DIA DE CAMPO DO CENTRO NACIONAL DE PESQUISA DE TRIGO
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- Milena Galvão Prado
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1 DIA DE CAMPO DO CENTRO NACIONAL DE PESQUISA DE TRIGO Centro Nacional de Pesquisa de Trigo Passo Fundo, 1993 RS
2 EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA A Vinculada ao Ministério da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma Agrária V Centro Nacional de Pesquisa de Trigo ~ Passo Fundo, RS DIA DE CAMPO DO CENTRO NACIONAL DE PESQUISA DE TRIGO Centro Nacional de Pesquisa de Trigo Passo Fundo, RS 1993
3 EMBRAPA-CNPT Rodovia BR 285 km 174 Telefone: (054) Telex: Fax: (054) Caixa Postal Passo Fundo, RS. Tratamento Editorial: Benami Bacaltchuk Armando Ferreira Filho Fátima M. De Marchi EMBRAPA Centro Nacional de Pesquisa de Trigo (Passo Fundo, RS). Dia de Campo do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo Passo Fundo, p. (EMBRAPA-CNPT. Documentos, 10). Dia de Campo; Extensão Rural; Plantio Direto; Agropecuária; Qualidade Industrial; Praga; Armazenagem; Controle de Doenças. Trigo;
4 MENSAGEM DA CHEFIA.. 5 Principais Linhas de Pesquisa do CNPT para PROGRAMAÇÃO DO DIA DE CAMPO... 6 Estação I: Sistemas de Exploração Agropecuária.. 6 I. I O sistema plantio direto no Rio Grande do Sul... 6 I. 2 Manejo dos restos culturais Integração lavoura-pecuária.. 10 Estação 2: Validação das estratégias de controle das doenças do trigo II Estação 3: Qualidade industrial do trigo 12 Estação 4: Manejo de pragas de grãos armazenados Estação 5: Aplicação de nitrogênio na cultura do trigo Estação 5: A DifuS<lode Tecnologia ADMINISTRAÇÃO E EQUIPE TÉCNICA DA EMBRAPA-CNPT 17
5 Euclydes Minella - Eng.-Agr. Ph.D. (Chefe) Edson J. Iorczeski - Eng.-Agr. Ph.D. (Chefe Adj. de Apoio) José Roberto Salvadori - Eng.-Agr. Ph.D. (Chefe Adj. Técnico) o CNPT foi criado em 1974, com a missão de produzir a base tecnológica para o aumento da produção de trigo no pais. Na revisão institucional concluida em 1992, o CNPT definiu em seu Plano Diretor de Unidade (pdu) para esta década - como missão "gerar, adaptar e promover conhecimentos e tecnologias visando a sustentabilidade da produção de grãos, com ênfase em trigo e em outros cereais de inverno" e, como objetivos, produzir conhecimentos e tecnologias que contribuam para: tornar a produção nacional de trigo, aveia, centeio, cevada e triticale mais competitiva em produtividade, qualidade e rentabilidade em relação à produção colocada no mercado internacional destes grãos; a sustentabilidade do complexo produtivo de grãos da região sul do Brasil e, a diversificação da produção agropecuária regional, viabilizando novos cultivos e sistemas de produção alternativos. Isto significa que hoje, as ações do Centro não estão voltadas exclusivamente para produtos e sim para viabilização da propriedade rural como um todo, especialmente no que se refere à produção de grãos, incluindo sua integração com a pecuária. Por outro lado, o Centro mantém a postura de referêncial nacional para trigo, centeio, cevada e triticale como centro de excelência e de verticalização do conhecimento para estas culturas. Procurando evoluir e adaptar-se à realidade política e socioeconômica do país, o CNPT vem baseando sua conduta em alguns pontos principais: I) Visão Sistêmica -privilegia o trabalho voltado para o sistema de produção, ampliando o leque de culturas pesquisadas; 2) Pesquisa e Desenvolvimento - implica em ir além do desenvolvimento de tecnologias e chegar ao processo ou ao produto final pronto para ser utilizado pelos usuários; 3) Parceria - significa somar esforços com clientes e outras instituições de pesquisa de ensino e de assistência técnica e extensão rural para otimizar o emprego de recursos na solução dos problemas da clientela; 4) Sustentabilidade - promoção do desenvolvimento sustentado da agricultura, através da utilização racional dos recursos naturais e da preservação ambienta!. Hoje, o CNPT busca de modo persistente a qualidade e a coerência de suas atividades com as reias demandas, atuais e potenciais, dos diversos segmentos da sociedade (como produtores, agroindústrias e consumidores). Isto implica em maior diálogo entre pesquisadores e clientes da pesquisa.
