Universidade Federal do Pará Núcleo de Teoria e Pesquisa do Comportamento Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento

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1 Universidade Federal do Pará Núcleo de Teoria e Pesquisa do Comportamento Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento EFEITOS DA INCONTROLABILIDADE DO EVENTO CULTURAL NO ESTABELECIMENTO E MANUTENÇÃO DE PRÁTICAS CULTURAIS: UM MODELO EXPERIMENTAL DE SUPERSTIÇÃO Natália Santos Marques Belém-PA 2012 i

2 Universidade Federal do Pará Núcleo de Teoria e Pesquisa do Comportamento Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento EFEITOS DA INCONTROLABILIDADE DO EVENTO CULTURAL NO ESTABELECIMENTO E MANUTENÇÃO DE PRÁTICAS CULTURAIS: UM MODELO EXPERIMENTAL DE SUPERSTIÇÃO Natália Santos Marques Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento como requisito para obtenção de título de Mestre. Orientador: Emmanuel Zagury Tourinho Belém, Pará Abril de 2012 ii

3 Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP) Biblioteca Central da UFPA- Belém- PA Marques, Natália Santos Efeitos da incontrolabilidade do evento cultural no estabelecimento e manutenção de práticas culturais: um modelo experimental de superstição / Natália Santos Marques; orientador, Prof. Dr. Emmanuel Zagury Tourinho Dissertação (Mestrado) Universidade Federal do Pará, Núcleo de Teoria e Pesquisa do Comportamento, Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento, Pesquisa experimental. 2. Comportamento - Avaliação. 3. Superstição Estudo de casos. I. Tourinho, Emmanuel Zagury, orient. II. Título. CDD 22. ed.: iii

4 "Omne ignotum pro magnifico" Autor desconhecido À minha família, especialmente à minha mãe, Iris, o maior amor da minha vida. iv

5 AGRADECIMENTOS O desejo de demonstrar gratidão a todos que, de algum modo, participaram dessa etapa da minha vida é grande, como também é grande o receio de não lhes dar o devido reconhecimento, já que foram muitos os que me possibilitaram concluir essa etapa e tão importante foi a participação de cada um deles. A decisão de fazer o mestrado na UFPA veio acompanhada de uma série de medos, dúvidas, inseguranças, em razão da profunda mudança de vida que essa decisão exigia. Nesse momento, algumas pessoas foram de fundamental importância: minha família, Mikael, João Ilo, meus amigos. À minha família, agradeço por todo o amor no mundo, e pelo suporte incondicional que sempre me deram, em prol da realização dos meus sonhos. Minha mãe Iris, meu pai Ari, minhas irmãs Alessandra (irmãe) e Luciana, e minhas sobrinhas Tainan e Ingrid: vocês são o meu maior motivo, a minha fonte de energias, o meu lugar de conforto, de segurança, a minha maior alegria. Foi pensando no sempre feliz reencontro que eu fui capaz de suportar todas as despedidas, toda distância, toda saudade. À minha mãe, quem eu suspeito conhecer a mim mais que eu mesma, sempre capaz que está de reconhecer meus sentimentos, através de um único alô a quilômetros de distância, devo um agradecimento especial, pelo apoio desde o princípio. Mainha, você reúne a mistura exata de amor e força, como quando me deu aquele longo abraço, cheio de medo mas, ao mesmo tempo, entusiasmo, no dia em que saiu o resultado da seleção de mestrado, ou quando segurou o choro na primeira despedida, pra não me desmotivar na nova empreitada. Devo a você todos os meus melhores aprendizados. v

6 À Tainan, agradeço pelo sorriso lindo, e o abraço caloroso a cada nova chegada. Você não sabe como me alegrava a cada vez que me ligava para eu ensinar, por telefone, uma questão da sua tarefinha, porque você queria que a tia Naná explicasse. À Ingrid, peço perdão pela ausência. Não pude acompanhar seu nascimento, mas ver uma foto do seu rostinho no meu após 9 meses de espera foi certamente uma das maiores emoções que tive na vida. Às minhas irmãs, eu agradeço pelas mensagens, pelos s trocados, pelas conversas, por todo apoio e torcida pelo meu bem, sempre. Por ter se feito mais presente, agradeço ao meu pai, Ari. A distância nos proporcionou, contraditoriamente, maior proximidade. E fico muito feliz por isso. Ao Mikael, agradeço por ter me motivado a encarar os medos, e pela confiança em mim depositada. Seu apoio foi fundamental. Ao João Ilo, meu primeiro mestre em AC e meu mentor durante quase todo o curso de graduação, agradeço por todos os ensinamentos, todas as oportunidades a mim concedidas, as demonstrações de confiança, pela motivação que sempre me deu, por ter se tornado um grande amigo. Aos demais amigos de Fortaleza, por se fazerem sempre presentes, e por se mostrarem tão confiantes em relação ao meu desempenho: minha turma de Psicologia, meus amigos de infância (Juliana, Keliany e Samuel) e outros amigos queridos, com os quais a distância só apertou ainda mais os laços (Andreza, Fernanda, Priscilla, Thomas, Jorge Ponte, Adriano, meu primo Italo e Israel). Durante os últimos dois anos, muitos eventos ocorreram. A mudança de cidade veio acompanhada por uma nova rotina, novos hábitos, novas pessoas. Nem todas as mudanças foram boas. Muitas dificuldades foram vividas, e uma saudade imensa de casa me acompanhou por quase todas as horas, distante que estava de quase todos que vi

