MÓDULO 01: PANORAMA GERAL DE PRESERVAÇÃO DE BENS CULTURAIS E LEITURA DE PROJETOS DE RESTAURAÇÃO DA TEORIA À PRÁTICA

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1 DA TEORIA À PRÁTICA CURSO DE CAPACITAÇÃO PARA CONSERVAÇÃO E RESTAURAÇÃO DE BENS IMÓVEIS NO CENTRO HISTÓRICO DE LAGUNA-SC MÓDULO 01: PANORAMA GERAL DE PRESERVAÇÃO DE BENS CULTURAIS E LEITURA DE PROJETOS DE RESTAURAÇÃO PROFESSORA: ARQ. MARINA CAÑAS MARTINS Estado de Santa Catarina, Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte, Fundação Catarinense de Cultura, FUNCULTURAL e Edital Elisabete Anderle/2017.

2 PANORAMA GERAL DA PRESERVAÇÃO DE BENS CULTURAIS Marina Cañas Martins 1. A PROTEÇÃO DE BENS CULTURAIS 1.1 AS DIFERENTES ESFERAS DE PROTEÇÃO O tombamento ocorre de maneira semelhante na esfera municipal, estadual e federal. As atribuições dos órgãos de preservação são basicamente as mesmas: inventariar o patrimônio cultural existente em determinada localidade, protegê-lo legalmente através do tombamento (no caso do patrimônio material) ou registro (no caso do patrimônio imaterial) impedindo sua mutilação e a de seu entorno, e promovê-lo de forma a valorizá-lo e inseri-lo no dia-a-dia da população. Contudo, há uma diferença crucial entre as três esferas. A proteção municipal de uma edificação (ou um conjunto urbano, ou uma obra de arte ou celebração, etc.) significa que aquele bem possui uma relevância para a cultura e história da cidade. Exemplo: um bem tombado pela Prefeitura Municipal no Centro de Florianópolis é importante para os moradores do Campeche ou de Jurerê. No caso do tombamento estadual, estamos declarando que um bem possui valor cultural para Santa Catarina. A preservação de uma edificação tombada em Pomerode, por exemplo, é relevante para o cidadão de Florianópolis, de Joinville, ou de Chapecó, pois é referência para a cultura e história do Estado. Da mesma forma funciona o tombamento federal, que declara a relevância de um bem para todo o Brasil. A preservação da casa natal de Victor Meirelles no centro de Florianópolis, tombada em nível federal, é importante para um cidadão de Laguna e para um cidadão de Salvador, pois a história dessa edificação, e a do artista que ali viveu, ajuda a contar a história do País. Existem bens protegidos nas três esferas, como a Ponte Hercílio Luz, referência não só para a cidade de Florianópolis, mas também para Santa Catarina, e para todos os brasileiros. E como avaliar se uma edificação de Florianópolis possui relevância para a própria cidade, ou para Chapecó ou para Manaus? Muitos fatores são analisados, como o alcance de sua história, seu destaque em relação a outras edificações de mesmo tipo, a excepcionalidade em relação à sua técnica construtiva, o seu significado para o 1

3 desenvolvimento urbano de um determinado período, entre outros fatores. Cabe ressaltar que não se trata de qualificar em termos de maior ou menor valor, e sim do alcance de sua referência cultural. Um bem tombado em nível municipal tem mesma importância e peso legal que um bem tombado em nível federal e, portanto, deve receber igual respeito. Portanto, não podemos, de forma alguma, abrir mão da atuação de nenhuma instituição de preservação do patrimônio cultural. Cada uma exerce um papel importantíssimo no sistema de proteção do patrimônio. A complementariedade das três esferas (prevista na Constituição Federal), e o apoio da sociedade civil, dos meios de comunicação e outras instituições, são fundamentais para que possamos proteger e abranger bens importantes nas mais variadas localidades, nas mais diversas escalas. Só assim poderemos reverter o quadro de descompromisso com a qualidade urbana que vem mutilando muitas cidades brasileiras nas últimas décadas, e impedir a perda da nossa identidade. 1.2 AS PRINCIPAIS LEIS DE PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL NO ÂMBITO DO IPHAN Constituição da República Federativa do Brasil Art Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem: I - as formas de expressão; II - os modos de criar, fazer e viver; III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas; IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico. 1º O poder público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação, e de outras formas de acautelamento e preservação. 2º Cabem à administração pública, na forma da lei, a gestão da documentação governamental e as providências para franquear sua consulta a quantos dela necessitem. 2

