AS INTERROGATIVAS Q-IN-SITU TÊM RESTRIÇÕES PRAGMÁTICAS?

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1 2445 AS INTERROGATIVAS Q-IN-SITU TÊM RESTRIÇÕES PRAGMÁTICAS? Lívia OUSHIRO USP 0 Introdução Este artigo tem por objetivo apresentar uma discussão acerca da possibilidade de se considerar duas formas interrogativas, as interrogativas-qu e as interrogativas Q-in-situ, como variantes de uma mesma variável Interrogativas-Q. Para tanto, serão apresentados as problemáticas envolvidas na definição do contexto de variação desta variável sintática (seção 2) e alguns critérios que podem ser utilizados (seção 3). O termo Interrogativas-Q é empregado genericamente para se referir a todos os tipos de construção de sentenças interrogativas que contêm um pronome ou advérbio interrogativo: (o) que, qual (is), quando, quanto (os, a, as), quem, como, onde e por que. No português brasileiro (PB) atual, verifica-se o emprego de pelo menos quatro estruturas alternantes de Interrogativas-Q: (1) a. Interrogativas-qu: O que você fez? b. Interrogativas que-que: O que que você fez? c. Interrogativas é-que: O que é que você fez? d. Interrogativas Q-in-situ: Você fez o quê? Este tema tem suscitado uma série de pesquisas nos últimos 20 anos, tanto no português quanto em outras línguas, sobretudo dentro de propostas formalistas (Teoria da Regência e Ligação, Teoria de Princípios e Parâmetros, Programa Minimalista). O interesse prolongado sobre esse assunto se deve principalmente às características peculiares do PB em relação ao português europeu (PE) e demais línguas românicas. Uma destas diferenças 1 estaria no contexto em que as interrogativas Q-in-situ (1d) podem ser empregadas: no PE, elas estariam restritas a situações de perguntas-eco, com entoação ascendente, como exemplificado em (2): (2) A: Vi o João ontem. B: Você viu QUEM? O PB, diferentemente do PE, também teria a possibilidade de construir interrogativas Q-insitu de forma não-marcada, com entoação descendente, interpretadas como interrogativas comuns (Kato 2004) ou seja, semanticamente equivalentes às interrogativas-qu (1a). Desta forma, em uma leitura variacionista desta questão, as estruturas em (1a) e (1d) apresentadas acima seriam candidatas a variantes de uma mesma variável Interrogativas-Q no PB. Por outro lado, Pires & Taylor (2007) questionam a livre opcionalidade das interrogativas Q- in-situ no PB e argumentam, ao contrário do que normalmente se assume, que tais construções possuem requisitos semânticos e pragmáticos, definidos em termos de informações compartilhadas (Common Ground) entre os interlocutores. Desta forma, as interrogativas Q-in-situ ocorreriam no PB somente nas seguintes situações (todos os exemplos abaixo são de Pires & Taylor 2007): (3) perguntas [+específicas] ([+specific] Qs): A: Eu fiz sobremesa. B: Você fez que tipo de sobremesa? (4) perguntas esperadas (Expect-Qs), como em um interrogatório judiciário: 1 Outra diferença seria a agramaticalidade das interrogativas que-que (1b) no PE (Kato 1996, Lopes-Rossi 1996, Mioto 1997, Mioto & Kato 2005, entre outros). Este tipo de construção, assim como as interrogativas é-que (1c), ainda que consideradas variantes em potencial, não são analisadas neste trabalho.

