MARCOS LUCIANO CORSATTO

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1 1 MARCOS LUCIANO CORSATTO Princípios pedagógicos e administrativos de La Salle no Guia das Escolas Cristãs Dissertação de Mestrado, apresentada ao Programa Interdisciplinar em Administração, Educação e Comunicação, para a obtenção do título de Mestre. SÃO PAULO 2007

2 2 Ficha catalográfica elaborada pelo Sistema de Bibliotecas da Universidade São Marcos Corsatto, Marcos Luciano C851p Princípios pedagógicos e administrativos de La Salle no Guia das Escolas Cristãs / Marcos Luciano Corsatto. São Paulo : [s.n], p. Dissertação de Mestrado - Universidade São Marcos. Área de concentração: Educação, Administração e Comunicação Orientador: Prof. Dr. Raymunda Cléa P. B. G. Vel Lejbman 1. Educação 2. Administração escolar 3. Educação Lassalista I. Título

3 3 Agradecimentos À Professora Dra. Raimunda Cléa Pitt Brandão Goldman Vel Lejbman, por sua orientação segura, amiga e sempre presente. À Professora Dra. Alzira Lobo de Arruda Campos, por ter confiado no projeto desta pesquisa e pelas valiosas indicações. Aos Professores das Disciplinas cursadas, pelo embasamento e orientação: Dra. Anna Maria de Carvalho Barros, Dra. Laima Mesgravis, Dr. Carlos Felipe Moisés e Dra. Senira Annie Fernandez. Aos Professores que analisaram o texto, emitiram seus pareceres e fizeram tão importantes sugestões: Dra. Rosemari Fagá Viegas e Dr. Lincoln Elchebéhère Junior. Aos vários Irmãos e Professores Lassalistas, que, com seu contato profissional e pessoal, forneceram o material básico desta pesquisa. Aos Professores companheiros, que deram sua valiosa contribuição para a redação do texto: Claudete Henriques Lourenço, Cristiane Bastos Martinez, Danielle de Barros Fontes, MSc. Paulo Pizzigatti Diniz de Almeida e MSc. Valdir González Paixão Júnior.

4 4 A vida não é só ontem nem fica explicada quando se reduz o hoje ao ontem. A vida também é amanhã; só compreendemos o hoje se pudermos acrescentá-lo àquilo que foi ontem e ao começo daquilo que será amanhã. Carl Gustav Jung Psicologia do Inconsciente. 12. ed. Petrópolis: Vozes, 1987, p. 38.

5 5 Resumo Este trabalho analisa a obra Guia das Escolas Cristãs, de autoria de João Batista de La Salle, manuscrito em 1706 e impresso pela primeira vez em 1720, procurando investigar quais são os princípios pedagógicos e administrativos nela constantes e em que medida e de que maneira eles podem ter vigência na atualidade. Após contextualização histórica do referido autor, da sua sociedade e do Instituto dos Irmãos das Escolas Cristãs por ele criado, são descritas e analisadas as três partes em que se divide a obra: dos exercícios que se fazem nas Escolas Cristãs e de como se devem fazer; dos meios para se estabelecer e manter a ordem nas escolas; e deveres do Inspetor das Escolas. As três partes apresentam transcrições textuais e adaptadas do original, com comentários, críticas e aproximações com a realidade educacional atual, procurando evidenciar quais de seus princípios são pertinentes aos nossos dias. Por fim, são analisadas a elaboração, a evolução e os limites da referida obra. Palavras-chave: Educação, Administração Escolar, La Salle, Educação Lassalista.

6 6 Abstract This paper analyzes the Christian Schools Guide work written by João Batista de La Salle in 1706 and printed for the first time in 1720 and aims to investigate which are the pedagogical and administrative principles and how they can be valid nowadays. After historical context of the author, of his society and The Institute of The Brothers of the Christian Schools founded by him, the three parts of this paper are described and analyzed: appliance and guidance exercises at Christian Schools; means to establish and keep the order at schools, and School Inspector duties. The three parts introduce textual transcriptions and they are adapted from the original with comments, critics and approaches to the current educational reality, trying to evidence which of his principles are pertinent to our days. Finally, the elaboration, the evolution and the referred work limits are analyzed. Key words: Education, School Administration, La Salle, Lasallian Education.

7 7 Lista de ilustrações Figura 1 João Batista de La Salle Figura 2 Encontro de La Salle com Adrian Nyel Figura 3 Página de rosto da primeira edição impressa do Guia das Escolas

8 8 Lista de quadros e tabelas Quadro 1 Sociedade Francesa na época de La Salle Quadro 2 Países que possuíam Escolas Lassalistas em Tabela 1 Resumo estatístico das Escolas Lassalistas em Quadros 3 a 5 Partes, capítulos e páginas do Guia das Escolas Cristãs de Quadro 6 Horário semanal das Escolas Cristãs de La Salle Quadro 7 Níveis e ordens das lições nas Escolas Cristãs de La Salle Quadros 8 a 10 Cartazes do alfabeto e das sílabas Quadro 11 Alguns códigos e sinais utilizados nas Escolas Cristãs de La Salle Quadro 12 Modelo do registro de visitadores de ausentes Quadros 12 a 15 Partes, capítulos e páginas do Guia das Escolas Cristãs de

9 9 Sumário Introdução Capítulo I La Salle e seu contexto 1. A realidade social vivida por La Salle A realidade pessoal de La Salle A realidade institucional de La Salle hoje. 36 Capítulo II A primeira parte do Guia das Escolas 1. Situando o Guia das Escolas Do horário semanal de atividades Da entrada na escola e do começo da aula Das lições de leitura Das lições de escrita Da aritmética, ortografia, religião e saída da escola Capítulo III A segunda parte do Guia das Escolas 1. Da vigilância, ordem, silêncio e registros dos alunos Dos prêmios, correções e castigos Da freqüência e da ausência às aulas Das funções exercidas pelos alunos Da estrutura e móveis das escolas Das virtudes do bom professor Capítulo IV A terceira parte do Guia das Escolas 1. Do Inspetor e da distribuição dos alunos Da formação dos novos professores Das casas mantidas pela Sociedade Capítulo V O Guia das Escolas Cristãs 1. De sua elaboração De sua evolução De seus limites e aproximações Conclusão Fontes Bibliografia Anexo 1 Proposta Educativa Lassalista da Província de Porto Alegre Anexo 2 Proposta Educativa Lassalista da Província de São Paulo

