Geral: compreender os principais assuntos ligados ao Biodireito e aos processos de desenvolvimento naturais e científicos.
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- Brian Franca Vilalobos
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1 I Identificação Disciplina Bioética e Cidadania Código EST9008 Carga horária 36 horas/aula Créditos 2 Semestre letivo Optativa II Ementário Biodireito e cidadania. Elementos de direito internacional e comparado. Temas de biodireito e bioética no Brasil: tendências legais, doutrinárias e jurisprudenciais. Biodiversidade e sustentabilidade III Objetivo Geral: compreender os principais assuntos ligados ao Biodireito e aos processos de desenvolvimento naturais e científicos. Específicos: compreender os elementos estruturantes da cidadania na sociedade contemporânea, nas suas características de risco e precaução; relacionar direitos humanos e biotecnologia; comparar o sistema brasileiro com sistemas estrangeiros de regulamentação bioética; interpretar a legislação brasileira sobre os assuntos desenvolvidos; analisar as tendências doutrinárias e jurisprudenciais (especialmente do Supremo Tribunal Federal) relativas ao Biodireito; analisar os principais assuntos relativos à proteção da Biodiversidade. IV Justificativa A ciência tem avançado cada vez mais para ocupar espaços até então imprescrutáveis, como a engenharia genética e a biotecnologia. Elementos como o Projeto Genoma Humano e o Banco de Dados Fitogenéticos representam possibilidades concretas de terapias eugênicas, contrastando com o individualismo liberal e protetor da intimidade e da privacidade. Cabe aos agentes do Direito, pois, na sociedade contemporânea, cotejar entre risco e precaução e assumir posicionamentos ético-políticos diante das diversas situações que se lhes apresentam, as quais, não contidas no dogmatismo nem nos sistemas estritos codificados, implicam a valoração de elementos estranhos ao Direito, com a adoção de técnicas e conceitos de outras áreas do conhecimento humano. Da mesma forma, a ética em pesquisa tem feito incluir, em quaisquer casos, o respeito à dignidade humana como elemento fundamental, devendo-se, entretanto, concretizar dita intenção a partir dos problemas assim surgidos.
2 V Conteúdo Programático 1. BIODIREITO E CIDADANIA 1.1. A construção da cidadania e os direitos humanos Dignidade humana como elemento fundamental Direitos humanos e o Biodireito 1.2. Biodiversidade, biotecnologia, bioética e biodireito: distinções e aproximações teórico-conceptuais 1.3. Princípios do Biodireito Dignidade Legalidade Consentimento livre e informado Cooperação científica entre países Sigilo e privacidade 2. ELEMENTOS DE DIREITO INTERNACIONAL E COMPARADO 2.1. Marcos regulatórios e legais: tratados internacionais eonvenções sobre bioética e biotecnologia Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) Convenção Americana de Directos Humanos Pacto de San Jose da Costa Rica (1969) Conferência de Estocolmo sobre Meio Ambiente Humano (1972) Convenção sobre a Diversidade Biológica (1992) Declaração Universal do Genoma Humano e dos Direitos Humanos (1997) 2.2. Relações entre o direito internacional e o direito interno brasileiro em matéria de Biodireito e Biotecnologia 2.3. Ética em pesquisa nos sistemas comparados Diretrizes Internacionais para Pesquisas Biomédicas Envolvendo Seres Humanos Organização Mundial da Saúde (1993) Conselhos Nacionais de Bioética Código de Ética Médica Comissão Técnica Nacional de Biossegurança CTNBio 3. TEMAS DE BIODIREITO E BIOÉTICA NO BRASIL: TENDÊNCIAS LEGAIS, DOUTRINÁRIAS E JURISPRUDENCIAIS 3.1. Transplantes, doação de órgãos e tecidos e atos de disposição do próprio corpo Direito ao uso de partes separadas do próprio corpo ou de alheio Importância dos transplantes de órgãos e tecidos Conceito e modalidades