6 Visando cumprir a sua missão e atingir seus objetivos, o CNPT concentrará suas ações, a partir de 1994, nas seguintes linhas de pesquisa: Desenvolvimento de cultivares de trigo, cevada, triticale, aveia e centeio. Desenvolvimento de cultivares de soja, milho e feijão. Introdução e avaliação de espécies para diversificação dos sistemas regionais de produção de grãos. Integração lavoura-pecuária. Práticas culturais para manejo dos cereais de inverno e culturas associadas (soja, milho etc.) Manejo integrado de pragas, doenças e plantas daninhas Melhoria da capacidade produtiva do solo. Estudo de sistemas alternativos de exploração agropecuária. Sistema de plantio direto. Redução das perdas na colheira e em pós-colheita. Tradicionalmente, nos Dias de Campo do CNPT, são abordados alguns temas que representam de forma objetiva a magnitude e a diversidade do trabalho desenvolvido aqui em Passo Fundo. Também é objetivo dos Dias de Campo permitir um contacto direto entre os pesquisadores e os cliente do CNPT. Os temas escolhidos constituem um conjunto de estações as quais representam uma mensagem institucional. Para o Dia de Campo do CNPT de 1993 a ênfase é a visão sistêmica com aplicação de opções adaptadas realidade socioeconâmica das regiões de produção. a Estação 1: Sistemas de Exploração Agropecuária Esta estação está dividida em três sub-estações: 1.1 O sistema plantio direto no Rio Grande do Sul As primeiras informações técnicas sobre o plantio direto, geradas pela pesquisa, as quais surgiram imediatamente após a sua introdução no Pais, em 1970, foram relativas à sua alta eficiência no controle da erosão. A partir desses resultados, acrescidos de conhecimentos obtidos pelas experiências individuais dos produtores adotantes, o plantio direto passou a ser difundido, quase que exclusivamente, sob o enfoque conservacionista. Muito embora essas ações de difusão tenham sido realizadas com veemência, a carência de informações
7 técnicas complementares, par garantir a continuidade do sistema, gerou períodos de grande instabilidade no processo de adoção. Somente a partir do início da década de oitenta é que as iiúormações técnícas geradas pela pesquisa passaram a evidenciar que o plantio direto, para viabilizar-se técníca e economicamente, necessitava ser tratado como um sistema de exploração agropecuário, sistema este composto por um complexo ordenado de práticas agricolas, as quais devem ser inter-relacionadas e dependentes umas das outras. O plantio direto passou a ser conceituado como um sistema de exploração agropecuário que envolve diversificação de espécies, via rotação de culturas, as quais são estabeleci das na lavoura mediante a mobilização de solo exclusivamente na linha de semeadura, mantendo-se os resíduos vegetais das culturas anteriores na superficie do solo. Atualmente, a grande razão para a adoção desse sistema que é de ordem econômica, alia-se às vantagens conservacionístas. A área mantida sob esse sistema no RS, encontra-se establizada, em cerca de 250 a 300 mil hectares. Aspectos de ordem técnico-econômica, como a complexidade do manejo de plantas danínhas e o alto custo das semeadoras específicas para o sistema, têm sido fatores condicionadores dessa estabilização. Para aprimorar as atividades de difusão do plantio direto o CNPT tem desenvolvido pesquisas de ajustes nos métodos de correção da acidez do solo e de reposição dos nutrientes para as plantas; avaliação de desempenho de semeadoras para o sistema; manejo de restevas, identificação e. determinação de hábitos alimentares da fauna do solo; determinação da epidemiologia de patógenos das plantas; integração lavoura-pecuária e, compreensão das interaçôes destes fatores com a economicidade do sistema. Tem sido desenvolvido treinamentos teórico-práticos, para assistentes técnicos estabelecimento de lavouras demonstrativas. Anotações:
8 Trabalhos realizados no RS e PR, mostram que os residuos culturais de espécies de inverno, mantídos sobre a superficie do solo, controlam algumas espécies de plantas daninhas que germinam e se desenvolvem durante o verão, sendo possível a redução no uso de dessecantes e a utílização de restos culturais em programas integrados de controle dessas espécies indesejáveis. Ao nível de campo, a aveia preta tem demonstrado uma grande potencialidade e versatílidade no controle de plantas daninhas no sistema de plantío direto. Esta além de grande produtora de massa seca, proporciona exelente cobertura de solo, podendo ser utílizada para a produção de sementes e para pastoreio. No caso de produção de grãos, a operações de colheita é o ponto chave para o sucesso. O emprego de picador e de distribuidor de palha capaz de fracionar finamente a palha e distribui-ia uniformemente sobre o terreno, na mesma largura da plataforma de corte da automotriz, permite a semeadura e aplicação dos herbícidas sem díficuldade. No caso de pastoreio, é fundamental que o manejo da pastagem seja feito evitando a manutenção de animais por ocasião de chuvas e com solo exessivamente úmido. É importante a retírada dos animais quando a cultura apresentar-se na fase de noração. No primeiro caso, o pisoteio de animais, tornará o solo bastante desuniforme e as plantas pisoteadas terão seu ciclo alterado, sendo, muitas vezes, necessário usar herbicidas dessecantes. No segundo caso, o pastoreio provocará uma grande desuniformidade no ciclo da cultura, bem como uma cobertura de solo pobre, tornando necessário o emprego de herbicidas. Na situação em que a cultura de inverno destina-se exclusivamente para cobertura morta, recomenda-se a utilização da aveia preta ou ervilhaca. O emprego de roçadoras, rolo facas e mesmo grades niveladoras de disco, por ocasião da noração, tem dado bons resultados, com a eliminação de mais de 80% da aveia. A ervilhaca apresenta uma sensibilidade maior ao manejo mecânico, sendo eliminada quase que totalmente, com esta prátíca. O manejo quimico. tem demonstrado também eficiência. Resultados de pesquisa indicam que a aplicação de 2,4 O, na dose equivalente a 0,5 I/ha de produto comercial, no mesmo dia da semeadura de milho, provocou uma redução de mais de 25% no rendimento desta cultura o que explica a necessidade do intervalo entre a aplicação e semeadura da cultura subseqüente.
9 Ingrediente Controle Tratamentos Ativo (%) (kg/ha) Glifosate 0,54 99 Glifosate 0,36 92 Paraquat + Diuron ,25 98 Paraquat + Diuron 0,4 + 0,2 92 Paraquat + Diuron ( ,1)1 98 Rolagem2 85 I Duas aplicações com a dose indicada, com um intervalo de 7 dias da primeira para a segunda. 2 Rolo faca. Fonte: RUEDELL (1991). Ingrediente Ativo (kg!ha) Controle (%) 2,4 D (Éster) Glifosate Paraquat + Diuron Glifosate + 2,4 D Paraquat + Diuron + 2,4 D Rolageml 0,4 0,54 0,4 + 0,2 0,36 + 0,2 0,2 + 0,1 + 0,2 I Realizado com rolo faca. Fonte RUEDELL (1992).