10 10 Introdução Qualquer estudo sobre a Educação deve levar em conta que, ao longo do tempo e da História da Humanidade, muitos já propuseram caminhos, sistemas, metodologias e tantas outras possibilidades, todas elas com a intenção de contribuir para esta área do conhecimento humano. Nenhuma delas, entretanto, pode ser tomada como definitiva e abrangente, de tal modo que não deixe espaço para que, com a evolução da ciência, se possa acrescentar, transformar ou até mesmo negar e reformular pressupostos tidos como definitivos. O mundo, em constante mudança, ainda mais de forma acelerada como em nosso século, proporciona uma vasta possibilidade de enfoques para a Educação e toda a temática dela decorrente. Ciente destes pressupostos, mas também consciente de que há muito por se descobrir, ou ainda, por se recuperar, dos grandes pensadores do passado, é que resolvi desenvolver a pesquisa, cujo resultado ora apresento. Trata-se de, ao olhar para a História, resgatar a intenção e o conteúdo de uma obra pedagógica dos séculos XVII-XVIII na França que, se há muito deixou de poder ser aplicada sistematicamente à Educação, também ainda parece apresentar e apontar sugestões oportunas e importantes. Com este trabalho, portanto, pretendo investigar a obra Guia das Escolas Cristãs, de autoria do sacerdote francês João Batista de La Salle. Tal obra foi redigida por ele, em 1706, trabalhada coletivamente por um grupo de professores, para depois ser publicada em O objetivo desta pesquisa é, pois, procurar responder à seguinte questão: qual é o conteúdo desta obra e, em que medida e de que maneira, ele pode ter vigência na atualidade e contribuir para a Educação e a Administração de unidades escolares. Parto, em princípio, da hipótese de que seu conteúdo, com suas orientações e indicações, não pode ser transposto tal qual é apresentado no texto original, por uma questão óbvia, referente à distância que nos separa, seja nos aspectos histórico, cultural, social e científico. A humanidade, nestes séculos, caminhou e avançou muito no que diz respeito aos conhecimentos pertinentes à Educação. Por outro lado, também considero, e pretendo verificar, que certos princípios propostos no texto do Guia das Escolas Cristãs ainda permanecem como indicativos essenciais para que uma escola brasileira, de nossa época, pública, privada ou comunitária, leiga ou confessional, possa cumprir seu papel educacional de forma adequada. Para situar a temática desta pesquisa, considero importante esclarecer que La Salle nasceu na cidade francesa de Reims, a 30 de abril de 1651, e faleceu no dia 7 de abril de 1719,

11 11 em Saint Yon. Ordenado sacerdote, pela Igreja Católica, licenciou-se e doutorou-se em Teologia, vindo a exercer as funções de cônego na famosa Catedral de Reims. A partir de uma série de acontecimentos, envolvendo questões de educação, passa a dedicar-se à organização de um grupo que viria a tornar-se a Sociedade dos Irmãos das Escolas Cristãs (hoje, institucional e internacionalmente, reconhecida como Instituto dos Irmãos das Escolas Cristãs). Tais acontecimentos serão especificados no decorrer da elaboração desta dissertação, evidenciando como surgiram as suas escolas. No decorrer deste seu trabalho, inicialmente nas paróquias, com este grupo de professores pioneiros, La Salle percebeu a necessidade de se estruturar e organizar melhor as suas escolas, tendo em vista a realidade das outras escolas com as quais teve contato. Por isso, dedicou-se inteiramente a organizar e a acompanhar os professores e as obras educacionais, visitando-as constantemente, procurando corrigir as posturas inadequadas, tentando suprir as deficiências, escrevendo para os educadores das escolas mais distantes, elaborando obras bibliográficas de referência. Ainda que se leve em conta esta realidade, marcadamente religiosa, o enfoque deste trabalho será exclusivamente nos aspectos educacionais, administrativos e comunicativos, de caráter teórico e prático, presentes em sua obra escrita, especificada anteriormente. A partir dela, observaremos e estudaremos as posturas assumidas por La Salle e seus primeiros professores, os procedimentos práticos adotados no cotidiano de suas escolas, a maneira de administrar e conduzir toda a realidade escolar de sua época e de seu contexto específico, e as práticas definidas no Guia, que sinalizam um interessante sistema de comunicação no interior da escola. Conforme afirmado anteriormente, o livro Guia das Escolas Cristãs (ou somente Guia das Escolas) foi impresso pela primeira vez em 1720, um ano após o falecimento de seu autor. Entretanto, trata-se de um dos mais importantes textos orientativos de como deve ser o dia-adia das escolas de La Salle. Esta obra, dividida em três partes, está voltada especificamente para a organização e o funcionamento das escolas, apresentando, detalhadamente, todos os procedimentos dos educadores e dos alunos. Não se trata, portanto, simplesmente de um livro com orientações pedagógicas; sua abrangência é maior. É importante esclarecer que, especificada e delimitada a pesquisa neste enfoque, salientamos que não abordaremos outros aspectos de sua obra, que também estiveram fortemente presentes em sua realidade, sobretudo pela sua condição de sacerdote católico num período histórico, incisivamente marcado pela atuação política da Igreja Católica.

