INSTITUTO DE GESTÃO, ECONOMIA E POLÍTICAS PÚBLICAS DIREITO CONSTITUCIONAL PROF. LEO VAN HOLTHE Aula 16

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1 INSTITUTO DE GESTÃO, ECONOMIA E POLÍTICAS PÚBLICAS DIREITO CONSTITUCIONAL PROF. LEO VAN HOLTHE Aula 16 Pontos do edital enfrentados neste material: Poder Legislativo: arts. 53 a 56 e 70 a 75 da CF/ Estatuto dos congressistas O estatuto dos congressistas consiste no conjunto de normas constitucionais que regula o regime jurídico dos membros do CN (arts. 53 a 56 da CF/88). Tais normas dispõem sobre remuneração, licença, impedimento, perda de mandato e prerrogativas dos seus membros. As prerrogativas conferidas aos parlamentares pela CF/88 visam a garantir-lhes o exercício livre e independente do mandato representativo. Elas incluem: a) as imunidades parlamentares (CF, art. 53, caput e 2.º ao 5.º); b) o foro por prerrogativa de função ou foro privilegiado (CF, art. 53, 1.º); c) a desobrigação de testemunhar (CF, art. 53, 6.º); d) a incorporação às Forças Armadas (CF, art. 53, 7.º) Imunidades parlamentares As imunidades são mecanismos de independência do Legislativo, de reforço da democracia e de garantia da liberdade de pensamento dos representantes políticos. Elas não foram conferidas em razão da pessoa do parlamentar, mas diante da importante função por ele exercida. As imunidades parlamentares podem ser de dois tipos: a) imunidade material (real ou substantiva) também denominada de irresponsabilidade ou inviolabilidade parlamentar (CF, art. 53, caput); b) imunidade formal (processual ou adjetiva), que abrange as prerrogativas sobre a prisão e o processamento criminal dos congressistas (CF, art. 53, 2.º ao 5.º) Imunidade material (freedom of speech) Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. (Redação dada pela EC n.º 35, de 2001) O art. 53, caput, da CF/88 afirma que os deputados e senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. Essa é a imunidade material, também denominada de inviolabilidade parlamentar, que acarreta a irresponsabilidade civil, penal, política e administrativa (disciplinar) do parlamentar por suas opiniões, palavras e votos. As opiniões, palavras e votos de deputados e senadores não configuram crimes contra a honra (também denominados de crimes de opinião ou de palavra, a exemplo da calúnia, da injúria e da difamação), bem como não acarretam qualquer responsabilização civil por perdas e danos, sanção disciplinar ou responsabilidade política, desde que proferidos no exercício do mandato ou em razão dele. Nesse ponto reside a grande limitação à inviolabilidade parlamentar. Muito embora a literalidade do art. 53, caput, da CF/88 refira-se a quaisquer opiniões, palavras e votos, a doutrina e a jurisprudência pátrias entendem que apenas as manifestações proferidas no exercício do mandato (in officio) ou em razão dele (propter officium, ratione muneris) encontram-se acobertadas pelo manto da imunidade material. Ao contrário, se as manifestações não guardarem relação com o exercício do mandato, o parlamentar fica sujeito à aplicação do Direito comum, como qualquer cidadão. É certo que a imunidade material protege os deputados e senadores por suas opiniões, palavras e votos proferidos em qualquer lugar do território nacional, não se restringindo ao recinto das Casas Legislativas do Congresso. 1

2 Seguem algumas considerações finais sobre a inviolabilidade parlamentar: a) a imunidade material protege o congressista mesmo depois de já encerrado o mandato, resguardando-o de ações civis ou criminais ajuizadas posteriormente, relacionadas com as palavras proferidas no exercício do mandato; b) a imunidade somente protege o congressista e não se estende aos servidores do Legislativo que auxiliam os trabalhos parlamentares, a exemplo dos assessores e consultores legislativos. Jurisprudência 1) Impõe-se reconhecer, ainda, que a garantia constitucional da imunidade parlamentar material também estende o seu manto protetor (1) às entrevistas jornalísticas, (2) à transmissão, para a imprensa, do conteúdo de pronunciamentos ou de relatórios produzidos nas Casas Legislativas (RTJ 172/ , Rel. Min. ILMAR GALVÃO) e (3) às declarações feitas aos meios de comunicação