RESOLUÇÃO VISA/SMSA-SUS/BH Nº 002/00
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- Cristiana Ximenes Aleixo
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1 RESOLUÇÃO VISA/SMSA-SUS/BH Nº 002/00 Dispõe sobre Registro e Dispensa da Obrigatoriedade de Registro de Produtos pertinentes à Área de Alimentos no âmbito do Município. A Vigilância Sanitária Municipal, no uso da atribuição que lhe confere o inciso II, do art. 2º da Lei Municipal nº 7.774, de 16 de julho de 1999, e considerando: A Lei Municipal nº 4.323, de 13 de janeiro de 1985; O Decreto Municipal nº 5.616, de 15 de maio de 1987; A Lei Municipal nº 7.031, de 12 de janeiro de 1996; A Sanitária; A necessidade de normatização dos procedimentos básicos para Registro e Dispensa da Obrigatoriedade de Registro de Produtos pertinentes à Área de Alimentos no âmbito do Município, em face das novas normas sanitárias vigentes no setor, RESOLVE: Art.1º - Todos os procedimentos constantes do Regulamento Técnico sobre o Manual de Procedimentos Básicos para Registro e Dispensa da Obrigatoriedade de Registro de Produtos Pertinentes à Área de Alimentos, baixados pela Sanitária, no âmbito do Município de Belo Horizonte, reger-se-ão nos termos desta Resolução. Parágrafo único - Os procedimentos de que trata o caput deste artigo se aplicam a todos os setores envolvidos com o trâmite de processos de registro ou dispensa da obrigatoriedade de registro de alimentos, aditivos, coadjuvantes de tecnologia e embalagens. Art. 2º - Para os efeitos desta Resolução, confo rme disposições da Sanitária, além das definições contidas na legislação sanitária municipal vigente, considerar-se-ão: I - Registro: é o ato legal que, cumpridos os procedimentos descritos na Resolução nº 23, de 15 de março de 2000, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, reconhece a adequação de um produto à legislação sanitária vigente; II - Dispensa da obrigatoriedade de registro: é o ato, fundamentado na Resolução nº 23, de 15 de março de 2000, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, pelo qual se desobriga o registro de produtos na referida Agência, cumpridos os procedimentos descritos no referido Diploma legal e, no que couber, nesta Resolução; III - Alvará de Autorização Sanitária: é o ato privativo da Vigilância Sanitária Municipal, nos termos do art.19 da Lei Municipal nº 7.031, de 12 de janeiro de 1996, contendo permissão ou não para o funcionamento dos estabelecimentos, unidades ou atividades pertinentes à área de a limentos; IV - Embalagem final: produto resultante do último estágio do processo de fabricação que implica em modificação de sua composição; V - Embalagem reciclada: embalagem produzida por processo tecnológico específico de obtenção de resinas a partir de materiais recicláveis; VI - Produto alimentício ou alimentar: todo alimento derivado de matéria-prima alimentar ou de alimento in natura, adicionado, ou não, de outras substâncias permitidas, obtido por processo tecnológico adequado; VII - Monitoramento de qualidade do produto: coleta, avaliação e análise laboratorial quando for o caso, de produtos com objetivo de verificar sua conformidade com o padrão sanitário requerido ou com o Padrão de Identidade e Qualidade (PIQ) ou Regulamento Técnico do Produto (RT);
2 VIII - Inspeção Sanitária nos locais de fabricação de produtos alimentícios: é o procedimento da Fiscalização Sanitária Municipal efetuado no estabelecimento, atividade ou unidade fabril, objetivando verificar o cumprimento da legislação sanitária municipal vigente, para fins de concessão ou não do Alvará de Autorização Sanitária; IX - Exigência: é um recurso utilizado pela Vigilância Sanitária, dirigido aos estabelecimentos, unidades ou atividades da área de alimentos, para solicitar complementação de dados para uma melhor avaliação do processo em estudo e adequação à legislação sanitária vigente; X - Aditivo alimentar: é qualquer ingrediente adicionado intencionalmente aos alimentos, sem propósito de nutrir, com objetivo de modificar as características físicas, químicas, biológicas ou sensoriais, durante a fabricação, processamento, preparação, tratamento, embalagem, acondicionamento, armazenagem, transporte ou manipulação de um alimento. Ao agregar-se