LOJA BRANCO&PRETO: O MÓVEL COMO ELEMENTO CHAVE DA ARQUITETURA E ESPAÇOS DE INTERIORES

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1 LOJA BRANCO&PRETO: O MÓVEL COMO ELEMENTO CHAVE DA ARQUITETURA E ESPAÇOS DE INTERIORES RESUMO O presente trabalho apresenta o mobiliário projetado pelos arquitetos sócios da loja Branco & Preto, móveis esses marcados por uma produção artesanal de exímia qualidade e alto nível de detalhamento. Os integrantes da sociedade Loja de Móveis Branco & Preto representam uma visão do projeto de mobiliário que concebe o móvel não apenas como elemento isolado e sim como peça integrante do projeto arquitetônico. Para entendermos o nível de detalhamento dos móveis serão apresentados o redesenho da estrutura da poltrona R3 e a maquete física da mesa de centro desenhada por Roberto Aflalo. Outro ponto importante que devemos destacar são as possíveis relações entre os móveis produzidos pelo grupo e a arquitetura, que poderão ser analisadas nos estudos de caso dos projetos do arquiteto Oswaldo Arthur Bratke para a residência Maria Luísa e Oscar Americano, de 1952, e para a residência Jardim América, de Ambos projetos utilizaram mobiliário da loja Branco & Preto. Palavras-chave: Arquitetura Moderna; Mobiliário; Branco & Preto; Interiores. ABSTRACT This paper discusses about the furniture designed by architects members of Branco & Preto furniture store those marked by an artisan production of eximia with high quality detailing. The members of the store were all architects who thought the mobile not only as an isolated element, but also as an integral part of the architectural design. To understand the level of detail of the furniture will be presented the redesign of the structure of the chair R3 and physical model of the center table designed by Roberto Aflalo. Another important point that should be emphasized are the possible relations between the furniture produced by the group and architecture that can be analyzed in the case studies of projects by architect Arthur Oswaldo Bratke for the residence Maria Luisa and Oscar Americano, 1952, and for the home Jardim América, Both projects used furniture from the store Branco & Preto. Keywords: Modern Architecture; Furniture; Branco & Preto; Interior Sessão Temática/Eixo temático: 1. Projeto; 4. Fundamentação e Crítica

2 LOJA BRANCO&PRETO: O MÓVEL COMO ELEMENTO CHAVE DA ARQUITETURA E ESPAÇOS DE INTERIORES 2 Introdução Bruno Dias 1 Eunice Helena S. Abascal 2 Na década de 1950, a concepção e a execução do mobiliário consistiu numa expressão dos ideais arquitetônicos e espacialidade fluida cara à planta moderna, contribuindo para a consolidação dos novos conceitos impressos à produção da arquitetura. Com o objetivo de propiciar unidade expressiva à arquitetura e ao mobiliário moderno, ressalta-se a contribuição de um grupo de arquitetos formados pela Faculdade de Arquitetura Mackenzie: entre eles, Miguel Forte, Jacob Ruchti, Plínio Croce, Roberto Aflalo e Carlos Millan, que vieram a atuar além juntamente com o Arquiteto I Chen Hwa, formado na Pensilvânia. O grupo teve grande participação nos projetos de arquitetura, em especial a arquitetura residencial unifamiliar paulistana, além de contribuir, por meio de significativa atuação no campo do design, para suprir a dificuldade de mobiliar os espaços arquitetônicos dessas residências, inclusive aqueles por eles produzidos. O design de mobiliário da loja Branco & Preto, sociedade comercial que reuniu o mencionado grupo entre as décadas de 1950 e 1970, se utilizava de madeiras tais como jacarandá-da-bahia, caviúna, cabreúva ou pau-marfim, bem como da utilização de estofamento com desenhos de estamparia criados pelos sócios, além de materiais como mármore, vidro e ferro, agregando ao desenho do mobiliário materialidade e tridimensionalidade: articulando assim mobiliário e arquitetura moderna. Os projetos dos móveis da Branco & Preto foram marcados por uma produção singular de extrema qualidade, que possibilitava o desenvolvimento de projetos de peças especiais bem como peças de linha, a exemplo dos móveis que integravam o catálogo da loja, procurando alcançar por meio dessas duas estratégias a articulação entre projeto de interiores e espaço arquitetônico. Embora a sociedade de seis membros tenha se desfeito logo Ruchti, Chen e Croce deixaram-na de início, e a loja tenha passado a pertencer a Miguel Forte, Roberto Aflalo e Carlos Millan, e se desfeito em 1970, devido ao grande volume de trabalho dos escritórios de arquitetura dos sócios (ACAYABA,1994), sua contribuição para o desenvolvimento da espacialidade moderna reafirmada pelo mobiliário e design de interiores possibilitando a fluidez espacial e a divisão dos espaços pelo mobiliário, executado primorosamente a relação entre a escala do móvel e da arquitetura, 1 Formado em Design de Interiores pela Academia Brasileira de Arte (ABRA); Graduado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Nove de Julho e, tem como área de atuação o desenvolvimento de mobiliário. Mestre pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie. 2 Professora da área de Teoria e História da Arquitetura; Coordenadora e Docente do Programa de Pós Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie; Doutora pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUSP).

