UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL AURÉLIO DE ALMEIDA ABDORAL NETO

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1 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL AURÉLIO DE ALMEIDA ABDORAL NETO APLICAÇÃO DA MADEIRA SERRADA NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL, EM BOA VISTA/RORAIMA BOA VISTA RR 2015

2 2 AURÉLIO DE ALMEIDA ABDORAL NETO APLICAÇÃO DA MADEIRA SERRADA NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL, EM BOA VISTA/RORAIMA Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Departamento de Engenharia Civil/CCT/UFRR como pré-requisito para a conclusão do curso de Engenharia Civil da Universidade Federal de Roraima. Orientador: Prof. DSc. Dirceu Medeiros de Morais. BOA VISTA RR 2015

3 3 AURÉLIO DE ALMEIDA ABDORAL NETO APLICAÇÃO DA MADEIRA SERRADA NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL, EM BOA VISTA/RORAIMA Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Departamento de Engenharia Civil/CCT/UFRR como pré-requisito para a conclusão do curso de Engenharia Civil da Universidade Federal de Roraima. Defendido em: / /2015. BANCA EXAMINADORA Prof. DSc. Dirceu Medeiros de Morais Orientador Departamento de Engenharia Civil UFRR Prof. MSc. João Bosco Pereira Duarte Examinador Interno Departamento de Engenharia Civil UFRR Prof. MSc. Alex Bortolon de Matos Examinador Interno Departamento de Engenharia Civil UFRR BOA VISTA RR 2015

4 4 AGRADECIMENTOS A Deus, por guiar fazendo com que eu não desistisse dos meus sonhos diante das dificuldades; A minha família, especialmente, meus pais Marco Aurelio de Medeiros Abdoral e Luci Matias Abdoral, meu irmão Marcos Vinícius Matias Abdoral, pelo amor, pela dedicação durante a minha vida e pela compreensão nos momentos ausentes dedicados à graduação; Aos demais familiares, avó, tios, tias, primos e primas que sempre me deram força através de palavras amigas e bons conselhos; As famílias que me acolheram ao longo dos meus estudos como se eu estivesse na casa dos meus pais; A minha namorada Larissa Melo pela companhia, dedicação e incentivo durante esse tempo de estudo e aprendizado; Aos meus amigos de curso, pelo convívio, ensinamentos e horas de estudo desde o inicio da graduação; Aos professores pelo conhecimento transmitido, contribuindo para meu amadurecimento profissional; Ao professor Dirceu Medeiros de Morais por auxiliar como orientador no desenvolvimento deste trabalho, tornando-se um amigo; A todos que contribuíram de alguma forma para a minha formação; Muito obrigado.

5 5 Nunca ande pelo caminho traçado, pois ele conduz somente aonde os outros já foram. Graham Bell

6 6 RESUMO A cidade de Boa Vista/RR teve origem às margens do rio Branco e está localizada em uma região rica em corpos hídricos, fauna e flora. A atividade madeireira no Estado destaca-se pela produção da indústria moveleira e da construção civil. Assim, na construção civil a madeira é utilizada de forma temporária ou definitiva. A forma temporária usa como fôrmas, andaimes e escoramentos; já a definitiva, para cobertura, esquadrias, forros e pisos. A escolha do objeto de estudo surgiu, basicamente, da preocupação com a atual situação de Boa Vista-RR referente ao crescimento populacional que vem demonstrando nas últimas décadas e pelo aquecimento da indústria da construção civil, a qual influencia no uso da madeira em diversos lugares da cidade e a sua destinação final. De um ponto de vista mais específico, tentou-se compreender o uso da madeira serrada, identificar as espécies mais utilizadas na indústria da construção civil na cidade de Boa Vista/RR e comparar os tamanhos das peças de madeira serrada utilizada no mercado boa-vistense com as especificadas nas normas brasileiras. Palavras-chave: Espécies de madeira serrada; comparação de bitolas; indústria da construção civil, em Boa Vista/RR.

7 7 ABSTRACT The city of Boa Vista / RR originated on the banks of the White River and is located in a region rich in water bodies, fauna and flora. The logging in the state stands out for the production of the furniture industry and construction. Thus, wood construction is used to temporarily or permanently. The temporarily used as formwork, scaffolding and shoring; since the final to cover, frames, ceilings and floors. The choice of subject matter arose primarily from concern about the current situation of Boa Vista-RR related to population growth that has demonstrated in recent decades and by the construction industry heating, which influences the use of wood in several places the city and its final destination. From a more specific point of view, we tried to understand the use of lumber in the construction industry in the city of Boa Vista / RR. Keywords: Lumber species; gauges comparison; the construction industry in Boa Vista / RR.

8 8 LISTA DE FIGURAS Figura 2.1 Principais defeitos da madeira serrada: a) Nó; b) Fenda; c) Abaulamento; e d) Arqueadura Figura 2.2 Madeira bruta ou roliça Figura 2.3 Madeira falquejada Figura 2.4 Madeira serrada Figura 2.5 Madeira compensada Figura 2.6 Fluxograma geral da cadeia produtiva da madeira Figura 2.7 Maiores regiões produtoras de madeira em tora, lenha e carvão vegetal Figura Localização do Estado de Roraima e do município de Boa Vista Figura 4.1 Total de espécies de madeira coletadas em função das visitas realizadas nas serrarias

9 9 LISTA DE TABELAS Tabela Teores de umidade finais para alguns produtos de madeira Tabela 2.2 Comparação de dimensões e nomenclaturas entre as normas brasileiras de madeira serrada Tabela 2.3 Extração vegetal e silvicultura de Roraima, entre 2010 e Tabela madeiras identificadas e ordenadas pelos seus nomes comerciais e científicos Tabela 4.2 Influência de suprimento de madeira no Estado de Roraima Tabela 4.3 Dimensões nominais utilizadas no universo em estudo Tabela 4.4 Forma de aquisição das peças de madeira serrada nos distribuidores

10 10 LISTA DE SIGLAS E ABREVIAÇÕES IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. FEMARH Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos.

11 11 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO OBJETIVOS Objetivo geral Objetivos específicos Estrutura do Trabalho REFERENCIAL TEÓRICO MADEIRA SERRADA PROPRIEDADES DA MADEIRA Propriedades físicas Propriedades mecânicas DEFEITOS DA MADEIRA TIPOS DE MADEIRAS USADAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL Madeira maciça Madeira industrializada MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO DIMENSÕES SEGUNDO AS NORMAS BRASILEIRAS ORIGEM DA MADEIRA APLICADA NA CONSTRUCÃO CIVIL INSTITUIÇÕES RELACIONADAS AO MEIO AMBIENTE EM RORAIMA RORAIMA COMO SETOR MADEIREIRO Região madeireira em Roraima MATERIAIS E MÉTODOS LOCALIZAÇÃO E CARACTERÍSTICAS DA ÁREA DE ESTUDO DELINEAMENTO DA PESQUISA RESULTADOS E DISCUSSÕES IDENTIFICAÇÃO DAS MADEIRAS USADAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL, EM BOA VISTA/RR FONTES DE SUPRIMENTO DE MADEIRA SERRADA INFORMAÇÕES RELEVANTES COLETADAS NAS SERRARIAS Problemas com a madeira serrada Padronização das dimensões... 40

12 Secagem da madeira serrada Forma de aquisição da madeira e escolha das espécies CONCLUSÃO SUGESTÕES PARA FUTUROS TRABALHOS REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO UTILIZADO NA COLETA DE DADOS, NAS DISTRIBUIDORAS DE MADEIRA, EM BOA VISTA/RR APÊNDICE B MOSTRUÁRIO DAS ESPÉCIES DE MADEIRA UTILIZADAS NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL, EM BOAVISTA/RR... 51

13 13 1 INTRODUÇÃO A madeira é um material de construção utilizada de forma tradicional, como matéria prima para a proteção e bem estar do ser humano, sem a preocupação de novas técnicas para a construção e manutenção desde a antiguidade. No Brasil, a grande extensão territorial e extensas áreas florestais, faz com que todas as regiões utilizem esse recurso natural para atender as necessidades construtivas. A Amazônia brasileira, em termos de madeira, é uma das principais regiões produtoras de madeira tropical, do mundo, junto com Malásia e Indonésia. Assim, o uso sustentável dos recursos florestais representa uma alternativa econômica, social e ambiental para a região Norte, mas pouco se põe em prática os conhecimentos dessa área para o uso racional dos recursos naturais, para satisfazer as necessidades da indústria da construção civil. O uso da madeira na construção civil é agrupado pela finalidade de como empregá-la nas edificações. Como aproveitá-la está relacionado à construção propriamente dita, a saber: construção pesada, construção leve, estruturas de madeira, em esquadrias, para decorativa, assoalhos de pisos domésticos etc. Com os diferentes usos desse recurso natural, a construção civil torna-se, cada vez mais, uma das grandes consumidoras, totalizando cerca de 2/3 da madeira natural extraída (JONH apud BABILON, 2008). Assim, por ser impactante a sua extração para o meio ambiente, a utilização da madeira na indústria da construção civil tem como consequência casos de desperdício, quando a qualificação dos profissionais que exercem a atividade madeireira diretamente não é a ideal. De acordo com Azevedo et. al. (2006), para torna-se sustentável do ponto de vista ambiental e econômico, a indústria da construção civil deve estar baseada na prevenção de redução de resíduos gerados, o que pode ser obtido com a aplicação de metodologias de produção limpa durante todo o processo construtivo e a vida útil de uma edificação. O Estado de Roraima possui vastos recursos naturais em seu território que estimularam a economia desta região. Sua posição geográfica possui uma favorável relação comercial com os países vizinhos, a República Bolivariana da Venezuela e a República Cooperativa da Guiana, assim como, com os Estados do Amazonas e Pará. Possui uma área de ,779 km² distribuída em 15 municípios, dentre eles, a capital Boa Vista.

