PROJETO ADAPTAÇÃO AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS PARA AS ZONAS COSTEIRAS (PAMCZC)
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- Felipe de Miranda do Amaral
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1 REPU BLICA DEMOCRA TICA DE SA O TOME E PRI NCIPE PROJETO ADAPTAÇÃO AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS PARA AS ZONAS COSTEIRAS (PAMCZC) Public Disclosure Authorized Public Disclosure Authorized Public Disclosure Authorized Public Disclosure Authorized PLANO DE REASSENTAMENTO PARA AS COMUNIDADES DE MALANZA E SANTA CATARINA São Tomé 2015
2 Índice PROJETO ADAPTAÇÃO AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS PARA AS ZONAS COSTEIRAS (PAMCZC)... Error! Bookmark not defined. I. INTRODUÇÃO... 2 II. ENQUADRAMENTO JURIDICO Legislação Nacional... 4 Constituição Padrão do Banco Mundial para o Reassentamento Involuntário Método de avaliação dos bens afectados... 7 III. DESCRIÇÃO DO PLANO DE REASSENTAMENTO Descrição dos impactos sociais Abordagem e cálculos Reunião de auscultação pública Medição no terreno Questionário Cálculo das perdas directas Estimativa da indemnização e apoio em termos de assistência/restauro das formas de sustento EXECUÇÃO PROCEDIMENTO DE APRESENTAÇÃO DE QUEIXAS MONITORIZAÇÃO... 16
3 I. INTRODUÇÃO O Governo de São Tomé e Príncipe através do Projecto de Adaptação às Mudanças Climáticas para Zonas Costeira de São Tomé e Príncipe tem implementado várias acções que concorrem para responder aos riscos dos efeitos das mudanças climáticas. Uma das actividades previstas, no âmbito deste projecto, consiste em realizar obras de engenharia, para a protecção das comunidades contra as turbulências marítimas e erosão costeira causada pelo aumento do nível do mar, assim como, contra as inundações fluviais e pluviais que afectam de forma significativa a vida destas comunidades. As obras de engenharia consistiram em construção de estruturas de quebra ondas, de diques nos rios com vista a evitar as inundações provenientes dos rios, e na construção de valas de drenagem, para as águas pluviais. Associadas as obras de engenharia, acima referidas, foram desenvolvidas actividades de protecção natural nas margens das praias, através da introdução de árvores com vista a travar a erosão costeira. Apesar de se ter desenvolvido estas actividades, as comunidades continuam a ser extremamente vulnerável as consequências nefastas das mudanças climáticas uma vez que as residências continuam próximas do litoral. Para a resolução definitiva do problema, necessário se torna, que seja criada uma nova zona de urbanização, nas áreas mais seguras para as referidas comunidades. Esforços foram evidenciados e as áreas já foram identificadas, no entanto, apesar das mesmas não estarem a ser aproveitadas economicamente pelos proprietários, é imperioso que sejam indemnizadas por algumas plantas que se encontram nas parcelas.
4 Uma das acções prevista neste quadro, prende-se com a acção de reassentamento das famílias afectadas pelo plano de ordenamento, da população das aldeias pilotos, onde existem casas em áreas de alto risco, cuja população tem vindo solicitar assistência. Para a materialização desta actividade foi solicitado o presente documento que constitui o Plano de Acção para o reassentamento referente a designação de áreas urbanas de habitação (áreas de expansão) em zonas mais seguras dos riscos de inundação de rio e do mar para evitar perdas de casas, gados, embarcações etc. nas comunidades de Ribeira Afonso, Malanza e Santa Catarina. Tendo em conta a dificuldade para atribuir terrenos alternativos nas imediações das áreas afectadas ao projecto para estes proprietários, propõe-se que os mesmos recebam alguma compensação por algumas plantas que existam nas suas áreas. Acresce que as referidas áreas foram atribuídas aos referidos proprietários pelo Governo, mas os mesmos não têm dedicado ao seu cultivo. Por isso, a perda de parte das referidas parcelas, não afectam economicamente os seus proprietários. O estudo contemplou um levantamento exaustivo das culturas existentes nas referidas parcelas, para se apresentar uma compensação dentro do quadro legal existente em São Tomé e Príncipe e de acordo com as normas do Banco Mundial. II. ENQUADRAMENTO JURIDICO 2.1Legislação Nacional Constituição A Constituição é a legislação suprema de São Tomé e Príncipe e o Artigo 48 concede a todos os cidadãos o direito à habitação e a condições de vida humanas, garantindo também a todos o direito e o dever de defender estes direitos.