7 eu amava. Felizmente, porém, esses dois anos me presentearam com pessoas com quem tive prazer de conviver, e com as quais aprendi muitas coisas. Ao Pedro Cabral agradeço por ter sido, além de um interlocutor extremamente motivador, uma pessoa que muito me ajudou. Agradeço ainda aos seus pais, Sr. Gilberto e Dona Sonia, pelo carinho com que sempre me receberam. À Gi e ao Paulo, com quem tive a sorte de dividir apartamento, no último semestre, agradeço por terem se tornado minha família em Belém, tornando possível que eu me sentisse em casa, também aqui. Sentirei falta dos jogos de cartas, das sobremesas, das refeições preparadas juntos, de assistir House e Friends, dos passeios, das risadas, das conversas e até das faxinas! Aos meus amigos do grupo de pesquisa, por todo carinho e apoio (especialmente durante as coletas intermináveis e na elaboração das planilhas). Vocês compuseram um ambiente de trabalho muito reforçador: Aécio Neto, Christian Vichi, Felipe Leite, Diogo Cavalcanti, Luiz Henrique e Pedro Cabral. Agradeço também aos nossos assistentes de pesquisa: Manoella, Gabi, Ana Beatriz, Heloá, Nice e Pedro Soares. Aos demais amigos de Belém, especialmente à Tati e aos membros da Liga Acadêmica de Análise do Comportamento UFPA (que tive o prazer de ajudar a fundar) pelo convívio sempre agradável. À Dona Madalena, à Giselda e à Glaucia, pela atenção e disponibilidade que sempre demonstraram em me ajudar, todas as vezes que precisei. Aos meus alunos da turma de História da Psicologia, agradeço o aprendizado que me proporcionaram. Aos participantes da minha pesquisa, por tornarem possível meu estudo. Aos professores Marcus Bentes, Carlos Barbosa e Grauben Assis, agradeço os ensinamentos valiosos e a receptividade que sempre me demonstraram. vii

8 Aos professores Marcelo Benvenuti e Maria Amália Andery, agradeço o auxílio durante a confecção desse trabalho (através da indicação de textos, discussões de dados, de conceitos e sugestões de gráficos), e por aceitarem participar da banca examinadora. Para mim, é uma grande honra tê-los como avaliadores de meu trabalho. A Helena Matute, pelas conversas agradáveis, sugestões profissionais e pela gentileza em assistir e comentar a apresentação dos dados parciais desse estudo. A Sigrid Glenn, pelas contribuições que sempre se preocupou em oferecer ao nosso grupo de pesquisa. Por fim, agradeço ao meu orientador, Emmanuel Tourinho, pela oportunidade de ter feito parte de seu grupo de pesquisa, onde aprendi muitas coisas, e por todos os ensinamentos que direta ou indiretamente me proporcionou. Espero um dia alcançar um nível de competência próximo ao seu. viii

9 Sumário Resumo... xiv Abstract... xii Introdução... 1 Método PARTICIPANTES Recrutamento MATERIAL AMBIENTE DESCRIÇÃO GERAL DO PROCEDIMENTO A sessão As Instruções Descrição Geral da Tarefa A Matriz utilizada Os Ciclos de Tentativas Contingências Operantes e Metacontingências Mudança de Gerações Dados analisados Procedimento de análise de dados Experimento Delineamento Experimental RESULTADOS DO EXPERIMENTO Experimento ix

10 Delineamento Experimental RESULTADOS DO EXPERIMENTO 2 GRUPO RESULTADOS DO EXPERIMENTO 2 GRUPO RESULTADOS DO EXPERIMENTO 2 GRUPO Experimento Delineamento Experimental RESULTADOS DO EXPERIMENTO 3 GRUPO RESULTADOS DO EXPERIMENTO 3 GRUPO Discussão Referências Anexos ANEXO I TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO ANEXO II CONTRIBUIÇÕES PARA O KIT ESCOLAR Lista de Figuras Figura 1: Panta baixa do Laboratório de Comportamento Social e Seleção Cultural Figura 2: Matriz utilizada Figura 3: Fluxo de 1 Ciclo Figura 4: Experimento 1: Escolha de números/linhas na matriz. Cada linha colorida indica uma linha da matriz, e as linhas verticais indicam a ocorrência de EC Figura 5: Experimento 1: Sequências recorrentes de números. Cada linha colorida indica uma sequência de números da matriz (PA), e as linhas verticais x

11 cinzas indicam a ocorrência de EC. As sequências marcadas com asterisco, na legenda, correspondem àquelas de produziam EC durante a Condição Figura 6: Experimento 1: Permutações recorrentes entre cores. Cada linha colorida indica um conjunto de sequências formadas pela permutação entre as mesmas cores (PAs), e as linhas verticais cinzas indicam a ocorrência de EC. As sequências marcadas com asterisco, na legenda, correspondem àquelas que produziam EC durante a Condição Figura 7: Experimento 1 Condição 1: Estabelecimento da Relação de Metacontingência. As escolhas de linhas dos participantes estão dispostas por linhagens (intervalos L1, L2 e L3 do eixo vertical). Cada linha escolhida está representada por uma barra na cor correspondente à linha da matriz, bem como por um marcador, que indica o número da linha escolhida. Marcadores pretos indicam escolha de linhas ímpares, enquanto marcadores sem preenchimento indicam escolha de linhas pares. As linhas verticais cinzas indicam ocorrência de EC Figura 8: Experimento 1 - Condiçãos 1, 2, 3, 4 e 5: As escolhas de linhas dos participantes estão dispostas por linhagens (intervalos L1, L2 e L3 do eixo vertical). Cada linha escolhida está representada por uma barra na cor correspondente à linha da matriz, bem como por um marcador, que indica o número da linha escolhida. Marcadores pretos indicam escolha de linhas ímpares, enquanto marcadores sem preenchimento indicam escolha de linhas pares. As linhas verticais cinzas indicam ocorrência de EC Figura 9: Experimento 2 Grupo 1: Escolha de números/linhas na matriz. Cada linha colorida indica uma linha da matriz, e as linhas verticais indicam a ocorrência de EC Figura 10: Experimento 2 Grupo 1: Sequências recorrentes de números. Cada linha colorida indica uma sequência de números da matriz (PA), e as linhas verticais cinzas indicam a ocorrência de EC Figura 11: Experimento 2 Grupo 1: Padrões de escolha de linhas ao longo do experimento. As escolhas de linhas dos participantes estão dispostas por linhagens (intervalos L1, L2 e L3 do eixo vertical). Cada linha escolhida está representada por uma barra na cor correspondente à linha da matriz, bem como por um marcador, que indica o número da linha escolhida. Marcadores pretos indicam escolha de linhas ímpares, enquanto marcadores sem preenchimento indicam escolha de linhas pares. As linhas verticais cinzas indicam ocorrência de EC Figura 12: Experimento 2 Grupo 2: Escolha de números/linhas na matriz. Cada linha colorida indica uma linha da matriz, e as linhas verticais indicam a ocorrência de EC xi