14 14 Boa Vista teve origem às margens do rio Branco e está localizada em uma região rica em recursos hídricos, fauna e flora. A atividade madeireira no referido Estado destaca-se pela produção da indústria moveleira e da madeira serrada para a construção civil. Na construção civil a madeira é utilizada de forma temporária ou definitiva. Na forma temporária sua principal aplicação é como fôrmas, andaimes e escoramentos. Já na forma definitiva, são empregadas nas estruturas de telhado, esquadrias, forros e pisos. A escolha do objeto de estudo deste trabalho surgiu, basicamente, da preocupação com a atual situação referente ao crescimento populacional de Boa Vista-RR, demonstrado nas últimas décadas, com isto cresce a demanda de moradias, e pelo desenvolvimento econômico da indústria da construção civil local, recentemente, a qual influencia no uso da madeira em diversos aspectos em deferentes bairros da cidade em estudo. Do ponto de vista mais peculiar, tentou-se diagnosticar os principais tipos de madeira serrada na indústria da construção civil, na cidade de Boa Vista-RR. Pretendeu-se identificar as espécies de madeiras serrada mais comuns, no universo em estudo, bem como fazer uma análise dos principais sistemas construtivos em madeiras serrada, empregados pelas construtoras boa-vistenses, assim como, trabalhar com as normas brasileiras em vigor, indicando as vantagens e desvantagens da madeira local, apresentando propostas para reduzir o desperdício de madeira com ênfase no uso sustentável. 1.1 OBJETIVOS Objetivo geral Este trabalho tem como objetivo geral analisar a aplicação da madeira serrada na indústria da construção civil, em Boa Vista/RR Objetivos específicos Como objetivos específicos têm-se: a) Identificar as espécies de madeira mais utilizadas na construção civil, em Boa Vista/RR; b) Indicar as vantagens e desvantagens da aplicação da madeira serrada empregada nas construções, em Boa Vista/RR;

15 15 c) Apresentar uma proposta para reduzir o desperdício da madeira, nos canteiros de obras de Boa Vista/RR, com ênfase no uso sustentável; d) Comparar as dimensões de peças de madeira serrada prescritas na ABNT NBR 7203:1982; ABNT NBR 14807:2002 e ABNT NBR 7190: Estrutura do Trabalho Este trabalho é composto de cinco seções, a saber: na primeira seção foi apresentada uma iniciação ao tema e os objetivos deste estudo. A segunda seção abordou algumas características importantes para o entendimento das análises futuras. A terceira seção tratou da metodologia adotada neste trabalho. A quarta seção apresenta os resultados e algumas discussões pertinentes. E por fim, a quinta seção mencionou as considerações finais e sugestões para futuros trabalhos na linha de estudo desta pesquisa.

16 16 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 MADEIRA SERRADA De acordo com Pfeil & Pfeil (2003), a madeira é um material que apresenta uma excelente relação resistência versus peso, que pode ser explicada para utilização em grande escala na execução de fôrmas estruturais. Em virtude da sua abundância já foi bastante usada no Brasil, mas devido ao expressivo desmatamento em algumas regiões brasileiras, praticamente não existem mais madeira para exploração em grande escala. Na condição de material e componente da indústria da construção civil, a madeira incorpora um conjunto de características que dificilmente se encontra em outros componentes construtivos. As principais vantagens de sua aplicação são: elevada resistência mecânica; baixa massa específica; boa elasticidade; baixa condutividade térmica e elétrica; e baixo custo quando comparada ao concreto e o aço. Muitas das características mencionadas dependem das condições de crescimento da espécie florestal e, também, da presença de defeitos. Como principais desvantagens da madeira para a indústria da construção civil, têm-se: ser higroscópica, heterogeneidade da estrutura, ser combustível e passível de apodrecimento. Seus usuários devem conhecer bem as qualidades do referido produto e defeitos, de forma a poderem explorá-la ao máximo. 2.2 PROPRIEDADES DA MADEIRA A madeira pode ser analisada na caracterização geral de uma espécie vegetal, através de suas propriedades físicas e mecânicas. As principais propriedades físicas são: massa específica (densidade), teor de umidade, inchamento e contração. No que se refere as propriedades mecânicas, destacam-se: resistência à compressão, resistência à tração, resistência ao cisalhamento, estabilidade dimensional e dureza. São apresentadas, a seguir, algumas propriedades físicas da madeira, tais como: massa específica (densidade), teor de umidade, inchamento e contração.

17 Propriedades físicas Massa específica Segundo Klitzke (2014), a maior parte dos aspectos tecnológicos da madeira está relacionada com a massa específica, a qual serve para avaliar e classificar uma espécie de madeira. Para o aludido autor, a massa específica reflete-se também nas características de resistência da madeira. Madeiras pesadas são, em geral, mais resistentes, elásticas e duras. Já madeiras com menor massa específica, tendem a apresentar menor resistência mecânica e estabilidade dimensional. A massa específica aparente da madeira é a relação entre a massa e o volume da mesma, a um teor de umidade conhecido, e pode ser expresso em g/cm³ ou kg/m³. A Equação 2.1 é utilizada para determinar a massa específica. (Eq. 2.1) Sendo: = massa específica, em g/cm³; m = massa da amostra da madeira, em g; e v = volume da amostra da madeira, em cm³ Teor de umidade (TU) O teor de umidade da madeira é a relação entre a massa de água presente em uma amostra da madeira, pela massa seca dessa amostra. Seu valor numérico é expresso em porcentagem e a norma que prescreve esta propriedade é a ABNT NBR ISO 4470:2011. A Equação 2.2 é utilizada para determinar o teor de umidade da madeira. (Eq. 2.2)

18 18 Sendo: TU = Teor de umidade da amostra, em %; MU = Massa úmida inicial da amostra, em g; e MS = Massa da amostra seca em estufa, em g. Conforme Klitzke (2014), a secagem natural de algumas espécies de madeira pode levar de seis a oito meses ou até um ano. Isso depende da seção e dimensão da peça. Já a secagem artificial é feita em estufa. Assim sendo, o teor de umidade varia muito entre as espécies, podendo variar dentro da própria espécie e, ainda, dentro do tronco da árvore, tanto no sentido medula-casca como no sentido base-topo. O número de amostras a serem retiradas para o ensaio de teor de umidade depende da situação local, mas deve ser representativo do lote. É fundamental que seja retirada amostras a uma distância de pelo menos 30 cm dos topos, para evitar erros na determinação. A Tabela 2.1 registra os teores de umidade para alguns produtos de madeira. Tabela Teores de umidade finais para alguns produtos de madeira PRODUTOS UMIDADE (%) Madeira serrada comercial Madeira para construção externa Madeira para construção interna 8 11 Painéis (compensado, aglomerado e chapas) 6 8 Pisos e lambris 6 11 Móveis para interiores 6 10 Móveis para exteriores Fonte: Modificado de PONCE e WATAI (1985) Inchamento e contração De acordo com Klitzke (2014), a anisotropia 1 traz como consequência, diferentes valores para o inchamento e para a contração da madeira nos três sentidos de orientação, a saber: tangencial as fibras, radial e longitudinal. Esta diferença se deve a estrutura da madeira. A maior alteração dimensional se manifesta no sentido tangencial as fibras, depois no sentido radial e, finalmente, no sentido longitudinal, que por ser tão baixa, normalmente, na prática, é desconsiderado. As relações entre as contrações da madeira, verificadas nos diferentes sentidos indicam: 10 (tangencial): 5 (radial): 0,1 (longitudinal). 1 Anisotropia = ciclo da expansão e diminuição do volume da madeira.

