25 anos de Fundos Estruturais. Retratos da economia, da sociedade e das instituições em Portugal

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3 25 anos de Fundos Estruturais Retratos da economia, da sociedade e das instituições em Portugal

4 Ficha técnica Título 25 anos de Fundos Estruturais Fase II Retratos da economia, da sociedade e das instituições em Portugal fevereiro de 2013 Promotor Fundação Francisco Manuel dos Santos Autoria Sociedade de Consultores Augusto Mateus & Associados (AM&A) Coordenação global Augusto Mateus Coordenação executiva Joana Mateus e Paulo Madruga Consultores Ana Caetano Catarina Gamboa Cristina Cabral Cristina Silva Dalila Farinha David Canudo Filipa Lopes Gonçalo Caetano Hermano Rodrigues José Vasconcelos Mafalda Correia Márcio Negreiro Nuno Ferreira Rui Guerreiro Rui Maia Sandra Primitivo Susana Gouveia Vânia Rosa Vítor Escária

5 Nota introdutória O presente relatório concretiza a segunda de três fases do projeto de investigação Os Fundos Estruturais e o Desenvolvimento Português, realizado pela sociedade de consultores Augusto Mateus & Associados para a Fundação Francisco Manuel dos Santos. O objetivo do projeto é permitir uma compreensão das transformações da realidade nacional ao longo dos primeiros 25 anos de plena integração na União Europeia e uma contextualização do contributo dos fundos estruturais à luz desta visão objetiva sobre os resultados alcançados por Portugal entre 1986 e As três fases deste projeto de investigação visam concretizar três produtos ou instrumentos de aprendizagem que, sobre um mesmo referencial objetivo de observação e medida, permitam formar leituras diversificadas e plurais sobre os caminhos do passado recente, do presente e do futuro: i. Um conjunto de olhares sobre a evolução da economia, da sociedade e das instituições, entre 1986 e 2010, em três grandes planos de comparação territorial: nacional, regional e no contexto europeu; ii. iii. Um conjunto de retratos sobre a situação do país na situação de partida de aplicação dos fundos estruturais (1986), na situação de chegada (2010) e na viragem para o século XXI (1999); Um conjunto de resultados sobre o desenvolvimento de Portugal, que enquadra a leitura do papel dos fundos estruturais na evolução ocorrida nos últimos 25 anos. A primeira fase do projeto abordou a evolução dos últimos 25 anos através de 50 olhares: i. As dinâmicas económicas foram observadas a partir de 17 olhares sobre a produção e os mercados, a competitividade e a internacionalização da economia portuguesa, incidindo sobre a evolução de indicadores do nível de vida e da convergência real, da produtividade, da convergência nominal, da procura interna e da procura externa, do consumo e modelos de comércio, do ii. iii. investimento, das atividades económicas, da especialização industrial, das produções primárias, da energia, do comércio internacional, das viagens e turismo, das transferências comunitárias, do investimento estrangeiro, da balança externa, da I&D e inovação e da posição competitiva; As dinâmicas da sociedade foram observadas a partir de 15 olhares, incidindo sobre a evolução de indicadores de coesão territorial, das cidades e do povoamento, da população, da emigração e da imigração, da estrutura etária, das estruturas familiares, do nível de educação e dos serviços de educação, da saúde, da habitação e do seu conforto e equipamento doméstico, do ambiente, da mobilidade, do lazer e cultura e da sociedade de informação; As dinâmicas das instituições foram observadas a partir de 18 olhares sobre as administrações públicas, as empresas e as famílias, incidindo sobre a evolução de indicadores de governação, da carga fiscal, da despesa pública, da proteção social, da dívida publica e do saldo orçamental, do setor empresarial do Estado, do tecido empresarial, do empreendedorismo, das empresas de capital estrangeiro, do financiamento das empresas, da banca e da bolsa, do emprego e do desemprego, do trabalho e estrutura social, do rendimento e do património, da poupança e do endividamento, da repartição do rendimento e da pobreza, da desigualdade salarial e da classe média. O objetivo é sintetizar a informação contida ao longo de mais de quinhentas páginas de olhares, selecionando um indicador-chave para cada dinâmica e o respetivo grau de convergência com a União Europeia. Neste contexto, são apresentados retratos sobre a convergência à partida da aplicação dos fundos estruturais (1986), no momento da viragem das políticas de coesão à escala comunitária (1999) e à chegada destes 25 anos de análise (2010). 25 anos de Fundos Estruturais: Retratos da economia, da sociedade e das instituições em Portugal 1