12 Figura 13: Experimento 2 Grupo 2: Padrões de escolha de linhas ao longo do experimento. As escolhas de linhas dos participantes estão dispostas por linhagens (intervalos L1, L2 e L3 do eixo vertical). Cada linha escolhida está representada por uma barra na cor correspondente à linha da matriz, bem como por um marcador, que indica o número da linha escolhida. Marcadores pretos indicam escolha de linhas ímpares, enquanto marcadores sem preenchimento indicam escolha de linhas pares. As linhas verticais cinzas indicam ocorrência de EC Figura 14: Experimento 2 Grupo 3: Escolha de números/linhas na matriz. Cada linha colorida indica uma linha da matriz, e as linhas verticais indicam a ocorrência de EC Figura 15: Experimento 2 Grupo 3: Permutações recorrentes entre cores. Cada linha colorida indica um conjunto de sequências formadas pela permutação entre as mesmas cores (PAs), e as linhas verticais cinzas indicam a ocorrência de EC Figura 16: Experimento 2 Grupo 3: Padrões de escolha de linhas ao longo do experimento. As escolhas de linhas dos participantes estão dispostas por linhagens (intervalos L1, L2 e L3 do eixo vertical). Cada linha escolhida está representada por uma barra na cor correspondente à linha da matriz, bem como por um marcador, que indica o número da linha escolhida. Marcadores pretos indicam escolha de linhas ímpares, enquanto marcadores sem preenchimento indicam escolha de linhas pares. As linhas verticais cinzas indicam ocorrência de EC Figura 17: Experimento 3 Grupo 1: Escolha de números/linhas na matriz. Cada linha colorida indica uma linha da matriz, e as linhas verticais indicam a ocorrência de EC Figura 18: Experimento 3 Grupo 1: Permutações recorrentes entre cores. Cada linha colorida indica um conjunto de sequências formadas pela permutação entre as mesmas cores (PAs), e as linhas verticais cinzas indicam a ocorrência de EC. As sequências marcadas com asterisco, na legenda, correspondem àquelas que produziam EC, durante a Condição Figura 19: Experimento 3 Grupo 1: Padrões de escolha de linhas ao longo do experimento. As escolhas de linhas dos participantes estão dispostas por linhagens (intervalos L1, L2 e L3 do eixo vertical). Cada linha escolhida está representada por uma barra na cor correspondente à linha da matriz, bem como por um marcador, que indica o número da linha escolhida. Marcadores pretos indicam escolha de linhas ímpares, enquanto marcadores sem preenchimento indicam escolha de linhas pares. As linhas verticais cinzas indicam ocorrência de EC xii

13 Figura 20: Experimento 3 Grupo 2: Escolha de números/linhas na matriz. Cada linha colorida indica uma linha da matriz, e as linhas verticais indicam a ocorrência de EC Figura 21: Experimento 3 Grupo 2: Sequências recorrentes de números. Cada linha colorida indica uma sequência de números da matriz (PA), e as linhas verticais cinzas indicam a ocorrência de EC. As sequências marcadas com asterisco, na legenda, correspondem àquelas que produziam EC, durante a Condição Figura 22: Experimento 3 Grupo 2: Permutações recorrentes entre cores. Cada linha colorida indica um conjunto de sequências formadas pela permutação entre as mesmas cores (PAs), e as linhas verticais cinzas indicam a ocorrência de EC. As sequências marcadas com asterisco, na legenda, correspondem àquelas que produziam EC, durante a Condição Figura 23: Experimento 3 Grupo 2: Padrões de escolha de linhas ao longo do experimento. As escolhas de linhas dos participantes estão dispostas por linhagens (intervalos L1, L2 e L3 do eixo vertical). Cada linha escolhida está representada por uma barra na cor correspondente à linha da matriz, bem como por um marcador, que indica o número da linha escolhida. Marcadores pretos indicam escolha de linhas ímpares, enquanto marcadores sem preenchimento indicam escolha de linhas pares. As linhas verticais cinzas indicam ocorrência de EC Lista de Tabelas Tabela 1: Delineamento do Experimento Tabela 2: Delineamento do Experimento Tabela 3: Delineamento do Experimento xiii

14 Marques, N. S. (2012). Efeitos da Incontrolabilidade do Evento Cultural no Estabelecimento e Manutenção de Práticas Culturais: um Modelo Experimental de Superstição. Dissertação de Mestrado. Belém: Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento, Universidade Federal do Pará. Resumo A partir dos trabalhos de Skinner sobre comportamento supersticioso, diversos outros estudos foram produzidos a fim de se investigar os efeitos de esquemas de reforçamento independentes da resposta. No que diz respeito ao estudo da superstição no nível cultural, por sua vez, não há publicações experimentais analítico-comportamentais que investiguem diretamente esse fenômeno. O presente estudo pretendeu analisar, em uma microcultura de laboratório, o padrão de entrelaçamento das contingências comportamentais de um grupo exposto a um esquema de apresentação do evento cultural (EC) de forma independente (incontrolável) do produto agregado (PA). Para tanto, foram realizados três experimentos, com três diferentes arranjos de metacontingências, os quais diferiram em relação às etapas que precederam a condição de incontrolabilidade. O estudo contou com 69 participantes, distribuídos em seis grupos. Cada grupo foi formado por três participantes, e a cada 20 ciclos um participante foi substituído por um novo, configurando uma mudança de geração. A tarefa experimental consistiu na escolha de linhas de uma matriz. Foram programadas consequências individuais (ganho de fichas) contingentes à escolha de linhas ímpares e a apresentação de EC (ganho de itens escolares) subsequentes ao PA produzido ao final da escolha dos três participantes. Os itens escolares foram reunidos em kits e doados a uma escola pública da cidade. A relação de contingência entre o EC apresentado e o PA gerado pelo grupo (coordenação de cores de linhas escolhidas) foi a variável manipulada, de modo que, a depender da condição experimental, o EC não foi apresentado, ou foi apresentado de forma: 1) contingente a todos os PA que cumprissem um determinado critério para a produção de EC ou; 2) em 80% do total de ciclos, independente do PA. No primeiro experimento, uma condição de controlabilidade e posterior condição de variabilidade precederam a apresentação incontrolável do EC. Os resultados indicaram a ocorrência de seleção acidental de CCEs, porém não permitiram avaliar o efeito da controlabilidade na evolução subsequente de práticas culturais. No segundo experimento, os participantes foram expostos diretamente à condição de incontrolabilidade. Esse delineamento permitiu observar mais claramente a seleção acidental de CCEs, porém, assim como o Experimento 1, não permitiu avaliar o efeito da controlabilidade. O Experimento 3 foi similar ao 2, porém contou com uma condição prévia de controlabilidade. Os resultados sugeriram que a história prévia com uma condição de controlabilidade parece ter favorecido a manutenção de práticas culturais em condições incontroláveis posteriores. Discutem-se as relações entre os resultados desse estudo e o que tem sido produzido no campo de estudos sobre comportamento supersticioso, bem o que vem sendo discutido sobre superstição na Análise do Comportamento e no Materialismo Cultural. Entende-se que os resultados desse estudo podem contribuir para a compreensão da superstição enquanto um fenômeno cultural. Palavras-chave: Metacontingências; Práticas Culturais; Comportamento Supersticioso; Superstição; Regras Supersticiosas. xiv

