Normas Internas. Doutoramento em Conservação e Restauro de Bens Culturais
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- Juan Caetano Caires
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1 Normas Internas Doutoramento em Conservação e Restauro de Bens Culturais Junho de 2013 Normas Internas Complementares ao regulamento geral de Doutoramento da Universidade Católica Portuguesa
2 Índice Artigo 1º (Criação e Objectivos) Artigo 2º (Organização e Condições de Funcionamento).. 4 Artigo 3º (Vagas, Prazos e Processo de Candidatura).. 5 Artigo 4º (Critérios de Selecção e Seriação).. 5 Artigo 5º (Docência)... 6 Artigo 6º (Regime de Avaliação e Classificação da Comp. Curricular).. 7 Artigo 7º (Realização de Prova Intermédia).. 7 Artigo 8º (Escolha, registo e Orientação da Tese).. 7 Artigo 9º (Apresentação da Tese)... 9 Artigo 10º (Menção de doutoramento Europeu) Artigo 11º (Adiamento da entrega da tese de doutoramento). 11 Artigo 12º (Disposição final). 12 2
3 DOUTORAMENTO EM CONSERVAÇÃO DE BENS CULTURAIS Artigo 1.º (CRIAÇÃO E OBJECTIVOS) 1. A Universidade Católica Portuguesa, através da Escola das Artes (EA), cria um programa de Doutoramento no ramo de conhecimento da Conservação de Bens Culturais, com áreas de especialização em Conservação de Pintura e Materiais Inorgânicos, através do qual confere o grau de Doutor em Conservação de Bens Culturais. 2. O programa de Doutoramento em Conservação de Bens Culturais é regulamentado pelo Regulamento Geral de Doutoramento da Universidade Católica Portuguesa (RGDUCP), sem prejuízo das normas internas enunciadas neste documento. 3. Constituem objectivos do Doutoramento em Conservação de Bens Culturais os previstos no Decreto-Lei nº 74/2006, Capítulo IV, aplicados a este ramo do conhecimento. 4. Ao grau de Doutor em Conservação de Bens Culturais corresponde o perfil previsto no art. 28º do Decreto-Lei nº 74/ O acolhimento dos projectos de investigação resultantes do presente programa enquadra-se na actividade do Centro de Investigação em Ciências e Tecnologias das Artes (CITAR), mais concretamente nas áreas de investigação definidas no âmbito da linha de investigação específica, ou seja de Estudo e Conservação do Património Cultural. 6. Excepcionalmente, e se for considerado relevante pelo Conselho Científico, poderão ser admitidos outros projectos de investigação que não estejam inseridos nas áreas temáticas definidas no âmbito da linha de investigação específica do CITAR. 3
4 Artigo 2.º (ORGANIZAÇÃO E CONDIÇÕES DE FUNCIONAMENTO) 1. O Doutoramento em Conservação de Bens Culturais consta de um ciclo de estudos onde se incluem: a. uma componente curricular dirigida à formação para a investigação; b. a preparação e defesa de uma tese especialmente elaborada para o efeito, adequada ao ramo de conhecimento da Conservação de Bens Culturais. 2. O ciclo de estudos conducente ao grau de Doutor em Conservação de Bens Culturais tem 180 unidades de crédito (ECTS) e uma duração de três anos, de acordo com o anexo I. 3. Em casos excepcionais e devidamente justificados, o Conselho Científico poderá conceder ao doutorando um prolongamento para conclusão da tese. 4
5 Artigo 3.º (VAGAS, PRAZOS E PROCESSO DE CANDIDATURA) 1. A inscrição e matrícula no 1º ano de cada edição do Programa Doutoramento em Conservação de Bens Culturais estão sujeitas a um número mínimo e máximo de vagas, a divulgar no Aviso de Abertura das candidaturas. 2. Pode ser estabelecida uma percentagem de vagas reservada, prioritariamente, para determinadas categorias de candidatos, ao abrigo de protocolos existentes entre a UCP e outras instituições. 3. Os prazos de candidatura, inscrição e matrícula ao 1º ano de cada edição do Programa de Doutoramento, serão divulgados no aviso de abertura de cada edição. Artigo 4.º (CRITÉRIOS DE SELECÇÃO E SERIAÇÃO) 1. A selecção e seriação dos candidatos ao 1º Ano do Programa de Doutoramento são realizadas por um júri a designar pela CCEA cabendo a este órgão homologar as decisões tomadas pelo júri. 2. Os candidatos serão seleccionados e seriados com base em: - avaliação curricular, - entrevista presencial (quando julgada necessária). 3. Na avaliação curricular, será tida em consideração: - a formação académica - a actividade profissional - a actividade de investigação. 4. Para efeitos da Avaliação Curricular o candidato deverá submeter para apreciação os seguintes documentos: - Certificado de conclusão dos graus universitários; - Curriculum Vitae detalhado; - Portfólio de trabalho na área; 5
