PROCESSAMENTO INCREMENTAL DE SENTENÇAS E PROCESSOS DE PERCEPÇÃO VISUAL: QUESTÕES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS
|
|
- Ivan Salazar Tavares
- 6 Há anos
- Visualizações:
Transcrição
1 PROCESSAMENTO INCREMENTAL DE SENTENÇAS E PROCESSOS DE PERCEPÇÃO VISUAL: QUESTÕES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS Aluna: Jessica Silva Barcellos Orientadora: Erica dos Santos Rodrigues Introdução Este relatório tem por objetivo reportar as atividades desenvolvidas nos primeiro ano do projeto de iniciação científica voltado à investigação da interação entre informação linguística e visual no processamento incremental de sentenças. A pesquisa vincula-se diretamente ao projeto de RODRIGUES [1] e é conduzido no âmbito do LAPAL (Laboratório de Psicolinguística e Aquisição da Linguagem PUC-Rio). Conforme apontam Ferreira & Tanenhaus[2], a despeito de se voltarem para problemas semelhantes e fazerem uso de vocabulário similar na investigação de vários fenômenos, pesquisas relativas a processamento linguístico e processamento visual têm sido conduzidas, em grande parte, de modo independente, especialmente quando se considera a língua falada. Do ponto de vista metodológico, observa-se uma aproximação entre as duas áreas: são considerados como variáveis dependentes em experimentos sobre percepção visual e processamento linguístico, respectivamente, respostas linguísticas a partir de estímulos visuais e o desempenho em tarefas visuais a partir de comandos linguísticos. No entanto, na condução de experimentos pelas duas áreas, pouco se considera das pesquisas desenvolvidas em separado. Em experimentos em que se busca avaliar percepção visual, por exemplo, tarefas de nomeação são empregadas, mas sem levar em consideração questões ligadas à representação e acesso lexical. Nos testes psicolinguísticos, por sua vez, não é incomum o emprego de imagens sem que se observem determinadas propriedades do estímulo visual bem como o momento de apresentação de informação linguística e visual (se concomitante ou não). Em nosso projeto, buscamos aprofundar o conhecimento acerca das propriedades dos estímulos visuais que podem ser tomados como relevantes em situações experimentais que fazem uso de imagens e também avaliar questões relativas ao curso temporal da produção de sentenças a partir de experimentos que explorem a interface linguagem/visão. Entre os objetivos da pesquisa, em seu primeiro ano, elencamos os seguintes: (i) caracterizar, com base em bibliografia na área de percepção visual, propriedades do estímulo visual consideradas relevantes para a análise de objetos e cenas; (ii) especificar os tipos de imagens empregados em experimentos psicolinguísticos de modo a identificar propriedades dos estímulos visuais que possam, potencialmente, influenciar respostas dos sujeitos; (iii) investigar a partir de experimentos com imagens questões ligadas a como se dá a passagem de um nível de conceptualização da mensagem para a formulação propriamente linguística de enunciados. Em relação especificamente ao objetivo (iii), buscou-se analisar em que medida a perspectiva a partir da qual uma cena/imagem é considerada pode afetar as escolhas linguísticas na descrição da referida cena e quão incremental seria esse processo. A ideia de incrementalidade aponta para o caráter gradual do processamento da fala, ou seja, para o fato de o planejamento da mensagem não precisar estar completamente concluído para que o falante inicie a produção. Levelt e colaboradores [3] consideram a existência de diferentes níveis/etapas no processo de produção de fala: conceptualização
2 da mensagem, codificação gramatical, codificação fonológica e articulação. A passagem do primeiro nível para o segundo é motivo de discussão e pode suscitar a seguinte questão: a representação conceptual precisa ser finalizada para que se dê início à codificação gramatical ou, tão logo a conceptualização é iniciada, informações de natureza gramatical também começam a ser processadas. Nesta pesquisa, buscamos, através de metodologia experimental, investigar se a apreensão de uma imagem e o início da produção da fala ocorrem em paralelo. Para isso, foram construídos dois experimentos de produção induzida de descrição de imagens. No primeiro deles, focalizou-se o emprego da voz verbal (estruturas ativas e passivas) e de determinados tipos de verbos que codificam perspectiva (perspectiva do agente/fonte ou do paciente/alvo exemplo: perseguir vs. fugir). Já no segundo, voltouse especificamente para o emprego da voz verbal. Neste relatório, resultados do primeiro experimento e resultados parciais do segundo são apresentados. Em termos de sua organização, o texto está dividido em três seções: resenha da literatura, metodologia e conclusões. Resenha da Literatura Previamente à montagem dos experimentos, foram realizadas leituras na área de percepção visual acerca de propriedades do estímulo visual relevantes para a análise de objetos e cenas; foram analisados tipos de imagens empregados em experimentos psicolinguísticos de modo a identificar propriedades de ordem bottom-up que possam, potencialmente, influenciar respostas dos sujeitos em testes linguísticos. Apesar de o número de pesquisas que exploram a interface linguagem/visão crescer a cada dia, muitas delas ainda são baseadas em questões que não foram muito bem definidas, como por exemplo: o que são cenas, como elas são processadas e como os movimentos oculares são direcionados em uma cena. Henderson e Ferreira [4] compilaram estudos sobre percepção de cenas naturais, concentrando-se principalmente em como cenas podem ser definidas e como elas são reconhecidas. Os estudos sobre percepção focalizam-se em cenas do mundo real ou naturais, uma vez que esses estão interessados no processamento de estímulos visuais passíveis de ocorrer no dia a dia. Entretanto, essa mesma ideia não é aplicada em testes psicolinguísticos que investigam essa questão. Nos experimentos, os estímulos costumam ser desenhos de linha, desenhos mais elaborados, fotografias, desenhos reproduzidos a partir de fotografias, um conjunto de objetos dispostos espacialmente a fim de representar uma cena real, ou seja, representações do real, mas raramente o real em si. Isso certamente influencia nos resultados, uma vez que cada estímulo possui suas propriedades específicas, como preenchimento do campo visual, intensidade e regularidades espaciais, podendo direcionar os movimentos oculares para diferentes regiões. Em experimentos psicolinguísticos que utilizaram cenas do mundo real (real world scenes) como estímulos visuais, participantes foram observados durante tarefas cotidianas, como fazer um chá, preparar um sanduíche, lavar as mãos e dirigir. Foi verificado que os movimentos oculares dos participantes diferiam dos registrados em experimentos com representações visuais (depictions). Um exemplo de parâmetro para o qual foram verificadas diferenças entre os dois tipos de estudo é a amplitude média da sacada. Enquanto em testes com representações a amplitude dos movimentos sacádicos ficou abaixo de um grau, sendo raras sacadas com dez graus, nos testes com cenas do mundo real a amplitude média aproximou-se de cinco graus e sacadas com vinte graus foram frequentes. Logo, não se podem generalizar resultados obtidos em experimentos com depictions para o que ocorre em cenas reais.