15 Marques, N. S. (2012). Effects of uncontrollable Cultural Event in the Acquisition and Establishment of Cultural Practices: an Experimental Model of Superstition. Master s Degree Dissertation. Belém: Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento, Universidade Federal do Pará. Abstract From Skinner s works on superstitious behavior, several other studies have been produced in order to investigate the effects of schedules of reinforcement independent of response. Regarding the study of superstition on the cultural level, in turn, there are no experimental publications, in Behavior Analysis, to investigate this phenomenon directly. This study intended to analyze in a laboratory microculture the pattern of interlocking behavioral contingencies (IBCs) of a group exposed to a presentation of the cultural event (CE) independently of the aggregate product (AP). To this end, three experiments were carried out, with different metacontingency arrangements, which differed regarding the steps presented before the uncontrollability condition. The study included 69 participants, divided into six groups. Each group consisted of three participants, so that one participant at each 20 cycles was replaced by a new one, leading to a generation change. The experimental task consisted of selecting lines in a matrix. Individual consequences were programmed (token earning) contingent to the choice of odd lines and the presentation of CE (gain of school items) subsequent to the AP produced at the end of the choice of all three participants. The items were assembled into school kits and donated to a public school. The contingent relationship between the CE and the by the group s AP (coordination of the colors of the chosen lines) was the manipulated variable, so that, depending on the experimental condition, the CE was not presented or was presented in order: 1) all contingent on AP that met a certain criterion of production of CE; or 2) in 80% of the total cycles, regardless of the AP. In the first experiment, a phase of controllability and a later phase of variability preceded the presentation of uncontrollable CE. The results indicated the occurrence of accidental selection of IBCs, but did not allow the evaluation of the effect of controllability on the subsequent evolution of cultural practices. In the second experiment, participants were exposed directly to the uncontrollability condition. This design allowed a more clear observation of the accidental selection of IBCs. However, as in Experiment 1, it was not possible to evaluate the effect of the previous controllability. Experiment 3 was similar to the second, but had a previous controllability phase. The results suggested that a history with a condition of controllability seems to have favored the maintenance of cultural practices in uncontrollable conditions later. We discuss the relationship between the results of this study and what has been produced in the field of study on superstitious behavior and what is being discussed about superstition in Behavior Analysis and Cultural Materialism. It is understood that the results of this study may contribute to the understanding of superstition as a cultural phenomenon. Keywords: Metacontingencies; Cultural Practices; Superstitious Behavior; Superstition; Superstitious Rules. xii

16 A noção de seleção do comportamento por consequências constitui a base da proposta teórica desenvolvida por B. F. Skinner desde a década de 30, ocasião em que formula o paradigma operante. A partir de 1953, em Ciência e Comportamento Humano (Skinner, 1953/1981a), as proposições relativas à seleção por consequências passaram a ser delineadas enquanto um modelo de Análise do Comportamento. Tendo por base as notáveis similaridades entre os processos descritos pela teoria de seleção natural e os processos comportamentais, Skinner estendeu seu modelo para além do comportamento individual, envolvendo a evolução das espécies e da cultura. Assim, em 1981, em um artigo intitulado Selection by Consequences (Skinner, 1981b), sistematizou a noção de seleção por consequências como um modelo causal capaz de explicar os processos de seleção das espécies, de comportamentos individuais, bem como de práticas culturais. Skinner (1981b; 1974/1982) trata de práticas culturais como modos de comportamento socialmente aprendidos e comuns a diversos membros de uma cultura. De acordo com o autor, uma prática cultural surge como uma mutação (Skinner, 1974/1982, p. 174), e se inicia provavelmente em nível individual: uma forma melhor de fazer uma ferramenta, de cultivar alimentos ou ensinar uma criança é reforçada por suas consequências a ferramenta, a comida ou um ajudante útil, respectivamente (Skinner, 1981b, p ). Segundo Skinner (1981b), quando práticas originadas dessa forma contribuem para o sucesso do grupo em resolver seus problemas, tais práticas, assim como o grupo em si, sobrevivem, e a cultura evolui. Esse processo de evolução constitui o nível de seleção cultural, o qual tem como unidade básica as práticas culturais. Para Skinner (e.g. 1981b; 1974/1982), o termo cultura refere-se a ambiente social, ou ao conjunto das contingências de reforço mantidas por um grupo. Em sua 1

