albidum Hzdw. VOA. albidum, 0. pulvinatum {Dozy & Moth.) \M. e. 0. htaamixmm Mitt.
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- Ágata Soares Beretta
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1 OCTOBLEPHARUM (LEUCOBRYACEAE) DO ALTO RIO NEGRO, AMAZONAS (BRASIL). Olga Yano (*) KESOMD Uovz tarn dt OctobtcphaAum tfedw. iao nazaxadoi poaa o Alto Rio Hzgfio, Amazocot&ta.do6 em ixpz.di.caa xmjli.za.do, no pznx.odo de jimko a. julko de T979, qaali, ie/am: VUM>, 0. albidum HzdiM. van. vwta.ac2.ni, C. {Aaoll., 0. amputza.ce.lun Hitt., 0. cytindaicum McnX., 0. cocuizn&z Mitt., 0. lazctlfplism HL t. WilLiami, 0. peztucidum C. Mailt., 0. e.x albidum Hzdw. VOA. albidum, 0. pulvinatum {Dozy & Moth.) \M. e. 0. htaamixmm Mitt. Ai tn.2.6 UJLXAMOA ucona.2a.am com maioh. ^niq'dincia. lima ckavz pann. idintifa cacao doi taxoni ln^n,agznq.ni.coi di OoXobtzphoAum z apn.tamta.da.. INTRODUCAO A primeira expedicao briologica ao longo do Rio Negro foi realizada de novembro de I85I a malo de 1853, p r Richard Spruce, que coletou varios musgos e hepaticas (Prance, 1971). A segunda foi organizada 128 anos apos, por meio de um convenio envolvendo 0 Conselbo Nacional de Desenvolvimento Cientffico e Tecnologico - Projeto Flora Amazonica (INPA) e a "National Science Foundation" (NSF). Dela fizeram parte Rudolf H. Schuster (Un i vers t dade de Massachusetts), especiah'sta em hepaticas, pr i nc i pal men te da famflia Lejeuneaceae, William R, Buck (Jardim Botanico de Nova lorque), especialista em musgos e a presente autora. Varios trabalhos sobre briologia tern sido mencionados recentemente referentes a regiao amazonica, destacando-se dentre eles: PurselI & Reese (I98I), Reese (1980e Yano CI93la). Com respeito as Leucobryaceae, Yano (1982a, 1982b), relata a distribuicao das especies ocorrentes no Baixo Amazonas e outros Estados e Territorios da Amazonia Le gal. Este constitui, portanto, 0 tercefro trabalho sobre a referida famflia. 0 objetivo do trabalho e divulgar as especres e variedades coletadas durante a expedicao e ampliar os conhecimentos da distribuicao geografica do genero OctofaJepharum Hedw. na regiao Norte do Brasil, contribuindo para 0 inventario da flora briofttica da Amazon i a. (*) Seção de Briologia e Pteridologia, Instituto de Botânica, Caixa Postal 4005, São Paulo, Brasil, ACTA AMAZÔNICA, SUPL., 15(1-2):
2 MATERIAL Ε MÉTODOS A região coletada pela expedição abrange o Rio Negro, de Manaus até São Gabriel da Cachoeira (Uaupés), visitando-se os igarapés maiores, a estrada Perimetral Norte (São Gabriel da Cachoeira-Cucuí) e também alguns morros, como: Serra do Jacami (65 33 'W, J 23'S), Serra Curicuriari Í W, 0 39 l S), Morro Xima ίο no Rio Marié (66 50'W, 0 o 45'-50'S) e Morro dos Seis Lagos (66 48'W, 0 22'N). A metodologia adotada é a descrita em Yano (1975). Os espécimes aqui citados acham-se depositados no Herbário do Estado "Maria Eneyda P. Kauffmann Fidalgo", do Instituto de Botânica (SP) e duplicatas no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazonia (INPA). Na identificação das espécies e variedades do gênero Octob1epharum Hedw., foram utilizados os trabalhos de Florschütz (1961(), Yano (1975) e Griffin (1979) e confirmados por comparação com outros materiais já identificados. CHAVE PARA I DENT 1FICAÇSO DOS TAXONS 1NFRAGENÊRICOS DE QCTOBLEPHARUM. 