A NATUREZA JURÍDICA DO ARTIGO 28, DA LEI /2006

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "A NATUREZA JURÍDICA DO ARTIGO 28, DA LEI /2006"

Transcrição

1 A NATUREZA JURÍDICA DO ARTIGO 28, DA LEI /2006 Emilly Caroline Costa da Silva Tedesco¹ Luana Carolina Rohde² Milena Thaís Kerkhoff Utzig³ Pâmela Muriel Bolfe 4 RESUMO: A lei /2006, conhecida como nova lei de drogas em detrimento da lei 6.368/1976, trouxe nova roupagem à política criminal brasileira. Ao trazer algumas peculiaridades, tem-se como um dos pontos mais controvertidos o disposto no artigo 28, quanto à singularidade da sua natureza jurídica. Esse estudo, portanto, tem por objetivo analisar a natureza jurídica do art. 28, da lei /2006, haja vista as divergências doutrinárias existentes, as quais levaram as discussões à Suprema Corte por meio do Recurso Extraordinário /SP. O tema foi abordado de forma dialética, cujo objetivo foi a contraposição das visões doutrinárias a fim de se obter uma conclusão a respeito do assunto haja vista a realidade observada na sociedade brasileira. Como resultado dessa verificação, tem-se o posicionamento majoritário que preconiza o art. 28, da lei /06, como crime que foi despenalizado. Entretanto, a análise do tema não se faz simples. Palavras-chave: Despenalização do art. 28, Lei /06; Descriminalização; Recurso Extraordinário /SP. 1. INTRODUÇÃO O panorama legislativo brasileiro modifica-se de forma gradual de acordo com as demandas sociais imbricadas, as quais impulsionam o legislador a fazer as reformas e substituições necessárias na legislação já existente. Entretanto, não é sempre que a técnica legislativa se mostra clara ou tem seus objetivos explícitos, ocasionando amplos debates entre os aplicadores do direito a esse respeito. Não obstante, a lei nº /2006 é palco de debates por parte da doutrina, principalmente quanto ao disposto no art. 28, não se tendo um posicionamento firmado quanto a natureza desse ilícito penal. Nesse espeque, não se compreende de forma plena se o objetivo do legislador foi descriminalizar a conduta em questão, despenalizá-la, ou até mesmo se o que foi previsto nesse dispositivo seria inconstitucional. Diante do exposto, este estudo encontra-se dividido da seguinte forma: na segunda seção vislumbra-se breves considerações sobre a lei /2006; na terceira, há a abordagem do artigo 28 sob o ponto de vista da despenalização; na quarta seção, a abordagem remete-se à possível descriminalização da conduta do art. 28, da referida lei; e, por último, na quinta seção, tem-se o julgamento do Recurso Extraordinário nº /SP, pelo STJ, cuja argumentação central corrobora pela inconstitucionalidade do art. 28, da lei / FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 BREVES CONSIDERAÇÕES ACERCA DA LEI Nº , DE 23 DE AGOSTO DE 2006 A lei , de 23 de agosto de 2006, surge em um contexto ambíguo ao que diz respeito a política criminal de drogas em nosso país. Tendo de um lado, uma tendência ¹ Aluna do 4º ano do Curso de Direito, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, emillytedesco@outlook.com. ² Aluna do 4º ano do Curso de Direito, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, luanacarolina_rohde@hotmail.com. ³ Aluna do 4º ano do Curso de Direito, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, milena.utzig@yahoo.com.br. 4 Aluna do 4º ano do Curso de Direito, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, pamelamurielbolfe@gmail.com.

2 fortemente criminalizante, e, de outro, aponta para a presença de discursos contrahegemônicos que buscam discutir políticas sociais sobre o uso de drogas. É em face do expressivo aumento do consumo de drogas no país que ocorreram profundas discussões em torno do assunto, o que levou a reformulação na política de combate e prevenção das drogas com o surgimento da Lei nº de A nova Lei de Drogas trata como objeto da conduta criminosa apenas a droga em si, nas leis anteriores eram tratadas por substâncias entorpecentes ou capazes de determinar dependência física ou psíquica, e deveria especificar em lei quais eram essas drogas, atualmente, trata-se de lei penal em branco, onde complementa o seu texto com outras leis previstas no ordenamento. Um dos dispositivos de maior impacto modificativo se refere ao novo tratamento penal dado ao usuário de drogas, que atualmente encontra-se tipificado no art. 28 da nova Lei. A grande discussão do artigo 28 da Lei de Drogas se deu com a forma mais branda de punir usuários de drogas. Os crimes são caracterizados por utilizar como punição a pena de detenção ou reclusão, de acordo com o artigo primeiro da Lei de introdução do Código Penal, diferentemente do artigo 28 da Lei de Drogas que não utiliza nenhuma dessas formas para punir o usuário de drogas, abancando então uma discussão acerca da sua natureza jurídica. Nasce, com isso, uma grande celeuma: tendo em vista que o art. 28 não mais continha pena privativa de liberdade, é possível afirmar que houve a descriminalização da conduta de portar drogas para consumo pessoal? Qual a natureza jurídica do art. 28? Para Cleber Masson (apud, Mello, 2017) o debate ultrapassa conjecturas meramente doutrinárias, uma vez que veicula implicações práticas. Visto que, aferindo os arts. 2º e 107 do Código Penal, sabe-se que uma abolitio criminis configura causa de extinção de punibilidade, operando a cessação da execução e dos efeitos penais da sentença condenatória, inclusive os secundários, como a reincidência e maus antecedentes. Em suma, três correntes surgiram a partir dessa discussão. A primeira delas, cujo maior expoente é o professor Luís Flávio Gomes, afirma que houve uma descriminalização formal da conduta de portar drogas para consumo pessoal, de modo que o art. 28 representaria uma infração penal sui generis, já que não se encaixaria no conceito de crime nem na definição de contravenção penal. Em outras palavras, a inovação trazida pela Lei de Drogas de 2006 retira o caráter criminoso do fato mas não retira do campo do direito penal (apud Mello, 2014). A segunda corrente, minoritária em comparação às demais, aproveita muito da tese anterior, mas vai além: defende ter havido uma descriminalização substancial, ou seja, houve um verdadeiro abolitio criminis, de modo que o art. 28 sequer faria parte do Direito Penal, da mesma forma que não integraria o Direito Administrativo, passando a pertencer ao Direito judicial sancionador, seja quando a sanção alternativa é fixada em transação penal, seja quando imposta em sentença final, no procedimento sumaríssimo da lei dos juizados (apud Mello, 2014). Por fim, a terceira posição, que é majoritária, assevera que o art. 28 ostenta status de crime, tendo ocorrido apenas uma despenalização, a qual pode ser caracterizada da seguinte forma: significa adotar processos ou medidas substitutivas ou alternativas, de natureza penal ou processual, que visam, sem rejeitar o caráter criminoso da conduta, dificultar, evitar ou restringir a aplicação da pena de prisão ou sua execução ou, pelo menos, sua redução. 2.2 DESPENALIZAÇÃO DO ART. 28, DA LEI /2006 O art. 28 da Lei nº /06 pune quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em