19 19 De acordo com o referido autor, a mudança de volume da madeira, que se verifica devido à remoção ou a adsorção de água, é considerada uma de suas propriedades físicas mais importantes, limitando consideravelmente o seu uso industrial. Para o mencionado autor, o inchamento de uma madeira, deve-se, principalmente, à inclusão de moléculas de água nos espaços localizados entre as células, afastando-as, alterando as dimensões da madeira. Da mesma forma, a diminuição de volume deve-se a evaporação da água, ocasionando a retração da madeira Propriedades mecânicas A madeira apresenta resistência mecânica elevada tanto a tensões de compressão como de tração na flexão, com a vantagem de apresentar peso próprio reduzido. É comum na análise das propriedades mecânicas da madeira, ocorrer uma variabilidade das características, o que é um fato inerente ao próprio material. A seguir são comentadas as principais propriedades mecânicas Resistência à compressão Conforme Melo (2013), o ensaio de resistência à compressão, perpendicular às fibras é feito por aplicação de cargas uniformemente distribuídas, uma ou várias cargas pontuais, ou combinações com outros esforços. Assim, determina-se o módulo de ruptura e o módulo de elasticidade da madeira. Entende-se como elasticidade, a propriedade que o material apresenta, em maior ou menor grau, de se deformar dentro de certos limites, por efeito de uma ação exterior de flexão e recuperar a sua forma ou dimensões iniciais quando essa força exterior for cessada. Ainda de acordo com o mesmo autor, normalmente o ensaio de resistência à compressão, paralela às fibras, é realizado em corpos-de-prova de seção quadrada, cuja altura é de quatro vezes a largura da seção determinando a tensão de ruptura e o módulo de elasticidade. Esta propriedade é usada para dimensionamento de pilares ou colunas. O módulo de elasticidade na compressão paralela às fibras é aproximadamente igual ao módulo de

20 20 elasticidade na flexão, para madeiras tropicais, com teor de umidade acima do ponto de saturação as fibras Resistência à tração Segundo Melo (2013), existem poucas informações disponíveis sobre a resistência a tração paralela às fibras. A difícil modelagem do corpo-de-prova para o ensaio é um dos fatores que contribuem para a impossibilidade de execução do ensaio devido à possibilidade das garras da máquina de ensaios esmagarem as fibras na compressão perpendicular. Assim, os resultados tornam-se pouco confiáveis. Já a norma brasileira ABNT NBR 7190:1997 para projeto estrutural, prescreve que na impossibilidade do ensaio de resistência à compressão paralela às fibras, resistência ao cisalhamento paralelo às fibras e resistência à tração paralela às fibras, este valor seja igual ao da resistência à tração na flexão Resistência ao cisalhamento Segundo a norma brasileira ABNT NBR 7190:1997 esta propriedade tem importância no dimensionamento de vigas, ligações e comparação entre espécies. O ensaio de resistência ao cisalhamento pode ser feito em direções diferentes. A seção mais crítica do é o que rompe por escorregamento, ou seja, paralelo às fibras, onde obtém a máxima tensão de cisalhamento que pode atuar na seção de um corpo de prova Dureza De acordo com Melo (2013), A dureza também é outra propriedade mecânica importante da madeira. Esta propriedade é feita através da penetração de uma semiesfera, na direção paralela e perpendicular às fibras. Esta propriedade possui uma boa correlação com as outras propriedades de resistência da madeira e é utilizada na comparação de propriedades entre espécies.

21 21 Assim, a dureza é a resistência que a madeira opõe à penetração de ferramentas ou outros corpos. Também pode ser relacionada com a densidade, idade, estrutura e sentido de trabalho. Podemos classificar as madeiras em macias, como as coníferas, e em duras, como as dicotiledôneas. 2.3 DEFEITOS DA MADEIRA Os defeitos que prejudicam a resistência, o aspecto ou a durabilidade das peças de madeira, utilizadas nas construções civis, originam-se da constituição do tronco ou do processo de preparação das peças. Alguns dos principais defeitos da madeira são apresentados a seguir. Nós imperfeição da madeira nos pontos dos troncos onde existiam galhos. São chamados de nós firmes os oriundos dos galhos ainda vivos na época do abate da árvore, enquanto os galhos mortos originam nós soltos. Nos nós as fibras longitudinais sofrem desvio de direção, ocasionando redução na resistência à tração. Fendas São aberturas nas extremidades das peças causadas pela secagem rápida da madeira. O aparecimento de fendas pode ser evitado mediante a secagem lenta e uniforme. Abaulamento Encurvamento na direção da largura da peça. Arqueadura Encurvamento na direção longitudinal, isto é, do comprimento da peça. A Figura 2.1 ilustra os principais defeitos encontrados em algumas peças de madeira serrada. (a) (b)

22 22 (c) Figura 2.1 Principais defeitos da madeira serrada :a) Nó; b) Fenda; c) Abaulamento; e d) Arqueadura. Fonte: TIPOS DE MADEIRAS USADAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL (d) No Brasil, especificamente, na Região Norte e Sul, a madeira é empregada para diversos fins na construção civil, tais como: residências, pontes, estruturas de telhados, postes, indústria moveleira, entre outros. Mesmo com grande índice de utilização, há preconceito em relação ao seu emprego, devido ao desconhecimento deste material e à falta de projetos específicos. As madeiras utilizadas nas construções civis são classificadas em: madeira maciça (bruta ou roliça, falquejada, serrada) e madeira industrializada (compensado, laminado e recomposta). Serão apresentados, a seguir, os principais tipos de madeira comercializada Madeira maciça Madeira bruta ou roliça Segundo Pfeil (2003), as árvores que possuem a madeira bruta ou roliça são utilizadas em construções provisórias. Para tal finalidade, empregam-se o pinho-do-paraná e os eucaliptos, abatidos na época da seca, devido o menor teor de umidade que varia ao decorrer do ano e da espécie. As madeiras roliças, que não passaram por um período mínimo de secagem, ficam sujeitas a retrações transversais que provocam fendas nas extremidades. Para evitar este tipo de defeito, recomenda-se revestir as seções de corte com alcatrão ou outro tipo de

23 23 impermeabilizante. Para sua utilização o teor de umidade deverá está no estado seco ou meio seco. A seguir, será apresentada a Figura 2.2, que mostra a madeira bruta ou roliça. Figura 2.2 Madeira bruta ou roliça. Fonte: Madeira falquejada Conforme Pfeil (2003), esse tipo de madeira maciça é obtido por corte de troncos com machado. Contém seções de grandes dimensões que podem ser obtidas dependendo do diâmetro dos troncos, por exemplo: (30 x 30)cm e (60 x 60)cm ou até de diâmetros com mesmos valores. A seguir, será apresentada a Figura 2.3, que mostra a madeira falquejada.

24 24 Figura 2.3 Madeira falquejada. Fonte: Madeira serrada De acordo com Pfeil (2003), a madeira serrada é um tipo de madeira maciça que apresenta superfícies ásperas. Ao ser produzido em serrarias, após o abate e a secagem da madeira bruta, ela torna-se lisa devida o seu processamento mecânico. Através das toras de madeiras cilíndricas originam-se as peças quadrangulares e retangulares. As serrarias produzem a maior diversidade de peças de madeira serrada na forma de pranchas, pranchões, blocos, tábuas, caibros, vigas, vigotas, sarrafos, pontaletes e ripas. A seguir, será apresentada a Figura 2.4, que mostra a madeira serrada. Figura 2.4 Madeira serrada.

25 Madeira industrializada Madeira compensada ou laminada Conforme Pfeil (2003), este tipo de madeira é formada por de três ou mais lâminas coladas sob pressão, sempre em número ímpar e alternando as direções das fibras, em ângulo reto, prensadas a frio ou a quente. Geralmente, para as prensadas à quente, utiliza-se cola sintética. Para as destinadas à portas, armários e divisórias, usa-se a cola de caseína. Ainda de acordo com o referido autor, para os compensados estruturais, sujeitos a variações de umidade ou expostos as intempéries, devem ser fabricados com colas sintéticas. Um fator importante para essas peças é a padronização de suas dimensões, sendo (2,50 x 1,25) m, e espessuras variando entre 4 e 30 mm. Para o aludido autor, a madeira compensada apresenta uma série de vantagens sobre a madeira maciça, tais como: a) redução da retração e do inchamento, graças à ortogonalidade de direção das fibras nas camadas adjacentes; b) resistência na direção normal às fibras e; c) redução de trincas na cravação de pregos. Uma das desvantagens é o preço mais elevado. A seguir, será apresentada a Figura 2.5, que mostra a madeira compensada. Figura 2.5 Madeira compensada.