17 perspectiva, tal definição confere uma delimitação física à cultura enquanto variável controladora do comportamento humano: O ambiente social a que estive me referindo é comumente chamado de cultura, embora uma cultura seja amiúde definida de outras maneiras como um conjunto de costumes ou maneiras, como um sistema de valores e idéias, como uma rede de comunicação, e assim por diante. Como um conjunto de contingências de reforço mantidas por um grupo, possivelmente formuladas por meio de regras ou leis, a cultura tem uma condição física bem definida; uma existência contínua para além das vidas dos membros do grupo; um padrão que se altera à medida que certas práticas lhe são acrescentadas, descartadas ou modificadas; e sobretudo, poder. Uma cultura assim definida controla o comportamento dos membros do grupo que a pratica (Skinner, 1974/1982, p , grifo do autor). Embora seja possível identificar imprecisões na definição de Skinner acerca do que vem a ser cultura 1, o autor já apontava a existência, nas relações sociais, de um tipo de seleção que é diferente da que ocorre no nível individual. Assim, Skinner (1981b) afirma: É o efeito sobre o grupo, não as consequências reforçadoras para os membros individuais, que é responsável pela evolução da cultura (p. 213). Em comentários posteriores a esse mesmo trabalho (cf. Skinner, 1988/1989), destaca Skinner: Eu disse muito explicitamente que, como Harris insiste, o primeiro efeito ocorre no nível do indivíduo, mas existe outro efeito que pode ser estabelecido apenas no nível do grupo apesar do fato de que é sempre um indivíduo que se comporta (p. 47). Observa-se, nesses trechos, a referência a dois tipos de efeitos e processos nas 1 Em seu comentário ao parecer dado pelo antropólogo Marvin Harris ao artigo Selection by Consequences, Skinner (1988/1989, p. 47) ressaltou a dificuldade na conceituação do termo cultura : Não é difícil definir uma prática cultural, mas o que é uma cultura?. 2

18 relações estabelecidas em um grupo: efeitos no nível do indivíduo, responsáveis por processos de seleção comportamental; e efeitos no nível do grupo, que atuam sobre o grupo, sendo esses últimos responsáveis pela evolução cultural 2. A centralidade dada à análise de processos comportamentais ou culturais dependerá da complexidade do fenômeno social que está sendo investigado. Assim, Andery, Micheletto e Sério (2005) descrevem fenômenos sociais de diferentes níveis de complexidade com base em processos comportamentais e culturais. Ressaltam que, para a adequada descrição de um fenômeno social, pode ser suficiente considerar as contingências entrelaçadas que o compõem ou, para os casos de maior complexidade, faz-se necessário a identificação dos produtos produzidos, de modo que a descrição de fenômenos sociais pode envolver diferentes unidades de análise. Ao longo de sua obra, Skinner discutiu, com base na noção de seleção por consequências (sistematizada em 1981), questões relativas aos fenômenos sociais e à sobrevivência das culturas (e.g. Skinner, 1971/1977; 1948/1978; 1953/1981a; 1981b; 1974/1982), estabelecendo a análise dos processos socioculturais como um dos objetivos de uma ciência do comportamento 3. A importância dessas questões à ciência do comportamento desenvolvida por Skinner pode ser expressa pela dedicação de uma seção completa do Ciência e Comportamento Humano (Skinner, 1953/1981a) à análise do comportamento social e questões culturais. Além disso, como ressalta Andery 2 Para maior discussão acerca dos dois diferentes processos relativos à seleção de práticas culturais (um que se remete à seleção comportamental - em nível ontogenético - e outro à seleção cultural - em nível cultural), na obra de Skinner, ver: Cabral, P. A., Silva, B. R., Souza, L. B., Tourinho, E. Z. & Leite, F. L. (2012). Seleção Comportamental, Seleção Cultural e Análise Comportamental da Cultura. Manuscrito em preparação. Universidade Federal do Pará. 3 Apesar de ter claramente enfatizado a importância de análises da cultura e de fenômenos culturais desde 1948, foi principalmente a partir da década de 80 que o estudo de fenômenos sociais por parte dos analistas do comportamento ganhou maior centralidade (e.g., Andery, Micheletto & Sério, 2005; Dittrich, 2008; Glenn, 1988, 1989, 1991, 2003, 2004; Glenn & Malott, 2004; Lamal, 1991; Mallot & Glenn, 2006; Skinner, 1981b; Todorov, 1987, 2005, 2006; Todorov, Moreira & Moreira, 2005; Tourinho, 2009; Vichi, Andery & Glenn, 2009). 3

19 (1990), a obra de Skinner é perpassada por múltiplas proposições de como a ciência do comportamento pode intervir sobre os fenômenos sociais. Além de uma explícita preocupação com a sobrevivência da cultura 4, outras razões são apontadas por Andery (1990) como responsáveis pelo estabelecimento da sociedade como objeto de estudo e intervenção, para Skinner. Uma dessas razões, segundo a autora, é o fato de a sociedade ser compreendida por Skinner como um fenômeno ou classe de fenômenos naturais, assim como o comportamento operante, o que a localizaria no escopo de investigação da Análise do Comportamento. Em uma breve revisão de literatura, Holpert (2004) esclareceu as relações entre uma ciência do comportamento e questões relativas a práticas sociais, apontando a noção de seleção por consequências desenvolvida por Skinner como uma unidade conceitual e metodológica fundamental para a compreensão da sociedade por parte da Análise do Comportamento. Tal noção favorece a compreensão da evolução da cultura, bem como o desenvolvimento de tecnologias comportamentais de intervenção no nível cultural. A esse respeito, Andery (1997) ressalta que a noção de seleção por consequências possibilitou à ciência do comportamento a investigação de práticas culturais sem que fosse necessário recorrer à dicotomia indivíduo x sociedade, encontrada em diversas ciências humanas. Porém, embora tenha apontado para um tipo de seleção diferente da seleção de comportamentos individuais, o tratamento dado por Skinner (1953/1981a) ao que chamou de comportamento social baseia-se na análise das respostas operantes dos organismos que participam do evento social, explicando a seleção e manutenção dessas respostas e, consequentemente, do evento social, mas não abordando explicitamente os 4 A preocupação de Skinner com a questão da sobrevivência da cultura é profundamente marcante, ao longo de sua obra, configurando, segundo Abib (2001), um ponto de vista moral, do qual derivam outros valores que, juntos, constituem a Teoria Moral do Behaviorismo Radical. 4