1. Costa em corte transversal no meio da lâmina mais ou menos equi1ãtero-tri angular, ân_ gulos arredondados ou ρ iano-convexos; fi1tdtos com ma i 5 de IQ mm de compr 2 2. Ápice do filídio acumínado; células da base do filfdio com poucas perfurações na parede; células da lamina mais ou menos retangulares; ápice em corte transversal com duas camadas de leucocistos; filídios ate 12 mm de compr 0. ampulliiceum 2. Ápice do filfdio obtuso-apiculado; células da base do filídio com muitas perfurações na parede; células da lamina rõmbíco-hexagonaίs; ápice em corte transversal com quatro camadas de leucocistos; filídios acima de 20 mm de compr 0. erect (foi i um 1. Costa em corte transversal perto do meio da lâmina biconvexa; filídios ate 10 mm de compr,, 3 3. Filídios em corte transversal no ápice com duas camadas de leucocistos; dentes perijs tom ia i s k h. Ápice do filídio obtuso, apiculado e grosseiramente denteado; células da lâmina com perfurações na parede O. pellucidurn Apíce do filídio acumínado, ondulado; células da lamina sem perfurações na parede.., 0. cocuiense 3. Filídios em corte transversal no ápice com quatro camadas de leucocistos; dentes peristomiais 8 ou Filídios lustrosos quando secos, paleãceos, parte basal escura a purpüreo-castanha.. 0. stramineum 5. Filídios baços quando secos, verde-esbranquiçados ou amarelo-claros, parte basal as vezes rosada ou purpúrea 6 6. Filídios frágeis, pontas freqüentemente quebradiças quando secas; ápice obtuso, abruptamente apiculado; células na metade superior da lâmina irregulares; peristomio
3 com 16 dentes arranjados em 8 pares 0. pulvinatum 6. Filídios resistentes, pontas nao quebradiças quando secas; ápice obtuso ou agudo, mas nunca abruptamente apiculado; células na metade superior da lâmina retangulares ou quadráticas; peristomio com 8 dentes não arranjados em pares 7 7. Ápice do filídio agudo, inteiro; células na metade superior da lâmina mais ou menos quadráticas; cápsula cilíndrica; seta mm de compr 0. cylindrícum 7. Ápice do filídio mais ou menos obtuso, geralmente denteado; células na parte superior da lâmina retangulares; cápsula ovóide; seta até 10 mm de compr 8 8. Células da margem da aleta denteados; filídios com manchas purpureas ou violáceas na base., 0. albidum var. violascens 8. Células da margem da aleta lisas; filídios verde-esbranquiçados na base '. 0. albidum var. albidum ESPÉCIMES EXAMINADOS Octoblepharum albidum Hedw. var albidum, Sp. Musc , Material examinado: BrasίI-Amazonas: Rio Negro entre Paraná Conceição e Tauatu, sobre tronco podre na mata cil íar úmida, 0. Yano l ^, 25-VI-1979 (SP150197) ; Rio Negro, Praia do Gavião, tronco de Anacardiaceae, da base até - 2 m de altura, 0. Yano 1^67, 26-VI-1979 {SP15020it); São Luiz, Ilha Costa Ari rahã no Rio Negro, em tronco de palmeira, 0. Yano 1500, 28-VI-1979 (5P150222); em casca de tronco vivo, t 5 rn alt., 0. Yano I508, 28-VI-1979 (SPI50228); Rio Negro, Temenduí, sobre tronco de árvore, 0. Yano 1558, 3Q-VI-1979 (SP150266); Rio Negro, Ilha Acaburu, em tronco de palmeira, 0, Yano I679, ^-Vl I-I979 {SP1503^5) ; Rio Marié, Estirão de Piramirim (0 35'S, 66 ^0'W), sobre tronco de palmeira, 0. Yano 1692, 5-VI (SP150355) ; Cidade de Santa Isabel do Rio Negro, sobre tronco de Anacardíum sp., 0. Yano 1578, l-vii-1979 (SP150280); Rio Negro, perto de Santa Isabel do Rio Negro, no solo da ilha perto do rio, 0, Yano 1 582A, 1 VI (SP150285) ; Rio Negro, boca do Rio