O Currículo/Projeto Pedagógico na Residência Multiprofissional em Saúde:

Transcrição

1 O Currículo/Projeto Pedagógico na Residência Multiprofissional em Saúde: discutindo possibilidades a partir da interdisciplinaridade e do interporfissionalismo Nildo Alves Batista

2 Interdisciplinaridade Contexto Educação Interprofissional Prática Colaborativa

3 Ênfases Atuais na Formação em Saúde A integralidade no cuidado O trabalho em equipe Resgate da dimensão da subjetividade - o sujeito com suas histórias e trajetórias O reconhecimento da prática, em diferentes cenários e espaços, como uma fonte legítima de construção do conhecimento

4 Denúncias Fragmentação do ensino em saúde Ênfase disciplinar e intraprofissional Desvalorização de abordagens no que se refere à ética, à humanização e ao cuidado Dicotomias (teoria e prática; saúde e doença; promoção e cura) na formação de novos profissionais Biologicismo e o hospitalocentrismo na formação em saúde

5 Denúncias Desvinculação dos currículos em relação às necessidades da comunidade Distanciamento entre os cenários de aprendizagem e assistência. O deslocamento do residente para a posição do sujeito que recebe passivamente a informação A centralidade do processo pedagógico no preceptor como fonte única de saber

6 Demandas Articulação com o Sistema Único de Saúde (SUS) Incorporação da concepção ampliada de saúde Ênfase na integralidade e no cuidado no processo de formação profissional Aprendizagens para o trabalho em equipe interprofissional Discussão sobre os condicionantes trazidos pelos planos e projetos educacionais e assistenciais.

7 Projeta-se um profissional de saúde que, não abrindo mão ou banalizando a formação científica, possa estar atento às diferenças, aos movimentos de inclusão, ao humano e social presente em todas as suas ações.

8 INTERDISCIPLINARIDADE

9 CONSTITUIÇÃO DAS DISCIPLINAS UNIVERSIDADE CURRÍCULO FRAGMENTADO INTERDISCIPLINARIDADE

10 PARALELISMO MULTIDISCIPLINAR PERSPECTVISMO/ CONVERGÊNCIA INTERDISCIPLINAR HOLISMO/ UNIFICAÇÃO TRANSDISCIPLINAR

11 Caminhos na Formação em Saúde a partir da Interdisciplinaridade Construção de desenhos curriculares que alterem o modelo disciplinar: Integração de conteúdos Estrutura em módulos Organização por núcleos temáticos Organização por problemas Prática profissional como eixo estruturante Situações de aprendizagem privilegiando trabalho coletivo e integrado

12 Interdisciplinaridade: conhecendo um campo polissêmico A interdisciplinaridade como integração de disciplinas/campos de conhecimento - disciplinas precisam estabelecer canais de comunicação e de colaboração para construir referenciais teórico-metodológicos ampliados sobre a realidade

13 conhecimento que se produz nas regiões em que as fronteiras se encontram e criam espaços de interseção, onde o eu e o outro, sem abrir mão de suas características e de sua diversidade, abrem-se disponíveis à troca e à transformação. Qualquer prática interdisciplinar acontece a partir dessa postura de expansão de campos e de abertura de fronteiras. (Furlanetto, 1988)

14 INTERDISCIPLINARIDADE COMO INTERFACE Assunção do respeito à diferença, à diversidade. Investimento nos movimentos de questionamento e dúvida, relativização das certezas e o exercício permanente do diálogo. Assunção da cooperação e da parceria nos caminhos de formação profissional.

15 Educação Interprofissional

16 TROCA COMPARTILHAR PROJETO COMUM RESPEITO

17 Interprofissionalismo Trabalho em equipe Discussão de papéis profissionais Liderança/protagonismo Compromisso na solução de problemas Negociação na tomada de decisão

18 Valorização da história de diferentes áreas profissionais Consideração do outro como parceiro legítimo na construção de conhecimentos, com respeito pelas diferenças Movimento de busca, diálogo, desafio, comprometimento, responsabilidade

19 A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a educação interprofissional e a prática colaborativa como estratégias inovadoras que desempenharão papeis importantes na melhoria mundial da força de trabalho em saúde. (2010)

20

21 Educação Interprofissional: concepções Rede de relações Movimento Criação

22 Treinamento Conjunto Aprender Junto Aprendizagem Compartilhada Trabalho em Equipe

23 INTEGRAR Trabalho em Equipe Troca Respeito Cooperação Diversidade Parceria

24 Inversão da lógica tradicional da formação em saúde - cada prática profissional pensada e discutida em si - abrindo espaços para a discussão do interprofissionalismo. (Barr, 1998)

25 A educação interprofissional é um passo importante para o preparo dos profissionais de saúde para a prática colaborativa, para que esteja melhor preparada para responder às necessidades de saúde da população.

26 Competências necessárias Competências comuns a todas as profissões Competências específicas Competências colaborativas respeito às especificidades planejamento participativo tolerância e negociação redes colaborativas (Barr, 1998)

27 PRÁTICAS COLABORATIVAS

28 As prática colaborativas acontecem quando vários profissionais de saúde com diferentes experiências profissionais trabalham com pacientes, famílias, cuidadores e comunidades para prestar atenção `a saúde de melhor qualidade.

29 Prática colaborativa inclui o trabalho clínico e não clínico relacionado à saúde: Educação em saúde Diagnóstico e tratamento Vigilância Comunicação em saúde Gestão

30 Um profissional de saúde preparado para as práticas colaborativas é aquele que aprendeu como trabalhar em uma equipe interprofissional e tem competência para este fim.

31 DOMÍNIOS Trabalho em Equipe Comunicação Funções e Responsabilidades Aprendizado e Reflexão Crítica Relação Ética

32 Aos profissionais de saúde não basta mais ser profissionais. No atual contexto das necessidades e demandas sociais, os profissionais de saúde também precisam ser interprofissionais.

33 Para fazer junto no cotidiano do cuidado em saúde é preciso aprender junto sobre o trabalho em saúde.

34 Lasar Segall, Eternos Caminhantes,1919.

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