3 Os autores apontam ainda que a saliência visual da imagem está associada às fixações, de modo que áreas uniformes dos estímulos tendem a receber poucas fixações, enquanto áreas que se diferenciam das vizinhas são potencialmente informativas e são fixadas com mais frequência. Griffin e Bock [5], buscando entender melhor os mecanismos cognitivos envolvidos na produção de sentenças, formularam um experimento de produção induzida com uso de monitoramento ocular. Quatro grupos de participaram do experimento. O primeiro grupo descreveu eventos enquanto estes apareciam na tela, o segundo grupo produziu as sentenças depois que as imagens desapareciam da tela, o terceiro grupo recebeu a tarefa de observar a cena e encontrar o paciente da ação e o quarto grupo observou as imagens livremente. Os objetivos do experimento eram (i) verificar se os movimentos oculares seriam guiados por uma compreensão da cena ou pela saliência dos elementos; (ii) verificar se a apreensão da cena precederia a formulação sintática; (iii) verificar como a formulação e a execução estariam relacionadas. Os resultados revelaram que nos primeiros 1,330ms de exibição do estímulo não houve diferenças entre as fixações dos quatro grupos e os pacientes foram mais fixados que os agentes. Segundo as autoras, a similaridade dos movimentos oculares indica que as informações mais relevantes sobre a cena foram rapidamente extraídas, o que teria permitido aos indivíduos selecionarem o sujeito gramatical das sentenças com base na compreensão do evento e não na saliência da imagem. Os pontos nos quais as fixações no agente e no paciente começaram a divergir foram comparados entre os grupos 1 e 3. Os resultados indicaram que não houve diferença significativa entre as duas condições: 288ms no grupo 1 e 316ms no grupo 3. A similaridade entre os pontos evidencia que a essência da ação representada na cena (gist of the scene) foi rapidamente extraída. O monitoramento dos movimentos oculares dos participantes do grupo 1 revelou direcionamento com base em um processo de formulação linguística, o que para Griffin e Bock é uma evidência de que o processo de produção da fala é iniciado com a conceptualização da mensagem e é procedido pela formulação incremental da sentença. A medida do tempo revelou que os participantes passaram mais tempo fixando nos agentes antes de começarem a produzir o sujeito sintático da sentença do que durante a produção da frase. (646ms e 179 ms, respectivamente). No que tange às fixações no paciente, os participantes passaram mais tempo fixando esse elemento durante a produção da frase do que antes do início da produção do sujeito (812 e 244 ms). Houve uma forte ligação entre o número de fixações em uma área e o primeiro elemento mencionado, independentemente do tipo de estrutura linguística. Isso aponta para uma relação entre visão-mente-fala. Em conjunto, os resultados dos quatro grupos revelam que um processo holístico de conceptualização da cena acontece antes da formulação da fala. Gleitman e colaboradores [6] replicaram o experimento de Griffin e Bock [5] fazendo uso de monitoramento ocular e da técnica de manipulação da atenção visual. Tal técnica consistiu na exibição de um asterisco situado no centro da tela por 500ms, seguido por um segundo painel, no qual havia um pequeno quadrado posicionado na região onde, posteriormente, seria exibido um dos elementos da cena. O quadrado permanecia na tela por 60 a 75ms e só então o estímulo visual era apresentado. Dois experimentos foram realizados. No primeiro, objetivou-se induzir frases que continham verbos de perspectiva e/ou sintagmas nominais combinados na posição de sujeito. No segundo experimento, foram analisados verbos de perspectiva, predicados simétricos e estruturas ativas e passivas. Porém, não foi utilizado o recurso de captação visual nas
4 imagens que eliciariam verbos de perspectiva. Em ambas as análises, houve efeito significativo do recurso de manipulação atencional na estrutura linguística produzida, indicando uma forte ligação entre a visão e processamento linguístico. Segundo os autores, a manipulação atencional favoreceu o acesso lexical a um dos termos. Verificou-se também similaridade entre os padrões dos movimentos oculares e padrões de fala, de modo que os elementos que foram fixados primeiramente também foram mencionados primeiro. Esses resultados apontam para um caráter mais incremental do processamento da fala: a apreensão da cena e construção sintática ocorreriam paralelamente. O conceito de gist of the scene é fundamental para os trabalhos que investigam o curso incremental do processamento linguístico fazendo uso de imagens, como é o caso dos experimentos reportados. Henderson e Ferreira [4] compilaram resultados de vários estudos que tinham por objetivo explorar esse conceito. Um dos aspectos considerados é o tempo de reconhecimento do gist. Biederman e colaboradores, utilizando o paradigma de detecção de objeto (object detection paradigma), obtiveram evidências de que o gist é apreendido muito rapidamente. Na versão mais recorrente desse paradigma, o nome do objeto alvo é apresentado anteriormente à cena e posteriormente à breve apresentação da cena, um marcador de localização espacial é colocado em uma determinada localização e o participante deve identificar se o objeto estava ou não naquela localização. Os resultados de experimentos que utilizam esse paradigma apontam que as respostas dos participantes são predominantemente influenciadas pelo grau de consistência entre o objeto alvo e a cena apresentada, mesmo que o objeto nem esteja presente no estímulo observado. Para que esse tipo de relação de grau de consistência seja estabelecido é necessário que um número suficiente de informações sobre a cena tenha sido apreendido, o que corrobora a colocação de que o gist of the scene é rapidamente identificado. Outro paradigma que vem sendo utilizado nos experimentos psicolinguísticos com o objetivo de investigar o rápido processamento do gist of the scene é o Rapid serial visual presentation (RSPV). Nesse paradigma, os participantes são apresentados a uma sequência de representações de cenas, na qual cada imagem permanece na tela por apenas 113ms. Em seguida, pergunta-se aos sujeitos se uma determinada cena estava presente na sequência (mostrando a cena alvo detection condition) ou se havia na sequência uma cena com determinadas características (a cena alvo não é mostrada novamente, apenas descrita memory condition). Os resultados mais significativos provêm da primeira condição e apontam que os participantes identificaram corretamente se as cenas alvo faziam ou não parte da sequência mesmo quando observaram cada cena por um tempo mínimo. Potter (1976) ampliou esses primeiros resultados e, segundo ele, o reconhecimento foi correto tanto quando o estímulo era descrito verbalmente como quando a imagem era apresentada. Isso sugere que o reconhecimento não depende de ter propriedades específicas da imagem alvo na mente. O que é mais interessante sobre esses resultados é o fato de que as cenas podem ser facilmente reconhecidas, porém não são lembradas pelos participantes, apontando que as cenas são rapidamente identificadas, mas depois se perdem na memória. Para que haja consolidação das imagens na memória é necessário um maior tempo de exibição das cenas. Outros tipos de experimentos que evidenciam a rápida apreensão do gist apontam que, além da interpretação global da imagem, é a saliência visual de algumas regiões da cena que direciona os movimentos oculares iniciais. Estudo mais recentes revelam a rapidez de apreensão da essência da cena através de resultados direcionados para o fato de que fotografias apresentadas por 20ms podem ser corretamente categorizadas em supracategorias. Porém, mais uma vez a natureza do estímulo visual
5 pode ter afetado os resultados, uma vez que as fotografias utilizadas retratavam um único objeto e não um todo semanticamente organizado. Por essa caracterização ser comum a todos os tipos de estímulos geralmente utilizados em testes de Psicolinguística (arrays), é necessário investigar se nesses estudos a rápida apreensão do gist of the scene seria ou não possível. Várias hipóteses foram elaboradas para tentar explicar o fato de o gist ser apreendido mais rapidamente do que o tempo necessário para que os objetos de uma cena e suas relações sejam identificados. A primeira delas acredita que haja um dado objeto que é rapidamente identificado, a partir do qual a essência da cena é inferida. O ponto fraco dessa teoria está na possibilidade de o gist ser apreendido mesmo em cenas em que a imagem esteja embaçada e nas quais nenhum dos objetos possa ser diretamente identificado. A segunda hipótese sustenta a ideia de que existem alguns recursos no nível da cena (grandes formas e escalas volumétricas) que direcionam a extração do gist, sem que nenhum objeto específico precise ser identificado. Há ainda uma terceira hipótese que defende que a baixa frequência das informações espaciais presentes na periferia da cena determinaria o gist. A explicação mais recente para a rápida apreensão do gist of the scene sugere que os participantes fazem uso de representação holística da cena, denominada spatial envelope. Essa representação seria formada uma série de características da cena, tais como naturalidade, abertura, expansão, que não exigem uma análise hierárquica dos objetos. Tomadas em conjuntos, evidências de todas as hipóteses apresentadas sugerem que a categoria semântica de uma cena gist- é identificada entre os 30 e 50 primeiros milésimos de segundo a partir da apresentação do estímulo visual. Castelhano e Rayner [7] apontam que o gist of the scene é apreendido antes mesmo de os olhos começarem a se mover. Isso indica que a primeira fixação pode não ser decorrente da saliência visual e sim, de uma interpretação semântica do todo. Compreender esse conceito e seu tempo de apreensão é, portanto, essencial para investigar os estágios de produção de fala em tarefas de compreensão de cenas. A literatura que aborda questões visão e compreensão de sentenças também explora a incrementalidade. Processos antecipatórios na compreensão incremental da sentença têm sido explorados a partir do chamado paradigma do mundo visual, em que o movimento ocular dos participantes é registrado por um equipamento de rastreamento ocular enquanto estes manipulam objetos a partir de um comando linguístico ou enquanto ouvem uma descrição sobre o que pode ocorrer com esses objetos. Altmann & Kamide [9] reportam que informação sobre complementos verbais é antecipada tão logo o verbo é apresentado. Por exemplo, numa sentença como The boy will eat the cake, os participantes dirigiam seu olhar ao bolo (em um set com outras figuras) já a partir do momento de apresentação oral do verbo. Informação relativa a tempo codificada no verbo também deflagrou processo de busca visual por elemento compatível. Altmann e Kamide [10] confrontaram sentenças como The man has drunk all of the wine e The man will drink all of the beer apresentadas juntamente com figuras de dois tipos: figura contendo um copo vazio (congruente com verbo no passado) e um copo cheio (congruente com verbo no futuro). Tanto na condição de futuro quanto na de passado, os participantes tornaram-se propensos a olhar mais para os alvos congruentes no início da expressão referencial. Esses resultados apontam para o papel de processos antecipatórios e para o caráter incremental do processo de compreensão da linguagem e colocam em discussão a natureza modular do processador. Com base na literatura, é possível afirmar que há ainda muitas questões em aberto que precisam ser investigadas no que tange à interface linguagem-visão-ação. A presente pesquisa busca contribuir para os estudos nessa área.