12 12 Neste trabalho, portanto ainda que traga informações básicas, para que La Salle possa ser situado historicamente não abordarei em profundidade os aspectos biográficos, psicológicos, sociológicos, religiosos ou políticos a respeito. Trata-se, especificamente, de um estudo focado na análise textual, com vistas a compreender o pensamento e a prática de La Salle e a analisar a possível atualidade de algumas de suas posturas. Cabe aqui, também, ressaltar que o objeto de estudo desta pesquisa está limitado a uma realidade religiosa católica da França no final do século XVII; sendo assim, toda a terminologia empregada nos escritos de La Salle remetem a esta realidade histórica. Para manter a fidelidade ao texto de La Salle, esta terminologia será mantida ao longo do trabalho, ainda que não seja estudada especificamente. Considero que a escolha deste tema é relevante, primeiramente por trazer ao mundo acadêmico brasileiro as principais contribuições de La Salle para a Educação e a Administração Escolar. O que se observa é que este educador é poucas vezes estudado neste ambiente, conforme constatei ao analisar as obras de referência e as produções científicas a respeito. Trata-se, portanto, de uma oportunidade de se trazer à discussão suas idéias, para que elas possam ser conhecidas, questionadas, adaptadas e, ressalvados os seus limites, contribuir com esta área do conhecimento. Além disso, elas podem somar-se à vasta teoria e prática existentes, ajudando os educadores no aperfeiçoamento de seu trabalho. Esta pesquisa também pode contribuir para a reflexão que hoje se faz sobre a questão do afeto na escola, amplamente explorada pela bibliografia corrente. Sob a denominação de pedagogia do amor ou outras expressões e termos afins, os profissionais da Educação têm discutido esta postura, como podemos observar em diversas obras publicadas recentemente. Parece ser lógico e evidente que este é um aspecto essencial de quem exerce o papel de educador. Por outro lado, a Educação fundamentada no afeto não pode abdicar de outras questões essenciais e inerentes ao processo educativo, tais como: a aprendizagem propriamente dita, envolvendo a aquisição e a produção dos conteúdos mínimos do conhecimento humano; as possibilidades e os limites da convivência comunitária escolar; a disciplina e o mínimo de ordem e organização da classe e da escola, necessários à sistematização da aprendizagem; entre outros. A pedagogia do amor ou do afeto, sozinha, não resolve toda a problemática educacional e não pode ser considerada panacéia indispensável. Neste sentido, uma das grandes contribuições de La Salle, conforme trataremos no decorrer do trabalho, foi exatamente a de exigir ao lado do afeto uma escola extremamente organizada para a convivência respeitosa e para o aprendizado, propondo o equilíbrio entre

13 13 duas tendências, que ele, convergentemente denominou de firmeza e ternura. É relevante, portanto, que esta obra seja melhor estudada e criticamente analisada. Há ainda que se ressaltar a característica de interdisciplinaridade desta pesquisa, que, embora parta de uma realidade educacional, também enfocará, pela natureza do objeto de estudo, a área da Administração Escolar e a da Comunicação. De maneira concisa, poderíamos dizer que La Salle criou um tipo de escola voltada, sobretudo, para os meninos pobres de sua época. O seu objetivo inicial, portanto, foi o de trabalhar com a Educação de crianças. Para isso, teve que reunir um grupo de pessoas que quisessem trabalhar com ele neste mesmo projeto. Este grupo, originalmente sem preparo para a tarefa da Educação, teve uma série de atividades de orientação para começar a atuar. Concomitantemente, La Salle foi abrindo as escolas e formando os seus professores. Sua orientação para o funcionamento das escolas e sua organização foi sendo construída pela prática, como podemos constatar pelo conjunto de sua obra. Para garantir a formação de todos os professores para suas escolas, La Salle foi registrando, a partir dessa realidade e dessa experiência, o que veio a se tornar uma de suas grandes obras escritas sobre Educação: o objeto de estudo desta pesquisa. A leitura desta obra, em particular, revela profunda interdisciplinaridade: além de especificar conteúdos e procedimentos dos professores, aborda questões de currículo, de organização e de administração da escola, com uma riqueza de detalhes, previsão e precisão, marcadamente com influência cartesiana. Além das obras escritas, o acompanhamento dos seus professores era feito através de contatos pessoais, reuniões e encontros coletivos, visitas freqüentes às suas escolas e também através de inúmeras cartas, enviadas com orientações bem precisas e objetivas sobre a condução das escolas. Além disso, o Guia vai apresentar uma série de procedimentos práticos de uso de uma linguagem simbólica, por códigos, por cartazes, por gestos, por livros e outros recursos que sugerem um grande esquema organizacional de caráter semiótico. Neste sentido, a opção de abrir escolas, organizá-las e administrá-las, acompanhando os professores, orientando diversos procedimentos, contemplam, objetiva e interdisciplinarmente, as três grandes áreas citadas acima. As entidades que nasceram com a obra de La Salle têm, como data oficial de seu surgimento, o ano de 1680, na França. Posteriormente, essa sociedade foi formalmente incorporada à estrutura da Igreja Católica, como congregação religiosa, composta exclusivamente por Irmãos Religiosos, não por Sacerdotes ordenados. A partir desta oficialização, esses professores passaram a chamar-se de Irmãos e, ao longo de sua história, de Irmãos Lassalistas, por referência ao seu primeiro líder. Tais Irmãos chegaram ao Brasil

14 14 em 1907, na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, e constituíram uma rede de escolas de diversos níveis, que hoje se encontram espalhadas por diversos estados do país e contam com a atuação de maioria leiga. Ao longo dessa história, vários educadores lassalistas já estudaram, analisaram escreveram e registraram diversos aspectos da obra lassalista como um todo. Também sustentam esta investigação, embora não formalmente, as informações colhidas de contato direto com diversos educadores lassalistas Irmãos e leigos de diversas cidades do Brasil, que exercem a função de diretores, coordenadores e professores nas escolas desta rede privada de escolas confessionais. Na estrutura acadêmica brasileira, ainda são poucos os pesquisadores que se debruçaram sobre La Salle, seja sobre sua biografia ou sobre sua obra educativa. Em nossa pesquisa, encontramos alguns poucos, mas significativos trabalhos específicos sobre o criador das Escolas Cristãs. O primeiro destes trabalhos é de autoria de Henrique Justo, Doutor em Pedagogia e Livre-docente em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), de Porto Alegre. Em sua tese de Doutorado, denominada La Salle, Patrono do Magistério, o autor nos apresenta um estudo detalhado sobre La Salle, enfocando, em quatro partes, a biografia, a bibliografia, as idéias educacionais e o crescimento da obra de La Salle no mundo. Pela relevância de sua pesquisa, o trabalho foi convertido em livro homônimo e, em 2003, atingia sua quinta edição. Também merece ser citada a significativa pesquisa de Edgard Hengemülle, La Salle: uma leitura de leituras, como dissertação de Mestrado, defendida na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), em São Leopoldo, Rio Grande do Sul. Tal pesquisa apresenta uma leitura feita por seu autor das leituras que autores ligados à História da Educação e da Pedagogia fazem do educador e pedagogo João Batista de La Salle. Também publicada em livro, esta pesquisa apresenta uma detalhada e riquíssima síntese do que os autores falam, em seus textos, sobre La Salle, do lugar onde o situam no tempo histórico e na História da Educação e da Pedagogia. Em seguida, o autor confronta essa fala com os escritos autobiográficos de La Salle e textos de seus primeiros biógrafos. Trata-se, conforme pudemos constatar, de um aprofundado e rico estudo sobre o que se diz de La Salle, nas obras que tratam de História da Educação ou da Pedagogia. O estudo conclui recolhendo os avanços na compreensão do personagem provenientes da pesquisa, e propondo pistas sugeridas por ela para futuros autores sobre La Salle e para

