Empresa Elétrica Bragantina S/A. Relatório da Administração e Demonstrações Financeiras de 2016

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1 Resultados de 2016 Relatório da Administração e Demonstrações Financeiras de

2 Relatório da Administração A Administração da ( EEB ou Companhia ) apresenta os fatos e eventos marcantes do exercício de 2016, acompanhados das Demonstrações Financeiras correspondentes, preparadas de acordo com os Padrões Internacionais de Demonstrações Financeiras (International Financial Reporting Standards IFRS). Essas demonstrações foram revisadas e aprovadas pela Diretoria em de março de Considerações gerais A EEB é uma distribuidora de energia elétrica que atende a mais 157 mil clientes e uma população de aproximadamente 0,4 milhão de habitantes em 15 municípios, sendo cinco localizados no Estado de São Paulo e 10 no sul do estado de Minas Gerais, em uma área de Km 2. 2 Investimentos Com foco em projetos que visam ao aprimoramento da qualidade dos serviços prestados e satisfação dos seus clientes, a EEB investiu ao longo dos últimos três anos aproximadamente de R$ 76,3 milhões, dos quais R$ 25,1 milhões em 2016, o que representa uma redução de 20,3% em relação aos valores investidos no ano anterior, fruto do cumprimento do Plano de Recuperação e Correção de Falhas e Transgressões estabelecido em 2014, quando a EEB foi adquirida pelo Grupo Energisa. A composição dos investimentos no 4T16 e em 2016 é a seguinte: Valores em R$ milhões Descrição 4T16 4T15 Var. % Var. % Ativos Elétricos 5,6 7,7-27,3 17,8 22,7-21,6 Obrigações Especiais (0,9) 1,4-3,4 7,0-51,4 Ativos Não Elétricos 1,3 0,8 + 62,5 3,9 1, ,7 Total dos Investimentos 6,0 9,9-39,4 25,1 31,5-20,3 (*) As Obrigações Especiais são recursos aportados pela União, Estados, Municípios e Consumidores para a concessão e não compõe a Base de Remuneração Regulatória da distribuidora. Entre as realizações em 2016, destacam-se: i) Automação de duas subestações de distribuição, unindo a comunicação via satélite e sistemas digitais de telefonia e internet, possibilitando realizar a operação dos equipamentos de subestações e linhas à distância sem que haja a necessidade de deslocar veículo e eletricistas até o local para o acionamento manual dos equipamentos; ii) Instalação e automação de 65 religadores de linha de média tensão, equipamentos que tem por objetivo religar automaticamente a rede quando há interferências por curtos-circuitos instantâneos provocados por raios, galhos de árvores e outros objetos que tocam na rede, ou seja, o restabelecimento do sistema elétrico é automático, no trecho onde foi instalado o religador. Com esses aparelhos, na maioria das vezes, não existe a necessidade de uma equipe ir até o local da ocorrência, pois tudo é monitorado à distância; iii) Aquisição de Mega Jumper, conjunto de equipamentos compostos por cabos isolados, gerador a gasolina, reboque e estruturas de sinalização e conexão com a rede, de forma a manter o fornecimento de energia durante a realização de serviços programados nas redes de média tensão, fazendo parte do planejamento de alguns serviços específicos e utilizado pelas equipes de construção, manutenção e linha viva; iv) Melhoria na infraestrutura de agências de atendimento e polos de serviço; e v) Aquisição e renovação da frota de veículos operacionais e administrativos. 2

3 O quadro a seguir apresenta a evolução dos principais ativos operacionais da Companhia no ano: Descrição do ativo Acréscimo Subestações nº Capacidade instalada nas subestações MVA Linhas de transmissão km Redes de distribuição (próprias) km Transformadores instalados nas redes de distribuição nº Capacidade instalada nas redes de distribuição (próprias) MVA Desempenho econômico-financeiro 3.1 Destaques Resume-se a seguir o desempenho econômico-financeiro da Companhia em 2016: Descrição (Reapresentado) Variação % Resultados R$ milhões Receita Operacional Bruta 488,9 535,5-8,7 Receita Operacional Bruta, sem receita de construção 467,5 511,4-8,6 Receita Operacional Líquida 288,5 314,2-8,2 Receita Operacional Líquida, sem receita de construção 267,1 290,1-7,9 Resultado antes das Receitas e Despesas Financeiras (EBIT) 14,6 43,7-66,6 EBITDA 27,8 53,5-48,0 EBITDA Ajustado 33,0 58,0-43,1 Resultado financeiro (6,7) (36,5) - 81,6 Lucro Líquido 3,7 4,6-19,6 Indicadores Financeiros - R$ milhões Ativo Total 335,5 344,6-2,6 Caixa/Equivalentes de Caixa/Aplicações Financeiras 30,7 39,3-21,9 Patrimônio Líquido 96,9 47, ,6 Endividamento Líquido 91,1 106,2-14,2 Indicadores Operacionais Número de Consumidores Cativos (mil) 157,1 152,4 + 3,0 Vendas de energia a consumidores cativos (GWh) 673,2 717,2-6,1 Energia Elétrica Total Distribuída (GWh) 1.201, ,1 + 10,8 Perdas de Energia 5,15 5,13 + 0,02 Indicador Relativo EBITDA Ajustado/Receita Líquida (%) 11,4 18,5-7,0 p.p Endividamento líquido/ebitda Ajustado (vezes) 2,8 1,8 + 55,6 Obs.: EBITDA Ajustado: EBITDA mais acréscimos moratórios de contas de energia. 3

