PROGRAMA DE ENSINO ÁREA EDUCAÇÃO. Área: CONCENTRAÇÃO ( ) Curso: MESTRADO ( X) DOUTORADO ( X) DOMÍNIO CONEXO ( )

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1 PROGRAMA DE ENSINO Disciplina Educação, Poder e Subjetividade: uma Leitura Filosófica Semestre Código Ano Letivo ÁREA EDUCAÇÃO Área: CONCENTRAÇÃO ( ) Curso: MESTRADO ( X) DOUTORADO ( X) DOMÍNIO CONEXO ( ) Número de créditos:08 Carga Horária: 120h/a Números de turmas : 1 Horário : 8:00 17:00 Professor Responsável: Divino José da Silva Departamento: CARGA HORÁRIA SEMANAL: aulas teóricas: 04 aulas práticas: 04 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: 1) A atitude crítica e a filosofia como diagnóstico do presente: entre Kant e Foucault. 2) A sociedade disciplinar e a relação entre saber e poder. 3) Biopolítica e o governo da vida. 4) Biopolítica, Neoliberalismo e Teoria do Capital Humano. 5) Sociedade de controle, Empreendedorismo e gestão empresarial da vida. 6) Sujeito cerebral, neurociências e formas de vida emergentes: o protagonismo do cérebro na atualidade. 7) Autoajuda, educação e prática de si.

2 DEFINIÇÃO DOS OBJETIVOS: a) Pensar, no âmbito da Filosofia e Filosofia da Educação, a relação entre saber e poder e seus efeitos de verdade no contexto de alguns discursos e práticas educativas; b) Analisar aspectos da biopolítica contemporânea e seus vínculos com os discursos educacionais, sobretudo, aqueles que se filiam à teoria do capital humano e ao empreendedorismo empresarial; c) Compreender em que medida a emergência dos discursos sobre o funcionamento do cérebro sujeito cerebral passam a produzir novas formas de subjetivação ou de assujeitamento na educação; d) Pensar as possíveis relações existente entre a emergência do sujeito cerebral na cultura contemporânea e as novas formas de governo da vida identificadas muitas vezes com eficientes mecanismos de patologização da existência, com efeitos claros sobre os discursos e práticas educacionais; e) Fazer uso de algumas ferramentas foucaultianas para compreendermos emergência de singularidades no contexto das relações entre saber e poder, nas quais Foucault situa as práticas biopolíticas contemporâneas. f) Pensar quais são os efeitos de verdade que os discursos sobre o funcionamento cerebral podem exercer sobre as práticas educacionais. METODOLOGIA DE ENSINO: a) Aulas expositivas b) Análise e discussão de textos. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: a) Participação nas aulas. b) Leitura e Fichamento de textos. c) Produção de um paper no final da disciplina. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: BUENO, Sinésio Ferraz. Pedagogia sem sujeito: qualidade total e neoliberalismo em educação. São Paulo: Annablume/Fapesp, CASTRO, Edgardo. Biopolítica. In:. Vocabulário de Foucault. Belo Horizonte: Autêntica, DELEUZE, Gilles. Post-scriptum sobre as sociedades de controle. In:. Conversações. Tradução de Peter Pál Pelbart. São Paulo: Editora 34, 1992.