2 2446 Advogado: Você pode me dizer o que aconteceu no dia 1º de janeiro de 2005, às 4 da tarde? Réu: Eu estava dirigindo na Avenida dos Andradas. Advogado: E você estava dirigindo em que direção? Réu: Eu estava indo para o sul, na direção da biblioteca. Advogado: E o policial disse que você estava dirigindo a que velocidade? (5) perguntas de referência (Ref-Qs), que buscam a repetição ou paráfrase de um antecedente imediato: A: Eu não vendi aquelas pinturas estranhas. B: Você não vendeu que pinturas estranhas? (6) em que certas características do contexto extralinguístico satisfazem o requisito de informações compartilhadas : B vê seu amigo A lendo algo (informação compartilhada extralinguística): B: Você (es)tá lendo o quê? É importante ressaltar que, para todos os contextos apontados acima, Pires & Taylor (2007) também consideram possível o emprego de interrogativas-qu. Para uma análise variacionista, essas considerações sobre possíveis restrições semântico-pragmáticas das interrogativas Q-in-situ indicam a necessidade de uma análise qualitativa que leve em conta o contexto discursivo a fim de se definir o envelope de variação (quais são as variantes da variável?), bem como os contextos em que tais formas de fato são usadas como variantes. A questão que se levanta é se há livre opcionalidade para o emprego variável de interrogativas-qu e interrogativas Q-in-situ, ou se há contextos em que as últimas não poderiam ocorrer devido a restrições semântico-pragmáticas. Na Sociolinguística Variacionista Quantitativa, essa questão se enquadra em um debate mais amplo sobre os critérios para o estudo de variáveis morfológicas e sintáticas (Lavandera 1978, Labov 1978). De acordo com Labov (1972), a variação pressupõe a opção de dizer a mesma coisa de diversas formas. No entanto, enquanto que para variáveis de natureza fonológica mormente se aceita a equivalência de duas ou mais formas para uma mesma função, o mesmo não ocorre com variáveis dos níveis morfológico ou sintático: questiona-se justamente a equivalência semântico-pragmática das possíveis variantes e se elas possuem o mesmo valor informacional linguístico portanto, se o uso, por parte dos falantes, é de fato opcional. Neste trabalho, tal questão é tratada sobretudo de forma empírica. Analisou-se um corpus de língua oral com informantes paulistanos, gravados em 2003 e 2004, e estratificados de acordo com seu sexo/gênero, sua faixa etária (de 20 a 30 anos, de 35 a 45 anos, e mais de 50 anos) e o tipo de elocução (Diálogo entre Informante e Documentador DID e Elocução Formal EF). Neste artigo, apresentam-se os resultados da análise qualitativa do corpus à luz das questões levantadas pelas literaturas formalista e sociolinguística, e algumas hipóteses de correlação entre a variável dependente (interrogativas-qu e interrogativas Q-in-situ) e grupos de fatores pragmáticos que daí surgiram. 1. O Estudo Sociolinguístico de Variáveis Sintáticas Conforme mencionado anteriormente, o conceito de variável sociolinguística pressupõe a opção de dizer a mesma coisa de diversas formas. A esta constatação, entretanto, subjaz uma questão ainda mais básica, como coloca Lavandera (1978): por que alguém diz alguma coisa? A resposta mais imediata é para se comunicar. A esta questão, entretanto, Labov (1978) acrescenta outra: Para comunicar que tipo de informação? Ao falarem, as pessoas comunicam, além de proposições que possuem um valor de verdade, certas informações acerca de suas características sociais e de seu contexto de fala. De acordo com a formulação de Labov (1972), certas variantes são semanticamente equivalentes quando sua referência ou valor de verdade são idênticos, ainda que sejam opostas em seu