4 3.2 Receita operacional bruta e líquida Em 2016, a EEB apresentou receita operacional bruta, sem a receita de construção que é atribuída margem zero, de R$ 467,5 milhões, ante R$ 511,4 milhões registrados em 2015, redução de 8,6% (R$ 43,9 milhões). A receita operacional líquida, também deduzida da receita de construção, apresentou decréscimo de 7,9% (R$ 9,6 milhões) no período, para R$ 267,1 milhões. A seguir, as receitas operacionais por classe de consumo: Trimestre Exercício Descrição 4T16 4T15 (Reapresentado) Var. % (Reapresentado) Var. % (+) Receita de energia elétrica (mercado cativo) 102,2 114,7-10,9 423,9 441,5-4,0 Residencial 40,6 42,0-3,3 165,3 161,9 + 2,1 Industrial 24,8 35,0-29,1 114,2 137,8-17,1 Comercial 22,1 22,2-0,5 85,4 81,4 + 4,9 Rural 7,5 7,9-5,1 29,7 30,0-1,0 Outras classes 7,2 7,6-5,3 29,3 30,4-3,6 (+) Suprimento de energia elétrica 6,8 2, ,9 20,2 2, ,1 (+) Fornecimento não faturado líquido 1,0 3,0-66,7 (1,6) 5,1 - (+) Disponibilidade do sistema elétrico 9,8 8,1 + 21,0 37,3 28,0 + 33,2 (+) Receitas de construção 8,0 7,9 + 1,3 21,4 24,1-11,2 (+) Constituição e amortização - CVA (13,9) 2,8 - (31,1) 10,3 - (+) Subvenções vinculadas aos serviços concedidos 5,3 4,2 + 26,2 18,9 15,5 + 21,9 (+) Ativo financeiro indenizável da concessão - 4,3-0,6 9,7-93,8 (+) Outras receitas - (0,4) - (0,7) (1,4) - 50,0 (=) Receita bruta 119,2 147,3-19,1 488,9 535,5-8,7 (-) Impostos sobre vendas 33,8 38,5-12,2 140,0 139,1 + 0,6 (-) Deduções bandeiras tarifárias (0,4) (19,0) - 97,9 (0,8) 5,7 - (-) Encargos setoriais 14,8 23,4-36,8 61,2 76,5-20,0 (=) Receita líquida 71,0 104,4-32,0 288,5 314,2-8,2 (-) Receitas de construção 8,0 7,9 + 1,3 21,4 24,1-11,2 (=) Receita líquida, sem receitas de construção 63,0 96,5-34,7 267,1 290,1-7,9 Dentre os fatores que impactaram as receitas se destacam: Embora o número de consumidores cativos tenha apresentado um acréscimo de 3,0% (4.636 novos consumidores), o consumo de energia elétrica no mercado cativo e livre permaneceu no mesmo patamar em 2016 (aumento de 1,8%% no 4T16), conforme item 4.4 deste relatório. Reconhecimento de despesas referentes a ativos e passivos financeiros setoriais (CVAs) no montante de R$ 31,1 milhões (despesas de R$ 13,9 milhões no 4T16) contra R$ 10,3 milhões de receitas reconhecidas em 2015; Redução do valor da quota CDE, cujo registro em 2016 foi de R$ 58,2 milhões, contra R$ 73,3 milhões em 2015; Aumento tarifário médio de 1,84% a partir de 10/05/ Ambiente regulatório Bandeiras tarifárias Em janeiro de 2015, entrou em prática nas contas de energia elétrica o Sistema de Bandeiras Tarifárias. As receitas auferidas pela Companhia provenientes das bandeiras tarifárias em 2016 foram de R$ 8,0 milhões, ante R$ 26,9 milhões registrados em Em fevereiro de 2016, a Aneel reduziu, em 40%, o valor da tarifa adicional da bandeira amarela: de R$ 2,50 para R$ 1,50. A bandeira vermelha também foi dividida em dois patamares: o patamar 1, já chamado de bandeira rosa, com cobrança extra de R$ 3,00 para cada 100 KWh consumidos e o patamar 2, de cor vermelha, que mantém o valor de R$ 4,50 por 100 kwh. 4

5 3.3.2 Revisão tarifária periódica A Agência Nacional de Energia Elétrica ("Aneel") homologou em maio de 2016 o 4º Ciclo de Revisão Tarifária da EEB. O efeito médio para o consumidor foi de 1,84%, conforme abaixo: Efeito para o Consumidor (%) Baixa Tensão Alta e Média Tensão Médio Vigência Base de remuneração regulatória 1,68 2,06 1,84 10/05/2016 O processo de valoração dos ativos da Base de Remuneração Regulatória utiliza o método do Valor Novo de Reposição - VNR, que corresponde ao valor, a preços atuais de mercado, de um ativo idêntico, similar ou equivalente, sujeito a reposição, que efetue os mesmos serviços e tenha a mesma capacidade do ativo existente, considerando todos os gastos necessários para a sua instalação. A evolução da Base de Remuneração Liquida (BRL) da EEB e a data da próxima Revisão Tarifária (RT) são as seguintes: Base de Remuneração Líquida (BRL) (Em R$ milhões) ( 1 ) Data revisão tarifária 3º Ciclo 4º Ciclo 4º Ciclo 5º Ciclo 87,5 139,9 Maio/16 Maio/21 (1) Preços da data da RT (mês anterior ao reajuste em cada ciclo) A síntese do resultado do 4º Ciclo da Revisão Tarifária da EEB refletiu uma variação positiva, tanto na Parcela B quanto na Base de Remuneração Líquida (RAB Líquida). A Base de Remuneração Líquida da EEB aumentou 59,9% (R$ 52,4 milhões), totalizando R$ 139,9 milhões. Por sua vez, a Parcela B aumentou 1,8% em relação a data anterior (D-1) à aplicação da revisão tarifária, chegando a R$ 79,9 milhões. O crescimento da Parcela B foi influenciado, principalmente, pelo reconhecimento tarifário dos investimentos realizados (EBITDA Regulatório). Parcela B (R$ milhões) 3º Ciclo 4º Ciclo Variação (R$) Variação (%) 78,5 79,9 + 1,4 + 1, Recursos da Conta de Desenvolvimento Energético A Aneel também homologou recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), repassados a EEB pelas Centrais Elétricas Brasileiras S/A Eletrobras, referentes a subsídios tarifários concedidos aos consumidores de baixa renda e usuários do serviço público de distribuição de energia elétrica no montante de R$ 18,9 milhões nos em 2016 (R$ 15,5 milhões em 2015). O valor foi registrado pela Companhia como receita operacional. 5

