AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS
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- Glória Capistrano Branco
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1 AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DR. CORREIA MATEUS RESPOSTA AO CONTRADITÓRIO ANÁLISE DO CONTRADITÓRIO Realizada a Avaliação Externa nos dias 17 a 20 de fevereiro de 2014, foi remetido o respetivo Relatório ao Agrupamento o qual, em sede de contraditório, vem afirmar que não foi informado das condições de avaliação e sublinhar algumas evidências do trabalho realizado, com base nos quais pretende que seja reapreciada a classificação atribuída. Em síntese, o Agrupamento alega o seguinte: 1. Parte preambular do contraditório O Agrupamento vem dizer que: RESPOSTA O Agrupamento recebeu uma mensagem eletrónica do Senhor Inspetor-Geral de Educação e Ciência no dia , onde, entre outras informações, se dá conta do enquadramento legal da avaliação externa e da possibilidade de obtenção de informação adicional sobre a mesma através da consulta da página da IGEC na internet. Recebeu, também, no dia , através de mensagem eletrónica do Senhor Chefe de Equipa Multidisciplinar da Área Territorial do Centro da IGEC, um convite para participar numa reunião no dia ( ) com o objetivo de apresentar o modelo de avaliação externa (2.º ciclo) e esclarecimento de eventuais dúvidas. O senhor diretor do, ou alguém por si designado, não compareceu nesta reunião. Durante a visita ao Agrupamento, que incluiu, na Sessão de Apresentação, uma sinopse da atividade por parte da equipa de avaliadores, não foram evidenciadas dúvidas sobre o processo de avaliação externa. 1
2 Considera-se, assim, que o Agrupamento teve ao seu alcance a possibilidade de se informar e de esclarecer todas as suas dúvidas referentes à Avaliação Externa das Escolas. 2. Caracterização do Agrupamento RESPOSTA Desconhece-se a existência oficial de uma estrutura com a designação referida pelo Agrupamento, designadamente no âmbito do quadro legal vigente. De acordo com a lista de unidades de apoio especializado para a educação de alunos com multideficiência e surdocegueira congénita no ano escolar de , divulgada pela Direção-Geral de Educação em o Agrupamento possui duas unidades de apoio especializado. Assim, a equipa entende que nada há a retificar no relatório quanto a este ponto. 3. Domínio Resultados campo de análise: Resultados Académicos Sobre esta matéria, o Agrupamento alega que: 2
3 Na sua avaliação, a equipa teve em consideração o contexto do Agrupamento, incluindo os aspetos ora referidos no contraditório. Não considera, portanto, justificável qualquer alteração ao texto do relatório. 4. Domínio Resultados campo de análise: Resultados Sociais No campo de análise Resultados Sociais, o Agrupamento refere que: RESPOSTA Relativamente a esta matéria importa recuperar o que, em sede de relatório, se afirma a propósito do comportamento dos alunos: Neste domínio, a falta de harmonização dos critérios de avaliação pedagógica ao nível das diferentes disciplinas/departamentos curriculares e de uma aplicação mais uniforme pelos docentes das normas de conduta dentro das salas de aula não favorecem a interiorização e o respeito das regras de convivência em espaço escolar. (nossos grifos). Assim, parece-nos clara a relação entre a falta de harmonização de critérios e de aplicação de regras comuns de atuação das equipas pedagógicas (v.g. conselhos de turma), e a melhoria do comportamento dos alunos. Desta forma a equipa entende nada alterar ao texto inicial. 5. Domínio Resultados campo de análise: Reconhecimento da Comunidade Neste campo o Agrupamento vem dizer: 3
4 De facto, na resposta ao inquérito por questionário, levado a cabo pela Inspeção-Geral da Educação e Ciência, 83,8% dos alunos dos 2.º e 3.º ciclos assinalam concordar (45%) ou concordar muito (38,8%) com a questão: Conheço os critérios de avaliação, bem como concordar (42,6%) ou concordar muito (44,2%) com a questão: Conheço as regras de comportamento da Escola. Porém a questão levantada pela equipa vai para além do mero conhecimento, pelos alunos, dos critérios de avaliação ou das regras de comportamento, situando-se ao nível da interiorização e cumprimento das mesmas; isto é, ao nível do resultado/desempenho dos alunos. Resultado que, pode afirmar-se, não satisfaz os trabalhadores docentes e não docentes (vide campo de análise Reconhecimento da Comunidade) e que é consistente com a apreciação dos alunos dos 2.º e 3.º ciclos relativamente ao item do questionário da IGEC Nas aulas há um ambiente de tranquilidade e respeito : apenas 34,2% afirma concordar (26,4%) ou concordar totalmente (7,8%) com esta afirmação. A equipa de avaliadores reconhece, no relatório, a existência de uma estratégia neste âmbito por parte do Agrupamento (parágrafo 2.º do campo de análise). A referência à harmonização dos critérios de avaliação pedagógica, ora questionada, sinaliza tão-somente uma área suscetível de melhoria tendo em vista a criação de climas mais favoráveis à aprendizagem. Desta forma, entende-se manter na íntegra o texto original. 6. Domínio Prestação do serviço educativo campo de análise: Práticas de Ensino O Agrupamento vem expor como segue: 4