15 15 quem se interessa em promover o estudo e a continuidade da obra desse educador e pedagogo. Uma das sugestões proposta é exatamente a de estudo e análise do Guia das Escolas. Já Léo Inácio Knapp enfoca O aluno nos escritos de João Batista de La Salle, em sua pesquisa de Mestrado, também realizada na UNISINOS. Tal trabalho pesquisa a temática do aluno a partir de escritos de João Batista de La Salle, realizados em conjunto com os primeiros Irmãos das Escolas Cristãs, procurando resgatar elementos importantes da pedagogia lassaliana, relacionados a este tema. O texto apresenta a realidade histórica e cultural, buscando compreender o período dos séculos XVII e XVIII, fazendo uma leitura deste momento e sua configuração política, social, econômica, religiosa, e as influências destes sobre o novo imaginário educativo que vai surgindo, e qual foi a contribuição de La Salle para este momento importante e significativo da história da Educação. O autor defende que, neste momento histórico, surge uma valorização maior da infância e da criança e, atento a esta realidade, La Salle efetivamente dá sua contribuição, através da fundação de Escolas Cristãs, inserindo-se no movimento de renovação da escola, na qual o aluno ocupa sempre mais a centralidade do processo pedagógico-educacional. Um outro enfoque é dado por Davi Denis Dalla Vecchia, em sua dissertação de Mestrado, realizada na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP), na área de Teologia, com o título de Educar para bem viver em São João Batista de La Salle. Esta procura apresentar como a proposta educativa de La Salle supera a dicotomia clero versus leigos existente na Igreja da época, ao considerar o Ministério Educativo Laical com a mesma dignidade e importância do Ministério Eucarístico, no processo de salvação. O autor defende que, para La Salle, os mestres são Ministros e Embaixadores de Jesus Cristo e a tarefa educativa deveria ser considerada uma das vocações mais importantes da Igreja: educar para bem viver. Por isso, segundo Davi, La Salle instituiu o Amor como fundamento da sua Pedagogia, centro de todo o verdadeiro processo educativo. Por este princípio, acreditava ser possível chegar a uma consciência madura, com uma mensagem redentora para qualquer área da experiência humana. Aliado ao princípio do amor pedagógico, La Salle propôs o conhecimento individual profundo do aluno, o respeito ao ritmo de maturidade e a progressão da aprendizagem. A escola é o meio mais adequado encontrado por La Salle para possibilitar a compreensão da Revelação de Deus, que é processo de crescimento em humanidade. Deve supor a Educação dos desejos e o sonho da humanidade que quer se humanizar, que reconhece os limites de sua condição humana e que espera superar suas dificuldades.

16 16 Ainda que este enfoque seja de caráter teológico, o trabalho apresenta elementos importantes e significativos a respeito da postura do professor frente ao aluno e seu trabalho educativo, que merecem ser considerados. Também pela UNISINOS, Marcos Antônio Corbellini pesquisou sobre A Proposta Educativa dos Irmãos Lassalistas de 1971 a O objetivo básico desta dissertação de Mestrado foi realizar um estudo crítico da Proposta Educativa Lassalista, documento que expressa o pensamento educacional e as orientações educativas das escolas pertencentes à Província Lassalista de Porto Alegre, região administrativa que agrupa certa quantidade de Escolas La Salle. Esta Proposta Educativa, segundo informações do autor, foi elaborada ao longo de vinte anos, tendo como eventos geradores os encontros anuais das Comunidades Educativas Lassalistas, realizados de 1971 a Também afirma que o estudo é de natureza histórico-filosófica e, por esta razão, se analisa o processo de elaboração da Proposta e o seu conteúdo, em referência ao contexto social e eclesial no qual ele ocorreu, tendo como pano de fundo a proposta educativa original dos lassalistas, que remonta ao seu fundador, João Batista de La Salle. O conteúdo é estudado a partir das concepções de homem, de sociedade e de Educação contidos tanto na Proposta como nos dois documentos que a precederam, isto é, as Linhas Fundamentais de Orientação das Comunidades Educativas Lassalistas (chamado muitas vezes de Filosofia Básica Lassalista) e o Marco Referencial. O autor buscou perceber a relação dialética entre o processo de elaboração e o conteúdo da Proposta, com atenção especial para os paradigmas e as referências subjacentes, registrando a pluralidade de representações presente entre os participantes do processo, chegando-se à elaboração de uma proposta clara, coerente e bem fundamentada. O surgimento das escolas lassalistas, na França, com La Salle e seus primeiros educadores, também foi objeto de estudo deste mesmo pesquisador, em sua tese de Doutorado em Educação, pela UNISINOS. Neste trabalho, denominado A Sociedade das Escolas Cristãs na França, de 1679 a 1719: contribuição para novos olhares sobre sua origem, o autor analisa a origem da Sociedade das Escolas Cristãs, no período de 1679 a 1719, na França, como obra coletiva do grupo de professores leigos e La Salle. Pretende resgatar a contribuição desses primeiros professores no processo de constituição dessa Sociedade. Essa contribuição é analisada a partir das práticas culturais características de sua época, bem como dos discursos falados ou escritos, das resistências, apropriações e reelaborações que contribuíram para a criação dessa sociedade.