6 Metodologia A pesquisa em desenvolvimento apresenta caráter experimental. Para realização dos experimentos foram construídas imagens que pudessem eliciar a produção das estruturas linguísticas que se desejava investigar. Apresenta-se, a seguir, separadamente o método e os resultados de cada experimento. Experimento 1 O primeiro experimento buscou verificar, a partir de um recurso de manipulação de atenção visual, se, ao se chamar a atenção para um dado elemento de uma cena, esse procedimento viria a afetar a escolha da estrutura linguística a ser empregada na descrição verbal da referida cena (por exemplo, se foco no personagem agente levaria à produção de frase na ativa). Neste estudo, foi usada a técnica de produção induzida a partir da apresentação de imagens. A variável independente foi a natureza do elemento visual focalizado: agente/fonte vs. paciente/alvo, dando origem a duas condições: (c1) foco atencional no agente e (c2) foco atencional no paciente. A variável dependente foi o tipo de frase usada pelo participante para descrever a cena. Método Participantes: Trinta alunos universitários com idade entre 18 e 27 anos participaram do experimento, cujos estímulos foram organizados em duas listas. Quinze participantes realizaram o experimento com a lista 1 de estímulos, na qual o foco atencional estava posicionado sobre o agente da ação, e quinze participantes o realizaram com a lista 2, na qual o recurso de manipulação visual situava-se no paciente da ação. Materiais: Foram utilizadas 36 imagens (4 de treino, 16 distratoras e 16 experimentais). Dos 16 estímulos experimentais, metade procurava eliciar a produção de sentenças em que fossem empregados verbos de perspectiva. Todas as imagens utilizadas no experimento passaram por uma avaliação prévia, realizada com quinze voluntários, a fim de verificar se os estímulos escolhidos elucidariam os tipos de estruturas que se objetivava testar. Aparato: Os estímulos foram dispostos sequencialmente em forma de slides, no programa PowerPoint, e exibidos aos participantes em um notebook. Utilizou-se a técnica de manipulação da atenção visual. O recurso foi similar ao utilizado nos estudos de Gleitman [4] um pequeno quadrado apresentado previamente à imagem, posicionado onde seria projetado ou o agente ou o paciente. O recurso permanecia na tela por 500ms e, em seguida, a tela era substituída por outra com a cena a ser descrita. A posição direita e esquerda do foco atencional foi controlada (metade dos estímulos com foco à direita e metade à esquerda).
7 Figura 1: Exemplos dos estímulos utilizados na lista 1, com foco atencional no agente. Figura 2: Exemplos de estímulos utilizados na lista 2, com foco atencional no paciente. Como ilustrado nas imagens acima, na lista 1, o foco atencional posicionava-se sempre sobre o agente da ação e na lista 2, sempre sobre o paciente. Em alguns estímulos o sujeito estava à esquerda do vídeo (como na cena do jogador batendo no juiz e na do rapaz entregando flores à bailarina) e em outros, à direita (como na cena do policial perseguindo o ladrão e na do menino chutando a menina). Procedimento: Os participantes foram instruídos a observar as imagens e a produzir livremente sentenças que descrevessem a ação reproduzida em cada um dos desenhos. Ao fim de cada frase, eles apertavam um botão para que a próxima tela fosse exibida. As respostas foram gravadas com o auxílio de um gravador de voz do próprio notebook no qual os estímulos foram exibidos. Resultados e discussão No experimento 1, verificou-se que, independentemente da condição experimental, os participantes privilegiaram estruturas ativas. Os resultados foram submetidos à analise estatística por meio do teste Mann Whitney unrelated. Numa primeira análise, estruturas ativas e de verbos de perspectiva 1 foram contrastadas nas duas condições, tendo sido verificado um valor de p significativo (p=0,0035). Numa segunda análise, estruturas passivas e de verbos de perspectiva 2 foram contrastadas nas duas condições e o resultado também mostrou-se significativo (p=0,0174). Pode-se afirmar, portanto, que a natureza do elemento focalizado tem efeito sobre a produção de sentenças, visto que houve, na condição com foco no paciente, um menor número de estruturas ativas e um incremento na produção de passivas, em comparação à condição com foco no agente. Como ilustrado no gráfico a seguir:
8 15 Foco atencional x Estrutura linguística Foco no agente Foco no paciente Ativa e P1 Passiva e P2 Gráfico 1: Resultados do experimento 1 Experimento 2 O segundo experimento buscou verificar a relação entre os pontos de fixação e a trajetória do olhar durante o mapeamento da cena visual e a estrutura linguística produzida. Para tanto, nesse estudo utilizou-se a técnica de rastreamento ocular (eyetracker). 1 Nesse experimento, aplicou-se a mesma tarefa do experimento anterior. Foi analisada a relação entre o tipo de frase usada pelo participante para descrever a cena e os seguintes fatores: a natureza do elemento fixado primeiro e do elemento fixado no onset da resposta verbal (agente/fonte vs. paciente/alvo), a latência da resposta verbal e a latência da primeira fixação. Método Participantes: Até o momento, sete estudantes universitários com idades entre 23 e 47 anos participaram do estudo. Materiais: Das 36 imagens utilizadas no primeiro experimento, 10 foram selecionadas para o segundo experimento (2 de treino e 8 experimentais). Não foi utilizada nenhuma das imagens em que se buscava eliciar verbos de perspectiva. Aparato: O programa utilizado para a montagem do experimento foi o Tobii Studio3. As 10 imagens foram dispostas sequencialmente, sem o recurso da manipulação visual. Um equipamento eyetracker Tobii TX300 gravou os movimentos oculares dos participantes durante o experimento. As respostas dos sujeitos foram gravadas e analisadas no programa Sound Forge 8. 1 Como um treinamento a respeito de questões de ordem metodológica relativas à utilização do equipamento, a aluna participou do workshop Rastreamento ocular na pesquisa psicolinguística, ministrado pelo professor Roberto Almeida (Universidade de Concordia, Canadá) e promovido pelo Programa de Pós-graduação Estudos da Linguagem da PUC-RIO e LAPAL/PUC-Rio, de de outubro de 2012, como parte das atividades do I Ciclo de Debates em Linguagem.