26 MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO Comparada com outros materiais da construção, devido a sua disponibilidade e facilidade de manuseio, a madeira é um dos itens mais utilizado nas obras. Por ser uma matéria prima que se transforma, no canteiro de obras, em diversos produtos, de boa relação custo beneficio, tem a desvantagem de está sujeita a degradações biológicas, como ataques de fungos, e cupins, as quais podem interferir em suas propriedades físicas e mecânicas. A construção civil leve externa e leve interna estrutural reúne as peças de madeira serrada na forma de tábuas e pontaletes empregados em usos temporários, para andaimes, escoramento e fôrmas para concreto, e as ripas e caibros utilizados em partes secundárias de estruturas de cobertura. Segundo Pfeil (2003), em algumas regiões brasileiras a madeira mais usada é o pinho do Paraná (Araucária angustifólia). Foi a mais utilizada, durante décadas, neste grupo. Na construção civil leve interna e decorativa são empregadas peças de madeira serrada e beneficiada em forros, painéis, lambris e guarnições, onde a madeira apresenta cor e desenhos considerados decorativos. De acordo com Pfeil (2003), em algumas regiões brasileiras a espécie de madeira referência deste segmento é a madeira de imbuia (Ocotea porosa). Na construção civil leve interna e de utilidade geral utilizam-se as peças de madeira serrada e beneficiada em forros, painéis, lambris e guarnições, onde o aspecto decorativo da madeira não é fator limitante. Conforme Pfeil (2003), em algumas regiões brasileiras a referência deste grupo é a madeira de pinho do Paraná (Araucária angustifólia). Na construção civil leve em esquadrias abrangem as peças de madeira serrada e beneficiada, tais como: portas, janelas e caixilhos de esquadrias. A norma brasileira para esquadrias que aborda as porta de madeira é a ABNT NBR 15930:2011 Partes 1: Portas de madeira para edificações terminologia e simbologia; e a Parte 2: Porta de madeira para edificações Requisitos. Para Pfeil (2003) em algumas regiões brasileiras a madeira referência para este tipo de serviço é a madeira de pinho do Paraná (Araucária angustifólia). Na construção de assoalhos domésticos compreende os diversos tipos de peças de madeira serrada e beneficiada usada em pisos, tais como: tábuas corridas, tacos, tacões e paquetes. Conforme Pfeil (2003), em algumas regiões brasileiras a madeira de referência neste campo de aplicação é a peroba-rosa (Aspidosperma polyneuron).

27 27 Ainda, como material de construção a madeira é usada sem modificações de sua forma, por exemplo, em postes e estacas. 2.6 DIMENSÕES SEGUNDO AS NORMAS BRASILEIRAS De acordo com Zenid (1996), a maior parte dos distribuidores de madeira e construtoras trabalha com medidas padronizadas. Conforme o mesmo autor, a análise dessas informações revelaram uma grande quantidade de dimensões disponíveis e que as inadequadas em relação às peças acabam provocando desperdícios. Existem três normas que especificam as dimensões e nomenclaturas das peças de madeira serrada, a saber: ABNT NBR 7203:1982; ABNT NBR 7190:1997 e ABNT NBR 14807:2002. No entanto, segundo Oliveira et. al. (2008), as mesmas entram em contradição, podendo isto ser observado nas normas ABNT NBR 7203: 1982 e ABNT NBR 14807:2002 que divergem nas dimensões designadas para pranchão, prancha, viga, tábua, sarrafo e ripa. Em relação às dimensões mínimas de caibros e sarrafos a ABNT NBR 7190:1997 diverge da ABNT NBR 14807:2002 e divergem, também, em todas as espessuras mínimas de peças em comum com a ABNT NBR 7203:1982, conforme a Tabela 2.2. Tabela 2.2 Comparação de dimensões e nomenclaturas entre as normas brasileiras de madeira serrada NORMAS NBR 7203/1982 NBR7190/1997 NBR14807/2002 Peças Esp. mínima Esp mínima Larg(cm) (cm) (cm) Esp(cm) Larg(cm) Pranchão >7,0 >20,0 Não especificado 7,1-16,1 >16,1 Prancha 4,0-7,0 >20,0 Não especificado 3,9-7,0 >16,1 Viga >4,0 11,0-20,0 5 4,0-8,0 8,1-16,0 Vigota 4,0-8,0 8,0-11,0 5 Não Não especificado especificado Caibro 4,0-8,0 5,0-8,0 2,5 4,0-8,0 5,0-8,0 Tábua 1,0-4,0 >10,0 Não especificado 1,0-3,7 >10,0 Sarrafo 2,0-4,0 2,0-10,0 2,5 2,1-3,9 2,0-9,9 Ripa <2,0 <10,0 Não especificado 1,0-2,0 2,0-5,0 Fonte: OLIVEIRA et. al. (2008). 2.7 ORIGEM DA MADEIRA APLICADA NA CONSTRUCÃO CIVIL Nas serrarias são produzidas as madeiras serradas, onde as toras são processadas em equipamentos do tipo: serra circular, desdobradeira, desengrossadeira e plainadeira. A sua

28 28 produção está diretamente relacionada com o número e as características dos equipamentos utilizados, e o seu rendimento é baseado no aproveitamento da tora, sendo este em função do diâmetro da tora. A madeira beneficiada é obtida pela usinagem das peças serradas, que após o beneficiamento agrega valor às mesmas. Para esta operação são utilizados equipamentos com cabeças rotatórias providas de facas, fresas ou serras que usinam a madeira quanto a espessura, largura e comprimento definitivos, forma e acabamento superficial. (INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO - IPT, 2003). A madeira comercial é qualquer madeira que é comprada ou vendida nos canais normais de comércio, podendo ser encontrada de várias formas, espécies e tipos e em vários estabelecimentos comerciais, no atacado e no varejo. A maioria dessas madeiras é padronizada que tornam a compra mais ou menos uniforme em todo o país. A seguir, será apresentada a Figura 2.6, que mostra resumidamente o fluxo da cadeia produtiva da madeira. Figura 2.6 Fluxograma geral da cadeia produtiva da madeira Fonte: Modificado de POLZL (2003). 2.8 INSTITUIÇÕES RELACIONADAS AO MEIO AMBIENTE EM RORAIMA Em Roraima, entre as principais instituições fiscalizadoras do meio ambiente, estão o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis IBAMA, a Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Roraima FEMARH e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

29 29 De acordo com a Lei nº 7.735, de 22 de fevereiro de 1989, que instituiu o IBAMA, este órgão tem a função de proteger o meio ambiental, executar políticas nacionais de meio ambiente, monitorando e controlando os ecossistemas nacionais. Quanto à FEMARH, ela foi criada através da Lei n 815, de 7 de julho de 2011, e tem como objetivo promover, gerir, coordenar e executar a política do meio ambiente garantindo o desenvolvimento sustentável e a melhoria da qualidade de vida da população. Percebe-se que a atuação do IBAMA está no poder de polícia ambiental e execução de políticas nacionais relacionadas ao meio ambiente, de caráter mais geral, prevendo monitoramento e outras ações supletivas. A FEMARH possui uma atuação mais específica, com abrangência no Estado de Roraima. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade é uma autarquia em regime especial. Criado dia 28 de agosto de 2007, pela Lei , o ICMBio é vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e integra o Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama).Cabe ao Instituto executar as ações do Sistema Nacional de Unidades de Conservação, podendo propor, implantar, gerir, proteger, fiscalizar e monitorar as unidades instituídas pela União. 2.9 RORAIMA COMO SETOR MADEIREIRO De acordo com PEREIRA et. al. (2010), o setor madeireiro do Estado de Roraima contribui no desenvolvimento econômico de todos os municípios roraimenses. Em 2009, a atividade madeireira no referido Estado contou com a participação de 37 empresas, 01 polo madeireiro na capital, Boa Vista, e um consumo em toras de m³, gerando uma receita bruta de US$ Conforme o mesmo autor, esse consumo em toras resultou no processamento de m³ de madeira, sendo 68% madeira serrada, 20% produtos beneficiados e 12% laminados e compensados, possuindo um rendimento médio de processamento inferior a média da Amazônia legal, com apenas 37,2%. Assim, em Roraima, como em toda a região Amazônica, a exploração de madeira é feita de acordo com as condições climáticas. Nos meses de chuva a exploração cai 80% em relação ao período seco, principalmente devido às condições de transporte, pois na maioria dos percursos as madeiras são transportadas por estradas de péssimas condições de tráfego.