Curícuriari, margem esquerda, sobre tronco e galho delauraceae, 0. Yano 182¾, 8-VII-1979 (SP15042I); Igarapé Piraiwara, cachoeira Piraiwa ra', no tronco vivo, 0. Yano 195'*, H-Vl (SP ) ; no marco da linha do Equador na BR-307, sobre tronco podre, 0. Yano 199¾, 17-V (SPI50529) ; km k] da BR-307, estrada São Gabriel da CachoeIra-Cucuí, em tronco podre, 0. Yano 2083, 19 Vi (SP150580); São Gabriel da Cachoeira (0 03'S, 67 03'W), em tronco de palmeira, 0. Yano ZO88, 20-VI I-I979 (SP15058O; sobre pedra no morro da cidade, 0. Yano 2093, 20-VI (SP15O590); Rio Negro, NW de São Gabriel da Cachoeira (0 5-8'S, 67 10'W) t sobre tronco vivo, margem do rio, 0. Yano 2115, 21 -VI I (SP15060M; sobre tronco de palmeira, 0. Yano 2121, 21-VII-1979 {SP150608). A espécie apresenta ampla distribuição geográfica na Amazonia. Cresce em qualquer substrato formando coxins relativamente extensos e apresenta variação muito grande no tamanho do gametofito. Sua coloração é verde-esbranquicada, Na maioria das vezes, Octoblepharum (Leucobryaceae) do
4 esta espécie apresenta esporofito de capsula ovóide e seta sempre menor que 1 cm. 0 fj_ lídio e robusto e o apíce obtuso, geralmente denteado. Octoblepharum albidum Hedw. var violascens C. Muell., Linnaea 19: ^6. Material examinado: Brasi1-Amazonas: Rio Negro entre Paraná Conceição e Tauatu, sobre tronco podre na mata de igapó, 0. Yano 1^58, 26-VI-1979 (SP150200). Ao longo do Rio Negro foi coletada apenas uma amostra, mas esta variedade tem sido encontrada nos Estados do Acre, Mato Grosso e Rondônia ( Yano, 1982a). A variedade violascens C. Muell. difere da típica por ter filídios mais largos, delicados e com manchas purpúreas ou violáceas na base. Octoblepharum ampullaceum Mitt., J. Linn. Soe. Bot. 12: Mater ia 1 exam i nado: Bras i 1 -Amazonas: Rio Har'ie, Igarapé Imé, cachoe ira (mê, sobre pe dras úmidas, 0. Yano 17^3 PP, 6-VI (SP150383); Morro dos Seis Lagos, sobre pedra na campina, 0. Yano 2062, 18-VM-1979 (SP150565Í. Esta espécie cresce, na maioria das vezes, sobre pedras úmidas ou mais secas, d pendendo da região. Ocorre mais comumente nas campinas ou eamp i nararras da Região Ama ζ 6 nica. Apresenta coloração verde-paleácea, filídios delgados e pouco quebradiços, de ápice acum'tnado; células da base com poucas perfurações na parede. Octoblepharum cocuiense Mitt., J. Linn. Soe. Bot. 12: Mater i a 1 exami nado: Bras i 1 -Amazonas: Rio Mar i é, Marauna (0 ¾ 0 1 S, 66 0 ¾0 'W), sobre pedra úmida, 0. Yano 1706, 1703, 5-VI (SP150364, SP150366); Rio Marié, igarapé Imê, ca choeira Imê, sobre pedras úmidas perto da cachoeira, 0. Yano 17^*8, 6-VI (SP150387); Serra Curicuriari, no paredão, no topo da Serra, 0. Yano I887A, Τ 0-VÍI - Γ 979 (SP150*t60); no paredão úmido no topo da Serra, 0. Yano 1893, 10-Vt (SPl 50*+66) ; sobretronco de árvore no topo da Serra, 0. Yano 1895, I0-VII-I979 (SPl50468); Igarapé Piraiwara, Cachoeira Piraiwara, (0 25'S, 66 55'W), no barranco úmido, 0. Yano 1937, II1-VII-I979 (SP150^96); sobre pedra úmida, margem do igarapé, 0. Yano 1975, 14-VI I (SP ) ; km Al da BR-307, estrada São Gabriel da Cachoeira-Cucuí, em tronco podre, 0. Vano 2034, 19-VII-I979 (SPI5058Í); Rio Negro, NW de São Gabriel da Cachoeira, em tronco vivo, na margem do rio, 0. Yano 2128, 21-VM-1979 (SP1506l2); sobre pedra na mar gem do rio, 0. Vano 2131, 2Ι-νΊ1-?979 (SP!506iA). Os espécimes possuem gametofito de coloração verde-purpúrea ou vinacea, ocorrendo geralmente em regiões bem úmidas como, por exemplo, sobre pedras ou troncos de arvores próximos às cachoeiras ou quedas d'agua. Os filídios são caracteristicamente quebradiços, possuem ápice acumínado, levemente ondulado; células da lamina sem perfurações na parede. Octoblepharum cylindricum Mont., Ann. Soe. Bot. Nat. Bot., ser. 2,1¾: 3^9. \8hQ. Material examinado: Bras ι I-Amazonas: Tapereíra, no solo arenoso, perto da vegetação fo _