10 As culturas de yerão. principalmcnte soja. milho. arroz. feijão c sorgo ocuparam. na safra 1992/93. no RS, cerca de 6 milhões de ha. enquanto as culturas de im'erno ocupam 850 mil ha, Isto indica a necessidade de alternatiyas econômicas para as áreas ociosas durante o im'erno, No RS. a pecuária agrícola é composta por um rebanho de. aproximadamcnte. 1-1 milhões de bovinos e de 8 milhões de oyinos, A exploração de boyinos de corte é feita de maneira extensiva. baseada em pastagens nativas, Estas são compostas. basicamente. por espécies de crescimento esti\'al que. no inyerno. paralizam o crescimento, além de serem crestadas pelas geadas, A forragem. nesta época. é pobre em energia e proteina. tornando-se insuficientes para alimentação do rebanho, Isto causa baixos indices zootécnicos. com desfrute de 9-13 % de idade de abate de -I anos. indice de mortalidade de 5-6 %. natalidade de % e rendimento de carcaça de %. As condições das regiões do Planalto Médio e Missões. dcntro destc contcxto. oportunizam a tcrminação de boyinos durante 3 a -I meses (junho-setembro) sobre pastagem de aveia preta. fundamentalmente, Os ganhos de peso diários situam-se próximos a 1 kg/no\'ilho. A ocupação de 1/3 da árca cultiyada com soja. nesta região. permitiria a ocupação de 500 mil ha com a terminação de boyinos e ovinos. sendo uma alternativa cconômica considerá\'e1. Essa opção permitirá a adequação da carga animal da pastagem nativa no periodo crítico. atra\'és do fornecimento de animais scmi-terminados. reduzindo a mortalidade nas zonas de criação pela mc1horia da alimentação. com reflexos positi\'os nos indicadores dc eficiência produli\'a da pecuária de cortc no RS,
11 As doenças foliares do trigo como o oidio (Erysiphe graminis [sp. tritici), ferrugem da folha (Puccinia recondita) e o complexo de manchas foliares (Bipolaris sorokiniana, Septoria nodorum e Drechslera triticirepentis) reduzem significativamente o rendimento do trigo. Nos últimos doze anos, o potencial de rendimento do trigo foi limitado de 16 a 40 %. O método mais eficiente de controle de doenças é a resistência genética, pois é de simples adoção, baixo custo e sem risco ambiental. Infelizmente, é dificil combinar todas as características de resistência às moléstias e os requisitos agronômicos e industriais em uma única variedade. Os fungicidas se apresentam, então, como uma ferramenta que, quando bem utilizada, minimiza o efeito destas doenças no rendimento do trigo. Porém, os baixos preços hoje oferecidos para o trigo e as crescentes preocupações com a contaminação ambiental trazem um forte apelo para o uso da estratégia de manejo integrado das doenças. Busca-se dessa maneira, usar fungicidas somente em casos essenciais, a julgar pelos níveis de dano econômico determinados pelo critério de prognóstico de epidemias. No quadro a seguir é apresentado o resultado da validação da eficiência econômica do tratamento com fungicidas para algumas cultivares recomendadas em Também é apresentado o resultado obtido para a mistura das cultivares BR 23 e EMBRAP A 16, procedimento este que està em fase de estudo. Cultivares BR23 EMBRAPA 15 BR 35 BR34 BR32 EMBRAPA 16 BR38 MISTURA BR43 Custo variável ($) Adubação de base Adubação de cobertura Tratamento de semente Fungicicia Dist. uréia Preparo de solo Semeadura Colheita Semente Total Produtividade (kg/ha) Preço do trigo ($It) Receita bruta ($/ha) ~l;;:i~~d~~~~~~ ) ~~;:II~~d~1~}g~r Diferença ($) 74,17 96,85 (23.97) Preços em US$ dólar. Considerou-se o custo fixo de $ 100,00 para as cultivares. 11
12 o trigo é um alimento consumido após a sua industrialização na forma de pães, massas, bolachas, bolos, produtos de confeitaria e receitas domésticas. O trigo também é usado como ração para animais. Atualmente, o trigo no Brasil está recebendo qualificação como matéria-prima para a indústria de alimentos. Existem muitas maneiras de definir qualidade industrial. A definição que melhor atende ao mercado brasileiro de trigo, é a que o relaciona com sua aptidão ao uso, ou seja, indicação do tipo de indústria que pode utilizar determinada cultivar de trigo para produzir um excelente produto final como pães, bolachas, massas, etc. Ainda não estão concluídos os estudos sobre o uso industrial das cultivares de trigo, mas informações preliminares encontram-se publicadas na "Recomendação da Comissão Sul-Brasileira de Pesquisa de Trigo 1993", classificando as cultivares de trigo recomendadas para plantio no RS e SC, em: - Trigos Comuns - Podem ser utilizados pelas indústrias de bolachas, biscoitos, massa tipo caseira fresca, confeitaria, pizzas e afins. Participam deste grupo as cultivares TRIGO BR 23, TRIGO BR 34, TRIGO BR 37, TRIGO BR 43, CEP 17-ITAPUÃ RS I-FÊNIX e CEP 2 I-CAMPOS. - Trigos Intermediários - Podem ser utilizados pelas indústrias de panificação, uso doméstico e as defin;das para trigo de uso comum. Participam deste grupo as cultivares TRIGO BR 15, TRIGO BR 32, TRIGO BR 35, TRIGO BR 38, EMBRAPA 15, EMBRAPA 24, RS 8-WESTPHALEN, TRIGO BR I~, CEP li. CEP I~-TAPES,