30 30 Segundo Barbosa (1990), em períodos de chuva o preço da tora de madeira fica até 50% mais caro, e quanto mais distante das fontes fornecedoras maior o seu preço. Conforme Agnelo (1998), na década de 1970, antes da abertura de estradas, a floresta de várzea respondia por cerca de 80% do mercado consumidor, adquirindo posteriormente a floresta de terra firme grande importância para o setor madeireiro. Segundo Mourão (2003), após 1970, a região sul de Roraima teve um grande afluxo de migrantes, juntamente com o processo de colonização. Esses migrantes buscaram consolidar valores econômicos, através da extração de madeira e da coleta de castanha. A extração de madeira era a atividade mais praticada, apesar de apresentar menor intensidade em relação a outros Estados da Amazônia. De acordo com a referida autora, o setor madeireiro conseguiu se desenvolver até os dias atuais e tem se destacado na economia de determinados municípios do Estado de Roraima. A mesma autora afirma que há um grande potencial madeireiro do Sul do Estado de Roraima, que dispõe de grande variedade de madeira para o mercado nacional e internacional. De acordo com Rocco (1992), foram estudadas 18 espécies de madeira nativas do Estado de Roraima com propriedades muito satisfatórias e, por isso, de modo geral, foram consideradas compatíveis para o emprego na indústria da construção civil e, de modo particular, na indústria movelaria. Entretanto, convém mencionar que a Secretária de Planejamento e Indústria do Estado de Roraima pesquisou 25 espécies de madeira de boa qualidade aptas para uso. Conforme Rocco(1992), é importante salientar que o universo das espécies de madeiras é bem maior do que foi estudado, no entanto carece de estudos comprobatórios da utilidade dessas madeiras. Conforme Freitas (2000), a partir da construção da BR-174, Boa Vista/Manaus, e de parte da BR-210, a Perimetral Norte, que se verificou a expansão da atividade madeireira em Roraima. O fluxo de migrantes acarretou o surgimento das colônias agrícolas, surgindo a principal fonte de matéria prima, a madeira. O colono dirige-se ao madeireiro e vende as árvores de valor no trecho que pretende desflorestar. Segundo o mencionado autor, em Roraima, a recente atividade madeireira se expandiu, a princípio, em face ao mercado venezuelano, grande consumidor de madeira branca, fina e mole, amplamente utilizada na indústria da construção civil daquele país. Isso criou as

31 31 condições para que fosse instalado um parque madeireiro no distrito industrial de Boa Vista/RR que, embora incipiente, proporciona emprego para pessoas, com capacidade estimada de processamento para m²/ano de toras. O faturamento potencial do setor é de U$ ,00/ano. Contudo, a potencialidade da ocupação econômica do parque madeireiro, com a utilização de recursos naturais, não está sendo totalmente aproveitada por duas razões: a primeira diz respeito à resistência ao cumprimento da lei quanto à reposição florestal e; a segunda é decorrente do mercado exterior, que tem imposto muitas restrições às madeiras que não dispõe do chamado Selo Verde 2. Freitas (2000) afirma que considerando a debilidade da base produtiva de Roraima, cabe ao setor da indústria madeireira contribuir com o desenvolvimento regional maximizando sua exploração, não apenas em toras de madeira in natura, mas beneficiada em móveis, cabos de ferramentas, compensados, pranchas etc., ou seja, agregando valor. No entanto, faz-se necessário o manejo florestal a fim de conservar a floresta. É indispensável buscar o equilíbrio com o meio ambiente através de um desenvolvimento sustentável Região madeireira em Roraima A partir dos dados da Extração Vegetal e Silvicultura do IBGE (2013) é possível conhecer a produção interna de madeira em Roraima e identificar a região madeireira no Estado. Conforme a Tabela 2.3, percebe-se que alguns municípios se destacam na produção madeireira. Município Tabela 2.3 Extração vegetal e silvicultura de Roraima, entre 2010 e 2013 MADEIRA EM TORA (m³) LENHA (m³) CARVÃO VEGETAL (ton.) Período Período Período Alto Alegre Amajari Selo dado à madeira retirada das florestas de forma legal de acordo com as leis ambientais e enquadrados em um plano de manejo certificado por órgãos internacionalmente reconhecidos.

32 32 Município Tabela 2.3 Extração vegetal e silvicultura de Roraima, entre 2010 e (Continuação) MADEIRA EM TORA (m³) LENHA (m³) CARVÃO VEGETAL (ton.) Período Período Período Boa Vista Bonfim Cantá Caracaraí Caroebe Iracema Mucajaí Normandia Pacaraima Rorainópolis São João da Baliza São Luiz Uiramutã TOTAL = Fonte: IBGE (Extração vegetal e silvicultura 2010, 2011 e 2013). Elaboração própria. De acordo com a Tabela 2.3, é possível observar as regiões que se extraem madeira em tora, lenha e a produção de carvão vegetal. Atribuiu-se zeros aos valores dos municípios onde, por arredondamento, os totais não atingiram as unidades de medida. A Figura 2.7 ilustra as regiões maiores produtoras de madeira em tora, lenha e carvão vegetal do Estado de Roraima.

33 33 Figura 2.7 Maiores regiões produtoras de madeira em tora, lenha e carvão vegetal. Elaboração própria. 3 MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 LOCALIZAÇÃO E CARACTERÍSTICAS DA ÁREA DE ESTUDO Inicialmente, o processo de ocupação do território, que mais tarde passaria a ser chamado de Boa Vista, ocorreu de maneira lenta. O processo foi marcado por conflitos entre portugueses, espanhóis, holandeses e ingleses. E, após muita resistência, os portugueses iniciaram a colonização e povoamento dessa parte do Brasil a partir do século XVIII (SANTOS, 1980). No final do século XVIII, Fazendas Estatais de gado são instaladas e ocupadas por portugueses na região do alto rio Branco (BARROS, 1995). No entanto, segundo Silveira; Gatti (1988), no momento em que o Brasil tornou-se independente de Portugal, as Fazendas Estatais de Portugal, também denominadas Fazendas Reais, passaram a receber a denominação de Fazendas Nacionais. Segundo Silva (2011), no início século XIX ocorreram as instalações de pequenas fazendas às margens do rio Branco. Uma destas recebe o nome de Boa Vista, que teve sua ocupação marcada, por volta de 1830, com a chegada do Capitão Inácio Lopes de Magalhães, que possuía a missão de comandar o Forte São Joaquim.

34 34 Segundo Freitas (2009), esse acontecimento marcou a origem da cidade de Boa Vista que se transformou em um pequeno povoado instalado em uma fazenda, de mesmo nome, à margem direita do rio Branco, sendo elevado à categoria de município em 09 de julho de 1890 com o nome de Boa Vista do rio Branco, passando, em 1944, a ser denominado, unicamente, Boa Vista. Boa Vista/RR atualmente com uma área de aproximada 5.711,9 km², é a capital do Estado de Roraima e está localizada na região Norte do Brasil, conforme a Figura 3.1. Nos últimos anos a mencionada capital recebeu investimentos governamentais e particulares, os quais favoreceram o ramo da construção civil. Isto justifica porque o setor madeireiro, utilizado em larga escala desde o início da obra até as decorações de interiores, foi objeto de estudo neste trabalho. A falta de pesquisa na construção civil local sobre a madeira do universo deste trabalho faz com que sejam utilizados os métodos empíricos e tradicionais, sem a preocupação com o emprego de novas técnicas construtivas, o que possibilitaria sua utilização mais racional, tornando-a mais competitiva com outros materiais de construção. Figura Localização do Estado de Roraima e do município de Boa Vista Fonte: BENEDETTI (2011). 3.2 DELINEAMENTO DA PESQUISA A pesquisa, de cunho exploratório, foi feita a partir de investigação bibliográfica, levantamento de dados, visitas de campo e aplicação de questionário em distribuidores,

35 35 denominados de A, B, C, D e E, atuantes no setor madeireiro. O objeto de estudo foi a cidade de Boa Vista com foco no uso da madeira serrada aplicada na indústria da construção civil. A fundamentação teórica baseou-se, principalmente, em artigos científicos, trabalhos acadêmicos, dissertações de mestrado e teses de doutorado acerca do tema em estudo. Foram selecionados aleatoriamente cinco distribuidores do ramo madeireiro, em Boa Vista/RR, o que correspondeu a 15% do total das empresas filiadas no Sindicato dos Madeireiros local. Para cada distribuidor selecionada foi aplicado um questionário para coletar informações referentes a caracterização da madeira comercializada, tais como: a frequência relativa de vendas; o tipo de peças comercializadas de acordo com suas dimensões; existência de padronização de dimensões; cuidados com a madeira em relação a secagem e estocagem; forma de aquisição e; principais defeitos na madeira. A partir das respostas dos questionários, foram identificados alguns tipos de madeira e com isto montou-se um mostruário virtual. No momento da identificação das espécies de madeira foi perguntado ao empresário o nome vulgar da espécie e a nomenclatura utilizada para identificar a bitola da peça. Informações relativas à densidade e à resistência a compressão paralela das espécies declaradas foram obtidas em referências bibliográficas de especialisats da área, tais como, Pfeil (2006).