4 3º A lei estabelecerá incentivos para a produção e o conhecimento de bens e valores culturais. 4º Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão punidos, na forma da lei. 5º Ficam tombados todos os documentos e os sítios detentores de reminiscências históricas dos antigos quilombos. Patrimônio Material Decreto-Lei nº 25/1937 Organiza a proteção do patrimônio histórico e artístico nacional (tombamento) Art. 1º Constitui o patrimônio histórico e artístico nacional o conjunto dos bens móveis e imóveis existentes no país e cuja conservação seja de interesse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico. Livros do Tombo: Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico Livro do Tombo Histórico Livro do Tombo das Belas Artes Livro do Tombo das Artes Aplicadas Decreto-Lei nº 25/1937 Controle do comércio de obras de arte Lei nº 3.924/1961 Dispõe sobre os monumentos arqueológicos e pré-históricos Lei nº 4.845/1965 Proíbe a saída, para o exterior de obras de arte e ofícios produzidos no País, até o fim do período monárquico Lei nº /2007 Dispõe sobre a revitalização do setor ferroviário Patrimônio Imaterial Decreto nº 3551/2000 Institui o Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial que constituem patrimônio cultural brasileiro Decreto nº 7.387/2010 Instituo o Inventário da Diversidade Linguística Portarias importantes Portaria nº 127/2009 Estabelece a chancela da Paisagem Cultural Brasileira Portaria nº 420/2010 Dispõe sobre os procedimentos a serem observados para a concessão de autorização para realização de intervenções em bens edificados tombados e nas respectivas áreas de entorno 3

5 Portaria nº187/ 2010 Dispõe sobre os procedimentos para apuração de infrações administrativas por condutas e atividades lesivas ao patrimônio cultural edificado 2. AS AMEAÇAS E OS RISCOS AO PATRIMÔNIO EDIFICADO 2.1 AGENTES DE DETERIORAÇÃO Fatores ambientais a orientação solar, temperatura, salinidade, umidade, pluviometria, vegetação, fauna, os ventos e a presença de elementos poluentes na atmosfera contribuem no processo de deterioração, podendo produzir danos lentos e contínuos nas rochas. Desastres Naturais - são aqueles provocados por fenômenos e desequilíbrios da natureza e produzidos por fatores de origem externa que atuam independentemente da ação humana. A ação violenta da natureza se manifesta com terremotos, furacões, inundações, etc., que produzem danos imediatos e intensos. Intervenção do homem - as intervenções quando executadas inadequadamente, assim como os atos de vandalismo, modificam de tal forma um bem, que podem chegar a torna-lo irreconhecíveis. 2.2 AMEAÇAS Falta de capacidade técnica; Falta de monitoramento; Falta de recursos humanos e financeiros; Pressão urbana; Falta de planejamento urbano; Turismo predatório. 3. INTERVENÇÕES NO PATRIMÔNIO EDIFICADO 4