3 2447 valor social ou estilístico. Lavandera (1978), por outro lado, questiona se é possível manter o requisito de equivalência semântica para unidades linguísticas além do nível fonológico; segundo a autora, unidades como morfemas, itens lexicais ou construções sintáticas possuem, por definição, um significado, ao contrário de fonemas que, igualmente por definição, não possuem uma constância de referência. Assim, é muito menos problemático argumentar que po[r]ta e po[ó]ta possuem a mesma referência do que um par de construções sintáticas como O armário de bebidas foi arrombado e Arrombaram o armário de bebidas. 2 Lavandera, na verdade, não argumenta contra a possibilidade de se estudar variáveis linguísticas além do nível fonológico: a autora reconhece a importância de estender as ferramentas heurísticas da sociolinguística quantitativa para outros níveis linguísticos. De fato, o que ela sugere é a flexibilização do critério de equivalência semântica com base no valor de verdade da sentença em favor de um critério funcional de comparabilidade. Labov (1978), em resposta ao artigo de Lavandera (1978), argumenta contra a extensão do significado e afirma que o sociolinguista, ao contrário, deve limitar o contexto variável ao máximo a fim de garantir a precisão da análise. Contextos em que a variação é neutralizada ou em que o emprego de uma variante obedece a uma regra categórica devem ser descartados da análise. A questão da equivalência do valor de verdade ou, como Labov prefere definir, estado de coisas (state of affairs) é relevante a fim de garantir a opcionalidade do falante e, desta forma, identificar adequadamente o peso que diferentes variáveis independentes exercem na variação. Para as interrogativas-q, verifica-se que as interrogativas-qu e as interrogativas Q-in-situ não podem se alternar em todos os contextos sintáticos e que há casos em que a variação é neutralizada (ver seção 3). Tais contextos em que se observam restrições categóricas e neutralizações devem ser descartados da análise quantitativa. Semanticamente, um caminho possível para se determinar a equivalência entre as variantes em potencial é a noção de pressuposição. Em princípio, pode-se postular que sentenças como O que você fez e Você fez o quê?, ambas, pressupõem que você fez alguma coisa. Como se verá adiante, no entanto, uma noção estritamente formal pode não ser capaz de determinar equivalências pragmáticas e, desta forma, conceitos como o de pressuposição do falante e informações compartilhadas (Stalnaker 2002) podem ser mais adequados para a análise da língua em uso. 2. Definição do Contexto Variável: restrições formais Se o estudo da variação linguística dentro de uma mesma comunidade de fala requer a opcionalidade do falante, contextos em que se verifica a impossibilidade de emprego de uma determinada variante devem ser descartados da análise. No caso das interrogativas-q, observa-se, por um lado, que as interrogativas-qu podem ocorrer tanto em orações principais (7) quanto em certas orações subordinadas (8): (7) e o que é universal? nesse momento o que eles consideraram universal?... a referência aos valores da grécia antiga (M1A) 3 2 Em inglês, The liquor closet was broken into e They broke into the liquor closet, respectivamente. O exemplo fornecido por Lavandera (1978) para a voz ativa difere de certa forma do exemplo aqui apresentado para o português. O inglês, sendo uma língua de sujeito obrigatório, requer a presença de um pronome, they, o que causa uma ambiguidade: they pode ter uma leitura de sujeito indeterminado, caso em que não se sabe quem arrombou o armário de bebidas, ou pode ter uma referência específica, caso em que o pronome é usado para retomar um referente já mencionado. No português, esta ambiguidade da voz ativa possivelmente pode ser desfeita através de duas contruções distintas: Arrombaram o armário de bebidas vs. Eles arrombaram o armário de bebidas. No entanto, o problema da referência permanece: podemos nos perguntar qual dessas construções na voz ativa seria o equivalente da voz passiva no português. 3 Os exemplos extraídos de nosso corpus são seguidos da identificação do informante: F sexo femino; M sexo masculino; 1 de 20 a 30 anos; 2 de 35 a 45 anos; 3 mais de 50 anos; A aula/elocução formal; E entrevista/diálogo entre informante e documentador.