6 - Duas cartas de recomendação - Carta de motivação com indicação dos interesses de investigação 5. A entrevista presencial, quando julgada necessária, terá como objectivo conhecer as motivações do candidato para a frequência do doutoramento, bem como esclarecer elementos complementares à avaliação curricular. A não comparência à entrevista determina a eliminação do candidato. 6. Nos casos devidamente justificados poderá ser concedida a título excepcional a dispensa da frequência da parte curricular do curso de doutoramento ou de parte dela, carecendo este processo de uma avaliação devidamente fundamentada por parte da coordenação e comissão de selecção do curso. Esta avaliação será fundamentada em parecer remetido ao Conselho Científico da Escola das Artes, órgão a quem caberá a decisão final. Artigo 5.º (DOCÊNCIA) 1. A docência da componente curricular do doutoramento é ministrada por professores da Universidade Católica Portuguesa, habilitados com o grau de Doutor. 2. No caso de haver conveniência científica ou pedagógica, podem também ser convidados professores ou investigadores de outras Universidades portuguesas ou estrangeiras. 3. Excepcionalmente, a docência pode ser ministrada por docentes não doutorados, quando se tratarem de especialistas de relevo na área de especialização do doutoramento. 4. A docência poderá incluir ainda sessões de trabalho, conferências, seminários e workshops temáticos de especialização destinados a complementar o plano curricular previsto. 6
7 Artigo 6.º (REGIME DE AVALIAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DA COMPONENTE CURRICULAR) 1. A avaliação é individual e será realizada através de modalidades indicadas por cada docente. 2. A classificação final em cada unidade curricular será expressa de forma quantitativa, numa escala quantitativa de zero a vinte valores, não obtendo aproveitamento numa disciplina quem tiver classificação inferior a 10 valores. 3. A aprovação da componente curricular do doutoramento exige a aprovação em todas as unidades curriculares que o compõem. Artigo 7º (Realização de Prova Intermédia) 1. Todos os candidatos que não sejam detentores do grau de Mestre deverão, obrigatoriamente, realizar uma prova intermédia, sob orientação de um docente doutorado indicado para a orientação do projecto de tese. 2. Esta prova realizar-se-á no final da componente curricular e terá uma avaliação qualitativa. A não aprovação nesta prova implicará a exclusão do aluno do doutoramento, não podendo prosseguir para a Tese. Artigo 8º (ESCOLHA, REGISTO E ORIENTAÇÃO DA TESE) 1. As teses devem inserir-se no ramo de conhecimento da Conservação de Bens Culturais. 2. Cada projecto de tese corresponderá a um tema da área de especialização e visará a produção de um trabalho inovador e original que demonstre o domínio dos conceitos, metodologias, processos e problemáticas da área epistemológica da Conservação de Bens Culturais. Cada projecto deverá ser supervisionado por um orientador, coadjuvado, se necessário, por um ou dois co-orientadores. 7
8 3. Dadas as características específicas inerentes à investigação nesta área do conhecimento, que implica o recurso a técnicas analíticas diversificadas, a estrutura de cada projecto deve incluir uma previsão rigorosa dos recursos necessários (técnicas, equipamentos e número de análises), à realização da investigação. Para cada curso será estipulada uma verba destinada a suportar despesas decorrentes de exames laboratoriais, de acordo com os recursos financeiros disponíveis no âmbito do CITAR. A realização destes exames e análises será enquadrada preferencialmente ao abrigo dos protocolos existentes entre a UCP e outras entidades externas (laboratórios, universidades etc), sem prejuízo dos que se possam enquadrar em projectos de investigação financiados no âmbito do CITAR. 4. A aceitação do projecto de tese pressupõe a aprovação na totalidade da componente curricular do doutoramento. 5. Os projectos de tese deverão ser obrigatoriamente apresentados à coordenação científica do curso de doutoramento que os apreciará e emitirá um parecer sobre a relevância dos temas e as condições de acolhimento dos mesmos no âmbito do Citar e da Escola das Artes. 6. Os projectos de tese, com indicação dos respectivos orientadores, serão remetidos c ao Conselho Científico da Escola das Artes, o qual apreciará o mérito científico dos mesmos. 7. Uma vez concluída a componente curricular do programa de Doutoramento (1º ano), deverá ser seguida a regulamentação do artigo 4º do RGDUCP no que concerne à persecução da Tese de Doutoramento. 8. As restantes normas relativas a escolha, registo e orientação de teses de Doutoramento em Conservação de Bens Culturais são regulamentadas pelo artigo 6º e 7º do RGDUCP. 8