social (RTJ 187/985, Rel. Min. NELSON JOBIM), eis que - tal como bem realçado por ALBERTO ZACHARIAS TORON ( Inviolabilidade Penal dos Vereadores, p. 247, 2004, Saraiva) - esta Suprema Corte tem reafirmado (...) a importância do debate, pela mídia, das questões políticas protagonizadas pelos mandatários, além de haver enfatizado a idéia de que as declarações à imprensa constituem o prolongamento natural do exercício das funções parlamentares, desde que se relacionem com estas (QO em AP 606/MG) Imunidade formal A imunidade formal (processual ou adjetiva) divide-se em duas: imunidade quanto à prisão e imunidade em relação ao processo criminal dos congressistas (substancialmente alterada pela EC n.º 35/01) Imunidade formal em relação à prisão (freedom from arrest) Art. 53. [...] 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão (Redação dada pela EC n.º 35, de 2001) Inicialmente, registre-se que a diplomação não se confunde com a posse do parlamentar. O diploma é um atestado expedido pela Justiça Eleitoral e entregue ao candidato após o encerramento das eleições, que certifica a sua regular eleição. Já a posse é o ato público, realizado em reunião preparatória da Casa Legislativa respectiva, por meio do qual o parlamentar se investe oficialmente no mandato (ex.: na Câmara, a posse ocorre no dia 1.º/02 do 1º ano de cada legislatura art. 4.º do RICD). Assim, não confundir: as imunidades formais dos parlamentares iniciam-se com a expedição do diploma pela Justiça Eleitoral. Pela imunidade formal prisional, os congressistas não podem sofrer qualquer prisão processual (a saber: prisão em flagrante, temporária, preventiva, prisão por pronúncia, prisão por sentença condenatória recorrível), salvo a prisão em flagrante de crime inafiançável (vide art. 323 do Código de Processo Penal). No caso da prisão em flagrante de parlamentar por crime inafiançável, os autos confeccionados pela polícia deverão ser remetidos dentro de 24 horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria dos seus membros, resolva sobre a prisão. Tendo em vista que a EC n.º 35/01 eliminou do art. 53, 2.º, da CF o caráter secreto da votação que decide sobre a prisão do parlamentar, entende-se que essa votação será aberta ou ostensiva e nominal (MORAES, 2011). Além disso, maioria de seus membros significa maioria absoluta, i.e., maioria dos membros da Casa e não maioria dos presentes em dada sessão. Assim, a prisão em flagrante do parlamentar por crime inafiançável deverá ser resolvida em vinte e quatro horas pelo voto ostensivo da maioria absoluta dos membros de sua Casa respectiva. 2

3 Imunidade formal em relação ao processo criminal Art. 53. [...] 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação. (Redação dada pela EC n.º 35, de 2001) 4º O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo improrrogável de quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora. (Redação dada pela EC n.º 35, de 2001) 5º A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato. (Redação dada pela EC n.º 35, de 2001) A EC n.º 35/01 modificou consideravelmente as regras de imunidade formal em relação ao processo criminal dos parlamentares, restringindo bastante a sua amplitude. Com efeito, até o advento da referida Emenda, a instauração de processo penal contra um congressista dependia de autorização da respectiva Casa Legislativa (Câmara ou Senado), sem a qual o processo não podia ser deflagrado, o que favorecia uma impunidade geral, mediante o engavetamento desses pedidos de autorização. A partir da EC n.º 35/01, não há mais necessidade de autorização legislativa para a instauração de processo criminal contra os parlamentares. Desde então, recebida a denúncia contra deputado ou senador, por crime ocorrido após a diplomação, o STF dará simples ciência desse fato à Casa respectiva. Esta, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria absoluta de seus membros (ressalte-se: em votação aberta e nominal), poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação. O pedido de sustação do processo criminal pode ser interposto pelo partido político a qualquer tempo, enquanto não transitar em julgado a ação penal contra o parlamentar. Mas, uma vez interposto, deverá ser apreciado pela Casa respectiva no prazo improrrogável de quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora (CF, art. 53, 4.