CORPOS TRANS NA EDUCAÇÃO E O CONCEITO DE ANORMAL

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1 CORPOS TRANS NA EDUCAÇÃO E O CONCEITO DE ANORMAL Helma de Melo Cardoso 1 Alfrancio Ferreira Dias 2 Danilo A. de Oliveira 3 Resumo: Este artigo tem como objetivo realizar um debate teórico a cerca do conceito de anormalidade e a relação com a transexualidade, principalmente durante a escolarização. O conceito de anormal, trazido por Foucault, surgiu em meio a um debate jurídico e penal e depois se encaminhou para a psiquiatrização do desejo e da sexualidade, já no fim do séc. XIX. Ele também resgata um conceito de monstro como aquele que viola não só as leis da sociedade como as da natureza. Essa noção de monstro e de anormal tem estreita relação com a ideia de Miskolci (2015) sobre abjeção, ou seja, algo que é poluidor, nauseante, que causa horror ou repulsa. Essa lógica da abjeção opera de maneira que as pessoas buscam extirpar o que é considerado socialmente anormal, como os corpos trans (travestis, transexuais e trangêneros). Nesse processo, de normalização do gênero, a escola é uma das instituições responsáveis pela manutenção de culturas hegemônicas na sociedade, local em que as normas, de se constituírem homens e mulheres são naturalizadas, segundo as quais tudo que se afasta do modelo é considerado anormal; dessa forma, as práticas anormais, como a transexualidade, vão sendo colocadas à margem. A partir dessa ideia, é possível entender como surge a violência contra aqueles que tornam explícita a instabilidade do gênero, onde a experiência de abjeção é decorrente do julgamento dos corpos que rompem padrões normativos de gênero. Palavras-chave: Transexualidade, anormalidade, gênero. Neste artigo o objeto está imerso no contexto em que circulam discursos hegemônicos quanto às questões ligadas à sexualidade como a lógica do binarismo dos corpos: homem-mulher, segundo a qual tudo que se afasta do modelo é considerado anormal; as práticas anormais, como a transexualidade, são colocadas à margem. O objetivo deste trabalho é realizar um debate teórico a cerca do conceito de anormalidade e a relação com a transexualidade, principalmente durante a escolarização. O conceito de anormal é trazido por Foucault (2010), que afirma que essa noção surgiu em meio a um debate jurídico e penal e depois se encaminhou para a psiquiatrização do desejo e da sexualidade, já no fim do séc. XIX. Ele também traz um conceito de monstro como aquele que constitui (...) em sua existência mesma e em sua forma, não apenas uma violação das leis da sociedade, mas uma violação das leis da natureza (2010, p. 47). O monstro humano combina o impossível com o proibido e, durante boa parte do período medieval, serve como modelo 1 Doutoranda em educação, Universidade Federal de Sergipe, Aracaju (SE), Brasil. 2 Doutor em Sociologia, Universidade Federal de Sergipe, Aracaju (SE), Brasil. 3 Mestre em Educação, Universidade Federal de Sergipe, Aracaju (SE), Brasil. 1