9 Figura 3: Imagens retiradas dos vídeos gerados pelo Tobii Studio como resultados do monitoramento ocular. Os círculos vermelhos representam as fixações. Nesse caso, a primeira fixação do participante foi no instrumento; essa foi seguida por fixações no agente e logo depois os olhos se moveram para o paciente. No onset da resposta verbal, o participante fixava o agente e produziu a frase Um pai dando comida para a filha. Procedimento: Os participantes foram instruídos a observar as imagens e a produzir o mais rapidamente possível sentenças que descrevessem a ação reproduzida em cada um dos desenhos. Ao fim de cada frase, eles apertavam um botão para que a próxima tela fosse exibida. Com objetivo de induzir que os participantes estivessem olhando para o centro da tela antes da exibição dos estímulos, era exibida, previamente à imagem, uma tela de transição, com três asteriscos ao centro. Resultados e discussão Resultados preliminares do experimento 2 vão de encontro aos resultados de Griffin e Bock [5], revelando preferência por estruturas ativas e pela fixação no paciente. O onset da resposta verbal ocorreu, em média, 1,7s depois da apresentação do estímulo visual, tempo bastante superior ao necessário à apreensão global da cena. Dessa forma, até agora, os resultados deste experimento parecem corroborar as conclusões de Griffin e Bock [5] de que os participantes terminariam o estágio da conceptualização da mensagem para só então dar início ao processo incremental de formulação sintática. Não foi observada relação entre o primeiro elemento fixado (agente/paciente) e a estrutura sintática selecionada (ativa/passiva). Parece haver, contudo, uma relação entre o elemento fixado no onset da resposta verbal e o tipo de frase produzida. Como ilustrado no gráfico a seguir: Elemento fixado no onset da resposta verbal X Estrutura Linguística Ativa Gráfico 2; Resultados do experimento 2 Passiva Agente Paciente
10 O número de ocorrências de estruturas passivas foi baixo, contudo, em todas as vezes em que os participantes produziram esse tipo de estrutura linguística, o elemento fixado no onset da resposta verbal era paciente. No que tange às ocorrências de estruturas ativas, também parece haver relação com a natureza do elemento fixado no onset da resposta verbal. Das 52 ocorrências de sentenças ativas, 28 ocorreram quando o elemento fixado no onset da resposta verbal era agente, 20 quando era paciente. Em 4 ocorrências, a fixação ocorreu em elementos fora das áreas de interesse. O número de participantes é, não obstante, ainda pouco expressivo; faz-se necessário ampliar a amostra para verificar se a direção dos resultados se mantém e para se poder realizar tratamento estatístico dos dados. Conclusões O levantamento teórico sobre a interface linguagem-visão revelou que os cientistas que trabalham com visão pouco consideram as conclusões dos linguistas a respeito da busca visual e os especialistas em linguagem, por sua vez, não costumam preocupar-se com as propriedades visuais dos estímulos que utilizam em seus estudos. Os resultados dos estudos experimentais desenvolvidos apontam que, no que tange à voz verbal, há forte preferência por estruturas ativas, que do ponto de vista do processamento são menos custosas. Em relação aos verbos de perspectiva, os resultados não são muito claros, sendo possível que fatores como frequência influenciem no acesso lexical a esses verbos e em seu consequente emprego na sentença. Tomados em conjunto, os resultados dos dois experimentos conduzidos até o momento sugerem que, embora não se tenha observado uma correlação entre o elemento fixado nos instantes iniciais da inspeção da cena e a estrutura produzida, parece existir uma relação entre escolha estrutural e foco atencional (1º experimento)/elemento fixado contiguamente ao onset da sentença (2º experimento). Esses resultados, juntamente com o que já se tem conhecimento acerca da rapidez com que ocorre o processo de apreensão da essência de uma cena (gist of the scene), sugerem que, ao iniciar a formulação sintática, o participante já teve possibilidade de interpretar semanticamente a cena. Ele já pôde identificar qual é o predicador e os argumentos da proposição que expressa o conteúdo da cena, bem como já realizou o mapeamento do papel temático dos participantes (no caso, argumentos do predicador). A escolha propriamente dita do tipo de estrutura a ser produzida dependeria desse mapeamento inicial e também da definição do ponto de vista a partir do qual se deseja descrever a cena. Em relação à definição do ponto de vista, esta parece ocorrer posteriormente a identificação dos papéis temáticos e pode, como visto no experimento 1, sofrer interferência de fatores associados à atenção visual. O quanto outros fatores tanto visuais quanto linguísticos podem vir a influenciar a definição do ponto de vista e, consequentemente, da estrutura sintática mais adequada à sua expressão, é tópico que precisa ser ainda explorado a partir da manipulação de fatores como saliência visual, contexto prévio (com consequente definição de um tópico da mensagem), frequência lexical de um dado verbo de perspectiva em relação a seu correlato (exemplo: fugir vs. perseguir/ bater vs. apanhar), etc. Nas próximas etapas da pesquisa, pretende-se aprofundar a investigação acerca do curso temporal na produção de sentenças iniciadas neste primeiro ano do projeto, fazendo uso, para isso, particularmente da técnica de rastreamento ocular. Questões relativas a processos antecipatórios na compreensão de sentenças por meio do paradigma do mundo visual também poderão vir a ser exploradas como contraparte aos estudos de produção.
11 Referências 1- RODRIGUES, E. dos S. Processamento linguístico e incrementalidade: o que os olhos podem informar sobre o curso temporal da produção e compreensão de sentenças. Programa Jovem Cientista do Nosso Estado (FAPERJ Nº 17/2012). 2- FERREIRA, R; TANENHAUS, M. K. Introduction to the special issue on language vision interactions. Journal of Memory and Language, 57, p , LEVELT, W. A Blueprint of the speaker. In C. Brown & P. Hagoort (Eds.). The neurocognition of language. Oxford Press, HENDERSON, J.M FERREIRA, F. Scene Perception to Psycholinguists. In J. M. Henderson & F. Ferreira (Eds.) The interface of language, vision, and action: Eye movements and the visual world. New York: Psychology Press, 2004, p GRIFFIN, Z. M.; BOCK, K. What the eyes say about speaking. Psychological Science, 11, p , GLEITMAN, L.R et al. On the give and take between event apprehension and utterance formulation. Journal of Memory and language, 57, p , CASTELHANO, M; RAYNER, K. Eye movements during reading, visual search and scene perception: an overview. In K.Rayner, D. Shem, X. Bai, & G. Yan (Eds). Cognitive and Cultural Influences on Eye Movements. Tianjin People's Press/Psychology Press, ALTMANN, G.T.M ; KAMIDE, Y. Incremental interpretation at verbs: Restricting the domain of subsequent reference. Cognition, 73, , ALTMANN, G.T.M ; KAMIDE, Y. The real-time mediation of visual attention by language and world knowledge: Linking anticipatory (and other) eye movements to linguistic processing. Journal of Memory and Language, 57, p , 2007.
PROCESSAMENTO INCREMENTAL DE SENTENÇAS E PROCESSOS DE PERCEPÇÃO VISUAL: QUESTÕES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS
PROCESSAMENTO INCREMENTAL DE SENTENÇAS E PROCESSOS DE PERCEPÇÃO VISUAL: QUESTÕES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS Alunos: Jessica Silva Barcellos/Ayrthon Moreira Breder 1 Orientadora: Erica dos Santos Rodrigues
1 Apresentação e justificativa
1 Apresentação e justificativa Esta dissertação insere-se na área de Psicolinguística e tem como foco de investigação o modo como informação linguística e visual integram-se no processo de compreensão
PROCESSAMENTO INCREMENTAL DE SENTENÇAS E PROCESSOS DE PERCEPÇÃO VISUAL: QUESTÕES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS
PROCESSAMENTO INCREMENTAL DE SENTENÇAS E PROCESSOS DE PERCEPÇÃO VISUAL: QUESTÕES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS Aluno: Ayrthon Moreira Breder Orientador: Erica dos Santos Rodrigues Introdução O presente relatório
6 Considerações finais
6 Considerações finais Esta pesquisa procurou discutir aspectos relacionados à integração entre informação linguística e visual em situações experimentais que envolvem comparação de sentenças com imagens.
