PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Transcrição

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2 A Constituição Federal de 1988 tornou-se o símbolo do projeto de uma nova sociedade brasileira, livre, justa e solidária, alicerçada no princípio da dignidade da pessoa humana. 2

3 Os princípios de dignidade da pessoa humana e proteção ao cidadão se tornam um dos fundamentos do fenômeno da judicialização da saúde. 3

4 Os direitos fundamentais sociais são aqueles que não podem faltar na vida das pessoas, ou seja, sem eles (...) a pessoa humana não se realiza, não convive, e às vezes, nem sobrevive. (SILVA, José Afonso. Curso de Direito Constitucional Positivo. 21. ed. São Paulo : Malheiros, 2002, p. 178) 4

5 O que é pessoa? Pessoa é o ente físico ou coletivo suscetível de direitos e obrigações. 5

6 Artigo 6º da Constituição Federal São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. 6

7 Concretização ou efetividade do princípio da dignidade da pessoa humana Acesso à saúde e à educação (da mais simples) Acesso a tratamento por meio de célulastronco embrionárias (para a mais complexa) 7

8 A dignidade da pessoa humana se concretiza no respeito à continuidade da vida, à proibição de qualquer tratamento violento ou que impeça acesso às condições mínimas de sobrevivência, como, por exemplo, comida, água, abrigo e tratamento de saúde. 8

9 A dignidade em si não é um direito, mas um atributo inerente a todo ser humano, independentemente de sua origem, sexo, idade, condição social ou qualquer outro requisito. (NOVELINO, Marcelo. Direito Constitucional. São Paulo : Método, 2009, p. 348.) 9

10 O ordenamento jurídico não confere dignidade a ninguém, mas tem a função de proteger e promover esse valor. Ob. cit., p

11 O dever de proteção exige uma ação positiva dos poderes públicos na defesa da dignidade da pessoa humana contra qualquer espécie de violação. 11

12 O dever de promoção impõe ao Estado uma atuação no sentido de proporcionar os meios indispensáveis a uma vida digna. 12

13 Os direitos de promoção do Estado são chamados direitos humanos de segunda geração (ou segunda dimensão). São direitos sociais, econômicos e culturais que devem ser protegidos pelo Estado. 13

14 Normas programáticas constitucionais são aquelas por meio das quais o constituinte limitou-se a estabelecer seus princípios a fim de serem cumpridos pelos órgãos como programa das respectivas atividades, visando à realização dos fins sociais do Estado. 14

15 O Estado não pode eximir-se da responsabilidade de proteger a saúde do cidadão com base na reserva do possível. 15

16 A teoria da reserva do possível surge no Direito como uma forma de limitar a atuação do Estado no âmbito da efetivação de direitos sociais e fundamentais, afastando o direito constitucional de interesse privado e prezando pelo direito da maioria. 16

17 Nem a reserva do possível, nem a reserva de competência orçamentária do legislador podem ser invocados como óbices, no direito brasileiro, ao reconhecimento e à efetivação de direitos sociais originários a prestações. O Princípio da Reserva do Possível representaria, pois, um limitador à efetividade dos direitos fundamentais e sociais. 17

18 Os direitos fundamentais sociais são plenamente justificáveis, independentemente da intermediação do legislador. 18

19 Os direitos fundamentais são interpretados de acordo com princípios de interpretação constitucional, tais como os da máxima efetividade, concordância prática e unidade de ordem pública. 19

20 Direito e Economia podem andar juntos? Teorias do Direito ao mínimo existencial e reserva do possível. 20