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7 1. Sobre os retratos Os retratos sobre a situação do país à partida da aplicação dos fundos estruturais (1986), na viragem das políticas de coesão à escala comunitária (1999) e à chegada destes 25 anos de análise (2010) são traçados com base em 50 indicadores-chave extraídos da primeira fase deste projeto de investigação. Os olhares sobre a evolução da economia, da sociedade e das instituições em Portugal nos 25 anos desde a adesão à União Europeia enquadram e contextualizam, assim, os retratos aqui apresentados para os três anos específicos de 1986, 1999 e Na leitura dos retratos, deve considerar-se que: retrata a posição de Portugal no ano de 1986 face ao referencial europeu que é 100; retrata a posição de Portugal no ano de 1999 face ao referencial europeu que é 100; retrata a posição de Portugal no ano de 2010 face ao referencial europeu que é 100; assinala quebra na escala do retrato, acima da qual a posição nacional excede o dobro ou mais do referencial europeu; devido à natureza inversa do indicador, assinala subida que é, per se, contraproducente. Além da decisiva pertinência do indicador e da fiabilidade da fonte, a amplitude da série estatística e a possibilidade de comparação com a média europeia foram condicionantes que pesaram na determinação dos indicadores-chave. A opção metodológica deu prioridade ao estabelecimento de uma correspondência, direta ou derivada, do indicador usado no segundo gráfico de cada olhar da primeira fase do projeto de investigação, onde se procurou comparar a evolução nacional com a média europeia. Para o preenchimento do retrato do ano de 1986, optou-se por colmatar a indisponibilidade de dados estatísticos de acordo com os seguintes critérios: ou apresentando o posicionamento do ano de 1986 por referência a um conjunto de Estados-membros representativo da União Europeia (como a UE15 ou área do euro); ou apresentando o posicionamento de Portugal na UE27 para um ano disponível entre 1985 e 1992, anterior ao Mercado Interno, estabelecido na União Europeia a partir de 1993; ou mantendo a lacuna dos indicadores que apenas estão disponíveis a partir de 1994 para não enviesar a interpretação do retrato inicial. Os critérios adotados são sinalizados nas páginas seguintes, onde se exemplifica a leitura dos retratos e se enumeram e descrevem os 50 indicadores-chave chamados a posicionar o país com a média europeia ao nível da economia, da sociedade e das instituições nos anos de 1986, 1999 e anos de Fundos Estruturais: Retratos da economia, da sociedade e das instituições em Portugal 3

8 Retratos da economia Os indicadores-chave chamados a retratar o desempenho comparativo do país face à média europeia ao nível da economia são os seguintes: Nível de vida e convergência real PIB per capita, expresso em paridades de poder de compra, com base na AMECO, sendo 1986 uma estimativa. Produtividade PIB por trabalhador, com base na AMECO, e face à média da UE15 em 1986, 1999 e Inflação e convergência nominal Variação anual do deflator do consumo privado, com base na Comissão Europeia, e face à média da UE15 em Devido à natureza inversa deste indicador, é assinalada subida que é, per se, contraproducente ( ). Procura interna e procura externa Peso da procura interna no PIB, com base na AMECO, e face à média da UE15 em Consumo e modelos de comércio Peso do consumo privado no rendimento disponível, com base na AMECO, e face à média da UE15 em Investimento Taxa de investimento, que corresponde ao peso da formação bruta de capital fixo no valor acrescentado bruto, com base nos valores da União Europeia disponibilizados pelo Banco Mundial. Atividades económicas Proporção de valor acrescentado bruto gerado pelas atividades terciárias, com base nos valores da União Europeia disponibilizados pelo Banco Mundial. Especialização industrial Proporção de valor acrescentado bruto gerado pela indústria transformadora, com base na Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Cnuced). Produções primárias Valor acrescentado por trabalhador no sector primário, com base nos valores da União Europeia disponibilizados pelo Banco Mundial. Energia Intensidade energética da economia, obtida pelo rácio entre o consumo interno bruto de energia e o PIB, com base na Comissão Europeia, edição de 2011 do Energy Statistics, EU energy in figures and factsheets, nos anos de 1990, 1999 e Devido à natureza inversa deste indicador, é assinalada subida que é, per se, contraproducente ( ). Comércio internacional Peso das exportações no PIB, com base na AMECO. Viagens e turismo Peso no PIB do saldo da balança de viagens e turismo, com base no Eurostat, face à média da UE12 em 1986, face à média da UE15 em 1999 e face à média da UE27 em Transferências comunitárias Peso no PIB do saldo líquido das transferências com a União Europeia, com base na Comissão Europeia. Este indicador justifica uma comparação, não com a média europeia, mas com o conjunto dos países da Coesão, nos anos de 1992, 1999 e Investimento estrangeiro Peso no PIB do stock de entrada de investimento direto estrangeiro, com base na Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (CNUCED). Balança externa Peso no PIB do saldo da balança corrente, com base no Banco Mundial e no Fundo Monetário Internacional. Portugal e a UE27 apresentam um excedente no ano de 1986 e uma posição deficitária nos anos de 1999 e Devido à natureza inversa deste indicador em 1999 e 2010, é assinalada, nesses anos, subida que é, per se, contraproducente ( ). I&D e inovação Peso no PIB da despesa em investigação e desenvolvimento, com base no Eurostat, em 1999 e Posição competitiva Relação entre o custo salarial da produção relativo e a produtividade relativa entre Portugal e a UE15, sendo um valor superior a 100 uma vantagem competitiva de Portugal, e estimado com base na Comissão Europeia. 4 Sociedade de Consultores Augusto Mateus & Associados