3 3 bem como projetando visuais recorrendo à tridimensionalidade do móvel este não era concebido para ser encostado às paredes, mas como parte do espaço tridimensional, podendo ser visto em todas as dimensões é relevante ao avanço da compreensão do espaço moderno por intermédio da produção de arquitetura paulistana. 1. O Mobiliário da loja Branco & Preto: Algumas características materiais e executivas Os móveis da loja Branco & Preto eram pensados com base nas técnicas e processos de marcenaria tradicional, aplicadas a sofás, poltronas, cadeiras, mesas, buffets, escrivaninhas, etc. Peças especiais eram também desenvolvidas, como estantes e móveis de apoio, empregando as características peculiares da loja relativas ao tipo de madeira, aos sistemas construtivos e aos tecidos. Tais peças eram nomeadas de acordo com as iniciais dos seus criadores; esmiuçados até o detalhe, explorando as características naturais da aparência, estrutura e durabilidade do material. A Branco & Preto era sofisticação, era para atender cliente exclusivo, não era móvel de produção em série. O móvel muito bem feito, o desenho finíssimo, a qualidade era ótima. Marcenaria de alta qualidade com um desenho também muito bom (Antonio Bioni 3, Depoimento ao autor, 6/10/2012). O projeto do mobiliário da loja Branco & Preto apresenta peculiaridades, uma delas é que, quando utilizavam o ferro, na maioria das vezes este era tubular. De modo geral, as mesas apresentavam requadro sempre de meia-esquadria, jamais perpendicular. Não se admitia o laminado melamínico no topo dos móveis, pois na junção da superfície com a espessura se evitava assim visualizar a linha preta do laminado, e então se utilizava o requadro para um melhor acabamento. Quando se utilizava compensado para o tampo, adotava-se o folheado. O bom desenho, com elementos como o requadro a 45º adotado para dar melhor acabamento às mesas, se tornou a marca dos móveis produzidos pelo grupo. Pode-se dizer que se tratava de móveis de fabricação artesanal, o que os transformava em produtos de custo elevado, porém executados com exímia qualidade. Quando um tinha uma ideia para fazer um móvel eles se reuniam, de preferência os seis, para ver se valia a pena continuar. Detalhavam até o produto final ou, se não, encostavam. Aquele móvel recebia o nome do criador, com suas iniciais. Os móveis em geral eram esmiuçados, iam ao detalhe total, explorando as características naturais da aparência, estruturas, durabilidade da madeira, dos tecidos, enfim, de tudo o que iria intervir naquele móvel em questão, e dos móveis em geral. Porque essa era a intenção deles. Então eles exploravam ao máximo o material a ser empregado (Romeu Castro de Souza 4, Depoimento ao autor, 09/10/2012). 3 Antonio Bioni, marceneiro, foi um dos sócios de Geraldo de Barros na empresa Unilabor. 4 Romeu Castro de Souza, arquiteto, trabalhou na loja Branco & Preto.