4 2448 (8) cada aula eu falo uma coisa... então eu não sei é:: o que eu falei em em em cada uma das aulas... (F2A) Por outro lado, as interrogativas Q-in-situ nem sempre podem ocorrer dentro de orações encaixadas: (9) Reparem... vozes... veladas... veludosas... vozes... volúpias vãs de violões chorosos. Há aliteração de que letra aí? (M1A) (9 ) *Vocês poderiam me dizer há aliteração de que letra aí? (9 ) Vocês poderiam me dizer de que letra há aliteração aí? O exemplo em (9 ) mostra que o encaixamento da oração destacada em (9) não parece ser possível neste caso, havendo apenas a possibilidade em (9 ), com o deslocamento do elemento-q interrogativo para o início da oração subordinada. Entretanto, a ocorrência de Q-in-situ em orações encaixadas é possível quando a subordinação é introduzida por um complementizador que : (10) E sobre o desemprego, o que/ o que o senhor acha que o presidente... poderia fazer? (M3E) (10 ) E sobre o desemprego, o senhor acha que o presidente poderia fazer o quê? As interrogativas-qu apresentam restrições formais em orações encaixadas quando se tratam de orações relativas (11 ) e orações subordinadas finais (12 ): (11) então é uma teoria que vai lidar com o quê? com o holístico... com o todo... com a totalidade... (F3A) (11 ) *então é uma teoria que com o que vai lidar? (12) é usei exemplo clássico né pra mostrar o quê? que muitas vezes os elementos pra você resolver a sit/ soluções pra sua vida está presente em você mesmo. (F3A) (12 ) *usei exemplo clássico né pra o que mostrar? Quando a sentença apresenta dois elementos-q interrogativos, eles aparecem obrigatoriamente in situ e, portanto, tal construção não pode ser considerada um contexto variável: (13) depois isso aí fica mais fácil até pra ver quem vai trocar com quem tá?(f1a) (13 ) Quem vai trocar com quem? (13 ) *Com quem quem vai trocar? Ao mesmo tempo, quando o elemento-q exerce a função sintática de sujeito, como em (14) abaixo, a ambiguidade estrutural entre uma interrogativa-qu e uma interrogativa Q-in-situ faz com que a diferença entre essas construções seja neutralizada: (14) Descalça vai para a fonte... Quem pode ler o texto para nós?... (F2A) Desta forma, em relação às possibilidades de estruturação sintática, pode-se definir o contexto variável das variantes em potencial qu e Q-in-situ da seguinte forma: sentenças que contêm apenas um elemento-q interrogativo em uma oração principal ou em uma oração encaixada introduzida pelo complementizador que, excetuando-se casos em que o elemento-q interrogativo exerce a função sintática de sujeito. Contudo, cabe ainda questionar se ambas as formas interrogativas possuem o mesmo valor semântico formal. Como discutido acima, uma das possibilidades seria verificar se as formas em alternância possuem o mesmo valor de verdade; entretanto, como atribuir valores de verdadeiro e falso

5 2449 a sentenças interrogativas? Parece-nos que não é possível nos pautarmos em uma semântica verifuncional à la Frege, que se dedica ao sentido e a referência de nomes próprios e asserções. Ainda que não se possa atribuir um valor de verdade a sentenças não assertivas, pode-se considerar que todas as sentenças interrogativas contêm uma determinada pressuposição. Seguindo Zubizarreta (1997), a pressuposição em uma Interrogativa-Q pode ser parafraseada substituindo-se o constituinte-q por um indefinido. Deste modo, os exemplos em (15) podem ser parafraseados como (15 ): (15) a. O que aconteceu? (15 ) a. Algo aconteceu. b. O que o João fez? b. João fez algo. c. O que o João comeu? c.joão comeu algo. De forma semelhante, pode-se considerar que, tanto para interrogativas-qu quanto para interrogativas Q-in-situ, este mesmo raciocínio poderia ser aplicado: (16) então eu olho pro cristal, eu vejo o cristal brilhando. por que o cristal tá brilhando? O cristal tá brilhando... não porque ele em si brilha... ele tá brilhando porque um raio do sol bateu nele... e eu vejo nesse brilho dele o efeito desse raio de sol. (M2A) (16 ) Por que o cristal tá brilhando? ~ O cristal tá brilhando por quê? (16 ) O cristal tá brilhando por algum motivo. (17) mesma coisa que eu comparo no Bin Laden... que ele é filhote americano... Ele aprendeu tudo aonde? Infelizmente... nos Estados Unidos... ele aprendeu lá e:: né? (17 ) Aonde ele aprendeu tudo? ~ Ele aprendeu tudo aonde? (17 ) Ele aprendeu tudo em algum lugar. Assim, em princípio, pode-se considerar que as construções qu- e Q-in-situ possuem o mesmo valor semântico pois possuem uma mesma pressuposição. 