6 3.4 Despesas operacionais As despesas operacionais, excluindo os custos de construção, totalizaram R$ 252,6 milhões em 2016 e R$ 66,0 milhões no 4T16, crescimento de 2,4% (R$ 6,0 milhões) e redução de 19,3% (R$ 15,8 milhões) respectivamente, quando comparadas com os mesmos períodos de Desse total, as despesas controláveis, com PMSO, registraram aumento de 13,4% ou R$ 5,7 milhões no ano (redução de 4,0% ou R$ 0,6 milhão no 4T16), totalizando R$ 48,3 milhões (R$ 14,3 milhões no 4T16). Em 2016, as despesas não controláveis reduziram 1,5% (25,3% no 4T16), totalizando R$ 189,0 milhões (R$ 47,5 milhões no 4T16), respectivamente, devido a queda dos custos com compra de energia elétrica. A composição das despesas operacionais pode ser assim demonstrada: Trimestre Exercício Composição das despesas operacionais Valores em R$ milhões 4T16 4T15 (Reapresentado) Var. % (Reapresentado) Var. % 1 Custos e Despesas não controláveis 47,5 63,6-25,3 189,0 191,9-1,5 1.1 Energia comprada 41,0 54,0-24,1 156,8 161,5-2,9 1.2 Transporte de potência elétrica 6,5 9,6-32,3 32,2 30,4 + 5,9 2 Custos e Despesas controláveis 15,1 15,2-0,7 49,5 43,3 + 14,3 2.1 PMSO 14,3 14,9-4,0 48,3 42,6 + 13, Pessoal 6,0 7,5-20,0 20,7 18,4 + 12, Fundo de pensão 0,1 0,1-0,6 0,4 + 50, Material 1,0 0,9 + 11,1 3,7 2,3 + 60, Serviços de terceiros 5,2 5,4-3,7 18,8 17,4 + 8, Outras 2,0 1, ,0 4,5 4,1 + 9,8 Multas e compensações 0,4 0,9-55,6 1,3 1,8-27,8 Contingências (liquidação de ações cíveis) 0,5 0, ,0 0,7 0, ,0 Outros 1, ,5 2,2 + 13,6 2.2 Provisões/Reversões 0,8 0, ,7 1,2 0,7 + 71, Contingências (0,1) (0,3) - 66,7 0,4 (0,3) Devedores duvidosos 0,9 0,6 + 50,0 0,8 1,0-20,0 3 Demais receitas/despesas 3,4 3,0 + 13,3 14,1 11,4 + 23,7 3.1 Depreciação e amortização 3,0 2,3 + 30,4 13,2 9,8 + 34,7 3.2 Outras receitas/despesas 0,4 0,7-42,9 0,9 1,6-43,8 Total Custos e Despesas Operacionais (1+2+3, s/ construção) 66,0 81,8-19,3 252,6 246,6 + 2,4 Custo de construção 8,0 7,9 + 1,3 21,4 24,1-11,2 Total Custos e Despesas Operacionais (1+2+3, c/ construção) 74,0 89,7-17,5 274,0 270,7 + 1,2 (*) Os custos de construção estão representados pelo mesmo montante em receita de construção. Tais valores são de reconhecimento obrigatório pela ICPC 01 Contratos de Concessão e correspondem aos custos de construção de obras de ativos da concessão de distribuição de energia elétrica, sendo o custo de construção igual à receita de construção. 3.5 Lucro líquido, geração de caixa e dividendos Em 2016, a EEB registrou lucro líquido de R$ 3,7 milhões, contra um lucro de R$ 4,6 milhões em A geração de caixa (EBITDA Ajustado) apurada em 2016 foi de R$ 33,0 milhões, ante os R$ 58,0 milhões registrados no mesmo período de Composição da Geração de Caixa Valores em R$ milhões Trimestre Exercício 4T16 4T15 Var. % Var. % (=) Lucro Líquido (6,6) 5,1-3,7 4,6-19,6 (-) Contribuição social e imposto de renda 0,7 (2,9) - (4,2) (2,6) + 61,5 (-) Resultado financeiro (4,4) (6,6) - 33,3 (6,7) (36,5) - 81,6 (-) Depreciação e amortização (3,0) (2,3) + 30,4 (13,2) (9,8) + 34,7 (=) Geração de caixa (EBITDA) 0,1 16,9-99,4 27,8 53,5-48,0 (+) Receita de acréscimos moratórios 1,1 1,3-15,4 5,2 4,5 + 15,6 (=) Geração ajustada de caixa (EBITDA Ajustado) 1,2 18,2-93,4 33,0 58,0-43,1 Margem do EBITDA Ajustado (%) 1,7 17,4-15,7 p.p 11,4 18,5-7,1 p.p 6

7 Com base nos resultados alcançados em 2016, a administração da Companhia irá propor a distribuição de R$ 3,5 milhões (R$ 146, por ação) à conta do exercício, a ser pago em data a ser definida na Assembleia Geral. 4 Desempenho operacional A manutenção do foco na qualidade da energia fornecida e a excelência no atendimento tem permitido à EEB apresentar melhorias consistentes em seus índices operacionais. 4.1 Perdas de energia Em 2016, as perdas de energia da Empresa Elétrica Bragantina foram as seguintes: Perdas Técnicas (%) Perdas Não-Técnicas (%) Perdas Totais (%) dez/15 set/16 dez/16 dez/15 set/16 dez/16 dez/15 set/16 dez/16 ANEEL 4,92 5,05 5,10 0,21 0,03 0,05 5,13 5,08 5,15 5,07 Nota: Para cálculo dos percentuais apresentados acima, foram considerados os valores de energia não faturada. Os percentuais regulatórios referem-se aos últimos dozes meses findos em dezembro de 2016 Perdas Técnicas Perdas Não-Técnicas Perdas Totais dez/15 set/16 dez/16 dez/15 set/16 dez/16 dez/15 set/16 dez/16 Var.(%) (1) 55,5 56,9 57,7 2,3 0,3 0,5 57,8 57,2 58,2 1,7 (1) Variação dezembro/setembro de 2016 O combate ao furto e à fraude tem sido foco constante das ações gerenciais da EEB. As perdas de energia elétrica da EEB situaram na faixa de 5,15% em 2016, contra 5,13% registrado em igual período do ano passado. Mesmo com índices consideravelmente baixos a EEB vem mantendo a gestão eficiente para manutenção dos seus índices de perdas, ao longo dos anos. 4.2 Gestão da Inadimplência Taxa de Inadimplência A EEB passou a utilizar nova métrica para análise da inadimplência, ou seja, a relação percentual entre a soma da provisão para créditos de liquidação duvidosa com incobráveis, e o fornecimento faturado, no período de 12 meses. Em 2016, essa relação foi de 0,17%, contra 0,20% em Taxa de Arrecadação A Companhia também passou a divulgar a taxa de arrecadação, representada pela arrecadação dos últimos 12 meses sobre ao faturamento bruto do mesmo período. Em 2016, essa taxa ficou em 98,83%, contra 98,56% em Indicadores de qualidade dos serviços DEC e FEC Os indicadores de qualidade dos serviços da EEB em 2016 (DEC e FEC) apresentaram melhorias significativas. O DEC mostrou redução de 29,7%, passando de 15,37 horas em 2015, para 10,80 horas em Por sua vez, o FEC melhorou 18,3%, passando de 9,46 vezes em 2015 para 7,73 vezes em A EEB realizou diversas ações de mantenção, além da construção de redes mais robustas e instalação de equipamentos automatizados na rede,os quais apresentaram ganhos perceptíveis nos indicadores de continuidade da empresa. Essas ações continuarão a ser implementadas, de modo a estar com um sistema bem mais resiliente, para assegurar o atingimento das metas estabelecidas e maior confiabilidade. 7