3 desacordo com determinação legal ou regulamentar. As penas consistem em advertência sobre os efeitos das drogas, prestação de serviços à comunidade e medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. Nota-se, portanto, que a posse de drogas para uso pessoal não resulta em nenhuma espécie de privação de liberdade, o que, desde a entrada em vigor da Lei nº /06, motiva discussões acerca da natureza jurídica da infração, isto é, se ainda permanece a natureza de infração penal ou se houve a descriminalização. No julgamento do RE /RJ, o STF reputou que a posse de drogas para consumo próprio mantém a natureza criminosa, diferindo das demais figuras delituosas apenas quanto às consequências, já que não se aplica pena privativa de liberdade. Ocorrência, pois, de despenalização, entendida como exclusão, para o tipo, das penas privativas de liberdade: POSSE DE DROGA PARA CONSUMO PESSOAL: (ART. 28 DA L /06 NOVA LEI DE DROGAS): NATUREZA JURÍDICA DE CRIME 1. O art. 1º da LICP que se limita a estabelecer um critério que permite distinguir quando se está diante de um crime ou de uma contravenção não obsta a que Lei ordinária superveniente adote outros critérios gerais de distinção, ou estabeleça para determinado crime como o fez o art. 28 da L /06 pena diversa da privação ou restrição da liberdade, a qual constitui somente uma das opções constitucionais passíveis de adoção pela Lei incriminadora (CF/88, art. 5º, XLVI e XLVII). 2. Não se pode, na interpretação da L /06, partir de um pressuposto desapreço do legislador pelo rigor técnico, que o teria levado inadvertidamente a incluir as infrações relativas ao usuário de drogas em um capítulo denominado Dos Crimes e das Penas, só a ele referentes. (L /06, Título III, Capítulo III, arts. 27/30). 3. Ao uso da expressão reincidência, também não se pode emprestar um sentido popular, especialmente porque, em linha de princípio, somente disposição expressa em contrário na L /06 afastaria a regra geral do C. Penal (C. Penal, art. 12). 4. Soma-se a tudo a previsão, como regra geral, ao processo de infrações atribuídas ao usuário de drogas, do rito estabelecido para os crimes de menor potencial ofensivo, possibilitando até mesmo a proposta de aplicação imediata da pena de que trata o art. 76 da L /95 (art. 48, 1º e 5º), bem como a disciplina da prescrição segundo as regras do art. 107 e seguintes do C. Penal (L , art. 30). 6. Ocorrência, pois, de despenalização, entendida como exclusão, para o tipo, das penas privativas de liberdade. 7. Questão de ordem resolvida no sentido de que a L /06 não implicou abolitio criminis (C. Penal, art. 107). II. Prescrição: Consumação, à vista do art. 30 da L /06, pelo decurso de mais de 2 anos dos fatos, sem qualquer causa interruptiva. III. Recurso extraordinário julgado prejudicado. O tribunal, contudo, julga atualmente o recurso extraordinário nº , no qual se discute a constitucionalidade do art. 28. Para Gilmar Mendes, as sanções descritas no dispositivo passam a ter caráter exclusivamente administrativo, pois a punição criminal estigmatiza o usuário e compromete medidas de prevenção e redução de danos, bem como gera uma punição desproporcional ao usuário, violando o direito à personalidade. Os ministros Roberto Barroso e Edson Fachin também consideraram inconstitucional a criminalização, mas limitaram seus votos à maconha, a que se referem os fatos tratados no recurso. O STJ tem seguido o mesmo entendimento firmado pelo STF no RE , isto é, considera que a conduta de posse de droga para uso pessoal mantém a natureza criminosa, apesar da despenalização promovida pela Lei nº /06. Reinaldo Daniel Moreira (apud Maluly, 2014) lembra que o Deputado Paulo Pimenta, relator do Projeto de Lei que deu origem ao diploma em apreço, claramente não deu a entender que o intuito da lei era a descriminalização do uso. Conclui o doutrinador:

4 Trata-se, de fato, o artigo 28 da Lei nº , de previsão singular no ordenamento secundário da descrição típica de penas distintas das privativas de liberdade e, de multa, medida de caráter nitidamente despenalizador. Contudo, ao que parece, este fator, por si só, não pode conduzir ao entendimento de que a conduta ali prevista fora descriminalizada (cf. Algumas considerações acerca da pretensa descriminalização do uso de entorpecentes pela Lei nº /2006, Boletim do IBCCrim nº 169, dezembro de 2006, apud Maluly, 2014). Dessa forma, não importando o argumento que se adote, a manutenção da classificação de crime ou adoção de uma terceira classificação pelo denominado sistema tripartido, a punição da conduta prevista no artigo 28 da Lei nº /06 somente com penas alternativas não retira o seu caráter criminoso, devendo-se falar, em verdade, na ocorrência de uma despenalização, em virtude do abrandamento das penas. 2.3 DESCRIMINALIZAÇÃO DO ART. 28, DA LEI /2006 Em contrapartida ao entendimento daqueles que defendem a despenalização do art. 28 da Lei /06, encontra-se parcela da doutrina que afirma que, na verdade, houve a descriminalização do art. 28 da Lei nº /06, posto que sua nova redação, não mais prevê pena restritiva de liberdade e multa, o que ocorria com sua versão anterior, dada pela revogada Lei nº 6.368/76. Assim, observa-se a relevante diferença entre os dois artigos, sendo o primeiro pertencente à revogada lei de drogas (Lei nº 6.368/76) e o segundo, atual redação dada pela Lei nº /06: Art. 16. Adquirir, guardar ou trazer consigo, para o uso próprio, substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena - Detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e pagamento de (vinte) a 50 (cinquenta) dias-multa. (BRASIL, 1976) Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas: I - advertência sobre os efeitos das drogas; II - prestação de serviços à comunidade; III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. 1º Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica. (...) (BRASIL, 2006) Como se percebe, a nova redação da tipificação penal somente pune o infrator por meio de penas alternativas, aplicando-se assim, advertência sobre os efeitos das drogas, prestação de serviços à comunidade, ou ainda, medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. Desta forma, em consequência à redação mais branda dada pela Lei /06 ao antigo tipo penal, parte da doutrina passou a sustentar o entendimento de que houve uma descriminalização formal da conduta, mesmo que a posse de droga para consumo pessoal não tenha sido legalizada. Tal posicionamento é liderado pelo jurista Luiz Flávio Gomes e fundamentado pelo disposto no art.1º da Lei de Introdução ao Código Penal, o qual define crime utilizando como critério o tipo de pena atribuída ao fato. Art 1º Considera-se crime a infração penal que a lei comina pena de reclusão ou de detenção, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente

5 com a pena de multa; contravenção, a infração penal a que a lei comina, isoladamente, pena de prisão simples ou de multa, ou ambas, alternativa ou cumulativamente. (BRASIL, 1941) Quanto ao conceito do que seria descriminalização, Gomes (2016), afirma que descriminalizar é retirar de algumas condutas o seu caráter de criminosas, e em consequência, o fato descrito na lei penal deixa de ser crime (deixa de ser infração penal). Acrescenta ainda, que a descriminalização pode ser dividida em duas espécies, sendo classificada como: a) "Descriminalização Penal", que "retira o caráter de ilícito penal da conduta, mas não a legaliza", e b) "Descriminalização Plena ou Total", a qual "afasta o caráter criminoso do fato e lhe legaliza totalmente". (GOMES, 2006, p.108). Do conceito apresentado pelo jurista, conclui-se que o mesmo entende haver uma descriminalização penal sobre o tipo descrito no art.28 da Lei de Drogas, vez que apesar de retirar o caráter de ilicitude da pena da conduta, não a legaliza. Concluindo, tem-se que o jurista entende: Ora, se legalmente (no Brasil) crime é a infração penal punida com reclusão ou detenção (quer isolada ou cumulativa ou alternativamente com multa), não há dúvida que a posse de droga para consumo pessoal (com a nova Lei) deixou de ser crime porque as sanções impostas para essa conduta (advertência, prestação de serviços a comunidade e comparecimento a programas educativos art. 28) não conduzem a nenhum tipo de prisão. Aliás justamente por isso, tampouco esta conduta passou a ser contravenção penal (que se caracteriza pela imposição de prisão simples ou multa). Em outras palavras: na nova Lei de drogas, no art.28, descriminalizou a conduta da posse de droga para consumo pessoal. Retirou-lhe a etiqueta de infração penal porque de modo algum permite a pena de prisão. E sem pena de prisão não se pode admitir a existência de infração penal no nosso país. (...) A posse de droga para consumo pessoal passou a configurar uma infração sui generis. (GOMES, 2006, p. 109). Outrossim, com base nos apontamentos do jurista Luiz Flávio Gomes, infere-se que ocorreu a descriminalização do art. 28, da lei /06, pois a conduta descrita não possui como punição o status de pena ou mesmo contravenção penal, ainda, que não tenha sido legalizada pelo legislador pátrio. 2.4 O RECURSO EXTRAORDINÁRIO /SP Além das controvérsias acima citadas, outro assunto muito questionado é acerca da inconstitucionalidade do art. 28 da Lei de Drogas, situação fática que enquanto não for devidamente resolvida implica em insegurança ao nosso ordenamento jurídico. Um posicionamento que vem se fortalecendo, o qual é defendido por inúmeros juristas, sustenta que houve a violação de princípios constitucionais, sendo os principais a dignidade da pessoa humana, a intimidade e a isonomia. Nesse âmbito, argumentam que, É hora de olhar para o tal art. 28: Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas (...). Transbordando a ação para terceiros, não há mais falar em consumo pessoal. Para a conformação típica, presume-se o isolamento dos efeitos da conduta no próprio agente. Todo o cenário contemplado no art. 28 pressupõe a não irradiação do fato para além da murada da vida privada, ambiente este que está protegido pelo inc. X do art. 5.º da CR, e, por isso, não pode ser objeto de criminalização. (GARCIA, s/d)