2 de todas as pequenas discrepâncias. Neste contexto, o anormal é, no fundo, um monstro cotidiano, um monstro banalizado (2010, p. 49). Mesmo sendo o princípio de inteligibilidade de todas as formas da anomalia, o monstro é, em si, ininteligível ou dotado de uma inteligibilidade tautológica. Essa noção de monstro e de anormal de Foucault tem estreita relação com a ideia de Miskolci (2015) sobre abjeção, ou seja, algo que é poluidor, nauseante, que causar horror ou repulsa. Essa lógica da abjeção opera de maneira que as pessoas buscam extirpar o que é considerado socialmente anormal. A partir dessa ideia, é possível entender como surge a violência contra aqueles que tornam explícita a instabilidade do gênero. A experiência da abjeção deriva do julgamento negativo sobre o desejo homoerótico, mas, sobretudo, quando ele leva ao rompimento de padrões normativos como a demanda social de que gays e lésbicas sejam discretos, leiase, não pareçam ser gays ou lésbicas, ou, ainda, de que não se desloque (sic) os gêneros ou se modifique (sic) os corpos, o que, frequentemente, torna meninos femininos, meninas masculinas e, sobretudo, travestis e transexuais vítimas de violência (MISKOLCI, 2015, p. 44). Outra relação possível é com o conceito de aberrante de Butler (2014) que argumenta que um sentido importante da regulação é que as pessoas são reguladas pelo gênero e que esse tipo de regulação opera como uma condição de inteligibilidade cultural para qualquer pessoa. Desviar-se da norma de gênero é produzir o aberrante exemplo que os poderes regulatórios (médico, psiquiátrico, e legal, apenas para nomear alguns) podem rapidamente explorar para alavancar a racionalidade de seu próprio zelo regulador continuado. (BUTLER, 2014, p. 267). Mesmo que as normas regulatórias de gênero tentem delimitar, pois as normas sociais se impõem a todos e a todas, mesmo que não consigam obedecer a elas, ou não queiram, esse/a sujeito, necessariamente, não tem obrigação de lhes acatar. Para Louro (2015), a visibilidade desses sujeitos serve para mostrar o caráter inventado dessas normas e a instabilidade das identidades e ainda sugerem as possibilidades de multiplicação das formas de gênero e sexualidade. Se o ser humano nasceu homem ou mulher, ele não é obrigado a continuar sendo o que é, ele pode instaurar seu próprio gênero, multiplicá-lo, rejeitando toda e qualquer coerção de identidade a esse respeito (LE BRETON, 2014, p. 26). Butler (2014) acrescenta que as permutações de gênero as quais não se encaixam no binarismo (masculino e feminino) pertencem também ao gênero tanto quanto os modelos normativos. Então, a própria norma atribui inteligibilidade ao campo social e o normatiza, porém cria um paradoxo, pois quando algo está fora da norma, ainda assim, continua sendo significado 2

3 dentro de seus parâmetros. É importante notar que essa norma produz sujeitos que a reproduzem naturalmente em seu dia a dia. Diante do panorama político e social que se apresenta no Brasil com relação à temática do gênero e da sexualidade, em que as bancadas religiosas têm pressionado as câmaras de vereadores e de deputados para retirada do gênero dos planos municipais, estaduais e nacional de educação, bem como a pressão de setores conservadores para retirada do conteúdo da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do novo Ensino Médio, e no qual se percebe o crescimento cotidiano do número de violências motivadas pela homo/transfobia, verificou-se a necessidade de ampliação da luta contra todo tipo de discriminação motivada pela necessidade de enquadramento dos sujeitos às normas heterossexuais e binárias. Nessa discussão, destacam-se as pessoas trans por apresentarem em seus corpos as marcas das desobediências às normas de gênero. Entende-se gênero, assim como Butler (2014), como o aparato em que a produção do feminino e masculino se materializam com formas físicas e performativas que assume, incluindo também as permutações de gênero que não se encaixam no binarismo (feminino-masculino) e compreendendo corpos trans como expressões de identidade que rompem os limites históricos, sociais e culturais estabelecidos para o gênero. Corpos que problematizam o dismorfismo macho/fêmea, a heterossexualidade e as idealizações de feminino e masculino instituídas por normas de gênero que atribuem humanidade aos corpos (BENTO, 2008). A identidade de gênero, tradicionalmente reconhecida como homem e mulher, implica também outras possibilidades além da imposta pelo binarismo do gênero, como mulher travesti, mulher ou homem transexual, mulher ou homem intersexual entre outros (LOURO, 1997; BENTO, 2014). Diferente da identidade sexual que consiste na manifestação do desejo afetivo e sexual, tendo pessoas que se identificam como heterossexuais (atração por pessoa de gênero oposto), homossexuais (atração por pessoas de mesmo gênero), bissexuais (atração por ambos os gêneros) e assexuais (não sentem atração por nenhum gênero), sendo que a heterossexualidade é a identidade hegemônica e imposta como correta pelas regulações de gênero. Para melhor compreensão, serão expostos os conceitos dos termos travesti, transexual, transgênero, por apresentarem como categorias muito próximas e confundir o senso comum. Essas categorias passaram a se distinguir na contemporaneidade à medida que se assumiram politicamente na luta por reconhecimento social. As travestis, segundo Pelúcio (2006), são pessoas que nascem com genital masculino, mas procuram imprimir em seus corpos os símbolos femininos, sem desejarem retirar a genitália. A transexualidade é uma experiência identitária, um conflito com as 3