9 Retratos da sociedade Os indicadores-chave chamados a retratar o desempenho comparativo do país face à média europeia ao nível da sociedade são os seguintes: Coesão territorial Média ponderada dos desvios do PIB per capita das regiões de cada Estado-membro para a respetiva média nacional, com base no Eurostat. Este indicador justifica uma comparação, não com a média europeia, mas com os dois Estados-membros que apresentam menor dispersão regional, do universo de Estadosmembros passíveis de comparação nos anos de 1999 e Devido à natureza inversa deste indicador, é assinalada subida que é, per se, contraproducente ( ). Cidades e povoamento Proporção da população em áreas predominantemente urbanas, com base no Eurostat, e face à média da UE15 em 1990 e População Taxa bruta de crescimento efetivo da população, com base no Eurostat, nos anos de 1986, 1999 e Emigração e imigração Contributo do saldo migratório para a variação da população anual, com base na PORDATA, nos anos de 1986, 1999 e Estrutura etária Índice de envelhecimento, que compara a população de 65 e mais anos com a população com menos de 15 anos, com base no Eurostat, nos anos de 1990, 1999 e Estruturas familiares Proporção de famílias sem filhos dependentes, com base no Eurostat, nos anos de 1999 e Nível de educação Proporção da população entre os 15 e os 64 anos de idade com ensino secundário ou ensino superior completado, com base em Barro-Lee, Educational Attainment Dataset, nos anos de 1985, 2000 e Serviços de educação Peso no PIB da despesa pública em educação, com base no Eurostat, nos anos de 1999 e Saúde Taxa de mortalidade infantil, com base nos valores da União Europeia disponibilizados pelo Banco Mundial. Devido à natureza inversa deste indicador, é assinalada subida que é, per se, contraproducente ( ). Habitação Peso no PIB da formação bruta de capital fixo em habitação, com base na AMECO, face à média da UE15 em Conforto da habitação Proporção da população com acesso a instalações sanitárias, com base nos valores da União Europeia disponibilizados pelo Banco Mundial, e face à média da área do euro em 1990, 2000 e Ambiente Emissão de gases com efeito de estufa, com base no Eurostat, nos anos de 1990, 1999 e Devido à natureza inversa do indicador, é assinalada subida contraproducente per se ( ). Mobilidade Densidade da rede nacional de autoestradas, com base no Eurostat, face a uma média de 13 Estados-membros em 1986, 25 Estados-membros em 1999 e 24 Estados-membros em Lazer e cultura Peso do lazer, recreação e cultura no consumo final dos agregados domésticos, com base no Eurostat, nos anos de 1999 e Sociedade de informação Número de utilizadores de internet por 100 habitantes, com base no Eurostat, nos anos de 1991, 1999 e anos de Fundos Estruturais: Retratos da economia, da sociedade e das instituições em Portugal 5

10 Retratos das instituições Os indicadores-chave chamados a retratar o desempenho comparativo do país face à média europeia ao nível das instituições são os seguintes: Governação Peso na carga fiscal das despesas públicas com pessoal e prestações sociais que não em espécie, com base na AMECO, face à média de 11 Estados-membros em Devido à natureza inversa deste indicador, é assinalada subida que é, per se, contraproducente ( ). Carga fiscal Peso no PIB dos impostos e contribuições sociais efetivas, com base na AMECO, sendo 1986 uma estimativa. Despesa pública Peso no PIB da despesa das administrações públicas, com base na Comissão Europeia, sendo 1986 uma estimativa. Proteção social Peso no PIB da despesa com prestações sociais, excluindo transferências sociais em espécie, com base em AMECO, e face à média de dez Estados-Membros em Dívida pública e saldo orçamental Peso no PIB da dívida bruta das administrações públicas, com base na Comissão Europeia, sendo 1986 uma estimativa. Tecido empresarial Proporção de emprego em empresas com menos de dez trabalhadores, com base no Eurostat, e face à média de vinte Estados-membros em 1999 e Empreendedorismo Proporção no total do emprego do trabalho por conta própria como empregador, com base no Eurostat, em 1987, 1999 e Sector empresarial do Estado Peso no PIB das ações e outras participações detidas pelas administrações públicas, com base na OCDE, face a média de 18 países em 1999 e de 20 Estados-membros no ano de Empresas de capital estrangeiro Peso do investimento direto estrangeiro no investimento privado excluindo habitação, com base no Eurostat e Banco Mundial, na média dos anos 1997/1999 e 2007/2010. Financiamento das empresas Peso no PIB da dívida financeira empresarial, com base no Eurostat, em 1999 e 2009 e excluindo o Reino Unido. Devido à natureza inversa deste indicador, é assinalada subida que é, per se, contraproducente ( ). Banca e bolsa Peso no PIB do crédito interno concedido pelo sector bancário com base nos valores da União Europeia do Banco Mundial. Emprego e desemprego Taxa de desemprego, com base na AMECO e face à média da UE15 em Devido à natureza inversa deste indicador, é assinalada subida que é, per se, contraproducente ( ). Trabalho e estrutura social Proporção de trabalhadores por conta de outrem no emprego, com base no Eurostat, em 1987, 1999 e Rendimento e património Peso dos rendimentos líquidos de propriedade no rendimento disponível bruto de famílias e instituições sem fins lucrativos ao serviço das famílias, com base na AMECO, nos anos de 1999 e 2010, excluindo Malta. Poupança e endividamento Peso no PIB da dívida bruta das famílias, com base no Eurostat, face à média da área do euro nos anos de 1999 e Devido à natureza inversa deste indicador, é assinalada subida que é, per se, contraproducente ( ). Repartição do rendimento e pobreza Rácio S80/S20, entre a proporção do rendimento total recebida pelos 20% da população com maiores rendimentos e a proporção do rendimento total recebida pelos 20% da população com menores rendimentos, com base no Eurostat, e face à média da UE15 em 1999 e Devido à natureza inversa do indicador, é assinalada subida que é, per se, contraproducente ( ). Desigualdade salarial Disparidade salarial representada pela diferença entre a remuneração horária média bruta de homens e das mulheres assalariados/as como uma percentagem da remuneração horária média bruta dos homens, com base no Eurostat, nos anos de 1999 e Devido à natureza inversa deste indicador, é assinalada subida que é, per se, contraproducente ( ). Classe média Peso na estrutura das profissões dos quadros superiores e dirigentes e das profissões intelectuais e científicas, com base no Eurostat, em 1992, 1999 e Sociedade de Consultores Augusto Mateus & Associados