6 O que falta para finalizar as divergências acerca da inconstitucionalidade é o Julgamento do Recurso Extraordinário /SP, o qual foi interposto contra a prisão de Francisco Benedito de Souza, no ano de 2011, acusado de portar três gramas de maconha em sua marmita, sendo condenado pelo crime de posse de drogas previsto no art. 28 da Lei de Drogas. A sua defesa sustentou que tal criminalização viola o artigo 5º, X, da Constituição Federal de 1988, segundo o qual são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. Em contrapartida, houve a resposta do Ministério Público, o qual sustentou que o bem protegido pelo dispositivo é a saúde pública, pois a conduta do indivíduo que traz consigo drogas para uso próprio, contribui para a proliferação do vício na sociedade (RODRIGUES, 2016). Nessa linha, os adeptos de tal posicionamento justificam que a simples posse de entorpecentes coloca em perigo a saúde pública, tendo em vista o risco de difusão da droga, ademais, serve de fomento para o tráfico de drogas (COUTO; SILVA, 2015). O julgamento do Recurso iniciou somente no ano de 2015 pelo Supremo Tribunal Federal, e foi votado pelos ministros Gilmar Mendes, Edson Fachin e Roberto Barroso, sendo que os três votos deliberaram pela inconstitucionalidade do art. artigo 28 da Lei nº /06, porém cada voto com suas peculiaridades. O ministrou relator Gilmar Mendes pediu a descriminalização de todas as drogas e sustentou em seu voto que: É possível assentar que a criminalização do usuário restringe, em grau máximo, porém desnecessariamente, a garantia da intimidade, da vida privada e da autodeterminação, ao reprimir condutas que denotam, quando muito, autolesão, em detrimento de opções regulatórias de menor gravidade. Nesse contexto, resta evidenciada, também sob essa perspectiva, a inconstitucionalidade da norma impugnada, por violação ao princípio da proporcionalidade (MENDES, 2015). No que tange ao Ministro Edson Fachin, este optou por restringir seus votos apenas ao uso de maconha, pois esta era a droga portada pelo réu que originou e impulsionou o recurso em tela. Assim sendo, em virtude da complexidade inerente ao problema jurídico que está sob a análise do Supremo Tribunal Federal no presente recurso extraordinário, propõe-se estrita observância às balizas fáticas e jurídicas do caso concreto para a atuação da Corte em seara tão sensível: a definição sobre a constitucionalidade, ou não, da criminalização do porte unicamente de maconha para uso próprio em face de direitos fundamentais como a liberdade, autonomia e privacidade. E já em sua parte final, é importante destacar as seguintes deliberações do Ministro: Diante do exposto, voto pelo provimento parcial do recurso nos seguintes termos, para: (i) Declarar a inconstitucionalidade do art. 28 da Lei , sem redução de texto, específica para situação que, tal como se deu no caso concreto, apresente conduta que descrita no tipo legal tiver exclusivamente como objeto material a droga aqui em pauta; (ii) Manter, nos termos da atual legislação e regulamento, a proibição inclusive do uso e do porte para consumo pessoal de todas as demais drogas ilícitas (FACHIN, 2015). Por fim, o Ministro Roberto Barroso, votou de forma semelhante à Fachin, contudo, segundo Miguel de Almeida Rodrigues (2016), ele foi um pouco mais ousado, pois considerou ser importante a criação de critérios que diferenciem o consumo pessoal do tráfico, e definiu, de acordo com a legislação portuguesa, as quantidades mínimas que

7 definem se a destinação da droga é para uso pessoas (25 gramas de maconha e 6 plantas fêmeas). O processo, porém, está suspenso devido o pedido de vista feito pelo ministro Teori Zavascki, que lamentavelmente faleceu em janeiro de Agora só resta aguardar o voto do novo Ministro Alexandre de Moraes para que a situação seja finalmente concluída. 3. CONCLUSÕES O presente artigo buscou analisar a natureza jurídica do artigo 28, da atual lei de drogas, verificando se esse dispositivo tem caráter de despenalização, descriminalização ou em última instância, se este é o caso de um dispositivo inconstitucional. Concretiza-se a importância da reflexão dessa temática, visto que não há consenso doutrinário a respeito desse tipo penal, que permanece com sua natureza jurídica obscura até os dias de hoje, passados dez anos da publicação da lei /2006. Fato que levou ao STF o Recurso Extraordinário nº /SP, que - a par das reflexões sobre a despenalização ou descriminalização revela que o posicionamento dos Ministros pendem para o a lado de declarar inconstitucional o art. 28, da lei de drogas. Nesta senda, o Recurso Extraordinário nº /SP ainda precisa ser votado pelo Ministro Alexandre de Moraes, para que haja a finalização de seu julgamento. Entretanto, apesar de a corrente majoritária estabelecer que o art. 28 tem natureza de despenalização, pode-se inferir, de imediato, que o julgamento desse recurso extraordinário será decisivo para o aclaramento sobre a natureza jurídica do art. 28, da lei /2006, determinando a sua permanência ou possível exclusão da legislação penal, caso seja julgado pela sua inconstitucionalidade. REFERÊNCIAS ARAUJO PORTELA, André Luiz. DESCRIMINALIZAÇÃO OU DESPENALIZAÇÃO? In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XI, n. 49, jan Disponível em: < Acesso em out BRASIL. Constituição Federal, Disponível em: < >. Acesso em: 07 out Decreto Lei n /1941. Disponível em: < Acesso em: 05 out. de 2017;. Lei n /2006. Disponível em: < Acesso em: 05 out Lei n /1976. Disponível em: < Acesso em: 05 de outubro de 2017; BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Recurso Extraordinário n /rj. Relator: PERTENCE, Sepulveda. Publicado no DJ de p Disponível em Acesso em: out Supremo Tribunal Federal. Recurso Extraordinário. RE /SP. Primeira Turma. Relator (a): Gilmar Mendes. Brasília, 20 de agosto de Disponível em:

8 < Acesso em: 07 out Voto Min. Gilmar Mendes.. Supremo Tribunal Federal. Recurso Extraordinário. RE /SP. Primeira Turma. Relator (a): Gilmar Mendes. Brasília, 10 de setembro de Disponível em: < Acesso em: 07 out Voto Min. Edson Fachin. CABETTE, Eduardo Luiz Santos. O art. 28 da lei de drogas e a reincidência primeira parte. Disponível em: < Acesso em: 06 out CONAMP. Lei /06. A despenalização da posse de drogas para o consumo pessoal. Disponível em: < Acesso em: 06 out COUTO, Cleber; SILVA, Túlio Leno Góes. A (in)constitucionalidade do artigo 28 da Lei de Drogas. Disponível em: < https: //professorclebercouto.jusbrasil.com.br/artigos/ /a-in-constitucionalidade-do-artigo- 28-da-lei-de-drogas > Acesso em: 07 out CUNHA, Rogerio Sanches. OS EFEITOS DA CONDENAÇÃO PELA POSSE DE DROGAS PARA USO PRÓPRIO. In: Meu site jurídico.com. 11 de julho de < Acesso e out GARCIA, Roberto Soares. A inconstitucionalidade do art. 28 da Lei de Drogas. Disponível em: < A- inconstitucionalidade-do-art-28- da-lei-de-drogas > Acesso em: 07 out GOMES, Luiz Flávio, et al. (coord). Nova Lei de Drogas Comentada. São Paulo: Revista dos Tribunais, JUSBRASIL. A natureza jurídica da conduta incerta no art. 28 da lei de drogas: Apontamentos acerca dos institutos de despenalização e descriminalização. Disponível em: < Acesso em: 06 out MALULY, Jorge Assaf. Lei /06. A DESPENALIZAÇÃO DA POSSE DE DROGAS PARA O CONSUMO PESSOAL. In: CONAMP. 25 de novembro de < Acesso em: out MELLO, Bernardo de. DESCRIMINALIZAÇÃO OU DESPENALIZAÇÃO: O QUE ACONTECEU COM A CONDUTA DE PORTE DE DROGAS PARA CONSUMO PESSOAL? In: Direito diário. 11 de junho de < Acesso em: out 2017.

9 O que é redução de danos? In: Centro de convivência é de lei. Redução de danos sociais e à saúde associados ao uso de drogas < Acesso em: out RIBEIRO, Maurides de Melo. A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA POLÍTICA CRIMINAL E DA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA SOBRE DROGAS. In: Instituto Brasileiro de Ciências Criminais, Boletim n. 286 Setembro de < Acesso em: out RODRIGUES, Miguel de Almeida. INCONSTITUCIONALIDADE DO ARTIGO 28 DA LEI Nº /06. Disponível em: < Acesso em: 07 out SILVA, Rafael Damasceno Ferreira e. A LEI /06 E A NOVA POLÍTICA DE DROGAS NO BRASIL. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XI, n. 51, mar Disponível em:< _id=4852>. Acesso em out 2017.