20 efeitos que os produtos gerados pelo grupo, como um todo, podem ter sobre o padrão de interação nesse grupo. Para uma abordagem desse gênero, o foco de análise deveria recair sobre as inter-relações estabelecidas entre os comportamentos dos indivíduos do grupo e sobre a prática do grupo como um todo, não sobre os comportamentos individuais. Por esse motivo, uma questão basilar se configura meio às discussões relativas à abordagem dos fenômenos culturais 5 por parte da análise do comportamento: a adequação e/ou suficiência da tríplice contingência enquanto unidade de análise do nível cultural. Segundo Andery e Sério (1997/2005), a importância de uma nova unidade de análise para a abordagem de fenômenos culturais se expressa em situações nas quais as relações funcionais extrapolam a contingência de reforço. Assim, quando a ação de um indivíduo tem, ao mesmo tempo, a função de resposta para o seu comportamento e de ambiente para o comportamento de outro indivíduo, outro nível de análise emerge, pois tais entrelaçamentos de contingências comportamentais envolveriam relações que não seriam possíveis ocorrer sem o entrelaçamento. As relações presentes em contingências entrelaçadas, conforme argumenta Glenn (1991), não são meramente contingências comportamentais estendidas no tempo, visto que envolvem unidades que não podem ser explicadas pelo nível operante. Tal impossibilidade se dá pelo fato de o lócus do fenômeno cultural ser supraorganísmico: diferente da aprendizagem operante, o fenômeno cultural envolve a recorrência ao longo do tempo do comportamento entrelaçado de dois ou mais organismos, e não apenas a recorrência da relação entre a ação de um organismo particular e outros eventos empíricos (Glenn, 2004). 5 Esse trabalho abordará o conceito de fenômeno cultural como a transmissão social de padrões de comportamentos aprendidos, bem como os produtos desses comportamentos. Tal definição está em acordo com o que é desenvolvido por Glenn (2004). 5

21 Tendo em vista tais apontamentos, uma nova unidade de análise parece ser necessária para o tratamento de fenômenos culturais por parte da Análise do Comportamento. Para esse fim, tem-se utilizado largamente dois conceitos desenvolvidos por Glenn (1986, 1988, 1989, 1991, 2004) em meio a uma série de proposições relativas à abordagem de práticas culturais na Análise do Comportamento: os conceitos de metacontingências e de macrocontingências. O termo metacontingência refere-se à relação funcional entre o entrelaçamento dos comportamentos de um grupo de indivíduos (no qual os membros agem sob controle dos comportamentos uns dos outros), o produto resultante desse entrelaçamento (produto agregado) e a consequência cultural liberada pelo sistema social (sistema receptor) que recebe esse produto (Glenn & Malott, 2004). Na metacontingência, a consequência cultural funciona como uma mudança ambiental que seleciona a relação entre contingências comportamentais entrelaçadas (CCEs) e produto agregado (PA). Assim, de modo similar ao papel das contingências de reforçamento na origem e manutenção de comportamentos operantes, metacontingências são responsáveis pela origem e manutenção de contingências comportamentais entrelaçadas e seus efeitos (Vichi, Andery & Glenn, 2009). Contingências comportamentais entrelaçadas (CCEs) 6 (Glenn, 2004) constituem o sistema resultante da relação entre o comportamento de uma ou mais pessoas funcionando como ambiente para o comportamento de outra(s). De acordo com Glenn (1991), esse termo chama a atenção para o duplo papel desempenhado pelo comportamento de cada indivíduo nas relações sociais: papel de ação e de ambiente 6 A noção de contingências entrelaçadas, embora tenha sido desenvolvida de forma mais pormenorizada apenas recentemente (Andery & cols., 2005; Glenn, 1988, 1991; Todorov & cols., 2005), data, originalmente, de 1957, quando Skinner, ao conceituar o que chamou de episódio social, referiu-se à inter-relação entre as contingências operantes que integram esse episódio como contingências comportamentais entrelaçadas. 6

22 para a ação de outros indivíduos. Tal sistema entrelaçado é diferente da soma de contingências individuais, visto que gera produtos maiores ou diferentes daqueles que seriam gerados pela soma das consequências individuais (Glenn, 2004, p. 145). Ao produto resultante do entrelaçamento, dá-se o nome de produto agregado. Quando, em uma metacontingência, o conteúdo comportamental da CCE segue um determinado padrão, temos o que chamamos de prática cultural. Porém, não é necessário que haja entrelaçamento para que esteja configurada uma prática cultural, de modo que podemos defini-la como um padrão similar de conteúdo comportamental presente em uma cultura, usualmente resultante de similaridades nos ambientes nos quais emergem os comportamentos dos indivíduos que participam da prática (cf. Glenn, 2004). Nos casos em que esses comportamentos estão funcionalmente relacionados (entrelaçados), essa prática cultural constitui uma unidade funcional cultural (CCE), sobre a qual opera a seleção cultural. Ao conjunto de comportamentos individuais que integram uma prática cultural, Glenn (2004) deu o nome de macrocomportamento. Cada unidade do macrocomportamento gera consequências específicas (além das consequências operantes) que contribuem para um efeito acumulado, chamado efeito cumulativo. O efeito cumulativo pode ter implicações para a cultura e, consequentemente, para os indivíduos que o produziram, porém não controla as respostas individuais que contribuíram para sua constituição, de modo que essas unidades são mantidas por consequências individuais. Nesse sentido, a relação entre o macrocomportamento e o efeito cumulativo, definida por Glenn (2004) como macrocontingência, envolve apenas contingências operantes de seleção. Por essa razão, para Glenn (2004), embora remeta a relações presentes na cultura, a macrocontingência não constitui uma unidade de análise 7