4 Recorrente no mobiliário produzido no Brasil, em especial entre as décadas de 1950 e 1970, também esteve presente nos móveis da loja a utilização da palhinha. O material era importado da Índia e da Áustria. Podemos evidenciar como sua grande vantagem a ventilação possibilitada pelas frestas entre as tramas, além do fácil manuseio e da disponibilidade de acesso ao material. Porém devemos também destacar os estofamentos utilizando a crina ou a pluma e os tecidos fabricados no Lanifício Fileppo, que pertencia à família da esposa de Miguel Forte. Lá se produziam tecidos exclusivos para a loja, que ficou conhecida pela gama de cores, pela qualidade e pelos desenhos das estampas produzidos pelos arquitetos. O interessante da Branco & Preto é que eles mantiveram a fidelidade, o valor ao material que era empregado, à concepção e de acordo com a arquitetura [...] Não ficou ultrapassada, porque era muita adiantada. Sempre contemporânea, é um clássico [...] São exemplos que podem nortear uma produção futura aproveitando a ideia da coisa, a filosofia, é muito interessante com o mobiliário já existente. Eles eram donos e os projetistas e além de tudo eram arquitetos que tinham uma relação com o mobiliário e a própria arquitetura, assim fechavam o elo (Romeu Castro de Souza, Depoimento ao autor, 09/10/2012). 4 Os arquitetos sócios da loja adotavam técnicas tradicionais de marcenaria para o desenvolvimento de seus móveis. Podemos verificar que alguns dos sistemas por eles empregados continuam sendo utilizados até hoje, inclusive pela indústria moveleira seriada, como a espiga. Porém, outros métodos construtivos, como o malhete, são utilizados apenas por poucas fábricas de produção artesanal, devido à falta de ferramental e de mão de obra e ao alto tempo de produção, além de vivermos o processo de invasão de placas industrializadas como MDF e MDP. Em geral, a madeira era utilizada junto com outros materiais como palhinha, ferro, laminados, mármores e tecidos criados pelo grupo, que eram acrescentados com a aplicação de técnicas artesanais da marcenaria tradicional. Enfim, tudo o que iria intervir no móvel em questão era pensado. Podemos observar nos móveis da loja que os elementos construtivos, além de suprir as questões estruturais, se tornavam elementos de valorização das peças, conforme podemos constatar a seguir, no desenho da estrutura e nas fotos da Poltrona R3 de 1952, projeto de Jacob Ruchti, e no desenho e na maquete da mesa de centro desenhada por Roberto Aflalo.

5 5 Poltrona R3 - Jacob Ruchti de 1952 Figura 1: Desenho estrutura Poltrona R3/ fotos poltrona R3 Fonte: Redesenho feito pelo autor/ fotos Etel Interiores Mesa de Centro Roberto Aflalo Figura 2: Desenho Estrutura /Maquete Mesa Roberto Aflalo Fonte: Redesenho e maquete feita pelo autor

