RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO GRAU DE EXECUÇÃO DO PDM EM VIGOR 1ª REVISÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL DO FUNDÃO. SETEMBRO de 2015

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1 1ª REVISÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL DO FUNDÃO RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO GRAU DE EXECUÇÃO DO PDM EM VIGOR SETEMBRO de 2015 CÂMARA MUNICIPAL DO FUNDÃO

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3 1ª REVISÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL DO FUNDÃO RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO GRAU DE EXECUÇÃO DO PDM EM VIGOR SETEMBRO de 2015 CÂMARA MUNICIPAL DO FUNDÃO Na capa: Na capa: (1) vista sobre o Fundão; (2)Medronheiros, em Alcaria; (3) Aldeia de Castelo Novo; (4) Ponte Romana, em Peroviseu; (5) Vista sobre o rio Zêzere, Janeiro de Cima; (6) Casas, na Soalheira; e (7) Casa Redonda, em Bogas de Cima. Rua Engenheiro Ferry Borges, Nº 2 B, Escritório A LISBOA PORTUGAL T F plural@plural-planeamento.pt

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5 ÍNDICE 1. CONSIDERAÇÕES GENÉRICAS 1 2. ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL 3 3. PROPOSTAS DE ORDENAMENTO TERRITORIAL ESPAÇOS RURAIS Espaços Agrícolas Espaços Florestais Espaços Agro-Silvo-Pastoris Espaço de Interesse Turístico Análise Global Solo Rústico/ Espaços rurais SOLO URBANO Espaços Urbanos e Urbanizáveis Espaços Industriais Espaços Verdes Urbanos Análise Global Perímetros Urbanos - Análise do Nível de Ocupação Freguesia de Alcaide Freguesia de Alcaria Freguesia de Alcongosta Freguesia de Alpedrinha Freguesia de Barroca Freguesia de Bogas de Cima Freguesia de Capinha Freguesia de Castelejo Freguesia de Castelo Novo Freguesia de Enxames Freguesia de Fatela Freguesia de Lavacolhos Freguesia de Orca Freguesia de Peroviseu Freguesia de Silvares Freguesia de Soalheira Freguesia de Souto da Casa Freguesia de Telhado Freguesias de Três Povos União de Freguesias de Fundão, Valverde, Donas, Aldeia de Joanes e Aldeia Nova do Cabo União de Freguesias de Janeiro de Cima e Bogas de Baixo União de Freguesias de Póvoa de Atalaia e Atalaia do Campo União de Freguesias de Vale de Prazeres e Mata da Rainha PATRIMÓNIO HISTÓRICO E CULTURAL EQUIPAMENTOS COLETIVOS INDÚSTRIA TURISMO REDE VIÁRIA INFRAESTRUTURAS URBANAS UNIDADES OPERATIVAS DE PLANEAMENTO E GESTÃO SERVIDÕES ADMINISTRATIVAS E OUTRAS RESTRIÇÕES DE UTILIDADE PÚBLICA SINTESE CONCLUSIVA DA AVALIAÇÃO DO PDM DO FUNDÃO 98 ANEXO QUADROS ESTATÍSTICOS DE APOIO 101 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor

6 ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1: Planta de Ordenamento Perímetros Urbanos em vigor 13 Figura 2: em Vigor Dinâmica existente 27 Figura 3: Perímetro Urbano de Alcaide Análise do nível de Ocupação 30 Figura 4: Perímetros Urbanos de Alcaria Análise do nível de Ocupação 32 Figura 5: Perímetro Urbano de Alcongosta Análise do nível de Ocupação 34 Figura 6: Perímetro Urbano de Alpedrinha Análise do nível de Ocupação 36 Figura 7: Perímetros Urbanos de Barroca Análise do nível de Ocupação 38 Figura 8: Perímetros Urbanos de Bogas de Cima Análise do nível de Ocupação 40 Figura 9: Perímetro Urbano de Capinha Análise do nível de Ocupação 42 Figura 10: Perímetros Urbanos de Castelejo Análise do nível de Ocupação 45 Figura 11: Perímetro Urbano de Castelo Novo Análise do nível de Ocupação 47 Figura 12: Perímetros Urbanos de Enxames Análise do nível de Ocupação 49 Figura 13: Perímetro Urbano de Fatela Análise do nível de Ocupação 51 Figura 14: Perímetro Urbano de Lavacolhos Análise do nível de Ocupação 53 Figura 15: Perímetros Urbanos de Orca Análise do nível de Ocupação 55 Figura 16: Perímetros Urbanos de Peroviseu Análise do nível de Ocupação 57 Figura 17: Perímetros Urbanos de Silvares Análise do nível de Ocupação 59 Figura 18: Perímetro Urbano da Soalheira Análise do nível de Ocupação 61 Figura 19: Perímetros Urbanos de Souto da Casa Análise do nível de Ocupação 64 Figura 20: Perímetros Urbanos de Telhado Análise do nível de Ocupação 66 Figura 21: Perímetro Urbano dos Três Povos Análise do nível de Ocupação 68 Figura 22: Perímetro Urbano do Fundão e Aldeia de Joanes Análise do nível de Ocupação 71 Figura 23: Perímetro Urbano do Aldeia Nova do Cabo Análise do nível de Ocupação 72 Figura 24: Perímetro Urbano da Zona Industrial do Fundão Análise do nível de Ocupação 72 Figura 25: Perímetro Urbano de Donas/ Teixugas e Chãos Análise do nível de Ocupação 73 Figura 26: Perímetro Urbano de Valverde e Carvalhal Análise do nível de Ocupação 74 Figura 27: Perímetros Urbanos da União de Freguesias de Janeiro de Cima e de Bogas de Baixo 77 Figura 28: Perímetros Urbanos da UF de Póvoa da Atalaia e Atalaia do Campo Análise do nível de Ocupação 79 Figura 29: Perímetros Urbanos da UF de Vale de Prazeres e Mata da Rainha Análise do nível de Ocupação 83 ÍNDICE DE GRÁFICOS Gráfico 1: Distribuição das categorias de espaços e do nível de ocupação dos Perímetros Urbanos do concelho 20 Gráfico 2: Nível de Ocupação dos perímetros urbanos do concelho do Fundão 22 Gráfico 3: N.º de licenças de edifícios, por uso e destino, para o concelho do Fundão, durante a vigência do PDM, entre 2001 e Gráfico 4: Edifícios licenciados, por ano, no concelho do Fundão, durante a vigência do PDM, entre 2001 e 2014, por tipo de obra 23 Gráfico 5: N.º de licenças emitidas pela Autarquia para o concelho, entre 2005 e 2014, por freguesia 24 Gráfico 6: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Alcaide, por ano 31 Gráfico 7: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Alcaide, entre Gráfico 8: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Alcaria, por ano 33 Gráfico 9: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Alcaria, entre Gráfico 10: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Alcongosta, por ano 35 Gráfico 11: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Alcongosta, entre Gráfico 12: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Alpedrinha, por ano 37 Gráfico 13: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Alpedrinha, entre Gráfico 14: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Barroca, por ano 39 Gráfico 15: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Barroca, entre Gráfico 16: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Bogas de Cima, por ano 41 Gráfico 17: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Bogas de Cima, entre Gráfico 18: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Capinha, por ano 43 Gráfico 19: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Capinha, entre Gráfico 20: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Castelejo, por ano 46 Gráfico 21: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Castelejo, entre Gráfico 22: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Castelo Novo, por ano 48 Gráfico 23: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Castelo Novo, entre Gráfico 24: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Enxames, por ano 50 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor

7 Gráfico 25: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Enxames, entre Gráfico 26: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Fatela, por ano 52 Gráfico 27: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Fatela, entre Gráfico 28: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Lavacolhos, por ano 54 Gráfico 29: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Lavacolhos, entre Gráfico 30: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Orca, por ano 56 Gráfico 31: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Orca, entre Gráfico 32: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Peroviseu, por ano 58 Gráfico 33: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Peroviseu, entre Gráfico 34: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Silvares, por ano 60 Gráfico 35: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Silvares, entre Gráfico 36: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Soalheira, por ano 62 Gráfico 37: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Soalheira, entre Gráfico 38: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Souto da Casa, por ano 65 Gráfico 39: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Souto da Casa, entre Gráfico 40: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Telhado, por ano 67 Gráfico 41: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Telhado, entre Gráfico 42: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Três Povos, por ano 69 Gráfico 43: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Três Povos, entre Gráfico 44: Licenças emitidas pela Autarquia para UF do Fundão, Valverde, Donas, A. de Joanes e A. Nova Cabo, por ano 75 Gráfico 45: Licenças emitidas pela Autarquia para a UF do Fundão, Valverde, Donas, A. de Joanes e A. Nova Cabo, entre _ 75 Gráfico 46: Licenças emitidas pela Autarquia para UF de Janeiro de Cima e Bogas de Baixo, por ano 78 Gráfico 47: Licenças emitidas pela Autarquia para UF de Janeiro de Cima e Bogas de Baixo,, entre Gráfico 48: Licenças emitidas pela Autarquia para a UF de Póvoa da Atalaia e Atalaia do Campo, por ano 81 Gráfico 49: Licenças emitidas pela Autarquia para a UF de Póvoa da Atalaia e Atalaia do Campo, entre Gráfico 50: Licenças emitidas pela Autarquia para a UF de Vale de Prazeres e Mata da Rainha, por ano 84 Gráfico 51: Licenças emitidas pela Autarquia para a UF de Vale de Prazeres e Mata da Rainha, entre ÍNDICE DE QUADROS Quadro 1: PDM em Vigor - Estratégia de desenvolvimento municipal 3 Quadro 2: Classificação e Qualificação do solo do PDM em vigor 5 Quadro 3: Espaços agrícolas - regime de edificabilidade 7 Quadro 4: Perímetros urbanos em vigor, por freguesia 10 Quadro 5: PDM em vigor - Nível hierárquico dos aglomerados 15 Quadro 6: Índices definidos no PDM em vigor 16 Quadro 7: Globalidade dos Perímetros Urbanos Análise do nível de Ocupação, por categorias de Espaço 19 Quadro 8: Perímetros Urbanos do Concelho do Fundão Análise do nível de Ocupação 21 Quadro 9: Perímetro Urbano de Alcaide Análise do nível de Ocupação 30 Quadro 10: Perímetros Urbanos de Alcaria Análise do nível de Ocupação 32 Quadro 11: Perímetro Urbano de Alcongosta Análise do nível de Ocupação 34 Quadro 12: Perímetro Urbano de Alpedrinha Análise do nível de Ocupação 36 Quadro 13: Perímetros Urbanos de Barroca Análise do nível de Ocupação 38 Quadro 14: Perímetros Urbanos de Bogas de Cima Análise do nível de Ocupação 41 Quadro 15: Perímetro Urbano de Capinha Análise do nível de Ocupação 43 Quadro 16: Perímetros Urbanos de Castelejo Análise do nível de Ocupação 45 Quadro 17: Perímetro Urbano de Castelo Novo Análise do nível de Ocupação 47 Quadro 18: Perímetros Urbanos de Enxames Análise do nível de Ocupação 49 Quadro 19: Perímetros Urbanos de Fatela Análise do nível de Ocupação 51 Quadro 20: Perímetro Urbano de Lavacolhos Análise do nível de Ocupação 53 Quadro 21: Perímetros Urbanos de Orca Análise do nível de Ocupação 55 Quadro 22: Perímetros Urbanos de Peroviseu Análise do nível de Ocupação 57 Quadro 23: Perímetros Urbanos de Silvares Análise do nível de Ocupação 59 Quadro 24: Perímetro Urbano de Soalheira Análise do nível de Ocupação 61 Quadro 25: Perímetros Urbanos de Souto da Casa Análise do nível de Ocupação 64 Quadro 26: Perímetros Urbanos de Telhado Análise do nível de Ocupação 66 Quadro 27: Perímetro Urbano dos Três Povos Análise do nível de Ocupação 69 Quadro 28: Perímetros Urbanos da UF do Fundão, Valverde, Donas, Aldeia de Joanes e Aldeia Nova do Cabo Categorias de Espaço 74 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor

8 Quadro 29: Perímetros Urbanos da UF do Fundão, Valverde, Donas, Aldeia de Joanes e Aldeia Nova do Cabo Análise do nível de ocupação 75 Quadro 30: Perímetros Urbanos da União de Freguesias de Janeiro de Cima e de Bogas de Baixo 77 Quadro 31: Perímetros Urbanos da UF de Póvoa da Atalaia e Atalaia do Campo Análise do nível de Ocupação 80 Quadro 32: Perímetros Urbanos da UF de Vale de Prazeres e Mata da Rainha Análise do nível de Ocupação 83 Quadro 33: Equipamentos Avaliação do nível de execução das propostas do PDM em vigor 86 Quadro 34: Indústria - Avaliação do nível de execução das propostas do PDM em vigor 89 Quadro 35: Rede Viária e Transportes nível de execução das propostas do PDM em vigor 92 Quadro 36: Infraestruturas Propostas do PDM em vigor 93 Quadro 37: Planos de Ordenamento - análise do nível de execução 94 Quadro 38: Perímetros Urbanos - Quantificação do nível de ocupação durante a vigência do PDM, por freguesia 102 Quadro 39: N.º de edifícios licenciados, por freguesia, tipo de obra e destino da obra, entre 2001 e Quadro 40: População residente no concelho do Fundão, e variação populacional entre 2001 e 2011, por freguesia 104 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor

9 1. CONSIDERAÇÕES GENÉRICAS A necessidade de proceder à elaboração de um relatório do estado do ordenamento do território está claramente expressa no art.º 77º do Decreto-Lei n.º 80/2015, de 14 de maio, que aprova a revisão do Regime dos Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT), tendo sido reforçada pelo Decreto Regulamentar n.º 15/2015, de 19 de agosto, que estabelece os critérios de classificação e reclassificação do solo, bem como as categorias de qualificação do solo rústico e urbano. Neste sentido, ao abrigo do art.º 189º do RJIGT, a câmara municipal deve elaborar, de quatro em quatro anos, um relatório sobre o estado do ordenamento do território, a submeter, respetivamente, à apreciação da assembleia municipal, traduzindo o balanço da execução dos programas e dos planos territoriais, objeto de avaliação, bem como dos níveis de coordenação interna e externa obtidos, fundamentando uma eventual necessidade de revisão. O processo de revisão será assim consubstanciado na identificação dos níveis de execução e na evolução das condições ambientais, económicas, sociais e culturais que lhes estão subjacentes, suscetível de determinar uma modificação do modelo territorial definido (art. 93º). O presente Relatório de Avaliação do Grau de Execução do município do Fundão, é elaborado no âmbito da revisão do Plano Diretor Municipal do Fundão e tem como objetivo avaliar a execução das medidas consagradas no PDM em vigor 1. Entende-se que a avaliação da execução deste instrumento constitui uma etapa chave no processo da revisão do PDM. De modo a organizar as matérias a tratar, optou-se por individualizar as temáticas que permitem avaliar o nível de execução do Plano e perceber como evoluiu o concelho durante o seu período de vigência, designadamente: Estratégia de Desenvolvimento Municipal: tendo em consideração a estratégia definida para o concelho, verifica-se se os objetivos definidos nas diversas áreas foram ou não atingidos; Propostas de Ordenamento Territorial: com base nos elementos do Plano, é feita a análise do grau de implementação da Classificação e Qualificação do Solo, identificando as classes, categorias e subcategorias de espaço definidas na Planta de Ordenamento e no Regulamento. Procede-se também à análise de cada classe e subcategoria de espaço, tendo por base objetivos e parâmetros urbanísticos, bem como à análise do nível de ocupação dos perímetros urbanos; Património Histórico e Cultural: identifica a estratégia e mecanismos de atuação patrimonial; Equipamentos Coletivos: procede-se à identificação das propostas definidas pelo PDM em vigor e verifica-se o seu grau de implementação na vigência do Plano; Indústria: avaliam-se as propostas de desenvolvimento socioeconómico definidas no Plano; 1 ratificado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 82/2000, de 10 de julho, alterada pela Declaração n.º 331/2001, de 8 de novembro, pela Declaração n.º 9/2003, de 13 de Janeiro, e pelo Aviso n.º 162/2008, de 3 de Janeiro. 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 1

10 Turismo: analisa-se a estratégia municipal para a promoção do turismo e identificam-se os mecanismos utilizados para alcançar as metas definidas; Rede Viária: Identificam-se quais as intervenções efetuadas neste âmbito durante a vigência do PDM; Infraestruturas Urbanas: identificam-se as intervenções efetuadas ao nível do abastecimento de água e saneamento durante a vigência do PDM; Unidades Operativas de Planeamento e Gestão: procede-se à análise do grau de concretização das diversas UOPG definidas pelo Plano; Condicionantes Legais: identificam-se as condicionantes presentes na Planta de Condicionantes do PDM em vigor e os constrangimentos na gestão do território. Por fim, após a avaliação das diversas valências procede-se à identificação dos principais constrangimentos detetados durante a vigência do PDM em vigor, permitindo um conhecimento de qual deverá ser a estratégia a adotar na revisão do PDM. Com esta abordagem, é então possível, identificar e elencar os principais constrangimentos do PDM em vigor a que a 1ª revisão terá que dar uma resposta adequada. 2 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor

11 2. ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL Tendo presente a realidade do concelho à data do diagnóstico efetuado, o Plano Diretor Municipal do Fundão em vigor define linhas de atuação, com o objetivo de suprimir as carências detetadas e de potenciar os pontos fortes a desenvolver. A prioridade do plano visa resolver os problemas de desenvolvimento do que ordenamento. Neste sentido, define uma estratégia de desenvolvimento adequada às potencialidades e condicionamentos, destinada à fixação da população, ao desenvolvimento das atividades económicas, à melhoria das condições de vida da população e à recuperação dos recursos naturais. Considera ainda, com especial relevância, uma estrutura urbana apoiada na rede viária, ajustada à necessidade de movimentação da população, na procura de equipamentos e serviços. Numa perspetiva integrada de desenvolvimento, o Plano define diversos objetivos estratégicos, por diferentes linhas de atuação, que serviram de base à definição da Proposta de Ordenamento em vigor: Linhas de atuação Paisagem Acessibilidade Procura de solo urbano Quadro 1: PDM em Vigor - Estratégia de desenvolvimento municipal Estratégia/ objetivos Valorizar as características paisagísticas do Concelho, respeitando o solo agrícola, os perímetros florestais, as áreas com aptidão para atividades agrícolas específicas, bem como o enquadramento paisagístico dos conjuntos edificados com interesse do ponto de vista do património histórico-cultural; Incentivar a revitalização do complexo florestal, nomeadamente na sua função de proteção dos recursos hídricos e defesa contra a erosão; Evitar a dispersão incoerente da construção. Manter as características de baixa densidade das zonas rurais do concelho. Aproveitar os recursos naturais na sua componente de desporto e lazer. Aproveitar o estudo Proteção e Valorização da Paisagem e dos Recursos Naturais Melhorar as condições de acessibilidade, nomeadamente no que se refere às freguesias mais afastadas do Fundão e à ligação com o IP2; Manter os níveis aceitáveis de mobilidade intermunicipal e regional; Estabelecer regras que garantam boas condições de implementação de promoções recreativas (turísticas e outras), na perspetiva da manutenção dos valores concelhios e do planeamento estratégico do Município. Promover a concentração da oferta de solo urbano ou urbanizável de forma a responder às pressões de procura de habitação. Os critérios a adotar são: Delimitação de perímetros urbanos, incluindo: as áreas urbanas existentes (infraestruturadas, com ocupação edificada e/ou comprometidas para uso não rural, e as áreas urbanizáveis (expansões possíveis das atuais áreas urbanas). Só nestas áreas haverá lugar a investimentos públicos em infraestruturas e equipamentos; Identificar perímetros urbanos que constituam prioridade na localização de investimentos públicos em infraestruturas e equipamentos, priorizando a tendência para a concentração, por potenciar a polarização da população residente noutros aglomerados (rentabilização dos equipamentos e das infraestruturas). 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 3

12 Agricultura e Silvicultura Indústria Turismo Defender os recursos agrícolas e florestais através de: Proteção às áreas vocacionadas para o desenvolvimento destas atividades; Controlo da construção nestas zonas de forma a salvaguardar os solos de maior potencial; Apoio à reflorestação das áreas ardidas com as espécies florestais autóctones. Minimizar as diferenças de oportunidades para a família residente em meio rural, através da melhoria da acessibilidade, facilitando: O acesso quotidiano do agricultor a bens e serviços básicos e aos equipamentos coletivos de ensino e saúde; O escoamento do produto agrícola e florestal. Definir áreas destinadas a uso industrial na Planta de Ordenamento e regular, no que respeita ao impacto ambiental das atividades a instalar. Permitir a localização de unidades fabris fora dos perímetros industriais, obedecendo estas, aos requisitos expressos no Regulamento. Potenciar o enquadramento do turismo de habitação e agroturismo, de qualidade, em harmonia com o meio ambiente (natural e construído), bem como dotar o concelho do Fundão do apoio logístico (equipamentos coletivos) necessário à atividade turística. Reforçar as medidas genéricas de proteção do património natural e edificado. Definir e selecionar áreas onde as vantagens, no referente a esta atividade, são mais evidentes e deverão ser mantidas ou melhoradas. Incentivar a criação de unidades de comércio e serviços no espaço concelhio, contribuindo para uma melhor adequação da oferta ao que se admite poder vir a ser a procura. Incremento da pesca e da caça como atividades de lazer. Da análise dos objetivos traçados, considera-se que procuraram colmatar as dificuldades detetadas, bem como promover as potencialidades existentes. Cruzando-as com a proposta de ordenamento, verifica-se que efetivamente houve intenção de as alcançar, contudo por questões de orientação regional e nacional, o concelho do Fundão, apesar de ter criado condições para o desenvolvimento económico e gerar emprego, acabou por não ter tido grande capacidade para absorver dinâmicas, face ao seu contexto geográfico. Nos últimos anos, sob vigência do Plano, foram introduzidas melhorias nas mais diversas áreas (acessibilidades, equipamentos, infraestruturas básicas, etc.), essenciais à promoção do desenvolvimento socioeconómico e turístico de todo o concelho, destacando-se a elaboração do Plano Estratégico para o Desenvolvimento do Turismo, que permitam ao concelho evidenciar-se no contexto nacional. A construção da A23 possibilitou sem dúvida uma significativa melhoria nas acessibilidades externas, sendo que as internas beneficiaram com a construção de novos troços municipais e com a melhoria de vias existentes. Por outro lado, houve uma preocupação em salvaguardar os valores culturais existentes e de preservar os núcleos antigos, e embora em alguns deles esta tendência se tenha verificado, noutros surgiram intervenções que introduziram linguagens dissonantes ao contexto local. Relativamente ao património natural, o concelho integra a Serra da Gardunha, uma interessante paisagem bem salvaguardada. Por último, nos últimos anos houve grande preocupação de prover os aglomerados das condições necessárias para abastecimento de água e saneamento, contudo ao nível dos espaços rurais esta responsabilidade fica ainda a cargo dos interessados. 4 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor

13 3. PROPOSTAS DE ORDENAMENTO TERRITORIAL Para a operacionalização das linhas de atuação definidas pelo PDM, foi desenvolvida uma proposta de ordenamento e um normativo regulamentar que procuraram alcançar a concretização das perspetivas de desenvolvimento. A Proposta de Ordenamento do PDM em vigor foi estabelecida, fundamentalmente, segundo os seguintes objetivos específicos: fixação das populações; desenvolvimento das atividades económicas; melhoria das condições de vida das populações; recuperação dos recursos naturais. A Proposta de Ordenamento do PDM em vigor contempla quatro classes de espaços definidas na Planta de Ordenamento, à escala 1:25 000, e no Regulamento do Plano, elaborados à luz do quadro legal vigente aquando da elaboração do Plano, integrando as seguintes categorias e subcategorias de espaço: Quadro 2: Classificação e Qualificação do solo do PDM em vigor Classes Categorias Subcategorias SOLO RÚSTICO SOLO URBANO ESPAÇOS RURAIS ESPAÇOS URBANOS e URBANIZÁVEIS ESPAÇOS VERDES URBANOS ESPAÇOS INDUSTRIAIS Espaços Agrícolas Espaços Florestais Espaços Agro-Silvo-Pastoris Espaços de Interesse Turístico Espaços Urbanos Espaços Urbanizáveis I Espaços Urbanizáveis II Espaços Verdes Urbanos Espaços Industriais Existentes Espaços Industriais - Expansão O atual Plano Diretor Municipal em vigor faz a diferenciação entre espaços rurais, espaços urbanos e urbanizáveis, espaços verdes urbanos e espaços industriais, correspondendo o solo urbano aos espaços delimitados por perímetro urbano. De seguida procede-se à análise de cada classe de espaço definida no PDM em vigor, identificando os respetivos critérios de delimitação, objetivos, parâmetros urbanísticos e consequências verificadas na gestão dos últimos anos. Para os espaços urbanos, urbanizáveis, espaços verdes e espaços industriais, que correspondem aos espaços delimitados por perímetro urbano procede-se também à análise do nível de ocupação, a partir da avaliação da dinâmica urbanística verificada durante a vigência do Plano, patente no número de alvarás e licenciamentos 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 5

14 emitidos pela Autarquia, e do conhecimento do território, suportada por bases cartográficas e ortofotomapas de 2011, elaborados pela Municípia, SA. Esta análise é apresentada no subcapítulo "Perímetros Urbanos - Análise do Nível de Ocupação". 3.1 ESPAÇOS RURAIS A classe de Espaços Rurais corresponde ao conjunto de espaços destinados essencialmente a usos rurais, não podendo ser utilizado para urbanização ou construção, com exceção de situações específicas definidas no Regulamento do Plano. Na Planta de Ordenamento e no regulamento do Plano, estes espaços dividem-se em Espaços agrícolas, Espaços florestais, Espaços agro-silvo-pastoris (EAP) e Espaço de interesse turístico (EIT). A edificação nestes espaços é admitida quando permitida em cada subcategoria de espaço e nas situações referidas adiante, sendo que os empreendimentos turísticos são permitidos em todas as categorias de espaços, desde que não interfiram com áreas de RAN, REN ou qualquer outra servidão, que contenham projetos de arranjos de espaços exteriores e estudos de viabilidade económica, e obedeçam aos seguintes parâmetros urbanísticos: Área mínima de terreno m 2 ; Índice máximo de construção 0,05; Número máximo de pisos 3. De uma forma geral, os parâmetros definidos no PDM em vigor são bastante restritivos, o que resultou em constrangimentos na capacidade construtiva em zonas de propriedade muito fracionada (minifúndio) e em zonas periurbanas. Contudo, no seguimento da análise territorial, verificam-se duas situações: (1) núcleos urbanos que não foram contemplados com perímetro urbano à data de elaboração do PDM; e (2) novas construções na envolvência dos perímetros urbanos em vigor, tendo por base os parâmetros estabelecimentos pelo Plano Espaços Agrícolas Estas áreas são constituídas pelos solos com maior aptidão para as atividades agrícolas e têm como objetivo a preservação da estrutura da produção agrícola e do coberto vegetal. São áreas que pelas suas características naturais e ou introduzidas, se destinam, à atividade agrícola. Estas áreas incluem, fundamentalmente, duas categorias de superfícies: A Reserva Agrícola Nacional, compreendendo os solos com maior potencialidade agrícola, quer devido às suas características intrínsecas e ambientais, quer devido a melhoramentos já introduzidos e/ou a introduzir como sejam os sistemas de regadio ligados ao Projeto do Regadio da Cova da Beira. 6 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor

15 Áreas de Uso Predominantemente Agrícola, não integradas na RAN, mas em que as condições naturais e socioeconómicas determinam a manutenção desta atividade. Áreas Servidas por infraestruturas coletivas de rega. Para estes espaços, a edificabilidade fica sujeita às seguintes condições: Usos Apoios agrícolas/ habitacional Equipamentos/ turismo rural/ unidade agroindustriais * Quadro 3: Espaços agrícolas - regime de edificabilidade Área máx. de implantação Área máx. de construção Índice máx. de construção Número máx. Pisos Outros 120 m m 2-2 Saneamento autónomo Projetos de exteriores Garantir acesso Saneamento autónomo * as instalações agropecuárias têm que respeitar um afastamento de 200 metros a habitações e equipamentos. Sobrepõem-se a estas regras, as restrições relativas ao aproveitamento hidroagrícola e respetivas infraestruturas, definidas no regulamento do Plano (art. 56º). Da análise dos espaços agrícolas, verifica-se que durante a vigência do PDM, um dos principais constrangimentos incidiu na capacidade construtiva em zonas de propriedade fracionada, contudo surgiram novas construções nestes espaços Espaços Florestais Correspondem a áreas de produção florestal ou que se manifestam como importantes para o equilíbrio ambiental. A delimitação dos espaços florestais resultou da consideração das superfícies incluídas num dos ecossistemas da REN (áreas sujeitas a risco de erosão) e das florestas atuais. Os espaços florestais são zonas destinadas à produção de material lenhoso, resinas e outros produtos florestais, que têm como objetivo assegurar a correção das disponibilidades hídricas e diminuir o risco de erosão dos solos. O Plano, para os espaços florestais, não abrangidos pela REN, autoriza a edificação, nas seguintes condições: Apoio à exploração florestal, devidamente justificado, não podendo o índice de utilização exceder o valor de 0,01 e uma altura de 5 m; habitação do respetivo proprietário, em parcelas de área igual ou superior a 5000 m 2 e nas seguintes condições: Área máxima de construção 250 m 2 ; Número máximo de pisos 2; Infraestruturas autónomas, exceto no caso de existir rede pública. 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 7

16 O Plano define também medidas de florestação, estabelecendo para os espaços florestais de produção, a ocupação com espécies florestais resinosas ou folhosas, de preferência autóctones ou tradicionais. Os principais povoamentos florestais existentes no concelho são constituídos por áreas florestais de pinheirobravo, na zona do sistema da serra da Gardunha, nas freguesias de Alcaide, Enxames e Vale dos Prazeres bem como em várias manchas dispersas no resto do território, seguido do eucalipto, a Nordeste, no Salgueiro, em Vale dos Prazeres, em Fatela, em Enxames, na Capinha e, a Sudeste, na Orca, e dos carvalhais, de grande valor ecológico, têm maior expressão numa faixa a Norte do concelho (Capinha, Peroviseu, Fatela, Valverde e Alcaria). Estas áreas, na medida do possível, foram salvaguardadas da ocupação e obedecem às condições estabelecidas pelo Plano Espaços Agro-Silvo-Pastoris As áreas agro-silvo-pastoris são aquelas cujo uso predominante é o da exploração da pastorícia. Grosso modo, correspondem às zonas rurais que não se incluem em nenhuma das outras duas classificações. Nos espaços agro-silvo-pastoris, não abrangidos pela RAN ou REN, são autorizadas edificações nas seguintes condições: Área mínima de parcela de m 2 ; Área máxima de construção 250 m 2 ; Número máximo de pisos 2; 1 fogo/ parcela; O abastecimento de água e a drenagem dos esgotos deverão ser resolvidos por sistemas autónomos, salvo se o interessado custear a totalidade das despesas com a extensão das redes públicas ou se estas já existirem. Nestes espaços são permitidas unidades ligadas às indústrias extrativas, à transformação de produtos agrícolas, pecuários ou florestais e de equipamentos de interesse social e cultural, desde que respeitem um Índice de construção de 0,10 e fiquem garantidas as condições de acesso, integração paisagística e infraestruturas. As instalações agropecuárias intensivas devem respeitar um afastamento mínimo de 200 m a qualquer zona residencial, a equipamentos coletivos ou a edifícios habitacionais. Constata-se que estes espaços mantiveram o seu uso durante a vigência do Plano, tendo surgido algumas das atividades previstas pelo Plano. 8 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor

17 3.1.4 Espaço de Interesse Turístico O espaço de interesse turístico (EIT) definido na Planta de Ordenamento, corresponde a um espaço com vocação para o desenvolvimento do turismo no concelho, pelo seu interesse paisagístico e histórico-cultural, que devem ser alvo de ações específicas de preservação e de desenvolvimento e divulgação dos seus atributos, em termos de aproveitamento turístico. A área de interesse turístico abrange a área da Serra da Gardunha, compreendendo os núcleos de Alpedrinha e Castelo Novo. Para este espaço, o Plano define os seguintes condicionalismos: Parcela mínima de m 2 ; Índice de construção 0,05, apenas sendo permitida a construção de um fogo; O abastecimento de água e a drenagem de esgotos deverão ser resolvidos por sistemas autónomos, salvo se o interessado custear a totalidade das despesas com a extensão da rede pública. Durante a vigência do Plano, este espaço não foi implementado Análise Global Solo Rústico/ Espaços rurais Da análise das diversas categorias de solo rústico definidas na Planta de Ordenamento, e verificando o ocorrido durante a vigência do PDM, resultam as conclusões que seguidamente se enunciam. Neste período diversas construções surgiram em Solo Rústico, no seguimento das regras definidas para a edificação. Contudo, verificaram-se diversos constrangimentos na aplicação dos indicadores, em resultado da dimensão e fracionamento do cadastro existente. A ausência de especificações relativamente a usos não residenciais também é um ponto negativo do atual instrumento, no que se refere por exemplo à instalação e legalização de atividades comerciais. Conclui-se ainda, que os espaços agrícolas correspondentes a áreas de RAN, revelam algumas discrepâncias, havendo diversos espaços da RAN entretanto desafetados. No âmbito da revisão do PDM, as situações que durante a vigência do plano foram detetadas como constrangimentos ao desenvolvimento do concelho, devem ser analisadas e revistas. Devendo a classificação do solo rústico ser atualizada em função do atual uso e ocupação do solo. 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 9

18 3.2 SOLO URBANO O solo urbano integra os espaços delimitados por perímetro urbano na Planta de Ordenamento, tal como representados na Figura 1, para os diversos aglomerados do concelho. Os perímetros urbanos integram espaços urbanos e urbanizáveis, espaços industriais e espaços verdes, que correspondem a áreas de reserva agrícola nacional (RAN). O PDM em vigor contempla a definição de 54 perímetros urbanos, distribuídos pelas 23 freguesias do concelho, de acordo com a atual divisão administrativa. No total, abrangem uma área de 1.662,7 ha, correspondendo a uma pequena percentagem do território municipal, de apenas 2,4%. Para além dos aglomerados sede de freguesia, o PDM delimita perímetro urbano para a maioria dos restantes aglomerados, tal como identificados no Quadro 4 e Figura 1. Freguesia Perímetro Urbano/ Aglomerado Quadro 4: Perímetros urbanos em vigor, por freguesia Espaços Espaços Urbanizáveis Espaços Industriais Espaços Total Urbanos I II Existente Proposta Verdes ha ha ha ha ha ha ha % Alcaide Alcaide 18,2 4,3 22,5 1,4% Alcaria 17,5 20,0 37,4 2,3% Alcaria Espanadeira 5,8 5,8 0,4% Pesinho 7,3 7,3 0,4% Alcongosta Alcongosta 14,3 4,6 18,9 1,1% Alpedrinha Alpedrinha 57,9 21,7 5,8 85,4 5,1% Barroca 17,0 1,1 18,1 1,1% Barroca Alqueidão 10,1 10,1 0,6% São Martinho 16,2 16,2 1,0% Bogas de Cima 12,1 4,5 16,5 1,0% Bogas do Meio 5,1 5,1 0,3% Bogas de Boxinos 4,8 4,8 0,3% Cima Descoberto 6,1 6,1 0,4% Malhada Velha 6,8 6,8 0,4% Capinha Capinha 25,9 19,6 0,8 46,4 2,8% Castelejo 20,9 9,9 30,7 1,8% Castelejo Açor 6,9 6,9 0,4% Enxabarda 7,1 0,35 7,48 0,4% Castelo Novo Castelo Novo 13,7 2,2 15,9 1,0% Enxames Enxames 29,1 29,1 1,8% Fatela Fatela 15,9 7,6 4,3 27,8 1,7% Lavacolhos Lavacolhos 18,8 18,8 1,1% Orca 29,9 2,8 1,7 34,3 2,1% Orca Martianas 5,0 5,0 0,3% Zebras 5,8 5,8 0,3% Peroviseu Peroviseu 18,8 22,7 1,9 43,3 2,6% Vales de Peroviseu 2,3 2,3 0,1% 10 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor

19 Freguesia Perímetro Urbano/ Aglomerado Espaços Espaços Urbanizáveis Espaços Industriais Espaços Total Urbanos I II Existente Proposta Verdes ha ha ha ha ha ha ha % Silvares 61,7 11,5 13,8 87,0 5,2% Silvares Rio 6,6 6,6 0,4% Soalheira Soalheira 42,9 9,2 2,0 54,1 3,3% Souto da Casa Telhado UF Fundão, Valverde, Donas, Aldeia de Joanes e Aldeia Nova do Cabo Souto da Casa 37,5 8,7 46,1 2,8% Vale do Urso 3,9 3,9 0,2% Telhado 10,8 4,5 2,7 18,0 1,1% Freixial 2,8 2,8 0,2% Três Povos Salgueiro/ Escarigo 74,8 15,2 10,4 100,4 6,0% Fundão 71,3 68,0 183,8 3,1 326,1 19,6% ZI do Fundão 59,0 87,0 145,9 8,8% UF Janeiro de Cima e Bogas de Baixo UF Póvoa de Atalaia e Atalaia do Campo UF Vale de Prazeres e Mata da Rainha Aldeia Nova do Cabo 17,8 9,8 4,6 32,2 1,9% Chãos 3,5 3,5 0,2% Donas/Teixugas 20,6 5,8 6,2 32,6 2,0% Valverde/Carvalhal 33,0 37,2 5,5 75,6 4,5% Janeiro de Cima 20,9 5,9 0,4 27,2 1,6% Bogas de Baixo 15,7 3,4 0,4 19,5 1,2% Ladeira 5,8 5,8 0,4% Maxial 9,8 9,8 0,6% Urgueiro 5,1 5,1 0,3% Atalaia do Campo 15,6 5,2 2,6 23,3 1,4% Povoa da Atalaia 34,8 7,5 42,3 2,5% Vale de Prazeres 16,7 1,3 2,1 20,2 1,2% Cortiçada 2,5 2,5 0,2% Mata da Rainha 14,5 1,0 15,5 0,9% Povoa da Palhaça 1,7 1,7 0,1% Quinta do Monte Leal 11,2 11,2 0,7% Quintas da Torre 8,7 8,7 0,5% TOTAL 949,3 313,0 183,8 59,0 87,0 70, ,7 57,1% 18,8% 11,1% 3,5% 5,2% 4,2% 100,0% Fonte: CM Fundão 100,0% As regras de transformação do uso do solo, estabelecidas no regulamento do Plano, definem dimensões mínimas, densidades residenciais e de construção muito baixas e regras de proteção do meio ambiente. 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 11

20 12 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor

21 Figura 1: Planta de Ordenamento Perímetros Urbanos em vigor 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 13

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23 3.2.1 Espaços Urbanos e Urbanizáveis Consideram-se espaços urbanos e urbanizáveis as áreas delimitadas na planta de ordenamento, incluídas em perímetro urbano. Estes espaços representam a maior parte das área integradas em perímetro urbano, cerca de 87%, correspondendo os espaços urbanos (áreas consolidadas) a 57,1%, ou seja. 949,3ha, e os espaços urbanizáveis, destinados à expansão urbana, a 29,9%, ocupando cerca de 496,8ha. Para estes espaços, o regulamento do PDM determina um conjunto de disposições particulares, definidos em função da hierarquia urbana estabelecida pelo Plano (Quadro 5). Quadro 5: PDM em vigor - Nível hierárquico dos aglomerados Fonte: PDM em vigor Para os Espaços Urbanos incluídos no interior do perímetro do Fundão, define os seguintes condicionamentos: A ampliação ou construção de novos edifícios em substituição de existentes não poderá ultrapassar os valores dos índices de implantação e de construção existentes na zona envolvente; Na construção de novas edificações deverão ser respeitados os parâmetros urbanísticos atrás referidos. No entanto, para a ampliação ou reabilitação de edifícios existentes admite-se a adoção de parâmetros urbanísticos diferenciados, de acordo com a zona e edificações envolventes; O vocabulário arquitetónico das novas edificações terá de tomar em consideração as tipologias envolventes; Não poderão ser reduzidas as superfícies de pátios, jardins e outros espaços livres, quando existentes, salvo em casos de conjuntos justificados em plano de pormenor da zona. Para os restantes Espaços Urbanos, o PDM em vigor determina que a ocupação de lotes já constituídos fica vinculada às disposições decorrentes dos compromissos assumidos pela Câmara Municipal à data de aprovação 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 15

24 do PDM. Quando se tratar de lotes ou prédios com construção, os direitos de reconstrução não poderão ser superiores aos que já existem, majorados até à cércea dominante e alinhamento dos edifícios contínuos. No que se refere a indicadores, para os Espaços Urbanos e Espaços Urbanizáveis o Plano define os seguintes: Fundão Perímetros Urbanos Alpedrinha, Silvares e Capinha Restantes espaços urbanos e urbanizáveis do concelho (aglomerados de níveis III, IV e V) Quadro 6: Índices definidos no PDM em vigor Subcategoria de Espaço Índice máximo de construção Número máximo de pisos Espaços urbanos envolvente envolvente Espaço urbanizável I 1,2 4 ou 12 m *1 Espaço urbanizável II 0,6 2 ou 6,5 m Espaços urbanos e urbanizáveis 0,5 3 ou 9 m *2 Espaços urbanos e urbanizáveis 0,4 2 ou 6,5 m *2 *1 exceto para instalações técnicas devidamente justificadas (em casos excecionais, este número poderá ser de 6, se proposto em plano de pormenor; *2 exceto para instalações técnicas devidamente justificadas Fonte: PDM em vigor Para os espaços urbanos (área consolidada) do perímetro urbano do Fundão os parâmetros urbanísticos regulam-se pelas seguintes condições: A construção de novos edifícios, a ampliação ou construção de novos edifícios em substituição de existentes não poderá ultrapassar os valores dos índices de implantação e de construção existentes na zona envolvente; O vocabulário arquitetónico das novas edificações terá de tomar em consideração as tipologias envolventes; Não poderão ser reduzidas as superfícies de pátios, jardins e outros espaços livres, quando existentes, salvo em casos de conjuntos justificados em plano de pormenor da zona. Nas áreas dos perímetros urbanos de Salgueiro, Quintãs e Escarigo em sobreposição com o aproveitamento hidroagrícola da Cova da Beira, a edificabilidade permitida impõe que sejam respeitados simultaneamente os condicionalismos da legislação em vigor aplicáveis àquele aproveitamento, que seja obtida a autorização de exclusão pela entidade competente, e que não obstrua a passagem de água nas infraestruturas de rega. Durante a vigência do Plano, da experiência da Autarquia, concluiu-se que o maior condicionalismo verificado nestes espaços deveu-se ao estabelecimento de uma cércea máxima de 6,5m e 2 pisos para a maioria dos perímetros urbanos, em casos onde por vezes existem edifícios com 3 pisos. Outro grande problema detetado na gestão do território destes espaços, deveu-se à inexistência de perímetro urbano para alguns pequenos aglomerados existentes, e que correspondem a espaços urbanos consolidados. 16 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor

25 3.2.2 Espaços Industriais As áreas industriais abrangem zonas em que predominam as construções industriais e destinam-se, exclusivamente, à implantação de edificações e instalações para a atividade industrial e atividades complementares de apoio. Os espaços industriais localizados e delimitados na planta de ordenamento do PDM em vigor correspondem à Zona Industrial do Fundão e respetiva zona de expansão, localizada a norte da Cidade, junto à EN18. Estes espaços ocupam uma área total de 145 ha e representam 8,8% da área dos perímetros urbanos em vigor, sendo que 59ha, 41% dos espaços industriais, correspondem a áreas existentes, e os restantes - 87ha, se destinavam à expansão da zona industrial. A ocupação nos espaços destinados à expansão deve ser regida por Plano de Pormenor, respeitando os seguintes parâmetros: Definição de uma faixa de proteção que garanta um afastamento mínimo de 50 m aos limites dos lotes e zonas residenciais, habitações ou equipamentos; Criação de uma cortina arbórea em torno desta área industrial que ocupe pelo menos 60% da referida faixa de proteção, onde seja dada prioridade à manutenção da vegetação original, especialmente se se verificar a existência de árvores de grande porte, por forma a evitar o contacto visual entre estas áreas e as zonas residenciais ou de equipamento; Independentemente de as indústrias serem obrigadas a um tratamento prévio dos efluentes industriais, de acordo com a legislação em vigor, deverão estar obrigatoriamente ligadas a um sistema público eficaz de saneamento e tratamento de efluentes residuais; Está impedida a construção para fins habitacionais, com exceção da destinada ao guarda das instalações. Até à elaboração de Plano de Pormenor, o PDM estabelece que a ocupação destes espaços far-se-á de acordo com os seguintes parâmetros: O índice de implantação (bruto) máximo é de 0,30; O índice de implantação (líquido) máximo, em cada lote, é de 0,50; O coeficiente volumétrico máximo, em cada lote, é de 5 m3/m 2 ; Os afastamentos mínimos das construções aos limites dos lotes são os seguintes: Afastamento frontal - 7,5 m; Afastamento lateral - 5 m; Afastamento posterior - 5 m; 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 17

