuição e da idade)* ANO DO REQUERIMENTO 85 95 Até 2016 86 96 2017 a 2018 87 97 2019 88 98 2020 89 99 2021 90 100 2022 * Serão acrescidos cinco pontos à soma da idade com o tempo de contribuição do professor e da professora que comprovarem exclusivamente tempo de efetivo exercício de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio. Sugiro ao leitor que leia o item 3 do capítulo 10. 8. SALÁRIO-FAMÍLIA 8.1. Requisitos 8.A Medida Provisória nº 676/2015 não foi, ainda, apreciada pelo Congresso Nacional até o fechamento desta atualização.