17 17 Ao que tudo indica, Corbellini quis evidenciar, neste trabalho, que, apesar da indiscutível liderança de La Salle, as Escolas Cristãs e a Sociedade que as mantinha nasceu de um esforço coletivo, construído gradativamente, passo a passo, assumindo riscos e desafios. Em síntese, a tese defendida parece ser a de que La Salle, na história da Sociedade das Escolas Cristãs, não pode ser considerado isoladamente, mas como líder de um grupo que, enquanto grupo, sustentou a criação e a permanência dessa sociedade. Também merece destaque a extensa e detalhada obra de Ivo Carlos Compagnoni, em que apresenta a História dos Irmãos Lassalistas no Brasil. Embora a referida obra não tenha caráter acadêmico, deve ser mencionada por apresentar os herdeiros daquela Sociedade das Escolas Cristãs desde que chegaram ao Brasil, em 1907, até o ano de Com descrições históricas, cronologia e fotos, a obra apresenta um panorama abrangente sobre a presença da obra de La Salle em nosso país. Com a contribuição destes trabalhos, e de vários outros, apresentados posteriormente na bibliografia, para a realização desta pesquisa, busquei o texto integral do Guia das Escolas Cristãs. Ao buscar este livro, pude ter acesso à tradução oficial do Instituto dos Irmãos das Escolas Cristãs em língua espanhola, publicada em 2005, que, com a supervisão de uma especialista na área, Cristiane Bastos Martinez, transcrevi para a língua portuguesa, para as citações deste trabalho. Não pretendo, aqui, abranger toda a possibilidade de análise do Guia das Escolas; por isso, os limites desta pesquisa devem ser explicitados, uma vez que encontramos alguns significativos, que merecem esclarecimentos. A obra lassaliana estudada reflete uma realidade educacional, muito diferente da nossa, em diversos aspectos. Poderíamos concluir, em princípio, que o objetivo desta pesquisa já poderia ter nascido anacrônico: como uma obra de três séculos atrás poderia contribuir para a nossa realidade educacional, tão complexa e diferente? Realmente considero que este poderia ser um entrave à realização desta pesquisa. Entretanto, não se trata de simplesmente transplantar uma realidade para outra, mas de analisar os princípios subjacentes a um texto (nascido de reflexões teóricas e práticas), que talvez possam ser perfeitamente considerados na atualidade, desde que devidamente analisados. É o que esta pesquisa pretende. Ler um texto como este, elaborado entre 1706 e 1720, com os olhos e a bagagem que temos, no século XXI, não poderia ser adequado nem chegaríamos a conclusão nenhuma. Portanto, ao redigir o presente trabalho, o enfoque foi ressaltamos nos princípios propostos por La Salle e que, dada a nossa realidade educacional, a priori poderiam ser levados em consideração, ainda hoje.

18 18 Outra limitação que reconheço nesta pesquisa é a da língua da qual se partiu para a crítica ao texto, originalmente redigido em francês. Tal dificuldade, de caráter semântico, pode ser relativizada, quando observamos que a tradução utilizada foi resultado de um minucioso estudo de especialistas em La Salle e em Lingüística, na Espanha, conforme especificado na edição que tivemos acesso. A própria apresentação do texto em versão espanhola explicita o rigor da tradução, feita a partir do manuscrito original de La Salle de A terceira limitação desta pesquisa diz respeito ao fato de que ela não pretende, nem pode, fazer uma análise completa e definitiva deste texto, pois o enfoque dado ao trabalho de pesquisa, como o atestam diversos estudiosos contemporâneos, vem contaminado com os olhos do investigador. Saliento que meu contato com a obra de La Salle se deve ao fato de ter trabalhado, nos últimos anos, nesta rede de escolas, motivo pelo qual minha opção de enfoque foi sobre o texto original de La Salle, não sobre suas obras nem nas escolas lassalistas da atualidade. Trata-se, portanto, de uma análise textual, com perspectiva crítica e investigativa. Outra limitação que pode ser aludida é a da linguagem religiosa empregada ao longo da pesquisa. Saliento, portanto, como já o assinalei anteriormente, que esta pesquisa seria impossível sem utilizar as expressões textuais, de caráter religioso, presentes no Guia das Escolas. Há, sim, uma linguagem com termos que remetem à religiosidade católica, francesa, dos séculos XVII e XVIII. É óbvio que um trabalho de investigação científica deve ser, o quanto possível, isento de ideologias, ainda que muitos estudiosos ressaltem que esta postura seja impossível. A intenção desta pesquisa, friso novamente, está na análise de um texto, não numa intenção pessoal, de minha parte, em fazer apologia de uma dada postura religiosa. Este trabalho, portanto, feitas as considerações anteriores, está dividido em partes, conforme explicitado a seguir, de maneira a apresentar a investigação realizada a partir de revisão bibliográfica. No Capítulo I, apresentarei a pessoa de João Batista de La Salle. Primeiramente, enfocarei a realidade social em que viveu, procurando apresentar um panorama que possa situá-lo no contexto de sua época e de sua cultura. Em seguida, apresento sua realidade pessoal, com os dados biográficos mais significativos e relevantes para que se possa contextualizar esta pesquisa. Neste capítulo também estará presente a indicação histórica do surgimento da Sociedade das Escolas Cristãs e, numa visão sintética, como esta instituição está organizada nos dias de hoje, no mundo, na América Latina e no Brasil. Nos capítulos II, III e IV, apresentarei, em cada um deles, cada uma das partes em que o Guia está dividido. Em cada uma dessas partes, optei por transcrever literalmente as

19 19 passagens mais significativas, na seqüência em que se encontram no texto original; isto significa que haverá um número acentuado de citações do Guia. Além das citações literais, em algumas partes, devidamente assinaladas nas notas de rodapé, farei algumas citações indiretas, procurando resumir e/ou apresentar uma visão de conjunto do trecho estudado. Ao longo dessas citações, apresentarei uma análise crítica do exposto, fundamentado em autores que tratam de temas afins e em minhas convicções pessoais acerca da Educação. Tais comentários e observações sempre convergirão para o objetivo inicial da pesquisa: analisar o conteúdo do Guia e verificar, em que medida e de que maneira, ele pode ter vigência na atualidade. Tais autores foram escolhidos em função do caráter do tema em questão, levando-se em conta minha realidade e o contexto pessoal. Considerando que La Salle trabalhava com imagens e esquemas o que evidencia a dimensão da comunicação visual também incluirei, ao longo do texto, tabelas, quadros e imagens que julgo contribuírem para esclarecer e enriquecer alguns aspectos da pesquisa, bem como proporcionarem uma visão mais abrangente e sintética de determinadas passagens. No Capítulo V, trarei as indicações das obras escritas por La Salle. Em especial, um estudo sobre o Guia das Escolas Cristãs, o seu surgimento, a sua elaboração, as suas partes e uma visão geral de seu conteúdo e de sua parte introdutória, bem como de alguns comentários feitos por outros pesquisadores acerca do conteúdo desta obra. Neste capítulo também tecerei algumas considerações a respeito da evolução do Guia e citarei algumas de suas limitações e possibilidades de aproximação com outros textos contemporâneos. Na conclusão, procurarei apontar as considerações a que esta pesquisa me levou, e se ela atingiu os objetivos a que me propus, procurando explicitar de que maneira e com qual intensidade. Retomo, aqui, a idéia que me fez iniciar este trabalho de investigação científica; a de que a Educação não pode ter um único enfoque, a de que ela tem muito que resgatar do passado, transformar o presente e melhorar o futuro. A intenção desta pesquisa, portanto, se assenta nesta idéia-convicção, que, como pesquisador, mas, sobretudo como educador, me levou a dar esta breve contribuição, exposta no texto a seguir.