5 mando tapete, campina, 0. Yano 1514, 29-VI (SP150232); Rio Negro,. TemenduT, no so lo arenoso da campina, 0. Yano 1555, 3Q-V (SP15Q263); Rio Maril, Varadouro para Morro Ximaio ( 'S, 66 5u l W), na base de subarbusto, em tufos, 0. Yano 1778, 7-VI (SP ) ; Rio Marié, topo do Morro Ximaio, sobre pedras no topo do morro, 0. Yano 1809, 7-V1t-1979 (SP150415); perto da Serra Curicuriari, no solo de campinara na, 0. Yano 1919, 11-VII (SP150482); sobre tronco fino, campinarana, 0. Yano 1921, 11-VIl-1979 (SP150484); direção ao Korro dos Sets Lagos, da BR-307, em pau podre, 0. Yano 203I, 18-VI (SP150547); Rio Negro, NW de São Gabriel da Cachoeira, em tronco de buri ti, mata de terra fi rme, 0. Yano 2141, 21-VI (SP ); Rio Negro, Igarapé" Foibarã, em tronco vivo, 0. Yano 2153, 22-VI I (SPI50627). Na região, 0. cylindrícum cresce apenas nos solos arenosos e brancos de campina ou campinarana, formando tapetes grandes. As vezes o gametofito apresenta coloração purpurea na base do filtdio. Difere de 0, albidum var. víolascens porque o filídio ê mais curto e o ápice e inteiro e agudo; alem disso, a seta tem mais de 3 cm de comprimento e a capsula é c i1fndr ica. Octoblepharum erectifolíum Mitt, ex Williams, N. Am. Flora 15: Material examinado: Brasi1-Amazonas: Rio Marié, Marauna, sobre pedra úmida, 0. Yano 1711, 5-Vl (SP150370). Este é o segundo relato da ocorrência de 0. erectΐfoiium na região. Cresce em lugares sombrios e bem úmidos. Os filfdios tem mais ou menos 20 mm de comprimento e são estreitos e delgados; ãpice obtuso-apiculado e as células da base tem perfurações na parede. Octoblepharum pellucidum C. Muell., Gen. Muse Frond. 89. Τ900. Material examinado: Bras ί I-Amazonas : Rio Negro, Temendu Γ (64 42 'W, 0 28'S), na base' do tronco podre, 0. Yano 1541, 30-VI-1979 (SP15025I); sobre tronco de palmeira, 0. Yano I557, 30-Vi-1979 (SP150265); Rio Negro perto de Santa Isabel do Rio Negro, sobre pau po dre na mata, 0. Yano I588A, 1 VI {SPI5O29O; Rio Negro, Ilha Acaburu, na base do tronco de arvore, 0. Yano 1G72, 4-VH-1979 (SP ) ; Igarapé Arabu, encontro com α rio Curicuriari, sobre pau podre, 0. Yano 1931, 1 Τ-VII (SP150493); Rio Negro, Ilha em frente a São Gabriel da Cachoeira, sobre tronco vivo, 0. Yano 2109, 20-VII-1979 (SP1506OO); Rio Negro, NW de São Gabriel da Cachoeira, na base do tronco, margem do rio, 0, Yano 2I34, 21-VI (SP ); Rio Negro, Igarapé Foibarã, na base do tronco, 0. Yano 2I65, 22-VH-I979 (SP ). Octoblepharum pellucidum ocorre quase que exclusivamente na Amazônia, porem ha uma referência para o Rio de Janeiro (Yano, 198lb). Ma area estudada, cresce em gj-ande diversidade de substratos, ocorrendo em todos os "habitats". Possui muita semelhança com 0. ampullaceum, mas difere deste pelo ãpice do filfdfo obtuso, apiculado e grosseira_ mente denteado. Octoblepharum pulvinatum (Dozy ε Molk.) Mitt., J. Linn. Soe. Bot, 12: Octoblepharum (Leucobryaceae) do...