3. Definição do Contexto Variável: considerações pragmáticas A noção de pressuposição formal apresentada acima, no entanto, parece não dar conta de nossa competência pragmática para certos casos. Observe-se o exemplo abaixo: (18) As pessoas que não têm qualificação nenhuma né? elas sabem fazer o quê né? tão preparadas pra fazer o quê? tá ficando cada vez pior eu acho né? pra ser porteiro hoje você tem que ter o segundo grau... (F1E) Seguindo o raciocínio estabelecido acima, uma sentença como elas sabem fazer o quê? deve pressupor que elas sabem fazer alguma coisa, e tão preparadas pra fazer o quê? deve pressupor que as pessoas tão preparadas pra fazer alguma coisa. No entanto, ao se deparar com o trecho acima, um falante do PB facilmente pode inferir que, na verdade, a informante, em (18), não quis dizer que as pessoas sabem fazer alguma coisa e que tão preparadas pra fazer alguma coisa mas, justamente ao contrário, que as pessoas não sabem fazer nada e não tão preparadas pra fazer coisa alguma! Diante de casos como este, devemos nos perguntar se a interpretação oposta da pressuposição formal se deve à estrutura da interrogativa Q-in-situ. No entanto, parece-nos que a mesma leitura inversa poderia ser feita caso as sentenças houvessem sido proferidas como (18 ) abaixo, com o elemento-q interrogativo fronteado, dando-se a mesma entoação que o exemplo (18): (18 ) As pessoas que não têm qualificação nenhuma né? O que elas sabem fazer né? O que tão preparadas pra fazer? tá ficando cada vez pior eu acho né? pra ser porteiro hoje você tem que ter o segundo grau...

6 2450 De todo modo, a partir deste exemplo, fica claro que a noção de pressuposição formal pode não ser capaz de explicar as intenções dos falantes ao proferirem certas sentenças o que eles querem dizer e as inferências feitas por seus interlocutores. Volta-se às questões colocadas por Lavandera e Labov: por que alguém diz alguma coisa? Se diz para comunicar, que tipos de informação são comunicadas? Contra uma noção estrita de pressuposição, Stalnaker (2002) apresenta os conceitos de pressuposição do falante (speaker presupposition) e de informações compartilhadas (common ground). Segundo o autor, To presuppose something is to take it for granted, or at least act as if one takes it for granted, as background information as common ground among the participants in the conversation. (Stalnaker 2002: 701. Grifo do autor.) É interessante notar que a atitude do falante dentro deste conceito de pressuposição é também uma atitude social, pois leva em conta aquilo que o falante supõe ser parte do conhecimento compartilhado dos participantes da interação comunicativa: só se pressupõe algo se se pressupõe que os demais também pressupõem o mesmo. Tal abordagem nos parece mais compatível com os objetivos da Sociolinguística Variacionista, dado que apresenta uma noção de pressuposição que leva em conta o ato comunicativo e seus participantes e, portanto, a língua em uso. É claro que aquilo que um falante pressupõe pode não corresponder àquilo que os demais interlocutores pressupõem acerca da mesma situação. Descobrir exatamente o que cada falante assume como compartilhado em determinada interação comunicativa parece-nos uma tarefa fadada ao fracasso. Entretanto, pode-se assumir que aquilo que é falado durante a interação torna-se parte das informações compartilhadas pelo menos para a pressuposição do falante: é bastante razoável assumir que o falante, diante daquilo que ouve e fala, toma certas informações como compartilhadas