6 3.1 AS PRINCIPAIS TEORIAS No século XV, de forma gradual, as intervenções em edifícios antigos deixam de ter o objetivos práticos e utilitários e começam a ter preocupações de ordem cultural. Até aquele momento, as obras eram atualizadas de acordo com os cânones e estilos em vigor no momento da intervenção. A partir do final do século XVIII a restauração vai se independizando como campo disciplinar. Até meados do século XX, os monumentos históricos adquirem reconhecimento, status jurídico e uma hierarquia de valores. Viollet-Le-Duc ( , França) Dedica sua vida à busca por uma manifestação moderna (na academia só se ensinava neo-clássico). Ele vê no gótico uma estrutura onde tudo funciona, e é fácil de ser préfabricada (a ideia, não o prédio), é maleável. Ele vai ser tornar restaurador pela busca dessa lógica. Para ele, os edifícios eram livros de pedra, e, portanto, precisavam estar íntegros. Verbete restauração no Dictionnaire Raisonné de l Architecture, : A palavra e o assunto são modernos. Restaura um edifício não é mantê-lo, repará-lo ou refazê-lo, é restabelecê-lo em um estado completo que pode não ter existido nunca em um dado momento. Princípios da teoria: - Levantamento como conhecimento do edifício e não como documento. - Se eu conheço o todo, eu sei as partes que compõe o todo, eu vou saber as partes que faltam (positivismo). - Todas as partes do edifício devem servir para alguma coisa. Até a estatuária deve servir para contrapeso. - Só se restaura quando há necessidade estrutural. - Quando há lacunas, voltar ao que teria sido o edifício na época da sua construção (a partir da lógica do estilo). - O edifício deve ser utilizado sempre. John Ruskin ( ) Inglaterra O contexto da atuação de Ruskin é o da estética do sublime e do pitoresco. A arquitetura vale por aquilo que sugere, evoca. A arquitetura está inserida na paisagem como um ser vivo (nasce e morre). Princípios: - Introduz os valores de ambiente. - O tempo é parte fundamental do edifício. A pátina é fundamental por sua importância estética e histórica. 5

7 - Importância da manutenção para evitar a restauração. - Privilegia a matéria ante a forma. Camillo Boito ( ), Itália Boito foi grande admirador de Ruskin, mas não aceitava que houvesse perda do edifício. A questão da autenticidade começa a ser aprofundada. Princípios: - É necessário fazer o impossível para conservar no monumento o seu velho aspecto artístico e pitoresco. - É necessário que os complementos, se indispensáveis, e as adições, se não podem ser evitadas, demonstrem não ser obras antigas mas obras de hoje (estilo e material). - Suprimir detalhes na obra nova. - Colocar na edificação a memória da restauração. - Propõe três tipos de restauração, de acordo com o estilo: restauro arqueológico (monumentos antigos), restauro pictórico (monumento medieval), restauro arquitetônico. Alois Riegl ( ) Áustria Historiador e crítico de arte. Primeiro em interpretar a conservação de monumentos a partir de uma teoria de valores e de estabelecer a diferença entre monumento e monumento histórico. Coloca o mesmo valor em todos os monumentos porque todos são importantes para a cadeia evolutiva. Valores: - De rememoração ou históricos (para a memória, para a história, para a história da arte e antiguidade); - De contemporaneidade (artístico, de novidade e de uso). Gustavo Giovannoni ( ) Itália Historiador e teórico da arquitetura. Continuador das ideias de Boito. Sua maior contribuição é a ampliação do conceito de patrimônio ao contexto urbano e territorial. Cria o restauro científico, que propõe classificações (ambíguas e confusas): - Restauro segundo origem e estado de conservação. - Restauro segundo a importância e caráter. - Restauro segundo as intervenções. Cesare Brandi ( ) Itália Cria a teoria da restauração mais utilizada no momento atual. Restauração constitui o momento metodológico do reconhecimento da obra de arte, em sua consistência física 6