20 20 Capítulo I La Salle e seu contexto Exatamente porque nós somos mais do que conhecemos, a ciência jamais poderá abranger a totalidade do Ser. William Irwing Thompson 1 Para investigar o Guia das Escolas, obra escrita por La Salle, em suas dimensões educacionais, administrativas e comunicativas, é preciso conhecer alguns aspectos básicos e essenciais de sua biografia e o que o levaram a constituir uma das grandes organizações educacionais da atualidade. Optei por fazer uma cronologia histórica, apresentando, por datas, as principais ocorrências em sua vida, o que facilita a compreensão de seu trabalho. Antes, porém, de tratar da biografia pessoal de La Salle, é preciso apresentar a realidade história e contextual em que La Salle viveu, sabendo que, se é verdade que a reconstrução do tempo histórico se faz a partir de critérios e interesses vinculados à época e à sociedade do historiador, e que nesta reconstrução interferem as peculiaridades próprias do historiador, pode-se afirmar que não existe um conhecimento do passado inteiramente puro. Todo ele traz a marca ideológica de quem o gera 2. Ciente desta realidade, enfoco apenas alguns aspectos históricos, não todos, que podem contribuir para a compreensão de quem foi La Salle e do que fez. 1. A realidade social vivida por La Salle 3 O fim do século XVII e começo do século XVIII, na França, foi uma fase que assinalou de forma intensa a civilização ocidental, pela passagem do fim da Idade Média, e de um período de regime monárquico absolutista. A figura que comanda o panorama no país mais populoso, mais rico e mais católico da Europa é a do Rei Luís XIV. Na França, apesar de tardia, estava em total inserção a Contra-reforma Católica, começada mais de um século antes pelo Concílio de Trento. Essa reforma dava prioridade à lealdade aos dogmas católicos que deviam ser sabidos pelo povo, à constituição do clero secular, à especialidade do clero regular, à atuação nos ritos sacramentais, à subordinação à autoridade como representante de Deus. Houve os enfrentamentos com a Reforma Protestante 1 William Irwing Thompson. Prefácio. In: Gaia: uma teoria do conhecimento. 3. ed. Trad. bras. São Paulo: Gaia, 2001, p Edgard Hengemülle. La Salle: uma leitura de leituras. Canoas: Editora La Salle, 2000, p Cf. Proposta Educativa da Província Lassalista de Porto Alegre, Anexo 1.

21 21 e Calvinista, e que o rei buscou solucionar pela anulação do Edito de Nantes (publicado em 13 de abril de 1598 e revogado em 1685) e pela força. Poder civil e religioso agiam com um intuito comum de cristianização do povo, ainda com pertinências e encargos diferentes em certos campos, como o assistencial. Estava em efetivação um projeto de aculturação do povo pela elite, cujo fim acontecerá na Revolução Francesa e cujo êxito é pelo menos questionável. Projeto que usava todas as formas institucionais que existem, entre os quais as escolas, que cada paróquia devia ter e conservar. A vida de João Batista de La Salle ( ) acontece, na sua maioria, durante o reinado de Luís XIV. La Salle tem apenas três anos, quando, em sua cidade natal, na famosa Catedral de Reims, o Rei Sol foi coroado. A partir desta data, a alta sociedade francesa viverá sob a influência deste monarca, que se tornou um dos focos de maior influência política da Europa. O campo da educação, em toda a Europa, principalmente na França, deixava bastante a desejar, tanto em quantidade como em qualidade. Não havia atendimento aberto e organizado por parte do governo à educação, muito menos o preparo adequado de professores para esta tarefa. A educação da época era acessível somente aos que possuíam condições econômicas e sociais. Este período histórico vivido por La Salle foi convulsivo em toda a Europa: guerras, fome e epidemias, conflitos religiosos, alianças políticas, religiosas e militares. Também foi um momento de explosão científica e cultural. A mobilidade social se dava em direção horizontal, dentro de um mesmo nível. A mobilidade vertical era muito pouco freqüente, pois as camadas sociais eram quase que impenetráveis. O quadro a seguir ilustra a realidade social francesa dessa época: NÍVEL PRIMEIRO ESTADO SEGUNDO ESTADO TERCEIRO ESTADO Primeiro Alto Clero dos grandes monastérios Nobres da Corte, de Espada e de Herança Nobres de toga, alta burguesia, magistrados e parlamentares Segundo Bispos de monastérios menores e paróquias das cidades Nobres rurais Média burguesia e negociantes Terceiro Baixo Clero Nobres que trabalhavam Artesãos, comerciantes, campesinos, pobres, miseráveis e indigentes Quadro 1 Sociedade francesa na época de La Salle 4 4 Adaptado de Alfredo Morales. Espíritu y vida: el ministerio educativo lasallista. Tomo I. Trad. Esp. Bogota: Monserrate, 1990, p. 25.