4 normatizações de feminino e masculino, não podendo ser reduzida a uma questão meramente sexual, como é compreendida pela medicina e sociedade, ao defini-la como inerente a pessoas que demandam cirurgia de mudança de sexo e identidade civil (BENTO, 2014). E o termo transgênero, segundo Caetano (2011), surgiu para designar pessoas heterossexuais do gênero masculino que se travestiam de mulher (atualmente chamados de crossdresser), mas não realizavam alterações definitivas no corpo, porém, mais tarde, passou a acolher todas as pessoas fora dos estereótipos convencionais, como travestis, transexuais, gays afeminados e outros/as. Devido a essa fragilidade conceitual e dificuldade de definir os limites diferenciais entre os conceitos, e também por reconhecer que as identidades são construídas de forma plural, para realização deste artigo adotar-se-á a perspectiva de Benedetti (2005), precursor da contribuição para compreensão da identidade travesti, transexual e transgênero, como o universo trans, que define e engloba os sujeitos que transformam e personificam a noção de gênero, sem, contudo categorizá-los de maneira arbitrária. Corpos entrelaçados entre o feminino e o masculino que causam confusão da inteligibilidade dos códigos formais, desestabilizando as normatizações dos corpos, independente do desejo sexual. Cabe, ainda, esclarecer que a identificação como pessoa trans é uma vivência de identidade de gênero e com relação ao desejo sexual, podem ser heterossexuais, homossexuais, bissexuais, assexuais, etc. Diferentemente da homossexualidade que já foi retirada dos manuais que listam as doenças e transtornos a transexualidade ainda figura nestes compêndios. Em 1980 o termo transexual foi oficialmente introduzido à classificação psiquiátrica, sendo o DSM-III (Manual de Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais), onde a transexualidade passou a ser classificada de síndrome de disforia de gênero, com o objetivo de diagnosticar pessoas com algum tipo de desconforto em relação ao gênero. Já em 1993 a Organização Mundial da Saúde (OMS) inseriu a transexualidade no CID-10 (Classificação Internacional de Doenças) com a classificação de transtorno de identidade sexual. A partir desse momento a transexualidade passa a ser conhecida como transexualismo (com o sufixo "ismo" que significa doença). E em 1994 é lançado o DSM- IV que retira o transexualismo e classifica como transtorno/desordem de identidade de gênero (ATHAYDE, 2001). E em 2014 é criado o DSM-V, o mesmo retira a classificação da transexualidade como transtorno/desordem de identidade de gênero e a classifica como disforia de gênero. Segundo Athayde (2001, p. 407) disforia de gênero refere- se: "[...] a incompatibilidade entre o sexo anatômico de um indivíduo e a sua identidade de gênero." Segundo o autor esta incompatibilidade embora não cause desconforto em todos os indivíduos, afeta alguns que se sentirão deslocados e 4

5 sofrerão se as intervenções desejadas sobre o físico, por meio de hormônios e/ ou cirurgias, não estiverem disponíveis. Toda essa classificação da transexualidade como transtorno/doença mobilizou organizações e redes internacionais para a retirada de classificações como a do (DSM e CID) para que pessoas transexuais possam viver sem hierarquia de gênero e ter o mesmo acesso a sociedade, assim como os heterossexuais. O objetivo principal dessas organizações é a retirada da disforia de gênero das próximas edições dos manuais de diagnostico (ATHAYDE, 2001). Para Bento e Pelúcio (2012) a mudança foi apenas para tirar o peso de transtorno que traz uma ideia de doença mental substituindo-a por disforia que teoricamente é menos negativa apontando um sofrimento emocional relacionado à incongruência entre gênero e sexo. Para Junqueira (2009), é importante o reconhecimento pela comunidade médica, mas considera problemática a necessidade de reconhecimento da diversidade sexual por esses discursos. O autor acredita que essa credibilidade pode tanto facilitar como limitar a construção e o reconhecimento dos novos direitos. E acrescenta: Diante das verdades da medicina e da clínica, é preciso não esquecer que todas as formas de conhecimento, pensamento ou prática social, são construções interpretadas de concepções de mundo, ideologias, relações de força, interesses e que, assim como qualquer forma de conhecimento, seus enunciados e enunciações são produzidos em meios de tensões sociais, históricas, culturais, políticas, jurídicas, econômicas, etc. (JUNQUEIRA, 2009, p. 371). Assim se construiu as noções de normalidade. Antes mesmo do nascimento, a descoberta de que a criança é um menino ou uma menina já determina todo um processo de se constituir um corpo feminino ou masculino, assim [...] afirma-se e reitera-se uma sequência de muitos modos já consagrada, a sequência sexo-gênero-sexualidade. (Louro, 2015, p. 15). Sob essa lógica, supõe-se que o sexo determina o gênero, e, dessa forma, todo um trabalho insistente é posto em prática para inscrever feminilidade ou masculinidade nos corpos. Quando essas normas são contrariadas a homo/transfobia entra em cena, desencadeada pelas tecnologias do discurso, como um medo da desestabilização da realidade trazida pelas pessoas que não se encaixam na lógica sexo-gênerosexualidade, ou seja, as pessoas que não vivenciam o gênero complementando a norma macho/pênis e fêmea/vulva. A norma, segundo Foucault (2010) não é um princípio, nem mesmo de inteligibilidade, mas um elemento onde o exercício de poder se funda e se legitima. Mas não quer dizer com isso que a norma tenha por função a exclusão ou rejeição, ao contrário, tem uma ligação com uma técnica positiva. Assim como para o conceito de poder, Foucault (2010), não considera a norma um 5