poderá resultar em que o próprio aditivo ou seus derivados se convertam em um componente de tal alimento. Esta definição não inclui os contaminantes ou substâncias nutritivas que sejam incorporadas ao alimento para manter ou melhorar suas propriedades nutricionais. XI - Ingrediente: é qualquer substância, incluídos os aditivos alimentares, empregada na fabricação ou preparação de um alimento e que permanece no produto final, ainda que de forma modificada; Art. 3º - Todos os estabelecimentos que exercerem atividades pertinentes à área de alimentos, de acordo com a legislação sanitária municipal vigente, serão inspecionados e licenciados (ou não) pela Vigilância Sanitária Municipal. 1º - Os produtos abaixo discriminados, nos termos do Anexo I da Resolução nº 23, de 15 de março de 2000 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, estão isentos de Registro naquele órgão: Código / Descrição: Açúcares; Alimentos e bebidas com informação nutricional complementar; Alimentos congelados; Amidos e féculas; 005- Aditivos aromatizantes/aromas; Balas, bombons e similares; Biscoitos; Cafés; Cereais e derivados; Chás; Colorífico; Cremes vegetais; Composto de erva-mate; Condimentos preparados; Conservas vegetais ( exceto palmito ); Doces; Embalagem; Erva-mate; Especiarias/tempero; Farinhas; Farinhas de trigo e/ou milho fortificadas com ferro; Frutas (dessecadas ou liofilizadas); Frutas em conserva; Geléia de mocotó; Geléia (frutas); Massas; Pós ou misturas para o preparo de alimentos e bebidas;
3 028 - Óleos e gorduras vegetais; Pães; Pastas e patês vegetais; Polpa de frutas; Polpa de vegetais; Preparações e produtos para tempero à base de sal; Produtos de cacau/chocolate; Produtos de côco; Produtos de confeitaria; Produtos de frutas, cereais e leg. para uso em iogurte e similares; Produtos de soja; Produtos de tomate; Salgadinhos; Sementes e oleaginosas; Sobremesas e pós para sobremesa; Sopas e desidratadas; Vegetais (dessecados e ou liofilizados). 2º - Os produtos abaixo discriminados, nos termos do Anexo II da Sanitária, continuam sujeitos a registro naquele órgão: Código / Descrição: Aditivos (formulados); 002- Aditivos substância única; 003- Adoçantes; 004- Água mineral; 005- Água natural; 006- Águas purificadas adicionadas de sais; 007- Alimentos adicionados de nutrientes essenciais; Alimentos com alegações de propriedades funcionais ou de saúde; 009- Alimentos infantis; 010- Alimentos para controle de peso; 011- Alimentos para dietas com restrição de nutrientes; Alimentos para dietas c om ingestão controlada de açúcares; Alimentos para dietas enterais; Alimentos para gestantes e nutrizes; Alimentos para idosos; Alimentos para praticantes de atividade física; 017- Alimentos de origem, quando forem de competência do Ministério da Saúde; Bebidas não alcoólicas, quando forem de competência do Ministério da Saúde; Coadjuvantes de tecnologia; Composto líquido pronto para consumo; Embalagens recicladas; Gelo; Novos alimentos e/ou novos ingredientes; Sal; Sal hipossódico/ sucedâneos de sal; Suplemento vitamínico e/ou mineral; Palmito. Art. 4º - Os alimentos dispensados de registro cujos estabelecimentos, unidades e atividades fabris estejam sediados no município, e com o Alvará de Autorização Sanitária atualizado, deverão informar, num prazo máximo de até 10(dez) dias, a data de início da fabricação do(s) produto(s) à
4 Vigilância Sanitária Municipal, utilizando para tal o formulário contido no Anexo X da Resolução nº 23, de 15 de março de 2000 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, e obrigatoriamente afixar no rótulo do(s) mesmo(s) o número do Alvará de Autorização Sanitária, com a data de vencimento, acrescido do código que descreve o produto, conforme disposto no 1º do art. 3º desta Resolução, podendo a partir daí dar início à sua comercialização no mercado municipal. 1º - A Rotulagem do(s) produto(s) indicada no caput deverá ser processada por parte do estabelecimento, unidade ou atividade fabril anualmente, quando da renovação do Alvará de Autorização Sanitária, devendo, portanto, ser feito provisão de estoque de embalagens. 