22 22 A família La Salle situava-se no primeiro nível do segundo estado, ou seja, gozava dos privilégios de ser da nobreza da corte (por parte de pai) e de herança (por parte de mãe). Mas a realidade da maioria da população era diferente. Sobre esta realidade, apresentaremos, a seguir, uma descrição a partir de dados de um estudo de Alfredo Morales, que aponta as principais características da sociedade francesa da época, sobretudo em relação à realidade que seria atendida pelas escolas de La Salle. 5 No século XVII, estima-se que a população francesa fosse de vinte milhões de pessoas, sendo que a maioria, por volta de 80%, vivia no campo. A expectativa de vida era muito baixa: de cada 100 crianças, 25 morriam antes de completar um ano de idade; 36 morriam antes dos seis anos; 25 morriam antes dos 19 anos; e somente 50 passavam dos 20 anos. Por volta de 45 anos de idade, tanto os homens como as mulheres, eram considerados velhos. As crianças são percebidas como uma força de trabalho desde os sete anos de idade, e encaradas como se fossem adultos em miniatura. Somente em 1698, o Rei Sol promulga um Edito, proibindo o trabalho a menores de 14 anos, para que possam freqüentar as escolas. Mas, em sua maioria, não irão, pois os pais necessitam dos filhos para trabalharem com eles em suas ocupações, tanto na zona rural como na urbana. La Salle vai trabalhar insistentemente, sobretudo junto aos pais, para que as crianças de suas escolas as freqüentem regularmente, sem ausências ou abandono dos estudos. No documento que analisaremos, La Salle dedica uma boa parte para tratar dos motivos e das possíveis soluções para se evitar a ausência dos alunos nas suas escolas. As cidades principais, em geral, possuíam um hospital ou um orfanato. Nestas entidades, havia um espaço, denominado Casa de Caridade, que abrigava meninas e meninos abandonados, e lhes dava alguma instrução escolar, em geral voltada exclusivamente para o aspecto religioso. Em cada paróquia havia um espaço para os pobres, que só poderiam receber auxílio e esmolas se tivessem um registro especial, em alguma corporação atestada pelo governo, para poderem fazer jus à ajuda. Mais adiante veremos que este registro, que, em última análise, atestava a pobreza de uma criança, era exigido para que pudesse receber certas gratuidades; nas escolas que La Salle iria criar, ele dispensou a necessidade da apresentação desse documento, o que lhe causou a perseguição dessas corporações. 5 Alfredo Morales. Espíritu y vida: el ministerio educativo lasallista. Tomo I. Trad. Esp. Bogota: Monserrate, 1990, p

23 23 Para La Salle, a escola deveria ser custeada por uma organização (ele optou pelas doações particulares e pela Igreja), mas totalmente gratuita a todas as crianças, sem distinção de classe social. Na estruturação posterior de suas escolas, que deu origem a um instituto educacional, está a fundamentação e o objetivo dessa entidade, que hoje com a linguagem religiosa que lhe é característica assim se define: São João Batista de La Salle, atento (...) ao desamparo humano e espiritual dos filhos dos artesãos e dos pobres, se consagrou à formação de professores de escola, inteiramente dedicados à instrução e educação cristã. Reuniu estes professores em comunidade e fundou com eles o Instituto dos Irmãos das Escolas Cristãs. (...) O fim deste Instituto é procurar educação humana e cristã aos jovens, especialmente aos pobres. 6 Com relação à realidade educacional, propriamente dita, o Rei Luís XIV tinha um interesse especial na educação cristã das crianças francesas, sobretudo como forma de refazer a unidade nacional, arranhada pelas guerras anteriores. Por isso, a partir do Edito Real de 1665, o estado francês passou, formalmente, a incentivar a abertura de escolas populares, custeadas pelos impostos pagos pelos habitantes das cidades. La Salle não aderiu a esta estrutura e preferiu abrir suas escolas, sobretudo com o custeio das paróquias; somente abria sua escola, quando uma paróquia assumia seus gastos. Ressalte-se que Luís XIV teve uma atuação favorável em relação às escolas de La Salle, solicitando explicitamente os seus serviços educacionais em pelo menos duas ocasiões: uma escola para marinheiros do Porto de Calais e um Internato para cinqüenta jovens irlandeses, acolhidos pela França. Além disso, quando a Rainha Maria Teresa faleceu, em 1683, no mesmo ano, o Rei se casa com Madame de Maintenon, que ajudará La Salle e os primeiros Irmãos a partir de 1697, sobretudo no período em que estes sofrerão intensa perseguição dos demais professores de escolas privadas da época, reunidos numa poderosa entidade denominada Corporação dos Mestres Calígrafos. Convém ressaltar que o nível universitário, nesta época, estava bem estruturado, sendo que as universidades tinham sua origem na forte estruturação eclesiástica, ligada ao alto clero. Nessas universidades se ensinavam as clássicas Artes Liberais, Teologia, Direito e Medicina, agrupados sob a comum expressão de Faculdade de Teologia. La Salle fez seus estudos na Universidade de Reims (1670) e na Universidade de Sorbonne, em Paris ( ). 6 Instituto de los Hermanos de las Escuelas Cristianas. Regla de los Hermanos de las Escuelas Cristianas. Roma: Hermanos de las Escuelas Cristianas, 2005, p. 23.

24 24 Os colégios secundários surgiram a partir dessas universidades e foram sendo mantidos e custeados pelos bispos e ricos senhores da nobreza da época. Várias congregações religiosas também assumiram este tipo de escola, sobretudo os jesuítas. Entre 1548 e 1763, data de sua expulsão da França, os padres jesuítas chegaram a ter dois terços de todos os colégios secundários do país. Já a educação fundamental, para as crianças, não tinha essa organização e estrutura. Nesse período, a imensa maioria das crianças está fora de todo o sistema escolar. Segundo Henrique Justo, havia, nessa época, na França dois tipos de escolas populares: as de caridade e as pequenas escolas. As primeiras somente existiam nas vilas maiores e nas cidades. Seu funcionamento oscilava de acordo com o termômetro das possibilidades financeiras da paróquia, da entidade ou do benfeitor que as mantivesse. As pequenas escolas aceitavam alunos dos seis aos nove anos. O ensino era pago. Toda escola tinha obrigação de receber certo número restrito de alunos gratuitos. Estes deveriam apresentar humilhante certificado de indigência, requisito que afastava não poucos deste tipo de escolas, preferindo as de caridade ou optando por ficar na ignorância. Para as classes mais bem situadas economicamente, havia as escolas de gramática. Preparavam ao ingresso nos colégios e na universidade. 7 Morales também apresenta algumas das características dessas escolas de educação fundamental, que funcionavam desta forma: a) Um professor, autorizado pelo poder eclesiástico, habilitava um quarto ou sala em sua casa, ou alugava um local; em geral, sem as condições mínimas de higiene, ventilação e iluminação. b) Considerando esta realidade física, não havia pátios ou outros espaços de convivência dos alunos, pois os locais geralmente eram muito pequenos; além disso, esta não era uma preocupação do professor, porque não havia horário para descanso ou recreio. c) Todos os alunos ficavam juntos, reunidos neste mesmo quarto ou sala, independentemente da idade ou do nível de conhecimento que possuíam. d) Este quarto ou sala, em geral, não tinha mobiliário específico ou adequado à sua função escolar ou de ensino. e) O ensino era individual, ou seja, o professor atendia um aluno por vez, enquanto os demais aguardavam o seu momento de serem atendidos. 7 Henrique Justo. La Salle, Patrono do Magistério. 5. ed. Porto Alegre: Salles Editora, 2003, p.211.