6 mecanismo negativo de repressão e considera um erro metodológico concebê-la como um mecanismo essencialmente negativo e completa, O que o século XVIII instaurou mediante o sistema de disciplina para normalização, mediante o sistema de disciplina-normalização, parece-me ser um poder que, na verdade, não é repressivo, mas produtivo a repressão só figura a título de efeito colateral e secundário, em relação a mecanismos que, por sua vez, são centrais relativamente a esse poder, mecanismos que fabricam, mecanismos que criam, mecanismos que produzem. (FOUCAULT, 2010, p. 44). O autor conclui que a disciplina e a normalização instituiu um poder que não está ligado ao desconhecimento, ao contrário, só funciona a partir da formação de um saber. Vai então se referir sempre a um poder numa concepção positiva e que foi a partir dele que tentou se praticar a normalização na sexualidade. Nesse processo de normalização do gênero várias são as instituições responsáveis pela manutenção de culturas hegemônicas na sociedade, com destaque para a escola, local em que as normas, algumas vezes implícitas, de se constituírem homens e mulheres são naturalizadas nas práticas educacionais, segundo as quais tudo que se afasta do modelo é considerado anormal; dessa forma, as práticas anormais, como a transexualidade, vão sendo colocadas à margem na escola. Para Louro (2008), o discurso heteronormativo, ou seja, a obrigatoriedade da norma heterossexual tem funcionado como regulador da sexualidade, mostrando que, apesar da presença cada vez maior da diversidade sexual nos variados cenários sociais, inclusive na escola, o discurso de normalidade permanece, incluindo determinados sujeitos e excluindo outros. Foucault (2014), ao refletir sobre a sutileza do poder, contribui para pensar a respeito da reprodução dos saberes sobre a sexualidade, sua normalização, principalmente no ambiente escolar, trazendo reflexos para o campo educacional, porque as relações de poder são determinantes para a disseminação dessa normalização. Foucault (2014) desenvolve não uma teoria, mas uma analítica de poder, da qual se infere que a sexualidade é formada por relações de poder. Afirma, ainda, que não existe uma verdade sobre a sexualidade, mas discursos sobre sexualidade que circulam como verdades, aos quais o autor chamou de dispositivo de sexualidade. Tal dispositivo surgiu nas camadas privilegiadas que buscavam autoafirmação com o uso da verdade sobre seu sexo, e depois foi difundido pelo resto do corpo social, para controle da natalidade e moralização das camadas populares. O dispositivo ganhou força ao longo dos séculos XVII e XVIII com o desenvolvimento, na sociedade ocidental, das relações de poder, em seus diversos níveis. 6