13 As perdas ocasionadas pelas pragas no armazenamento de grãos chegam a mais de 10 % da produção brasileira. o que representa cerca de 8 milhões de toneladas de grãos que são disperdiçados, após um grande esforço da sociedade em produzi-ios. Além das perdas quantitativas, as pragas causam redução na qualidade dos grãos, prejudicando a comercialização e o consumo destes produtos. As causas que levam a elevadas perdas de grãos são as instalações inadequadas para armazenagem, a falta de conhecimento tecnológico para ser repassado aos técnicos responsáveis pela armazenagem e ao pequeno número de princípios ativos de inseticidas registrados para grãos armazenados. Esses problemas geram baixa qualidade dos grãos, perdas elevadas até por apodrecimento e, conseqüentemente, dificuldade de comercialização destes grãos. Tem se observado também, resistência das pragas aos inseticidas recomendados. Para resolver essa situação deve-se fazer o manejo integrado das pragas, que consiste na identificação das espécies que atacam os grãos, execução de medidas de limpeza e higienização das umidades armazenadoras, utilização de sistemas preventivos e curativos de controle de acordo com as espécies que infestam os grãos, com inseticidas eficientes para cada população de pragas e, principalmente, fazer o monitoramento das pragas, da temperatura e da umidade do grão para evitar as perdas no produto armazenado.
14 nitrogênio (N) é um dos nutrientes absorvidos em maior quantidade pela cultura de trigo. No solo, o N encontra-se principalmente na forma orgânica. necessitando ser transformado em formas quimicas minerais (NO]- e NH 4 +) para ser absorvido pelas plantas. A forma de NO] - não é retida pelas partículas do solo e movimenta-se com a solução do solo. Perdas de N por lixi\'iação para camadas subsuperficiais do solo podem ocorrer durante períodos de chuy'asprolongadas ou muito intensas. que são comuns durante o desenvolvimento do trigo. Havendo necessidade de aplicação de N. recomenda-se que esta seja realizada na semeadura e durante o afilhamento (período que antecede a maior taxa de absorção). possibilitando. assim. que se obtenha máxima utilização deste nutriente pela planta. A quantidade de N a ser aplicada depende de vários fatores: teor de matéria orgânica do solo. quantidade e tipo de restey'ada cultura anterior. tipo de solo e região climática. rendimento esperado. freqüência e intensidade chu\'a, cultivares etc. efeito das restey'as de milho e de soja no desem'o!úmento do trigo estão sendo demonstrados através de experimento de campo. ell\'olvendo doses de N. de
15 De que adianta gerar tecnologia se esta não é repassada ao usuário. No CNPT, desde sua criação, uma das atividades que sempre recebeu prioridade é a difusão da tecnologia. Neste setor estão se desenvolvendo atividades que visam promover a informação gerada pelo CNPT assim como os pesquisadores que a produzem. Dentre estas atividades destacam-se publicações técnicas e promocionais; treinamentos de técnicos da assistência técnica, produtores e pesquisadores; demonstração de resultados através de dias de campo no CNPT ou em propriedades rurais nas mais diversas regiões de produção. Dentre as atividades de demonstração a validação de fatores tecnológicos dentro dos sistemas de produção recomendados assim como a validação de sistemas novos tem sido largamente explorado pela equipe do CNPT em parceria com cooperativas, produtores de semente, Serviço de Produção de Sementes Básica da EMBRAPA e produtores líderes nas diversas regiões de produção do RS, SC e PR. A validação consiste em plantio de parcelões (\4 ha) com supressão de fatores tecnológicos. Basicamente, se plantam faixas com as cultivares mais promissoras, principalmente, as que apresentam melhor qualidade panificadora e se diferenciam tratamentos de nitrogênio em cobertura e fungicida. Basicamente se oferece ao públíco oportunidade de observar as cultivares mais promissoras do CNPT em quatro diferentes sistemas de produção: a) sem nitrogênio em cobertura e sem fungicida; b) sem nitrogênio em cobertura e com fungicida; c) com nitrogênio em cobertura e sem fungicida; d) com nitrogênio em cobertura e com fungicida.