º). Observe que a EC n.º 35/01 restringiu a imunidade formal processual para os crimes ocorridos após a diplomação. Assim, temos duas situações: a) para os crimes praticados antes da diplomação, não há mais imunidade formal em relação ao processo penal. Nesses casos, seja o processo criminal instaurado originariamente no STF, seja a ele remetido pela Justiça comum desde a diplomação, poderá o Supremo processar e julgar normalmente o parlamentar sem necessidade de comunicar a Casa respectiva da existência de processo penal contra ele, por crime praticado antes da diplomação, nem haverá a possibilidade de sustação do andamento desse processo pela Casa a que ele pertence; b) para os crimes praticados após a diplomação, não há mais necessidade de autorização legislativa para a instauração do processo criminal contra o parlamentar. A partir da EC n.º 35/01, deve o STF dar simples ciência da existência da ação penal à Casa Legislativa respectiva que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto aberto e nominal da maioria absoluta de seus membros, poderá sustar o andamento da ação penal proposta contra o parlamentar, em qualquer fase do processo criminal, desde que antes de sua decisão final pelo Poder Judiciário. A suspensão da ação penal persistirá enquanto durar o mandato parlamentar e, nos termos do art. 53, 5.º, da CF/88, tal sustação suspende a prescrição do crime, enquanto durar o mandato. Registramos que, como já acontecia antes da EC n.º 35/01, a imunidade parlamentar em relação ao processo penal não impede a instauração de inquéritos policiais contra o congressista, tampouco abrange processos de natureza civil, administrativa ou disciplinar, a exemplo das ações populares, das ações civis públicas e das ações por improbidade administrativa Foro por prerrogativa de função Art. 53. [...] 1º Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal. (Redação dada pela EC n.º 35, de 2001) 3

4 Os deputados e senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o STF pela prática de quaisquer crimes, incluindo os eleitorais, as contravenções penais e os crimes dolosos contra a vida (os quais, não fosse o foro privilegiado, seriam da competência do tribunal do júri art. 5.º, XXXVIII, da CF), guardem ou não relação com a função congressual. Assim, ainda que o crime tenha sido praticado pelo parlamentar antes de eleger-se deputado ou senador, o processo penal ou o inquérito policial tramitará no STF desde a expedição do diploma e enquanto durar o mandato. Se na data da diplomação o parlamentar estiver respondendo a processos criminais ou inquéritos policiais, todos eles devem ser imediatamente remetidos ao STF para prosseguimento dos feitos, considerando-se válidos todos os atos processuais praticados antes da diplomação. Atualmente, os foros privilegiados no Direito brasileiro (incluindo aí o dos congressistas) obedecem à regra da atualidade do mandato, pela qual a prerrogativa de foro prevalece apenas durante a constância do mandato e, findo este, o processo criminal volta ao juízo de origem. Nesse ponto, o STF, desde 25/08/1999, revogou a sua Súmula n.º 394, a saber: Cometido o crime durante o exercício funcional, prevalece a competência especial por prerrogativa de função, ainda que o inquérito ou a ação penal sejam iniciados após a cessação daquele exercício. Portanto, a partir da regra da atualidade do mandato, após a diplomação, o processo criminal contra o parlamentar passa a tramitar no STF, não importando se os crimes foram anteriores ou posteriores à diplomação. Encerrado o mandato, os autos são remetidos à Justiça de origem (estadual ou federal, a depender do crime), não havendo possibilidade de o processo contra o ex-congressista continuar a tramitar no STF. Jurisprudência 1) O STF possui competência originária para processar pedido de explicações formulado com apoio no art. 144 do Código Penal, quando deduzido contra parlamentar federal, que dispõe de prerrogativa de foro, ratione muneris, perante esta Corte Suprema, nas infrações penais comuns (CF, art. 53, 1º, caput, c/c o art. 102, I, b ) (Pet 5.187/SP) Prerrogativa de foro e concurso de agentes No caso de crime cometido por parlamentar em concurso com pessoas que não possuem foro privilegiado, não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo legal a reunião dos processos dos corréus para processamento e julgamento de todos no foro privilegiado do parlamentar, ou seja, no STF (vide Súmula n.