8 4.4 Mercado de energia Em 2016, as vendas de energia elétrica a consumidores finais (mercado cativo), localizados na área de concessão da EEB, somadas à energia associada aos consumidores livres (TUSD), totalizaram 1.072,2 GWh, ou seja, praticamente no mesmo patamar de No 4T16, o consumo no mercado cativo e livre cresceu 1,8%. O comportamento do mercado de energia elétrica no exercício pode ser assim demonstrado: Descrição Trimestre Exercício 4T16 4T15 Var. % Var. % Residencial 61,1 58,8 + 3,9 245,6 236,8 + 3,7 Industrial 139,9 139,0 + 0,6 562,5 572,6-1,8 Cativo 33,6 52,4-35,9 163,5 218,0-25,0 Livre 106,3 86,6 + 22,7 399,0 354,6 + 12,5 Comercial 34,6 33,9 + 2,1 132,8 130,8 + 1,5 Rural 17,1 16,4 + 4,3 67,2 66,8 + 0,6 Outras Classes 15,6 15,5 + 0,6 64,1 64,8-1,1 1 Vendas de energia no mercado cativo 162,0 177,0-8,5 673,2 717,2-6,1 2 Energia associada aos consumidores livres (TUSD) 106,3 86,6 + 22,7 399,0 354,6 + 12,5 3 Mercado cativo + TUSD (1+2) 268,3 263,6 + 1, , ,8-4 Fornecimento não faturado 2,2 4,3-48,8 - (0,1) - 5 Mercado cativo + TUSD + não faturado (3+4) 270,5 267,9 + 1, , ,7 + 0,1 Em 2016, a EEB encerrou o exercício com unidades consumidoras cativas, quantidade 3,0% superior à registrada no mesmo período de Já o número de consumidores livres totalizaram 23 no fim de dezembro de Estrutura de capital 5.1 Conversão de ações e aumento de capital Em Assembleia Geral Extraordinária de Acionistas (AGE), realizada em 29 de setembro de 2016, foi aprovada a conversão da totalidade das ações preferenciais de emissão da Companhia em ações ordinárias na proporção de 1:1. Nessa mesma AGE foi deliberado aumentar o capital social da Companhia, por subscrição particular, com o objetivo de fortalecer a sua estrutura de capital para viabilizar a modernização e expansão necessárias às suas atividades de distribuição de energia elétrica. Esse aumento foi concluído em 3 de novembro de 2016, no valor de R$ 50,4 milhões, com a emissão de ações ordinárias. Também na referida AGE, foi deliberado o grupamento das ações em que se divide o capital social, na proporção de 100 ações para 1 (uma) nova ação. Consequentemente, o capital social da Companhia passou a ser de R$ 91,4 milhões, representado por ações ordinárias. No citado aumento de capital, a controladora Rede Energia subscreveu a totalidade das ações, elevando a sua participação na Companhia de 91,56% para 95,85%. 5.2 Caixa e endividamento Em 31 de dezembro de 2016, o saldo de caixa, equivalentes de caixa e aplicações financeiras da EEB totalizou R$ 30,7 milhões, que não incluem os créditos referentes à subvenção tarifária e baixa renda (CDE) e Conta de Compensação dos Valores da Parcela A (CVA). 8

9 A dívida líquida da EEB, que incluem empréstimos, financiamentos, encargos financeiros, parcelamento de impostos, fundo de pensão e créditos setoriais, passou de R$ 106,2 milhões em 31 de dezembro de 2015 para R$ 91,1 milhões em 31 de dezembro de 2016, redução de 14,2%. A seguir, as dívidas de curto e longo prazo da EEB entre 31 de dezembro de 2016, 30 de setembro de 2016 e 31 de dezembro de 2015: Descrição Valores em R$ milhões 31/12/ /09/ /12/2015 (Reapresentado) Curto Prazo 80,2 135,7 67,4 Empréstimos e financiamentos 59,9 96,2 60,8 Encargos de dívidas 4,0 5,2 1,2 Parcelamento de impostos e déficit atuarial 3,1 2,8 3,1 Instrumentos financeiros derivativos líquidos 13,2 31,5 2,3 Longo Prazo 31,5 42,1 99,4 Empréstimos e financiamentos 14,3 28,2 84,7 Parcelamento de impostos e déficit atuarial 17,2 17,4 18,8 Instrumentos financeiros derivativos líquidos - (3,5) (4,1) Total das dívidas 111,7 177,8 166,8 (-) Disponibilidades financeiras 30,7 95,5 39,3 Total das dívidas líquidas 81,0 82,3 127,5 (-) Créditos CDE (subvenção tarifária e baixa renda) 3,6 2,4 1,2 (-) Créditos CVA (13,7) 1,4 20,1 Total das dívidas líquidas deduzidas de créditos setoriais 91,1 78,5 106,2 Indicador relativo Divida líquida/ebitda Ajustado 12 meses 3,3 1,7 1,8 Evolução da alavancagem - Dívida líquida (R$ milhões) e dívida líquida/ebitda Ajustado 12 meses (vezes) 180,0 160,0 140,0 1,8 1,9 2,6 1,7 3,3 3,0 2,0 120,0 100,0 80,0 106,2 89,4 103,7 78,5 91,1 1,0 0,0 60,0-1,0 40,0 20,0-2,0 - dez/15 mar/16 jun/16 set/16 dez/16-3,0 Dívida líquida Dívida líquida / EBITDA Ajustado 6 Gestão de pessoas O Valor Pessoas está muito presente na Companhia, que valoriza seu capital humano, com processos bem estruturados que favorecem e contribuem para o crescimento e o desenvolvimento de cada um de seus colaboradores. As oportunidades para crescimento na empresa incluem avaliação de desempenho, programa individual de desenvolvimento PID e uma série de treinamentos ao alcance de todos. Em 2016, a empresa realizou homens/hora de treinamento para seus funcionários. Todos os programas e ações servem de base para tomada de decisão tanto para promover e avaliar desempenho, quanto para realizar mudanças e movimentações funcionais e planejar investimentos, conciliando as necessidades da empresa e as 9