8 e na sua dupla polaridade estética e histórica, com vistas à sua transmissão para o futuro. Princípios: - Restaura-se somente a matéria da obra de arte. - A restauração deve visar o restabelecimento da unidade potencial da obra de arte, desde que isso seja possível sem cometer um falso artístico ou um falso histórico, e sem cancelar nenhum traço da passagem da obra no tempo. - Os três tempos: o tempo da criação e construção da obra de arte; o intervalo entre a criação e hoje; o momento de reconhecimento como obra de arte. É no terceiro tempo que atuamos. 3.2 AS PRINCIPAIS CARTAS PATRIMONIAIS Ver anexo. 3.3 OS PRINCÍPIOS CONTEMPORÂNEOS DO RESTAURO Autenticidade A capacidade de compreender o valor atribuído ao patrimônio depende do grau de credibilidade ou de veracidade que se pode atribuir às fontes de informação relativas a esse valor. Conforme o tipo de patrimônio cultural e o seu contexto cultural, pode-se considerar que os bens satisfazem as condições de autenticidade se os seus valores culturais estiverem expressos de modo verídico e credível através de uma diversidade de atributos, entre os quais: forma e concepção; materiais e substância; uso e função; tradições, técnicas e sistemas de gestão; localização e enquadramento; língua e outras formas de património imaterial; espírito e sentimentos; e outros fatores intrínsecos e extrínsecos. Integridade A integridade é uma apreciação de conjunto e do caráter intacto do patrimônio natural e/ou cultural e dos seus atributos. Estudar as condições de integridade exige portanto que se examine em que medida o bem possui todos os elementos necessários para 7

9 exprimir o seu valor; e apresenta dimensão suficiente para permitir uma representação completa das características e processos que transmitem a importância desse bem. Segurança e manutenção O objetivo da conservação é preservar o valor cultural de um bem; ela deve incluir medidas de segurança e manutenção (proteção contínua do bem e do entorno), assim como arranjos que prevejam sua futura destinação. Intervenção mínima A conservação se baseia no respeito ao material do bem e não deve deturpar o testemunho nela presente. Compatibilidade e reversibilidade O bem deve receber um uso compatível, ou seja, sua utilização não deve implicar em mudança de seu valor cultural. O uso compatível deve considerar modificações que sejam reversíveis ou que requeiram um impacto mínimo. Acréscimos A obra nova deve ser considerada complemento da preexistência, e não o contrário. 4. ETAPAS DO PROJETO DE RESTAURAÇÃO 4.1 LEVANTAMENTO O levantamento é o processo através do qual medimos o imóvel para representá-lo graficamente, em escala, de maneira precisa. Também é nessa etapa que pesquisamos sobre sua construção e história. O levantamento é muito importante para conhecer as características da edificação e as modificações que a mesma sofreu ao longo dos anos. Materiais e equipe - Mínimo 3 pessoas (o zero, o contador, e o desenhista) - Trena de 25 ou 50m de aço ou tecido reforçado - Metro (escala de pedreiro) - Prancheta de mão, lápis, borracha, papel - Mangueira transparente para nivelamento - Câmera fotográfica 8

10 - Esquadro - Nível de bolha, nível de prumo, nível de centro. Etapas do levantamento - Observação geral da edificação, para entender sua volumetria e suas proporções. Nesta etapa geralmente realizamos levantamento fotográfico de todas as partes da edificação e planejamos o percurso do levantamento e a necessidade de equipamentos ou equipe extra. - Leitura de textos e pesquisa de iconografia sobre a edificação, de modo a facilitar o entendimento das etapas de sua construção. A pesquisa histórica busca também aferir a autenticidade do bem, o que balizará o posicionamento e a justificativa das intervenções propostas na etapa de projeto. - Elaboração de croquis das plantas e das fachadas, em dimensões que possibilitem inserir anotações e medidas. Se necessário, fazer um desenho geral e outros parciais. - Marcação do nível Toda a edificação deverá receber marcação de nivelamento, que pode ser feita com uma mangueira transparente com água. Escolhe-se um ponto zero (soleira da porta principal, por exemplo), e marca-se um metro acima desse ponto, desenhando na parede Esse ponto é levado à todas as paredes da edificação com a ajuda da mangueira quase cheia de água e sem bolhas, seguindo o princípio dos vasos comunicantes. Essa marcação servirá tanto para guiar as medidas horizontais, quanto para as medidas verticais (onde podemos indicar a altura da parede ou elemento em relação ao +100, para cima e para baixo). Dicas para um bom levantamento - O papel de cada membro da equipe deve ser mantido para toda a edificação, principalmente aquele que desenha e anota as medidas. - A medida cantada deve ser repetida pelo desenhista. - A sequência de medidas deve ser sempre cumulativa e obtida com uma só trenada. - As medidas devem ser lidas com precisão, indicando inclusive os milímetros. - Cada ambiente da edificação deverá ter, no mínimo, duas medidas diagonais de amarração por triangulação. As triangulações devem aumentar na medida da complexidade do espaço. A triangulação também é usada para amarrar/posicionar a edificação no terreno. - Conforme indicado anteriormente, as medidas devem ser tomadas sempre na mesma altura. Documentação fotográfica - Os ângulos de tomada devem ser registrados em planta. 9