PROCESSAMENTO INCREMENTAL DE SENTENÇAS E PROCESSOS DE PERCEPÇÃO VISUAL: QUESTÕES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS
PROCESSAMENTO INCREMENTAL DE SENTENÇAS E PROCESSOS DE PERCEPÇÃO VISUAL: QUESTÕES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS Aluno: Ayrthon Moreira Breder Orientador: Erica dos Santos Rodrigues Introdução O presente relatório
A interação entre informações linguística e visual na compreensão da linguagem
Vinicius Guimarães Rodrigues A interação entre informações linguística e visual na compreensão da linguagem Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do grau
PROCESSAMENTO LINGUÍSTICO E EXPRESSÃO DE PERSPECTIVA: UM ESTUDO NA INTERFACE LINGUAGEM-VISÃO
PROCESSAMENTO LINGUÍSTICO E EXPRESSÃO DE PERSPECTIVA: UM ESTUDO NA INTERFACE LINGUAGEM-VISÃO Aluno: Ayrthon Moreira Breder Orientadora: Erica dos Santos Rodrigues Introdução Este relatório apresenta resultados
EXPRESSANDO IDEIAS: INCREMENTALIDADE E TOMADA DE PERSPECTIVA NA PRODUÇÃO DA LINGUAGEM
87 EXPRESSANDO IDEIAS: INCREMENTALIDADE E TOMADA DE PERSPECTIVA NA PRODUÇÃO DA LINGUAGEM EXPRESSING IDEAS: INCREMENTALITY AND PERSPECTIVE- TAKING IN LANGUAGE PRODUCTION Aluno: Ayrthon Moreira Breder, ayrthonbreder@gmail.com
Uso de Tecnologias de Rastreio Ocular para Compreensão de Processos Cognitivos na Leitura
Uso de Tecnologias de Rastreio Ocular para Compreensão de Processos Cognitivos na Leitura VI Reunião do IBNeC Prof. Dr. Elizeu Coutinho de Macedo Universidade Presbiteriana Mackenzie Programa de Pós-Graduação
Avaliar o comportamento das crianças DEL no que concerne ao valor dado à informação de pessoa em Dmax e no afixo verbal;
164 9 Conclusão Este estudo focalizou a aquisição de pessoa como traço formal no Português Brasileiro (PB) com o objetivo de caracterizar a manifestação de pessoa no curso normal do desenvolvimento lingüístico
7 Modelo PMP modelo de produção monitorada por parser
7 Modelo PMP modelo de produção monitorada por parser Na seção anterior, foi visto que os modelos de processamento da concordância existentes não provêem uma explicação para efeitos ligados à distância
1 Introdução. (1) a. A placa dos automóveis está amassada. b. O álbum das fotos ficou rasgado.
17 1 Introdução A concordância, nas mais diversas línguas, é um fenômeno pesquisado em várias áreas, desde diferentes áreas de análise que envolvem o estudo da linguagem, tais como: morfologia, sintaxe,
RECUPERAÇÃO LEXICAL E TEMPO DE ESPERA NA INTERPRETAÇÃO SIMULTÂNEA DE PALAVRAS DO PORTUGUÊS PARA A LÍNGUA DE SINAIS BRASILEIRA
RECUPERAÇÃO LEXICAL E TEMPO DE ESPERA NA INTERPRETAÇÃO SIMULTÂNEA DE PALAVRAS DO PORTUGUÊS PARA A LÍNGUA DE SINAIS BRASILEIRA Barbosa, FV*; Freitas, FA*; Thang, T*; Navas, ALGP**; Durant, AS** *Universidade
4 Metodologia. 4.1 Metodologia naturalista: produção da fala espontânea
4 Metodologia 4.1 Metodologia naturalista: produção da fala espontânea O presente estudo fez uso de dados naturalistas ou ecológicos coletados para um estudo longitudinal (Martins, 2007). Um estudo naturalista
CTCH DEPARTAMENTO DE LETRAS
CTCH DEPARTAMENTO DE LETRAS CATEGORIAS FUNCIONAIS NO DESENVOLVIMENTO LINGUÍSTICO E NO QUADRO DE DEL (DÉFICIT ESPECIFICAMENTE LINGUÍSTICO): EXPLORANDO SEMELHANÇAS E DISTINÇÕES ENTRE DEL E DÉFICIT DE APRENDIZAGEM
6 Metodologia. 6.1 Paradigma da Escuta Preferencial
6 Metodologia Como já foi avançado na introdução, este trabalho foi conduzido por meio de metodologia experimental. Estudos experimentais, ainda que gerem contextos artificiais para o estudo da aquisição
Na condução dessa investigação, em termos de resenha da literatura, recorremos a textos que procuravam abordar a linguagem em idosos, funções
90 6. Conclusão Esta dissertação teve como objetivo estudar como se dá o processamento sintático de sentenças com ambiguidade temporária em idosos hígidos. Buscou-se ainda verificar possíveis correlações
1 Introdução. 1 Neste estudo, será utilizando tanto o termo em inglês parsing, como o termo traduzido análise
1 Introdução Este estudo enfoca o desenvolvimento da percepção de elementos de classe fechada, particularmente de afixos verbais e sua representação morfofonológica, assim como o parsing 1 (análise sintática)
sintaticamente relevante para a língua e sobre os quais o sistema computacional opera. O resultado da computação lingüística, que é interno ao
1 Introdução A presente dissertação tem como tema a aquisição do modo verbal no Português Brasileiro (PB). Tal pesquisa foi conduzida, primeiramente, por meio de um estudo dos dados da produção espontânea
(1) A análise dos resultados experimentais indicaram um efeito principal de número do núcleo interveniente no processamento da concordância.
1 Introdução A presente tese tem como tema o processamento da concordância de número entre sujeito e verbo na produção de sentenças e está vinculada ao Projeto Explorando relações de interface língua-sistemas
lingüístico-perceptual, em que a criança torna-se sensível às propriedades dos determinantes.
6. CONCLUSÃO A tese focalizou os primeiros passos do processo de aquisição da linguagem no que concerne à aquisição do gênero gramatical do português. Especificamente, esta tese procurou caracterizar como
MOVIMENTOS FACIAIS E CORPORAIS E PERCEPÇÃO DE ÊNFASE E ATENUAÇÃO 1
MOVIMENTOS FACIAIS E CORPORAIS E PERCEPÇÃO DE ÊNFASE E ATENUAÇÃO 1 Vera PACHECO (Laboratório de Pesquisa e Estudos em Fonética e Fonologia/UESB) vera.pacheco@gmail.com Durante uma conversa, os falantes
4. Identificação de crianças com dificuldades de linguagem
4. Identificação de crianças com dificuldades de linguagem Neste estudo, a identificação de crianças com queixas de linguagem foi feita por meio do módulo sintático do MABILIN (Módulos de Avaliação de
4 Interação linguagem-visão: estudos psicolinguísticos 4.1 Apresentação
4 Interação linguagem-visão: estudos psicolinguísticos 4.1 Apresentação Ferreira & Tanenhaus (2007), em texto introdutório a um número especial do Journal of Memory & Language acerca das interações entre
Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos
OBSERVAÇÕES SOBRE MOVIMENTO Nataniel dos Santos Gomes (CiFEFiL/UFRJ/UNAM/UniverCidade/UNESA) INTRODUÇÃO O objetivo do presente artigo é de fazer algumas observações sobre Movimento, que parecer algo por
ASPECTOS TRIDIMENSIONAIS DA SENTENÇA EM LIBRAS
Página 145 de 658 ASPECTOS TRIDIMENSIONAIS DA SENTENÇA EM LIBRAS Adriana Stella Cardoso Lessa-de-Oliveira * (UESB) RESUMO Demonstramos, neste trabalho, que o aspecto tridimensional das línguas de sinais
PROCESSAMENTO DA REFERÊNCIA EM ORAÇÕES RELATIVAS: CUSTO COMPUTACIONAL E COMPLEXIDADE SINTÁTICA
PROCESSAMENTO DA REFERÊNCIA EM ORAÇÕES RELATIVAS: CUSTO COMPUTACIONAL E COMPLEXIDADE SINTÁTICA Aluna: Caroline Kitzinger Orientadora: Erica dos Santos Rodrigues Introdução e objetivos O presente trabalho
Desempenho em prova de Memória de Trabalho Fonológica no adulto, no idoso e na criança Palavras Chaves: Introdução
Desempenho em prova de Memória de Trabalho Fonológica no adulto, no idoso e na criança Palavras Chaves: memória de trabalho fonológica; teste de repetição de não palavras; envelhecimento. Introdução A
Psicologia Cognitiva I
1 Psicologia Cognitiva I 1. Resumo descritivo 1.1. Elementos básicos Curso Unidade Curricular Área Científica Ano / Semestre ECTS Horas de Contacto Professores responsáveis Docentes 1.2. Síntese descritiva
6 Experimentos em Fixação Preferencial do olhar
6 Experimentos em Fixação Preferencial do olhar O terceiro experimento teve como objetivo verificar se crianças com idades entre 17 e 23 meses, adquirindo o Português Brasileiro, realizam o parsing dos
2 Arquitetura do sistema de produção e o processamento da concordância: a autonomia do formulador sintático em modelos interativos e não-interativos
2 Arquitetura do sistema de produção e o processamento da concordância: a autonomia do formulador sintático em modelos interativos e não-interativos A produção da linguagem é concebida, na maior parte
10 Síntese e considerações finais
10 Síntese e considerações finais A questão da autonomia do formulador sintático é um dos temas centrais para as teorias psicolingüísticas voltadas à investigação do processamento de sentenças. Nesse cenário,
CARACTERIZAÇÃO DE ITENS LEXICAIS EM LIBRAS
267 de 680 CARACTERIZAÇÃO DE ITENS LEXICAIS EM LIBRAS Dener Silva Rocha 75 (UESB) Adriana Stella C. Lessa-de-Oliveira 76 (UESB) RESUMO Este trabalho objetiva investigar um aspecto peculiar a certos itens
11 Considerações Finais
11 Considerações Finais A tradução de DPs complexos com múltipla modificação do inglês para o português envolve uma série de fatores. Como foi visto ao longo deste trabalho, os DPs com múltipla modificação
Alexandra Soares Rodrigues 241
Alexandra Soares Rodrigues 241 Ina BORNKESSEL-SCHLESEWSKY; Matthias SCHLESEWSKY. Processing syntax and morphology. A neurocognitive perspective. Oxford: Oxford University Press. 2009. 360 pp. ISBN: 978-0-19-920782-4
TREND STRIPS E NÍVEIS DE RUÍDO ADICIONADOS A UM MAPA SENOIDAL
167 TREND STRIPS E NÍVEIS DE RUÍDO ADICIONADOS A UM MAPA SENOIDAL Antônio Carlos da Silva Filho Uni-FACEF Introdução Trend Strips (TS) são uma nova técnica de análise da dinâmica de um sistema, quando
Verificação e Validação. Ian Sommerville 2006 Engenharia de Software, 8ª. edição. Capítulo 22 Slide 1
Verificação e Validação Ian Sommerville 2006 Engenharia de Software, 8ª. edição. Capítulo 22 Slide 1 Objetivos Apresentar a verificação e validação de software e discutir a distinção entre elas Descrever
(2) A rápida publicação deste livro pela editora foi um bom negócio.