10 aspirações pessoais de progressão na carreira. A EEB orienta e oferece as ferramentas de apoio e suporte e espera que seus colaboradores, motivados por suas aspirações, usem bem esses recursos para crescer. A Companhia encerrou 2016 com 248 colaboradores próprios e 58 terceirizados, não considerando os empregados das empresas prestadoras de serviços ligadas a obras de investimentos. Foram mantidos em 2016 os investimentos voltados ao fortalecimento das lideranças, com ênfase ao desenvolvimento de seus gestores por meio da Academia de Líderes, baseada na construção de trilhas de desenvolvimento segmentada por negócio, que tem por objetivo ser o principal veículo de disseminação e alinhamento da cultura, valores, competências da liderança e objetivos estratégicos, criando uma comunidade de líderes, preparados para o crescimento e sustentação das atividades. 7 Responsabilidade socioambiental Em 2016, a Companhia investiu na ampliação do alcance a informação que instrui e transforma, buscando tornar os consumidores mais conscientes e preparados para utilizar a energia de maneira responsável. Por meio de campanhas educativas e ações sociais e culturais, a EEB buscou sensibilizar a população sobre a necessidade de mudar hábitos de consumo de energia elétrica, visando à redução do consumo e o não desperdício. Destaque para a ação desenvolvida por meio do Programa de Eficiência Energética (PEE) da empresa, com os projetos Nossa Energia, Conta Cidadã e Energia Solidária. Na unidade móvel do projeto Nossa Energia, foram realizadas 125 palestras em 12 cidades. No total, mais de pessoas entre, professores e alunos, conheceram através de palestras, experiências e vídeos, um pouco do universo da energia elétrica e receberam dicas de consumo consciente e seguro da energia elétrica. Nessas ações, foram sorteadas 656 geladeiras e lâmpadas foram trocadas. Já o projeto Conta Cidadã refere-se a oportunidade de troca de resíduos recicláveis trazidos pelos consumidores por bônus na conta de energia. Em 2016, foram coletadas 64,6 toneladas resíduos, garantindo assim a destinação correta desses materiais. Além disso, proporcionou R$ 13,6 mil de desconto na conta de energia elétrica de clientes. O projeto Energia Solidária dá oportunidade ao cliente de trocar um eletrodoméstico antigo por um novo, com o selo Procel de eficiência energética com um percentual de desconto. Em contrapartida, o cliente concorda em entregar um equipamento antigo, equivalente ao novo, para a reciclagem e fazer uma contribuição a um fundo destinado a entidades beneficentes. Na Companhia, foram 172 aparelhos trocados e mais de R$ 13,4 mil doado para instituições. Para orientar a população sobre a prevenção de acidentes elétricos, a Companhia também desenvolveu uma ampla campanha publicitária da Abradee, com a mensagem, Para Energisa, melhorar sua vida é o x da questão, que sensibilizou a população para a importância da atenção na realização de qualquer trabalho, principalmente quando envolve a eletricidade. Outras ações, como os vídeos informativos divulgados por meio de mídia indoor, televisores localizados em estabelecimentos comerciais e agência de atendimento ao cliente da empresa, ampliaram ainda mais o alcance a informação sobre serviços, direitos e deveres, economia e segurança. Em 2016, iniciativas socioculturais, educacionais, ambientais, esportivas e de desenvolvimento regional também receberam apoio da Companhia. São elas: Encenação da 'Paixão de Cristo' - Parque dos Estados; 51ª Expoagro - Festa do Pedão de Boiadeiro; 17ª Gincana da Solidariedade Vaguarda; Feira Ambiental; Superliga Brasil de Motocross; 6ª Festa da Linguiça; Concurso Hípico Quinta da Baroneza; Matemática Vanguarda; Show Comemorativo Rádio FM102; 4ª Feijoada Light; Causa Nobre Santa Casa e 7ª Corrida Contra o Câncer. A EEB também patrocinou alguns projetos sociais e culturais: Entrando em Cena - Primeiro Ato: o projeto engloba atividades de arte-educação nas linguagens de teatro, circo, danças brasileiras e dança aérea, oficinas técnicas complementares e oficinas socioculturais. Em 2016, atendeu 80 jovens de Bragança Paulista (SP). Festival Arte Serrinha: o Festival Arte Serrinha reúne uma série de iniciativas culturais que acontecem no bairro da Serrinha, na zona rural de Bragança Paulista (SP), desde o ano de Durante três semanas do mês de julho, grandes nomes da arte brasileira se colocam à frente das oficinas, encontros, vivências, shows e residências na Serrinha. 10

11 Iniciativas relativas à ética Ética e integridade - o Código de Ética e Conduta da empresa, que bem expressa um compromisso com o futuro, é um guia para os colaboradores da empresa no relacionamento com os diversos públicos, tendo como guardião maior um Comitê de Ética composto por colaboradores das diversas áreas de trabalho e regiões de atuação do Grupo Energisa, permitindo o acesso livre e direto a todo o quadro funcional das empresas, bem como a parceiros. 8 Serviços prestados pelo auditor independente A remuneração total da Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes pelos serviços prestados para a EEB em 2016 foi de R$ 348,0 mil pela revisão contábil das demonstrações financeiras. A política de contratação adotada pela Companhia atende aos princípios que preservam a independência do auditor, de acordo com as normas vigentes, que determinam, principalmente, que o auditor não deve auditar seu próprio trabalho, nem exercer funções gerenciais para seu cliente ou promover os seus interesses. A Administração. 11

12 Demonstrações financeiras 1. Balanço Patrimonial Ativo EMPRESA ELÉTRICA BRAGANTINA S.A. BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Em milhares de reais) Nota Ativo Circulante Caixa e equivalente de caixa Aplicações financeiras no mercado aberto e recursos vinculados Consumidores e concessionárias Títulos de créditos a receber Estoques Tributos a recuperar Ativos financeiros setoriais Serviços em curso Instrumentos financeiros derivativos Outros créditos Total do circulante Não circulante Realizável a longo prazo Consumidores e concessionárias Tributos a recuperar Créditos tributários Cauções e depósitos vinculados Contas a receber da concessão Ativos financeiros setoriais Instrumentos financeiros derivativos Outros créditos Investimento Intangível Total do não circulante Total do ativo As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 12

13 2. Balanço Patrimonial Passivo EMPRESA ELÉTRICA BRAGANTINA S.A. BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Em milhares de reais) Passivo Circulante Nota Fornecedores Empréstimos e financiamentos Encargos de dívidas Tributos e contribuições sociais Participação nos lucros Dividendos Obrigações estimadas Taxa de iluminação pública arrecadada Encargos setoriais Passivos financeiros setoriais Instrumentos financeiros derivativos Benefícios a empregados - plano de pensão Outras contas a pagar Total do circulante Não circulante Empréstimos e financiamentos Tributos e contribuições sociais Tributos diferidos Passivos financeiros setoriais Encargos setoriais Débitos com partes relacionadas 12-9 Provisões para riscos trabalhistas, cíveis e fiscais Instrumentos financeiros derivativos Benefícios a empregados - plano de pensão Outras contas a pagar Total do não circulante Patrimônio líquido Capital social Reservas de lucro Dividendos adicionais propostos Outros resultados abrangentes Total do patrimônio líquido Total do passivo e patrimônio líquido As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 13