23 adequada para o tratamento da seleção cultural. Para tanto, segundo a autora, deve-se lançar mão do conceito de metacontingência. De acordo com Todorov (2006), a definição e os refinamentos do conceito de metacontingência abriram o campo de investigação da análise do comportamento em direção ao terceiro nível de seleção: o nível cultural. De forma similar ao que é apontado por Andery (1997), o autor afirma que um dos maiores benefícios trazidos pelo conceito é a abordagem de práticas culturais desvinculada da tradicional dicotomia indivíduo x ambiente. Além disso, segundo o autor, por meio desse tratamento dado às questões culturais não é necessário o recurso a uma linguagem diferente daquela utilizada para a abordagem de contingências comportamentais, sendo suficiente o uso de termos que se relacionam diretamente a contingências comportamentais. Tendo em vista tais aspectos, para Todorov (2006), o conceito de metacontingência funciona como uma ferramenta capaz de alargar nossos conhecimentos sobre práticas culturais. De fato, apesar de recentes na literatura e das constantes reformulações que têm sofrido, os conceitos de metacontingência e os demais a ele relacionados têm dado suporte a grande parte do que vem sendo produzido sobre cultura na Análise do Comportamento, de tal modo que, a partir de tais formulações, tornou-se possível falar em uma agenda de pesquisa sobre o tema (Tourinho, 2009). Boa parte dos trabalhos desenvolvidos por analistas do comportamento a esse respeito tem caráter teórico (e.g., Glenn & Malott, 2004; Houmanfar & Rodrigues, 2006; Mattaini, 2004, 2006; Todorov, 2004; Todorov & Moreira, 2004), possivelmente em razão das dificuldades de se trabalhar diretamente com grupos sociais e populações inteiras. Porém, apesar dessas dificuldades, o estudo experimental de práticas culturais utilizando o conceito de metacontingências tem se desenvolvido largamente nos últimos anos, mais 8

24 precisamente a partir do trabalho de Vichi (2004, posteriormente publicado como Vichi, Andery & Glenn, 2009). Constituindo o primeiro estudo experimental de práticas culturais realizado no escopo de investigações da análise do comportamento, o experimento conduzido por Vichi e cols. (2009) teve como foco a seleção de uma prática de distribuição de recursos em uma microcultura de laboratório. Para tanto, foram formados dois grupos, cada um com quatro sujeitos adultos, voluntários da pesquisa. No início de cada sessão, os participantes recebiam 110 fichas, cada uma equivalente a R$ 0,01, as quais eram trocadas, ao final da sessão, pelo valor correspondente em dinheiro. A tarefa consistia na escolha de uma linha em uma matriz com oito colunas e oito linhas, com sinais positivos e negativos distribuídos ao longo da matriz. No início de cada sessão, foi informado aos participantes que caberia ao experimentador a escolha da coluna correspondente à linha escolhida pelo grupo, e para tanto seria utilizado um complexo sistema pré-definido, que os jogadores deveriam tentar descobrir, caso quisessem ganhar mais pontos. Assim, cada membro deveria apostar individualmente, de modo que a soma das fichas apostadas corresponderia à aposta do grupo. O ganho de pontos ocorria quando na intersecção entre a linha escolhida pelo grupo e a coluna designada pelo experimentador havia um sinal positivo (+). Caso tal consequência fosse apresentada, o grupo ganharia o dobro das fichas apostadas. Contrariamente, se houvesse um sinal negativo na intersecção (-), o grupo receberia apenas metade do valor apostado. O volume de fichas ganho pelos membros do grupo dependeria, sem que soubessem, de como os recursos ganhos eram divididos. A divisão de fichas deveria ser decidida entre os participantes, podendo ser de forma igualitária ou desigual (com base nas apostas individuais). De todo modo, parte das fichas (determinada pelo experimentador) deveria ser depositada na caixa dos jogadores. 9

25 Embora os participantes fossem instruídos a descobrir o complexo sistema que orientava a escolha de colunas por parte do experimentador, não havia um sistema determinado, de modo que a consequência cultural era contingente à forma de distribuição de recursos escolhida pelo grupo no ciclo anterior e da condição experimental em vigor. Assim, caso a condição vigente favorecesse a divisão igualitária (condição A) e o grupo assim procedesse, na rodada seguinte o experimentador escolheria uma coluna em cuja intersecção com a linha escolhida pelo grupo houvesse um sinal positivo. Do mesmo modo, caso na condição vigente o maior ganho de pontos fosse contingente à distribuição desigual (condição B), e o grupo assim o fizesse, na rodada seguinte o experimentador escolheria uma coluna que resultasse em maiores ganhos para o grupo. A modificação da condição experimental ocorria depois de alcançada estabilidade na prática de divisão de recursos do grupo (10 acertos consecutivos). A escolha, por parte do experimentador, do número de fichas a serem depositadas na caixa dos jogadores ocorria de modo a favorecer o modo de distribuição correspondente à condição experimental em vigor. Assim, caso a condição A estivesse em vigor, o experimentador, em algumas ocasiões, solicitava o depósito de um valor tal que restasse aos jogadores um número de fichas divisível igualitariamente por quatro. Por meio desse arranjo experimental, buscava-se observar se o maior ganho de pontos resultava em um aumento de frequência do modo de distribuição ao qual os pontos eram contingentes. O atraso do reforço, bem como a falsa instrução oferecida aos jogadores, teve como função dificultar a discriminação verbal da contingência em vigor, aproximando a condição experimental das práticas culturais mais frequentemente observadas na cultura. 10

26 Os resultados alcançados por Vichi e cols. (2009) demonstram que a escolha da prática de divisão de fichas acompanhou, em geral, a mudança na condição experimental, indicando a seleção de uma prática cultural pela manipulação do produto agregado. Porém, não foi possível observar, por meio desse estudo, a transmissão de uma prática cultural, visto que o delineamento não previa a mudança de gerações ao longo do experimento, permanecendo os mesmos jogadores em todas as jogadas. A partir do estudo de Vichi e cols. (2009), outros trabalhos foram desenvolvidos com o objetivo de analisar, em pequenos grupos, práticas culturais simples, estabelecidas em laboratório (e.g., Amorim, 2010; Baia, 2008; Caldas, 2009; Leite, 2009; Martone, 2008; Oda, 2009; Pereira, 2008; Tadaiesky, 2010). Dentre as variáveis analisadas por esses estudos, foram investigadas: os efeitos da intermitência da consequência cultural (Amorim, 2010); o efeito de consequências culturais sobre as CCEs e seus produtos culturais (Baia, 2008); a seleção e extinção de metacontingência (Caldas, 2009); os efeitos de instruções e história experimental sobre a transmissão de práticas de escolha (Leite, 2009); o efeito de consequências culturais e de mudanças na constituição do grupo sobre a prática de distribuição dos ganhos (Martone, 2008); as interações verbais em uma metacontingência (Oda, 2009); a separação do produto agregado e da consequência individual (Pereira, 2008); e os efeitos de contingências de suporte e de metacontingências sobre a seleção de CCEs (Tadaiesky, 2010). Além de verificar experimentalmente a relevância de conceitos já presentes na literatura, manipulações tais como as que vêm sendo empreendidas na Análise Comportamental da Cultura podem orientar refinamentos teóricos, contribuindo, nesse caso, para a delimitação precisa das unidades que compõem um fenômeno cultural. Apesar das limitações existentes nos modelos experimentais até então desenvolvidos e da dificuldade inerente ao estudo de fenômenos complexos em 11