26 Cércea máxima - 7 m, exceto instalações técnicas devidamente justificadas; Percentagem máxima de solo impermeabilizado - 70%. As indústrias existentes legalizadas à data da publicação do PDM em vigor, podem proceder a alterações e/ou ampliações das suas instalações, desde que não se localizem em áreas abrangidas pelas RAN e ou REN, garantam as infraestruturas básicas (arruamentos de acesso, abastecimento de energia elétrica e água, esgotos e tratamento de efluentes) e cumpram os aspetos de proteção ambiental. Atualmente, os espaços industriais delimitados no PDM em vigor, integrando a zona existente e a área de expansão, encontram-se ocupados, incluindo uma área de especialização de manufatura de micropeça e industria de polimentos. Existe ainda a intenção de criar duas novas zonas industriais, uma na Soalheira, junto à A23/IP2, onde já existe um plano de pormenor em curso, que tem como objetivo criar um cluster agroindustrial Gardunha Sul, junto à Soalheira, e outra em Silvares, que dispões de plano de pormenor aprovado. Estas zonas devem ficar acauteladas na revisão do PDM e a zona industrial do fundão deve ser alargada, para enquadrar as pretensões existentes na envolvente Espaços Verdes Urbanos Os espaços verdes urbanos encontram-se delimitados na planta de ordenamento, sem prejuízo da legislação específica relativa à RAN e do fomento hidroagrícola, onde podem ser permitidas intervenções que se destinem a oferecer estruturas de equipamentos destinados à satisfação da procura da população urbana. Nestes espaços podem ser permitidas intervenções que se destinem a oferecer estruturas de equipamento destinados á satisfação da procura da população urbana, sem prejuízo da legislação específica relativa à RAN. Os Espaços Verdes definidos na Planta de Ordenamento totalizam 70,6ha, ou seja, cerca de 4,2% dos espaços incluídos em perímetro urbano, e incidem em 38% dos perímetros urbanos definidos para os aglomerados do concelho, nomeadamente em Aldeia Nova do Cabo, Alpedrinha, Atalaia do Campo, Barroca, Bogas de Baixo, Capinha, Donas/Teixugas, Enxabarda, Fatela, Fundão, Janeiro de Cima, Mata da Rainha, Orca, Peroviseu, Salgueiro/ Escarigo, Silvares, Soalheira, Telhado, Vale de Prazeres e Valverde/Carvalhal. Durante a vigência do PDM, estes espaços não foram objeto de intervenção, nem de qualquer tratamento mais detalhado na sua preservação. Consistiram, na prática, a zonas non aedificandi, abandonadas ou eventualmente cultivadas, em regime de pequena agricultura de subsistência. A Autarquia é da opinião que os espaços verdes urbanos devem propiciar zonas de desafogo, de recreio e lazer, além de outras funções ecológicas, situação que em meio rural de baixa densidade, está assegurada pela envolvente natural, sem necessidade de qualquer intervenção Análise Global - O concelho do Fundão é constituído por 23 freguesias, todas elas com perímetro urbano definido para as 18 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor

27 respetivas sedes, e antigas sedes, de acordo com a anterior divisão administrativa, existindo para além destes, perímetros urbanos definidos para a maioria dos restantes aglomerados, bem como para a Zona Industrial do Fundão, situada a norte da Cidade, junto à EN18. Para se ter um maior conhecimento dos perímetros urbanos definidos no PDM em vigor para o concelho, quanto a quantificação de área disponível por ocupar e adequação destas às necessidades presentes, resultou da analise da dinâmica urbanística e do nível de ocupação de cada perímetro urbano, tal como apresentado no subcapítulo seguinte "Perímetros Urbanos - Análise do Nível de Ocupação". Para efetuar este trabalho, recorreu-se à sua comparação com a situação atual, com base no conhecimento do território, apoiado em cartografia e ortofotomapas relativamente recentes (2011), propriedade da Municípia SA, e em dados de licenciamento disponibilizados pela Autarquia, entre 2005 e 2014, e pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), entre 2001 e 2014 (Quadro 39, em anexo). Na globalidade, o PDM em vigor define 54 perímetros urbanos distribuídos pelo território municipal, constituídos por Espaços Urbanos, Espaços Urbanizáveis, Espaços Industriais e Espaços Verdes, que ocupam uma área de 1.662,7 ha, representando apenas 2,4% da área total do concelho, que dispõe de ,8 ha, o que demonstra o fraco peso do solo urbano no seu território. Quadro 7: Globalidade dos Perímetros Urbanos Análise do nível de Ocupação, por categorias de Espaço Categorias ESPAÇOS URBANOS e URBANIZÁVEIS ESPAÇOS VERDES URBANOS ESPAÇOS INDUSTRIAIS Subcategorias Área Ocupada no Área por ocupar no Área interior do perímetro interior do perímetro ha % ha % ha % Espaços Urbanos 949,3 57,1% 862,4 90,8% 86,9 9,2% Espaços Urbanizáveis I 313,0 18,8% 195,6 62,5% 117,4 37,5% Espaços Urbanizáveis II 183,8 11,1% 117,8 64,1% 66,0 35,9% Espaços Verdes Urbanos 70,7 4,3% 43,9 62,2% 26,7 37,8% Espaços Industriais Existentes 59,0 3,5% 54,1 91,7% 4,9 8,3% Espaços Industriais - Expansão 87,0 5,2% 55,1 63,3% 31,9 36,7% TOTAL 1.662,7 100% 1.328,9 79,9% 333,8 20,1% Fonte: Cálculos próprios Da análise do Quadro 7, conclui-se que da totalidade dos espaços definidos pelos perímetros urbanos, grande parte dos espaços classificados como solo urbano foram ocupados durante a vigência do PDM, cerca de 79,9%, sendo que da totalidade de espaços urbanizáveis definidos (496,8ha), destinados à expansão urbana, 63% foram ocupados, dispondo os perímetros urbanos ainda de espaços disponíveis por ocupar (Quadro 38, em anexo). Quanto aos espaços verdes, assumem uma percentagem de 4,3% na quantificação da área global dos perímetros urbanos, e destinam-se à salvaguarda de áreas de RAN, bem como de locais atravessados por linhas de água ou de declive acentuado. Durante a vigência do Plano, considera-se que estas áreas na 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 19

28 generalidade foram salvaguardadas da ocupação, com exceção de alguns casos, em resultado da aferição dos seus limites a uma escala de maior detalhe, de processos de exclusão específicos ou de preexistências. Relativamente aos espaços industriais, encontram-se maioritariamente ocupados ou comprometidos, existindo porém áreas que deverão ser requalificadas. Segundo a Autarquia não existem espaços disponíveis, devendo a revisão prever a sua ampliação, bem como a criação de uma nova zona industrial em Soalheira e em Silvares, integrando os planos de pormenor desenvolvidos. Gráfico 1: Distribuição das categorias de espaços e do nível de ocupação dos Perímetros Urbanos do concelho 2,2% 4,3% 6,6% Espaços Urbanos, Urbanizáveis Ocupados 16,2% Espaços Urbanos e Urbanizáveis por Ocupar 70,7% Espaços Industriais Ocupados Espaços Industriais por Ocupar Espaços Verdes Fonte: cálculos próprios A aferição do nível de ocupação atual, como já referido anteriormente, resulta da identificação de áreas que efetivamente já se encontram consolidadas e edificadas, resultante de uma análise pormenorizada de cada perímetro urbano, com visitas de campo, da verificação da existência de compromissos urbanísticos (planos aprovados, operações de loteamento ou processo de licenciamento emitidos) e do apoio a ortofotomapas relativamente recentes (2011), elaborados pela Municípia, SA. No quadro seguinte, bem como no Gráfico 2, apresenta-se a quantificação dos perímetros urbanos por freguesia, identificando-se ainda a quantificação das áreas que efetivamente já se encontram ocupadas no seu interior, onde se incluem a totalidade dos Espaços Urbanos, bem como os Espaços Urbanizáveis que foram sendo ocupados na vigência do PDM. 20 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor

29 Freguesia Aglomerado Quadro 8: Perímetros Urbanos do Concelho do Fundão Análise do nível de Ocupação Área Total Perímetro Urbano/ Área Urbana Ocupada Área Urbana Por Ocupar Solo Urbano N.º Processos de Licenciamento Solo Rústico ha % ha % ha % n.º n.º n.º n.º Alcaide Alcaide 22,5 22,5 1,4% 20,3 20,3 90,5% 2,1 2,1 9,5% Alcaria 37,4 2,2% 28,1 75,2% 9,3 24,8% 24 Alcaria Espanadeira 5,8 50,6 0,4% 2,9 36,8 49,8% 2,9 13,8 50,2% Pesinho 7,3 0,4% 5,8 78,5% 1,6 21,5% 1 Alcongosta Alcongosta 18,9 18,9 1,1% 16,8 16,8 89,2% 2,0 2,0 10,8% Alpedrinha Alpedrinha 85,4 85,4 5,1% 56,9 56,9 66,7% 28,4 28,4 33,3% Barroca 18,1 1,1% 15,9 87,9% 2,2 12,1% 34 Barroca Alqueidão 10,1 44,4 0,6% 9,3 39,3 92,2% 0,8 5,2 7,8% São Martinho 16,2 1,0% 14,0 86,5% 2,2 13,5% 5 Bogas de Cima 16,5 1,0% 12,7 76,8% 3,8 23,2% 9 Bogas do Meio 5,1 0,3% 4,7 91,1% 0,5 8,9% 7 Bogas de Boxinos 4,8 39,4 0,3% 4,3 33,3 90,8% 0,4 6,0 9,2% 1 Cima Descoberto 6,1 0,4% 5,5 90,4% 0,6 9,6% Malhada Velha 6,8 0,4% 6,1 89,7% 0,7 10,3% 7 Capinha Capinha 46,4 46,4 2,8% 32,0 32,0 69,0% 14,4 14,4 31,0% Castelejo 30,7 1,8% 28,5 92,6% 2,3 7,4% 38 Castelejo Açor 6,9 45,2 0,4% 5,7 41,7 82,4% 1,2 3,5 17,6% Enxabarda 7,5 0,5% 7,5 100,0% 0,0 0,0% 6 Castelo 15,9 12,5 3,4 Novo Castelo Novo 15,9 1,0% 12,5 78,6% 3,4 21,4% Enxames Enxames 29,1 29,1 1,8% 28,8 28,8 98,9% 0,3 0,3 1,1% Fatela Fatela 27,8 27,8 1,7% 22,5 22,5 81,0% 5,3 5,3 19,0% Lavacolhos Lavacolhos 18,8 18,8 1,1% 17,4 17,4 92,5% 1,4 1,4 7,5% Orca 34,3 2,1% 26,5 77,1% 7,9 22,9% 31 Orca Martianas 5,0 45,1 0,3% 5,0 37,2 99,3% 0,0 7,9 0,7% Zebras 5,8 0,3% 5,8 100,0% 0,0 0,0% 2 Peroviseu Peroviseu 43,3 2,6% 31,7 73,2% 11,6 26,8% 31 45,6 33,9 11,7 Vales de Peroviseu 2,3 0,1% 2,2 95,1% 0,1 4,9% Silvares Silvares 87,0 5,2% 68,2 78,5% 18,7 21,5% 90 93,6 74,8 18,7 Rio 6,6 0,4% 6,6 100,0% 0,0 0,0% Soalheira Soalheira 54,1 54,1 3,3% 41,6 41,6 76,8% 12,5 12,5 23,2% Souto da Souto da Casa 46,1 2,8% 36,0 78,0% 10,2 22,0% 25 50,1 39,9 10,2 Casa Vale do Urso 3,9 0,2% 3,9 98,9% 0,0 1,1% Telhado Telhado 18,0 1,1% 14,9 82,8% 3,1 17,2% 25 20,8 17,7 3,1 Freixial 2,8 0,2% 2,8 100,0% 0,0 0,0% Três Povos Salgueiro/ Escarigo 100,4 100,4 6,0% 83,6 83,6 83,3% 16,8 16,8 16,7% UF Fundão, Valverde, Donas, Aldeia de Joanes e Aldeia Nova do Cabo UF Janeiro de Cima e Bogas de Baixo UF Póvoa de Atalaia e Atalaia do Campo Fundão 326,1 19,6% 240,1 73,6% 86,0 26,4% 176 ZI do Fundão 145,9 8,8% 109,2 74,8% 36,8 25,2% 79 Aldeia Nova do 9 Cabo 32,2 1,9% 29,1 90,2% 3,2 9,8% 616,0 469,3 146,7 Chãos 3,5 0,2% 3,3 96,3% 0,1 3,7% 5 Donas/Teixugas 32,6 2,0% 27,4 84,0% 5,2 16,0% 28 Valverde/Carvalhal 75,6 4,5% 60,2 79,6% 15,4 20,4% 37 Janeiro de Cima 27,2 1,6% 26,9 98,9% 0,3 1,1% 29 Bogas de Baixo 19,5 1,2% 15,1 77,5% 4,4 22,5% 7 Ladeira 5,8 67,5 0,4% 4,9 60,5 83,8% 0,9 7,0 16,2% 0 Maxial 9,8 0,6% 9,3 94,4% 0,5 5,6% 6 Urgueiro 5,1 0,3% 4,4 84,8% 0,8 15,2% 0 Atalaia do Campo 23,3 1,4% 20,1 86,3% 3,2 13,7% 15 65,7 Povoa da Atalaia 42,3 2,5% 37,6 88,9% 4,7 11,1% 57,7 7,9 35 Total ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 21

30 Freguesia UF Vale de Prazeres e Mata da Rainha Aglomerado Área Total Perímetro Urbano/ Área Urbana Ocupada Área Urbana Por Ocupar Solo Urbano N.º Processos de Licenciamento Solo Rústico ha % ha % ha % n.º n.º n.º n.º Vale de Prazeres 20,2 1,2% 17,5 87,1% 2,6 12,9% 14 Cortiçada 2,5 0,2% 2,5 100,0% 0,0 0,0% 6 Mata da Rainha 15,5 0,9% 13,6 87,7% 1,9 12,3% 6 Povoa da Palhaça 1,7 59,8 0,1% 1,7 54,3 100,0% 0,0 5,5 0,0% 1 Quinta do Monte Leal 11,2 0,7% 10,3 91,4% 1,0 8,6% 1 Quintas da Torre 8,7 0,5% 8,7 100,0% 0,0 0,0% 1 TOTAL 1.662,7 100,0% 1.328,8 79,9% 333,9 20,1% Fonte: CM Fundão Total ,2% 41,8% 100% Gráfico 2: Nível de Ocupação dos perímetros urbanos do concelho do Fundão UF Vale de Prazeres e Mata da Rainha UF Póvoa de Atalaia e Atalaia do Campo UF Janeiro de Cima e Bogas de Baixo UF Fundão, Valverde, Donas, Aldeia de Joanes e Aldeia Nova do Cabo Três Povos Telhado Souto da Casa Soalheira Silvares Pêro Viseu Orca Lavacolhos Fatela Enxames Castelo Novo Castelejo Capinha Bogas de Cima Barroca Alpedrinha Alcongosta Alcaria Alcaide Áreas Urbanas Ocupadas Fonte: CM Fundão Áreas Urbanas por Ocupar Da análise do grau do nível de ocupação dos diversos perímetros urbanos definidos na Planta de Ordenamento do PDM do Fundão, constata-se que ao longo dos últimos anos tiveram um nível de ocupação satisfatório, uma vez que durante a vigência do PDM a maior parte dos espaços urbanizáveis definidos foram parcialmente ocupados, integrando o concelho, no geral, ainda de 20,1% de solo urbano disponível para ocupar. Contudo, para além das áreas de expansão definidas em cada perímetro urbano, os espaços urbanos integram ainda áreas intersticiais passíveis de colmatar. Fazendo esta análise por perímetro urbano, verifica-se que os aglomerados com maior percentagem de solo urbano por ocupar, incluindo espaços urbanos e urbanizáveis, correspondem aos perímetros urbanos das freguesias de Alpedrinha (33,3%), Capinha (31%), Alcaria (27,2%), Peroviseu (25,7%) e da UF do Fundão (23,8%). Por outro lado, é também possível identificar quais as freguesias que no mesmo período tiveram uma maior ocupação, e que atualmente apresentam pouco espaço disponível para ocupar, tal como acontece com Enxames (1,1%), Lavacolhos (7,5%), Castelejo (7,7%) e UF de Vale de Prazeres e Mata da Rainha (9,2%), no 22 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor

31 seguimento dos Espaços Urbanizáveis terem sido maioritariamente ocupados. Esta análise permite perceber que os espaços que ainda se encontram disponíveis no interior de cada perímetro urbano, são em muitos casos suficientes para as necessidades futuras que se preveem, devendo em algumas situações estas áreas ser aferidas ou deslocadas para locais mais apropriados, tendo presente o cenário de decréscimo populacional do concelho, uma vez que entre 2001 e 2011, segundo os dados dos Censos do INE, Fundão registou uma redução na ordem dos 7,2%, ou seja, perdeu habitantes (Quadro 40, em anexo). Verificando o grau de ocupação do concelho, conclui-se que está intimamente relacionado com a dinâmica urbanística registada, patente na emissão de licenças, tanto para a construção de novos edifícios, como para efetuar intervenções em edifícios existentes. Durante a vigência do PDM, ou seja, entre 2001 e 2014, de acordo com os dados disponibilizados pelo INE, foram emitidas 2557 licenças para a totalidade do concelho (Gráfico 4), 54,6% destinadas à construção de novas edifícios, sendo que destas 70% incidiu na construção de novas habitações, e as restantes destinaram-se a intervenções em edificado existente. Verifica-se que a dinâmica construtiva, a par da situação económica do país, tem vindo a reduzir drasticamente nos últimos anos, sendo que no ano de 2014, só foram licenciadas 58 novas construções. Gráfico 3: N.º de licenças de edifícios, por uso e destino, para o concelho do Fundão, durante a vigência do PDM, entre 2001 e habitação outros usos habitação outros usos Construções novas N.º licenças Fonte: INE Ampliações, alterações e reconstruções Gráfico 4: Edifícios licenciados, por ano, no concelho do Fundão, durante a vigência do PDM, entre 2001 e 2014, por tipo de obra Construções novas Ampliações, alterações e reconstruções Fonte: INE Analisando agora a expressão territorial destes processos, tendo por base os dados georreferenciados 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 23

32 relativamente aos licenciamentos emitidos pela Câmara desde 2005, conclui-se que durante o mesmo período, entre 2005 e 2014, a Autarquia emitiu 1896 licenças para processos de obras em edifícios, incidindo 59,2% destas em áreas situadas no interior dos perímetros urbanos, e 40,8% em solo rústico, concentrando a freguesia da União das Freguesias do Fundão, Valverde, Donas, Aldeia de Joanes e Aldeia Nova do Cabo, cerca de 33,6% dos licenciamentos registados no concelho. Observando o ocorrido nas restantes freguesias, verifica-se que todas tiveram pouca expressão quando comparadas à sede de concelho, contudo Alcaria, Silvares, Soalheira, Castelo Novo e Alpedrinha, destacam-se positivamente das restantes. Em solo rústico, salienta-se a expressão dos licenciamentos na UF do Fundão, concentrando 39% destes processos, em Alcaria (11,5%) e em Castelejo (7,2%), destinados à construção de novos edifícios em solo rústico, tendo por base os indicadores urbanísticos definidos no PDM. Regira-se ainda que nos últimos tempos têm surgido muitos pedidos de recuperação de edifícios existentes por parte de cidadãos estrangeiros que têm adquirido propriedades na UF de Vale Prazeres Gráfico 5: N.º de licenças emitidas pela Autarquia para o concelho, entre 2005 e 2014, por freguesia 0 Alcaide Alcaria Alcongosta Alpedrinha Barroca Bogas de Cima Capinha Soalheira Silvares Pêro Viseu Orca Lavacolhos Fatela Enxames Castelo Novo Castelejo No interior de Perímetro Urbano Em Solo Rural Souto da Casa Telhado Três Povos UF Fundão, Valverde, Donas, A. Joanes, A. Nova Cabo UF Janeiro de Cima e Bogas de Baixo UF Póvoa de Atalaia e Atalaia do Campo UF Vale de Prazeres e Mata da Rainha Fonte: CM Fundão Verifica-se que uma grande parte dos licenciamentos emitidos, cerca de 42%, incidem em solo rústico, situandose as restantes no interior do perímetro urbano. Esta situação resulta do facto do PDM em vigor não ter contemplado a totalidade das áreas urbanas consolidadas com perímetro urbano. Esta situação verifica-se em diversos aglomerados, na maioria das freguesias. As principais conclusões que se podem retirar da análise global da ocupação dos perímetros urbanos do concelho do Fundão durante o período de vigência do PDM são: Integra 54 perímetros urbanos, distribuídos pelas 23 freguesias, compostos por Espaços Urbanos, 24 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor

33 Espaços Urbanizáveis, Espaços Verdes e Espaços Industriais, totalizando uma área de 1.662,7 ha, ou seja, 2,4% do território municipal; Identificam-se diversas construções existentes nas imediações dos perímetros urbanos, bem como alguns pequenos núcleos urbanos, em solo rústico, não contemplados com perímetro urbano pelo PDM em vigor; Os Espaços Urbanos correspondem às zonas urbanas consolidadas, infraestruturadas e/ou comprometidas dos aglomerados do concelho, representam 57,1% das áreas urbanas integradas em perímetro urbano, que integram 9,2% de espaços intersticiais por colmatar e/ou ocupar, alguns condicionados face à presença de zonas alagáveis, declivosas ou atravessadas por linhas de drenagem natural; Os Espaços Urbanizáveis I e II destinam-se à expansão urbana dos aglomerados e representam 29,9% das áreas integradas em perímetro urbano, sendo que durante a vigência do PDM registaram uma ocupação de 63,1%, possuindo ainda uma área de 183,4 ha por ocupar, distribuída um pouco por todo o território municipal; Os Espaços Industriais totalizam 146 ha, 8,7% da área integrada em perímetro urbano, e durante a vigência do Plano registaram uma ocupação de 75%, não existindo espaços disponíveis para incluir novas atividades, face à dimensão dos espaços residuais; No total, os perímetros urbanos registaram um nível de ocupação de 79,9%, apresentam 20,1% de espaços por ocupar, cerca de 334 ha distribuídos um pouco por todo o território; De acordo com os dados do INE, entre 2001 e 2014 foram emitidas um total de licenças, 45,4% destinada a intervenções em edifícios existentes, e 38,2% à construção de novos edifícios residenciais; De acordo com os dados da CM, entre 2005 e 2014, foram registados 1896 licenciamentos para o concelho, incindindo 59,2% destes no interior dos perímetros urbanos e os restantes em solo rústico, maioritariamente concentrados a UF do Fundão/ Valverde/ Donas/ Aldeia de Joanes/ Aldeia Nova Cabo (33,6%). Da totalidade dos licenciamentos emitidos para os perímetros urbanos do concelho, a UF do Fundão foi a que concentrou a maioria dos processos (29,9%), seguida de Silvares (8,0%), Soalheira (5,8%) e Alpedrinha (5,0%). Desta análise, conclui-se que ainda existe uma percentagem considerável de Espaços Urbanos e de Espaços Urbanizáveis vagos, pelo que aparentemente não há necessidade, no âmbito da revisão do PDM, de alargamentos significativos de perímetros urbano na maior parte dos casos, apenas para incluir construções situadas nas imediações, em solo rústico. 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 25

34 Contudo, há que atender que diversos dos aglomerados, e outros conjuntos edificados, não foram contemplados com perímetro urbano no PDM em vigor, devendo o processo de revisão resolver esta situação, bem como salvaguardar as áreas atravessadas por cursos de água, as zonas declivosas, com afloramentos rochosos, entre outras. 26 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor

35 Figura 2: em Vigor Dinâmica existente 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 27

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37 3.2.5 Perímetros Urbanos - Análise do Nível de Ocupação Para a análise do nível de ocupação dos perímetros urbanos definidos no PDM do Fundão, recorreu-se à sua comparação com a situação atual, com base no conhecimento do território, apoiado em cartografia relativamente recente (2011), elaborada pela Municípia, SA, e em dados de licenciamento disponibilizados pela Autarquia e do Instituto Nacional de Estatística (INE). Esta análise é acompanhada de figuras que ilustram os perímetros urbanos em vigor, onde são identificadas as diferentes categorias de espaço definidas no PDM em vigor, os espaços que durante a vigência do PDM foram ocupados ou se encontram comprometidos e a localização dos processos de licenciamento ocorridos desde 2005, ano a partir do qual a Autarquia dispõe desta informação georreferenciada. Contudo, quando desagregada esta informação ao ano, conforme apresentado nos gráficos, foram tratados a partir de 2006, pelo fato do ano de 2005, não se encontrar integralmente georreferenciado. No entanto, como o PDM do Fundão se encontra em vigor desde , optou-se por completar a análise com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), relativos ao n.º de edifícios licenciados, por freguesia, tipo de obra e destino da obra, entre 2001 e 2014, permitindo perceber o tipo de intervenções e destino de construções licenciadas, em cada freguesia, desde a aprovação do Plano (Quadro 39, em anexo). As áreas identificadas no âmbito da presente análise como Ocupadas correspondem a espaços considerados urbanizados, pelo facto de já se encontrarem consolidados ou comprometidos. Existem porém diversos espaços intersticiais por ocupar no interior destas zonas, que não foram identificados por não possuírem dimensão relevante, face à escala da presente análise. A quantificação destas áreas consta do Quadro 38, apresentado em anexo Freguesia de Alcaide A freguesia de Alcaide integra o perímetro urbano em vigor definidos para o aglomerado sede de freguesia, totalizando cerca de 22,5 ha. Alcaide está situado na encosta Norte da Serra da Gardunha, junto à EN345-4 e a cerca de 6 km a Nascente do Fundão. Atravessado por uma linha de água de alguma importância a sul, é um aglomerado de alguma dimensão, cuja estrutura urbana, a Poente, mantém as características originais, e que apresenta um desenvolvimento linear com alguma dispersão, no seu prolongamento para Nascente. Neste aglomerado existem diversos exemplos de recuperação, assim como algumas casas senhoriais. Os edifícios do núcleo mais antigo ainda conservam um pouco das características tradicionais, enquanto que na zona mais recente as casas são sobretudo moradias unifamiliares com 2 pisos. 2 Ratificado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 82/2000, de 10 de julho, alterada pela Declaração n.º 331/2001, de 8 de novembro, pela Declaração n.º 9/2003, de 13 de Janeiro, e pelo Aviso n.º 162/2008, de 3 de Janeiro. 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 29

38 Figura 3: Perímetro Urbano de Alcaide Análise do nível de Ocupação Aglomerado Espaços Urbanos Quadro 9: Perímetro Urbano de Alcaide Análise do nível de Ocupação PERÍMETRO URBANO EM VIGOR Espaços Urbanizáveis I Total NÍVEL DE OCUPAÇÃO Ocupado por Ocupar PROCESSOS DE LICENCIAMENTO ( ) Solo Urbano Solo Rústico ha % ha % ha % ha % ha % n.º n.º n.º Alcaide 18,2 80,8% 4,3 19,2% 22,5 100,0% 20,3 90,5% 2,1 9,5% TOTAL 18,2 80,8% 4,3 19,2% 22,5 100,0% 20,3 90,5% 2,1 9,5% Fonte: CM Fundão Total O perímetro urbano de Alcaide é constituído por Espaços Urbanos (80,8%), nas áreas que já se encontram edificadas, e por um Espaço Urbanizável (19,2%), destinadas à expansão do aglomerado, situado a nascente. Analisando o nível de ocupação deste perímetro urbano, conclui-se que os espaços urbanos se encontram bastante consolidados (90,5%), com espaços intersticiais por ocupar, e que os espaços destinados à expansão do aglomerado, na generalidade foram ocupados, ou seja, durante a vigência do PDM cerca de 79% destes espaços foram ocupados, com maior expressão ao longo da via. No total, o perímetro urbano apresenta 9,5% de solo urbano por ocupar. A análise do nível de ocupação verificado tem justificação na dinâmica urbanística ocorrida nos últimos anos em Alcaide, uma vez que de acordo com os dados disponibilizados pelo INE, desde a aprovação do PDM, foram emitidas 69 licenças, entre 2001 e 2014, destinadas essencialmente a intervenções em edifícios existentes (56,5%), representando a construção de novos edifícios para habitação 31,9%, do número total de licenças emitidas durante este período. 30 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor

39 Gráfico 6: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Alcaide, por ano Gráfico 7: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Alcaide, entre Perímetro Urbano de Alcaide Solo Rústico Solo Rústico Fonte: CM Fundão Para a freguesia, com dados desagregados ao território fornecidos pela Autarquia, desde 2005 foram emitidas um total de 40 licenças, sendo que destas cerca de 55% incidiu em áreas interiores ao perímetro urbano de Alcaide, a maioria destinada a intervenções em edifícios existentes. Conclui-se, que a dinâmica de Alcaide nos últimos anos foi fraca, acompanhando os registos populacionais, visto que entre 2001 e 2011, a freguesia observou um decréscimo populacional na ordem dos 19,3%, sendo que neste período a construção de novos edifícios foi pouco significativa Freguesia de Alcaria Esta freguesia conta com a presença de três núcleos urbanos: Alcaria, Pesinho e Espanadeira/cruzamento EN 18. Alcaria é a freguesia que, a seguir ao Fundão, tem mais procura, pela sua proximidade à cidade, por ter acesso pelo seu principal eixo, a EN18, e por possuir área disponível para a edificação. O aglomerado de Alcaria está implantado numa encosta do rio Zêzere, que lhe confere um interessante enquadramento natural e paisagístico, com uma praia fluvial, sendo atravessado pela linha férrea, que o divide, pela CM 1046, que possibilita a ligação à EN18 e a Dominguizo, na Covilhã, através de uma ponte nova sobre o Zêzere. O aglomerado possui arruamentos de traçado complexo e estreito e um casario característico, tendo a expansão urbana sido feita de modo linear, essencialmente, para Nascente e ao longo do eixo principal, que estabelece a ligação à EN18, com moradias unifamiliares. Espanadeira/ cruzamento da EN18 integra um conjunto de construções que ao longo dos tempos foram sendo edificadas em torno do cruzamento entre dois importantes eixos. As construções existentes são de diversas tipologias e usos: armazéns industriais, moradias unifamiliares e até edifícios de habitação coletiva com mais de 4 pisos. 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 31

40 Pesinho abrange a pequena aldeia, localizada no extremo Poente da freguesia, numa encosta do rio Zêzere, com pouca relação funcional com Alcaria, e com linguagens arquitetónicas diferentes das características do local. O acesso é possibilitado pela EM515, que estabelece a ligação à EN343 e, recentemente, ao aglomerado de Barco, no concelho da Covilhã, integrando uma variante, que o contorna e permite o atravessamento do rio. Figura 4: Perímetros Urbanos de Alcaria Análise do nível de Ocupação Aglomerado Espaços Urbanos Quadro 10: Perímetros Urbanos de Alcaria Análise do nível de Ocupação PERÍMETRO URBANO EM VIGOR Espaços Urbanizáveis I Total NÍVEL DE OCUPAÇÃO Ocupado por Ocupar PROCESSOS DE LICENCIAMENTO ( ) Solo Urbano Solo Rústic o ha % ha % ha % ha % ha % n.º n.º n.º Alcaria 17,5 46,7% 20,0 53,3% 37,4 74,0% 28,1 75,2% 9,3 24,8% 24 Espanadeira 5,8 100,0% 5,8 11,5% 2,9 49,8% 2,9 50,2% 5 Pesinho 7,3 100,0% 7,3 14,5% 5,8 78,5% 1,6 21,5% 1 Total TOTAL 30,6 60,5% 20,0 39,5% 50,6 100,0% 36,8 73,8% 13,8 27,2% Fonte: CM Fundão Da análise dos perímetros urbanos de Alcaria, verifica-se que o da sede é o único que integra espaços urbanizáveis na freguesia, destinados à expansão urbana, sendo que os restantes se encontram classificados como espaços urbanos, abrangendo os núcleos edificados existentes ou áreas comprometidas. O perímetro urbano de Alcaria é constituído por Espaços Urbanos (60,5%), nas áreas que já se encontram edificadas, e por um Espaço Urbanizável (39,5%), destinadas à expansão de Alcaria. Analisando o nível de ocupação dos perímetros urbanos, conclui-se que os espaços urbanos se encontram maioritariamente ocupados, com espaços intersticiais por ocupar, existindo porém em Espanadeira espaços 32 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor

41 urbanos que acabaram por não ser ocupados. Relativamente aos espaços destinados à expansão do aglomerado, situados em Alcaria, na generalidade foram ocupados, ou seja, durante a vigência do PDM apresentaram um nível de ocupação na ordem dos 80%, tendo em consideração que a restante área não é adequada à edificação. No total, os perímetros urbanos, apresentam ainda 27,2% de solo urbano por ocupar. A análise do nível de ocupação acompanha a dinâmica urbanística ocorrida nos últimos anos em Alcaria, uma vez que de acordo com os dados disponibilizados pelo INE, desde a aprovação do PDM foram emitidas 123 licenças, entre 2001 e 2014, destinadas essencialmente a novas construções habitacionais (43,9%), representando as intervenções em edifícios existentes 38,2%, do número total de licenças emitidas durante este período. Gráfico 8: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Alcaria, por ano Gráfico 9: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Alcaria, entre Perimetro Urbano de Alcaria 5 Perimetro Urbano de Espanadeira 1 Perimetro Urbano de Pesinho 30 Solo Rústico Solo Rústico Para a freguesia, com dados desagregados ao território fornecidos pela Autarquia, desde 2005 foram emitidas um total de 119 licenças, sendo que a grande maioria, 74,8%, incidiu em áreas exteriores aos perímetros urbanos de Alcaria, em áreas consolidadas, desprovidas de perímetro urbano, situadas ao longo da EN18 e na via de ligação à sede. Conclui-se, que a Alcaria foi a segunda freguesia com maior dinâmica do concelho, tendo em consideração a nova divisão administrativa, concentrando 6,2% do total de licenças emitidas para o território municipal. Apesar desta situação, à semelhança do contexto regional e municipal, Alcaria também registou decréscimo populacional, tendo perdido entre 2001 e 2011, 91 habitantes, ou seja -7,16% do seu total populacional registado na ação censitária de Freguesia de Alcongosta Situado na Serra da Gardunha, a Sul da cidade do Fundão, o aglomerado de Alcongosta está encaixado numa encosta orientada a Norte e tem acesso pela EM 521, que a partir da EN18 estabelece a ligação principal ao aglomerado. De declive acentuado, o aglomerado encontra-se constrangido pela passagem da ribeira de 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 33

42 Bárbara, a Poente, e por ser atravessado na vertente Este pela A23. Com um núcleo antigo de estrutura radial, registou um desenvolvimento ao longo da encosta. A Norte deste conjunto, existem diversas construções unifamiliares que se dispõem, encosta acima, junto ao acesso para o campo de futebol. Pelas restrições existentes, face à orografia, a dinâmica construtiva na freguesia tem sido muito fraca. Figura 5: Perímetro Urbano de Alcongosta Análise do nível de Ocupação Aglomerado Quadro 11: Perímetro Urbano de Alcongosta Análise do nível de Ocupação Espaços Urbanos PERÍMETRO URBANO EM VIGOR Espaços Urbanizáveis I Total NÍVEL DE OCUPAÇÃO Ocupado por Ocupar PROCESSOS DE LICENCIAMENTO ( ) Solo Urbano Solo Rústico ha % ha % ha % ha % ha % n.º n.º n.º Alcongosta 14,3 75,7% 4,6 24,3% 18,9 84,1% 16,8 89,2% 2,0 10,8% TOTAL 14,3 75,7% 4,6 24,3% 18,9 84,1% 16,8 89,2% 2,0 10,8% Fonte: CM Fundão Total O perímetro urbano de Alcongosta é constituído por Espaços Urbanos (75,7%), nas áreas que já se encontram edificadas, e por um Espaço Urbanizável (24,3%), destinado à expansão do aglomerado. Analisando o nível de ocupação deste perímetro urbano, verifica-se que os espaços urbanos se encontram maioritariamente consolidados (93%), com espaços intersticiais por ocupar, e que os espaços destinados à expansão do aglomerado, na generalidade foram ocupados, ou seja, durante a vigência do PDM cerca de 78,3% destes espaços foram ocupados, com processos de urbanização. No total, o perímetro urbano apresenta 10,8% de solo urbano por ocupar, tendo em consideração os espaços que ainda não foram ocupados durante a vigência do plano. A análise do nível de ocupação verificado tem justificação na dinâmica urbanística ocorrida nos últimos anos em Alcongosta, uma vez que de acordo com os dados disponibilizados pelo INE, desde a aprovação do PDM foram emitidas 35 licenças, entre 2001 e 2014, destinadas maioritariamente a intervenções em edifícios existentes 34 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor

43 (62,9%), representando a construção de novos edifícios para habitação apenas 17,1% do número total de licenças emitidas durante este período. Gráfico 10: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Alcongosta, por ano Gráfico 11: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Alcongosta, entre ,5 3 2,5 2 1,5 1 0, Perimetro Urbano de Alcongosta 9 Solo Rústico Solo Rústico Fonte: CM Fundão Para a freguesia, com dados desagregados ao território fornecidos pela Autarquia, desde 2005 foram emitidas um total de 17 licenças, sendo que destas cerca de 47% incidiu em áreas interiores ao perímetro urbano de Alcongosta, destinadas maioritariamente a intervenções em edifícios existentes, tendo assumido maior destaque nos últimos anos (2013 e 2014), ao contrário do esperado, face ao contexto municipal e regional. Conclui-se, que a dinâmica de Alcongosta tem sido muito fraca, certamente resultante das limitações orográficas existentes, sendo que entre 2001 e 2011, a freguesia observou um decréscimo populacional na ordem dos 13,3%, tendo perdido entre estas duas ações censitárias, 76 habitantes Freguesia de Alpedrinha Situada a Sudeste do Fundão, esta freguesia integra a vila de Alpedrinha, que é atravessada a Poente pela A23, no interior pela EN18 e contornada a Sul pela via-férrea. De estrutura urbana antiga de dimensão razoável, Alpedrinha é um dos aglomerados mais importantes do concelho, integrando um conjunto de imóveis de grande valor patrimonial. As áreas de expansão mais recente incidem essencialmente a Nascente da linha de água, que atravessa de Norte para Sul e que estruturalmente divide a zona antiga da mais recente. No interior do núcleo verifica-se uma grande preocupação e tendência na reabilitação do edificado. As áreas de ocupação mais recente são constituídas por moradias unifamiliares e até por alguns edifícios de habitação coletiva com 4 ou mais pisos. 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 35

44 Figura 6: Perímetro Urbano de Alpedrinha Análise do nível de Ocupação Quadro 12: Perímetro Urbano de Alpedrinha Análise do nível de Ocupação Aglomerad o Espaços Urbanos PERÍMETRO URBANO EM VIGOR Espaços Urbanizáveis I Espaços Verdes Total NÍVEL DE OCUPAÇÃO Ocupado por Ocupar PROCESSOS DE LICENCIAMENTO ( ) Solo Urban o Solo Rústic o ha % ha % ha % ha % ha % ha % n.º n.º n.º Total Alpedrinha 57,9 67,8% 21,7 25,4% 5,8 6,8% 85,4 100,0% 56,9 66,7% 28,4 33,3% TOTAL 57,9 67,8% 21,7 25,4% 5,8 6,8% 85,4 100,0% 56,9 66,7% 28,4 33,3% Fonte: CM Fundão O perímetro urbano de Alpedrinha é constituído por Espaços Urbanos (67,8%), nas áreas que já se encontram edificadas, por Espaços Urbanizáveis (25,4%), destinadas à expansão do aglomerado, e por Espaços Verdes (6,8%), que têm por objetivo proteger a zona de vale atravessada pela ribeira. Analisando o nível de ocupação deste perímetro urbano, conclui-se que os espaços urbanos se encontram maioritariamente consolidados (80%), existindo porém alguns espaços intersticiais por ocupar localizados nas imediações e que a área adjacente à ribeira não foi ocupada face aos constrangimentos hidrográficos existentes. A área destinada à expansão do aglomerado, com uma área de 21,7ha, apresentou um nível de ocupação de 45,2%, existindo neste sentindo ainda uma vasta área de espaços urbanizáveis por ocupar em Alpedrinha. No total, o perímetro urbano apresenta 33,3% de solo urbano por ocupar, tendo em consideração os espaços urbanos e urbanizáveis que não foram ocupados. De acordo com os dados disponibilizados pelo INE, desde a aprovação do PDM foram emitidas 104 licenças, entre 2001 e 2014, destinadas maioritariamente a intervenções em edifícios existentes (54,8%), representando a construção de novos edifícios habitacionais 27,9% do número total de licenças emitidas durante este período. 36 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor

45 Alpedrinha efetivamente é um dos aglomerados com maior dinâmica municipal, especialmente com processos de intervenção em edificado existente. Gráfico 12: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Alpedrinha, por ano Gráfico 13: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Alpedrinha, entre Perímetro Urbano de Alpedrinha 29 Solo Rústico Solo Rústico Fonte: CM Fundão Para a freguesia, com dados desagregados ao território fornecidos pela Autarquia, desde 2005 foram emitidas um total de 85 licenças, sendo que destas cerca de 65,9% incidiu em áreas interiores ao perímetro urbano de Alpedrinha, a maioria em espaços urbanos, destinadas a intervenções em edifícios existentes, conforme referido. Conclui-se, que a dinâmica de Alpedrinha tem sido expressiva, especialmente entre 2011 e 2013, apesar de não ser alheia às perdas populacionais, visto que entre as últimas ações censitárias (2001 e 2011), a freguesia observou um decréscimo de 8,19%, ou seja, menos 97 habitantes Freguesia de Barroca Situada no limite Noroeste do concelho, e contornada pelo rio Zêzere, faz a fronteira com o concelho de Pampilhosa da Serra, apresenta uma topografia acidentada e uma presença dominante de afloramentos rochosos. A freguesia de Barroca é composta pelos núcleos urbanos de Barroca, Alqueidão e São Martinho. Barroca situa-se, sensivelmente, ao centro da freguesia e a Norte da EN238, num cume sobranceiro ao rio Zêzere, entre dois dos seus afluentes. O aglomerado encontra-se dividido em dois núcleos de épocas e estruturas distintas, adotando os declives mais favoráveis para a implantação de arruamentos e de edifícios. Integra alguns edifícios históricos de valor arquitetónico, embora degradados, no entanto verifica-se já uma certa preocupação na sua recuperação. As zonas de expansão incidem em duas áreas opostas, uma a Nascente do núcleo antigo e da ribeira da Barroca, e outra mais recente, a Poente do aglomerado, ao longo do acesso para o Santuário de Nossa Senhora da Rocha e a Sul da EN238. 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 37

46 Alqueidão é um pequeno aglomerado situado num extremo do concelho, num local de topografia acidentada e sobranceiro ao rio Zêzere, apresentando uma vista de grande valor natural e paisagístico assim como terrenos favoráveis à agricultura. Este aglomerado, de estrutura incaracterística, contempla edifícios de 2 e 3 pisos com linguagens descontextualizadas. São Martinho está situado a Nascente de Barroca, junto à EN238, com desenvolvimento a partir desta via para Sul. Possui um povoamento disperso, condicionado pelo atravessamento das ribeiras que o contornam a Sul e a Poente, como pela topografia acidentada. O edifícios, essencialmente, moradias unifamiliares, encontram-se um pouco degradados. Figura 7: Perímetros Urbanos de Barroca Análise do nível de Ocupação Aglomerado Espaços Urbanos Quadro 13: Perímetros Urbanos de Barroca Análise do nível de Ocupação PERÍMETRO URBANO EM VIGOR Espaços Verdes Total NÍVEL DE OCUPAÇÃO Ocupado por Ocupar PROCESSOS DE LICENCIAMENTO ( ) Solo Urbano Solo Rústico ha % ha % ha % ha % ha % n.º n.º n.º Barroca 17,0 93,9% 1,1 6,1% 18,1 40,8% 15,9 87,9% 2,2 12,1% 34 Alqueidão 10,1 100,0% 10,1 22,7% 9,3 92,2% 0,8 7,8% 2 São Martinho 16,2 100,0% 16,2 36,5% 14,0 86,5% 2,2 13,5% 5 Total TOTAL 43,3 97,5% 1,1 2,5% 44,4 100,0% 39,3 88,3% 5,2 11,7% Fonte: CM Fundão Os perímetros urbanos da freguesia de Barroca são constituídos por Espaços Urbanos (97,5%), integrando áreas que já se encontram edificadas ou comprometidas, e por um Espaço Verde (2,5%), situado no perímetro urbano de Barroca, para salvaguardar uma zona baixa, atravessada por uma linha de água. O PDM em vigor não definiu espaços urbanizáveis para a freguesia de Barroca, visto existirem áreas intersticiais por colmatar. 38 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor

47 Analisando o nível de ocupação destes perímetros urbanos, verifica-se que os espaços urbanos se encontram consolidados, com poucos espaços por ocupar, tendo as áreas adjacentes às linhas de água que atravessam Barroca e São Martinho, sido preservadas de edificação. Os espaços destinados à expansão do aglomerado, na generalidade foram ocupados, ou seja, durante a vigência do PDM cerca de 79% destes espaços foram ocupados, com maior expressão ao longo da via. No total, o perímetro urbano apresenta 11,7% de solo urbano por ocupar. De acordo com os dados disponibilizados pelo INE, desde a aprovação do PDM foram emitidas para a freguesia apenas um total de 50 licenças, entre 2001 e 2014, destinadas a intervenções em edifícios existentes (44%) e à construção de novos edifícios habitacionais (40%). Gráfico 14: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Barroca, por ano Gráfico 15: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Barroca, entre Perímetro Urbano de Barroca 2 Perímetro Urbano de Alqueidao 5 Perímetro Urbano de S. Martinho 25 Solo Rústico Fonte: CM Fundão Para a freguesia, com dados desagregados ao território fornecidos pela Autarquia, desde 2005 foram emitidas um total de 66 licenças, sendo que destas cerca de 55% incidiu em áreas interiores ao perímetro urbano de Barroca, e as restantes (34%) nas imediações dos perímetros urbanos existentes. Conclui-se, que a dinâmica em Barroca tem sido baixa, acompanhando os registos populacionais, visto que entre 2001 e 2011, a freguesia observou um decréscimo populacional na ordem dos 21,8%, tendo perdido neste período 138 dos seus habitantes Freguesia de Bogas de Cima Integrada na zona central da vertente Poente do concelho, a freguesia de Bogas de Cima apresenta declives acentuados. É constituída pelos núcleos urbanos de Bogas de Cima, Bogas do Meio, Boxinos, Descoberto e Malhada Velha, que no conjunto apresentam grandes problemas de desertificação, pois têm vindo a perder drasticamente a sua população. 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 39

48 Bogas de Cima é um aglomerado de estrutura linear, limitado, a Poente e a Sul, por importantes linhas de água e com desenvolvimento ao longo do eixo principal. Inclui alguns edifícios de cariz tradicional, embora em mau estado de conservação ou enquadrados por edifícios de construção mais recente. No interior do aglomerado os edifícios são em banda com 2 e 3 pisos e nas zonas periféricas são unifamiliares, geralmente de tipologia de ocupação isolada. A ocupação mais recente surgiu a Nascente, a meia encosta. Bogas do Meio está situada no extremo Poente da freguesia, numa encosta da ribeira da Meimoa. É de pequena dimensão e apresenta declive acentuado, sendo a sua estrutura urbana incaracterística, com início em torno da igreja. É composto por arruamentos estreitos e edifícios de 3 pisos com linguagens arquitetónicas dissonantes. Existem algumas construções novas no interior do aglomerado, resultantes de processos de substituição de edifícios antigos. Os aglomerados de Boxinos, de Descoberto e de Malhada Velha são pequenos conjuntos urbanos implantados em encostas de declive acentuado, sobranceiros a afluentes da ribeira das Bogas. A ocupação foi-se fazendo ao longo dos arruamentos existentes. A dinâmica é muito fraca, embora existam diversos edifícios já adulterados devido à introdução de materiais e estruturas descontextualizados. Figura 8: Perímetros Urbanos de Bogas de Cima Análise do nível de Ocupação 40 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor

49 Aglomerado Espaços Urbanos Quadro 14: Perímetros Urbanos de Bogas de Cima Análise do nível de Ocupação PERÍMETRO URBANO EM VIGOR Espaços Urbanizáveis I Total NÍVEL DE OCUPAÇÃO Ocupado por Ocupar PROCESSOS DE LICENCIAMENTO ( ) Solo Urbano Solo Rústico ha % ha % ha % ha % ha % n.º n.º n.º Bogas de Cima 12,1 73,0% 4,5 27,0% 16,5 42,0% 12,7 76,8% 3,8 23,2% 9 Bogas do Meio 5,1 100,0% 5,1 13,0% 4,7 91,1% 0,5 8,9% 7 Boxinos 4,8 100,0% 4,8 12,1% 4,3 90,8% 0,4 9,2% 1 Descoberto 6,1 100,0% 6,1 15,5% 5,5 90,4% 0,6 9,6% 4 Malhada Velha 6,8 100,0% 6,8 17,4% 6,1 89,7% 0,7 10,3% 7 Total 2 30 TOTAL 34,9 88,7% 4,5 11,3% 39,4 100,0% 33,3 84,7% 6,0 15,3% Fonte: CM Fundão Os perímetros urbanos de Bogas de Cima são maioritariamente constituídos por Espaços Urbanos (88,7%), nas áreas que já se encontram edificadas, sendo que no aglomerado de Bogas de Cima, integra um Espaço Urbanizável (11,3%), destinado à expansão urbana. Analisando o nível de ocupação destes perímetros urbanos, verifica-se que os espaços urbanos se encontram consolidados (91,4%), excluindo as áreas atravessadas por linhas de água, com espaços intersticiais por ocupar, e que os espaços destinados à expansão do aglomerado, registaram um nível de ocupação de apenas 31,7%, uma vez que se encontram condicionados pelo atravessamento de linhas de drenagem natural. No total, os perímetros urbanos apresentam 15,3% de solo urbano por ocupar, tendo em consideração os espaços urbanos que não foram ocupados, apesar de maior parte destes espaços corresponder a áreas condicionadas. A análise do nível de ocupação verificado tem justificação na dinâmica urbanística ocorrida nos últimos anos em Bogas de Cima, uma vez que de acordo com os dados disponibilizados pelo INE, desde a aprovação do PDM foram emitidas 46 licenças, entre 2001 e 2014, destinadas maioritariamente a intervenções em edifícios existentes (63%), representando a construção de novos edifícios para habitação 28,3% do número total de licenças emitidas durante este período. Gráfico 16: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Bogas de Cima, por ano 5 4,5 4 3,5 3 2,5 2 1,5 1 0, Gráfico 17: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Bogas de Cima, entre Bogas de Cima Bogas do Meio 1 4 Boxinos Descoberto Malhada Velha 2 Solo Rústico Solo Rústico 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 41

50 Para a freguesia, com dados desagregados ao território fornecidos pela Autarquia, desde 2005 foram emitidas um total de 30 licenças, sendo que destas 93% incidiu em áreas interiores ao perímetro urbano, maioritariamente no de Bogas de Cima e de Bogas do Meio, destinadas a intervenções em edifícios existentes. Conclui-se, que a dinâmica de Bogas de Cima tem sido pouco expressiva, a acompanhar os movimentos populacionais, visto que entre as últimas ações censitárias (2001 e 2011), a freguesia observou um decréscimo significativo de 25,5%, ou seja, menos 119 habitantes Freguesia de Capinha Situada a Nordeste da cidade do Fundão, numa colina sobranceira à serra da Santinha, é composta pelo aglomerado sede de freguesia, Capinha, atravessado pela EN345, que possibilita a ligação à Covilhã, e pelo início da EN346, que estabelece a ligação a Peroviseu, e contornado pela ribeira das Poldras, a Poente, e atravessada por um seu afluente, a Sudeste do conjunto mais antigo. O núcleo antigo de Capinha, de traçado orgânico, tem arruamentos estreitos e irregulares e possui um interessante património arquitetónico, com diversas casas senhoriais. As áreas de expansão mais recentes localizam-se ao longo dos arruamentos que permitem aceder ao interior do aglomerado. Os edifícios têm, na generalidade, 2 a 3 pisos, constituindo moradias unifamiliares em banda. Na generalidade, o parque edificado encontra-se em bom estado de conservação, existindo diversos edifícios reabilitados. Figura 9: Perímetro Urbano de Capinha Análise do nível de Ocupação 42 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor

51 Quadro 15: Perímetro Urbano de Capinha Análise do nível de Ocupação Aglomerado Espaços Urbanos PERÍMETRO URBANO EM VIGOR Espaços Urbanizáveis I Espaços Verdes Total NÍVEL DE OCUPAÇÃO Ocupado por Ocupar PROCESSOS DE LICENCIAMENTO ( ) Solo Urbano Solo Rústico ha % ha % ha % ha % ha % ha % n.º n.º n.º Total Capinha 25,9 55,9% 19,6 42,3% 0,8 1,8% 46,4 206,5% 32,0 69,0% 14,4 31,0% Fonte: CM Fundão O perímetro urbano de Capinha é constituído por Espaços Urbanos (55,9%), nas áreas que já se encontram edificadas, por três Espaços Urbanizáveis (42,3%), destinadas à expansão do aglomerado, e por um Espaço Verde (1,8%), numa área adjacente ao atravessamento de uma linha de água. Analisando o nível de ocupação deste perímetro urbano, conclui-se que os espaços urbanos apresentam um nível de ocupação de 82%, por se encontrarem maioritariamente consolidados e infraestruturados, existindo espaços intersticiais por colmatar, e que os espaços urbanizáveis, destinados à expansão do aglomerado, registaram uma ocupação na ordem dos 50,8%, com incidência ao longo de vias existentes. No total, o perímetro urbano apresenta 31% de solo urbano por ocupar, tendo em consideração os espaços urbanos que não foram ocupados. A análise do nível de ocupação verificado tem justificação na dinâmica urbanística ocorrida nos últimos anos em Capinha, uma vez que de acordo com os dados disponibilizados pelo INE, desde a aprovação do PDM foram emitidas 50 licenças, entre 2001 e 2014, destinadas maioritariamente a intervenções em edifícios existentes (56%), representando a construção de novos edifícios para habitação 32%, do número total de licenças emitidas durante este período. Gráfico 18: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Capinha, por ano Gráfico 19: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Capinha, entre Solo Rústico Perímetro Urbano de Capinha Solo Rústico Fonte: CM Fundão 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 43

52 Para a freguesia, com dados desagregados ao território fornecidos pela Autarquia, desde 2005 foram emitidas um total de 53 licenças, sendo que destas 37,9% incidiu no interior do perímetro urbano de Capinha, a maioria destinada a intervenções em edifícios existentes. Conclui-se, que a dinâmica de Capinha nos últimos anos foi fraca, acompanhando os registos populacionais, visto que entre 2001 e 2011, a freguesia observou um decréscimo populacional na ordem dos 20,3%, tendo perdido durante este período, 126 habitantes Freguesia de Castelejo A freguesia de Castelejo é de pequena dimensão, confrontando a norte com o concelho da Covilhã e a sul com o de Castelo Branco. Da freguesia fazem parte, para além da povoação principal, os aglomerados de Açor e de Enxabarda. Castelejo está implantado numa encosta, algo inclinada, cortada por alguns afluentes à ribeira do Tormentoso que o contorna a Sul. Apresenta um núcleo antigo, apoiado, essencialmente, na EN238, que atravessa e estrutura o aglomerado. O conjunto teve início ao longo eixo principal, onde se situa a igreja, e desenvolveu-se, ora ao longo deste, ora em arruamentos perpendiculares. É atravessado por uma via de tráfego intenso, possui um parque edificado degradado, integrando ainda edifícios de cariz tradicional, de 3 pisos, com interesse no seu conjunto. Açor está situado no extremo Sudoeste da freguesia, com acesso a partir do CM1063. De estrutura linear, esta aldeia desenvolve-se ao longo do eixo principal e sobre uma encosta com alguma inclinação, orientada a Nascente e atravessada por alguns afluentes à ribeira da Enxabarda. Este aglomerado encontra-se descaracterizado e em mau estado de conservação, apresenta edificações com linguagens arquitetónicas descontextualizadas, e outras ainda antigas, em avançado estado de degradação. Enxabarda localiza-se a Sul de Castelejo e tem acesso pela EM517, a partir da EN238, a Poente da sede de freguesia. É um conjunto urbano de alguma dimensão, pois inclui para além do seu núcleo antigo, bolsas periféricas urbanizadas, atravessado pela ribeira da Enxabarda e alguns afluentes. O núcleo mais antigo é denso, composto por ruas estreitas de traçado um pouco irregular, e está disposto sobre uma encosta sobranceira à ribeira da Enxabarda e a um afluente, que o contorna na vertente Norte e Nascente. Os edifícios nesta zona são em banda e têm geralmente 2 e 3 pisos. As áreas de ocupação mais recente, situadas a Norte do núcleo antigo e ao longo do arruamento que permite o seu acesso, dispõem-se numa zona menos acidentada sobranceira à ribeira e têm uma ocupação bastante dispersa. 44 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor

53 Figura 10: Perímetros Urbanos de Castelejo Análise do nível de Ocupação Aglomerado Espaços Urbanos Quadro 16: Perímetros Urbanos de Castelejo Análise do nível de Ocupação PERÍMETRO URBANO EM VIGOR Espaços Urbanizáveis I Espaços Verdes Total NÍVEL DE OCUPAÇÃO Ocupado por Ocupar PROCESSOS DE LICENCIAMENTO ( ) Solo Urbano Solo Rústico ha % ha % ha % ha % ha % ha % n.º n.º n.º Castelejo 20,9 67,9% 9,9 32,1% 30,7 68,1% 28,5 92,6% 2,3 7,4% 38 Açor 6,9 100,0% 6,9 15,3% 5,7 82,4% 1,2 17,6% 3 Enxabarda 7,1 95,4% 0,3 4,6% 7,5 16,6% 7,5 100,0% 0,0 0,0% 6 Total TOTAL 34,9 77,4% 9,9 21,8% 0,3 0,8% 45,2 100,0% 41,7 92,3% 3,5 7,7% Fonte: CM Fundão Os perímetros urbanos de Castelejo são constituídos por Espaços Urbanos (77,4%), nas áreas que já se encontram edificadas, por um Espaço Urbanizável (21,8%), localizado apenas no perímetro de Castelejo e destinado à expansão do aglomerado, e por um Espaço Verde (0,8%), em Enxabarda, para proteção da área atravessada pela ribeira da Enxabarda. Analisando o nível de ocupação destes perímetros urbanos, verifica-se que os espaços urbanos se encontram maioritariamente consolidados (94,5%), salvaguardando as áreas sensíveis atravessadas por linhas de drenagem natural, e que os espaços destinados à expansão do aglomerado, na generalidade foram ocupados, apresentando uma ocupação de 84%. No total, os perímetros urbanos da freguesia de Castelejo, apresentam 7,7% de solo urbano por ocupar, tendo em consideração os espaços urbanos que não foram colmatados. A análise do nível de ocupação verificado tem justificação na dinâmica urbanística ocorrida nos últimos anos em Castelejo, uma vez que de acordo com os dados disponibilizados pelo INE, desde a aprovação do PDM foram emitidas 56 licenças, entre 2001 e 2014, destinadas maioritariamente a intervenções em edifícios existentes (64,3%), representando a construção de novos edifícios para habitação 28,6%, do número total de licenças emitidas durante este período. 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 45

54 Gráfico 20: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Castelejo, por ano Gráfico 21: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Castelejo, entre Perímetro Urbano de Castelejo 3 Perímetro Urbano de Acor 6 Perímetro Urbano de Enxabarda 13 Solo Rústico Solo Rústico Para a freguesia, com dados desagregados ao território fornecidos pela Autarquia, desde 2005 foram emitidas um total de 60 licenças, sendo que destas cerca de 78,3% incidiu em áreas interiores ao perímetro urbano, maioritariamente em Castelejo, concentrando 63% do total dos processos, destinados essencialmente a intervenções em edifícios existentes. Conclui-se, que a dinâmica da freguesia tem sido pouco expressiva, a acompanhar os movimentos populacionais, visto que entre as últimas ações censitárias (2001 e 2011), observou um decréscimo significativo de 20,39%, ou seja, menos 168 habitantes Freguesia de Castelo Novo Com uma área considerável, a freguesia de Castelo Novo está situada na zona central/ Sul do concelho, fazendo fronteira com o concelho de Castelo Branco, a Poente e a Sul. A freguesia apresenta uma densidade populacional baixa, pelo facto de ter apenas concentração populacional na aldeia de Castelo Novo e, de forma mais dispersa, na zona de Gândaras, mas para a qual não foi definido perímetro urbano. Na vertente sul da freguesia, junto à A23 e ao aglomerado da Soalheira, integra a área destinada à zona industrial, com plano de pormenor em curso. Castelo Novo, está situado a meia encosta da Serra da Gardunha, numa área orientada a Nascente, implantada a Sul da ribeira de Alpreade. É atravessado pela EM523, que a partir da EN 18 possibilita o seu acesso. A aldeia de Castelo Novo, de grande interesse patrimonial, é uma das Aldeias Históricas de Portugal, tendo já sido vila e sede de concelho. A malha urbana é complexa, de estrutura radio concêntrica em torno do castelo e da igreja, com pequenas áreas de expansão na periferia. Os edifícios no interior da aldeia são representativos da construção tradicional em granito, com 2 pisos. As construções mais recentes, são poucas, na maioria moradias unifamiliares isoladas. 46 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor

55 Figura 11: Perímetro Urbano de Castelo Novo Análise do nível de Ocupação Quadro 17: Perímetro Urbano de Castelo Novo Análise do nível de Ocupação Aglomerado Espaços Urbanos PERÍMETRO URBANO EM VIGOR Espaços Urbanizáveis I Total NÍVEL DE OCUPAÇÃO Ocupado por Ocupar PROCESSOS DE LICENCIAMENTO ( ) Solo Urbano Solo Rústico ha % ha % ha % ha % ha % n.º n.º n.º Total Castelo Novo 13,7 86,1% 2,2 13,9% 15,9 100,0% 12,5 78,6% 3,4 21,4% Fonte: CM Fundão O perímetro urbano de Castelo Novo é constituído por Espaços Urbanos (86,1%), nas áreas que já se encontram edificadas e infraestruturadas, e por um Espaço Urbanizável (13,9%), situado a sul, destinado à expansão do aglomerado. É também abrangido pela unidade operativa de planeamento de Castelo Novo, destinada à elaboração do plano de pormenor de salvaguarda da aldeia histórica de Portugal, que acabou por não desenvolvida, apenas um regulamento que visa preservar e disciplinar as alterações no tecido urbano. Analisando o nível de ocupação deste perímetro urbano, conclui-se que os espaços urbanos apresentam uma ocupação de 84,3%, pelo fato de integrar uma zona sensível, baixa, atravessada por uma linha de drenagem natural. Quanto aos espaços destinados à expansão do aglomerado, possuem uma configuração estreita e um nível de ocupação de 68,2%. No total, o perímetro urbano apresenta 21,4% de solo urbano por ocupar, tendo em consideração os espaços urbanos que não foram ocupados, em grande medida pela presença de áreas condicionadas. A análise do nível de ocupação verificado tem justificação na dinâmica urbanística ocorrida nos últimos anos em Castelo Novo, uma vez que de acordo com os dados do INE, desde a aprovação do PDM foram emitidas 79 licenças, entre 2001 e 2014, destinadas maioritariamente a intervenções em edifícios existentes (57%), representando a construção de novos edifícios para habitação 25,3% do número total de licenças emitidas durante este período. 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 47

56 Gráfico 22: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Castelo Novo, por ano Gráfico 23: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Castelo Novo, entre Perímetro Urbano de Castelo Novo 56 Solo Rústico Solo Rústico Fonte: CM Fundão Para a freguesia, com dados desagregados ao território fornecidos pela Autarquia, desde 2005 foram emitidas um total de 87 licenças, sendo que destas apenas 35,6% incidiu no interior do perímetro urbano de Castelo Novo, destinadas a intervenções em edificado existente, sendo que as restantes localizaram-se em solo rústico, na zona das Gândaras e no povoamento disperso situado nas suas imediações e na zona industrial da Soalheira, na maioria, destinadas à construção de novos edifícios. Considera-se que a dinâmica de Castelo Novo nos últimos anos foi positiva, face ao contexto municipal, tendo sido uma das freguesias que registou maior número de processos de licenciamento durante a vigência do PDM, especialmente nos últimos anos, pelo fato de ser uma das Aldeias Históricas de Portugal, onde as intervenções de conservação assumem prioridade. Na última ação censitária, entre 2001 e 2011, reduziu 7,52%, ou seja, perdeu 33 habitantes durante este período Freguesia de Enxames Situada na área central da zona Nordeste do concelho, entre a Serra da Gardunha e a Serra da Canaveira, apresenta uma topografia bastante plana, sendo atravessada pela ribeira dos Enxames, um afluente da ribeira da Meimoa, que passa entre as diversas aglutinações de casas da freguesia. É caracterizada por uma grande dispersão, não existindo um núcleo consolidado onde se regista maior concentração de população. Enxames não possui uma estrutura urbana definida, sendo constituído por vários conjuntos de casas que se foram agregando ao longo dos arruamentos existentes, constituindo, desta forma, uma situação particular no território concelhio. No entanto, dispõe de alguns equipamentos de caracter básico, no âmbito da saúde, desporto e lazer, enquadrados no conjunto urbano de Enxames. Na generalidade, os edifícios são de construção 48 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor

57 relativamente recente e correspondem a moradias unifamiliares com 2 pisos, estando alguns inseridos em pequenas quintas. Ao todo, a freguesia de Enxames é constituída pelos conjuntos urbanos existentes em Amieiro Alto, Salgueiral, Enxames, Sr.ª do Fastio, Bairro da Ponte Nova e Rossio do Magalão. Figura 12: Perímetros Urbanos de Enxames Análise do nível de Ocupação Quadro 18: Perímetros Urbanos de Enxames Análise do nível de Ocupação Aglomerado PERÍMETRO URBANO EM VIGOR Espaços Urbanos Total Ocupado NÍVEL DE OCUPAÇÃO por Ocupar PROCESSOS DE LICENCIAMENTO ( ) Solo Urbano Solo Rústico ha % ha % ha % ha % n.º n.º n.º Total Enxames 29,1 100,0% 29,1 100,0% 28,8 98,9% 0,3 1,1% Fonte: CM Fundão 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 49

58 Os perímetros urbanos definidos para os conjuntos edificatórios de Enxames são constituídos exclusivamente por Espaços Urbanos (100%), integrando as áreas consolidadas existentes, com espaços no interior por colmatar. Analisando o nível de ocupação destes perímetros urbanos, verifica-se que os espaços urbanos se encontram maioritariamente consolidados, existindo porém conjuntos urbanos em áreas exteriores aos perímetros urbanos definidos. A análise do nível de ocupação verificado tem justificação na dinâmica urbanística ocorrida nos últimos anos em Enxames, uma vez que de acordo com os dados disponibilizados pelo INE, desde a aprovação do PDM foram emitidas 35 licenças, entre 2001 e 2014, destinadas maioritariamente a novas construções habitacionais (48,6%), representando as intervenções em edifícios existentes 34,3%, do número total de licenças emitidas durante este período. Gráfico 24: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Enxames, por ano Gráfico 25: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Enxames, entre , , ,5 2 1, , Perímetros Urbanos de Enxames Solo Rústico Solo Rústico Para a freguesia, com dados desagregados ao território fornecidos pela Autarquia, desde 2005 foram emitidas um total de 22 licenças, sendo que destas 81,8% incidiu em áreas exteriores aos perímetros urbanos, especialmente a nascente, nas imediações de um troço viário existente, destinadas à construção de novos edifícios. Conclui-se, que a Enxames apesenta um povoamento disperso, incaracterístico, constituído por construções relativamente recentes, referentes a habitações unifamiliares. A dinâmica é pouco expressiva, sendo que nas últimas ações censitárias (2001 e 2011), a freguesia observou um decréscimo de 12,75%, ou seja, menos 76 habitantes. 50 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor

59 Freguesia de Fatela Situada a Nascente do Fundão, junto à EN343, apresenta uma topografia pouco acidentada e está integrada na área do Aproveitamento Hidroagrícola da Cova da Beira. A freguesia é constituída pelo aglomerado de Fatela e pelo pequeno núcleo urbano da Fatela-Gare, que integra as edificações que situadas em torno da estação, e ao longo da via, e uma pequena área industrial, com início no cruzamento entre a EN345, classificado como solo rústico. Fatela apresenta uma estrutura linear, com desenvolvimento original a partir da zona da igreja, tendo as áreas de ocupação mais recente surgido, essencialmente, a Sul deste núcleo, ao longo do arruamento principal e de uma via de acesso local, com extensão para Sudeste, e a Nordeste da área central, também ao longo de uma via. Integra diversos imóveis de interesse patrimonial e alguns edifícios tradicionais de revestimento a pedra, existindo porém linguagens arquitetónicas desenquadradas face ao contexto local. Fatela é cruzada por um afluente à ribeira de Pouca Farinha, que atravessa a Sul do núcleo antigo. Figura 13: Perímetro Urbano de Fatela Análise do nível de Ocupação Quadro 19: Perímetros Urbanos de Fatela Análise do nível de Ocupação Aglomerado Espaços Urbanos PERÍMETRO URBANO EM VIGOR Espaços Urbanizáveis I Espaços Verdes Total NÍVEL DE OCUPAÇÃO Ocupado por Ocupar Solo Urbano PROCESSOS DE LICENCIAMENTO ( ) Solo Rústico ha % ha % ha % ha % ha % ha % n.º n.º n.º Total Fatela 15,9 57,3% 7,6 27,3% 4,3 15,4% 27,8 100,0% 22,5 81,0% 5,3 19,0% Fonte: CM Fundão O perímetro urbano de Fatela é constituído por Espaços Urbanos (57,3%), nas áreas que já se encontram edificadas, e por dois Espaços Urbanizáveis (27,3%), um a norte e outro a nascente, destinados à expansão do aglomerado, e por um Espaço Verde (15,4%), nas traseiras do edificado existente a sudoeste. Analisando o nível de ocupação deste perímetro urbano, verifica-se que os espaços urbanos se encontram consolidados, com espaços intersticiais por ocupar, e que os espaços destinados à expansão do aglomerado apresentaram um nível de ocupação de 48%, sendo que a bolsa situada a nascente foi integralmente ocupada. 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 51