1 Introdução Esta dissertação tem o objetivo geral de investigar as formas nominalizadas deverbais no que tange ao seu aspecto polissêmico e multifuncional. O objetivo específico consiste em verificar,
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE MEDICINA DEPARTAMENTO DE FONOAUDIOLOGIA MEMÓRIA OPERACIONAL FONOLÓGICA EM CRIANÇAS COM
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE MEDICINA DEPARTAMENTO DE FONOAUDIOLOGIA MEMÓRIA OPERACIONAL FONOLÓGICA EM CRIANÇAS COM TRANSTORNO FONOLÓGICO Mônica Araújo Almeida Monografia apresentada
PROJETO PIBIC RELATÓRIO FINAL (setembro de 2005 a fevereiro de 2006)
PROJETO PIBIC RELATÓRIO FINAL (setembro de 2005 a fevereiro de 2006) INTERFERÊNCIAS SEMÂNTICAS E CONTEXTUAIS NO PROCESSAMENTO DA CONCORDÂNCIA SUJEITO-PREDICATIVO Orientadora: Profa. Letícia Maria Sicuro
Lobo frontal e funções executivas
Lobo frontal e funções executivas Funções executivas Conjunto de operações mentais que organizam e direcionam os diversos domínios cognitivos categoriais para que funcionem de maneira biologicamente adaptativa
Aula 11 Desenvolvimento da linguagem: emergência da sintaxe (parte 2)
Aula 11 Desenvolvimento da linguagem: emergência da sintaxe (parte 2) Pablo Faria HL422A Linguagem e Pensamento: teoria e prática Módulo 1: Aquisição da Linguagem IEL/UNICAMP 5 de outubro de 2016 SUMÁRIO
A REALIZAÇÃO DO SUJEITO PRONOMINAL DE REFERÊNCIA ARBITRÁRIA NA COMUNIDADE LINGUÍSTICA DE VITÓRIA DA CONQUISTA *
249 de 298 A REALIZAÇÃO DO SUJEITO PRONOMINAL DE REFERÊNCIA ARBITRÁRIA NA COMUNIDADE LINGUÍSTICA DE VITÓRIA DA CONQUISTA * Daiane Gomes Bahia ** Elisângela Gonçalves *** Paula Barreto Silva **** RESUMO
ESTRATÉGIAS DE INFERÊNCIA LEXICAL EM L2 ESTUDO DA ANÉLISE GRAMATICAL 1. INTRODUÇÃO
ESTRATÉGIAS DE INFERÊNCIA LEXICAL EM L2 ESTUDO DA ANÉLISE GRAMATICAL VITÓRIA OSÓRIO FERREIRA 1 ;LAURA SILVA DE SOUZA²; ALESSANDRA BALDO ³ 1 Universidade Federal de Pelotas - vitoriaosorio@hotmail.com ²Universidade
1.1 Qual a relevância do sistema pronominal para uma teoria da aquisição da linguagem? Por que os complementos pronominais?
1 Introdução Nesta dissertação, o problema da aquisição do sistema pronominal, no que concerne aos complementos acusativos de terceira pessoa, é investigado em função de um contraste entre o sistema pronominal
Aula 6 Desenvolvimento da linguagem: percepção categorial
Aula 6 Desenvolvimento da linguagem: percepção categorial Pablo Faria HL422A Linguagem e Pensamento: teoria e prática Módulo 1: Aquisição da Linguagem IEL/UNICAMP 19 de setembro de 2016 SUMÁRIO PRELIMINARES
Professora: Jéssica Nayra Sayão de Paula Disciplina: Introdução aos estudos linguísticos II
Professora: Jéssica Nayra Sayão de Paula Disciplina: Introdução aos estudos linguísticos II Alguns fenômenos da língua que constituem evidência sintática para o fato de que a sentença é uma estrutura hierárquica.
4 Experimento 1- Produção induzida de lapsos
82 4 Experimento 1- Produção induzida de lapsos Neste capítulo, apresentamos resultados de um experimento de produção eliciada realizado com estruturas predicativas em PB. O objetivo geral do experimento
4 Uma Linguagem Baseada em Máquinas de Estado 4.1. A Linguagem
4 Uma Linguagem Baseada em Máquinas de Estado 4.1. A Linguagem Acredita-se nesse trabalho que características reativas e fortemente baseadas em modelos tornam necessária a criação de uma linguagem específica
COLÉGIO SANTA TERESINHA
PROFESSORA: Christiane Miranda Buthers de Almeida TURMA: 6º Ano PERÍODO DA ETAPA: 05/02/2018 a 18/05/2018 DISCIPLINA: Língua Portuguesa 1- QUE SERÃO TRABALHADOS DURANTE A ETAPA: 1. Gêneros: 1.1 Romance
A ciência da cognição
A ciência da cognição A Psicologia Cognitiva Cognição As pessoas pensam. Psicologia cognitiva Os cientistas pensam a respeito de como as pessoas pensam. Estudantes de psicologia cognitiva As pessoas pensam
INFLUÊNCIAS PROSÓDICAS, ACÚSTICAS E GRAMATICAIS SOBRE A PONTUAÇÃO DE TEXTOS ESCRITOS
Página 21 de 315 INFLUÊNCIAS PROSÓDICAS, ACÚSTICAS E GRAMATICAIS SOBRE A PONTUAÇÃO DE TEXTOS ESCRITOS José Júnior Dias da Silva 5 (UESB) Vera Pacheco 6 (UESB) RESUMO O presente trabalho visa analisar redações
Princípio da Localidade Apenas uma parte relativamente pequena do espaço de endereçamento dos programas é acessada em um instante qualquer Localidade
Memória Cache Princípio da Localidade Apenas uma parte relativamente pequena do espaço de endereçamento dos programas é acessada em um instante qualquer Localidade Temporal Um item referenciado tende a
Função social: apresenta como objetivo básico instruir, ensinar, ou seja, levar o leitor a assimilar conhecimentos e valores instituídos.