7 Segundo Miskolci (2007), o dispositivo da sexualidade recebeu o nome de heteronormatividade nas teorias pós-estruturalistas, que se refere a um conjunto de determinações que regulamentam a prática, os atos e os desejos, baseado num modelo que objetiva à reprodução da espécie, o modelo heterossexual. Segundo o autor, a heteronormatividade: [...] é um conjunto de prescrições que fundamenta processos sociais de regulação e controle, até mesmo aqueles que não se relacionam com pessoas do sexo oposto [...] que evidencia seu objetivo: formar todos para serem heterossexuais ou organizarem suas vidas a partir do modelo supostamente coerente, superior e natural da heterossexualidade (MISKOLCI, 2009, p suprimimos). No ser humano, os sentidos foram treinados para perceber as marcas e classificar os sujeitos pela forma como se apresentam corporalmente, pelo modo como se expressam e pelos gestos e comportamentos. Nos séculos XIX e XX, a sexualidade passou a ser objeto de diversas ciências, de religiosos, de educadores, e passou a ter status de questão (FOUCAULT, 2014). Desta forma, vem sendo estudada, compreendida e regulada. Diversas são as instituições que se autorizam a normatizá-la. As minorias sexuais têm encontrado mais visibilidade na atualidade, e, por isso, os embates com grupos conservadores estão mais explícitos. Essa visibilidade dá origem a dois efeitos: por um lado a sociedade passa a consumir seus produtos culturais e a aceitar a pluralidade sexual, por outro lado se intensificam os ataques e campanhas de retomada de valores da família inclusive com manifestações violentas (LOURO, 2000). Segundo o Relatório de Violência Homofóbica do Brasil: ano 2013, durante o referido ano, uma média de 5,22 pessoas, por dia, foram vítimas de violência homofóbica do total de casos reportados no país. (BRASIL, 2013). O maior desafio da nova realidade não é somente admitir que os esquemas binários para explicação do gênero e sexualidade já não servem mais, mas também perceber que as posições de gênero e sexualidades são múltiplas, as fronteiras estão sendo constantemente ultrapassadas e mais, que a forma de ser de alguns sujeitos é justamente a fronteira. Os corpos trans, ou corpos em fronteira, são corpos rejeitados pela escola, justamente porque não buscam o enquadramento nem aceitação, mas romper com a lógica dominante de uma identidade normal (LOURO, 2010). Mas, a afirmação desses grupos é muito desestabilizadora porque opera fora da norma. Louro (2010) acredita que essa apresentação diferenciada se faz como uma importante crítica às convenções de sociedade contemporânea, que vem para problematizar; e o fato que deve interessar é que eles são também integrantes da mesma sociedade e o dever mínimo é lhes prestar atenção. A autora propõe que se deixe de pensar a práticas desses sujeitos como problema, mas 7

8 pensar num momento em que a lógica binária não funciona mais, pensar num tempo de multiplicidades de sujeitos, abandonando o discurso que hierarquiza e marginaliza os sujeitos. Ao mesmo tempo em que quem atravessa, subverte ou desafia a fronteira do gênero, muitas vezes, utiliza a ironia e os exageros até como forma de evidenciar a arbitrariedade das normas regulatórias de gênero, mostrando seu caráter inventado e cultural, assim para essas [...] fronteiras constantemente vigiadas dos gêneros e da sexualidade, a crítica paródica pode ser profundamente subversiva (Louro, 2015, p. 20). É assim que esses corpos em fronteira, ou fora dela, considerados fora da norma, provocam estranhamento e desconforto, chegando suas performances a serem consideradas expressões de violência. Sem o intuito de finalizar a discussão, cabe lembrar que a importância de se debater o conceito de anormalidade e sua relação com corpos trans é de conhecer e aprofundar as raízes do preconceito, visto que a escola está imersa num contexto em que circulam os discursos hegemônicos de normalidade quanto às questões ligadas ao gênero e à sexualidade, segundo a qual tudo que se afasta do modelo é considerado anormal. As singularidades precisam ser enfocadas e respeitadas, e, sendo a escola um local legitimado em que deve haver reflexão sobre a realidade, sobre os padrões e normas que regulamentam o dia a dia das pessoas, deve ser nesse ambiente, que se apresenta em transformação, que os atores sociais precisam suscitar discussões e adequações do espaço escolar. Referências ATHAYDE, V.L. Transexualismo masculino. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia, São Paulo, v. 45, n.4, p BENEDETTI, M. Toda feita: o corpo e o gênero das travestis. Rio de Janeiro: Garamond, p. BENTO, Berenice. Alves de Melo. O que é transexualidade. São Paulo: Brasiliense, p. (Coleção Primeiros Passos). BENTO. B.. A reinvenção do corpo: sexualidade e gênero na experiência transexual. 2. ed. Natal: EDUFRN, BENTO, B.; PELUCIO, L. Despatologização do gênero: A politização das identidades abjetas. Estudos Feministas. Florianópolis, (2), maio-agosto, BRASIL. Ministério Das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos. Secretaria Especial de Direitos Humanos. Relatório de Violência Homofóbica do Brasil: ano Brasília: Secretaria Especial de Direitos Humanos,

