DISCURSO DO PRESIDENTE DO TRIBUNAL ADMINISTRATIVO POR OCASIÃO DA ABERTURA DO IV SEMINÁRIO DA OISC-CPLP. Digníssima Procuradora-Geral da República,

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1 DISCURSO DO PRESIDENTE DO TRIBUNAL ADMINISTRATIVO POR OCASIÃO DA ABERTURA DO IV SEMINÁRIO DA OISC-CPLP Venerandos Juízes Conselheiros Presidentes dos Tribunais de Contas da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Excelências; Digníssima Procuradora-Geral da República, Senhor Provedor de Justiça, Senhor Antigo Presidente do Tribunal Administrativo, Senhores Membros do Conselho de Ministros, Excelências; Senhor Presidente da Comissão do Plano e Finanças da Assembleia da República, Senhora Governadora da Cidade de Maputo, Senhor Presidente do Concelho Municipal da Cidade de 1

2 Maputo, Senhor Wessel Pretorius, Secretário Executivo da AFROSAI-E; Senhor Secretário-Geral do Tribunal Administrativo; Caros parceiros de cooperação, Ilustres parceiros da Comunicação Social, Todo o protocolo observado; Minhas Senhoras, Meus Senhores; de bom grado, manifestar aqui, em meu nome pessoal e em representação do Tribunal Administrativo, saudações e reconhecimento aos que nos honram com a sua presença nesta sala, em especial aos que vêm de longe para nos trazer os seus saberes a este Seminário, aos moderadores nas diversas mesas e painéis de debate e aos patrocinadores e apoiantes do Seminário que hoje inicia. Neste contexto, permito-me, de modo especial, expressar as minhas calorosas saudações aos estimados Presidentes e Chefes de Delegações dos Tribunais de Contas dos Países Africanos de Língua Portuguesa e respectivos membros, por nos honrarem com a sua presença neste evento, disponibilizando-se para, connosco, partilhar os seus inesgotáveis conhecimentos 2

3 sobre as matérias que ao longo destes dois dias teremos a oportunidade de abordar. Saúdo, igualmente, Sua Excelência o Sr. Ministro Walton Alencar Rodrigues, digno Secretário-Geral da nossa Organização, a OISC-CPLP, pelo seu impulsionador e inestimável empenho pessoal que colocou nesta empreitada para que tivéssemos a oportunidade de, nesta Cidade das Acácias, à beira do Índico plantada, podermos acolher este IV Seminário da Organização das Instituições Supremas de Controlo da CPLP. Esta saudação é extensiva às insignes individualidades nacionais e estrangeiras, por disponibilizarem um fragmento do seu inestimável tempo, sabido o quão apertada tem sido as suas agendas, para connosco testemunharem a abertura deste evento que junta instituições de países com quem partilhamos traços linguísticos identitários e, por consequência, uma natural proximidade. Uma palavra também de muito apreço vai para os nossos parceiros internos e externos, com cujo apoio contamos no processo de preparação deste evento que aqui nos junta, tomando a liberdade de destacar o Governo moçambicano e a comunidade de doadores que connosco coopera e hoje se faz representar nesta sala. Minhas senhoras e meus senhores, com enorme satisfação que o Tribunal Administrativo acolhe, em Maputo, o IV Seminário da OISC-CPLP, que 3

4 decorre num momento de grande significado histórico para Moçambique, pois o nosso País celebra nesta quadra, já amanhã, o 55.º Aniversário do Massacre de Mueda, na Vila Municipal de Mueda, Província de Cabo Delgado, e a 25 de Junho próximo, o Quadragésimo Aniversário da nossa Independência. Ter entre nós, no nosso solo pátrio, representantes de países irmãos, é motivo de inqualificável regozijo e júbilo. Este nosso Seminário ocorre também num período em que a nossa Organização completa 20 anos da sua existência, que teve o seu dealbar formal em 1995, com a assinatura do Memorando de Entendimento entre os representantes das Instituições Supremas de Controlo dos países falantes de língua portuguesa, antecedendose mesmo à implantação da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP), que viria a ser criada em Como podem imaginar, é demasiada responsabilidade acolher um evento desta natureza, no meio de efemérides de tamanha importância, como as que acabei de enunciar. Porém, contamos com a colaboração dos distintos participantes para fazermos com que no final destes dois dias possamos dizer, alto e bom som, que valeu a pena termos subtraído este fundo de tempo aos outros também importantes afazeres que deixamos de cumprir, em benefício da nossa participação neste Seminário. Depois de, em 1997 e em 2006, termos hospedado o Terceiro Encontro da OISC-CPLP e a IV Assembleia Geral 4