16 Euclydes Minella José Roberto Salvadori Edson Jair Iorczeski Chefe Chefe Adjunto Técnico Chefe Adjunto de Apoio Agostinho Dirceu Didonet 1 Amarilis Labes Barcellos 1 Ana Christina A. Zanatta 1 Antônio Faganello Airton N. de Mesquita Arcenio Sattler Ariano Moraes Prestes Amlando Ferreira Filho Aroldo Gallon Linhares Augusto Carlos Baier 1 Benami Bacaltchuk Cantidio N. Alves de Sousa Delmar Põttker Dionísio Brunetta 2 Dirceu Neri Gassen Edar Peixoto Gomes Edson Clodoveu Picinini Eliana Maria Guarienti Emidio Rizzo Bonato Erivelton Scherer Roman 1 Erlei MeIo Reis Gabriela E.L. Tonet Geraldino Peruzzo Gerardo N.A.D. y Veiga Gilberto Ornar Tomm 1 Gilberto Rocca da Cunha Henrique P. dos Santos Irineu Lorini Ivo Ambrosi Jaime Ricardo T. Maluf 3 João Carlos Haas João Carlos Ignaczak João Carlos S. Moreira João Felipe Philipovsky João Francisco Sartori Jorge Luiz Nedel José Alberto R. de O. Velloso José Eloir Denardin José Mauricio C. Fernandes Fisiologia Vegetal Fitopatologia Máquinas Agrícolas Economia Rural Engenharia Agricola Fitopatologia FitossanidadelDifusão de Tecnologia Comunicação de Massas Fertilidade de Solo Entomologia Fitopatologia Tecnologia de Alimentos Solos e Nutrição Vegetal Fitopatologia Entomologia Fertilidade do Solo Agrometeorologia Entomologia Economia Rural Agrometeorologia Fisiologia Vegetal Estatistica e Métodos Quantitativos Fitopatologia Botánica Conservação de Solo Filopalologia
17 José Renato Ben Júlio Cesar. B. Lhamby Leila Maria Costamilan Leo de Jseus A. DeI Duca Leonor Aita Sélli 1 Luiz Ricardo Pereira Márcio Só e Silva Márcio Voss Maria!rene B. de M. Femandes Milton Costa Medeiros Osmar Rodrigues Paulo Fernando Bertagnolli Pedro Luiz Scheeren Rainoldo AIberto Kochhann Renato Serena Fontaneli Roque G.A. Tomasini Sérgio D. dos A. e Silva Sírio Wiethõlter Walesca lruzun Linhares Wilmar Cório da Luz Solos e Nutrição de Plantas Fitopatologia Fitopatologia Solos Citogenética e Evolução Vegetal Fisiologia Vegetal Fertilidade/Conservação de Solo Economia Rural Química e Fertilidade de Solo Fitopatologia I Em curso de pós-graduação. 2 Desenvolvendo atividades no IAPAR. 3 Desenvolvendo atividades no IAPGRO.
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