11 Nível de vida e convergência real Especialização industrial Saúde Balança externa 2. Exemplos de leitura Apresentam-se quatro exemplos de leitura dos retratos sobre o desempenho comparativo de Portugal face à média europeia à partida da aplicação dos fundos estruturais (ano de 1986), na viragem das políticas de coesão à escala comunitária (ano de 1999) e à chegada destes 25 anos de análise (ano de 2010): > 5000 > O primeiro exemplo é o retrato do nível de vida e convergência real, que tem por base o PIB per capita em paridades de poder de compra. Entre 1986 e 1999, Portugal convergiu de 65% para 81% da média europeia, mas entre 1999 e 2010 não se aproximou mais deste referencial. O segundo exemplo é o retrato da especialização industrial, que tem por base a proporção de valor acrescentado bruto gerado pela indústria transformadora. Em 1986, Portugal convergiu de 75% para 91% da média europeia, mais por perda de relevância da indústria europeia. Em 2010, Portugal divergira para 82% da média europeia, agora por maior quebra da indústria nacional. 120 O terceiro exemplo é o retrato da saúde. Tendo por base a taxa de mortalidade infantil, é assinalada a subida contraproducente do indicador ( ). A taxa de mortalidade infantil portuguesa era 20% superior à europeia em 1986, mas desde então Portugal conseguiu reduzi-la para valores inferiores à média europeia. O quarto exemplo é o retrato da balança externa, que tem por base o saldo da balança corrente. Em 1986, Portugal e a UE27 apresentavam um saldo positivo, sendo o excedente da balança corrente nacional três vezes superior à média europeia (cerca de 3% contra 1% do PIB na UE27). Nos retratos de 1999 e de 2010, já é assinalada uma subida contraproducente do indicador ( ) porque Portugal e a UE27 passam a apresentar uma posição deficitária. Portugal divergiu neste período, com a gravidade do défice externo português a exceder a do europeu em mais de 20 vezes em 1999 e em mais de 50 vezes em 2010 (o último retrato compara défice de -10% contra -0,2% do PIB na UE27) Referencial europeu= anos de Fundos Estruturais: Retratos da economia, da sociedade e das instituições em Portugal 7

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13 Retratos de 1986 Retrato 1.1. Economia No contexto inicial de aplicação dos fundos estruturais, o atraso da economia portuguesa face ao referencial europeu era particularmente evidente nos indicadores de produtividade, apresentando 31% do PIB por trabalhador da UE15 (produtividade) e 55% do valor acrescentado por trabalhador europeu no caso do sector primário (produções primárias). As despesas dos portugueses nas suas viagens ao estrangeiro ficavam em 56% do referencial europeu (viagens e turismo), mas o peso do consumo privado no rendimento disponível já excedia a média da UE15 (consumo e modelos de comércio). Contudo, o PIB per capita português, expresso em paridades de poder de compra, estava ainda nos 65% da UE15 (nível de vida e convergência real). O contributo da indústria transformadora para o VAB equivalia a 75% da média UE27 (especialização industrial), enquanto o contributo das atividades terciárias alinhava com o referencial europeu (atividades económicas). Portugal superava em 5% a UE15 no peso da procura interna no PIB (procura interna e procura externa), superava em 16% o padrão europeu na taxa de investimento (investimento) e superava em 41% a média da UE27 no peso no PIB do stock de entrada de investimento direto estrangeiro (investimento estrangeiro). Portugal apresentava, então, uma vantagem competitiva face à média da UE15, quando ponderados os custos salariais da produção com a produtividade (posição competitiva). Em 1992, o peso no PIB português do saldo líquido das transferências comunitárias era 63% superior à média dos países da Coesão (transferências comunitárias). Na orientação exportadora, Portugal ainda alinhava com o padrão europeu (comércio internacional), com um excedente na balança corrente superior ao da média da UE27 (balança externa). À data de 1990, a economia portuguesa também mantinha uma intensidade energética inferior ao padrão europeu em 1990 (energia). Em 1986, o desequilíbrio era notório no nível de preços, com 13% de variação anual do deflator do consumo privado em Portugal contra 3% na UE15 (inflação e convergência nominal). Retrato 1.2. Sociedade Na demografia, o menor crescimento efetivo da população portuguesa contrastava com a dinâmica europeia (população), com a maior emigração dos portugueses a fazer destoar o contributo do saldo migratório para a variação da população face à UE27 (emigração e imigração). Em 1986, a taxa de mortalidade infantil excedia em 20% a média europeia (saúde) e a população com menos de 15 anos ainda superava a de 65 e mais anos, apresentando em 1990 um índice de envelhecimento inferior ao europeu (estrutura etária). Em 1990, a proporção de portugueses a viver em áreas predominantemente urbanas excedia já a média da UE15 (cidades e povoamento). O investimento na aquisição de casa própria superava em 37% a média da UE15 em 1991 (habitação), mas o atraso face à área do euro ainda era visível no acesso a instalações sanitárias em 1990 (conforto da habitação). Em 1985, a proporção da população portuguesa que completara o ensino secundário ou superior ficava a metade do padrão europeu (educação). Em 1991, a proporção de utilizadores de internet ficava a menos de dois terços da média europeia (sociedade de informação). Em 1990, as emissões de gases com efeito de estufa estavam a metade do nível da UE27 (ambiente). Mais atrás, estava a densidade da rede nacional de autoestradas, que não chegavam a 30% do referencial europeu em 1986 (mobilidade). 25 anos de Fundos Estruturais: Retratos da economia, da sociedade e das instituições em Portugal 9