11 - A foto deve ser o mais plana possível. - Deve-se evitar sombras sobre elementos. - Utilizar o metro como escala de foto. - Registrar o entorno da edificação, como o mesmo cuidado com que se registra a edificação (muitas informações sobre a conservação do bem aparecem na análise o entorno). Análise tipológica, identificação de materiais e sistema construtivo Após o levantamento físico, a pesquisa histórica e o registro fotográfico, será possível fazer um relatório conclusivo, descrevendo as características gerais da edficiação: estilo, influências, autenticidade das partes, elementos suprimidos e alterados, técnicas construtivas. Prospecções A depender das dúvidas que o levantamento suscitar, será interessante realizar prospecções para verificar vãos que foram fechados, ou alteração de elementos. Muitas vezes é preciso remover parte de revestimentos, abrir valas, desmontar forros, sempre usando o bom senso para não danificar a edificação. No caso de potencial achado arqueológico, pare imediatamente e chame um arqueólogo que deverá avaliar a situação e prosseguir com pesquisa, nos termos a Lei nº3924/61. Todas as prospecções deverão ser apresentadas em relatório. 4.2 DIAGNÓSTICO O diagnóstico é a etapa de projeto que possibilitará uma leitura da situação atual do edifício em relação às causas e agentes que atuam na dinâmica, e principalmente, na degradação do edifício. Mapeamento de Danos Representação gráfica de todos os danos existentes e identificados na edificação, relacionando-os com seus agentes e causas. Os danos podem surgir por problemas na própria construção do bem, ou por agentes biológicos, mecânicos, climáticos. Podem ser indicados nas peças gráficas através de hachuras, cores e códigos. Devem ser feitos observando o edifício in loco. O levantamento fotográfico deve ajudar, mas não deve ser o único meio pelo qual se realiza o mapeamento. 10

12 Análise do Estado de Conservação Com o levantamento das patologias da edificação, e da identificação dos agentes degradadores, passa-se às análises do estado de conservação dos materiais, da fundação e do sistema estrutural. Essas análises podem ser registradas em relatório, contendo fotos e croquis. Estudos e testes Quando necessário e possível realizar testes nos materiais, como limpeza de pedras e outros elementos, definição do tipo e traço de argamassa, teste de aplicação de produtos, teste de perfuração de barrotes (detectar presença de xilófagos, por exemplo). 4.3 PROJETO O projeto de restauração deve resultar na graficação das soluções adotas para restaurar o edifício, partindo do levantamento e levando em consideração o diagnóstico (dano, agente e causa provável). O projeto não deve misturar levantamento, diagnóstico e solução. Deve se ater à solução. O projeto deve apresentar as novas inserções (soluções de acessibilidade, novos banheiros, paredes, anexos, paredes a demolir, etc.). Alguns autores preferem reproduzir duas vezes cada planta, mantendo em uma as soluções de restauração e em outra as novas inserções. A ideia é que haja clareza na apresentação das soluções. Considerar que tudo que está no projeto e todos os procedimentos de restauro devem vir acompanhados de Memorial Descritivo e Caderno de Encargos. Muitos procedimentos estão descritos na própria prancha, mas devem ser repetidos no MD e CE. Os projetos devem ser claros quanto às áreas a serem restauradas, trocadas ou substituídas. É preciso ter em conta que os custos são altos e sempre que possível evitar indicações genéricas como verificar durante a obra. 11