6 6 2. Loja Branco & Preto: mobiliário e espaço residencial moderno em consonância Após levantamento documental efetuado na revista Acrópole e com auxílio da tese de doutorado de Marlene Millan Acayaba (1994), que a utilização dos móveis da loja Branco & Preto era recorrente em projetos da arquitetura moderna residencial paulistana. Para exemplificar essa utilização serão apresentados a seguir dois estudos de caso: a residência Maria Luisa e Oscar Americano (Arqo. Oswaldo Bratke, 1952) e residência Jardim América. (Arqo. Oswaldo Bratke, 1956). Foi empregada a análise de fotos atuais das residências e peças gráficas de projeto para entender as relações entre o mobiliário da Loja e o espaço residencial de exemplo, a fim de constatar possível interação e consonância com o projeto arquitetônico, no sentido de o mobiliário contribuir para a produção da planta fluida, característica da arquitetura moderna. Para verificar essa suposição, será apresentado um estudo mais aprofundado através dos desenhos de um dos ambientes de cada residência, a fim de se verificar essa relação entre o projeto arquitetônico e o projeto de interiores, possibilitada através dos redesenhos. 2.1 Residência Maria Luísa e Oscar Americano A residência foi edificada no bairro do Morumbi em uma gleba de m², um projeto do arquiteto Oswaldo Arthur Bratke ( ), que presidiu o IAB/SP em duas gestões, nos anos de 1951 a 1954, e projetou diversas residências na cidade de São Paulo. Nas obras de Bratke é possível identificar períodos distintos: da fase eclética característica da fase em que mateve sociedade com o Engo. Arquiteto Carlos Botti, encerrada em 1942, até a transição à arquitetura moderna. Em 1952, Bratke foi convidado pelo amigo Oscar Americano para construir a residência da família, projeto que se adaptou às depressões naturais do terreno. A obra é marcada por uma volumetria que não conflita com a natureza e se adapta ao perfil natural do terreno. Logo, o desenho é horizontalizado a fim de usufruir da vegetação e dos jardins (SEGAWA; MAZZA, 2012). A entrada da propriedade localiza-se na parte baixa do terreno, enquanto que a construção está na parte superior, para que assim possa propiciar maior privacidade. A setorização é claramente presente no espaço funcional da casa, que é dividida em três setores: a área social, área íntima, e área de serviços nas extremidades conforme desenho a seguir:

7 7 Figura 3 Setorização Residência Maria Luísa e Oscar Americano Fonte: Desenho elaborado pelo autor. A residência apresenta uma relação forte com as áreas externas através dos seus grandes planos de vidro e os interiores são mobiliados com peças da Loja Branco & Preto. No redesenho da sala de estar, apresentado na sequência, pode-se notar uma integração entre o espaço interior e e exterior, o que é reforçado pela mobília que se insere no espaço de modo a preservar a fluidez visual, devido à escala das peças, desenho de geometria pura e tridimensionalidade os móveis não parecem ser realizados para que se encostem necessariamente às paredes, mas contribuem para dividir, demarcar e visualizar o espaço, tanto interior como exterior. A Branco & Preto utilizou, na maior parte do projetodo mobiliário da residência mencionada, móveis desenhados com exclusividade, que pode ser observado no desenho esquemático da sala de estar, a seguir, que será estudado em detalhes, para que seja possível verificar a existência de relação na concepção articulada de móvel e espaço, e sua explicitação. Na sequência, são apresentados o layout e os desenhos dos móveis. Pode-se observar que, as linhas retas e a horizontalidade predominam no projeto da mobília. Figura 4 - Layout sala de estar com desenhos dos móveis Fonte: Desenhado pelo autor.

8 8 Ao analisar a distribuição dos móveis, é possível constatar uma relação consonante com a obra arquitetônica verificada pelo alinhamento dos móveis a eixos, explicitados pelo alinhamento do banco e das poltronas ao eixo das janelas. É possível encontrar essas relações ainda na composição total do espaço ditada pelo mobiliário, e na relação de peso na composição, que tem, no centro, uma mesa cujo eixo guia o alinhamento dos móveis, como é possível observar nos desenhos abaixo. Figura 5 Layout, Corte AA e BB sala de estar residência Maria Luisa e Oscar Americano Fonte: Desenhado pelo autor.