14 3. Demonstrações de Resultados EMPRESA ELÉTRICA BRAGANTINA S.A. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Em milhares de reais, exceto o lucro líquido por ação) Nota (reapresentado) Receita operacional líquida Custo do serviço prestados a terceiros 24 ( ) ( ) Lucro bruto Despesas gerais e administrativas 24 (19.765) (15.926) Outras receitas Outras despesas 25 (909) (1.601) Resultado antes das receitas (despesas) financeiras e impostos Receita financeira Despesas financeiras 26 (24.045) (53.756) Despesas financeiras líquidas (6.735) (36.528) Lucro antes dos impostos Imposto de renda e contribuição social corrente 13 (15.008) - Imposto de renda e contribuição social diferido (2.560) Lucro líquido do exercício Lucro líquido básico e diluído ação ordinária e preferencial - R$ ,34 192,90 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 4. Demonstração do Resultado Abrangente EMPRESA ELÉTRICA BRAGANTINA S.A. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Em milhares de reais) Nota Lucro líquido do exercício Itens que não serão reclassificados para a demonstração do resultado Outros resultados abrangentes 22.5 (332) 692 Total de outros resultados abrangentes do exercício, liquido de impostos As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 14

15 5. Demonstração dos Fluxos de Caixa EMPRESA ELÉTRICA BRAGANTINA S.A. DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Em milhares de reais) Nota (reapresentado) Atividades operacionais Lucro líquido do exercício Imposto de renda e contribuição social corrente e diferido Despesas (receitas) com juros, variações monetárias e cambiais - liquidas (18.143) Ativo financeiro indenizável da concessão 14 (578) (9.679) Depreciação e amortização Provisão para créditos de liquidação duvidosa Provisão para riscos trabalhistas, cíveis e fiscais (290) Perda na alienação de bens do intangível Marcação a mercado de dívidas 26 (1.430) Marcação a Mercado de derivativos 26 (1.856) Instrumentos financeiros derivativos (25.824) Variações nas contas do ativo circulante e não circulante Diminuição (aumento) de consumidores e concessionárias (15.041) Diminuição (aumento) de títulos de créditos a receber 2 (25) (Aumento) de estoques (48) (235) (Aumento) de impostos a recuperar (15.700) (3.754) Diminuição (aumento) de cauções e depósitos vinculados (536) Diminuição (aumento) de ativos financeiros setoriais (24.305) (Aumento) diminuição de outros créditos (3.793) Variações nas contas do passivo circulante e não circulante (Diminuição) aumento de fornecedores (2.831) (Diminuição) aumento de tributos e contribuições sociais Imposto de renda e contribuição social pagos (21.070) - Aumento de obrigações estimadas (Diminuição) aumento de passivos financeiros setoriais 11 (9.963) (Diminuição) aumento de outras contas a pagar (2.517) Caixa líquido gerado nas atividades operacionais Atividades de investimentos Mútuo com partes relacionadas Aplicações financeiras no mercado aberto e recursos vinculados (2.338) Aplicações no intangível 16 e 34 (21.530) (25.884) Alienação de bens do intangível 14 e Caixa líquido (consumido) gerado nas atividades de investimentos (22.801) Atividades de financiamento Novos empréstimos e financiamentos Pagamentos de empréstimos - principal 18 (51.276) ( ) Pagamentos de empréstimos - juros 18 (4.149) (3.145) Liquidação de instrumentos financeiros derivativos (10.325) Pagamento de parcelamento de encargos intrassetoriais e Itaipú ( ) Pagamento de dividendos 22.4 (4.044) (28.549) Parcelamento de impostos 19.2 (1.930) (4.436) Mútuo com partes relacionadas (9) (14.021) Aumento de capital com subscrição de ações Caixa líquido consumido nas atividades de financiamento (21.330) ( ) Variação liquida do caixa (19.526) Caixa mais equivalentes de caixa iniciais Caixa mais equivalentes de caixa finais Variação liquida do caixa (19.526) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis. 15

16 6. Demonstração do Valor Adicionado DVA EMPRESA ELÉTRICA BRAGANTINA S.A. DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO - DVA PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Em milhares de reais) Nota (reapresentado) Geração do valor adicionado: Receitas Receitas de vendas de energia elétrica e serviços Outras receitas Receitas relativas a construção de ativos próprios 23 e Provisão para créditos de liquidação duvidosa 24 (806) (957) (-) Insumos adquiridos de terceiros Custo da energia elétrica vendida ( ) ( ) Materiais e serviços de terceiros (23.368) (19.688) Outros custos operacionais (24.767) (27.838) ( ) ( ) Valor adicionado bruto Amortização (13.985) (9.776) Valor adicionado líquido Valor adicionado recebido em transferência Receitas financeiras Valor adicionado total a distribuir Distribuição do valor adicionado: Pessoal Remuneração direta Benefícios FGTS Impostos, taxas e contribuições Federais Estaduais Municipais Obrigações intrassetoriais Remuneração de capitais de terceiros Juros Aluguéis Remuneração de capitais próprios Dividendos Reserva legal Dividendos adicionais propostos As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis. 16

17 7. Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido EMPRESA ELÉTRICA BRAGANTINA S.A. DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Em milhares de reais) Reservas de Lucros Nota Capital social Reserva legal Reserva de Investimento Dividendos adicionais propostos Lucros (Prejuízos) acumulados Ajuste de avaliação patrimonial Outros resultados abrangentes Total Saldos em 01 de janeiro de (187) Pagamento de dividendos adicionais (20.976) (20.976) Realização de reserva de reavaliação (685) - - Tributos sobre realização da reserva de reavaliação (233) Lucro líquido do exercício Proposta de destinação do lucro líquido: Reserva Legal (228) Dividendos (1.197) - - (1.197) Dividendos adicionais propostos (3.595) Outros resultados abrangentes, líquidos de tributos Saldos em 31 dezembro de Aumento de capital Pagamento de dividendos adicionais (3.595) (3.595) Lucro líquido do exercício Proposta de destinação do lucro líquido: Reserva Legal (183) Dividendos (868) - - (868) Dividendos adicionais propostos (2.604) Outros resultados abrangentes, líquidos de tributos (332) (332) Saldos em 31 dezembro de As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis. 17