14 Retrato 1.3. Instituições A nível das administrações públicas, a dívida pública portuguesa excedia em 11% o referencial europeu em 1986 (dívida pública e saldo orçamental). O peso no PIB dos impostos e das contribuições sociais efetivas ficava 27% abaixo da média comunitária (carga fiscal) e o das despesas públicas 20% abaixo deste referencial (despesa pública), sobretudo devido aos menores gastos com prestações sociais, que ficavam a cerca de metade da média dos dez Estados-membros disponíveis para comparação em 1986 (proteção social). A margem de manobra orçamental, medida pelo peso na carga fiscal das despesas com pessoal e prestações sociais, era então ligeiramente inferior à média dos 11 Estados-membros, referencial europeu disponível em 1986 (governação). A nível das empresas, os dados disponíveis para 20 Estadosmembros em 1987 revelam um alinhamento de Portugal com o padrão europeu na proporção dos trabalhadores por conta própria como empregadores, ou seja, daqueles que exercendo uma atividade independente, empregam um ou vários trabalhadores na sua empresa (empreendedorismo). Em 1986, o peso no PIB do crédito interno concedido pelo sector bancário estava também ao nível do padrão europeu (banca e bolsa). Quanto à situação das famílias portuguesas perante o trabalho, Portugal gozava de uma taxa de desemprego inferior à média da UE15 em 1986 (emprego e desemprego). O peso dos trabalhadores por conta de outrem era comparativamente inferior ao referencial europeu em 1987 (trabalho e estrutura social), assim como a proporção dos quadros superiores e dirigentes e das profissões intelectuais e científicas na estrutura de profissões em 1992 (classe média). 10 Sociedade de Consultores Augusto Mateus & Associados

15 Nível de vida e convergência real Produtividade Inflação e convergência nominal Procura interna e procura externa Consumo e modelos de comércio Investimento Atividades económicas Especialização industrial Produções primárias Energia Comércio internacional Viagens e turismo Transferências comunitárias Investimento estrangeiro Balança externa I&D e inovação Posição competitiva Retrato 1.1. Posição de Portugal face à União Europeia à partida da aplicação dos fundos estruturais: a economia Referencial europeu= anos de Fundos Estruturais: Retratos da economia, da sociedade e das instituições em Portugal 11

16 Coesão territorial Cidades e povoamento População Emigração e imigração Estrutura etária Estruturas familiares Nível de educação Serviços de educação Saúde Habitação Conforto da habitação Ambiente Mobilidade Lazer e cultura Sociedade de informação Retrato 1.2. Posição de Portugal face à União Europeia à partida da aplicação dos fundos estruturais: a sociedade Referencial europeu= Sociedade de Consultores Augusto Mateus & Associados

17 Governação Carga fiscal Despesa pública Proteção social Dívida pública e saldo orçamental Tecido empresarial Empreende dorismo Sector empresarial do Estado Empresas de capital estrangeiro Financiamento das empresas Banca e bolsa Emprego e desemprego Trabalho e estrutura social Rendimento e património Poupança e endividamento Repartição do rendimento e pobreza Desigualdade salarial Classe média Retrato 1.3. Posição de Portugal face à União Europeia à partida da aplicação dos fundos estruturais: as instituições Referencial 97 europeu= anos de Fundos Estruturais: Retratos da economia, da sociedade e das instituições em Portugal 13