e, portanto, constrói o seu discurso a partir desses dados. Voltemos ao exemplo em (18), que é reproduzido abaixo novamente, para melhor explicitar esta ideia. (18) As pessoas que não têm qualificação nenhuma né? elas sabem fazer o quê né? tão preparadas pra fazer o quê? tá ficando cada vez pior eu acho né? pra ser porteiro hoje você tem que ter o segundo grau... (F1E) Observa-se que a informante pergunta elas sabem fazer o quê? e tão preparadas pra fazer o quê? acerca de pessoas que não têm qualificação nenhuma. Ora, a falante, ao colocar esta informação no discurso, pode assumi-la como compartilhada. Deste modo, a inferência possível de que a informante quis dizer que as pessoas não sabem fazer nada e não tão preparadas pra fazer coisa alguma advém não de uma pressuposição formal, mas da pressuposição do falante, baseada nas informações compartilhadas disponíveis no discurso. Conforme apontado acima, Pires & Taylor (2007) traçam suas considerações acerca de possíveis restrições pragmáticas ao emprego de interrogativas Q-in-situ com base no conceito de informações compartilhadas de Stalnaker (2002). Segundo Pires & Taylor, as Q-in-situ só poderiam ocorrer caso as condições de informações compartilhadas sejam satisfeitas. Entretanto, Stalnaker (2002) também lembra que aquilo que faz parte das informações compartilhadas muda no curso da conversação, à medida que os falantes fazem suas contribuições. Neste aspecto, a formulação de Lewis (1979: 340 apud Stalnaker 2002: 705) acerca da acomodação de pressuposições é bastante relevante: If at time t something is said that requires presupposition P to be acceptable, and if P is not presupposed just before t, then ceteris paribus and within certain limits presupposition P comes into existence at t.

7 2451 A definição da regra de acomodação de pressuposições segundo Lewis abre a possibilidade de uma pressuposição vir a existir no próprio momento em que ela é proferida, não sendo necessário, portanto, que ela já estivesse presente no discurso anteriormente. Portanto, a pressuposição entendida de forma ampla, como em Stalnaker (2002) pode vir tanto do contexto de informações compartilhadas já presentes no discurso ou pode ser estabelecida no próprio momento em que a sentença é proferida. Observando-se os dados do corpus, parece haver uma tendência de as interrogativas Q-in-situ serem empregadas no primeiro caso em que o pressuposto faz parte das informações compartilhadas. Além do exemplo (18), podem-se apontar as seguintes ocorrências: (19) E tem uma outra coisa do uso desses pronomes sujeito-objeto é que o contrário disso que é colocar o pronome que é objeto como sujeito... é pra mim fazer... pra mim falar... pra mim pegar... pra mim sair... né? Não é comum também ouvir isso? Então é o inverso né? É o reverso da medalha isso aí por quê? Porque é um pronome oblíquo... fazendo o papel de sujeito... certo?... (F1A) (20) Então quando a gente fala assim ai puxa, a violência tá aumentando ele diz que isso é um pouco... né? tá aume/ aumentando em proporção a quê?... né? Ah! Porque a urbanização das cidades o fenômeno da urbanização traz ahn::... como decorrência o aumento da violência... ele diz que não, mentira... né? (F1E) Em (18), (19) e (20), percebe-se que o pressuposto das sentenças já fazia parte das informações compartilhadas, pois os próprios falantes já haviam dado tais informações. Em contraste, observe-se o exemplo em (21): (21) não tem jeito de dar errado mesmo que seja um número ímpar... agora quando pode dar errado?... quando um grupo não entregar... que daí um grupo que entregou e não recebeu... entendeu? (F1A) Em (21), a informação compartilhada até o momento era que não tem jeito de dar errado. No entanto, ao introduzir a interrogativa quando pode dar errado?, estabelecendo no momento de seu proferimento que pode dar errado em alguma situação, em algum momento, a informante optou pelo emprego de uma interrogativa-qu. Estes dados parecem reforçar a hipótese de Pires & Taylor (2007) de que as interrogativas Q-in-situ necessitam de informações compartilhadas, enquanto as interrogativas-qu podem, por si só, estabelecer um novo pressuposto até então ausente no discurso. Entretanto, a nosso ver, trata-se de uma questão empírica: em uma análise quantitativa de covariação, tal hipótese se revela uma regra categórica ou uma tendência que pode ser traduzida em uma regra variável? 