5 No espírito da Constituição, todas as leis ambientais permitem que os cidadãos tenham acesso aos recursos naturais e os utilizem para o desenvolvimento económico e social sustentável, contribuindo para a aquisição de meios financeiros dirigidos à luta contra a pobreza, conservação da biodiversidade e protecção dos recursos biológicos. A alocação de terras para lotes residenciais pode ser feita por solicitação directa ao organismo competente do Estado ou, no caso de vários interessados, em leilão público (Artigo 33). Toda a terra atribuída as entidades privadas devem ser registadas. (Artigo 39).Essencialmente, a Lei 3 / 91 sobre a propriedade fundiária define as categorias de posse de terras por meio das quais as terras do Estado podem ser atribuídas a particulares, para diferentes usos. Quando a terra é exigida pelo Estado para o bem público, o procedimento é a agência de origem preparar uma requisição de apresentação para o Gabinete do Primeiro-Ministro, que, em seguida, pública a Declaração de Utilidade Pública no Diário Oficial. Ao mesmo tempo, a agência de origem informa o proprietário ou ocupante do terreno sobre a intenção de Estado em adquiri o imóvel e iniciar as negociações. Além disso, embora existam, na lei, processos formais de valorização da terra, estes ainda têm de ser instruídos. Nestas circunstâncias, normalmente os representantes do Estado e o proprietário / ocupante chegam a um acordo informal que, para os moradores e pequenos titulares agrícolas, geralmente implica a alocação, por parte do Estado, de um lote de reposição da terra de tamanho e características aceitáveis e substituição ou ressarcimento por quaisquer outros bens perdidos. 2.2 Padrão do Banco Mundial para o Reassentamento Involuntário A Política Operacional do Banco Mundial sobre Reassentamento Involuntário (PO 4.12) visa cobrir uma vasta gama de eventuais casos que possam surgir em países ao redor
6 do mundo. A política é, portanto, redigida em termos gerais, embora suas especificações possam ser facilmente definidas para países ou casos específicos. Primeiro, o PO 4.12 estipula a plena informação e participação da comunidade, com particular ênfase sobre a inclusão das populações pobres, vulneráveis e / ou marginalizadas da comunidade. A premissa aqui é não só que as pessoas têm o direito de saber quais investimentos e projectos estão sendo realizados, mas que também tenham uma voz forte na tomada de decisões. Além disso, como os segmentos menos favorecidos da comunidade podem não se sentir confiantes o suficiente para participar, esforços especiais devem ser empregados para envolver toda a comunidade, para que todos compreendam a iniciativa. Em termos de desapropriação e aquisição iminentes de activos, a PO 4.12 salienta a importância da plena (ou seja, no novo valor de mercado) e rápida compensação de todos os bens perdidos devido á aquisição de terras para projectos de desenvolvimento financiados pelo Banco. A premissa aqui é simples: as pessoas que abrem caminho para o projecto ou investimento não devem ser forçadas a suportar uma parte do custo do projecto. Fazer o contrário não só empobrece ainda mais a população afectada pelo projecto, mas também contradiz o próprio princípio do desenvolvimento, que é a melhoria económica para todos (e não apenas o interesse público ). A outra grande exigência importante de política da PO 4.12 é, no mínimo, restaurar e, preferencialmente, melhorar os padrões de vida dos PAP. A premissa básica aqui é, novamente, assegurar que aqueles que dão a maior parte para o projecto (por exemplo, suas terras, suas casas, suas empresas), sejam atendidas, da melhor forma possível, para restaurar seu nível de subsistência, para que possam manter ou melhorar seu
7 padrão de vida. Em termos da política do Banco, as operações de reassentamento devem ser desenvolvidas no âmbito de um processo de desenvolvimento. A fim de assegurar que a indemnização e a reabilitação económica aconteçam conforme planejado, a PO 4.12 também estipula um programa de monitoramento e avaliação, para acompanhar o andamento do projecto. 2.3 Método de avaliação dos bens afectados A Lei 3/91 estabelece claramente o direito á reparação por bens adquiridos para o bem público. Além disso, o Governo reconhece tanto a posse de terra formal e tradicional. Em vários casos, as pessoas com titularidade tradicional que perderam terra para investimentos públicos recebem as mesmas indemnizações que aquelas que detêm titulo formal. No entanto, os procedimentos específicos para avaliação de activos não são detalhados na lei. A Lei 3/91 prevê as directrizes para a avaliação dos bens que serão vendidos em leilão público: a localização e o uso actual e futuro são os factores considerados (Artigo 26). No entanto, estes princípios legalmente obrigatórios ainda precisam ser implementados. Nestas circunstâncias, os seguintes procedimentos de avaliação foram observados, de acordo com o Quadro de Reassentamento do Projecto. O valor das perdas será determinado com base no preço de venda das diferentes culturas no mercado nacional, sendo as árvores de grande pote que servem de comercialização de madeiras para construção de habitação e imóveis são, necessariamente mais valorizadas que os outros.