2º - Para todos os efeitos deste artigo, e iniciada a comercialização do(s) produto(s), deverá o estabelecimento, unidade ou atividade fabril fazer comunicação no prazo de 30(trinta) dias do início de tal comercialização, onde os mesmos estão sendo distribuídos, e solicitar à Vigilância Sanitária Municipal que proceda coleta de amostra para monitoramento da sua qualidade. 3º- Se o estabelecimento, unidade ou atividade fabril não possuir Alvará de Autorização Sanitária, terá a Vigilância Sanitária Municipal um prazo de até 60 (sessenta ) dias, a contar da data da comunicação do início da produção ou da identificação de irregularidade fiscal sanitária nos produtos comercializados, para a devida inspeção fiscal sanitária, ficando neste caso proibida a produção e distribuição de tal(is) produto(s), até a aprovação sanitária, devendo os responsáveis recolher do mercado municipal os produtos porventura já distribuídos, sem prejuízo da aplicação de sanções legais cabíveis( dentre elas a apreensão e inutilização). 4º - A realização da inspeção sanitária neste prazo dependerá, isoladamente ou em conjunto, da natureza do produto, do risco associado ao mesmo, da data da última inspeção e do histórico sanitário da empresa. Art. 5º - Estão também dispensados da obrigatoriedade de registro e, adicionalmente, dispensados da necessidade de informar o início da fabricação à Vigilância Sanitária Municipal, os seguintes produtos (Conforme item da Resolução nº 23, de 15 de março de 2000 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária): I - As matérias-primas alimentares e os alimentos in natura; II - Os aditivos alimentares(intencionais) inscritos na Farmacopéia Brasileira, ou utilizados de acordo com as Boas Práticas de Fabricação e aqueles dispensados pelo órgão competente do Ministério da Saúde; III - Os produtos alimentícios elaborados conforme Padrão de Identidade e Qualidade, usados como ingredientes alimentares, destinados ao emprego na preparação de alimentos industrializados, em estabelecimentos devidamente licenciados, desde que incluídos na legislação brasileira de alimentos; IV - Os produtos de panificação, de pastifício, de pastelaria, de confeitaria, de doceria, de rotisseria e de sorveteria, quando exclusivamente destinados à venda direta ao consumidor, efetuada em balcão do próprio produtor, mesmo quando acondicionados em recipientes ou embalagens com a finalidade de facilitar a sua comerc ialização. Art. 6º - O Alvará de Autorização Sanitária para os estabelecimentos, unidades e atividades objeto desta Resolução, só poderá ser liberado quando: I - Houver sido cumpridas todas as exigências capituladas na legislação sanitária municipal vigente; II - Estar estabelecido e implementado as "Boas Práticas de Fabricação" de acordo com a legislação sanitária vigente, e ser apresentado à autoridade fiscal sanitária, quando solicitado, o "Manual de Boas Práticas de Fabricação".
5 III - Houver sido adotado na cadeia produtiva, metodologia que assegure o controle de pontos críticos que possam acarretar riscos à saúde do consumidor; IV - Houver sido mantido atualizadas as fórmulas do(s) produto(s) dispensados de registro, e apresentadas à autoridade fiscal sanitária sempre que solicitado; V- Possuir o estabelecimento, unidade e atividade objeto desta Resolução Responsável Técnico nos termos da legislação vigente. Art. 7º - Os procedimentos administrativos para o(s) produto(s) que ainda necessitam de registro junto ao órgão competente do Ministério da Saúde, vigorarão nos termos processuais disciplinados pela Resolução nº 23, de 15 de março de 2000, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Art. 8º - Deverá ser verificado no(s) produto(s) oriundos de outros municípios ou estados da federação, no que couber, as disposições desta Resolução, e periodicamente ser realizado monitoramento de qualidade. Art. 9º - O descumprimento desta Resolução constitui infração sanitária, sujeitando-se os infratores às penalidades da Lei Municipal nº de 13 de janeiro de 1986, do Decreto Municipal nº 5.616, de 15 de maio de 1987, da Lei Municipal nº 7.031, de 12 de janeiro de 1996 e demais disposições aplicáveis. Art Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. Belo Horizonte, 28 de março de 2000 João Batista de Souza Chefe da Vigilância Sanitária Municipal
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