4. Algumas hipóteses e palavras finais A partir das considerações acima, a respeito tanto da literatura quanto da análise qualitativa dos dados de nosso corpus, pode-se levantar a hipótese de que o emprego de interrogativas-qu e interrogativas Q-in-situ esteja relacionado com as informações compartilhadas no discurso e, portanto, ao pressuposto do falante. A expectativa é que as interrogativas Q-in-situ sejam favorecidas quando o pressuposto já faz parte das informações compartilhadas, e desfavorecidas quando são estabelecidas no momento de proferimento da sentença. Ao mesmo tempo, percebe-se que nem todas as Interrogativas-Q exercem a função de perguntas pragmaticamente sinceras ; não raro, os próprios informantes se ocupam em fornecer uma resposta, como em (16), (17) e (21), ou mesmo nem as fornecem, como em (18) e (20). Para perguntas pragmaticamente sinceras, que de fato esperam uma resposta do interlocutor, levantamos a hipótese de que elas favoreçam o emprego de interrogativas-qu, pelo fato de colocarem o elemento-q

8 2452 interrogativo em uma posição de saliência na sentença, enquanto as perguntas retóricas favoreceriam as interrogativas Q-in-situ. Estas hipóteses de correlação serão testadas através de uma análise quantativa com o auxílio do pacote de programas Varbrul (GoldVarb X) dos dados de nosso corpus. Neste artigo, procurou-se argumentar, por um lado, que esta análise quantativa é bastante desejável quando se tratam de fenômenos de variação que parecem estar correlacionados com fatores pragmáticos tal análise pode levar a uma confirmação de hipóteses que não poderia ser obtida tão somente a partir da intuição. Por outro, procurou-se demonstrar a importância da análise qualitativa dos dados nos estudos sociolinguísticos variacionistas, sobretudo quando se trata de uma variável sintática, a fim de se definirem hipóteses de correlação e critérios de análise e, desta forma, garantir uma maior confiabilidade dos resultados quantitativos. Referências KATO, M. Two types of wh-in-situ in Brazilian Portuguese. Trabalho apresentado no Georgetown Round Table, Washington DC, et al. As construções-q no português brasileiro falado: perguntas, clivadas e relativas. In: I.G.V. KOCH (org.) Gramática do Português Falado. Vol. VI. Campinas: Ed. Unicamp, 1996, p LABOV, W. Sociolinguistic Patterns. Philadelphia: University of Pennsylvania Press, Where does the Sociolinguistic Variable Stop? A response to Beatriz Lavandera. Working Papers in Sociolinguistics. Austin: Southwest Educational Development Laboratory, LAVANDERA, B. Where does the Sociolinguistic Variable Stop? Language in Society 7: , LOPES-ROSSI, M.A.G. A Sintaxe Diacrônica das Interrogativas-Q do Português. Tese de Doutorado, Unicamp, MIOTO, C. Wh é que Wh que. Estudos Linguísticos, v. 26, Anais de Seminários do GEL. Campinas: Unicamp, 1997, p & KATO, M.A. As interrogativas Q do português europeu e do português brasileiro atuais. In: Revista da ABRALIN, Vol. 4, no. 1 e 2, 2005, p PIRES, A. & H. L. TAYLOR. The Syntax of Wh-in-Situ and Common Ground. Paper submitted to Romance Languages: Structure, interfaces, and microparametric variation, ed. Pascual Masullo. Amsterdam: John Benjamins. 2007, 15p. Disponível em < papers/pirestaylor07lsrl.pdf+wh-in-situ+constructions:+syntax+and/or+ Phonology%3F&hl=en&ct=clnk&cd=5&gl=br&client=firefox-a>. Acesso em STALNAKER, R. Common Ground. Linguistics and Philosophy 25: , ZUBIZARRETA, M. L. Prosody, Focus and Word Order. Unpublished manuscript. University of Southern California, Department of Linguistics, Los Angeles, CA, 1997.

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