13 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA BOITO, Camillo. Os restauradores. Tradução de Beatriz Mugayar Kühl. Cotia, SP: Ateliê Editorial, BRANDI, Cesare. Teoria da Restauração. Tradução Beatriz Mugayar Kühl. Cotia, SP: Ateliê Editorial, BRASIL. Ministério da Cultura. Programa Monumenta. Manual de elaboração de projetos de restauração do patrimônio cultural. Cadernos Técnicos 1. Brasília: Ministério da Cultura, Programa Monumenta, Disponível em: COLCULTURA. Instituto Colombiano de Cultura. Levantamentos arquitectónicos y urbanos. Manual de procedimento. s/d. JOKILEHTO, Jukka. A History of Architectural Conservation. Thesis. The University of York, England. Institute of Advanced Architectural Studies Disponível em: KÜHL, Beatriz Mugayar. História e Ética na Conservação e na Restauração de Monumentos Históricos. R. CPC, São Paulo, v.1, n.1, p , nov. 2005/ abr Disponível em: OLIVEIRA, Mario Mendonça de. A documentação como ferramenta de preservação da memória. Brasília, DF: IPHAN, Programa Monumenta, Cadernos Técnicos 7. Disponível em: RIEGL, Alöis. O culto moderno dos monumentos. Lisboa: Edições 70, RUSKIN, John. A Lâmpada da Memória. Tradução Maria Lucia Bressan Pinheiro. Cotia, SP: Ateliê Editorial, VIOLLET-LE-DUC, Eugène Emmanuel. Restauração. Tradução de Beatriz Mugayar Kühl. Cotia, SP : Ateliê Editorial, Site consultado: IPHAN - (Coletânea Virtual/ Cartas Patrimoniais) 12

14 ANEXO PRINCIPAIS CARTAS PATRIMONIAIS PRINCIPAIS CARTAS ANO Carta de Atenas 1931 Recomendação de Nova 1956 Delhi Recomendação de Paris 1962 Carta de Veneza 1964 Recomendação de Paris 1964 Normas de Quito 1967 Compromisso de 1970 Brasília Compromisso de 1971 Salvador Carta do Restauro 1972 Declaração de 1972 Estocolmo Recomendação de Paris 1972 Recomendação de 1972 Budapest Resolução de São 1974 Domingos Declaração de Amsterdã 1975 Manifesto de Amsterdã 1975 Carta de Turismo 1976 Cultural Recomendação de 1976 Nairóbi CONSERVAÇÃO E RESTAURAÇÃO DE BENS/ CONCEITOS PROTEÇÃO ENTORNO/ INSERÇÃO DO CONTEMPORÂNEO VALOR PATRIMONIAL COMO VALOR ECONÔMICO/ TURISMO MUSEUS/ BENS MÓVEIS ARQUEOLOGIA PATRIMÔNIO MUNDIAL NATURAL E CULTURAL JARDINS HISTÓRICOS PLANEJAMENTO E POLÍTICAS CULTURAIS CIDADES E SÍTIOS HISTÓRICOS MEIO AMBIENTE AUTENTICIDADE PAISAGEM DIMENSÃO SOCIAL DO PATRIMÔNIO PATRIMÔNIO IMATERIAL

15 Carta de Machu Picchu 1977 Carta de Burra 1980 Carta de Florença 1981 Declaração de Nairóbi 1982 Declaração Tlaxcala 1982 Declaração do México 1982 Carta de Washington 1986 Carta Petrópolis 1987 Carta de Washington 1987 Declaração de São Paulo 1989 Recomendação Paris Carta de Lausanne 1990 Carta do Rio 1992 Conferência de Nara 1994 Carta Brasília 1995 Recomendação Europa 1995 Declaração de Sofia 1996 Carta de Fortaleza 1997 Carta de Mar del Plata 1997 Recomendação Paris 2003

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