9 9 Figura 6 Relação entre os móveis sala de estar residência Maria Luisa e Oscar Americano Fonte: Desenhado pelo autor. Pode-se observar na perspectiva e na maquete a seguir uma transparência possibilitada pelo grande fechamento em vidro e no mobiliário. As estantes nas extremidades evidenciam que seus núcleos principais não chegam até o teto, o que a princípio poderia ser a solução mais usual para uma estante. Os sofás e bancos não são totalmente fechados e a mesa de centro evidencia essa transparência com o uso do vidro, o que possibilita maior integração entre os espaços interno e externo da residência. Figura 7 Perspectiva sala de estar residência Maria Luisa e Oscar Americano Fonte: Desenhado pelo autor.

10 10 Figura 8 Residência Maria Luisa e Oscar Americano: maquete sala de estar Fonte: Maquete elaborada pelo autor 2.2 Residência Jardim América A residência Jardim América, projeto de Bratke de 1956, obra cuja característica marcante é o fato de sua fachada ser voltada para o jardim interno, tem, assim como o projeto apresentado anteriormente, na composição da sua volumetria a utilização dos cheios e vazios. A combinação de diferentes materiais e texturas como a madeira, as pedras e o vidro (utilizado principalmente nas áreas sociais a fim de se criar uma relação do interior da obra com o exterior). Para estudar as possíveis relações entre o projeto de interiores e o arquitetônico, será focada a sala da lareira, demarcada na planta a seguir. Ao analisar o layout, nota-se a relação entre a mobília e o espaço arquitetônico através da distribuição a partir do eixo da lareira e novamente verifica-se que no projeto de interiores predomina a horizontalidade, contribuindo para a criação dos visuais possibilitados pelo fechamento de vidro. Figura 9 Layout com a relação entre os móveis e a lareira Fonte: Desenhado pelo autor.

11 11 Observa-se na escolha dos móveis apenas peças que já pertenciam ao catálogo da Branco & Preto e que eram produzidas em maior quantidade; isso possivelmente contribuiu para diminuir o custo da implantação do projeto, ao contrário da residência estudada anteriormente, em que a maioria dos móveis foi projetada com exclusividade. Figura 10 Perspectiva sala da lareira Fonte: Desenhado pelo autor. 3. Considerações Finais Os móveis projetados pelos arquitetos membros da loja Branco & Preto foram elaborados dentro dos ideários modernos já recorrentes em suas obras de arquitetura com desenhos limpos e parte das peças marcadas pelas linhas geométricas enquanto outras, principalmente as poltronas e as cadeiras, eram compostas por linhas curvadas, que possibilitavam uma melhoria das questões ergonômicas. Tudo isso era feito dentro das técnicas tradicionais de marcenaria, ficando evidente o conhecimento técnico por parte do grupo na transformação de questões técnicas em elementos de valorização para os móveis. Tudo era pensado, desde a especificação da matériaprima mais adequada para cada tipo de móvel, até as junções e os encaixes, sempre buscando o melhor acabamento. Pôde-se constatar no estudo desses projetos do arquiteto Oswaldo Bratke uma relação entre o projeto arquitetônico e seus interiores através de diversas opções projetuais, como a composição dos móveis a partir dos eixos dos ambientes, a predominância de um desenho que se desenvolve em linhas horizontais, assim como as próprias residências. No projeto da residência Maria Luisa e Oscar Americano, fica mais evidente a relação da arquitetura com o projeto dos interiores, pela criação de um mobiliário exclusivo que enfatiza um ponto forte do projeto, que é a criação dos visuais através das transparências. Sendo assim, constatou-se que os projetos dos interiores e do mobiliário apresentados estão relacionados e integrados ao projeto arquitetônico.

12 4. Referências ACAYABA, Marlene M. Branco e preto: uma história de design brasileiro nos anos 50. São Paulo: Instituto Lina Bo e P.M. Bardi, CAMARGO, Mônica Junqueira. Oswaldo Bratke: uma trajetória de arquitetura moderna. São Paulo, FORTE, Miguel. Diário de um jovem arquiteto. São Paulo: Mackenzie, SEGAWA, Hugo; MAZZA Dourado, Guilherme. Oswaldo Arthur Bratke A arte de bem projetar e construir. São Paulo,