18 14 Sociedade de Consultores Augusto Mateus & Associados

19 Retrato de 1999 Retrato 2.1. Economia Treze anos após a adesão à União Europeia, era visível a rota de convergência com a média europeia em termos dos preços, no quadro da adesão ao euro (inflação e convergência nominal), mas agravamento do défice externo português era já desmedido face ao padrão europeu (balança externa). Neste período, Portugal perdeu o avanço nas transferências comunitárias face aos países da Coesão e no stock de investimento direto estrangeiro face à UE27 (investimento e investimento estrangeiro), deixando de apresentar vantagem competitiva face ao referencial da UE15 (posição competitiva). A economia portuguesa virou-se para dentro e aumentou a distância face ao padrão europeu na maior relevância da taxa de investimento e na procura interna (investimento e procura interna e procura externa), não tendo sido capaz de acompanhar o impulso da orientação exportadora europeia (comércio internacional). Portugal acompanhou a terciarização da economia europeia (atividades económicas) e viu a União Europeia reduzir a proporção do VAB gerado pela indústria transformadora (especialização industrial), mas passou a apresentar uma intensidade energética superior ao padrão europeu (energia). A produtividade do sector primário recuou para menos de metade do valor acrescentado por trabalhador europeu (produções primárias). A produtividade da economia portuguesa, quando avaliada pelo PIB por trabalhador, subiu para 48% do referencial da UE15 (produtividade), com o peso no PIB do I&D a ficar-se apenas em 38% do padrão europeu (I&D e inovação). Por contraste com a incapacidade de convergir na criação de riqueza, as famílias portuguesas recuperaram o atraso nos hábitos de consumo: as despesas dos portugueses no estrangeiro subiram para 83% da UE15 (viagens e turismo), enquanto o peso do consumo no rendimento disponível se manteve acima da média da UE27 (consumo e modelos de comércio). Trata-se de um nível já superior ao referencial do nível de vida, pois o PIB per capita português ficou-se pelos 81% da UE27 (nível de vida e convergência real). Retrato 2.2. Sociedade Na demografia, a população cresce acima da média da UE27 (população), impulsionada pela crescente entrada de imigrantes no país, que supera a menor saída de emigrantes e equilibra o contributo do saldo migratório com o padrão europeu (emigração e imigração). Em 1999, a taxa de mortalidade infantil em Portugal já é inferior à média europeia (saúde) enquanto o índice de envelhecimento populacional já é superior à média europeia, com a faixa etária de 65 e mais anos a ultrapassar mais rapidamente a dos jovens em Portugal do que na UE27 (estrutura etária). A proporção de famílias portuguesas sem filhos dependentes era inferior à média europeia em 21% (estruturas familiares). Em 2000, a proporção de portugueses a viver em áreas predominantemente urbanas mantinha-se acima da UE15 (cidades e povoamento). Portugal aumentou o avanço face à UE15 no investimento em habitação em 1999 (habitação) e recuperou o atraso face à área do euro no acesso a instalações sanitárias em 2000 (conforto da habitação). A dispersão do PIB per capita entre as regiões portuguesas excedia em 76% a média dos dois Estados-membros mais bem posicionados neste indicador de coesão territorial (coesão territorial). Em 1999, as emissões de gases com efeitos de estufa aceleraram em Portugal contra a tendência europeia, convergindo para 79% da média da UE27 (ambiente), enquanto a ampliação da rede nacional de autoestradas já superava em 23% o referencial europeu (mobilidade). 25 anos de Fundos Estruturais: Retratos da economia, da sociedade e das instituições em Portugal 15

20 O ritmo de crescimento das qualificações dos portugueses não chegou para aumentar a convergência com a média europeia. Portugal mantinha uma proporção de população com ensino secundário ou superior 42% abaixo do padrão europeu em 2000 (nível de educação), apresentando um nível de despesa pública em educação comparativamente superior à UE27 (serviços de educação). Portugal foi capaz de convergir com os 14% de população europeia que usava a internet em 1999 (sociedade de informação), enquanto o peso do lazer, recreação e cultura no consumo final dos agregados domésticos não atingia dois terços da média da União Europeia (lazer e cultura). Retrato 2.3. Instituições A nível das administrações públicas, a dívida pública portuguesa apresentava-se 25% abaixo da média da UE27 em 1999 (dívida pública e saldo orçamental). A carga fiscal crescia ao ritmo da UE27, mantendo-se a três quartos deste referencial (carga fiscal), mas a convergência acelerou nas despesas públicas para 88% do referencial europeu (despesa pública), impulsionada também pelos crescentes gastos com prestações sociais, então ainda a cerca de dois terços do nível da UE27 (proteção social). Neste contexto, o peso na carga fiscal das despesas com pessoal e prestações sociais passou a exceder já em 20% a média da UE27 (governação). Ao nível das empresas, o emprego em Portugal já excedia em 7% a UE27 quanto à proporção de trabalho por conta própria como empregador (empreendedorismo) e em 28% nas empresas com menos de dez trabalhadores face à média de 20 Estadosmembros (tecido empresarial). O peso no PIB das ações e outras participações detidas pelas administrações públicas também era superior em Portugal face à média de 18 Estados-membros disponíveis para comparação (sector empresarial do Estado). O contraste acentuava-se no menor peso do investimento direto estrangeiro no investimento privado, excluindo habitação, no período 1997/1999 (empresas de capital estrangeiro) e sobretudo no endividamento financeiro das empresas, que contabilizando os empréstimos obtidos junto de instituições de crédito e dos títulos de dívida emitidos em percentagem do PIB, já excedia em mais de 80% o referencial europeu excluindo o Reino Unido (financiamento das empresas). O peso no PIB do crédito interno concedido pelo sector bancário mantinha-se alinhado com o padrão europeu (banca e bolsa), com a dívida bruta das famílias em percentagem do PIB a exceder em 6% a média da área do euro (poupança e endividamento). Nas famílias, o maior contraste com o padrão europeu estava na maior desigualdade nacional na repartição do rendimento face à UE15, quando confrontada a proporção de rendimento total recebida pelos 20% da população com maiores rendimentos com a proporção do rendimento total recebida pelos 20% da população com menores rendimentos (repartição do rendimento e pobreza) e na menor disparidade das remunerações auferidas entre homens e mulheres em Portugal face à UE27 (desigualdade salarial). O contributo dos rendimentos líquidos de propriedade para o rendimento disponível das famílias portuguesas ficava cerca de 40% aquém da média europeia (rendimento e património). A taxa de desemprego em Portugal era então metade do referencial da UE27 (emprego e desemprego). Portugal convergia para 91% da média europeia na proporção de trabalhadores por conta de outrem na população empregada (trabalho e estrutura social) mas divergiu para dois terços do referencial europeu quanto à proporção de quadros superiores e dirigentes e de profissões intelectuais e científicas na estrutura de profissões (classe média). 16 Sociedade de Consultores Augusto Mateus & Associados