60 No total, o perímetro urbano apresenta 19% de solo urbano por ocupar, tendo em consideração os espaços que não foram ocupados. A análise do nível de ocupação verificado tem justificação na dinâmica urbanística ocorrida nos últimos anos em Fatela, uma vez que de acordo com os dados disponibilizados pelo INE, desde a aprovação do PDM foram emitidas 58 licenças, entre 2001 e 2014, destinadas essencialmente a intervenções em edifícios existentes (65,5%), representando a construção de novos edifícios para habitação 27,6% do número total de licenças emitidas durante este período. Gráfico 26: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Fatela, por ano Gráfico 27: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Fatela, entre Perímetro Urbano de Fatela 10 Solo Rústico Solo Rústico Fonte: CM Fundão Para a freguesia, com dados desagregados ao território fornecidos pela Autarquia, desde 2005 foram emitidas um total de 40 licenças, sendo que destas cerca de 75% incidiu no interior do perímetro urbano de Fatela, a maioria destinada a intervenções em edifícios existentes. Conclui-se, que a dinâmica de Fatela nos últimos anos foi expressiva na intervenção dos edifícios existentes no interior do seu núcleo antigo, e que Fatela foi uma das 3 freguesias com aumento populacional, entre 2001 e 2011, tendo observado um ligeiro aumento de 2,75%, ou seja, de mais 15 habitantes Freguesia de Lavacolhos A freguesia de Lavacolhos está situada a Poente da cidade do Fundão e integra o aglomerado urbano de Lavacolhos, atravessado pela EN238, que estabelece a ligação entre o Fundão e o concelho de Pampilhosa da Serra. A Norte do aglomerado, numa zona de vale, passa a ribeira de Ximassas, que nasce na Gardunha, e a Poente passa a ribeira da Malhada, que contorna um pouco a povoação. 52 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor

61 O núcleo urbano de Lavacolhos dispõe de uma malha bastante interessante, organizada em torno da igreja, com um desenvolvimento radial e orgânico, edifícios em banda com 2 pisos, representativos de uma arquitetura tradicional, existindo, no entanto, diversos edifícios adulterados. As áreas de expansão surgem a Nascente do núcleo antigo e são ocupadas, essencialmente, por moradias unifamiliares isoladas. Figura 14: Perímetro Urbano de Lavacolhos Análise do nível de Ocupação Quadro 20: Perímetro Urbano de Lavacolhos Análise do nível de Ocupação Aglomerado PERÍMETRO URBANO EM VIGOR NÍVEL DE OCUPAÇÃO PROCESSOS DE LICENCIAMENTO ( ) Espaços Urbanos Total Ocupado por Ocupar Solo Rústico Total ha % ha % ha % ha % n.º n.º n.º Lavacolhos 18,8 100,0% 18,8 100,0% 17,4 92,5% 1,4 7,5% Fonte: CM Fundão O perímetro urbano de Lavacolhos totaliza 18,8 ha e é constituído apenas por Espaços Urbanos (100%), considerando as áreas edificadas e infraestruturadas. Analisando o nível de ocupação deste perímetro urbano, conclui-se que os espaços urbanos se encontram consolidados (92,5%), com espaços intersticiais por colmatar. No total, o perímetro urbano apresenta 7,5% de solo urbano por ocupar, tendo em consideração os espaços urbanos que não foram ocupados e que se encontram condicionados. A análise do nível de ocupação verificado tem justificação na dinâmica urbanística ocorrida nos últimos anos em Lavacolhos, uma vez que de acordo com os dados disponibilizados pelo INE, desde a aprovação do PDM foram emitidas 23 licenças, entre 2001 e 2014, destinadas essencialmente a intervenções em edifícios existentes (65,2%), representando a construção de novos edifícios para habitação 26,1% do número total de licenças emitidas durante este período. 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 53

62 Perímetro Urbano de Lavacolhos Solo Rústico Gráfico 28: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Lavacolhos, por ano Gráfico 29: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Lavacolhos, entre Para a freguesia, com dados desagregados ao território fornecidos pela Autarquia, desde 2005 foram emitidas um total de 18 licenças, sendo que todas estas incidiram no interior do perímetro urbano de Lavacolhos e que a maioria se destinou a intervenções em edifícios existentes. Conclui-se, que a dinâmica de Lavacolhos foi muito fraca e que entre 2001 e 2011, a freguesia observou um decréscimo populacional na ordem dos 2,48%, tendo perdido durante este período, 6 habitantes Freguesia de Orca Esta freguesia, de relevo montanhoso, está situada na vertente Sudeste do território, junto ao concelho de Idanha-a-Nova e de Castelo Branco e é limitada a Nascente pelo ribeiro do Taveiro e a Sul pela ribeira de Alpreade. É atravessada pela EN239, sendo composta por três aglomerados: Orca, Martianas e Zebras. Orca é um aglomerado de alguma dimensão, atravessado pela EN239, que permite o acesso a Idanha-a-Nova, sendo composto por um núcleo antigo muito denso, situado na vertente Sul do eixo que atravessa Orca. A estrutura do núcleo é complexa, com ruas muito estreitas e de traçado labiríntico, enquanto que as zonas de ocupação mais recente se localizam essencialmente numa zona situada a Norte da EN239. Este conjunto é atravessado por um afluente da ribeira do Taveiro, que passa a Este do núcleo antigo e se desenvolve para Norte. Na zona mais antiga, existem ainda diversos edifícios com interesse, embora algo degradados, assim como alguns de caracter tradicional com 2 e 3 pisos. Nas zonas mais recentes, a tipologia dominante é a habitação unifamiliar. Martianas é uma pequena aldeia de traçado linear e com ocupação dispersa, mais acentuada no núcleo mais a Sul. Localizada a Nordeste de Orca e muito próxima do concelho vizinho, nesta aldeia há a destacar o enquadramento paisagístico, situada no vale do ribeiro do Taveiro, a meia encosta, com presença de diversos 54 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor

63 afloramentos graníticos que vão pontuando a paisagem. As casas são moradias unifamiliares, algumas em banda, e apresentam 2 a 3 pisos. Zebras é uma pequena aldeia com início junto à EM558 e a Nascente da Ribeira de Alpreade. O núcleo mais antigo possui alguns imóveis com interesse e diversos edifícios tradicionais que se dispõem a partir de uma zona central, ao longo de arruamentos muito estreitos e de traçado complexo. Estes têm 2 pisos, sendo que, no núcleo mais denso, são em banda e nas zonas periféricas de tipologia isolada. Figura 15: Perímetros Urbanos de Orca Análise do nível de Ocupação Aglomerado Espaços Urbanos Quadro 21: Perímetros Urbanos de Orca Análise do nível de Ocupação PERÍMETRO URBANO EM VIGOR Espaços Urbanizáveis I Espaços Verdes Total NÍVEL DE OCUPAÇÃO Ocupado por Ocupar PROCESSOS DE LICENCIAMENTO ( ) Solo Urbano Solo Rústico ha % ha % ha % ha % ha % ha % n.º n.º n.º Orca 29,9 87,1% 2,8 8,1% 1,7 4,9% 34,3 76,1% 26,5 77,1% 7,9 22,9% 31 Martianas 5,0 100,0% 5,0 11,1% 5,0 99,3% 0,0 0,7% 6 Zebras 5,8 100,0% 5,8 12,9% 5,8 100,0% 0,0 0,0% 2 Total TOTAL 40,7 90,2% 2,8 6,1% 1,7 3,7% 45,1 100,0% 37,2 82,5% 7,9 17,5% Fonte: CM Fundão Os perímetros urbanos de Orca são constituídos por Espaços Urbanos (90,2%), nas áreas que já se encontram edificadas, por um Espaço Urbanizável (6,1%), destinado à expansão do aglomerado de Orca, e por um Espaço Verde (3,7%), que tem por objetivo salvaguardar da ocupação a zona baixa, atravessada por uma linha de drenagem natural, existente em Orca. Analisando o nível de ocupação destes perímetros urbanos, verifica-se que os espaços urbanos se encontram consolidados, com espaços intersticiais por colmatar, e que os espaços destinados à expansão do aglomerado, durante a vigência do PDM não foram ocupados. No total, o perímetro urbano apresenta 17,5% de solo urbano por ocupar, tendo em consideração os espaços urbanos e urbanizáveis que não foram ocupados. 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 55

64 Perímetro Urbano de Orca Perímetro Urbano de Martianas Perímetro Urbano de Zebras Solo Rústico A análise do nível de ocupação verificado tem justificação na dinâmica urbanística ocorrida nos últimos anos em Orca, uma vez que de acordo com os dados disponibilizados pelo INE, desde a aprovação do PDM foram emitidos um total de 73 licenças, entre 2001 e 2014, destinadas essencialmente a intervenções em edifícios existentes (63%), sendo que a construção de novos edifícios para habitação foi pouco expressiva (13,7%), relativamente ao número total de licenças emitidas durante este período. Gráfico 30: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Orca, por ano Gráfico 31: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Orca, entre Solo Rústico Fonte: CM Fundão Para a freguesia, com dados desagregados ao território fornecidos pela Autarquia, desde 2005 foram emitidas um total de 62 licenças, com maior peso no último ano, sendo que destas cerca de 62,9% incidiu em áreas interiores ao perímetro urbano e 50% do número total de licenças no interior do de Orca, tendo em consideração que a maioria se destinou a intervenções em edifícios existentes. Conclui-se, que a dinâmica de Orca nos últimos anos foi pouco expressiva, face ao contexto municipal (3,2% do total concelhio), e que entre 2001 e 2011, a freguesia observou um decréscimo populacional na ordem dos 18,75%, tendo perdido 150 habitantes Freguesia de Peroviseu Localizada no extremo Norte do concelho, a freguesia de Peroviseu é atravessada pela EN346, que possibilita a ligação entre Alcaria e Penamacor. A Sul, a freguesia é delimitada pela ribeira da Meimoa, numa orografia pouco acidentada. Esta freguesia é composta pelos aglomerados de Peroviseu e de Vales de Peroviseu. Peroviseu é um aglomerado de alguma dimensão, constituído pelo núcleo antigo e por uma área de ocupação recente. O núcleo antigo é denso e dispõe-se sobre uma encosta inclinada e orientada a Sudoeste, tendo-se desenvolvido numa malha labiríntica, composta por ruas estreitas e irregulares. O conjunto inclui diversos 56 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor

65 edifícios de cariz tradicional, alguns com linguagens arquitetónicas descontextualizadas. As construções mais recentes, distribuem-se um pouco por todo o núcleo histórico, particularmente, numa área situada a Sul e a Poente da EN346, e referem-se a moradias unifamiliares de tipologia isolada e com 2 pisos de volumetria. O aglomerado é atravessado por diversas linhas de água, que, de certa forma, condicionam a sua ocupação. Vales de Peroviseu está implantada numa encosta de inclinação suave e com exposição a Sul. É uma pequena aldeia que teve início junto à capela e, posteriormente, se estendeu ao longo do arruamento que a estrutura e dá acesso. Atualmente, e no geral, a ocupação é dispersa e já se prolonga até à EN 346, através de moradias unifamiliares que vão pontuando o arruamento de acesso. Figura 16: Perímetros Urbanos de Peroviseu Análise do nível de Ocupação Aglomerado Quadro 22: Perímetros Urbanos de Peroviseu Análise do nível de Ocupação Espaços Urbanos PERÍMETRO URBANO EM VIGOR Espaços Urbanizáveis I Espaços Verdes Total NÍVEL DE OCUPAÇÃO Ocupado por Ocupar PROCESSOS DE LICENCIAMENTO ( ) Solo Urbano Solo Rústico ha % ha % ha % ha % ha % ha % n.º n.º n.º Peroviseu 18,8 43,3% 22,7 52,4% 1,9 4,3% 43,3 95,0% 31,7 73,2% 11,6 26,8% 31 Vales de Peroviseu 2,3 100,0% 2,3 5,0% 2,2 95,1% 0,1 4,9% 2 Total TOTAL 21,0 46,1% 22,7 49,8% 1,9 4,1% 45,6 100,0% 33,9 74,3% 11,7 25,7% Fonte: CM Fundão Os perímetros urbanos de Peroviseu são constituídos por Espaços Urbanos (46,1%), nas áreas que já se encontram edificadas, por várias bolsas de Espaço Urbanizável (49,8%), destinadas à expansão do aglomerado, situadas nas extremidades da área urbana de Peroviseu, e por Espaços Verdes (4,1%), numa área baixa, com suscetibilidade de alagamento, também existente na sede de freguesia. Analisando o nível de ocupação deste perímetro urbano, verifica-se que os espaços urbanos se encontram maioritariamente consolidados, com uma ocupação na ordem dos 79,8%, com espaços intersticiais por ocupar, e que os espaços destinados à expansão de Peroviseu, registaram uma ocupação de 68,3% durante a vigência do 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 57

66 Perimetro Urbano de Pêro Viseu Perímetro Urbano de Vales de Pêro Viseu Solo Rústico PDM, com maior expressão a sudoeste. No total, o perímetro urbano apresenta 25,7% de solo urbano por ocupar. A análise do nível de ocupação verificado tem justificação na dinâmica urbanística ocorrida nos últimos anos em Alcaide, uma vez que de acordo com os dados disponibilizados pelo INE, desde a aprovação do PDM foram emitidas 93 licenças, entre 2001 e 2014, destinadas a intervenções em edifícios existentes (40,9%) e à construção de novos edifícios residenciais 35,8%. Gráfico 32: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Peroviseu, por ano Gráfico 33: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Peroviseu, entre Solo Rústico Para a freguesia, com dados desagregados ao território fornecidos pela Autarquia, desde 2005 foram emitidas um total de 62 licenças, sendo que destas cerca de 53,2% incidiu no interior dos perímetros urbanos, maioritariamente no de Peroviseu, e as restantes em solo rústico (46,8%), disseminadas pelo território da freguesia. Esta freguesia tem apresentado alguma dinâmica construtiva, ainda que na última ação censitária, entre 2001 e 2011, tenha perdido uma parte substancial da sua população (-12,39%), equivalente a menos 103 habitantes Freguesia de Silvares A freguesia de Silvares está situada na vertente noroeste do Fundão, junto ao rio Zêzere que estabelece a fronteira entre o concelho do Fundão e da Covilhã, que lhe confere uma envolvente natural e paisagística de destaque. É constituída por dois núcleos urbanos, integrados em perímetro urbano: Silvares e Rio. Silvares situa-se numa encosta do rio Zêzere bastante acidentada, constituindo um importante núcleo urbano de estrutura densa e de grande dimensão. Esta Vila é atravessada pela EN238, que possibilita a ligação ao Fundão e se assume como o eixo estruturante da ocupação, concentrando numa área central, junto à igreja, as principais funções terciárias de apoio. Os edifícios são geralmente em banda e com 3 pisos, sendo que parte deles continua a ser de cariz tradicional. A ocupação mais recente processou-se ao longo da EN238, quer 58 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor

67 através de uma simples ocupação linear, quer através da criação de vias perpendiculares a esta, mas também numa área a Norte do aglomerado, junto à via que dá acesso à outra margem do rio (concelho da Covilhã) e numa área a Sul do afluente ao Zêzere, que atravessa o aglomerado a Sul. Nestas áreas surgiram não só moradias unifamiliares (2 e 3 pisos), isoladas ou em banda, mas também edifícios de habitação coletiva e equipamentos. Em Silvares, numa área exterior ao perímetro urbano, encontra-se em vigor o Plano de Pormenor da Zona Industrial de Silvares, publicado no Diário da República, 2ª Série Nº de novembro de 2013, que totaliza uma área de 19,8 ha e prevê a constituição de 57 novos lotes destinados a industria e/ou armazenagem. Este plano ainda não foi implementado. Rio é um pequeno núcleo construído de raiz para os trabalhadores das Minas da Panasqueira. Este núcleo foi recentemente recuperado, mantendo os edifícios e estruturas originais (residências, refeitório, edifícios de apoio e o edifico da lavagem do minério), tendo sido alguns destes adaptados para acolher a atual Pousada da Juventude da Mina, inaugurada em A aldeia encontra-se junto ao Rio Zêzere, permitindo o acesso a um conjunto de atividades desportivas. Figura 17: Perímetros Urbanos de Silvares Análise do nível de Ocupação Aglomerado Espaços Urbanos Quadro 23: Perímetros Urbanos de Silvares Análise do nível de Ocupação PERÍMETRO URBANO EM VIGOR Espaços Urbanizáveis I Espaços Verdes Total NÍVEL DE OCUPAÇÃO Ocupado por Ocupar PROCESSOS DE LICENCIAMENTO ( ) Solo Urbano Solo Rústico ha % ha % ha % ha % ha % ha % n.º n.º n.º Silvares 61,7 70,9% 11,5 13,3% 13,8 15,8% 87,0 93,0% 68,2 78,5% 18,7 21,5% 90 Rio 6,6 100,0% 6,6 7,0% 6,6 100,0% 0,0 0,0% 0 Total TOTAL 68,2 72,9% 11,5 12,3% 13,8 14,7% 93,6 100,0% 74,8 80,0% 18,7 20,0% Fonte: CM Fundão Os perímetros urbanos de Silvares são constituídos por Espaços Urbanos (72,9%), nas áreas que já se encontram edificadas e/ ou comprometidas, por um Espaço Urbanizável (12,3%) no perímetro de Silvares, 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 59

68 Perímetro Urbano de Silvares Perímetro Urbano de Rio Solo Rústico destinadas à expansão da Vila, e por Espaços Verdes (14,7%), que têm por objetivo salvaguardar as áreas sensíveis, atravessadas por linhas de drenagem natural. Analisando o nível de ocupação destes perímetros urbanos, verifica-se que os espaços urbanos se encontram consolidados (93,4%), com espaços intersticiais por ocupar, e que os espaços destinados à expansão do aglomerado, na generalidade, observaram uma ocupação na ordem dos 62,2%, tendo o espaço a norte sido ocupado de forma avulsa. No total, os perímetros urbanos apresentam 20% de solo urbano por ocupar. A área abrangida pelo PP da Zona Industrial também ainda não registou qualquer tipo de ocupação, encontrando-se a aguardar a sua implementação. Silvares é uma dos principais centros do concelho do Fundão, e neste sentido tem registado uma dinâmica urbanística expressiva. De acordo com os dados disponibilizados pelo INE, desde a aprovação do PDM foram emitidas 111 licenças, entre 2001 e 2014, destinadas maioritariamente a intervenções em edifícios existentes (51,4%), representando a construção de novos edifícios para habitação 24,3% do número total de licenças emitidas durante este período. Gráfico 34: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Silvares, por ano Gráfico 35: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Silvares, entre Solo Rústico Para a freguesia, com dados desagregados ao território fornecidos pela Autarquia, desde 2005 foram emitidas um total de 104 licenças, sendo que destas cerca de 86,5% incidiu no interior do perímetro urbano de Silvares, a maioria se destinou a intervenções em edifícios existentes e à construção de usos não residenciais. Em Rio não foram registados quaisquer pedidos de licenciamento nos últimos anos. Apesar da dinâmica expressiva, na última década censitária, entre 2001 e 2011, registou uma perda de população na ordem dos 12,32%, ou seja, menos 136 habitantes. Contudo, considera-se que após a implementação da zona industrial de Silvares, a população da freguesia poderá incrementar, em resultado da criação de novos postos de trabalho. 60 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor

69 Freguesia de Soalheira A freguesia da Soalheira está situada no extremo Sul do concelho, numa encosta da Serra da Gardunha orientada a Sul, fazendo fronteira com o concelho de Castelo Branco. A estrutura urbana da freguesia é constituída pelo aglomerado da Soalheira. Solheira teve origem num núcleo antigo de traçado orgânico, implantado entre duas linhas de água, e posteriormente apresentou um desenvolvimento linear para Sudoeste e Norte. É um aglomerado de dimensão considerável, que assume importância a nível concelhio, tanto pela sua disposição como por se situar muito próximo do nó da A23, com a EN18. Possui diversos equipamentos de apoio, assim como áreas que possibilitam a expansão do aglomerado. As construções nas áreas de ocupação recente surgem, na generalidade, sob a forma de moradias unifamiliares com 2 pisos, de tipologia isolada, geminada ou em banda. É ainda de salientar que a ocupação na zona a Sudoeste do núcleo antigo, resulta de uma estrutura urbana com início nos anos 70 e com base numa ocupação composta por moradias unifamiliares de tipologia isolada. Figura 18: Perímetro Urbano da Soalheira Análise do nível de Ocupação Aglomerado Espaços Urbanos Quadro 24: Perímetro Urbano de Soalheira Análise do nível de Ocupação PERÍMETRO URBANO EM VIGOR Espaços Urbanizáveis I Espaços Verdes Total NÍVEL DE OCUPAÇÃO Ocupado por Ocupar PROCESSOS DE LICENCIAMENTO ( ) Solo Urbano Solo Rústico ha % ha % ha % ha % ha % ha % n.º n.º n.º Soalheira 42,9 79,2% 9,2 17,0% 2,0 3,7% 54,1 100,0% 41,6 76,8% 12,5 23,2% Fonte: CM Fundão Total O perímetro urbano da Soalheira é constituído por Espaços Urbanos (79,2%), nas áreas que já se encontram edificadas, por um Espaço Urbanizável (17%), destinadas à expansão do aglomerado situado na vertente 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 61

70 Perímetro Urbano da Soalheira Solo Rústico poente, e por um Espaço Verde (3,7%), que salvaguarda da ocupação uma área atravessada por uma linha de drenagem natural. A nascente do perímetro urbano da Solheira, junto à A23, administrativamente pertencente à freguesia de Castelo Novo, mas com maior relação territorial com a da Soalheira, encontra-se definida a Zona Industrial da Soalheira, para a qual se encontra em elaboração um Plano de Pormenor. Analisando o nível de ocupação do perímetro urbano da Soalheira, verifica-se que os espaços urbanos se encontram maioritariamente consolidados (90,9%), existindo ainda espaços intersticiais por ocupar, e que os Espaços Urbanizáveis, destinados à expansão do aglomerado, só registaram um nível de ocupação de 19,5%, valor manifestamente baixo para um dos aglomerados de maior importância do concelho. No total, o perímetro urbano apresenta 23,3% de solo urbano por ocupar. Neste caso, a análise do nível de ocupação verificado nos espaços urbanizáveis, não tem justificação na dinâmica urbanística ocorrida nos últimos anos em Soalheira, uma vez que de acordo com os dados disponibilizados pelo INE, desde a aprovação do PDM foram emitidos um total de 102 licenças, entre 2001 e 2014, destinadas maioritariamente a intervenções em edifícios existentes (46,1%), representando a construção de novos edifícios para habitação 39,2% do número total de licenças emitidas durante este período. Gráfico 36: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Soalheira, por ano Gráfico 37: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Soalheira, entre Solo Rústico Fonte: CM Fundão Para a freguesia, com dados desagregados ao território fornecidos pela Autarquia, desde 2005 foram emitidas um total de 86 licenças, sendo que destas cerca de 75,6% incidiram no interior do perímetro urbano de Soalheira, a maioria destinada a intervenções em edifícios existentes. Soalheira foi a 4ª freguesia a concentrar maior número de licenças nos últimos anos, concentrando 4,5% do total para o concelho, no entanto de acordo com os registos populacionais, entre 2001 e 2011, observou um decréscimo populacional expressivo, na ordem dos 21,2%, tendo perdido neste período cerca de 239 habitantes. 62 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor

71 Considera-se também, que com a implementação da zona industrial da Solheira, esta situação poderá ser invertida, em resultado da criação de novos postos de trabalho Freguesia de Souto da Casa A freguesia de Souto da Casa está situada numa falda da Serra da Gardunha disposta a Norte, e a Poente do Fundão, confrontando o seu limite Sul com o concelho de Castelo Branco. É composta pela sua sede de freguesia, Souto da Casa, e por mais cinco pequenos aglomerados: Casal Álvares Pires, Serrado, Vale de Urso, Vale Mendinho/Salgueiral e Vale Paloio. Apenas a sede de freguesia e a pequena aldeia de Vale de Urso foram contempladas com perímetro urbano no PDM em vigor, os restantes aglomerados encontram-se integrados em solo rústico. Souto da Casa é atravessado pela EN 238, encontrando-se o grosso do aglomerado a Sul deste eixo. Apresenta um núcleo antigo compacto, de traçado radio concêntrico e arruamentos estreitos, tendo-se posteriormente expandido tentacularmente ao longo dos eixos viários, em torno do núcleo mais antigo. No interior do aglomerado existem diversos edifícios tradicionais, embora já intercalados com novas construções resultantes de processos de renovação urbana, que conferem ao conjunto alguma descaracterização. As zonas de ocupação mais recente têm uma ocupação dispersa, já que os edifícios se vão implantando arbitrariamente pelo espaço, embora ao longo de arruamentos existentes. Nas áreas situadas nas imediações do perímetro urbano existem diversos edifícios, integrados em solo rústico. Vale de Urso, situado no extremo Sul da freguesia e a Poente da EN352 e de um afluente à ribeira do Tormentoso, que o limitam a Sul, está implantado numa encosta sobranceira à ribeira que o contorna. A ocupação, não muito densa, foi-se estabelecendo ao longo de arruamentos perpendiculares à pendente, e os edifícios, destinados ao uso habitacional, têm geralmente dois pisos e são de tipologia em banda. Vale Paloio está situado a Poente do aglomerado de Souto de Casa, no entroncamento da EN238 com a EN352, que vai estabelecer a ligação ao concelho de Castelo Branco. Este pequeno núcleo urbano corresponde a um conjunto de casas que ao longo dos tempos se foram instalando neste local. Os edifícios têm, na generalidade, 2 pisos, tendo utilização unifamiliar. E os pequenos aglomerados de Casal Álvares Pires, Vale Mendinho/Salgueiral e Serrado, têm acesso a partir da EN 352. São estruturados pelo eixo que possibilita o acesso e acompanhados pela ribeira do Tormentoso. As aldeias são pouco densas, tendo as edificações 1 ou 2 pisos. 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 63

72 Figura 19: Perímetros Urbanos de Souto da Casa Análise do nível de Ocupação Aglomerado Quadro 25: Perímetros Urbanos de Souto da Casa Análise do nível de Ocupação Espaços Urbanos PERÍMETRO URBANO EM VIGOR Espaços Urbanizáveis I Total NÍVEL DE OCUPAÇÃO Ocupado por Ocupar PROCESSOS DE LICENCIAMENTO ( ) Solo Urbano Solo Rústico ha % ha % ha % ha % ha % n.º n.º n.º Souto da Casa 37,5 81,2% 8,7 18,8% 46,1 92,2% 36,0 78,0% 10,2 22,0% 25 Vale do Urso 3,9 100,0% 3,9 7,8% 3,9 98,9% 0,0 1,1% 3 Total TOTAL 41,4 82,7% 8,7 17,3% 50,1 100,0% 39,9 79,6% 10,2 20,4% Fonte: CM Fundão Os perímetros urbanos de Souto da Casa são constituídos por Espaços Urbanos (82,7%), nas áreas que já se encontram edificadas e comprometidas, e por dois Espaços Urbanizáveis (17,3%), destinados à expansão do aglomerado sede de freguesia. Analisando o nível de ocupação destes perímetros urbanos, conclui-se que os espaços urbanos se encontram maioritariamente consolidados (87%), e que salvaguardaram as áreas atravessadas por linhas de drenagem natural, e que os espaços urbanizáveis, destinados à expansão do aglomerado, registaram um nível de ocupação de 49%, tendo sido ocupados na totalidade na zona definida a norte. No total, o perímetro urbano apresenta 20,4% de solo urbano por ocupar, tendo em consideração os espaços que não foram ocupados e as áreas atravessadas por linhas de água. O nível de ocupação tem justificação na dinâmica urbanística ocorrida nos últimos anos em Souto da Casa, uma vez que de acordo com os dados disponibilizados pelo INE, desde a aprovação do PDM foram emitidas 80 licenças, entre 2001 e 2014, destinadas maioritariamente a intervenções em edifícios existentes (65%), representando a construção de novos edifícios habitacionais 25% do número total de licenças emitidas durante este período, sendo que as restantes se destinaram à construção de novos edifícios para outros usos. 64 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor

73 Perímetro Urbano de Souto da Casa Perímetro Urbano de Vale do Urso Solo Rústico Gráfico 38: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Souto da Casa, por ano 8 Gráfico 39: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Souto da Casa, entre Solo Rústico Para a freguesia, com dados desagregados ao território fornecidos pela Autarquia, desde 2005 foram emitidas um total de 42 licenças, sendo que destas cerca de 66,6% incidiu em áreas interiores aos perímetros urbanos, especialmente no de Souto da Casa, que concentra 90% destas licenças, destinando-se a maioria a intervenções em edifícios existentes. Conclui-se, que a dinâmica de Souto da Casa nos últimos anos foi pouco expressiva, acompanhando os registos populacionais, visto que entre 2001 e 2011, uma vez que neste período a freguesia observou um decréscimo populacional na ordem dos 18,3%, ou seja, menos 181 habitantes Freguesia de Telhado A freguesia de Telhado situa-se na metade ocidental do território concelhio, num local de relevo pouco acidentado, atravessado pelas ribeiras da Gardunha, das Gabefas, do Carcavão e do Tormentoso. A estrutura urbana da freguesia é constituída pelos aglomerados de Telhado e de Freixial, contemplados com perímetro urbano no PDM em vigor. Telhado está situado a Noroeste da Cidade do Fundão, junto ao arruamento que dá acesso a Aldeia de Joanes. É um aglomerado de pequena dimensão, que se desenvolveu, a partir do núcleo mais antigo que contorna a igreja, de forma linear e dispersa ao longo dos arruamentos envolventes. O núcleo antigo é consolidado e inclui ainda alguns edifícios de interesse arquitetónico. As construções novas surgem de forma difusa um pouco por toda a área envolvente à zona do núcleo consolidado, constituídas por moradias unifamiliares de tipologia de ocupação isolada e têm geralmente 2 pisos. Freixial é uma pequena aldeia situada a Sul de Telhado e a Norte da EN238. Este núcleo tem ocupação ao longo do arruamento que o atravessa e o vai estruturando. No entanto, inclui no seu interior um pequeno 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 65

74 conjunto de casas bastante denso, que deu origem à sua formação. As casas encontram-se muito degradadas e em mau estado de conservação, não apresentando grande sintoma de dinamismo urbano. Contudo, as construções novas vão-se localizando tendencialmente ao longo do arruamento que interliga Freixial a Aldeia Nova do Cabo e ao Fundão. Figura 20: Perímetros Urbanos de Telhado Análise do nível de Ocupação Aglomerado Espaços Urbanos Quadro 26: Perímetros Urbanos de Telhado Análise do nível de Ocupação PERÍMETRO URBANO EM VIGOR Espaços Urbanizáveis I Espaços Verdes Total NÍVEL DE OCUPAÇÃO Ocupado por Ocupar PROCESSOS DE LICENCIAMENTO ( ) Solo Urbano Solo Rústico ha % ha % ha % ha % ha % ha % n.º n.º n.º Telhado 10,8 59,7% 4,5 25,2% 2,7 15,2% 18,0 86,7% 14,9 82,8% 3,1 17,2% 25 Freixial 2,8 100,0% 2,8 13,3% 2,8 100,0% 0,0 0,0% 1 TOTAL 13,5 65,0% 4,5 21,8% 2,7 13,1% 20,8 100,0 % Fonte: CM Fundão Total ,7 85,1% 3,1 14,9% Os perímetros urbanos de Telhado são constituído por Espaços Urbanos (65%), nas áreas que já se encontram edificadas, por dois Espaços Urbanizáveis (21,8%), destinadas à expansão do aglomerado de Telhado, e por um Espaço Verde (13,1%), numa área de alguma dimensão situada a sul, na sede de freguesia. Analisando o nível de ocupação destes perímetros urbanos, verifica-se que os espaços urbanos se encontram consolidados (91,5%), com espaços intersticiais por ocupar, e que os espaços urbanizáveis durante a vigência do PDM apresentaram uma ocupação na ordem dos 81,3%, tendo a área a sul sido integralmente ocupada. No total, o perímetro urbano apresenta 14,9% de solo urbano por ocupar, tendo em consideração os espaços urbanos e urbanizáveis libertos de ocupação. Nas imediações do perímetro surgiram diversas novas construções que devem ser integradas em perímetro urbano, aquando da revisão do PDM. A análise do nível de ocupação verificado tem justificação na dinâmica urbanística ocorrida nos últimos anos em Telhado, uma vez que de acordo com os dados disponibilizados pelo INE, desde a aprovação do PDM foram 66 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor

75 Perímetro Urbano de Telhado Perímetro Urbano de Freixial Solo Rústico emitidas 74 licenças, entre 2001 e 2014, destinadas a intervenções em edifícios existentes (45,9%) e à construção de novos edifícios para habitação (41,9%). Gráfico 40: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Telhado, por ano Gráfico 41: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Telhado, entre Solo Rústico Fonte: CM Fundão Para a freguesia, com dados desagregados ao território fornecidos pela Autarquia, desde 2005 foram emitidas um total de 52 licenças, com incidência, de igual forma, em solo urbano e em solo rústico, concentradas no interior do perímetro urbano de Telhado e disseminadas pelo solo rústico, em parcelas de maior dimensão. A dinâmica de Telhado nos últimos anos foi pouco expressiva, no entanto entre 2001 e 2011, a freguesia manteve o seu total populacional, tendo neste período apenas perdido 1 habitante, de acordo com os dados da última ação censitária Freguesias de Três Povos A freguesia dos Três Povos está inserida na área de regadio da Cova da Beira, situada no extremo Nordeste do concelho, envolvidas por recursos hídricos importantes, como são a Barragem de Escarigo, situada a Norte deste aglomerado e a ribeira da Meimoa, que atravessa a freguesia a Sul do aglomerado de Escarigo, e permitindo a prática de agricultura. Esta freguesia integra o núcleo denominado de Três Povos, constituído por Salgueiro, Quintãs e Escarigo. Salgueiro tem o seu núcleo antigo situado a Nascente da EN570, a via que atravessa os três núcleos. Inicialmente com um traçado orgânico, tem desenvolvimento posterior ao longo do arruamento para Poente, de traçado linear e com alguma inclinação, e ao longo da EN para Sul, numa grande extensão. Na zona antiga, encontram-se ainda edifícios com algum valor arquitetónico. Nas áreas mais recentes, os edifícios têm entre 2 e 3 pisos, e apresentam, em algumas situações dissonâncias. 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 67

76 Quintãs situa-se um pouco a Norte da sua sede de freguesia, tendo apenas como separação um afluente à ribeira da Meimoa. O desenvolvimento de Quintãs deu-se em torno da Igreja, situada a Poente da EN 570, e para uma área a Nascente deste eixo, onde ainda existem diversos edifícios tradicionais. Mais recentemente a expansão processou-se ao longo dos arruamentos situados a Poente da EN. As áreas de ocupação recente apresentam uma ocupação algo dispersa, constituída, essencialmente, por moradias unifamiliares isoladas, com 2 e 3 pisos. Escarigo, situado diretamente a Norte do aglomerado de Quintãs, tem uma estrutura com desenvolvimento inicial em torno da igreja, situada junto à EN 570, e mais recentemente, para uma área a Nascente e ao longo deste eixo. Na generalidade, o aglomerado encontra-se bastante degradado e descaracterizado pela presença de edifícios com linguagens arquitetónicas descontextualizadas. Os edifícios no interior do aglomerado chegam a atingir 4 pisos, enquanto que nas áreas mais periféricas têm geralmente 2 pisos. Figura 21: Perímetro Urbano dos Três Povos Análise do nível de Ocupação 68 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor

77 Perímetro Urbano de Salgueiro/ Escarigo Solo Rústico Quadro 27: Perímetro Urbano dos Três Povos Análise do nível de Ocupação Aglomerado Salgueiro/ Escarigo/ Quintãs Espaços Urbanos PERÍMETRO URBANO EM VIGOR Espaços Urbanizáveis I Espaços Verdes Total NÍVEL DE OCUPAÇÃO Ocupado por Ocupar PROCESSOS DE LICENCIAMENTO ( ) Solo Urbano Solo Rústico ha % ha % ha % ha % ha % ha % n.º n.º n.º 74,8 74,5% 15,2 15,1% 10,4 10,4% 100,4 100,0% 83,6 83,3% 16,8 16,7% Total Fonte: CM Fundão O perímetro urbano dos Três Povos é constituído por Espaços Urbanos (74,5%), nas áreas que já se encontram edificadas, por Espaços Urbanizáveis (15,1%), destinados à expansão dos aglomerados, e por Espaços Verdes (10,4%), de salvaguarda a áreas sensíveis. Analisando o nível de ocupação deste perímetro urbano, conclui-se que os espaços urbanos se encontram consolidados (87%), existindo diversos espaços intersticiais por colmatar. Durante a vigência do PDM os espaços urbanizáveis apresentaram um nível de ocupação de 66,7%, com maior incidência a norte. No total, o perímetro urbano apresenta 16,8% de solo urbano por ocupar, tendo em consideração os espaços que não foram ocupados e/ou colmatados. A análise do nível de ocupação verificado, tem justificação na dinâmica urbanística ocorrida nos últimos anos na freguesia dos Três Povos, uma vez que de acordo com os dados disponibilizados pelo INE, desde a aprovação do PDM foram emitidas 66 licenças, entre 2001 e 2014, destinadas essencialmente a intervenções em edifícios existentes (50%), representando a construção de novos edifícios para habitação 31,8%, do número total de licenças emitidas durante este período. Gráfico 42: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Três Povos, por ano Gráfico 43: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Três Povos, entre Solo Rústico Fonte: CM Fundão 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 69

78 Este conjunto apresenta alguma dinâmica, demonstrada pela existência de diversas construções novas, assim como pelos dados disponibilizados pela Autarquia relativos às licenças emitidas entre 2005 e Neste período, segundo estes dados, foram emitidas 44 licenças, 72,7% destas com incidência no interior do perímetro urbano dos Três Povos, e que nos últimos anos têm ganho expressão. Conclui-se, que a dinâmica de Três Povos nos últimos anos foi fraca, face ao contexto municipal, acompanhando os registos populacionais, visto que entre 2001 e 2011, a freguesia observou um decréscimo populacional na ordem dos 18,1%, uma perda de 202 habitantes, segundo a última ação censitária União de Freguesias de Fundão, Valverde, Donas, Aldeia de Joanes e Aldeia Nova do Cabo De acordo com a nova divisão administrativa, a freguesia sede municipal integrou as freguesias envolventes, nomeadamente Donas, Aldeia de Joanes, Aldeia Nova do Cabo e Valverde, o maior pólo de concentração de população do concelho, integrando os perímetros urbanos da cidade do Fundão, integrando a Aldeia de Joanes, da Aldeia Nova do Cabo, de Donas e Teixugas, de Chãos e de Valverde e Carvalhal. A cidade do Fundão, apresenta um núcleo antigo, de alguma dimensão, uma malha urbana que foi perfeitamente absorvida pela estrutura geral da cidade, e se foi expandido em direção à zona da estação ferroviária e às indústrias adjacentes. A malha antiga integra um emaranhado de ruelas estreitas, com construções quinhentistas com portados decorados e elementos arquitetónicos tradicionais do passado serrano, enquadradas num conjunto envolto por becos e pequenos largos, arcos e passadiços. Na zona central encontram-se instaladas as funções terciárias, em edifícios de tipologia tradicional um pouco degradados, verificando-se uma preocupação crescente na recuperação do o edificado e sua reutilização para usos distintos. A cidade tendeu a expandir-se para Poente do núcleo antigo, resultante da implementação de edifícios de habitação coletiva com mais de 5 pisos, em função do Plano de Pormenor aprovado. Mais recentemente, foi ocupada a área a Nascente da estrutura antiga, junto à EN 18, com a construção de edifícios coletivos e também unifamiliares. Neste eixo, a norte, têm-se também apoiado, para além de utilizações residenciais, funções terciárias, turísticas ou mesmo industriais. A par do crescimento urbano, foram implementados diversos equipamentos nas mais diversas valências, salientando-se, as Escolas, o Hospital, o Pavilhão Multiusos, as Piscinas, o Tribunal, o Parque Desportivo Municipal, a Biblioteca, o Anfiteatro, entre outros. Fisicamente ligada à Cidade, surge Aldeia de Joanes, situada a Poente, junto à EM1065, que possibilita a ligação entre a cidade e Freixial. Este conjunto, sob influência da cidade, encontra-se descaracterizado, por incluir, numa pequena extensão, diversas tipologias de ocupação, desde edifícios de habitação coletiva com mais de 6 pisos, até ao casario tradicional, e por apresentar linguagens arquitetónicas contrastantes e descontextualizadas face ao núcleo mais antigo, que apresenta uma estrutura densa com arruamentos estreitos e labirínticos. As áreas de ocupação recente têm resultado de loteamentos, com moradias unifamiliares e habitações coletivas, contudo, existem ainda diversos espaços desocupados no interior do aglomerado. 70 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor

79 Figura 22: Perímetro Urbano do Fundão e Aldeia de Joanes Análise do nível de Ocupação No seguimento de Aldeia de Joanes para Poente, pela EM1065, localiza-se Aldeia Nova do Cabo, um pequeno aglomerado que apresenta um desenvolvimento linear ao longo arruamento que o atravessa e ao longo de vias perpendiculares a este. Este conjunto conserva uma imagem interessante, pois incorpora diversas casas senhoriais e vários edifícios com interesse patrimonial. Todavia, existem alguns edifícios no seu interior que destoam do conjunto, por apresentarem linguagens arquitetónicas dissonantes e volumetrias desadequadas. Integra na entrada Nascente uma pequena área industrial. 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 71

80 Figura 23: Perímetro Urbano do Aldeia Nova do Cabo Análise do nível de Ocupação Nos últimos anos têm sido feitos vários investimentos para incrementar o tecido empresarial local, tendo sido construído o Parque Industrial do Fundão, no perímetro urbano para o efeito, a Norte da cidade, junto ao acesso à A23, incluindo empresas, predominantemente, relativas à indústria transformadora, de diversos ramos, e atividades comerciais. Esta área encontra-se praticamente ocupada, pelo que é necessário prever novos espaços a afetar a esta utilização, no âmbito da revisão do PDM. Figura 24: Perímetro Urbano da Zona Industrial do Fundão Análise do nível de Ocupação 72 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor

81 Donas/ Teixugas são dois lugares integrados no mesmo aglomerado e que se encontram separados pelo atravessamento da linha férrea, junto à EN18 e ao nó da A23, que atravessa a Poente. Pela sua localização nas proximidades da Cidade, este aglomerado apresenta pressão urbanística. O núcleo antigo apresenta uma organização polinuclear, com desenvolvimento em torno de espaços públicos onde se localizam edifícios de grande interesse arquitetónico. As áreas de expansão surgem em zonas periféricas de forma dispersa e difusa, ao longo dos arruamentos existentes, com a implantação de moradias unifamiliares isoladas. As áreas já consolidadas apresentam ainda diversos espaços que não foram ocupados, pelo que é necessário colmatar esta estrutura urbana. Chãos situa-se a Nascente de Teixugas, junto à EM522, que possibilita a ligação a Alcaide. É um pequeno aglomerado com desenvolvimento ao longo de uma via perpendicular ao eixo que a atravessa. No interior da sua estrutura urbana existem alguns edifícios com interesse e outros de tipologia arquitetónica tradicional. Nas áreas periféricas, essencialmente, a Norte e ao longo da EM522, surgem edifícios mais recentes de utilização unifamiliar. Figura 25: Perímetro Urbano de Donas/ Teixugas e Chãos Análise do nível de Ocupação Valverde tem um núcleo antigo de pequena dimensão composto por arruamentos estreitos de traçado irregular, que, posteriormente, se desenvolveu linearmente ao longo da EN343 - via que o atravessa e estabelece a ligação entre o Fundão e Fatela. As construções existentes têm geralmente 2 pisos, sendo que no interior do aglomerados são de caracter tradicional, grande parte em mau estado de conservação, e nas zonas de ocupação recente são moradias unifamiliares, em banda, geminadas ou isoladas. Recentemente, as novas construções têm-se vindo a fixar, essencialmente, ao longo da EN343 e ao longo a variante a Valverde, que dá acesso a Carvalhal. Carvalhal situa-se diretamente a Nascente de Valverde, junto à EN343, que possibilita a ligação a Fatela, e, ao contrário da sede de freguesia, não possui núcleo antigo. É um aglomerado de feição recente, com a sua 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 73

82 ocupação apoiada, essencialmente, no eixo viário que o atravessa. As edificações têm 2 ou 3 pisos. É de salientar que no limite deste aglomerado, existe uma pequena unidade industrial destinada ao fabrico de cozinhas. Figura 26: Perímetro Urbano de Valverde e Carvalhal Análise do nível de Ocupação Quadro 28: Perímetros Urbanos da UF do Fundão, Valverde, Donas, Aldeia de Joanes e Aldeia Nova do Cabo Categorias de Espaço Aglomerado Espaços Urbanos Espaços de Industria Existente PERÍMETRO URBANO EM VIGOR Espaços Urbanizáveis I Espaços Urbanizáveis II Espaços de Industria Proposta Espaços Verdes ha % ha % ha % ha % ha % ha % ha % Fundão 71,3 21,9% 68,0 20,8% 183,8 56,4% 3,1 0,9% 326,1 52,9% Zona Industrial do Fundão 59,0 40,4% 87,0 59,6% 145,9 23,7% Aldeia Nova do Cabo 17,8 55,1% 9,8 30,5% 4,6 14,4% 32,2 5,2% Chãos 3,5 100,0% 3,5 0,6% Donas/Teixugas 20,6 63,2% 5,8 17,9% 6,2 18,9% 32,6 5,3% Valverde/Carvalhal 33,0 43,6% 37,2 49,1% 5,5 7,2% 75,6 12,3% TOTAL 146,1 23,7% 59,0 9,6% 120,8 19,6% 183,8 29,8% 87,0 14,1% 19,3 3,1% 616,0 100,0% Total Os perímetros urbanos da UF do Fundão, Valverde, Donas, Aldeia de Joanes e Aldeia Nova do Cabo são constituído por Espaços Urbanos (23,7%), nas áreas que já se encontram edificadas, infraestruturadas ou comprometidas, por Espaços Urbanizáveis (49,4%), destinados à expansão dos vários aglomerados urbanos, por Espaços Industriais existentes e propostos (23,7%), relativos à zona industrial do Fundão situada a norte da Cidade, e por Espaços Verdes (3,1%), que têm por objetivo salvaguardar as áreas sensíveis da ocupação. Todos os aglomerados urbanos da freguesia integram espaços urbanizáveis, à exceção de Chãos, face à sua pequena dimensão, sendo que na cidade estes espaços subdividem-se, em tipo I e II, para permitir uma ocupação de maior densidade e volumetria na Cidade, relativamente aos restantes aglomerados. 74 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor

83 Perímetro Urbano do Fundao Perímetro da ZI do Fundao Perímetro Urbano de Aldeia Nova do Cabo Perímetro Urbano de Chaos Perímetro Urbano de Donas/Teixugas Perímetro Urbano de Valverde/Carvalhal Solo Rústico Quadro 29: Perímetros Urbanos da UF do Fundão, Valverde, Donas, Aldeia de Joanes e Aldeia Nova do Cabo Análise do nível de ocupação NÍVEL DE OCUPAÇÃO PROCESSOS DE LICENCIAMENTO ( ) Aglomerado Ocupado por Ocupar Solo Rústico Total ha % ha % n.º n.º n.º Fundão 240,1 73,6% 86,0 26,4% 176 ZI do Fundão 109,2 74,8% 36,8 25,2% 79 Aldeia Nova do Cabo 29,1 90,2% 3,2 9,8% 9 Chãos 3,3 96,3% 0,1 3,7% Donas/ Teixugas 27,4 84,0% 5,2 16,0% 28 Valverde/ Carvalhal 60,2 79,6% 15,4 20,4% 37 TOTAL 469,3 76,2% 146,7 23,8% Fonte: CM Fundão Analisando o nível de ocupação destes perímetros urbanos, verifica-se que os espaços urbanos se encontram consolidados, apresentando um nível de ocupação de 98,3%, que os espaços urbanizáveis, destinados à expansão dos aglomerados, na generalidade foram ocupados, ou seja, durante a vigência do PDM cerca de 65,5% destes espaços foram ocupados, especialmente no interior do perímetro urbano da Cidade, que concentrou 83,3% dos espaços urbanizáveis ocupados na freguesia. No cômputo geral, os perímetros urbanos da freguesia, apresentam 23,8% de solo urbano por ocupar, tendo em consideração os espaços urbanos que não foram ocupados, incluindo os espaços verdes. A análise do nível de ocupação verificado tem justificação na dinâmica urbanística ocorrida nos últimos anos em Alcaide, uma vez que de acordo com os dados disponibilizados pelo INE, desde a aprovação do PDM foram emitidas 971 licenças, entre 2001 e 2014, destinadas maioritariamente a novas construções residenciais (48,9%), assumindo as intervenções em edifícios existentes também expressão, representando 33,9% do número total de licenças emitidas durante este período. Gráfico 44: Licenças emitidas pela Autarquia para UF do Fundão, Valverde, Donas, A. de Joanes e A. Nova Cabo, por ano Gráfico 45: Licenças emitidas pela Autarquia para a UF do Fundão, Valverde, Donas, A. de Joanes e A. Nova Cabo, entre Solo Rústico 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 75

84 Para a freguesia, com dados desagregados ao território fornecidos pela Autarquia, desde 2005 foram emitidas um total de 635 licenças, concentrando 32,9% do número total de licenças emitidas para o município, sendo que destas cerca de 52,6% incidiu em áreas interiores ao perímetro urbano, maioritariamente no do Fundão. No entanto, o pedido de licenças em solo rústico assume também destaque, com incidência no povoamento disperso existente na vertente poente e norte do perímetro urbano da Cidade. Conclui-se, que a dinâmica da freguesia do Fundão é positiva e assume expressão face ao contexto territorial, visto que entre as últimas ações censitárias (2001 e 2011), a freguesia observou aumento populacional, na ordem dos 3,78%, tendo aumentado durante este período 489 habitantes União de Freguesias de Janeiro de Cima e Bogas de Baixo A União de Freguesias de Janeiro de Cima e de Bogas de Baixo, está situada no extremo Sudoeste do concelho, junto à margem do rio Zêzere e num local de topografia suave, bastante distante da sede municipal, com acesso a partir da EN238. Contempla para além dos perímetros urbanos em vigor de Janeiro de Cima e de Bogas de Baixo, os das aldeias de Ladeira, Maxial e Urgueiro. Janeiro de Cima, possui um núcleo antigo denso, situado ao centro do aglomerado, e com origem em torno da antiga igreja. O núcleo original assume uma forma radial, através de uma estrutura complexa composta por arruamentos muito estreitos de casario humilde de arquitetura tradicional, em xisto. Este núcleo é interessante, especialmente porque concentra diversos edifícios em xisto, embora alguns deles estejam já adulterados e debilitados. As áreas de expansão, ocupadas por moradias unifamiliares isolada com 2 pisos, surgem tanto ao longo do arruamento que possibilita o seu acesso, como em toda a área a Norte, e apresentam uma ocupação dispersa. A poente do conjunto urbano, Janeiro de Cima possui uma praia fluvial, associada a uma zona desportiva. Bogas de Baixo situado a Nascente da EN238, apresenta um povoamento com tendência para a dispersão ao longo das vias, não possuindo propriamente um núcleo consolidado. A ocupação tem surgido sobre a encosta sobranceira à ribeira das Bogas, já que os terrenos adjacentes à ribeira são bastante férteis para a agricultura. Este aglomerado encontra-se bastante alterado, com edifícios, maioritariamente, habitacionais com 2 e 3 pisos e linguagens arquitetónicas dissonantes. Ladeira é uma pequena aldeia implantada numa vertente exposta a Norte, com alguma inclinação. É atravessada pela ribeira da Ladeira e por alguns afluentes, sendo composta por poucas casas que surgem implantadas arbitrariamente mas que, apesar de tudo, permitem uma boa integração na paisagem. Estas casas são em xisto e têm geralmente 1 e 2 pisos, encontrando-se a maioria em mau estado de conservação. 76 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor

85 Maxial situa-se a Norte de Ladeira, e apresenta uma estrutura linear com desenvolvimento ao longo dos eixos existentes. Uma pequena área no interior do núcleo urbano, integra uma estrutura mais antiga, com edifícios de 1 piso, em xisto, embora em avançado estado de degradação. Finalmente, no que se refere a Urgeiro, cujo acesso se faz a partir de um arruamento que sai da EN 238, há a destacar o seu enquadramento paisagístico, pois está implantado numa encosta sobranceira ao rio Zêzere. Este aglomerado, de muito pequena dimensão, teve um desenvolvimento com início em torno da zona da igreja, de forma bem densa, e posteriormente para Poente, embora de forma mais dispersa. Figura 27: Perímetros Urbanos da União de Freguesias de Janeiro de Cima e de Bogas de Baixo Fonte: CM Fundão Aglomerado Quadro 30: Perímetros Urbanos da União de Freguesias de Janeiro de Cima e de Bogas de Baixo Espaços Urbanos PERÍMETROS URBANOS EM VIGOR Espaços Urbanizáveis I Espaços Verdes Total NÍVEL DE OCUPAÇÃO Ocupado por Ocupar Solo Urbano PROCESSOS DE LICENCIAMENTO ( ) Solo Rústico ha % ha % ha % ha % ha % ha % n.º n.º n.º Janeiro de Cima 20,9 76,9% 5,9 21,6% 0,4 1,5% 27,2 40,3% 26,9 98,9% 0,3 1,1% 29 Bogas de Baixo 15,7 80,5% 3,4 17,5% 0,4 2,0% 19,5 28,9% 15,1 77,5% 4,4 22,5% 7 Ladeira 5,8 100,0% 5,8 8,6% 4,9 83,8% 0,9 16,2% 0 Maxial 9,8 100,0% 9,8 14,5% 9,3 94,4% 0,5 5,6% 6 Urgueiro 5,1 100,0% 5,1 7,6% 4,4 84,8% 0,8 15,2% 0 Total TOTAL 57,4 85,1% 9,3 13,7% 0,8 1,2% 67,5 100,0% 60,5 89,7% 7,0 10,3% Fonte: CM Fundão 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 77

86 Perímetro Urbano de Janeiro de Cima Perímetro Urbano de Bogas de Baixo Perímetro Urbano de Ladeira Perímetro Urbano de Maxial Perímetro Urbano de Urgueiro Solo Rústico Os perímetro urbano da UF de Janeiro de Cima e de Bogas de Baixo são constituído por Espaços Urbanos (85,1%), nas áreas que já se encontram edificadas e comprometidas, por dois Espaços Urbanizáveis (13,7%), um localizado no de Janeiro de Cima e outro no de Bogas de Baixo, destinados à expansão dos aglomerados, e por Espaços Verdes (1,2%), para proteger da ocupação áreas sensíveis do ponto de vista ecológico. Analisando o nível de ocupação dos perímetros urbanos, conclui-se que os espaços urbanos se encontram consolidados (93,4%), existindo espaços intersticiais por colmatar, e que os espaços destinados à expansão do aglomerado apresentaram um nível de ocupação de 63,4%,.No total, o perímetro urbano apresenta 10,3% de solo urbano por ocupar, tendo em consideração o solo urbano que não foi ocupado. A análise do nível de ocupação verificado tem justificação na dinâmica urbanística ocorrida nos últimos anos na união de freguesias, uma vez que de acordo com os dados disponibilizados pelo INE, desde a aprovação do PDM foram emitidas 50 licenças, entre 2001 e 2014, destinadas tanto a intervenções em edifícios existentes (44%), como à construção de novos edifícios (44%). Gráfico 46: Licenças emitidas pela Autarquia para UF de Janeiro de Cima e Bogas de Baixo, por ano Gráfico 47: Licenças emitidas pela Autarquia para UF de Janeiro de Cima e Bogas de Baixo,, entre Solo Rústico Fonte: CM Fundão Para a freguesia, com dados desagregados ao território fornecidos pela Autarquia, desde 2005 foram emitidas um total de 52 licenças, sendo que destas cerca de 80,8% incidiu em áreas interiores ao perímetro urbano, maioritariamente em Janeiro de Cima, concentrando 69% do total dos processos. Conclui-se, que a dinâmica da freguesia tem sido pouco expressiva, a acompanhar os movimentos populacionais, visto que entre as últimas ações censitárias (2001 e 2011), observou um decréscimo significativo de 20,26%, ou seja, perdeu neste período 127 habitantes. 78 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor

87 União de Freguesias de Póvoa de Atalaia e Atalaia do Campo As freguesias de Póvoa de Atalaia e de Atalaia do Campo situam-se junto às faldas da Serra da Gardunha, na sua vertente Nordeste, e a Sudeste da cidade, sendo constituídas por uma estrutura urbana interligada, separadas pelo atravessamento da ribeira de Alpeadre, tendo, no entanto, cada uma um núcleo antigo próprio e dissociado do outro, pelo que no conjunto, a freguesia contempla dois perímetros urbanos, uma que integra o aglomerado de Atalaia do Campo, a sul, e outro para Póvoa de Atalaia, a norte, com acesso a partir da EM 560. Atalaia do Campo está implantada numa zona delimitada a Sul pela ribeira de Alpreade, a Este pela ribeira de Meceira e a Norte por um afluente desta ribeira, pelo que se encontra algo constrangida. Este aglomerado possui uma estrutura linear com início em torno da igreja e posterior desenvolvimento ao longo de eixos de traçado retilíneo, essencialmente ao longo da EM 560. Foram efetuadas intervenções no núcleo antigo que alteraram, de alguma forma, o património edificado e conferiram ao aglomerado uma certa descaracterização urbana. Na generalidade, os edifícios têm 2 pisos e são destinados ao uso habitacional. Póvoa da Atalaia está situada a Norte de Atalaia do Campo, com um afluente à ribeira da Meceira e uma área de ocupação recente a separar os dois aglomerados. Apresenta um povoamento pouco denso, com base num desenvolvimento linear, composto por diversos arruamentos. Os edifícios na zona mais antiga, situada no extremo Nascente da via estruturante, são geralmente em banda com 2 pisos, enquanto que, nas áreas de ocupação mais recente, são moradias unifamiliares, implantadas em lotes de área razoável. Este aglomerado inclui uma unidade industrial (fabrico de enchidos) e uma represa de água, de alguma dimensão. Figura 28: Perímetros Urbanos da UF de Póvoa da Atalaia e Atalaia do Campo Análise do nível de Ocupação 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 79

88 Aglomerado Quadro 31: Perímetros Urbanos da UF de Póvoa da Atalaia e Atalaia do Campo Análise do nível de Ocupação Espaços Urbanos PERÍMETRO URBANO EM VIGOR Espaços Urbanizáveis I Espaços Verdes Total NÍVEL DE OCUPAÇÃO Ocupado por Ocupar PROCESSOS DE LICENCIAMENTO ( ) Solo Urbano Solo Rústico ha % ha % ha % ha % ha % ha % n.º n.º n.º Atalaia do Campo 15,6 66,6% 5,2 22,1% 2,6 11,3% 23,3 35,6% 20,1 86,3% 3,2 13,7% 15 Povoa da Atalaia 34,8 82,2% 7,5 17,8% 42,3 64,4% 37,6 88,9% 4,7 11,1% 35 Total TOTAL 50,3 76,7% 12,7 19,3% 2,6 4,0% 65,7 100,0% 57,7 87,9% 7,9 12,1% Fonte: CM Fundão Os perímetros urbanos da UF de Póvoa da Atalaia e Atalaia do Campo são constituídos por Espaços Urbanos (76,7%), nas áreas que já se encontram edificadas e infraestruturadas, e por bolsas de Espaços Urbanizáveis (19,3%), destinadas à expansão dos aglomerados, duas situadas em Atalaia do Campo e outra, de maior dimensão, em Póvoa da Atalaia, e por um Espaço Verde (4,0%) em Atalaia do Campo, que tem por objetivo salvaguardar da ocupação uma zona baixa. Analisando o nível de ocupação destes dois perímetros urbanos, quase interligados, verifica-se que os espaços urbanos se encontram consolidados (98,2%), existindo no entanto espaços intersticiais por colmatar, e que os espaços destinados à expansão do aglomerado registaram um nível de ocupação de 54,5%, com maior expressão em Atalaia do Campo, nos extremos poente e este, tendo em consideração que o espaço urbanizável de Póvoa de Atalaia se encontra constrangido e ocupado pela presença de uma represa de água. No total, estes perímetros urbanos, apresentam 12,1% de solo urbano por ocupar, tendo em consideração a área que não se encontra ocupada. A análise do nível de ocupação verificado tem justificação na dinâmica urbanística ocorrida nos últimos anos na UF de Póvoa da Atalaia e Atalaia do Campo, uma vez que de acordo com os dados disponibilizados pelo INE, desde a aprovação do PDM foram emitidas 85 licenças, entre 2001 e 2014, destinadas essencialmente a intervenções em edifícios existentes (50,6%), representando a construção de novos edifícios para habitação 35,3%, do número total de licenças emitidas durante este período. 80 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor

89 Perímetro Urbano de Atalaia do Campo Perímetro Urbano de Póvoa da Atalaia Solo Rústico Gráfico 48: Licenças emitidas pela Autarquia para a UF de Póvoa da Atalaia e Atalaia do Campo, por ano 12 Gráfico 49: Licenças emitidas pela Autarquia para a UF de Póvoa da Atalaia e Atalaia do Campo, entre Solo Rústico Fonte: CM Fundão Para a freguesia, com dados desagregados ao território fornecidos pela Autarquia, desde 2005 foram emitidas um total de 66 licenças, sendo que destas cerca de 75,8% incidiu em áreas interiores aos perímetros urbanos, especialmente em Póvoa de Atalaia, que concentrou 53% do número total de licenças, e que a grande maioria se destinou a intervenções em edifícios existentes. Conclui-se, que a dinâmica UF de Póvoa da Atalaia e Atalaia do Campo nos últimos anos foi expressiva, face ao contexto local e municipal, no entanto os registos populacionais, entre 2001 e 2011, concluem que a freguesia observou um decréscimo populacional na ordem dos 17,3%, sendo que neste período, de acordo com as ações censitárias, perdeu 248 habitantes União de Freguesias de Vale de Prazeres e Mata da Rainha Situadas nos extremo Nascente do concelho, a união de freguesias de Vale de Prazeres e Mata da Rainha, fazem fronteira com o município de Penamacor, tendo o seu limite na ribeira do Taveiro. Apresentam declive acentuada, e uma topografia variada, com valores paisagísticos de merecido destaque. Fazem parte desta União de Freguesias os seguintes seis aglomerados urbanos: Mata da Rainha, Vale de Prazeres, Catrão, Cortiçada, Póvoa Palhaça, Quinta do Monte Leal e Quintas da Torre. Mata da Rainha, com acesso a partir da EM1074, está implantado numa área montanhosa, incluída ainda na periferia do maciço da Serra da Gardunha, num local sobranceiro a toda a área de vale, com grande interesse natural e paisagístico. É um aglomerado de estrutura linear, com origem no recinto da Igreja, e posterior desenvolvimento ao longo dos eixos que possibilitam o seu acesso. Este aglomerado encontra-se bastante 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 81

90 descaracterizado e degradado, não apresentando quaisquer sintomas de dinâmica construtiva. Os edifícios dispõem-se em banda ao longo dos arruamentos, sendo de tipologia unifamiliar, com 2 pisos. Vale de Prazeres situa-se na vertente poente da União de freguesias e é cortada por diversos afluentes da ribeira dos Cravos, no sentido Norte-Sul, sendo estes provenientes da encosta da Serra da Gardunha. É atravessada pela EM239, que estabelece a ligação entre a EN 18 e o concelho de Idanha-a-Nova, e é contornada a Norte pela linha férrea. O núcleo antigo do aglomerado desenvolveu-se em torno da igreja, com base num traçado composto por ruas estreitas e irregulares e edifícios com 2 ou 3 pisos habitacionais, apresentando alguns deles linguagens descontextualizadas face às características arquitetónicas locais. As áreas de ocupação recente, situadas na área a Nascente do núcleo antigo, são constituídas, essencialmente, por moradias unifamiliares com dois pisos. Catrão é um aglomerado com um povoamento bastante disperso, sem qualquer estrutura de ocupação. O local onde se concentra um maior número de construções, situa-se junto à EM1075, onde se encontra também implantada a igreja. As casas são, maioritariamente, de 1 e 2 pisos. Cortiçada localizada a Este do aglomerado de Vale de Prazeres e na EM 1075 é uma pequena aldeia que se desenvolveu em torno do cruzamento entre duas vias. Atravessado por uma linha de água, este pequeno aglomerado tem diversas construções novas, apoiadas no eixo viário principal, constituídas por moradias unifamiliares isoladas e 2 pisos. Póvoa Palhaça é uma pequena aldeia situada ao longo da EM 561(que permite o acesso à EN 346), e bastante distante da sua sede, sendo atravessada, a Nascente, por um dos vários afluentes do ribeiro de Rija. Fora do aglomerado urbano, mas junto à via que o atravessa, existem uma igreja e uma escola. Este aglomerado encontra-se algo degradado. Quinta do Monte Leal situado numa encosta, junto à linha férrea e à mesma via que atravessa Cortiçada, embora mais a Nascente, é um aglomerado de pequena dimensão, que se desenvolveu, a partir do núcleo mais antigo, enquadrado entre duas linhas de água e numa área inclinada, de forma linear face à EM Os edifícios, geralmente, são moradias unifamiliares com 2 ou 3 pisos. Finalmente, no que se refere a Quintas da Torre, cujo acesso se faz pela EM 561, há a destacar que este local é constituído por três conjuntos urbanos de muito pequena dimensão e pouca expressão, situando-se dois junto à referida via e o terceiro numa zona interior, com acesso próprio. A ocupação é bastante dispersa, sendo constituída por moradias unifamiliares com 1 e 2 pisos. 82 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor

91 Figura 29: Perímetros Urbanos da UF de Vale de Prazeres e Mata da Rainha Análise do nível de Ocupação Aglomerado Quadro 32: Perímetros Urbanos da UF de Vale de Prazeres e Mata da Rainha Análise do nível de Ocupação Espaços Urbanos PERÍMETRO URBANO EM VIGOR Espaços Urbanizáveis I Espaços Verdes Total NÍVEL DE OCUPAÇÃO Ocupado por Ocupar PROCESSOS DE LICENCIAMENTO ( ) Solo Urbano Solo Rústico ha % ha % ha % ha % ha % ha % n.º n.º n.º Mata da Rainha 14,5 93,6% 1,0 6,4% 15,5 26,0% 13,6 87,7% 1,9 12,3% 6 Vale de Prazeres 16,7 82,9% 1,3 6,6% 2,1 10,6% 20,2 33,7% 17,5 87,1% 2,6 12,9% 14 Cortiçada 2,5 100,0% 2,5 4,2% 2,5 100,0% 0,0 0,0% 6 Povoa da Palhaça 1,7 100,0% 1,7 2,8% 1,7 100,0% 0,0 0,0% 1 Quinta do Monte 11,2 100,0% 11,2 Leal 18,8% 10,3 91,4% 1,0 8,6% 1 Quintas da Torre 8,7 100,0% 8,7 14,5% 8,7 100,0% 0,0 0,0% 1 Total TOTAL 55,4 92,5% 1,3 2,2% 3,1 5,2% 59,8 100,0% 54,3 90,8% 5,5 9,2% Fonte: CM Fundão Os perímetros urbanos da UF de Vale de Prazeres e Mata da Rainha são constituídos por Espaços Urbanos (92,5%), nas áreas que já se encontram edificadas, por um pequeno Espaço Urbanizável (2,2%), situado em Vale de Prazeres, destinado à expansão do aglomerado, e por Espaços Verdes (5,2%), para salvaguardar áreas atravessadas por linhas de água em Vale de Prazeres e Mata da Rainha. Analisando o nível de ocupação destes perímetros urbanos, verifica-se que os espaços urbanos se encontram maioritariamente consolidados, existindo diversos espaços intersticiais ainda por colmatar, e que a área classificada como espaço urbanizável foi integralmente ocupado, durante a vigência do PDM. No cômputo geral, 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 83

92 Vale de Prazeres Cortiçada Mata da Rainha Povoa da Palhaca Quinta do Monte Leal Quintas da Torre Solo Rústico os perímetros urbanos apresentam 9,2% de área de solo urbano por ocupar, tendo em consideração os espaços integrados em perímetro que não foram ocupados. De acordo com os dados disponibilizados pelo INE, desde a aprovação do PDM foram emitidas 124 licenças, entre 2001 e 2014, destinadas essencialmente a intervenções em edifícios existentes (55,6%), representando a construção de novos edifícios para habitação 24,2%, do número total de licenças emitidas durante este período. Gráfico 50: Licenças emitidas pela Autarquia para a UF de Vale de Prazeres e Mata da Rainha, por ano Gráfico 51: Licenças emitidas pela Autarquia para a UF de Vale de Prazeres e Mata da Rainha, entre Solo Rústico Fonte: CM Fundão Analisando a incidência territorial destas licenças, de acordo com os dados desagregados ao território fornecidos pela Autarquia, desde 2005 foram emitidas um total de 81 licenças, a grande maioria com incidência em solo rústico (64,2%), em áreas disseminadas pela freguesia, especialmente nas imediações de Vale de Prazeres. Conclui-se, que a dinâmica de UF de Vale de Prazeres e Mata da Rainha nos últimos anos foi baixa, acompanhando os registos populacionais da última ação censitária, visto que entre 2001 e 2011, a freguesia observou um decréscimo populacional na ordem dos 17,87%, tendo perdido neste período, 308 habitantes. 84 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor

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