DESCRIMINALIZAÇÃO DO PORTE DE DROGAS PARA O CONSUMO PESSOAL

DESCRIMINALIZAÇÃO DO PORTE DE DROGAS PARA O CONSUMO PESSOAL 1 DESCRIMINALIZAÇÃO DO PORTE DE DROGAS PARA O CONSUMO PESSOAL PINTO, R.C.S. Resumo: O presente resumo tem como objetivo discutir a descriminalização do porte de drogas para o consumo pessoal. Será apresentado

Leia mais

TEORIA GERAL DO DELITO PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES

TEORIA GERAL DO DELITO PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES TEORIA GERAL DO DELITO PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES 1 Introdução 1.1 - Infração penal no Brasil O Brasil é adepto do sistema dualista ou dicotômico, ou seja, divide a infração penal em duas espécies:

Leia mais

É uma norma Penal em branco, ou seja, é aquela que necessita da complementação de outra norma para ter eficácia.

É uma norma Penal em branco, ou seja, é aquela que necessita da complementação de outra norma para ter eficácia. LEI DE DROGAS 11.343/06 É uma norma Penal em branco, ou seja, é aquela que necessita da complementação de outra norma para ter eficácia. Art. 28 do CP Porte de Droga para uso próprio. São aplicadas as

Leia mais

Direito Penal. Curso de. Rogério Greco. Parte Geral. Volume I. Atualização. Arts. 1 o a 120 do CP

Direito Penal. Curso de. Rogério Greco. Parte Geral. Volume I. Atualização. Arts. 1 o a 120 do CP Rogério Greco Curso de Direito Penal Parte Geral Volume I Arts. 1 o a 120 do CP Atualização OBS: As páginas citadas são referentes à 14 a edição. A t u a l i z a ç ã o Página 187 Nota de rodapé n o 13

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 143.798 SÃO PAULO RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO PACTE.(S) : IMPTE.(S) :DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO ADV.(A/S) COATOR(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL :SUPERIOR

Leia mais

A DESCRIMINALIZAÇÃO DO USO DE DROGAS NO BRASIL E O PRINCÍPIO DA ALTERIDADE NO DIREITO PENAL BRASILEIRO: UMA DISCUSSÃO EXTREMAMENTE PERIGOSA

A DESCRIMINALIZAÇÃO DO USO DE DROGAS NO BRASIL E O PRINCÍPIO DA ALTERIDADE NO DIREITO PENAL BRASILEIRO: UMA DISCUSSÃO EXTREMAMENTE PERIGOSA A DESCRIMINALIZAÇÃO DO USO DE DROGAS NO BRASIL E O PRINCÍPIO DA ALTERIDADE NO DIREITO PENAL BRASILEIRO: UMA DISCUSSÃO EXTREMAMENTE PERIGOSA Guilherme Martins Barbatto PIVA 1 RESUMO: Busca-se através desse

Leia mais

NOVA LEI DE DROGAS: RETROATIVIDADE OU IRRETROATIVIDADE? (PRIMEIRA PARTE)

NOVA LEI DE DROGAS: RETROATIVIDADE OU IRRETROATIVIDADE? (PRIMEIRA PARTE) NOVA LEI DE DROGAS: RETROATIVIDADE OU IRRETROATIVIDADE? (PRIMEIRA PARTE) LUIZ FLÁVIO GOMES Doutor em Direito penal pela Faculdade de Direito da Universidade Complutense de Madri, Mestre em Direito penal

Leia mais

RELAÇÕES POSSÍVEIS ENTRE O ECA E A LEI /2006

RELAÇÕES POSSÍVEIS ENTRE O ECA E A LEI /2006 RELAÇÕES POSSÍVEIS ENTRE O ECA E A LEI 11.343/2006 LUCIANA LINERO Promotora de Justiça Centro de Apoio Operacional das Promotorias da Criança e do Adolescente MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ A política

Leia mais

Direito Processual Civil

Direito Processual Civil Direito Processual Civil Atualização 1: para ser juntada na pág. 736 do Livro Principais Julgados de 2016 Depois da conclusão do julgado "STJ. 4ª Turma. REsp 1.261.856/DF, Rel. Min. Marco Buzzi, julgado

Leia mais

A POLÊMICA ENTRE A DESCRIMINALIZAÇÃO E A DESPENALIZAÇÃO DAS CONDUTAS DO ART. 28 DA LEI /06 Fábio Borini MONTEIRO 1

A POLÊMICA ENTRE A DESCRIMINALIZAÇÃO E A DESPENALIZAÇÃO DAS CONDUTAS DO ART. 28 DA LEI /06 Fábio Borini MONTEIRO 1 A POLÊMICA ENTRE A DESCRIMINALIZAÇÃO E A DESPENALIZAÇÃO DAS CONDUTAS DO ART. 28 DA LEI 11.343/06 Fábio Borini MONTEIRO 1 RESUMO: Presente trabalho visa demonstrar um pouco da nova política criminal em

Leia mais

Pormenorizando a polêmica do mensalão e a Constituição Federal.

Pormenorizando a polêmica do mensalão e a Constituição Federal. Pormenorizando a polêmica do mensalão e a Constituição Federal. Devido às diversas dúvidas dos alunos sobre o tema, que com certeza será explorado nos concursos vindouros, este artigo tem o intuito de

Leia mais

DIREITO PENAL PREPARATÓRIO

DIREITO PENAL PREPARATÓRIO DIREITO PENAL PREPARATÓRIO WWW.EDUARDOFERNANDESADV.JUR.ADV.BR A INFRAÇÃO PENAL (CRIME EM SENTIDO AMPLO) NO BRASIL A INFRAÇÃO PENAL É DIV IDIDA EM CRIME OU CONTRAVENÇÃO. A DEFINIÇÃO LEGAL DE CRIME E CONTRAVENÇÃO

Leia mais

Direito Penal Princípios Emerson Castelo Branco Copyright. Curso Agora Eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor.

Direito Penal Princípios Emerson Castelo Branco Copyright. Curso Agora Eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. Direito Penal Princípios Emerson Castelo Branco 2012 Copyright. Curso Agora Eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. PRINCÍPIOS E CARACTERÍSTICAS DO DIREITO PENAL Reserva legal - Art. 1.º do CP

Leia mais

4 PODER LEGISLATIVO 4.1 PERDA DOS MANDATOS DOS PARLAMENTARES CONDENADOS CRIMINALMENTE 14, 3º, II,

4 PODER LEGISLATIVO 4.1 PERDA DOS MANDATOS DOS PARLAMENTARES CONDENADOS CRIMINALMENTE 14, 3º, II, 4 PODER LEGISLATIVO 4.1 PERDA DOS MANDATOS DOS PARLAMENTARES CONDENADOS CRIMINALMENTE Se uma pessoa perde ou tem suspensos seus direitos políticos, a consequência disso é que ela perderá o mandato eletivo

Leia mais

PROGRAMA DE DISCIPLINA

PROGRAMA DE DISCIPLINA PROGRAMA DE DISCIPLINA Disciplina: Direito Penal II Código da Disciplina: JUR 213 Curso: Direito Faculdade responsável: Direito Programa em vigência a partir de: Número de créditos: 04 Carga Horária total:

Leia mais

CONTROLE DIFUSO DE CONSTITUCIONALIDADE. O controle de constitucionalidade difuso está presente no ordenamento jurídico

CONTROLE DIFUSO DE CONSTITUCIONALIDADE. O controle de constitucionalidade difuso está presente no ordenamento jurídico CONTROLE DIFUSO DE CONSTITUCIONALIDADE O controle de constitucionalidade difuso está presente no ordenamento jurídico 1 brasileiro desde a Constituição Provisória da República de 1890, tendo como inspiração

Leia mais

Porte de drogas para uso próprio: a linha tênue em meio à autolesão e a lesão à Saúde Pública

Porte de drogas para uso próprio: a linha tênue em meio à autolesão e a lesão à Saúde Pública Porte de drogas para uso próprio: a linha tênue em meio à autolesão e a lesão à Saúde Pública Fábio Borba ANDRÉ 1 RESUMO: O presente trabalho pretende dissertar sobre o julgamento do Supremo Tribunal Federal

Leia mais

UNIVERSIDADE TIRADENTES UNIT NATUREZA JURÍDICA DO ART. 28 DA LEI ANTIDROGAS

UNIVERSIDADE TIRADENTES UNIT NATUREZA JURÍDICA DO ART. 28 DA LEI ANTIDROGAS UNIVERSIDADE TIRADENTES UNIT CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO TRABALHO DE CONCLUSAO DE CURSO- ARTIGO CIENTÍFICO NATUREZA JURÍDICA DO ART. 28 DA LEI ANTIDROGAS José Lucas da Luz Costa Prof. Márcia Maria Cavalcanti

Leia mais

Consumo de drogas: crime ou doença?