3 DUARTE, André. Vidas em risco. Crítica do presente em Heidegger, Arendt e Foucault. Rio de Janeiro: Forense Universitária, Foucault e as novas figuras da biopolítica: o fascismo contemporâneo. In: RAGO, Margareth; VEIGA-NETO, Alfredo. Para uma vida não-fascista. Belo Horizonte: Autêntica, 2009, p EHRENBERG, Alain. O culto da performance. Da aventura empreendedora à depressão nervosa. Tradução de Pedro F. Bendassolli. Aparecida, SP: Idéias e Letras, O sujeito cerebral. Revista de Psicologia Clínica. Vol. 21, n. 01, p Rio de Janeiro, FOUCAULT, Michel. A verdade e as formas jurídicas. Tradução de Roberto Cabral e Eduardo J. Morais. Rio de Janeiro: Nau, Nascimento da biopolítica. In:. Ditos e escritos VII. Tradução de Vera Lúcia Avellar Ribeiro. Rio de Janeiro: Forense, Nascimento da biopolítica. Tradução de Eduardo Brandão. São Paulo, Martins Fontes, Prefácio (Anti-Édipo). In:. Ditos e escritos VI. Tradução de Ana Lúcia Paranhos Pessoa. Rio de Janeiro: Forense, O que é crítica? (Crítica e Aufklärung). Cadernos da Faculdade de Filosofia e ciências UNESP de Marília, v. 09, n. 01.Marília, SP, História da sexualidade I. A vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal, Jornal O Estado de S. Paulo. Caderno Empregos Gestão de Pessoas. São Paulo, 23/03/2014. GUARIDO, Renata. A biologização da vida e algumas implicações do discurso médico sobre a educação. In: Conselho Regional de Psicologia de São Paulo; Grupo Institucional Queixa Escolar (Orgs.). Medicalização de crianças e adolescentes. Conflitos silenciados pela redução de questões sociais a doenças de indivíduos. São Paulo: Casa do Psicólogo, MARÍN-DÍAZ, Dora Lilia. Autoajuda, educação e práticas de si. Genealogia de uma antropotécnica. Belo Horizonte, MG: Autêntica, MELMAN, Charles. O homem sem gravidade. Gozar a todo preço. Rio de Janeiro: companhia de Freud, NOVAES, Adauto. Entre dois mundos. In:. NOVAES, Adauto (Org.). A condição humana. As aventuras do homem em tempos de mutações. Rio de Janeiro: Agir; São Paulo: Edições SESC, SP p ORTEGA, Francisco; ZORZANELLI, Rafaela. Cultura somática, neurociências e subjetividade contemporânea. Psicologia & Sociedade, 23 (n. spe.) ORTEGA, Francisco; ZORZANELLI, Rafaela. Corpo em evidência. A ciência e a redefinição do humano. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, O sujeito cerebral e o movimento da neurodiversidade. Revista MANA, 14(2). Rio de Janeiro, 2008, p ORTEGA, F.; VIDAL, Fernando. Mapeamento do sujeito cerebral na cultura contemporânea. RECIIS- Revista Eletrônica de Comunicação Informação & Inovação em Saúde. Rio de Janeiro, 2007, p ORTEGA, F. O corpo transparente: visualização médica e cultura popular no século XX. História, Ciências, Saúde Manguinhos, v. 13 (Suplemento), p , outubro,

4 2006. PELBART, Peter Pál. Biopolítica. Revista Sala Preta, n. 7, p São Paulo, Acesso em: 22/01/2015. Disponível em: PROUST, Joëlle. Autocontrole: em direção a um novo homem? In: NOVAES, Adauto (Org.). A condição humana. As aventuras do homem em tempos de mutações. Rio de Janeiro, Agir: São Paulo, Edições SESC-SP, ROSA, Susel Oliveira da. Os investimentos em capital humano. In: RAGO, Margareth; VEIGA-NETO, Alfredo. Para uma vida não-fascista. Belo Horizonte: Autêntica, 2009, p ROSE, Nikolas. Inventando nossos Selfs. Psicologia, poder e subjetividade. Petrópolis: Vozes, A política da própria vida. Biomedicina, poder e subjetividade no século XXI. São Paulo: Paulus, Cérebro, self e sociedade: uma conversa com Nikolas Rose. Physis Revista de Saúde Coletiva. Rio de Janeiro, 20 [1]: , SENNETT, Richard. A corrosão do caráter. Consequências pessoais do trabalho no novo capitalismo. Rio de Janeiro: Record, Professor Responsável pela disciplina: Divino José da Silva Disciplina APROVADA no Conselho do Programa de Pós-Graduação em Educação em / /

5 CURSO DEPARTAMENTO DISCIPLINA Educação, Poder e Subjetividade: uma Leitura Filosófica EMENTA PROGRAMÁTICA Serão abordados nestas disciplina os seguintes temas: A atitude crítica enquanto diagnóstico do presente; biopolítica, neoliberalismo, teoria do capital humano e educação; biopolítica e formas de governo da vida; empreendedorismo e gestão empresarial da vida e sociedade do controle; a emergência do sujeito cerebral e biopolítica e seus efeitos de verdade na educação; autoajuda cerebral e processos de assujeitamento. REQUISITOS Disciplina para alunos regularmente matriculados no PPGE/FCT/UNESP. OBJETIVOS a) Pensar, no âmbito da Filosofia e Filosofia da Educação, a relação entre saber e poder e seus efeitos de verdade no contexto de alguns discursos e práticas educativas; b) Analisar aspectos da biopolítica contemporânea e seus vínculos com os discursos educacionais, sobretudo, aqueles que se filiam à teoria do capital humano e ao empreendedorismo empresarial; c) Compreender em que medida a emergência dos discursos sobre o funcionamento do cérebro sujeito cerebral passam a produzir novas formas de subjetivação ou de assujeitamento na educação; d) Pensar as possíveis relações existente entre a emergência do sujeito cerebral na cultura contemporânea e as novas formas de governo da vida identificadas, muitas vezes, com eficientes mecanismos de patologização da existência, com efeitos claros sobre os discursos e práticas educacionais; e) Fazer uso de algumas ferramentas foucaultianas para compreendermos emergência de singularidades no contexto das relações entre saber e poder, nas quais Foucault situa as práticas biopolíticas contemporâneas. f) Pensar quais são os efeitos de verdade que os discursos sobre o funcionamento cerebral podem exercer sobre as práticas educacionais. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BÁSICAS BUENO, Sinésio Ferraz. Pedagogia sem sujeito: qualidade total e neoliberalismo em