5 A equipa de avaliadores reconhece a existência de alguns procedimentos de acompanhamento e supervisão da prática letiva referidos, registando-os no corpo do relatório (vide campos de análise do domínio 2), os quais teve em conta na formulação dos juízos avaliativos e na ponderação final das classificações atribuídas. O Agrupamento refere que o coordenador, sempre que necessário, garante igualmente a supervisão das aulas dos docentes do seu departamento. Ora, na avaliação da equipa, o trabalho realizado ao nível da qualidade do planeamento educativo e a aposta em medidas globais de promoção do sucesso escolar poderia traduzir-se em melhores aprendizagens e resultados (v.g. provas finais nacionais de Português). A sinalização, no relatório, de um reforço do acompanhamento e supervisão da prática letiva não deve ser interpretada como uma exigência legal (como evoca o Agrupamento), mas sim como uma área do trabalho escolar suscetível de melhoria (entre outras), tendo em vista potenciar, nomeadamente, as aprendizagens e os resultados dos alunos. O texto do relatório, julgamos, não deixa dúvidas sobre o sentido e alcance desta asserção: O acompanhamento e a supervisão da prática letiva são insuficientes tendo em conta, por um lado, o esforço realizado ao nível da qualidade do planeamento educativo e a aposta em medidas globais de promoção do sucesso escolar e, por outro lado, os resultados que têm sido alcançados. A inexistência de procedimentos regulares de observação de aulas fragiliza a estratégia do Agrupamento neste campo, diminuindo a capacidade efetiva de regulação das práticas docentes tendo em vista o seu desenvolvimento profissional e a superação de fragilidades na aprendizagem dos alunos. A equipa mantém, assim, a sua posição e o texto inicial. 7. Pontos Fortes e Áreas de Melhoria O Agrupamento vem argumentar que: 5
6 Na redação das áreas de melhoria os avaliadores tiveram em conta a necessidade de identificar de forma clara os aspetos suscetíveis de aperfeiçoamento mais relevantes para o progresso do Agrupamento sem, contudo, lhes conferir um cariz prescritivo ou excessivamente circunscrito, de modo a permitir a adoção de diferentes soluções pelo Agrupamento. Assim, a equipa considera ajustado o que sobre a matéria fez constar do projeto de relatório, nada tendo a alterar no mesmo. 8. Conclusão Por fim, o Agrupamento apresenta ainda a seguinte síntese: 6
7 Sobressai do exposto pelo Agrupamento o argumento de que (...) a classificação obtida não traduz o empenho de todos os atores ( ), não estando a ser devidamente reconhecido pela sua tutela. e que ( ) estamos em crer que foram reunidas as evidências necessárias de boas práticas ( ). Ora, o quadro de referência definido para o 2.º ciclo da avaliação externa fixa uma forte relação entre os resultados escolares e as classificações a atribuir na avaliação externa, relação esta que se reflete de uma forma clara nos descritores da escala de avaliação. Conforme expresso na parte final do ponto 3.1 do relatório, a ação do Agrupamento tem produzido um impacto em linha com os valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. O referido empenho dos atores e a existência de boas práticas, reconhecidas pela equipa de avaliadores e abundantemente ilustradas no relatório, ainda não se traduziu em melhores aprendizagens e resultados de forma a alcançar um patamar acima do esperado e, deste modo, justificar uma classificação do Agrupamento superior à atribuída. CONCLUSÃO 1. Parte preambular do contraditório Considera-se que o Agrupamento teve ao seu alcance a possibilidade de se informar e de esclarecer todas as dúvidas referentes ao processo de Avaliação Externa das Escolas. 2. Caracterização do Agrupamento Os elementos constantes do relatório estão de acordo com a informação disponibilizada pela Direção- Geral de Educação, nada havendo a retificar. 7
8 3. Resultados Atentos aos critérios que norteiam o processo de Avaliação Externa das Escolas não se reconhece fundamento sólido no contraditório do Agrupamento, para alterar a classificação de Bom atribuída no domínio dos Resultados. 4. Prestação do Serviço Educativo O conteúdo do relatório de avaliação não é posto em causa pelo Agrupamento, pelo que não há lugar à alteração na classificação de Bom atribuída no domínio Prestação do Serviço Educativo. 5. Liderança e Gestão Não ressaltando qualquer debilidade que seja apontada pelo contraditório, não se justifica a alteração ao teor do Relatório e, por conseguinte, à classificação de Bom atribuída neste domínio. Área Territorial de Inspeção do Centro A Equipa de Avaliação Externa: Mª Conceição Prata, Branco Silva e José Brites Ferreira 8
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