Consumo de drogas: crime ou doença? UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Consumo de drogas: crime ou doença? O debate jurídico sobre a Lei nº 11.343/06 Glauber Miguel Gonçalves Belo Horizonte 2010 Glauber Miguel Gonçalves Consumo de drogas:

Leia mais

ARTIGO: O controle incidental e o controle abstrato de normas

ARTIGO: O controle incidental e o controle abstrato de normas ARTIGO: O controle incidental e o controle abstrato de normas Luís Fernando de Souza Pastana 1 RESUMO: Nosso ordenamento jurídico estabelece a supremacia da Constituição Federal e, para que esta supremacia

Leia mais

Material de Apoio Prof. Fernando Tadeu Marques Apontamentos de Direito Penal. Da suspensão condicional da pena - Sursis (arts.

Material de Apoio Prof. Fernando Tadeu Marques Apontamentos de Direito Penal. Da suspensão condicional da pena - Sursis (arts. Da suspensão condicional da pena - Sursis (arts. 77 ao 82, CP) Conceito A suspensão condicional da pena, também conhecida por sursis, pode ser conceituada como a suspensão parcial da execução da pena privativa

Leia mais

Direito Penal. Imagine a seguinte situação adaptada: O juiz poderia ter feito isso?

Direito Penal. Imagine a seguinte situação adaptada: O juiz poderia ter feito isso? Direito Penal Atualização 2: para ser juntada na pág. 845 do Livro de 2013 2ª edição 31.9 A NATUREZA E A QUANTIDADE DA DROGA PODEM SER UTILIZADAS PARA AUMENTAR A PENA NO ART. 42 E TAMBÉM PARA AFASTAR O

Leia mais

DIREITO PENAL Retroatividade da lei Ultratividade da lei

DIREITO PENAL Retroatividade da lei Ultratividade da lei 1 -Aplicação da Lei Penal no Tempo ART. 1o do CP PRINCÍPIO DA LEGALIDADE PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL 2 - PRINCÍPIO DA LEGALIDADE Funções do Princípio da Legalidade: Proibir a

Leia mais

Resumos Gráficos de Direito Penal Parte Geral Vol. I

Resumos Gráficos de Direito Penal Parte Geral Vol. I Resumos Gráficos de Direito Penal Parte Geral Vol. I Arts. 1 o a 120 do Código Penal Atualização OBS: As páginas citadas neste arquivo são da 2 a edição. Pág. 148 Colocar novo item dentro dos destaques

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal Ementa e Acórdão Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6 20/04/2017 PLENÁRIO PERNAMBUCO RELATOR AGTE.(S) PROC.(A/S)(ES) AGDO.(A/S) ADV.(A/S) : MINISTRO PRESIDENTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 831.699 DISTRITO FEDERAL RELATORA RECTE.(S) : MIN. CÁRMEN LÚCIA :EDVALDO BORGES DE ARAÚJO ADV.(A/S) :ANTONIO DANIEL CUNHA RODRIGUES DE SOUZA E OUTRO(A/S) RECDO.(A/S) :CELIO

Leia mais

PONTO 1: Conflito Aparente de Normas PONTO 2: Teoria Geral do Crime PONTO 3: Conceitos de Crime PONTO 4: Do Fato Típico 1. CONFLITO APARENTE DE NORMAS

PONTO 1: Conflito Aparente de Normas PONTO 2: Teoria Geral do Crime PONTO 3: Conceitos de Crime PONTO 4: Do Fato Típico 1. CONFLITO APARENTE DE NORMAS 1 DIREITO PENAL DIREITO PENAL PONTO 1: Conflito Aparente de Normas PONTO 2: Teoria Geral do Crime PONTO 3: Conceitos de Crime PONTO 4: Do Fato Típico 1. CONFLITO APARENTE DE NORMAS 1.2 PRINCÍPIOS: A) PRINCÍPIO

Leia mais

30/06/2017 SEGUNDA TURMA

30/06/2017 SEGUNDA TURMA Ementa e Acórdão Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6 30/06/2017 SEGUNDA TURMA SANTA CATARINA RELATOR : MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) : DE MOURA FREITAG TRANSPORTE DE PASSAGEIRO LTDA ME ADV.(A/S) AGDO.(A/S)

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RELATOR RECORRENTE ADVOGADO RECORRIDO : MINISTRO RIBEIRO DANTAS : EMERSON SILVA RODRIGUES (PRESO) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO EMENTA PROCESSUAL

Leia mais

NOVA LEI DE DROGAS: RETROATIVIDADE OU IRRETROATIVIDADE? (SEGUNDA PARTE)

NOVA LEI DE DROGAS: RETROATIVIDADE OU IRRETROATIVIDADE? (SEGUNDA PARTE) NOVA LEI DE DROGAS: RETROATIVIDADE OU IRRETROATIVIDADE? (SEGUNDA PARTE) LUIZ FLÁVIO GOMES Doutor em Direito penal pela Faculdade de Direito da Universidade Complutense de Madri, Mestre em Direito penal

Leia mais

TEORIA GERAL DA PENA PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES

TEORIA GERAL DA PENA PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES TEORIA GERAL DA PENA PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES 1 - Conceito de Pena: Uma das espécies de sanção penal, ao lado da medida de segurança. É a resposta estatal consistente na privação ou restrição de um

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br As Mudanças Legais no Cultivo de Maconha Para Uso Próprio Thiago Lauria* 1 - Introdução O cultivo de substância entorpecente para uso próprio, em especial da maconha (por ser a hipótese

Leia mais

CÂMARA DOS DEPUTADOS COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA DESCRIMINALIZAÇÃO DO USO E POSSE DA MACONHA PARA CONSUMO PRÓPRIO

CÂMARA DOS DEPUTADOS COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA DESCRIMINALIZAÇÃO DO USO E POSSE DA MACONHA PARA CONSUMO PRÓPRIO CÂMARA DOS DEPUTADOS COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA DESCRIMINALIZAÇÃO DO USO E POSSE DA MACONHA PARA CONSUMO PRÓPRIO Salomão Rodrigues Filho Médico psiquiatra Conselheiro por Goiás do CFM DIMENSÃO

Leia mais

A SUPOSTA DESCRIMINALIZAÇÃO DO PORTE DE DROGAS PARA

A SUPOSTA DESCRIMINALIZAÇÃO DO PORTE DE DROGAS PARA CONSUMO PESSOAL 1 Daniela Corrêa 2 1 A SUPOSTA DESCRIMINALIZAÇÃO DO PORTE DE DROGAS PARA Raíssa Reis Pereira 3 Súmario: Introdução; 1. O art.28 da Lei 11.343/2006; 2. O principio da ofensividade e da insignificância

Leia mais

CURSO PROFESSOR ANDRESAN! CURSOS PARA CONCURSOS PROFESSORA SIMONE SCHROEDER

CURSO PROFESSOR ANDRESAN! CURSOS PARA CONCURSOS PROFESSORA SIMONE SCHROEDER CURSO PROFESSOR ANDRESAN! CURSOS PARA CONCURSOS PROFESSORA SIMONE SCHROEDER REGIME PENAL 1. Conforme entendimento do STF, a opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não constitui motivação

Leia mais

Aula 14. EMBARGOS INFRINGENTES E DE NULIDADE (art. 609, parágrafo único, CPP)

Aula 14. EMBARGOS INFRINGENTES E DE NULIDADE (art. 609, parágrafo único, CPP) Turma e Ano: Regular 2015 / Master B Matéria / Aula: Direito Processual Penal / Aula 14 Professor: Elisa Pittaro Monitora: Kelly Soraia Aula 14 EMBARGOS INFRINGENTES E DE NULIDADE (art. 609, parágrafo

Leia mais

Paulo Teixeira Deputado Federal PT/SP

Paulo Teixeira Deputado Federal PT/SP Paulo Teixeira Deputado Federal PT/SP Reformas legislativas na América Latina Política de Drogas no Brasil - proteção a Saúde Pública Entroncamento entre a Política Norte Americana de Guerra às Drogas