36 36 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES Durante as entrevistas realizadas com os fornecedores de madeira selecionados, no período de 18/03/2015 a 20/05/2015, foram coletadas amostras de madeira serrada que são utilizadas na construção civil, na cidade de Boa Vista/RR. A Figura 4.1 apresenta a evolução do número de espécies de madeiras coletadas em função das visitas realizadas nas serrarias. Espécies acumuladas Visitas Figura 4.1 Total de espécies de madeira coletadas em função das visitas realizadas nas serrarias. Elaboração própria. Da análise da Figura 4.1 pode-se verificar que a partir das entrevistas de números 2 e 3, com número acumulado de espécies de 4 e 7, respectivamente, houve acréscimo de apenas três espécies de madeira diferentes. Desta forma, nas entrevistas 4 e 5, não houve acréscimo de amostragem realizada e, assim, foi considerada suficiente, pois qualquer acréscimo de entrevistas não resultaria em um aumento importante do número de novas espécies de madeira. 4.1 IDENTIFICAÇÃO DAS MADEIRAS USADAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL, EM BOA VISTA/RR A experiência dos donos de serraria, em relação às características da madeira, permitiu identificá-las botanicamente e atribuir a cada amostra de madeira o seu nome científico e o

37 37 respectivo nome comercial, segundo critérios mencionados na Metodologia. Esses dados são apresentados na Tabela 4.1, onde podem ser vistas as espécies de madeiras identificadas e ordenadas alfabeticamente pelos seus nomes comerciais e científicos. Tabela madeiras identificadas e ordenadas pelos seus nomes comerciais e científicos. NOME COMERCIAL NOME CIENTÍFICO Angelim - armagoso Vatairea sp. Angelim - ferro Hymenolobium sp. Casca - grossa Ocotea odoriferar Cedrorana Cedrelinga cateniformes Cumaru Dipterux odorata Cumatê Endopleura uchi Cupiúba Goupia glabra Rabo - de - arraia Vochysia haenkeana Elaboração própria. Oito madeiras foram encontradas nas distribuidoras de Boa Vista/RR, a saber: Angelinarmagoso, Angelin-ferro, Casca-grossa, Cedrorana, Cumaru, Cumatê, Cupiúba e Rabo-de-arraia. Estas espécies de madeiras aplicadas no universo de estudo são procedentes de florestais nativas, tipicamente amazônicas, mas com dispersão ocorrendo tanto na Amazônia, como em outras regiões deste país e de países limítrofes. Assim, da análise da Tabela 4.1, verificou-se que foram identificadas espécies de madeira utilizadas, na forma de madeira serrada, na construção civil, na cidade de Boa Vista/RR. Deste total, as quatro madeiras citadas que tiveram ocorrência simultânea entre os distribuidores de madeira foram: Angelin-ferro, Casca-grossa, Cupiúba e Rabo-de-arraia. 4.2 FONTES DE SUPRIMENTO DE MADEIRA SERRADA As informações apresentadas a seguir, não devem ser confundidas com estimativas de volume de madeira comercializada no Estado de Roraima. As fontes de suprimento de madeiras, coletadas nos distribuidores, que neste trabalho foram nomeados de A, B, C, D e E, são apresentadas na Tabela 4.2, onde observou-se que o município de Rorainópolis alcançou 80% do total das citações como o município com maior potencial de extração de madeira, seguido pelo município do Cantá, com 60%, Caracaraí, com 40%, e Mucajaí, com 20%.

38 38 Tabela 4.2 Influência de suprimento de madeira no Estado de Roraima DISTRIBUIDORES MUNICÍPIOS RORAIMENSSES CITADOS DA PESQUISA DE MADEIRA Rorainópolis Cantá Mucajaí Caracaraí Boa Vista Outros A x x x - - B x x - - C x x - - D x - - E x x - - TOTAL 80% 60% 20% 40% 0 0 Elaboração própria. A madeira é extraída no Estado e, assim, não são compradas de outra região do Brasil por ser um setor que supre as necessidades locais. Por unanimidade a região Sul do Estado de Roraima foi citada como os municípios que mais contribuem para extração da madeira usada na construção civil, onde os municípios de Rorainópolis, Cantá e Caracaraí foram citados como as principais fontes de suprimento de madeira, por apresentarem uma localização na Floresta Amazônica, onde predominam importantes espécies de madeiras utilizadas na construção civil. 4.3 INFORMAÇÕES RELEVANTES COLETADAS NAS SERRARIAS Problemas com a madeira serrada Visando a experiência prática dos entrevistados, foi solicitado que os mesmos apresentassem informações sobre a trabalhabilidade e desempenho em uso das madeiras utilizadas na construção civil, em Boa Vista/RR. Durante as entrevistas foram solicitadas que os entrevistados mencionassem os principais defeitos com as madeiras oito espécies indicadas, os quais são relatados a seguir. O Angelin-amargoso apresenta comportamento moderadamente bom no processamento mecânico, porém tende a levantar as fibras ao ser aplainada, ou seja, alisada e modelada. Com este tipo de madeira são fácies as operações de torneamento, furação e pregação. A sua secagem ao ar, com velocidade moderada, resulta em pouco ou nenhum defeito. Entretanto, já a secagem rápida, em estufa, tende ao torcimento da madeira. O Angelin-ferro é difícil de ser trabalhada, mas recebe bom acabamento. É fácil de tornear com bom acabamento e na furação apresenta desempenho regular. A secagem rápida

39 39 apresenta tendência moderada ao empenamento; seca relativamente bem ao ar. A aplicação de verniz em excesso pode causar manchas na peça. A Casca-grossa é uma madeira tradicional, fácil de ser trabalhada, resultando excelente acabamento. A secagem é rápida ao ar, com tendência a arqueamento moderado e a rachaduras leves a moderadas. O Cedrorana é fácil de aplainar, serrar, pregar e parafusar. Recebe bom acabamento. O empilhamento bem feito e realizado em local coberto. A sua secagem é boa e ocasiona poucos defeitos de rachaduras ou empenamentos. A secagem artificial precisa de atenção. O Cumaru é difícil de ser trabalhada, mas recebe excelente acabamento no torneamento, ou seja, em seu entorno. Apresenta acabamento ruim nos trabalhos de aplainamento e é difícil de ser perfurada. Devido à natureza oleosa, esta espécie de madeira apresenta dificuldade em ser colada. É fácil de secar ao ar, com pequena tendência a rachar superficialmente. Apresenta empenamento moderado. O Cumatê, popularmente denominado Uxi, possui trabalhabilidade regular nas operações de aplainamento, lixamento e torneamento. A sua secagem é classificada como muito rápida em estufa, com moderada tendência a torcimento. O Cupiúba é simples de trabalhar com ferramentas manuais ou com máquinas. É fácil de serrar, aplainar, tornear, colar e parafusar. O uso de pregos sem furação pode provocar rachaduras. Recebe bom acabamento e não é adequada para a fabricação de compensados, por apresentar rachaduras na tora. Recebe bem tinta, verniz e polimento. A secagem ao ar é lenta, sem a ocorrência de sérios defeitos como rachaduras ou empenamentos. Na secagem em estufa apresenta ligeira incidência de defeitos. Rabo-de-arraia possui trabalhabilidade simples por ser uma madeira macia, torna-se fácil de serrar, aplainar e tornear. A sua secagem ao ar, evita a ocorrência de sérios defeitos como empenamentos. Na secagem em estufa apresenta incidência de defeitos. Essas informações devem ser encaradas como meramente indicativas, visto que muitos dos problemas podem ser contornados com soluções tecnológicas simples já disponíveis.

40 40 Segundo o IBDF (1985) a expansão do uso mais intensivo das madeiras se dá devido a presença de características indesejáveis, o desconhecimento do produto pelos consumidores ou da não utilização de tecnologia adequada de processamento dessas espécies. Assim, ações de divulgação tecnológica e de treinamento de mão de obra são indicadas para minimizar essa deficiência do setor produtivo Padronização das dimensões Nas serrarias visitadas foi perguntado se as dimensões das peças de madeira comercializadas eram padronizadas ou não. No caso da resposta afirmativa foi solicitado que informasse qual era a padronização empregada. Quando solicitados a dizer qual é a padronização adotada, disseram adotar as dimensões comerciais, de mercado e atender pedidos especiais. Os entrevistados deste estudo apontaram vários nomes para peças de madeira serrada, de acordo com suas dimensões nominais (espessura x largura), mas nenhum entrevistado citou a utilização de uma determinada norma ou especificação de entidades de classe e de instituições normalizadoras. A seguir serão apresentadas as peças com suas dimensões nominais mais utilizadas em Boa Vista/RR, para aplicação na indústria da construção civil. Viga A Tabela 4.3 registra as dimensões nominais citadas pelos entrevistados. PEÇAS Caibro ou perna-manca Tabela 4.3 Dimensões nominais utilizadas no universo em estudo ESPESSURA (cm) LAGURA (cm) 5,0 6,0 12,0 16,0 6,0 20,0 25,0 30,0 2,5 5,0 4,0 4,0; 5,0 5,0 5,0 6,0 6,0 8,0 7,0 8,0 7,5 7,5

41 41 Tabela 4.3 Dimensões nominais utilizadas no universo em estudo. (Continuação) PEÇAS ESPESSURA LAGURA (cm) (cm) 4,0 4,0 Pontalete 7,0 7,0 7,5 7,5 8,0 8,0 Pranchas ou tábuas 5,0 15,0 20 6,0 25,0 30,0 0,5 1,0 5,0 Sarrafo ou ripa 1,5 1,5 5,5 2,5 5,0 Terça 6, Elaboração própria. A quantidade de dimensões disponíveis gera uma confusão com relação aos nomes das peças, por exemplo, caibros com perna-manca, tábuas com pranchas, sarrafos com ripa, entre outros. Assim, de acordo com uma das principais reclamações do setor da construção civil está relacionada com a ausência de padronização das dimensões e da qualidade das peças de madeira serrada. Dessa maneira, as informações coletadas nos questionários apresentam bastantes dimensões inadequadas das peças em relação às normas citadas na Tabela 2.2 da seção 2 deste estudo, as quais acabam provocando desperdícios Secagem da madeira serrada A secagem das peças de madeira era feita pela maioria dos distribuidores. Tal operação é realizada ao ar livre ou em estufa, dependendo da espécie e das características quanto aos danos causados pela secagem, como por exemplo, empenamento, rachaduras, entre outros. Dessa maneira, a secagem deficiente resultava em problemas para os quais já havia consciência em todas as serrarias visitadas. Observou-se, também, que a maioria dos consumidor não conseguia verificar se as madeiras estão úmidas ou secas, gerando problemas durante a obra em que as peças são usadas.