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS GÊNERO ACADÊMICO-CIENTÍFICO Prof. Mestre Carina Lima Função social: apresenta como objetivo básico instruir, ensinar, ou seja, levar o leitor
TÓPICO III: INTRODUÇÃO A UMA ABORDAGEM FORMAL DA GRAMÁTICA 1. Teoria X-barra (ou: dos Constituintes Sintáticos)
Universidade de São Paulo Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas Letras Clássicas e Vernáculas Sintaxe do Português I FLC0277 Maria Clara Paixão de Sousa TÓPICO III: INTRODUÇÃO A UMA ABORDAGEM
ABORDAGENS COMPUTACIONAIS da teoria da gramática
1 9 7 2 5 0 ABORDAGENS COMPUTACIONAIS da teoria da gramática 1 9 7 2 5 0 Leonel Figueiredo de Alencar Gabriel de Ávila Othero (organizadores) ABORDAGENS COMPUTACIONAIS da teoria da gramática 1 9 7 2 5
TOMADA DE DECISÃO NO FUTEBOL: A INFLUÊNCIA DAS ESTRATÉGIAS DE BUSCA VISUAL SOBRE O TEMPO DE DECISÃO
180 TOMADA DE DECISÃO NO FUTEBOL: A INFLUÊNCIA DAS ESTRATÉGIAS DE BUSCA VISUAL SOBRE O TEMPO DE DECISÃO João Vítor de Assis/ NUPEF-UFV Guilherme Machado/ NUPEF-UFV Felippe Cardoso/ NUPEF-UFV Israel Teoldo/
6 Atributos. A dívida da empresa subiu.
6 Atributos Para buscar o sentimento de um texto automaticamente precisamos encontrar boas pistas ao longo do discurso. Uma grande variedade de palavras e expressões possui conotação positiva ou negativa,
DESCREVENDO E ANALISANDO METÁFORAS COM VERBOS INCEPTIVOS E PONTUAIS DO PB E DO INGLÊS
DESCREVENDO E ANALISANDO METÁFORAS COM VERBOS INCEPTIVOS E PONTUAIS DO PB E DO INGLÊS Nome dos autores Leane da Silva Ferreira, Dieysa Kanyela Fossile. Aluna: Leane da Silva Ferreira 1 Orientadora: Dieysa
Ferramenta de apoio a identificação de eventos utilizando Linguagem Natural. Aluno: Ricardo Tomelin Orientador: Everaldo Artur Grahl
Ferramenta de apoio a identificação de eventos utilizando Linguagem Natural Aluno: Ricardo Tomelin Orientador: Everaldo Artur Grahl Roteiro 1. Introdução 2. Objetivos 3. Análise Essencial de Sistemas 4.
POWERPOINT O PowerPoint é um software de apresentação multimídia. As apresentações elaboradas por ele, podem ser diretamente exibidas no monitor de vídeo de um computador ou projetadas através de dispositivos
A TRANSPOSIÇÃO DIDÁTICA DO GÊNERO BILHETE: UM CAMINHO DE APRENDIZAGEM PARA O ALUNO SURDO
A TRANSPOSIÇÃO DIDÁTICA DO GÊNERO BILHETE: UM CAMINHO DE APRENDIZAGEM PARA O ALUNO SURDO RESUMO Sonia Maria Deliberal Professora da rede estadual Mestranda de língua portuguesa PUC SP e-mail: Kamilio.deliberal@terra.com.br
1 Introdução. atrasos e/ou desordens no processo de aquisição da gramática em ausência de qualquer comprometimento de outra natureza.
1 Introdução Esta tese tem como tema a aquisição de pessoa como traço formal no Português Brasileiro (PB) e vincula-se aos projetos do Grupo de Pesquisa em Processamento e Aquisição da Linguagem (GPPAL-CNPq),
ELEMENTOS DÊITICOS EM NARRATIVAS EM LIBRAS 43
Página 111 de 315 ELEMENTOS DÊITICOS EM NARRATIVAS EM LIBRAS 43 Lizandra Caires do Prado 44 (UESB) Adriana Stella Cardoso Lessa-de-Oliveira 45 (UESB) RESUMO Este estudo objetiva investigar a dêixis em
1 Introdução. 1.1 Apresentação e justificativa
12 1 Introdução 1.1 Apresentação e justificativa Este trabalho se volta para a análise do processamento sintático de sentenças complexas em idosos hígidos (saudáveis). O presente estudo está inserido na
INSTRUÇÕES PARA INSCRIÇÃO E SUBMISSÃO DE RESUMOS. Antes do envio do Resumo, todos os autores dos trabalhos deverão se
INSTRUÇÕES PARA INSCRIÇÃO E SUBMISSÃO DE RESUMOS Antes do envio do Resumo, todos os autores dos trabalhos deverão se inscrever no 8º Encontro de Jovens Cientistas através do Sistema www.even3.com.br/8encontrodejovenscientistas,
Ciências da Computação Disciplina:Computação Gráfica
Ciências da Computação Disciplina:Computação Gráfica Professora Andréia Freitas 2013 7 semestre Aula 06 MEMORIA, F. Design para a Internet. 1ª Edição. Rio de Janeiro: Campus, 2005. ALVES, W. P. Crie, anime
V SEMINÁRIO DE PESQUISA E ESTUDOS LINGUÍSTICOS
Página 93 de 315 A AGRAMATICALIDADE DE PRONOMES PLENOS DE TERCEIRA PESSOA COMO RESUMPTIVOS EM POSIÇÃO DE OBJETO DIRETO: RESTRIÇÃO DA GRAMÁTICA NUCLEAR OU INTERFERÊNCIA DA ESCOLARIZAÇÃO? Sinval Araújo de
A CATEGORIA VERBAL DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS- LIBRAS
195 de 667 A CATEGORIA VERBAL DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS- LIBRAS Ione Barbosa de Oliveira Silva (UESB) 51 Adriana Stella Cardoso Lessa-de-Oliveira (UESB) 52 RESUMO Apresentamos resultados parciais
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Curso de Ciências Moleculares
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Pró-Reitoria de Graduação Curso de Ciências Moleculares PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA Rastreando a leitura literária: um estudo dos movimentos oculares Aluno Orientador Co-orientadores
Psicologia Experimental Psicologia Cognitiva Aplicada. Professor Leandro Augusto Frata Fernandes
Interface Homem/Máquina Aula 4 Professor Leandro Augusto Frata Fernandes laffernandes@ic.uff.br Material disponível em http://www.ic.uff.br/~laffernandes/teaching/2011.2/tcc-00.184 Roteiro da Aula de Hoje
AVALIAÇÃO AUTOMÁTICA DE PALAVRAS POSITIVAS E NEGATIVAS DE ALTA ATIVAÇÃO: Testando a direcionalidade do efeito de priming com diferentes SOAs
University of Minho, School of Psychology Psycholinguistic Research Group AVALIAÇÃO AUTOMÁTICA DE PALAVRAS POSITIVAS E NEGATIVAS DE ALTA ATIVAÇÃO: Testando a direcionalidade do efeito de priming com diferentes
Detecção de padrões de leitura com baixa taxa de amostragem
Detecção de padrões de leitura com baixa taxa de amostragem Aluno: Carlos Eduardo Leão Elmadjian Orientador: Prof. Dr. Carlos Hitoshi Morimoto IME-USP Tópicos 2/22 Tópicos Introdução 2/22 Tópicos Introdução
AS FORMAS BÁSICAS DE COMPOSIÇÃO DO TEXTO
AS FORMAS BÁSICAS DE COMPOSIÇÃO DO TEXTO O texto pode ser: Argumentativo Dissertativo Descritivo narrativo Argumentativo Tipo de texto em que se sobressai a preocupação do autor em persuadir e convencer
Planejamento do Trabalho Pedagógico: elaboração de plano de curso e plano de aula. Profa. Dra. Hilda Mara Lopes Araujo DMTE/CCE
Planejamento do Trabalho Pedagógico: elaboração de plano de curso e plano de aula Profa. Dra. Hilda Mara Lopes Araujo DMTE/CCE Definição: Planejamento é um processo que exige organização, sistematização,
ELEMENTOS ANAFÓRICOS NA COORDENAÇÃO 1
47 de 368 ELEMENTOS ANAFÓRICOS NA COORDENAÇÃO 1 Jaqueline Feitoza Santos * (Uesb) Adriana Stella Cardoso Lessa-de-Oliveira (Uesb) RESUMO O presente trabalho focaliza os aspectos elipse de constituintes
SUMÁRIO APRESENTAÇÃO...9. O ESTUDO DO SIGNIFICADO NO NÍVEL DA SENTENÇA...13 Objetivos gerais do capítulo...13 Objetivos de cada seção...