9 BUTLER, J. Regulações de gênero. Cadernos Pagu (42), jan jun p FOUCAULT, M.. Os anormais. São Paulo: editora WMF Martins Fontes, FOUCAULT, M..História da sexualidade 1: a vontade de saber. São Paulo: Paz e Terra, JUNQUEIRA, R. D.. Homofobia nas escolas: um problema de todos. In: JUNQUEIRA, R. D.. (org.). Diversidade sexual na educação: problematizações sobre a homofobia nas escolas. Brasília: Ministério da educação, Secretaria de educação continuada, alfabetização e diversidade, UNESCO, LE BRETON, D.. Corpo, gênero, identidade. In: FERRARI, A. et al. Corpo, gênero e sexualidade. Trad. Gercélia B. de O. Mendes. Universidade Federal de Lavras. Lavras: UFL, LOURO, G. L.. Gênero e sexualidade: pedagogias contemporâneas. Pro-Posições v. 19, n. 2; maio/ago, v.56, p LOURO, G. L..Gênero, sexualidade e educação. Uma perspectiva pós-estruturalista. Petrópolis (RJ): Vozes, LOURO, G. L.. Pedagogias da sexualidade. In: LOURO, Guacira Lopes (org.) et al. O Corpo educado: Pedagogias da sexualidade. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, p LOURO, G. L.. Currículo, gênero e sexualidade. In: LOURO, G. L.; FELIPE, J.; GOELLNER, S. V..(orgs.). Corpo, gênero e sexualidade: um debate contemporâneo na educação. 5. ed. Petrópolis(RJ): Vozes, LOURO, G. L.. Um corpo estranho: ensaios sobre a sexualidade e a teoria queer. 2. ed.. Belo Horizonte: Autêntica, MISKOLCI, R.. A teoria queer e a sociologia: o desafio de uma analítica da normalização. Sociologias. Porto Alegre, ano 11, n. 21, jan/jun 2009, p MISKOLCI, R.. Um aprendizado pelas diferenças. 2. ed.. Belo Horizonte: Autêntica: UFOP Universidade Federal de Outro Preto, MISKOLCI, R.. A teoria queer e a questão das diferenças: por uma analítica da normalização. CONGRESSO DE LEITURA DO BRASIL.16, Campinas, (Cole). Anais... Campinas, 2007, p MISKOLCI, R.. A teoria queer e a sociologia: o desafio de uma analítica da normalização. Sociologias. Porto Alegre, ano 11, n. 21, jan/jun 2009, p PELÚCIO, L. Três Casamentos e algumas reflexões: notas sobre conjugalidade envolvendo travestis que se prostituem. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, Universidade Federal de Santa Catarina, v. 14,2006, n.2. 9

10 Trans bodies in education and the concept of abnormal Abstract: This article aims to carry out a theoretical debate about the concept of abnormality and the relation with transsexuality, especially during schooling. The concept of abnormality, brought by Foucault, arose in the midst of a legal and criminal debate and then moved towards the psychiatrisation of desire and sexuality, towards the end of the century. XIX. He also rescues a concept of monster as one that violates not only the laws of society as those of nature. This notion of monster and abnormal is closely related to the idea of Miskolci (2015) about abjection, that is, something that is polluting, nauseating, that causes horror or repulsion. This logic of abjection operates in a way that people seek to extirpate what is considered socially abnormal, such as trans bodies (transvestites, transsexuals, and transgenders). In this process of gender normalization the school is one of the institutions responsible for maintaining hegemonic cultures in society, where the norms of becoming men and women are naturalized, according to which everything that departs from the model is considered abnormal and is Repressed; In this way, "abnormal" practices, such as transsexuality, are being put on the sidelines. From this idea, it is possible to understand how violence arises against those who make explicit the instability of gender, where the experience of abjection is due to the judgment of bodies that break normative standards of gender. Keywords: Transsexuality, abnormality, gender. 10

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