8 Quaisquer, eventuais taxas administrativas serão pagas pelo projecto. Todos os serviços públicos serão prestados de forma apropriada para a localidade. Árvores Árvores de madeira: O valor da madeira, se a árvore fosse vendida e serrada, se não fosse resgatado. Árvores de fruta: Valor da produção perdida enquanto a muda não entra em produção; fornecimento de mudas de reposição. III. DESCRIÇÃO DO PLANO DE REASSENTAMENTO Este exercício é resultado complementar do Plano de ordenamento Costeiro das Comunidades de Santa Catarina, Malanza que estabelecia as regras e orientações que deveriam obedecer a ocupação, uso e transformação do solo no âmbito do plano pormenor para o Ordenamento Costeiro.
9 Para a materialização deste processo adoptou-se os seguintes procedimentos: (1) realização no mais curto espaço de tempo possível de um diagnóstico e cadastramento dos proprietários; em sequência, (2) realização de uma reunião com a comunidade proponente do subprojecto com os objectivos de (a) comunicar a necessidade de deslocamento físico e/ou económico das pessoas, (b) disseminar os princípios e directrizes do MRI, (c) listar as pessoas/famílias potencialmente afectadas que serão elegíveis a compensações, conforme os dados do diagnostico previamente realizado, (d) validação socialmente a lista das pessoas/famílias elegíveis para compensação e (e) avaliar alternativas para a execução do subprojecto comunitário que sejam de menor impacto e custo em termos de reassentamento involuntário; (3) elaboração dos Termos de Referência para a formulação e execução dos planos de reassentamento involuntário; (4) submissão desses termos de referência e dos planos de reassentamento à revisão do Banco Mundial; e, (5) execução dos planos de reassentamento involuntário O presente plano deve consultar o quadro de reassentamento involuntário do projecto, a política do Banco Mundial sobre a Matéria OP4.12 e a legislação nacional como base. Pretende-se descrever com mais detalhes os agregados afectados, de acordo com o contexto, sua subsistência, idade situação familiar os sentimentos perante a cheia. O processo de ordenamento para acolher as pessoas em situação de risco resultará na perda de uma parte do terreno de dois indivíduos na comunidade de Malanza e dois na comunidade de Santa Catarina. Tratou-se de afectar apenas partes dos terrenos de cerca de 20%, que não possuem muitas culturas e que se encontram praticamente em estado de abandono.
10 Necessário se torna salientar, que todos os proprietários dedicam-se à pesca, e têm a agricultura apenas como passatempo, pelo que a maior extensão das suas parcelas não estão cultivadas nem cuidadas. Os seus principais rendimentos continuam a vir das actividades de pesca. 3.1 Descrição dos impactos sociais O local proposto para ordenamento costeiro estão situados na Vila de Santa Catarina no distrito de Lembá, e na Vila de Malanza no distrito de Caué. Todos os terrenos que serão afectos ao projecto pertencem aos indivíduos que receberam a título de concessão nas mãos do Estado com o objectivo cultivar. Os proprietários possuem nível de escolarização bastante baixo, e possuem a pesca e compra e venda como a actividades principais. Todos são detentores de um título provisório do terreno destinado a cultivo agrícola. Não foram identificadas quaisquer habitações nem quaisquer melhorias a nível de infraestruturas imóveis na parte do terreno que será usada. O impacto do projecto na vida dos proprietários das parcelas em causa é positivo, tendo em conta que poderão utilizar as verbas de compensação, para promoverem melhor as suas actividades principais, que é a pesca e a comercialização do pescado. Os mesmos terão também prioridade em beneficiar de talhões de terreno destinado a construção segura nas referidas parcelas, e algumas infra-estruturas sociais serão desenvolvidas nestas parcelas, nomeadamente, centros de saúde, escolas, vias de acesso, abastecimento de água potável entre outras. Neste sentido, a desanexação desta pequenas percentagens do terreno nos referidos lotes irão trazer vantagens não só para a população das referidas comunidades, como também dos próprios proprietários das parcelas