18 8. Balanço Social 1 - Base de Cálculo Receita líquida (RL) Resultado operacional (RO) Folha de pagamento bruta (FPB) 2 - Indicadores Sociais Internos Valor % sobre FPB % sobre RL Valor % sobre FPB % sobre RL Alimentação ,52% 0,94% ,95% 0,72% Encargos sociais compulsórios ,76% 1,31% ,80% 1,13% Previdência privada 566 2,82% 0,20% 447 2,44% 0,15% Saúde ,60% 0,53% ,58% 0,52% Segurança e saúde no trabalho 353 1,76% 0,12% 297 1,62% 0,10% Educação - 0,00% 0,00% - 0,00% 0,00% Cultura - 0,00% 0,00% - 0,00% 0,00% Capacitação e desenvolvimento profissional 28 0,14% 0,01% 83 0,45% 0,03% Creches ou auxílio-creche 27 0,13% 0,01% 32 0,17% 0,01% Participação nos lucros ou resultados ,70% 0,40% 930 5,08% 0,31% Outros 32 0,16% 0,01% 40 0,22% 0,01% Total - Indicadores sociais internos ,59% 3,52% ,32% 2,97% 3 - Indicadores Sociais Externos Valor % sobre RO % sobre RL Valor % sobre RO % sobre RL Educação - 0,00% 0,00% - 0,00% 0,00% Cultura - 0,00% 0,00% - 0,00% 0,00% Saúde e saneamento - 0,00% 0,00% - 0,00% 0,00% Esporte - 0,00% 0,00% - 0,00% 0,00% Combate à fome e segurança alimentar - 0,00% 0,00% - 0,00% 0,00% Outros - 0,00% 0,00% 14 0,00% 0,00% Total das contribuições para a sociedade - 0,00% 0,00% 14 0,00% 0,00% Tributos (excluídos encargos sociais) ,20% 50,14% ,81% 46,82% Total - Indicadores sociais externos ,20% 50,14% ,81% 46,82% 4 - Indicadores Ambientais Valor % sobre RO % sobre RL Valor % sobre RO % sobre RL Investimentos relacionados com a produção/ operação da empresa - 0,00% 0,00% Investimentos em programas e/ou projetos externos - 0,00% 0,00% Total dos investimentos em meio ambiente - 0,00% 0,00% Quanto ao estabelecimento de metas anuais para minimizar resíduos, o consumo em geral na produção/ operação e aumentar a eficácia na utilização de recursos naturais, a empresa 5 - Indicadores do Corpo Funcional Nº de empregados(as) ao final do período Nº de admissões durante o período Nº de empregados(as) terceirizados(as) Nº de estagiários(as) Nº de empregados(as) acima de 45 anos Nº de mulheres que trabalham na empresa % de cargos de chefia ocupados por mulheres Nº de negros(as) que trabalham na empresa % de cargos de chefia ocupados por negros(as) Nº de portadores(as) de deficiência ou necessidades especiais 6 - Informações relevantes quanto ao exercício da cidadania empresarial Relação entre a maior e a menor remuneração na empresa Número total de acidentes de trabalho Os projetos sociais e ambientais desenvolvidos pela empresa foram definidos por: Os pradrões de segurança e salubridade no ambiente de trabalho foram definidos por: Quanto à liberdade sindical, ao direito de negociação coletiva e à representação interna dos(as) trabalhadores(as), a empresa: A previdência privada contempla: A participação dos lucros ou resultados contempla: Na seleção dos fornecedores, os mesmos padrões éticos e de responsabilidade social e ambiental adotados pela empresa: Quanto à participação de empregados(as) em programas de trabalho voluntário, a empresa: Número total de reclamações e críticas de consumidores(as): % de reclamações e críticas atendidas ou solucionadas: Valor adicionado total a distribuir (em mil R$): 7) Investimentos sociais Programa Luz para Todos Investimento da União Investimento do Estado Investimento do Município Investimento da Concessionária Total - Programa Luz para Todos (7.1.1 a 7.1.4) Programa de eficiência Energética Programa de Pesquisa e Desenvolvimento Total dos investimentos sociais (7.1 a 7.3) EMPRESA ELÉTRICA BRAGANTINA S.A. BALANÇO SOCIAL ANUAL (Em milhares de reais) ( x ) não possui metas ( ) cumpre de 51 a 75% ( ) cumpre de 0 a 50% ( ) cumpre de 76 a 100% ( ) direção (x ) direção e gerências ( ) direção e gerências ( ) não se envolve ( ) todos(as) empregados(as) ( ) todos(as) (x ) todos(as) + empregados(as) Cipa ( x ) segue as normas da OIT ( ) direção ( ) direção e gerências ( ) direção ( ) direção e gerências ( ) não são considerado s ( ) não se envolve na empresa 742 na empresa 100% ( ) são sugeridos ( ) incentiva e segue a OIT (x ) todos(as) empregados(as) (x ) todos(as) empregados(as) ( ) direção (x ) direção e gerências ( ) direção e gerências ( ) não se envolverá ( x ) são exigidos ( ) não serão considerado s ( x ) apóia ( ) organiza e incentiva no Procon 7 no Procon 100% na Justiça 368 na Justiça 13% (x ) não possui metas ( ) cumpre de 51 a 75% ( ) cumpre de 0 a 50% ( ) cumpre de 76 a 100% ,33% 0,00% ,00% 0,00% Metas , ( ) todos(as) empregados(as) ( x ) seguirá as normas da OIT ( ) direção ( ) direção e gerências ( ) direção ( ) direção e gerências ( ) não se envolverá na empresa 705 na empresa 100% ( ) serão sugeridos ( ) todos(as) empregados(as) (x ) todos(as) + Cipa ( ) incentivará e seguirá a OIT (x ) todos(as) empregados(as) ( x) todos(as) empregados(as) ( x ) serão exigidos ( x ) apoiará ( ) organizará e incentivará no Procon 6 no Procon 100% Em 2016: Em 2015: na Justiça 386 na Justiça 18% 80% governo 8% colaboradores(as) 75% governo 5% colaboradores(as) Distribuição do Valor Adicionado (DVA): 7 - Outras Informações 0% acionistas 11% terceiros 1% retido % acionistas 18% terceiros 1% retido