Leia mais

7/4/2014. Multa Qualificada. Paulo Caliendo. Multa Qualificada. Paulo Caliendo. + Sumário. Multa Qualificada. Responsabilidade dos Sócios

7/4/2014. Multa Qualificada. Paulo Caliendo. Multa Qualificada. Paulo Caliendo. + Sumário. Multa Qualificada. Responsabilidade dos Sócios + Multa Qualificada Paulo Caliendo Multa Qualificada Paulo Caliendo + Sumário Multa Qualificada Responsabilidade dos Sócios 1 + Importância da Definição: mudança de contexto Modelo Anterior Sentido Arrecadatório

Leia mais

TEMA 14: CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

TEMA 14: CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE TEMA 14: CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE EMENTÁRIO DE TEMAS: Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:. I - processar e julgar, originariamente:a)

Leia mais

11/09/2017 SEGUNDA TURMA : MIN. EDSON FACHIN NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA NO ESTADO DO PARANÁ - ASSINCRA/PR REFORMA AGRÁRIA - INCRA

11/09/2017 SEGUNDA TURMA : MIN. EDSON FACHIN NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA NO ESTADO DO PARANÁ - ASSINCRA/PR REFORMA AGRÁRIA - INCRA Ementa e Acórdão Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6 11/09/2017 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.035.724 RIO GRANDE DO SUL RELATOR AGTE.(S) ADV.(A/S) AGDO.(A/S) PROC.(A/S)(ES) : MIN.

Leia mais

RAZÕES PRAGMÁTICAS E JURÍDICAS PARA A NÃO CRIMINALIZAÇÃO DO PORTE DE MACONHA PARA CONSUMO PESSOAL

RAZÕES PRAGMÁTICAS E JURÍDICAS PARA A NÃO CRIMINALIZAÇÃO DO PORTE DE MACONHA PARA CONSUMO PESSOAL RAZÕES PRAGMÁTICAS E JURÍDICAS PARA A NÃO CRIMINALIZAÇÃO DO PORTE DE MACONHA PARA CONSUMO PESSOAL Luís Roberto Barroso I. INTRODUÇÃO 1. Vou procurar demonstrar nesses minutos que tenho para minha exposição

Leia mais

PROJETO DE LEI DO SENADO FEDERAL Nº, DE 2017

PROJETO DE LEI DO SENADO FEDERAL Nº, DE 2017 PROJETO DE LEI DO SENADO FEDERAL Nº, DE 2017 Altera a legislação relativa à extinção de punibilidade e penas para os crimes contra a ordem tributária, revogando os artigos 34 da Lei nº 9.249, de 26 de

Leia mais

Multa Qualificada. Paulo Caliendo. Paulo Caliendo

Multa Qualificada. Paulo Caliendo. Paulo Caliendo + Multa Qualificada Paulo Caliendo Multa Qualificada Paulo Caliendo + Importância da Definição: mudança de contexto Modelo Anterior Sentido Arrecadatório Modelo Atual Sentido repressor e punitivo Última

Leia mais

APLICAÇÃO DA SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO AOS CASOS DE USUÁRIOS DE DROGAS

APLICAÇÃO DA SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO AOS CASOS DE USUÁRIOS DE DROGAS APLICAÇÃO DA SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO AOS CASOS DE USUÁRIOS DE DROGAS * Paulo Henrique Machado Paiva ** Vânia Maria Bemfica Guimarães Pinto Coelho Resumo Não há maiores problemas quanto à aplicação

Leia mais

NATUREZA JURÍDICA DO ART. 28 DA LEI DE DROGAS

NATUREZA JURÍDICA DO ART. 28 DA LEI DE DROGAS NATUREZA JURÍDICA DO ART. 28 DA LEI DE DROGAS Eva Maira Cogo da Silva (G-UEMS) Rodrigo Cogo (UEMS) Resumo: O trabalho tem o objetivo de tratar da natureza jurídica do art. 28 da Lei de Drogas. Há posição

Leia mais

EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES DO EGRÉGIO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES DO EGRÉGIO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES DO EGRÉGIO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL RECURSO EXTRAORDINÁRIO Nº 635.659 SP Recorrente: Francisco Benedito de Souza Repres.: Defensoria Pública do Estado de São

Leia mais

PROCESSO PENAL 1. PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE. Reclusão e detenção está reservada para os crimes e a prisão simples para as contravenções.

PROCESSO PENAL 1. PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE. Reclusão e detenção está reservada para os crimes e a prisão simples para as contravenções. 1 PROCESSO PENAL PROCESSO PENAL PONTO 1: Pena Privativa de Liberdade PONTO 2: Princípio da Individualização da Pena PONTO 3: Individualização Judicial São três: a) Reclusão b) Detenção c) Prisão Simples

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Os limites constitucionais das sanções administrativas Alexandre Magno Fernandes Moreira Aguiar* É bem sabido que a missão fundamental de uma constituição é proteger os direitos

Leia mais

SUMÁRIO. ADI Nº 4.481/PR: ICMS GUERRA FISCAL E MODULAÇÃO Renata da Silveira Bilhim

SUMÁRIO. ADI Nº 4.481/PR: ICMS GUERRA FISCAL E MODULAÇÃO Renata da Silveira Bilhim SUMÁRIO ADI Nº 4.481/PR: ICMS GUERRA FISCAL E MODULAÇÃO... 19 Renata da Silveira Bilhim 1. INTRODUÇÃO... 19 2. APRESENTAÇÃO DA CONTROVÉRSIA... 20 3. A GUERRA FISCAL NO ICMS E A MODULAÇÃO DOS EFEITOS DAS

Leia mais

GABARITO PRINCÍPIOS PENAIS COMENTADO

GABARITO PRINCÍPIOS PENAIS COMENTADO GABARITO PRINCÍPIOS PENAIS COMENTADO 1 Qual das afirmações abaixo define corretamente o conceito do princípio da reserva legal? a) Não há crime sem lei que o defina; não há pena sem cominação legal. b)

Leia mais

CRÍTICAS À ALTERAÇÃO NO REGIMENTO INTERNO DO TST cancelamento de sustentações orais. Da Academia Nacional de Direito do Trabalho.

CRÍTICAS À ALTERAÇÃO NO REGIMENTO INTERNO DO TST cancelamento de sustentações orais. Da Academia Nacional de Direito do Trabalho. CRÍTICAS À ALTERAÇÃO NO REGIMENTO INTERNO DO TST cancelamento de sustentações orais. José Alberto Couto Maciel. Da Academia Nacional de Direito do Trabalho. O Tribunal Superior do Trabalho, em decisão

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Súmula 122 do Superior Tribunal de Justiça e competência para o julgamento de contravenções penais: uma análise à luz da jurisprudência dos Tribunais Superiores Alexandre Piccoli

Leia mais

11/09/2017 PRIMEIRA TURMA : MIN. ALEXANDRE DE MORAES PAULO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

11/09/2017 PRIMEIRA TURMA : MIN. ALEXANDRE DE MORAES PAULO TRIBUNAL DE JUSTIÇA Ementa e Acórdão Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 11/09/2017 PRIMEIRA TURMA RELATOR AGTE.(S) ADV.(A/S) AGDO.(A/S) : MIN. ALEXANDRE DE MORAES :RODRIGO DE OLIVEIRA E FRANÇA :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL

Leia mais

PEDIDO DE FISCALIZAÇÃO DA CONSTITUCIONALIDADE

PEDIDO DE FISCALIZAÇÃO DA CONSTITUCIONALIDADE PEDIDO DE FISCALIZAÇÃO DA CONSTITUCIONALIDADE Meritíssimo Conselheiro Presidente do Tribunal Constitucional PEDIDO DE FISCALIZAÇÃO DA CONSTITUCIONALIDADE: R-2353/94 (A6) DATA: 1999-09-30 Assunto: Efeito

Leia mais

06/10/2017 SEGUNDA TURMA : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI

06/10/2017 SEGUNDA TURMA : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI Ementa e Acórdão Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6 06/10/2017 SEGUNDA TURMA 1.038.662 SÃO PAULO RELATOR AGTE.(S) AGDO.(A/S) : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI :RICARDO VIEIRA GARCIA :WALTER CENEVIVA :MARCIA

Leia mais

EDITAL Nº 18/2011 01* 01* OBS: O professor ao se inscrever deverá ter disponibilidade nos turnos indicados.