SUMÁRIO APRESENTAÇÃO...9 O ESTUDO DO SIGNIFICADO NO NÍVEL DA SENTENÇA...13 Objetivos gerais do capítulo...13 Objetivos de cada seção...13 1. O objeto da Semântica...14 2. Anomalia, ambiguidade e interface
Uma proposta de arquitetura
Terceira semana do curso de Linguística III Professor Alessandro Boechat de Medeiros Departamento de Linguística e Filologia Uma proposta de arquitetura A teoria gerativa dominante dos anos oitenta foi
PROCESSAMENTO DA LINGUAGEM E FUNÇÕES COGNITIVAS NA LÍNGUA DE SINAIS ATÍPICA
PROCESSAMENTO DA LINGUAGEM E FUNÇÕES COGNITIVAS NA LÍNGUA DE SINAIS ATÍPICA Prof. Dr. Felipe Venâncio Barbosa Departamento de LinguísKca da FFLCH Universidade de São Paulo COGNIÇÃO, LINGUAGEM, LÍNGUA,
Interface Homem- Computador 3 aula
Interface Homem- Computador 3 aula Esp. Suzana de Morais Santos Silva Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul Campus Corumbá Psicologia, etnograia e semiótica Lei de Hick-Hyman
Sumarizando: o que é uma língua. Métodos para seu estudo...44
sumário APRESENTAÇÃO...13 1. O que se entende por língua Estudando a língua portuguesa...17 1.1 O Vocabulário: nascimento e morte das palavras. Consultando um dicionário...20 1.2 A Semântica: o sentido
Inglês IV. plano de ensino. Ementa. Objetivos Gerais. UA 01 Company facts. UA 02 Telephoning in English
Inglês IV plano de ensino Área: Linguística Aplicada Carga horária: 40 horas 2h/semana 20 semanas Ementa Consolidação da compreensão e produção oral e escrita com a utilização de funções sociais e estruturas
7 Referências bibliográficas
7 Referências bibliográficas ALTMANN, Gerry T, M.; KAMIDE, Yuri. Incremental interpretation at verbs: restricting the domain of subsequent reference. In: Cognition, v. 73, 1999, p. 247-264. Disponível
6 Proposta preliminar de modelo conceitual para a mensuração de desempenho do gerenciamento de portfólio de projetos
6 Proposta preliminar de modelo conceitual para a mensuração de desempenho do gerenciamento de portfólio de projetos Este capítulo tem o desafio de atender um dos objetivos principais desta pesquisa, qual
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ COORDENADORIA DE CONCURSOS CCV. Evento: Concurso Público para Provimento de Cargos Técnico-Administrativos em Educação
Língua Portuguesa Questão 08 A questão 08 cobra a identificação de uma alternativa em que haja uma palavra com o mesmo processo de formação do item lexical tecnologia, constante do enunciado. O processo
Linguística e Língua Portuguesa 2016/01
e Língua Portuguesa 2016/01 Código HL 019 Disciplina IV Quarta: 20h30-22h10 e Sexta: 18h30-20h30 Professor Andressa D Ávila Bibliografia mínima A disciplina propõe apresentar conceitos fundamentais para
04/04/2013. Ricardo Campos de Faria
Ricardo Campos de Faria O artigo científico é um trabalho que é publicado em uma revista científica. A revista científica é uma publicação periódica, que objetiva o avanço e o progresso da ciência através
Compreensão de sentenças em crianças com desenvolvimento normal de linguagem e com Distúrbio Específico de Linguagem
Compreensão de sentenças em crianças com desenvolvimento normal de linguagem e com Distúrbio Específico de Linguagem Palavras-chave: Linguagem Infantil, Compreensão, Transtornos da Linguagem INTRODUÇÃO
GERAÇÃO DE OPÇÕES NA TOMADA DE DECISÃO COM E SEM OCLUSÃO VISUAL NO VOLEIBOL
174 GERAÇÃO DE OPÇÕES NA TOMADA DE DECISÃO COM E SEM OCLUSÃO VISUAL NO VOLEIBOL Henrique de Oliveira Castro / CECA-UFMG Gibson Moreira Praça / CECA-UFMG Gustavo De Conti Teixeira Costa / CECA-UFMG Pablo
O QUE É O TRANSTORNO DO ESPECTRO DO APRESENTA. Dificuldades nas relações sociais e emocionais.
O QUE É O TRANSTORNO DO ESPECTRO DO APRESENTA AUTISMO? O QUE É O TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO (TEA)? Indivíduos com transtorno do espectro do autismo muitas vezes apresentam: Meninos em idade escolar
AVALIAÇÃO DE COMPLEXIDADE TEXTUAL EM TEXTOS DE PEDIATRIA E TEXTOS LITERÁRIOS. Bianca Pasqualini. Doutoranda PPGLet/UFRGS
AVALIAÇÃO DE COMPLEXIDADE TEXTUAL EM TEXTOS DE PEDIATRIA E TEXTOS LITERÁRIOS Bianca Pasqualini Doutoranda PPGLet/UFRGS Orientadora: Profa. Dra. Maria José B. Finatto PRIMEIRO ESTUDO: ANÁLISE DE ÍNDICES
Ficha de acompanhamento da aprendizagem
Escola: Professor: Aluno: Legenda: Plenamente desenvolvido; Parcialmente desenvolvido; Pouco desenvolvido; Não trabalhado no bimestre. Oralidade 1º bim. 2º bim. 3º bim. 4º bim. Participar das interações
1 Introdução. de gramática tradicional, em que esse termo engloba a noção de substantivo e adjetivo.
1 Introdução No presente estudo, focaliza-se a delimitação da categoria adjetivo por crianças em torno de seu segundo ano de vida adquirindo o Português Brasileiro (PB) como língua materna. Investiga-se,
PROCESSO DE SELEÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS III CONGRESSO DE PSICOLOGIA DO CARIRI SOFRIMENTO PSÍQUICO: A ÉTICA NO CUIDADO EDITAL 03/2018
PROCESSO DE SELEÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS III CONGRESSO DE PSICOLOGIA DO CARIRI SOFRIMENTO PSÍQUICO: A ÉTICA NO CUIDADO EDITAL 03/2018 A Comissão Científica do III Congresso de Psicologia do Cariri
ESTUDO COMPARATIVO ENTRE HABILIDADES AUDITIVAS E METALINGUISTICAS DE CRIANÇAS DE CINCO ANOS COM E SEM PRÁTICA MUSICAL INTRODUÇÃO
ESTUDO COMPARATIVO ENTRE HABILIDADES AUDITIVAS E METALINGUISTICAS DE CRIANÇAS DE CINCO ANOS COM E SEM PRÁTICA MUSICAL Palavras-chave: percepção auditiva, linguagem infantil, música INTRODUÇÃO O desenvolvimento
SonarX - Ver Através do Som. Autores: Sofia Cavaco, Tomás Henriques, Michele Mengucci, Nuno Correia, Francisco Medeiros
SonarX - Ver Através do Som Autores: Sofia Cavaco, Tomás Henriques, Michele Mengucci, Nuno Correia, Francisco Medeiros O SonarX é uma ferramenta informática desenvolvida por investigadores da Universidade
Nesse experimento testamos se o contexto e um sinal explícito compartilham
Nesse experimento testamos se o contexto e um sinal explícito compartilham as mesmas vias neurais do NMR, utilizando desta feita como estímulo explícito condicionado um som ou uma luz. MATERIAIS E MÉTODOS
Promovendo Comunicação, Autenticidade e Personalização nas Aulas de Língua Inglesa
Image by Photographer s Name (Credit in black type) or Image by Photographer s Name (Credit in white type) Promovendo Comunicação, Autenticidade e Personalização nas Aulas de Língua Inglesa Webnar 2017
Uma sequência de ensino-aprendizagem sobre a propagação do som
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Instituto de Física Programa de Pós-Graduação em Ensino de Física Mestrado Profissional em Ensino de Física Uma sequência de ensino-aprendizagem sobre a propagação