9 Artigo 9º (APRESENTAÇÃO DA TESE) 1. A tese compõe-se obrigatoriamente das seguintes partes: a. Capa e páginas iniciais b. Corpo do trabalho (não deverá exceder palavras) c. Bibliografia d. Apêndices e Anexos (se necessários) e. Lista de publicações do doutorando relacionadas com tese f. Registo digital de obras produzida no âmbito da tese 2. Fazem parte da capa o título (escrito em Português e Inglês) e das páginas iniciais o resumo da tese (escrito em Inglês e em Português, com um máximo de 400 palavras cada um), dedicatória e agradecimentos, caso o autor o entenda, e o índice geral da tese. 3. A seguir ao índice geral figuram os índices de quadros e índices de figuras. 4. A numeração do corpo da tese é em caracteres árabes. 5. As referências bibliográficas devem seguir as normas indicadas pelo orientador da tese. 6. As restantes normas relativas à apresentação da Tese de Doutoramento em Conservação de Bens Culturais são regulamentadas pelo artigo 10º e 11º do RGDUCP, e pelo Anexo II. 9
10 Artigo 10º (MENÇÃO DE DOUTORAMENTO EUROPEU) 1. O grau de Doutor em Conservação de Bens Culturais poderá contemplar o título de Doutor Europeu, enquadrado pelo Despacho da Reitoria NR/C/141/2010,desde que cumpridos os requisitos aprovados para este efeito pela Confederação de Reitores Europeus, nomeadamente: a) A tese de doutoramento deve ter sido em parte preparada durante uma estadia de pelo menos um trimestre num país da União Europeia, que não aquele em que realiza o doutoramento; b) A autorização para se apresentar aprovas públicas de doutoramento só pode ser dada mediante a apresentação de pareceres elaborados, pelo menos, por dois professores pertencentes a duas instituições de ensino superior de dois Estados membros da União Europeia, diferentes daquele em que o doutoramento se vai realizar; c) Um membro do júri de doutoramento deve pertencer a uma instituição de ensino superior de um Estado membro da União Europeia, que não aquele em que o doutoramento se vai realizar; d) Uma parte da defesa da tese de doutoramento deve ser feita numa língua da União Europeia diferente da língua do país em que é conferido o doutoramento. 2. As restantes normas relativas ao título de Doutor Europeu são regulamentadas pelo Despacho da Reitoria NR/C/141/2010, em vigor nesta universidade. 10
11 Artigo 11º (ADIAMENTO DA ENTREGA DA TESE DE DOUTORAMENTO) 1. Em casos excepcionais e devidamente justificados, o aluno do curso de Doutoramento em Conservação de Bens Culturais que não consiga entregar a versão concluída da respectiva Tese de Doutoramento no prazo estabelecido (três anos lectivos), poderá solicitar o adiamento da data de entrega em requerimento dirigido ao Conselho Científico da Escola das Artes. 2. O requerimento deverá ser acompanhado pelo parecer favorável do orientador da tese. 3. O adiamento poderá ser solicitado por um período mínimo de um semestre e máximo de três. 4. O aluno ficará sujeito ao pagamento da propina em vigor até ao final do mês em que entrega a tese nos Serviços Académicos da Universidade, acompanhada da declaração de aceitação passada pelo respectivo orientador. 5. Findo o período concedido de adiamento e não procedendo à entrega da tese, a matrícula e inscrição no curso de Doutoramento Conservação de Bens Culturais caducam automaticamente, podendo o aluno solicitar o reingresso por ocasião da abertura de uma nova edição do referido curso. 6. A contagem do prazo para entrega da tese pode ser suspensa, nos casos previstos no artigo 12º do Decreto-Lei nº 216/92, de 13 de Outubro, tendo o doutorando que requerer a referida suspensão em requerimento dirigido ao Director da Escola das Artes. 11
12 Artigo 12º (DISPOSIÇÃO FINAL) 1. Em tudo quanto não estiver previsto neste regulamento, aplica-se a legislação geral sobre doutoramentos e, subsidiariamente, as normas relativas à matéria contidas nos estatutos da Universidade Católica Portuguesa e RGDUCP em vigor nesta instituição. Aprovado em Conselho Científico da Escola das Artes Porto, 16 de Julho de
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