11 As melhores práticas determinam que as PAP sejam compensadas pela perda de bens ou de culturas e que se devem envidar esforços no sentido de restaurar a capacidade de obtenção de rendimentos das mesmas, a qual, no mínimo, deve ser mantida. Neste caso, para além da compensação monetária que irão ter, os mesmos beneficiarão também de compensações colectivas que advirão com o desenvolvimento de infraestruturas sociais, económicas, culturais que irão ser desenvolvidas nas referidas parcelas. 3.2 Abordagem e cálculos Para a materialização do plano foram implementados as seguintes actividades que concorreram para avaliar e quantificar o impacto social, o nível das perdas estabelecimento do valor de passos a fim de avaliar e quantificar o impacto social, a perda e o tipo e valor de indeminização recomendado. 3.3 Reunião de auscultação pública O processo de expansão urbana não constitui novidade para os habitantes de santa Catarina e em particular para os proprietários das parcelas afectas ao projecto, existe o envolvimento da câmara em todo o processo. Foram realizadas varias reuniões com os proprietários pelo projecto, dentre as quais, se destaca aquela efetuada na presença dos vereadores das Câmaras Distritais, membros do comités de gestão de riscos das diferentes comunidades e dos responsáveis para apresentação de queixa. Durante estas reuniões, alguns aspectos essenciais foram aflorados, como: Explicação dos procedimentos que serão usados para medir as lavras tendo em conta a percentagem afectada pelo projecto; Explicação do processo de apresentação de queixa e a indicação do elemento da comunidade responsável pelas PAP;
12 O preenchimento dos questionários sobre das características socioecónomicas dos agregados familiares de cada uma das PAP Explicação do processo de indemnização e modalidade de pagamento que seria através de cheques. O Processo de realização dos cálculos para atribuição das compensações O trabalho de acompanhamento (monitoria) que será realizado. 3.4 Medição no terreno Com base no Plano de Ordenamento Costeiro de cada comunidade, foram identificados as parcelas e as áreas propostas para implantação da zona de urbanização. Assim foram marcadas as áreas com cultura que seriam afectadas, acrescentou- se as áreas, um espaço de mais 5 metros tendo em conta os possíveis impactos durante o desbravamento e construções dos posteriores imóveis. Cada proprietário das parcelas identificou as fronteiras das suas parcelas, e foram contabilizados todas as culturas existentes nas mesmas. 3.5 Questionário Foram realizadas entrevistas individuais com cada agregado familiar, a fim de obter os dados relativos ao mesmo, as habilitações literárias dos seus membros, as fontes de rendimento, e outros aspectos relativos às suas formas de sustento. Se possuía outra parcela e perspectivas para utilização da compensação. O dado relevante relativo a cada proprietário e à terra perdida encontra-se num dos quadros em anexo. 3.6 Cálculo das perdas directas O cálculo das compensações foi realizado com base nos preços de praticados pelo Governo nas outras compensações já realizadas no país.
13 Ainda não existe um Decreto-lei, ou regulamento aprovado que estipula o valor de cada cultura ou planta a ser compensada. No entanto, foi solicitado aos técnicos do Ministério der Agricultura que realizassem um trabalho para compensar as pessoas lesadas pelos trabalhos de intervenção da EMAE nas suas parcelas, é sobre este documento que se tem vindo a compensar as pessoas afectadas no país. Até ao momento não houve qualquer tipo de reclamação pelos valores atribuídos. Tendo sido contabilizado, uma a uma, todas as culturas existentes em cada parcela usando de acordo com o valor atribuído a cada uma das culturas a operacionalização foi de multiplicar os preços pela quantidade das culturas e estabelecer o valor de compensação final para cada um dos PAP. 3.7 Estimativa da indemnização e apoio em termos de assistência/restauro das formas de sustento A fim de alcançar os valores de compensação, foram propostas as seguintes medidas de indemnização: Indemnização por perda directa das culturas Deverá ser paga uma compensação pela perda das culturas existente nas áreas afectadas pelo plano. Esta compensação foi calculada de acordo com o preço das culturas vendidas no mercado local. Todos os agricultores têm direito as plantações que forem derrubados para fazer o uso pessoal. Os agricultores são os responsáveis dos terrenos até a data que forem atribuídas as compensações. Por isso, todos os proprietários devem ser compensados por custos directos incorridos ou pela perda de oportunidades de obtenção de rendimentos. Restauro de formas de sustento.