42 42 A maior parte dos distribuidores de madeira diz comercializar a madeira seca, devido frequente reclamações de desempenho ruim da madeira, principalmente em pavimentos (assoalhos), em função do desconhecimento ou do menosprezo do material Forma de aquisição da madeira e escolha das espécies A forma de aquisição das peças de madeira a partir dos distribuidores participantes das entrevistas será apresentada na Tabela 4.4. Assim, de acordo com o levantamento de campo, 20% têm produção própria, 40% adquirem de outros produtores e 40% obtêm a madeira de outros distribuidores. Tabela 4.4 Forma de aquisição das peças de madeira serrada nos distribuidores. AQUISIÇÃO DISTRIBUIDORES Número de empresas % Produção própria 1 20 Produção de terceiros 2 40 Distribuidor 2 40 Não sabe 0 - TOTAL Elaboração própria. Estes dados revelam a importância que os distribuidores ou revendas de madeira desempenham no abastecimento de madeira serrada na construção civil, devendo, portanto, ser considerados em qualquer ação de promoção do uso racional da madeira. Em 20% dos casos, ou seja, um distribuidor alegou na pesquisa que a madeira já vem especificada nos projetos e em 60% das respostas, nesse caso três empresas, a tradição local é o critério empregado na escolha das espécies de madeira. A disponibilidade no comércio e o preço da madeira também entram como escolha em 20% das respostas obtidas.

43 43 5 CONCLUSÃO O trabalho realizado com foco no uso da madeira na indústria da construção civil, em Boa Vista/RR, identificou oito espécies de madeira mais utilizadas. Destas espécies indicadas todas são tipicamente amazônicas, não sendo originarias de reflorestamentos. As pesquisas realizadas nos principais distribuidores obtiveram uma quantidade de espécie pequena usadas na construção civil em relação à heterogeneidade existente na Amazônia. Isso indicou que o comércio local se abastece com um número relativamente pequeno de espécies de madeira que suprem o mercado local e tais constatações mostram como o setor ainda é inaccessível à utilização de novas espécies de madeira. Uma importante observação nesta pesquisa foi a relação entre o nome das peças com suas respectivas bitolas. Tal situação é comprovada por haver uma variedade de bitolas (largura versus espessura) ditas de mercado, sendo que vários distribuidores tem capacidade para atender sob medida. Como nenhum dos entrevistados indicou a utilização de normas e especificações de instituições reconhecidas ou que sejam aceitas amplamente pelo mercado em geral, a abundância de nomes e medidas diferentes são maiores que aquelas previstas pelas especificações normativas. Além dessas ressalvas, notou-se a falta de tecnologia aplicada no processamento de madeira serrada. A não utilização de especificações normativas é reconhecida como um dos fatores que impedem o uso racional da madeira. Portanto, é importante que padronizações de dimensões e de classificação das peças sejam estabelecidas e efetivamente utilizadas. Os problemas gerais existentes no setor e relatados pelos distribuidores, relativos à qualidade, destacam-se deficiências na secagem, no processamento, presença de alguns defeitos naturais, ausência de padronização de dimensões e de classificação. Finalmente, nota-se que existe preconceito relativo a madeira como material de construção, motivado principalmente pelos problemas apontados ao longo deste trabalho. Os setores produtivos e de engenharia não são estimulados a buscarem o aprimoramento técnico na produção e na utilização de madeira serrada. O Estado de Roraima por ser abundante em madeiras, dá-se pouco valor econômico e ambiental as florestas, o que acaba realimentando negativamente o sistema. Logo, este não impõe aos engenheiros, aos tecnologistas de madeira e ao comércio quebrar o círculo vicioso em que se encontra o setor, para que se possam gerar

44 44 produtos adequados aos usos na construção habitacional e parar com o imenso desperdício florestal que se pratica em todo o país. 5.1 SUGESTÕES PARA FUTUROS TRABALHOS Como sugestões para futuros trabalhos na área do tema deste estudo propõem-se: Verificar nos canteiros de obra o tipo e a espécie de madeiras mais usadas e como se deu a secagem das peças; Investigar a destinação final das sobras das peças de madeira; Analisar a possibilidade de implanta documentos normativos nos canteiros de obra, para evitar desperdícios, bem como a aplicação de instrução elaborada por algum órgão de fiscalização, tais como: IBAMA e EMBRAPA; Realizar ensaios físicos e mecânicos das principais espécies de madeiras usadas na indústria da construção civil, em Boa Vista/RR; Analisar o rendimento de espécies de madeira em espaço no processamento operacional; Trabalhar com pesquisa operacional em serragem de madeira.

45 45 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO AGNELO, Humberto. As exportações brasileiras de madeiras tropicais. Tese de Doutorado em Engenharia Florestal apresentada à Universidade Federal do Paraná. Curitiba: Paraná, Disponível em: < %20ANGELO,%20HUMBERTO.pdf?sequence=1>. Acesso em 20 de janeiro de ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7203/1982: madeira serrada e beneficiada. Rio de Janeiro, p.. NBR 7190/1997: projetos de estruturas de madeira. Rio de Janeiro, p.. NBR 14807/2002: peças de madeira serrada: dimensões. Rio de Janeiro, p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PRODUTORES DE MADEIRAS-ABPM. Perfil de consumo de produtos de madeira; processamento mecânico. São Paulo, ABPM, 1989a. 32p. BARBOSA, Reinaldo Imbrozio. Análise do setor madeireiro do Estado de Roraima. Instituto Nacional de Pesquisas na Amazônia: Acta Amazônia, Disponível em: < pdf>. Acesso em: 27 de fevereiro de BARROS, Nilson Cortez Crócia. Roraima: paisagens e tempo na Amazônia setentrional. Recife: Editora da Universidade Federal de Pernambuco BENEDETTI, Udine Garcia; VALE JÚNIOR, José Frutuoso; SCHAEFER, Ernest Gonçalves Reynaud; MELO, Valdinar Ferreira; UCHÔA, Sandra Cátia Pereira. Gênese, química e mineralogia de solos derivados de sedimentos pliopleistocênicos e de rochas vulcânicas básicas em Roraima, Norte Amazônico. Revista brasileira de ciência do solo, vol.35, n. 2, Viçosa, FREITAS, Aimberê. Geografia e história de Roraima. Boa Vista: DLM, p.45. HAYGREEN, J.G.; BOWYER, J.L. Forest products and wood science: an introduction. 3 rd ed. Ames: Iowa State University Press, p. INSTITUTO BRASILEIRO DE DESENVOLVIMENTO FLORESTAL-IBDF. Identificação e agrupamento de espécies de madeiras tropicais amazônicas; Síntese. Brasília, IBDF, p. INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO. Madeira: uso sustentável na construção civil. São Paulo, p. (IPT. Publicação, 2980). KLITZKE, R.; Apostila de Secagem da Madeira. Curitiba, MELO Júlio. E; Apostila Sistemas Estruturais em Madeira. Brasília, Ministério do Meio Ambiente. Políticas ambientais aplicáveis à florestas. Disponível em: < Acesso em: 23 de outubro de MOURÃO, Gersa. Colonizacion Reciente y Assentamientos Rurales en el Sureste de Roraima, Amazônia Brasileña: Entre la Política y la Naturaleza. Tesis Doctoral. Universidade de Valladolid. España p