27 ambiente controlado, entende-se que o programa experimental da Análise Comportamental da Cultura pode, ainda, favorecer o estudo, em laboratório, de fenômenos culturais complexos, dentre eles práticas que são aparentemente irracionais ou supersticiosas, tais como as analisadas pelo antropólogo americano Marvin Harris, propositor do chamado Materialismo Cultural. O Materialismo Cultural é a proposta antropológica cuja interface com a Análise do Comportamento tem sido mais consistentemente explorada no escopo das investigações sobre cultura (cf. Andery & Sério, 1997/2005; Glenn, 1988; Harris, 2007; Lloyd, 1985; Vargas, 1985). Ao tratar do Materialismo Cultural, os analistas do comportamento tem discutido um conjunto de aspectos dessa abordagem, na tentativa de identificar similaridades e diferenças em relação à Análise do Comportamento. Tais similaridades permitem que a interface com o Materialismo Cultural constitua um importante subsídio teórico às investigações em Análise Comportamental da Cultura. Assim, como aponta Benvenuti (2010b), análises tais como a desenvolvida por Harris em sua obra Vacas, Porcos, Guerras e Bruxas: os Enigmas da Cultura (Harris, 1974/1978) podem favorecer a investigação do papel do comportamento verbal e das práticas culturais na instalação de repertórios comportamentais supersticiosos. Harris (1974/1978) analisa diversos padrões aparentemente supersticiosos presentes nas culturas, tais como a aversão dos judeus à carne de porco e a adoração dos indianos às vacas, e explicita as vantagens materiais de tais práticas culturais. Segundo o autor, os benefícios alcançados em longo prazo pelo grupo por meio da manutenção dessas práticas é o que mantém sua existência, de modo que é possível considerá-las como produto da seleção natural (p. 24). Assim, de acordo com Harris (1974/1978), a conformação aparentemente irracional de algumas práticas constitui, na verdade, o meio mais econômico e/ou o que possibilitou maior controle do comportamento dos membros 12

28 do grupo, garantindo o acesso às vantagens materiais contingentes à prática. Tal perspectiva é similar ao tratamento oferecido à cultura pela Análise do Comportamento, segundo o qual o ambiente tem papel seletivo na instalação e manutenção de práticas culturais. Todavia, a análise empreendida por Harris (1974/1978) acerca de práticas culturais aparentemente irracionais suscita, pelo menos, duas questões importantes. A primeira delas refere-se à relação entre tais práticas e seus benefícios: a instalação e manutenção de práticas culturais se dão, necessariamente, pelo efeito seletivo de benefícios materiais contingentes à prática, tal como argumenta Harris (1974/1978)? A segunda questão refere-se ao conteúdo comportamental da prática: pode ser possível identificar, em práticas complexas, o estabelecimento e manutenção de padrões comportamentais (verbais e não verbais) que, embora comuns a diversos membros do grupo, não sejam necessários para a produção dos bens materiais contingentes à prática? Ambos os questionamentos remetem aos fenômenos que, em uma perspectiva analíticocomportamental, podem ser analisados sob a ótica dos conceitos de comportamento supersticioso, superstição e regras supersticiosas. No âmbito de estudos dessas relações comportamentais, os dados vêm demonstrando muito solidamente o papel da contiguidade entre resposta e evento subsequente para a instalação e a manutenção do responder, em situações em que não há uma relação de dependência entre esses eventos (e.g. Appel & Hiss, 1962; Lattal, 1973, 1974; Neuringer, 1970; Ono, 1987; Skinner, 1948). Em esquemas de reforçamento dependentes do responder do organismo, por sua vez, a seleção acidental também tem sido demonstrada em ocasiões em que determinadas respostas são mantidas por reforçadores produzidos por outras que ocorrem temporalmente próximas às primeiras (e.g. Catania & Cutts, 1963; Ono, 1994). 13

29 O estudo de fenômenos comportamentais ditos supersticiosos ganhou espaço, na Análise do Comportamento, especialmente a partir do experimento de Skinner (1948), o qual gerou um campo de estudos em torno do que passou a ser chamado de comportamento supersticioso. Como apontou Benvenuti (2010a), o próprio termo comportamento supersticioso, proposto por Skinner (1948) para designar relações comportamentais entre o responder do organismo e eventos ambientais independentes desse responder, aponta para a possibilidade de extensão dos dados de laboratório para a compreensão do comportamento humano e, mais especificamente, daquilo que culturalmente se entende como superstição. Assim, em seu clássico trabalho Superstição no pombo, Skinner (1948) observou um fenômeno curioso após programar a liberação de alimento contingente à passagem de períodos fixos de tempo (15 segundos), de forma independente de qualquer resposta do organismo. Seis, de um total de oito sujeitos expostos a esse esquema apresentaram o que Skinner chamou de comportamento supersticioso. Embora a apresentação de alimento não ocorresse de forma contingente a qualquer resposta, as respostas que antecediam a apresentação de alimento eram pronta e momentaneamente fortalecidas. Assim, alguns padrões comportamentais ritualísticos, acidentalmente reforçados, foram observados, tais como os pombos darem voltas em torno de seu próprio eixo antes de se dirigirem ao comedouro. As respostas específicas tendiam a enfraquecer com o passar do tempo e serem substituídas por outras que antecederam, eventualmente, a apresentação do reforço, o que sugeria um caráter temporário do comportamento supersticioso produzido dessa forma. De acordo com a descrição do autor, o responder de um dos pássaros [I]niciou como um forte movimento da cabeça da posição do meio para a esquerda. Esse movimento tornou-se mais enérgico e, eventualmente, todo 14

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