EDITAL Nº 18/2011 01* 01* OBS: O professor ao se inscrever deverá ter disponibilidade nos turnos indicados. EDITAL Nº 18/2011 Processo Seletivo de Docentes da Estácio FIC 2011. A DIRETORA GERAL da Faculdade Estácio do Ceará - Estácio FIC, no uso de suas atribuições e regimentais, torna pública a abertura de

Leia mais

TURMA RECURSAL ÚNICA J. S. Fagundes Cunha Presidente Relator

TURMA RECURSAL ÚNICA J. S. Fagundes Cunha Presidente Relator RECURSO DE APELAÇÃO nº 2006.0003066-4/0, DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA DE FAXINAL Recorrente...: VILSON RODRIGUES Recorrido...: MINISTÉRIO PÚBLICO Relator...: J. S. FAGUNDES CUNHA RECURSO DE

Leia mais

29/09/2017 SEGUNDA TURMA : MIN. GILMAR MENDES (29179/SC OAB)

29/09/2017 SEGUNDA TURMA : MIN. GILMAR MENDES (29179/SC OAB) Ementa e Acórdão Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6 29/09/2017 SEGUNDA TURMA SANTA CATARINA RELATOR AGTE.(S) PROC.(A/S)(ES) AGDO.(A/S) ADV.(A/S) : MIN. GILMAR MENDES :ESTADO DE SANTA CATARINA :PROCURADOR-GERAL

Leia mais

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL Nº 25.662/CS HABEAS CORPUS N. 135.921 SANTA CATARINA IMPETRANTE: EUNICE ANISETE DE SOUZA TRAJANO E OUTRO(A/S) PACIENTE: PEDRO FERNANDES GUERREIRO JUNIOR COATOR: SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA RELATORA: MINISTRA

Leia mais

PONTO 1: Teoria Geral da Sanção Penal PONTO 2: Penas Restritivas de Direito 1. TEORIA GERAL DA SANÇÃO PENAL

PONTO 1: Teoria Geral da Sanção Penal PONTO 2: Penas Restritivas de Direito 1. TEORIA GERAL DA SANÇÃO PENAL 1 PROCESSO PENAL PONTO 1: Teoria Geral da Sanção Penal PONTO 2: Penas Restritivas de Direito 1.1 Sanções penais: 1. TEORIA GERAL DA SANÇÃO PENAL * Penas: a) Pena Privativa de Liberdade b) Pena Restritiva

Leia mais

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI N , DE VOTO EM SEPARADO (Do. Sr. Deputado Fausto Pinato)

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI N , DE VOTO EM SEPARADO (Do. Sr. Deputado Fausto Pinato) Autor: Deputados ANTONIO CARLOS MENDES THAME e outros. Relator: Deputado ONYX LORENZONI VOTO EM SEPARADO (Do. Sr. Deputado Fausto Pinato) No dia 09/11/2016, o Deputado Onyx Lorenzoni apresentou seu relatório

Leia mais

Normas constitucionais criminalizadoras. Alberto Silva Franco. Desembargador aposentado do Tribunal de Justiça de São Paulo

Normas constitucionais criminalizadoras. Alberto Silva Franco. Desembargador aposentado do Tribunal de Justiça de São Paulo Normas constitucionais criminalizadoras Alberto Silva Franco Desembargador aposentado do Tribunal de Justiça de São Paulo FRANCO, Alberto Silva. Normas constitucionais criminalizadoras. Boletim IBCCRIM,

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AGRAVADO ADVOGADO INTERES. : JOSÉ MEIRELLES FILHO E OUTRO(S) - SP086246 : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO EMENTA PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO PROVISÓRIA

Leia mais

21/08/2017 SEGUNDA TURMA : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI

21/08/2017 SEGUNDA TURMA : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI Ementa e Acórdão Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5 RELATOR AGTE.(S) ADV.(A/S) AGDO.(A/S) PROC.(A/S)(ES) : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI :IVO ROGÉRIO DOS SANTOS : CARLOS BERKENBROCK E OUTRO(A/S) :INSTITUTO

Leia mais

ATUALIZAÇÕES LEI ANTIDROGAS CRIME CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA CRIMES DE TRÂNSITO

ATUALIZAÇÕES LEI ANTIDROGAS CRIME CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA CRIMES DE TRÂNSITO ATUALIZAÇÕES LEI ANTIDROGAS CRIME CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA CRIMES DE TRÂNSITO CAPÍTULO 11 LEI ANTIDROGAS ATUALIZAÇÕES E NOVIDADES Com relação ao princípio da insignificância, o Plenário do STF entendeu

Leia mais

Conteúdo Edital PMGO

Conteúdo Edital PMGO Direito Penal Parte Geral Professor Samuel Silva Conteúdo Edital PMGO 1. Princípios constitucionais do Direito Penal. 2. A lei penal no tempo. A lei penal no espaço. Interpretação da lei penal. 3. Infração

Leia mais

DIREITOS HUMANOS E A CONSTITUIÇÃO

DIREITOS HUMANOS E A CONSTITUIÇÃO DIREITOS HUMANOS E A CONSTITUIÇÃO Aula 06 NOS CAPÍTULOS ANTERIORES... Identificamos a evolução histórica dos direitos humanos Direitos Humanos Direitos fundamentais Geração x Dimensões Documentos Históricos

Leia mais

Curso de Processo Penal Eugênio Pacelli 20ª edição NOTA DO AUTOR

Curso de Processo Penal Eugênio Pacelli 20ª edição NOTA DO AUTOR NOTA DO AUTOR Em nossa edição mais recente do Curso de Processo Penal (20ª), defendemos que as recentes alterações nos procedimentos do Recurso Extraordinário e do Recurso Especial promovidas pelo novo

Leia mais

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N o 2.379, DE 2006 (MENSAGEM N o 20, de 2006) Aprova o texto do Tratado sobre Extradição entre o Governo da República Federativa

Leia mais

Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Revisão Criminal. Gustavo Badaró aula de

Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Revisão Criminal. Gustavo Badaró aula de Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Revisão Criminal Gustavo Badaró aula de 10.11.2015 PLANO DA AULA 1. Noções gerais 2. Condições da ação 3. Pressupostos processuais 4. Procedimento 1. NOÇÕES

Leia mais

Execução provisória da pena e a prescrição. César Dario Mariano da Silva. Promotor de Justiça/SP

Execução provisória da pena e a prescrição. César Dario Mariano da Silva. Promotor de Justiça/SP Execução provisória da pena e a prescrição César Dario Mariano da Silva Promotor de Justiça/SP Muitas questões jurídicas surgirão com a recente decisão do Supremo Tribunal Federal de flexibilizar o princípio

Leia mais

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE As normas elaboradas pelo Poder Constituinte Originário são colocadas acima de todas as outras manifestações de direito. A própria Constituição Federal determina um procedimento

Leia mais

JF CONVOCADO ANTONIO HENRIQUE CORREA DA SILVA em substituição ao Desembargador Federal PAULO ESPIRITO SANTO

JF CONVOCADO ANTONIO HENRIQUE CORREA DA SILVA em substituição ao Desembargador Federal PAULO ESPIRITO SANTO Apelação Cível - Turma Especialidade I - Penal, Previdenciário e Propriedade Industrial Nº CNJ : 0101807-06.2014.4.02.5101 (2014.51.01.101807-8) RELATOR JF CONVOCADO ANTONIO HENRIQUE CORREA DA SILVA em

Leia mais

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHEIRO MACHADO. Secretaria Municipal da Administração

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHEIRO MACHADO. Secretaria Municipal da Administração PROJETO DE LEI Nº 42, DE 21 DE OUTUBRO DE 2015 Determina medidas a serem adotadas e estabelece a penalidades, na esfera municipal, por venda de bebidas alcoólicas para menores de dezoito anos Art. 1º Fica

Leia mais

PROJETO DE LEI N o 94, DE 2007

PROJETO DE LEI N o 94, DE 2007 PROJETO DE LEI N o 94, DE 2007 Dá nova redação ao art. 288 do Decreto-lei nº 2.848, de 07 de dezembro de 1940, Código Penal. Autor: Deputado NEILTON MULIM Relator: Deputado PINTO ITAMARATY I - RELATÓRIO

Leia mais

Direito Constitucional

Direito Constitucional Barbara Rosa Direito Constitucional Recurso Especial e Extraordinário RECURSO ESPECIAL: Competência do STJ. Art. 104, III da CF. RECURSO EXTRAORDINÁRIO: Competência do STF. Art. 102, III da CF. RECURSO

Leia mais

LIVRAMENTO CONDICIONAL

LIVRAMENTO CONDICIONAL LIVRAMENTO CONDICIONAL Arts. 83 a 90 do CP e 131 e s. da LEP. Consagrado no CP de 1890, mas com efetiva aplicação pelo Decreto 16.665 de 1924. É mais uma tentativa de diminuir os efeitos negativos da prisão.