46 46 PEREIRA, Denys. et. al. Fatos florestais da Amazônia Belém: Imazon, p. Disponível em: < 2010/at_download/file>. Acesso em: 25 de outubro de PFEIL, W.E.; PFEIL, M. Estruturas de madeira. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, p. POLZL, W.B.; SANTOS, A.J.; TIMOFEICZYK JR, R.; POLZL, P.K. Cadeia produtiva do processamento mecânico da madeira-segmento da madeira serrada no estado do Paraná. Revista Floresta, Paraná, v. 33, n. 2, p , ROCCO LAHR, F. A.;Lahr, Francisco Antonio Rocco In: Potencial madeireiro de Roraima. Pesquisa da EESC USP p.04 SANTOS, Roberto. História Econômica da Amazônia São Paulo: T. Queiroz, SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO. Florestas do Brasil em resumo 2013: dados de Brasília: SFB, Disponível em: Acesso em: 23 de outubro de SILVA, Georgia Patrícia da; NOGUEIRA, Elizabete Melo; MESSIAS, Gisele de Jesus; ALVES, Leidiane Nascimento. Dinâmicas urbanas na cidade de Boa Vista- RR: tendências construtivas e destrutivas do patrimônio cultural. Revista geográfica de América Central, SILVA, Neudes Carvalho da; Gladis de Fátima Nunes da. Contribuição do setor madeireiro à balança comercial do Estado de Roraima: contexto econômico e ambiental. Revista ACTA Geográfica, ANO II, n 3, jan./jun. de p Disponível em: <revista.ufrr.br/index.php/actageo/article/download/188/365>. Acesso em: 27 de fevereiro de ZENID, G.J. Classificação de madeira serrada de eucalipto: proposta ABPM/IPT. In: seminärio sobre processamento e utilização de madeiras de reflorestamento, 1996, Curitiba.Curitiba: ABPM, p

47 47 APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO UTILIZADO NA COLETA DE DADOS, NAS DISTRIBUIDORAS DE MADEIRA, EM BOA VISTA/RR

48 48 1 QUESTIONÁRIO UTILIZADO NA COLETA DE DADOS, NAS DISTRIBUIDORAS DE MADEIRA, EM BOA VISTA/RR 1 A distribuidora de madeira possui a própria indústria de abate de madeira? Sim ( ) Não ( ) 2. Em ordem de venda cite as cinco principais madeiras mais comercializadas na empresa? 3. O fornecimento das madeiras vem do Estado de Roraima? Sim ( ) Não ( ). Vem de onde? 4. A compra da madeira é feita direto da fábrica ou de representante? 5. Quais são as cinco maiores concorrentes no mercado local? 7. As características das peças de madeira são detalhadas? Sim ( ) Não ( ) 8. Possui conhecimento sobre a ABNT NBR 7203:1997? Sim ( ) Não ( ). Sobre o que se trata? 9. As peças de madeira chegam com o tamanho pedido à indústria? Sim( ) Não( ) 9.1 As peças são vendidas com o tamanho apropriado de acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas? Sim( ) Não( ). 10. Como é feito o armazenamento das peças de madeira na sua serraria? 11. Dentre as propriedades físicas, você verifica o teor de umidade da madeira?

49 49 Sim( ) Não ( ). Se sim, como verifica? 12. Dentre as propriedades físicas, você verifica a densidade da madeira? Sim( ) Não( ). Se sim, como verifica? 13. Coloquem-os em ordem de frequência os defeitos mais comuns das madeiras comercializadas em sua distribuidora? Nós, fendas, abaulamento, arqueadura, empenamento, retração e inchamento? 14. Que principal argumento você utiliza para vender uma peça de madeira de acordo com a sua finalidade? Experiência no ramo ( ) Critérios Técnicos ( ) Preço ( ) 15. Antes de ser vendedor de peças de madeiras, você participou de algum treinamento dado pelo distribuidor/loja? Sim ( ) Não ( ) 16. Você conhece/consultou alguma norma técnica de madeiras? Sim ( ) Não ( ). Quais? 17. Acha as normas fáceis de serem entendidos? Sim ( ) Não ( ) 18. Na sua distribuidora como são especificadas as peças de madeira? Nome comum ( ) Nome científico da espécie ( ) 19. Para quais finalidades as peças de madeira são mais vendidas? (Coloque-os em ordem de venda) ( ) Construção civil pesada externa ( viga, caibros, pranchas e tabuas) ( ) Construção civil leve externa e interna ( Andaimes, escoras, formas) ( ) Construção civil leve interna/decorativa ( forros, painéis, lambri) ( ) Construção civil leve interna/esquadrias ( portas, janelas) ( ) Construção civil assoalho domésticos ( tábua corrida, tacos) 20. Cite o tipo de madeira empregada para as peças de madeira mais vendidas. a) Construção civil pesada externa (viga, caibros, pranchas e tabuas).

50 50 b) Construção civil leve externa e interna (andaimes, escoras, formas). c) Construção civil leve interna/decorativa (forros, painéis, lambri). d) Construção civil leve interna/esquadrias (portas, janelas). e) Construção civil assoalhos domésticos (tábua corrida, tacos).

51 51 APÊNDICE B MOSTRUÁRIO DAS ESPÉCIES DE MADEIRA UTILIZADAS NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL, EM BOAVISTA/RR

52 52 ANGELIM AMARGOSO (Vatairea sp.) Outros nomes: amargoso, angelim fava, fava-amarela, fava-amargosa, faveira, faveira-amarela, faveira-bolacha, faveira-de-impigem, faveira-grande-do-igapó. Ocorrência: Brasil - Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Roraima. DURABILIDADE / TRATAMENTO Durabilidade natural: O cerne apresenta alta resistência ao apodrecimento e à ação de cupins de madeira seca (IPT, 1989a). Madeira susceptível ao ataque de brocas e organismos marinhos (Prospect, 2003). Tratabilidade: Em ensaios de laboratório, em tratamentos sob pressão, demonstrou ser moderadamente permeável às soluções preservativas (IPT, 1989a). CARACTERÍSTICAS DE PROCESSAMENTO Trabalhabilidade: A madeira de angelim-amargoso apresenta comportamento moderadamente bom no processamento mecânico, porém apresenta tendência a levantamento de fibras ao ser aplainada (IBAMA, 1997a). As operações de torneamento, furação e pregação são fáceis (IPT, 1989b). Secagem: A secagem ao ar com velocidade moderada resulta em pouco ou nenhum defeito. Rápida secagem em estufa, com moderada tendência ao encanoamento e torcimento médios (IBAMA, 1997a). USOS Construção civil Pesada externa: dormentes ferroviários, cruzetas, estacas; Pesada interna: caibros, vigas; Leve interna, estrutural: ripas; Uso temporário: andaimes, escoramento, fôrmas para concreto. Mobiliário Alta qualidade: partes decorativas de móveis.

53 53 ANGELIM-FERRO (Hymenolobium sp.) Outros nomes: angelim, angelim-falso, angelim-vermelho, angelim-pedra, angelim-pedra-verdadeiro, faveira-carvão, faveira-dura, faveira-ferro, faveira-grande. Ocorrência: Brasil - Amazônia, Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima. DURABILIDADE / TRATAMENTO Durabilidade natural: o cerne apresenta alta resistência ao ataque de organismos xilófagos (fungos e insetos) (IPT, 1989a). Em ensaios de campo com estacas, esta madeira foi considerada altamente durável com vida média maior que oito anos (Jesus et. Al,1998). Tratabilidade: impermeável às soluções preservativas (IPT, 1989a). O cerne não é tratável com creosoto (óleo solúvel) e nem com CCA (hidrossolúvel), mesmo em processo sob pressão (IBDF, 1988; IBAMA, 1997a). CARACTERÍSTICAS DE PROCESSAMENTO Trabalhabilidade: a madeira de angelim-vermelho é difícil de ser trabalhada, mas recebe bom acabamento (Jankowsky, 1990). A madeira é fácil de tornear com bom acabamento e na furação apresenta desempenho regular (IBAMA, 1997a). Secagem: rápida em programas mais severos (IBDF, 1988). Apresenta tendência moderada ao torcimento e leve ao colapso; seca relativamente bem ao ar (Jankowsky, 1990). USOS Construção civil Pesada externa: pontes, postes, estacas, esteios, cruzetas, dormentes ferroviários, obras portuárias, piers; Pesada interna: vigas, caibros.

54 54 ABIU-CASCA-GROSSA (Ocotea odoriferar) Outros nomes: abiorana-mangabinha, abiu-guajará, bacumixá, crubixá, cubixá, curubixá, gogó-deguariba, grubixá, grumixá, grumixava, guajará, pau-de-remo, rosadinho, salgueiro. Ocorrência: Brasil - Amazônia, Amazonas, Roraima, Maranhão, Pará e Rondônia. DURABILIDADE / TRATAMENTO Durabilidade natural: madeira moderadamente resistente à podridão-branca e muito resistente à podridão-parda. É susceptível ao ataque de cupins-de-madeira-seca. (IBAMA, 1997a) Cerne susceptível a ação de fungos manchadores. Tratabilidade: alburno moderadamente fácil de tratar (IBAMA, 1997a). CARACTERÍSTICAS DE PROCESSAMENTO Trabalhabilidade: a madeira de curupixá é fácil de ser trabalhada no torno e na broca, resultando em excelente acabamento (IBAMA, 1997a). Secagem: A secagem é rápida ao ar, com tendência a arqueamento moderado e a rachaduras leves a moderadas (IBAMA, 1997a). USOS Construção civil Leve interna, decorativa: lambris, painéis, forros; Leve interna, estrutural: ripas, partes secundárias de estruturas; Uso temporário: pontaletes, andaimes, fôrmas para concreto. Mobiliário Alta qualidade: móveis decorativos.

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