6 Mater ia 1 exam i nado: Bras i1-amazonas: Rio Negro entre Pa raná Conce i ção e Tauatu (61 00 'W, 2 23'S), na base do tronco vivo, mata ciliar, 0. Yano 1450, 25-VI (SP ) ; Acan ga em frente a Ilha do Japó no Rio Negro, base de palmeira, 0. Yano 1486, 27-VI-1979 (SP150213); base do tronco podre, 0. Yano 1489, 1492, 27-V!-1979 (SP150215, SP150218); Santa Isabel do Rio Negro (Tapuruquara 65 03'W, 0 2 t's), sobre pau podre, mata deigapõ, 0. Yano 1570, 1-VI (SP150274) ; Rio Negro, Serra de Jacamim perto de Bom Jardim, sobre blocos de pedra, 0. Yano 1612, 2-VII-1979 (SP ) ; Rio Negro, Ilha Acaburu, na base do tronco vivo, 0. Yano 167¾, 1677, 4-VI (SPl 503^2, SP150344); Rio Marié, Ma rauna, sobre pedra, 0. Yano 1709A, 1729A, 5-VI (SP150368, SPI50378); Serra Curicu riari, sobre pedras úmidas perto do igarapé, na Serra, 0. Yano I85O, 10-VI ÍSP150435); São Gabriel da Cachoeira-CucuΓ, km 6 da BR-307, sobre tronco podre, 0. Yano 2001, 17-VI (SP ) ; Morro dos Seis Lagos, sobre pedra na campina, 0. Yano 2059, 18-VI ísp150563) ; sobre pedras úmidas no topo do morro, 0. Yano 2069, l8- VI (spi50569). Octoblepharum pulvinatum ocorre no Alto com maior freqüência que no Baixo Amazonas, mas os "habitats" são idênticos aos mencionados por Yano (1982a). Esta espécie raramente é encontrada com esporõfito. Os filídios são frágeis, o ápice é geralmente que bradiço quando seco; em corte transversal, apresenta uma constrição entre a costa e a lamina verdadeira. Octoblepharum stramíneum Mitt., J. Linn. Soe. Bot. 12: Material examinado: Brasi1-Amazonas : Rio Negro, Temenduí, na base do tronco e no solo da caatinga, 0. Yano 15^3, 30-VI-1979 (SP150253); Rio Marie, Igarapé Imé, cachoeira Imé, sobre pedras úmidas, 0. Yano 1743 PP, 6-VII-1979 {SP ) ; sobre tronco de palmeira, col. 0. Yano 1770, 6-VI (SP ); Serra Curicuriari, no tronco vivo no topo da Serra, 0. Yano 189'A, 10-VI (SP150464); Igarapé Piraiwara, cachoeira Piraiwara, no barranco do igarapé, 0. Yano 1970, 14-VI (SP1505I2); sobre tronco de palmeira, 0. Yano I976, 14-VII-1979 ísp ) ; Morro dos Seis Lagos, na.base do tronco vivo, 0. Yano 2066, 18-VIl-1979 (SP ) ; Morro dos Seis Lagos, ao redor do Lago da Pata, em tronco de palmeira, 0. Yano 2O76, 18-VI (SP150$74); Rio Negro, NW de São Gabriel da Cachoeira, em tronco vivo, 0. Yano 2132, 21-VI I (SP150615); Rio Negro, Igarapé Foibara (0 l6-l8's, 66 35'W), em tronco de árvore, 0. Yano 2143, 22-VI (SP 15O622) ; na base do tronco, 0. Yano 2165A, 22-VIi-1979 (SPl50635). Octoblepharum stramíneum ocorre apenas na região amazônica; ao longo do Rio Negro, é encontrado comumente nos troncos de palmeiras que caem sobre o rio, campinas ou camp i naranas, F_ facilmente reconhecida pelo brilho e pela coloração paleãcea do filídio, com base purpureo-pa1eacea. COMENTÁRIOS Yano (1982a) mencionou 10 taxons de Leucobryaceae como ocorrendo na Amazônia,