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça EMENTA ACÓRDÃO PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO PROVISÓRIA DA PENA RESTRITIVA DE DIREITOS. IMPOSSIBILIDADE. ART. 147 DA LEP EM VIGÊNCIA. AGRAVO NÃO PROVIDO. 1.

Leia mais

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA RECURSO Nº 107, DE 2015

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA RECURSO Nº 107, DE 2015 COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA RECURSO Nº 107, DE 2015 (Apensos: Recurso nº 108/2015; Recurso nº 114/2016 e Recurso nº 144/2016) Recorre da decisão do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar

Leia mais

Controle da Constitucionalidade

Controle da Constitucionalidade Controle da Constitucionalidade Cláusula de Reserva de Plenário ou da full bench(plenário): Art. 97 e 93, XI Maioria absoluta da totalidade dos membros do tribunal ou, onde houver, dos integrantes do respectivo

Leia mais

MODELO DE RAZÕES DE RECURSO - QUESTÃO n CADERNO A - PROVA - Soldado PMMG

MODELO DE RAZÕES DE RECURSO - QUESTÃO n CADERNO A - PROVA - Soldado PMMG MODELO DE RAZÕES DE RECURSO - QUESTÃO n. 16 - CADERNO A - PROVA - Soldado PMMG À DIRETORIA DE RECURSOS HUMANOS CENTRO DE RECRUTAMENTO E SELEÇÃO Recurso relativo a questão n. 16 (caderno A ) da prova de

Leia mais

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROJETO DE LEI N o 3.923, DE 2004 Introduz artigo 281-A ao Código Penal Brasileiro Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de Dezembro de 1940. Autor: Deputado Luiz

Leia mais

Ponto 13 do plano de ensino. Efeitos da condenação: secundários; penais e extrapenais genéricos e específicos. Reabilitação. Reincidência.

Ponto 13 do plano de ensino. Efeitos da condenação: secundários; penais e extrapenais genéricos e específicos. Reabilitação. Reincidência. Ponto 13 do plano de ensino Efeitos da condenação: secundários; penais e extrapenais genéricos e específicos. Reabilitação. Reincidência. Efeitos da Condenação Art. 91/92 Condenação 1 Efeitos da Condenação

Leia mais

O Artigo 98 do CTN Comentários sobre o dispositivo que nunca deveria ter existido

O Artigo 98 do CTN Comentários sobre o dispositivo que nunca deveria ter existido 13/10/2016 O Artigo 98 do CTN Comentários sobre o dispositivo que nunca deveria ter existido Sergio André Rocha sergio.andre@sarocha.com.br www.sarocha.com.br O Artigo 98 do CTN foi Consequência de um

Leia mais

A EXCLUSÃO DE ICMS, ISS, PIS E COFINS DA BASE DE CÁLCULO DA CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE A RECEITA BRUTA. Rafael Bello Zimath OAB/SC 18.

A EXCLUSÃO DE ICMS, ISS, PIS E COFINS DA BASE DE CÁLCULO DA CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE A RECEITA BRUTA. Rafael Bello Zimath OAB/SC 18. A EXCLUSÃO DE ICMS, ISS, PIS E COFINS DA BASE DE CÁLCULO DA CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE A Rafael Bello Zimath OAB/SC 18.311 2. Elementos Essenciais da Contribuição Previdenciária sobre a Receita

Leia mais

23/09/2016 SEGUNDA TURMA : MIN. DIAS TOFFOLI EMENTA

23/09/2016 SEGUNDA TURMA : MIN. DIAS TOFFOLI EMENTA Ementa e Acórdão Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 23/09/2016 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 972.904 SÃO PAULO RELATOR AGTE.(S) PROC.(A/S)(ES) AGDO.(A/S) ADV.(A/S) : MIN.

Leia mais

CONDUÇÃO SOB INFLUÊNCIA DE ÁLCOOL EXCLUSÃO DE COBERTURA

CONDUÇÃO SOB INFLUÊNCIA DE ÁLCOOL EXCLUSÃO DE COBERTURA CONDUÇÃO SOB INFLUÊNCIA DE ÁLCOOL EXCLUSÃO DE COBERTURA Contrato de Seguro QUALQUER QUANTIDADE DE ÁLCOOL NEXO CAUSAL Perda de Direitos Contrato de seguro Contrato de seguro EXAME DE SANGUE BAFÔMETRO EXAME

Leia mais

Material de Apoio Prof. Fernando Tadeu Marques Apontamentos de Direito Penal

Material de Apoio Prof. Fernando Tadeu Marques Apontamentos de Direito Penal DAS PENAS FINALIDADES DA PENA Por que punir? O que é pena? O que se entende por pena justa? Teorias sobre as finalidades da pena: 1) Absolutas: a finalidade da pena é eminentemente retributiva. A pena

Leia mais

Das Penas Parte IV. Aula 4

Das Penas Parte IV. Aula 4 Das Penas Parte IV Aula 4 PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO Art 44 - As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade [...] Conceito Elas perfazem uma espécie de pena,

Leia mais

1. CONTINUAÇÃO TUTELA ANTECIPADA. Responsabilidade civil pela concessão de efeitos antecipatórios:

1. CONTINUAÇÃO TUTELA ANTECIPADA. Responsabilidade civil pela concessão de efeitos antecipatórios: 1 PROCESSO CIVIL PONTO 1: Continuação Tutela Antecipada PONTO 2: Tutela Antecipada da Parcela Incontroversa PONTO 3: Tutela Antecipada Específica PONTO 4: Medidas Coercitivas 1. CONTINUAÇÃO TUTELA ANTECIPADA

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Crimes hediondos anteriores à Lei 11.464/2007: progressão de regime após cumprimento de um sexto da pena - parte I Luiz Flávio Gomes * No nosso livro Direito penal-pg, v. 2 (L.F.

Leia mais

Ponto 8 do plano de ensino. Medidas de segurança:

Ponto 8 do plano de ensino. Medidas de segurança: Ponto 8 do plano de ensino Medidas de segurança: Conceito, natureza, sistemas, pressupostos, espécies, duração, locais de internação e tratamento, duração, exame de verificação de cessação de periculosidade,

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Vigência e validade da lei Luiz Flávio Gomes * O Estado constitucional e democrático de Direito, que é muito mais complexo e garantista que o antigo Estado de Direito, caracteriza-se

Leia mais

Interpretação e integração da lei penal Interpretação...11

Interpretação e integração da lei penal Interpretação...11 Sumário Notas Preliminares Finalidade do Direito Penal...2 Bens que podem ser protegidos pelo Direito Penal...2 Códigos do Brasil...3 Código Penal atual...3 Direito Penal...3 Garantismo...3 Garantias...4

Leia mais

Parte Geral ALEXANDRE ARARIPE MARINHO ANDRÉ GUILHERME TAVARES DE FREITAS. 3. a edição revista, atualizada e ampliada STJ

Parte Geral ALEXANDRE ARARIPE MARINHO ANDRÉ GUILHERME TAVARES DE FREITAS. 3. a edição revista, atualizada e ampliada STJ ALEXANDRE ARARIPE MARINHO ANDRÉ GUILHERME TAVARES DE FREITAS I Parte Geral 3. a edição revista, atualizada e ampliada THOMSON REUTERS REVISTADOS TRIBUNAIS'" MANUAL DE DIREITO PENAL PARTE GERAL 3. a edição

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal RECURSO EXTRAORDINÁRIO 769.059 SANTA CATARINA RELATORA RECTE.(S) ADV.(A/S) RECDO.(A/S) PROC.(A/S)(ES) : MIN. CÁRMEN LÚCIA :SUPERMERCADOS XANDE LTDA : JULIANO GOMES GARCIA E OUTRO(A/S) :UNIÃO :PROCURADOR-GERAL

Leia mais

Esses, em síntese, os fatos de interesse.

Esses, em síntese, os fatos de interesse. Nº 600414/2016 ASJCIV/SAJ/PGR Relator: Ministro Marco Aurélio Autora: União Réu: Consulado Geral da França no Rio de Janeiro CONSTITUCIONAL E INTERNACIONAL. AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA. EXECUÇÃO FISCAL CONTRA

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal Ementa e Acórdão Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5 RELATOR AGTE.(S) AGDO.(A/S) : MIN. ROBERTO BARROSO :MÓVEIS SANDRIN LTDA : ALESSANDRO MAMBRINI E OUTRO(A/S) :LUCIANA FERNANDES SOARES :ROBERTO BERNARDES

Leia mais