21 Nível de vida e convergência real Produtividade Inflação e convergência nominal Procura interna e procura externa Consumo e modelos de comércio Investimento Atividades económicas Especialização industrial Produções primárias Energia Comércio internacional Viagens e turismo Transferências comunitárias Investimento estrangeiro Balança externa I&D e inovação Posição competitiva Retrato 2.1. Posição de Portugal face à União Europeia na viragem para o século XXI: a economia 1986 e 1999 > Referencial europeu= anos de Fundos Estruturais: Retratos da economia, da sociedade e das instituições em Portugal 17

22 Coesão territorial Cidades e povoamento População Emigração e imigração Estrutura etária Estruturas familiares Nível de educação Serviços de educação Saúde Habitação Conforto da habitação Ambiente Mobilidade Lazer e cultura Sociedade de informação Retrato 2.2. Posição de Portugal face à União Europeia na viragem para o século XXI: a sociedade 1986 e Referencial europeu= Sociedade de Consultores Augusto Mateus & Associados

23 Governação Carga fiscal Despesa pública Proteção social Dívida pública e saldo orçamental Tecido empresarial Empreende dorismo Sector empresarial do Estado Empresas de capital estrangeiro Financiamento das empresas Banca e bolsa Emprego e desemprego Trabalho e estrutura social Rendimento e património Poupança e endividamento Repartição do rendimento e pobreza Desigualdade salarial Classe média Retrato 2.3. Posição de Portugal face à União Europeia na viragem para o século XXI: as instituições 1986 e Referencial europeu= anos de Fundos Estruturais: Retratos da economia, da sociedade e das instituições em Portugal 19

24 20 Sociedade de Consultores Augusto Mateus & Associados

25 Retrato de 2010 Retrato 3.1. Economia O retrato tirado à situação de chegada evidencia os desequilíbrios atuais da economia portuguesa. O PIB per capita português não convergiu na última década e manteve-se em 81% da média da UE27 (nível de vida e convergência real), enquanto o défice da balança corrente se agravou para 10% do PIB, por contraste com o reduzido défice externo a nível europeu (balança externa). A produtividade da economia portuguesa ficou-se por 55% do PIB por trabalhador da UE15 (produtividade) e no sector primário recuou para 45% do valor acrescentado por trabalhador europeu (produções primárias). Nas despesas em I&D, Portugal convergiu para 80% da UE27 (I&D e inovação), mas em 2009 já excedia em 13% o referencial europeu na intensidade energética (energia). A relevância do VAB gerado pela indústria transformadora portuguesa fica 20% abaixo do padrão europeu, agora menos terciarizado que Portugal (atividades económicas e especialização industrial). Virada para dentro, a economia portuguesa mantém um peso superior ao padrão europeu da procura interna no PIB (procura interna e procura externa). Em contrapartida, aumentou o atraso para dez pontos percentuais do PIB quanto à relevância das exportações, recuando para 75% da orientação exportadora na UE27 (comércio internacional), sem conseguir reequilibrar os custos salariais da produção com a produtividade para recuperar a sua vantagem competitiva relativamente à UE15 (posição competitiva). A maior taxa de investimento mantém-se num contexto de quebra da formação bruta de capital fixo mais acentuada a nível europeu (investimento). Apresenta um stock de investimento direto estrangeiro superior ao referencial europeu (investimento estrangeiro), enquanto as transferências comunitárias líquidas caíram para dois terços da média recebida pelo conjunto dos países da Coesão (transferências comunitárias). O maior peso no rendimento disponível do consumo das famílias portuguesas aumentou o avanço face ao padrão europeu (consumo e modelos de comércio), enquanto a variação dos preços em 2010 já ficou aquém da média da UE27, induzida pela desaceleração da atividade económica (inflação e convergência nominal). Retrato 3.2. Sociedade A dinâmica da população portuguesa retorna abaixo da média europeia, com os óbitos a superarem os nados-vivos e a tendência de inversão dos fluxos migratórios (população e emigração e imigração). O progresso nacional na redução da taxa de mortalidade infantil mantém o avanço face à UE27 (saúde), que se aproxima de Portugal no maior índice de envelhecimento da população (estrutura etária). A proporção de famílias portuguesas sem filhos também acelerou, subindo para 90% do referencial europeu (estruturas familiares). A população portuguesa a viver em áreas predominantemente urbanas mantinha-se acima da UE15 e sobretudo da UE27, com a qual é comparada em 2010 (cidades e povoamento). A desaceleração do investimento em habitação foi mais intensa que na UE15, colocando Portugal agora baixo deste referencial europeu (habitação). No acesso a instalações sanitárias, Portugal já estava alinhado com o referencial europeu (conforto da habitação). A nível regional, Portugal corrigiu parte da maior dispersão do PIB per capita que mantém face aos dois Estados-membros mais bem posicionados neste indicador (coesão territorial). Em 2009, as emissões de gases com efeitos de estufa estabilizaram em 70% da média da UE27 (ambiente). Este não foi o caso da ampliação da rede nacional de autoestradas, que ampliou para 86% o avanço face ao referencial europeu (mobilidade). 25 anos de Fundos Estruturais: Retratos da economia, da sociedade e das instituições em Portugal 21