6 educação. São Paulo: Annablume/Fapesp, CASTRO, Edgardo. Biopolítica. In:. Vocabulário de Foucault. Belo Horizonte: Autêntica, DELEUZE, Gilles. Post-scriptum sobre as sociedades de controle. In:. Conversações. Tradução de Peter Pál Pelbart. São Paulo: Editora 34, DUARTE, André. Vidas em risco. Crítica do presente em Heidegger, Arendt e Foucault. Rio de Janeiro: Forense Universitária, Foucault e as novas figuras da biopolítica: o fascismo contemporâneo. In: RAGO, Margareth; VEIGA-NETO, Alfredo. Para uma vida não-fascista. Belo Horizonte: Autêntica, 2009, p EHRENBERG, Alain. O culto da performance. Da aventura empreendedora à depressão nervosa. Tradução de Pedro F. Bendassolli. Aparecida, SP: Idéias e Letras, O sujeito cerebral. Revista de Psicologia Clínica. Vol. 21, n. 01, p Rio de Janeiro, FOUCAULT, Michel. A verdade e as formas jurídicas. Tradução de Roberto Cabral e Eduardo J. Morais. Rio de Janeiro: Nau, Nascimento da biopolítica. In:. Ditos e escritos VII. Tradução de Vera Lúcia Avellar Ribeiro. Rio de Janeiro: Forense, Nascimento da biopolítica. Tradução de Eduardo Brandão. São Paulo, Martins Fontes, Prefácio (Anti-Édipo). In:. Ditos e escritos VI. Tradução de Ana Lúcia Paranhos Pessoa. Rio de Janeiro: Forense, O que é crítica? (Crítica e Aufklärung). Cadernos da Faculdade de Filosofia e ciências UNESP de Marília, v. 09, n. 01.Marília, SP, História da sexualidade I. A vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal, Jornal O Estado de S. Paulo. Caderno Empregos Gestão de Pessoas. São Paulo, 23/03/2014. GUARIDO, Renata. A biologização da vida e algumas implicações do discurso médico sobre a educação. In: Conselho Regional de Psicologia de São Paulo; Grupo Institucional Queixa Escolar (Orgs.). Medicalização de crianças e adolescentes. Conflitos silenciados pela redução de questões sociais a doenças de indivíduos. São Paulo: Casa do Psicólogo, MELMAN, Charles. O homem sem gravidade. Gozar a todo preço. Rio de Janeiro: companhia de Freud, NOVAES, Adauto. Entre dois mundos. In:. NOVAES, Adauto (Org.). A condição humana. As aventuras do homem em tempos de mutações. Rio de Janeiro: Agir; São Paulo: Edições SESC, SP p ORTEGA, Francisco; ZORZANELLI, Rafaela. Cultura somática, neurociências e subjetividade contemporânea. Psicologia & Sociedade, 23 (n. spe.) ORTEGA, Francisco; ZORZANELLI, Rafaela. Corpo em evidência. A ciência e a redefinição do humano. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, O sujeito cerebral e o movimento da neurodiversidade. Revista MANA, 14(2). Rio de Janeiro, 2008, p ORTEGA, F.; VIDAL, Fernando. Mapeamento do sujeito cerebral na cultura contemporânea. RECIIS- Revista Eletrônica de Comunicação Informação & Inovação em Saúde. Rio de Janeiro, 2007, p

7 ORTEGA, F. O corpo transparente: visualização médica e cultura popular no século XX. História, Ciências, Saúde Manguinhos, v. 13 (Suplemento), p , outubro, PELBART, Peter Pál. Biopolítica. Revista Sala Preta, n. 7, p São Paulo, Acesso em: 22/01/2015. Disponível em: PROUST, Joëlle. Autocontrole: em direção a um novo homem? In: NOVAES, Adauto (Org.). A condição humana. As aventuras do homem em tempos de mutações. Rio de Janeiro, Agir: São Paulo, Edições SESC-SP, ROSA, Susel Oliveira da. Os investimentos em capital humano. In: RAGO, Margareth; VEIGA-NETO, Alfredo (Orgs.). Para uma vida não-fascista. Belo Horizonte: Autêntica, 2009, p ROSE, Nikolas. Inventando nossos Selfs. Psicologia, poder e subjetividade. Petrópolis: Vozes, A política da própria vida. Biomedicina, poder e subjetividade no século XXI. São Paulo: Paulus, Cérebro, self e sociedade: uma conversa com Nikolas Rose. Physis Revista de Saúde Coletiva. Rio de Janeiro, 20 [1]: , SENNETT, Richard. A corrosão do caráter. Consequências pessoais do trabalho no novo capitalismo. Rio de Janeiro: Record, PROF. RESPONSÁVEL: Divino José da Silva