25 25 A esta realidade, inadequada para um ambiente escolar, La Salle vai responder, conforme poderemos constatar no texto do Guia das Escolas, com: um espaço adequado, com salas adaptadas, limpas, ventiladas, iluminadas e mobiliadas para tal; um horário para todas as atividades, inclusive convivência, recreio e merenda; um sistema de agrupamento dos alunos por idade e habilidade; um procedimento educativo simultâneo, em que um professor atendia, coletivamente, o seu grupo de alunos, ou seja, a sua classe. Ainda sobre as escolas fundamentais, é importante salientar que as instituições eclesiais começaram a se preocupar com esta realidade. Entretanto essa preocupação deu lugar à abertura de escolas para as meninas, mantidas por congregações de Irmãs Religiosas. Embora houvesse algumas escolas para meninos, estas não eram bem organizadas e se incumbiam, sobretudo, de instrução estritamente com finalidade religiosa, e eram mantidas por sacerdotes. Além disso, os programas se improvisavam; ao menos até 1654, ano em que Jacques Bathencourt reuniu sua experiência de dezoito anos numa obra denominada A Escola Paroquial. Entretanto, foram as Escolas Cristãs de La Salle as primeiras que desclericalizaram esta realidade, pois foram estabelecidas a partir de uma sociedade de homens leigos, não pertencentes ao clero. Além disso, com o Guia das Escolas, que sofreu influência de Bathencourt, La Salle sistematizou definitivamente o cotidiano escolar das crianças. Neste aspecto, Moacir Gadotti assinala o surgimento das escolas de La Salle e de outras, ressaltando a sua diferença fundamental entre as que eram mantidas pelos jesuítas e que, portanto, atingiam as classes mais altas: Ao contrário da ordem dos jesuítas, surgiram várias ordens religiosas católicas que se dedicavam à educação popular: a congregação dos oratorianos fundada por Filipe Néri ( ), a Sociedade dos Irmãos das Escolas Cristãs, fundada por Jean Baptiste de La Salle ( ), etc. Muitas dessas escolas ofereciam ensino inteiramente gratuito e na forma de internato. Tratava-se, contudo, de uma educação puramente filantrópica e assistencialista. 8 A afirmação de que essas escolas eram de caráter filantrópico e assistencialista faz sentido, pois tinham a nítida intenção de ajudar os pobres nessas circunstâncias, não necessariamente, de fazê-los transformar a situação em que se encontravam. De qualquer modo, é preciso salientar que as Escolas Cristãs, de alguma forma e por algum motivo, 8 Moacir Gadotti. História das idéias pedagógicas. 8. ed. São Paulo: Ática, 2002, p. 80.

26 26 provocaram a ira de alguns setores da sociedade francesa da época, sobretudo dos Mestres Calígrafos; sendo assim, se o seu caráter fosse exclusivamente filantrópico e assistencialista, tal embate não teria acontecido. Maria Lúcia de Arruda Aranha, em sua História da Educação, afirma que, neste período, uma tentativa importante de instrução elementar gratuita para os pobres é levada a efeito por São João Batista de La Salle, que em 1684 funda o Instituto dos Irmãos das Escolas Cristãs. Sua obra espalha-se nos séculos seguintes pelo mundo, ampliando a área de ação pedagógica para o ensino secundário e superior e também para a formação dos professores. 9 Esta importante tentativa também ressalta a contribuição dada por La Salle no sentido de educar os mais pobres de sua sociedade, que, em princípio, não eram merecedores da ação educativa. Quem o afirma é Rousseau: O pobre não precisa de educação; a de sua condição é obrigatória, não poderia ter outra. Pelo contrário, a educação que o rico recebe por sua condição é a que menos lhe convém, tanto para ele mesmo quanto para a sociedade. De resto, a educação natural deve tornar um homem próprio para todas as condições humanas; ora, é menos razoável educar um pobre para ser rico do que um rico para ser pobre, pois, proporcionalmente ao número de pessoas nas duas condições, há mais arruinados do que novos ricos. 10 A realidade cultural da época também está bem dividida. Havia a cultura eclesiástica, a que estavam ligados todos os pertencentes ao primeiro nível, dos três estados sociais. Tratavase de uma cultura do livro; e do livro cristão, sobretudo, pois mais de 50% das obras impressas tinham esta temática religiosa. A cultura eclesiástica se distanciava da cultura popular, que, embora tivesse influência eclesial, tinha suas próprias crenças e maneiras de ver a realidade. Além disso, era uma cultura de um grupo imenso de pessoas que não sabiam ler nem escrever, cujos pais e filhos eram analfabetos, sem nenhum espaço próprio cultural letrado. É para essas pessoas que La Salle vai direcionar os serviços de suas escolas, optando por clientela popular, criando programa popular, preparando professores para a clientela popular e contribuindo para uma cultura de tipo popular 11, que pudesse ter acesso à cultura letrada, mas mantendo sua especificidade popular. Assim, Franco Cambi, em sua História da Pedagogia, nos apresenta La Salle: No terreno da educação do povo, as iniciativas de maior relevo são as de Jean Baptiste de La 9 Maria Lúcia de Arruda Aranha. História da Educação. 2. ed. São Paulo: Moderna, 1996, p Jean-Jacques Rousseau. Emílio ou Da educação. Trad. bras. São Paulo: Martins Fontes, 1995, p Edgard Hengemülle. La Salle: uma leitura de leituras. Canoas: Editora La Salle, 2000, p. 72.

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