7 dos quais oito sao tambem da regiao do Alto Rio Negro. Apenas duas especies africanum (Broth.) Card, e 0. rhaphidostegiurn C. Muell. -- nao foram encontradas na area em estudo. As especies comuns tanto no Alto Rio Negro como no Baixo Amazonas sao: 0. albidum Hedw. vgr. albidum, 0. albidum var. violascens C. Muell., 0. ampullaceum Mitt., 0. cocuiense Mitt-, 0. cyl indricum Mont., 0. erectifohum Mitt, ex Williams, 0. pellucidtim C. Muel1.,0. pulvinatum (Dozy 6 Molk.) Mitt, e 0. stramineum Mitt. Na regiao estudada, as especies mats comuns sao: 0. albidum var. albidum, 0. pulvinatum e 0. stramineum. Oas cinco especies mencionadas por Mitten (1869), apenas 0. longifolium Lindb. nao foi reencontrada na regiao, sendo todavia encontradas outras nao mencionadas neste trabalho para o Rio Negro brasileiro. Os especimes que crescem em lugares muito umidos sempre estao associados com Telaranea sp., Dicranaceae e Lophoziaceae. De acordo com os trabalhos de Yano (1981b e 1982a) e com os dados deste podemos verificar que 0. erectifolium, 0. pellucidum e 0. stramineum ocorrem apenas na regiao amazanica, enquanto que as demais especies apresentam uma distribuicao mais ampla no Brasi 1. AGRADECIMENTO Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientffico e Tecnologico (CNPq), pelo suporte financeiro para a coleta de material briof'tico no Alto Rio Negro. SUMMARY Hine. taxa ofa Octoblzphansm Hzdw. oae. Azpohtzd &OA the Alto Ri.o Sle.gn.0, KmazonaA, collectzd du/iing an zxpe.dixj.cn to the. Azgion in ' 979-, 0. albidum H&dw. van. vlo a6cen& C. bfazll., 0. ampullaczum Mitt,, 0. cylindfucum Mont., 0. cozuizn&e. Mitt., 0. 2Azcti^otlum Mitt, zx William, 0. pejlzuddum C. Muztt. The mott common &pzcie& (ULZ: 0. albidum vox. albidum, 0. pulvinatum [Vozy I Molk. J Mitt, and 0. itfiaminzum Mitt. A key faon. idzyiti&ication o the xepontzd taxa it> included. Referencias Florschutz, Peter A The mosses of Suriname. Flora of Suriname. Leiden, vol. 6: i-xxvii p., fig Griffin, Dana Guia preliminar para as briofitas frequ'entes em Manaus e adjacen cias. Acta Amazonica, 9(3):1-67, fig Octoblepharum (Leucobryaceae) do... 61
8 Mitten, William Musci austro-americani. Enumeratio itiuscorum omnium austro-americanorum hucusque cognitorum. J. Linn, Soc. Bot., 12: Prance, Ghillean T An index of plant collectors in Brazilian Amazonia. Acta Amazônica, 1(1):25-65, 1 fig. Pursell, R.A. & Reese, W.D The rediscovery of Fissidens subulatus Mitt, in Bra zil. Bryologist, 8 3(4): , fig Reese, William D Refinements on American Syrrhopodon (Musci, Calymperaceae). Bryologist, 84(2): , fig Yano, Olga Leucobryaceae (Musci) do Estado de.são Paulo. Sao Paulo: p. i-iv (Dissertação de Mestrado em Farmacologia, Area de Produtos Naturais, Escola Paulista dc Medicina) a. Contribuição ao inventario dos Musci brasileiros. 2. Phyllodrepaniaceae. Acta Amazônica, 11(3): , fig b. A checklistof Brazilian mosses. J. Hattori Bot. Lab., 50: a. Distribuição geográfica de Leucobryaceae (Bryopsida) na Amazonia. Acta Amazônica, 12(2): b. Ocorrência de Leucophanes (Leucobryaceae, Bryopsida) na Amazonia brasileira. Amazoniana, 7(3): , fig. 1-2.
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