14 Todos os proprietários ainda têm uma parte da parcela para ser cultivada, propõe-se que lhes sejam atribuídos novos viveiros para efectuarem novas plantações. Este processo será executado em articulação com o Ministério da Agricultura e com base na indicação de como devem ser instaurados os novos viveiros. 3.8 EXECUÇÃO A Unidade de Gestão de Projecto contratou o consultor perito em assuntos socioeconómicos que cabia a responsabilidade de realizar este plano que incluía efectuar o levantamento e quantificação das culturas que serão afectadas pelo projecto, cálculos dos valores previsto para o pagamento de compensações, organização de reuniões de auscultação pública, preparação e distribuição dos acordos de transferência de direitos termos de compromisso. A UGP será a entidade responsável pelo pagamento de todas as compensações as PAP. 3.9 PROCEDIMENTO DE APRESENTAÇÃO DE QUEIXAS Antes de qualquer actividade de construção a ocupação do espaço ser iniciada, todas as PAP devem ser devidamente compensadas de acordo com o quadro de política de reassentamento existente no país. Em particular, a tomada das terras e activos relacionados, só podem ocorrer após a compensação ter sido paga e, quando aplicável, locais de reassentamento. A aquisição de terras em São Tomé e Príncipe tem sido feita em base consensual, ou seja, existe ma procedimento de negociação amigável e o pacote de remuneração aceitável aplicado a cada PAP. No entanto podem ocorrer queixas isoladas ou do grupo, como um activo negligenciado, mal avaliado ou subvalorizado, insatisfação ou de outra natureza.
15 Um sistema de reparação de reclamação deve ser posta em prática para resolver de forma célere os eventuais casos de forma mais amigável possível. A existência de funcionamento do sistema de reclamações ajudará a parte lesada a preencher o formulário de queixa e registar formalmente sua queixa junto ao elemento, responsável de reclamação indicado pelos PAP. Se o reclamante não estiver satisfeito com as informações, as questões serão submetidas a UGP, que poderá remeter a questão ao Banco Mundial para orientação. A UGP terá a responsabilidade de investigar a denúncia e realizar qualquer investigação de campo que possa ser necessário. Caso a questão esteja relacionada com o terreno, a UGP irá consultar as autoridades distritais a fim de identificar lotes adicionais de terra que atendem as preocupações legítimas do queixoso. Se a questão estiver relacionado com indeminização a UGP tomará a decisão com base no mérito do caso. Em ambos os caso a UGT deve comunicar a sua decisão ao reclamante, num prazo máximo de duas semanas, a contar da data que foi dada entrada a reclamação. Foi definido um mecanismo procedimento para apresentação de queixas adequado a fim de garantir que os indivíduos ou grupos que sintam que não foram tratados devidamente, ou que receberam tratamento injusto, possam resolver as questões. Ao oferecer meios credíveis e acessíveis que permitam às pessoas afectadas apresentar qualquer queixa que tenham, permite ao projecto lidar com problemas genuínos oportunamente e diminui as possibilidades de queixas constantes e de objecções por parte de intervenientes descontentes. Dada a dimensão relativamente reduzida do presente projecto, propõe-se o seguinte mecanismo para lidar com qualquer queixa que surja. Passo 1: A queixa é apresentada a queixa aos representantes do PAP que foi eleito na reunião participativa com a comunidade.
16 Passo 2: O representante da das PAP formaliza por escrito a queixa e apresenta ao comité responsável para efeito de avaliação, de seguida ao Passo 3. Passo 2: A queixa é avaliada por um comité responsável pela análise das queixas, formado por: Um representante da Unidade de Gestão Projecto. Um representante do Comité de Gestão de Risco Um representante eleito pelas PAP de cada comunidade em questão. O comité responsável pela avaliação das queixas apresenta as suas conclusões ao queixoso dentro no prazo máximo de 15 dias. Se após este processo não tiver sido encontrada uma solução e o queixoso sentir que o problema que originou a queixa não foi devidamente tratado, em último recurso assiste-lhe o direito de levar a questão a tribunal MONITORIZAÇÃO A equipa de COMPREC, será a responsável pela monitorização e acompanhamento da aplicação das compensações, tendo em conta o nível de conhecimentos e experiência acumulada com as comunidades. Sugere-se, também que seja implementado pequenos planos de formação em iniciativas geradoras de rendimento e gestão para ajudar os proprietários a transformar o dinheiro em mais-valia para as suas vidas. Tudo isso, numa perspectiva de contribuir para que as suas vidas sejam melhoradas depois da aplicação das referidas compensações.
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