19 Notas Explicativas Empresa Elétrica Bragantina S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras para o exercício findo em 31 de dezembro de 2016 (Em milhares de reais, exceto quando indicado ao contrário) 1. Contexto operacional A Empresa Elétrica Bragantina ( Companhia ou EEB ) é uma concessionária distribuidora de energia elétrica, controlada pela Rede Energia S.A. ( Rede ), que por sua vez é integrante do Grupo Energisa, atua em 5 municípios da região de Bragança Paulista, no Estado de São Paulo, e 10 municípios na região de Cambuí, no Sul do Estado de Minas Gerais, com uma área de km², atendendo a consumidores (informação não auditada pelos auditores independentes), a Companhia possui sede na cidade de São Paulo SP. Contrato de concessão: As obrigações da concessionária, previstas no contrato de concessão do serviço público de energia elétrica são: I operar e manter as instalações de modo a assegurar a continuidade e a eficiência do Serviço Regulado, a segurança das pessoas e a conservação dos bens e instalações e fornecer energia elétrica a consumidores localizados em sua área de concessão, nos níveis de qualidade e continuidade estabelecidos em legislação específica; II realizar as obras necessárias à prestação dos serviços concedidos, reposição de bens, e operar a infraestrutura de forma a assegurar a regularidade, continuidade, eficiência, segurança e modicidade das tarifas, em conformidade com as normas técnicas e legais específicas; III organizar e manter controle patrimonial dos bens e instalações vinculados à concessão e zelar por sua integridade e providenciando que aqueles que, por razões de ordem técnica, sejam essenciais à garantia e confiabilidade do sistema elétrico, estejam sempre adequadamente garantidos por seguros sendo vedado à concessionária alienar ou conceder em garantia tais bens sem a prévia e expressa autorização do agente regulador; IV atender todas as obrigações de natureza fiscal, trabalhista, previdenciária e regulatória, inclusive prestando contas aos consumidores; V implementar medidas que objetivem o combate ao desperdício de energia, por meio de programas de redução de consumo de energia e inovações; VI submeter à prévia aprovação da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) alterações de posições acionárias que impliquem em mudanças de controle. Na hipótese de transferência de ações representativas do controle acionário, o novo controlador deverá assinar termo de anuência e submissão às cláusulas do contrato de concessão e às normas legais e regulamentares da concessão; VII manter o acervo documental auditável, em conformidade com as normas vigentes; VIII a concessão poderá ser extinta pelo término do contrato, encampação do serviço, caducidade, rescisão, irregularidades ou falência da concessionária, podendo ser prorrogada, mediante requerimento da concessionária e a critério exclusivo do Poder Concedente. As informações referentes à revisão e aos reajustes tarifários, ativos e passivos financeiros setoriais, contas a receber da concessão, ativos vinculados a concessão, receita de construção e concessão estão apresentadas nas notas explicativas nº 9, 11, 14, 16, 23 e 32, respectivamente. Renovação de concessões: A Companhia teve seu contrato de concessão vencido em 07 de julho de 2015 para o qual foi assinado em 17 de dezembro de 2015 o quinto termo aditivo ao contrato de concessão com vencimento em 07 de julho de O aditivo foi formalizado de acordo com o Despacho do Ministro de Estado de Minas e Energia de 09 de dezembro de 2015, na Lei nº de 11 de janeiro de 2013, no Decreto nº de 14 e setembro de 2012 e no Decreto nº de 02 de junho de

20 O novo aditivo exigiu da Companhia atendimento aos seguintes critérios: I - eficiência com relação à qualidade do serviço prestado; II - eficiência com relação à gestão econômico-financeira; III - racionalidade operacional e econômica; e IV - modicidade tarifária. O alcance dos referidos indicadores será monitorado pelos Órgãos reguladores, podendo haver penalidades na eventualidade de não atingimentos dos mesmos. Com o novo aditivo que prorrogou o prazo de concessão até 2045, o direito de imobilização a receber registrado pela companhia como ativo financeiro até a assinatura do referido aditivo, foi transferido para o ativo intangível, para ser amortizado ao longo da vida útil remanescente dos bens, ao novo prazo de concessão. Para data base 31 de dezembro de 2016, a Companhia atingiu seus indicadores. Histórico da aquisição de controle acionário realizado pela Energisa S/A: Em 31 de agosto de 2012, a Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL decretou a intervenção administrativa nas controladas da Rede Energia: Energisa Mato Grosso Distribuidora de Energia S/A; Energisa Tocantins Distribuidora de Energia S/A; Energisa Mato Grosso do Sul Distribuidora de Energia S/A; Companhia de Força e Luz do Oeste ( CFLO ), Caiuá Distribuição de Energia S.A. ( Caiuá ), Empresa Elétrica Bragantina S.A. ( EEB ), Empresa de Distribuição de Energia Vale Paranapanema S.A.( EDEVP ) e Companhia Nacional de Energia Elétrica ( CNEE ). Nesta data, em decorrência da perda do poder de controle sobre as empresas distribuidoras de energia elétrica, a Rede Energia reclassificou seus investimentos para ativo financeiro classificados como disponíveis para venda. 26 de novembro de 2012: A controladora Rede Energia S/A publicou fato relevante informando que ajuizara pedido de recuperação judicial ( RJ ). 09 de setembro de 2013: O Plano de RJ foi homologado na 2ª Vara de Falência e Recuperações, favorável à proposta apresentada pela Energisa S/A. 16 de outubro de 2013: A operação objeto do Plano homologado foi aprovada pelo CADE Conselho Administrativo de Defesa Econômica. 17 de dezembro de 2013: A ANEEL aprovou o plano de recuperação das concessionárias de distribuição sob intervenção ( Plano ANEEL ) apresentado pela Rede que foi detalhado e atualizado pela Energisa S/A. 28 de janeiro de 2014: A ANEEL anuiu à transferência do controle societário da Rede Energia S/A para a Energisa S/A. 08 de abril de 2014: A ANEEL decretou o fim da intervenção nas concessionárias e em 11 de abril de 2014 foi divulgado fato relevante informando que naquela data foi formalizada a transferência do controle societário da Rede Energia S/A à Energisa S/A. Com o fim de intervenção, a controladora Rede Energia S/A retomou o controle acionário das concessionárias. Atualmente, todas as disposições dos planos de recuperação apresentados à ANEEL vêm sendo estritamente cumpridas e, no momento, aguarda-se apenas o encerramento do processo de recuperação judicial. 2. Apresentação das demonstrações financeiras 2.1. Declaração de conformidade As demonstrações financeiras foram elaboradas com base nas práticas contábeis adotadas no Brasil, as quais abrangem a Lei das Sociedades Anônimas, os Pronunciamentos, as Orientações e as Interpretações emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC, aprovados por normas e disposições da Comissão de Valores Mobiliários - CVM e legislação específica aplicável às concessionárias de Serviços Públicos de Energia Elétrica, estabelecidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL, quando não conflitantes com as práticas 20