26 A despesa pública em educação em percentagem do PIB voltou a exceder a média comunitária (serviços de educação). O ritmo de elevação das qualificações dos portugueses só chegou para atingir dois terços da proporção europeia de população que completou o ensino secundário ou superior (nível de educação). O peso do lazer, recreação e cultura no consumo final dos agregados domésticos convergiu para um patamar acima de 80% do padrão europeu (lazer e cultura), mas o país não foi capaz de acompanhar a aceleração do ritmo de crescimento europeu na utilização da internet, baixando para 72% da média da UE27 em 2010 (sociedade de informação). Retrato 3.3. Instituições A nível das administrações públicas, Portugal subiu para 82% da média europeia o peso no PIB dos impostos e contribuições sociais efetivas (carga fiscal), o que contrasta com a convergência plena alcançada no alinhamento com a União Europeia no total das despesas públicas e nos gastos específicos com proteção social em percentagem do PIB (despesa pública e proteção social). Em 2010, a dívida pública portuguesa superava em 16% a média dos 27 Estados-membros (dívida pública e saldo orçamental), e as despesas com pessoal e com prestações sociais assumiam um peso na carga fiscal portuguesa já 27% superior à média europeia (governação). Ao nível das empresas, o endividamento financeiro das empresas já excedia em 90% o referencial europeu excluindo o Reino Unido (financiamento das empresas), enquanto o peso do investimento direto estrangeiro no investimento privado, excluindo habitação, no período 2007/2010, se mantinha abaixo de metade da média europeia (empresas de capital estrangeiro). Portugal aumentou para 16% o avanço face à UE27 na proporção de trabalho por conta própria como empregador (empreendedorismo), mas foi alcançado em 2009 pelo referencial de 20 Estados-membros na proporção de emprego em empresas com menos de dez trabalhadores (tecido empresarial). O peso no PIB das ações e outras participações detidas pelas administrações públicas manteve-se superior em Portugal face à média de 20 Estados-membros disponíveis para comparação (sector empresarial do Estado). O peso no PIB do crédito interno concedido pelo sector bancário acelerou e excedia já em 30% a média europeia (banca e bolsa), em linha com a crescente dívida bruta das famílias em percentagem do PIB, que superava em 31% a média da área do euro (poupança e endividamento). Portugal passa a apresentar uma taxa de desemprego já superior à média da UE27 (emprego e desemprego), convergindo com a maior disparidade salarial registada entre homens e mulheres a nível europeu (desigualdade salarial) e com o maior contributo que os rendimentos líquidos de propriedade têm na composição do rendimento disponível das famílias europeias (rendimento e património). Neste contexto, é de notar a convergência obtida por Portugal na redução da maior desigualdade na repartição do rendimento face à UE15 (repartição do rendimento e pobreza). Quanto ao emprego, Portugal está praticamente alinhado com o padrão europeu na proporção de trabalhadores por conta de outrem na população empregada (trabalho e estrutura social), mas mantém o atraso quanto à proporção de quadros superiores e dirigentes e de profissões intelectuais e científicas na estrutura de profissões (classe média). 22 Sociedade de Consultores Augusto Mateus & Associados

27 Nível de vida e convergência real Produtividade Inflação e convergência nominal Procura interna e procura externa Consumo e modelos de comércio Investimento Atividades económicas Especialização industrial Produções primárias Energia Comércio internacional Viagens e turismo Transferências comunitárias Investimento estrangeiro Balança externa I&D e inovação Posição competitiva Retrato 3.1. Posição de Portugal face à União Europeia na situação de chegada: a economia 1986, 1999 e 2010 > 5000 > Referencial europeu= anos de Fundos Estruturais: Retratos da economia, da sociedade e das instituições em Portugal 23

28 Coesão territorial Cidades e povoamento População Emigração e imigração Estrutura etária Estruturas familiares Nível de educação Serviços de educação Saúde Habitação Conforto da habitação Ambiente Mobilidade Lazer e cultura Sociedade de informação Retrato 3.2. Posição de Portugal face à União Europeia na situação de chegada: a sociedade 1986, 1999 e Referencial europeu= Sociedade de Consultores Augusto Mateus & Associados

29 Governação Carga fiscal Despesa pública Proteção social Dívida pública e saldo orçamental Tecido empresarial Empreende dorismo Sector empresarial do Estado Empresas de capital estrangeiro Financiamento das empresas Banca e bolsa Emprego e desemprego Trabalho e estrutura social Rendimento e património Poupança e endividamento Repartição do rendimento e pobreza Desigualdade salarial Classe média Retrato 3.3. Posição de Portugal face à União Europeia na situação de chegada: as instituições 1986, 1999 e Referencial europeu= anos de Fundos Estruturais: Retratos da economia, da sociedade e das instituições em Portugal 25

30 26 Sociedade de Consultores Augusto Mateus & Associados

31 25 anos de Fundos Estruturais: Olhares sobre a evolução da economia, da sociedade e das instituições em Portugal 27

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