5 desta Organização, respectivamente, esta constitui a terceira ocasião que é dada a Moçambique para albergar uma reunião que aglomera a família dos Tribunais de Contas da CPLP, mas desta vez com a roupagem de Seminário, que contabiliza já a sua quarta edição. Este Seminário, subordinado ao tema A aplicação do SAI-PMF pelas ISC: conceitos, benefícios e desafios, tem em vista disseminar ao nível das nossas instituições uma ferramenta de avaliação que paulatinamente vai sendo introduzida na comunidade das instituições supremas de controlo. Com efeito, como já é do conhecimento geral, o SAI- PMF, sigla em língua inglesa para designar o Instrumento de Medição de Desempenho para as Instituições Supremas de Controlo, é um instrumento desenvolvido pela Organização Internacional das Instituições Supremas de Controlo (INTOSAI), com base nas normas e padrões internacionais para as instituições supremas de controlo (ISSAIs) e outras boas práticas internacionais, que visa proporcionar uma base de avaliação objectiva às ISCs, fundamentalmente sobre a sua capacidade de assegurar o controlo externo das despesas públicas, contribuindo dessa forma para a gestão sólida das finanças públicas, prestação de contas, responsabilização, boa governação e esforços para o combate à corrupção. Distintos participantes, Minhas Senhoras, meus senhores 5

6 Como prelúdio ao Seminário que hoje iniciámos, tivemos a ocasião de proporcionar, na semana finda, uma acção de formação sobre o SAI-PMF, a técnicos dos Tribunais de Contas dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa e de Timor Leste, sob os auspícios da OISC-CPLP e do Projecto para Reforço das Competências Técnicas e Funcionais de Instituições Supremas de Controlo, Parlamentos Nacionais e Sociedade Civil para o Controlo das Finanças Públicas nos PALOP e em Timor Leste, vulgo PRO PALOP-TL ISC e com apoio da União Europeia. Esta acção teve em vista capacitar os técnicos, por via da troca de experiências e utilização de metodologias de facilitação e aprendizagem entre pares, permitindo o reforço do conhecimento prático e aplicado, o domínio eficaz das técnicas de avaliação, do diagnóstico de capacidades e a planificação estratégica das nossas instituições. Por esta razão, permitam-me que sublinhe, mais uma vez, o papel de capital importância que tem sido jogado pela nossa Organização para o fomento do desenvolvimento e aperfeiçoamento das nossas instituições, pois, diferentemente do que se possa pensar, a acção de formação realizada não constituiu uma actividade espontânea e isolada, mas sim se encaixa no quadro do programa de acção da OISC-CPLP para 2015, para a promoção da cooperação interinstitucional. Caros participantes e ilustres convidados, 6

7 Afigura-se-nos que, feita a saudação, importa ganhar tempo e passarmos para o intróito do presente Seminário, cujo foro apropriado são as salas de trabalho deste magnífico local que acolhe o nosso evento, que espera receber as enriquecedoras contribuições na palestra e nos debates que se seguirão. A terminar, permitam-me que renove os meus votos de boas-vindas à vossa casa e de boa estadia a todas as delegações, e espero que os nossos trabalhos tenham êxito, pelo que declaro aberto o IV Seminário da Organização das Instituições Supremas de Controlo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Muito Obrigado! Maputo, 15 de Junho de