3 3.1.4 Transplante de órgãos e tecidos post mortem Transplante de órgãos e tecidos inter vivos O problema do comércio de órgãos e tecidos humanos O problema do uso de órgãos de grupos populacionais com autonomia reduzida Consentimento livre e informado do receptor de órgãos e tecidos Aspectos polêmicos da Lei 9.434/97, regulamentada pelo Decreto 2.268/97 e alterada pela Lei / Reprodução humana assistida Técnicas de fertilização Quando começa a vida? Teorias sobre o início da personalidade jurídica Pessoa humana, nascituro e embrião pré-implantatório O destino dos embriões excedentes e o uso em pesquisas com célulastronco: o art. 5º da Lei de Biossegurança (Lei /05) 3.3. Aborto Conceito e classificação Aborto criminoso e teorias sobre sua descriminalização Aborto legal O problema dos fetos anencéfalos e sua (in)viabilidade 3.4. Eutanásia Há um direito a morrer com dignidade? Suicídio assistido, eutanásia e ortotanásia Limites da distanásia: existe um direito ao prolongamento artificial da vida? Autodeterminação do paciente terminal e a (ir)relevância jurídica da objeção de consciência 3.5. Clonagem Aspectos históricos Técnicas de clonagem Soluções comparadas (Argentina; Japão; França) 3.6. Transexualismo e intersexualismo Direito à identidade sexual ou afetiva Intervenção cirúrgica no estado intersexual e transexual Reflexos jurídicos da mudança de sexo 3.7. Transfusões de sangue Responsabilidade civil na coleta e na transfusão de sangue Recusa na aceitação de transfusão de sangue e o princípio da autonomia da vontade no Biodireito Liberdade de crença religiosa versus direito à vida 3.8. Experiências científicas em seres humanos Pesquisa com seres humanos e seus problemas Princípios ético-jurídicos da experimentação científica em seres humanos Engenharia genética e pesquisas com genoma humano 3.9. Terapias eugênicas Eugenia positiva e eugenia negativa Paternidade e maternidade responsáveis: o planejamento familiar
4 3.9.3 Esterilização humana artificial Criminalidade genética 4. BIODIVERSIDADE E SUSTENTABILIDADE 4.1. Aspectos da Lei de Biossegurança (Lei /05) Crise ambiental e ecodesenvolvimento Diversidade biológica e constitucionalismo ecológico Impacto ambiental provocado pela biotecnologia 4.2. Transgenia e organismos geneticamente modificados Riscos versus benefícios dos organismos geneticamente modificados OGM s Biopirataria e patenteamento de organismos geneticamente modificados 4.3. Biotecnologia e globalização A sociedade de risco O princípio da precaução VI Bibliografia Básica 1. COMPARATO, Fábio Konder. A afirmação histórica dos direitos humanos. São Paulo: Saraiva. 2. DALLARI, Dalmo de Abreu. Direitos Humanos e Cidadania. São Paulo: Moderna. 3. SANTOS, Maria Celeste Cordeiro Leite. O equilíbrio de um pêndulo. Bioética e a lei: implicações médico-legais. São Paulo: Ícone. VII Bibliografia Complementar 1. ALMEIDA Junior, Jesualdo Eduardo. Técnicas de reprodução assistida e o Biodireito. Revista dos Tribunais. v. 99 n. 838 ago. São Paulo: Revista dos Tribunais. 2. ARAUJO, Ana Laura Varallelli Gutierres. Biodireito: o direito a vida. Revista de Direito Constitucional e Internacional. v. 13 n. 51 abr./jun. São Paulo: Revista dos Tribunais. 3. BARACHO, José Alfredo de Oliveira. Vida Humana e ciência: complexidade do estatuto epistemológico da Bioética e do Biodireito Normas internacionais da Bioética. Revista de Direito Constitucional e Internacional. v.14 n.56. jul./set. São Paulo: Revista dos Tribunais. 4. BELLO Filho, Ney de Barros. LEITE, José Rubens Morato. (Org.) Direito ambiental contemporâneo. São Paulo: Manole. 5. BRAUNER, Maria Claudia Crespo. Bioética: dignidade na saúde, incerteza nos tribunais. Revista Trabalho e Ambiente (UCS). v.3 n.4 jan./jun. Caxias do Sul:
5 EDUCS. 6. BRAUNER, Maria Claudia Crespo. Os dilemas do avanço biotecnológico e a função do Biodireito. Revista Trabalho e Ambiente (UCS). v.1 n.1 jan./jun. Caxias do Sul: EDUCS. 7. CASTANHO, Maria Amélia Belomo. O Planejamento familiar brasileiro, o Biodireito e a exclusão social: uma análise acerca de uma produção independente. Revista de Direito Privado. v. 9 n. 35 jul./set. São Paulo: Revista dos Tribunais. 8. COSTA, Marli Marlene da; TERRA, Rosane B. M. da R Barcellos; RICHTER, Daniela. (Org.) Direito, cidadania e políticas públicas III: direito do cidadão e dever do Estado. Porto Alegre: UFRGS. 9. GARCIA, Maria. Biodireito constitucional: uma introdução. Revista de Direito Constitucional e Internacional. v. 11 n. 42. São Paulo: Revista dos Tribunais. 10. GIRON, Jerônimo. Os caminhos para o Biodireito. Revista Trabalho e Ambiente (UCS). v. 3 n. 5 jul./dez. Caxias do Sul: EDUCS. 11. LANFREDI, Geraldo Ferreira. Política Ambiental: busca de efetividade de seus instrumentos.são Paulo: Revista dos Tribunais. 12. MAZZUOLI, Valério de Oliveira. Direitos Humanos, Constituições e Tratados Internacionais. São Paulo: Juarez de Oliveira. 13. NAVES, Bruno Torquato de Oliveira. (Coord.) Direito Civil: atualidades. Belo Horizonte: Del Rey. 14. MIRANDA, Erliani. O Espírito Cientifico e a categoria de gênero: uma revisão epistemológica para outra discussão Bioética. Cadernos Camilliani: Revista do Centro Universitário São Camilo ES. v. 8 n. 2 São Camilo: Editora Centro Universitário São Camilo. 15. MONTEMEZZO Patrícia. Biodireito e ação civil pública. Revista Trabalho e Ambiente (UCS). v. 5 n. 9 jun./dez. Caxias do Sul: EDUCS. 16. MOREIRA, Eduardo Ribeiro. O enfrentamento do Biodireito pela constituição federal. Revista de Direito Constitucional e Internacional. v. 13 n. 53 out./dez. São Paulo: Revista dos Tribunais. 17. OLIVEIRA, Claudia Santos. et.al. A situação jurídica do embrião como premissa para identificação do inicio da individualidade humana sobre a perspectiva da Bioética e Biodireito. Cadernos Camilliani: Revista do Centro Universitário São Camilo ES. v. 8 n. 2 São Camilo: Editora Centro Universitário São Camilo. 18. PILAU Sobrinho, Liton Lanes. Direito à saúde: uma perspectiva constitucionalista. Passo Fundo: UPF. 19. PIOVESAN, Flávia. Temas de Direitos Humanos. São Paulo: Max Limonad. 20. PEDRA, Adriano Sant Ana. Transplante de órgãos e o Biodireito constitucional. Revista de Direito Constitucional e Internacional. v. 15 n. 61 out./dez. São Paulo: Revista dos Tribunais. 21. PUCCINELLI Júnior, André. O Biodireito e a redescoberta do ser humano. Revista de Direito Constitucional e Internacional. v. 13 n. 52 jul./set. São Paulo: Revista dos Tribunais. 22. RIOS, André Rangel. et. al. Bioética no Brasil. Rio de Janeiro: Espaço e Tempo. 23. ROCHA, Leonel Severo. et.al. A Bioética e o Biodireito como acoplamentos
6 estruturais entre a ética e o direito na proteção da vida humana. Revista Brasileira de Direito (IMED Faculdade Meridional). v. 2 n.1 jan./dez. Passo Fundo: Méritos. 24. ROCHA, Renata da. O Biodireito constitucional. Limite e fim da atividade científica. Revista de Direito Constitucional e Internacional. v. 12 n. 49 out./dez. São Paulo: Revista dos Tribunais. 25. SARLET, Ingo Wolfgang. A eficácia dos direitos fundamentais. Porto Alegre: Livraria do Advogado. 26. SIMIONI, Rafael Lazzarotto. Comunicação Sexual e o Biodireito: o planejamento jurídico da identidade sexual. Revista Trabalho e Ambiente (UCS). v. 3 n. 4 jan./jun. Caxias do Sul: EDUCS. 27. VIEIRA. Tereza Rodrigues. Bioética e direito. São Paulo: Jurídica Brasileira.
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