º 704 do STF, abaixo transcrita). Jurisprudência 1. Súmula n.º 451 do STF: A competência especial por prerrogativa de função não se estende ao crime cometido após a cessação definitiva do exercício funcional. 2. Súmula n.º 704 do STF: Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo legal a atração por continência ou conexão do processo do corréu ao foro por prerrogativa de função de um dos denunciados. 3. Inquérito criminal. Suplente de senador. Retorno do titular. Competência. STF. A prerrogativa de foro conferida aos membros do Congresso Nacional, vinculada à liberdade máxima necessária ao bom desempenho do ofício legislativo, estende-se ao suplente respectivo apenas durante o período em que este permanecer no efetivo exercício da atividade parlamentar. Assim, o retorno do deputado ou do senador titular às funções normais implica a perda, pelo suplente, do direito de ser investigado, processado e julgado no Supremo Tribunal Federal (Inq 2.421/MS) Desobrigação de testemunhar Art. 53. [...] 4

5 6º Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações. (Redação dada pela EC n.º 35, de 2001) Temos aqui o direito do congressista ao sigilo da fonte das informações obtidas em razão do mandato, a fim de favorecer o acesso do membro do Legislativo a informações de relevante interesse público, uma vez que ele não será obrigado a indicar de quem recebeu tais dados Incorporação às Forças Armadas Art. 53. [...] 7º A incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores, embora militares e ainda que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença da Casa respectiva. (Redação dada pela EC n.º 35, de 2001) Trata-se aqui de prerrogativa que afasta, em relação aos congressistas, a obrigação legal a todos imposta pelo art. 143 da CF/88, quanto à prestação do serviço militar. Essa norma objetiva impedir uma indevida ingerência do presidente da República (Comandante-em-chefe das Forças Armadas) no Poder Legislativo, por meio da incorporação de desafetos políticos ou de congressistas da oposição nas Forças Armadas, os quais se veriam afastados das atividades parlamentares Estado de defesa e estado de sítio Art. 53. [...] 8º As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da medida. (Incluído pela EC n.º 35, de 2001) Com isso, podemos concluir que as imunidades parlamentares subsistem durante o estado de defesa e o estado de sítio, mas podem ser suspensas, no último caso, pelo voto de dois terços dos membros da Casa respectiva e para atos externos ao parlamento incompatíveis com a execução do estado de sítio Incompatibilidades e impedimentos dos parlamentares O art. 54 da CF/88 estabelece algumas proibições aos parlamentares, notadamente a ocupação de alguns cargos e a contratação com o Poder Público, a fim de impedir que eles gozem de favores dos órgãos administrativos ou sofram pressão de grupos privados, tudo isso em prejuízo da moralidade administrativa e da independência do exercício do mandato. Observe-se que alguns impedimentos foram estabelecidos desde a expedição do diploma, outros desde a posse. Seguem comentários de cada dispositivo constitucional. Art. 54. Os Deputados e Senadores não poderão: I desde a expedição do diploma: a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes; Os impedimentos fixados desde a expedição do diploma foram dispostos em razão da titularidade do mandato, e não do seu exercício. Preocupou-se a CF/88 em resguardar o titular do mandato mesmo antes de tomar posse no Congresso Nacional. A alínea a proíbe que os congressistas firmem, isto é, assinem contratos com entidades da Administração Pública Direta e Indireta ou com empresas concessionárias de serviço público 5

6 ou mantenham esses vínculos contratuais, caso eles já tivessem sido celebrados anteriormente à diplomação. Contratos regulados por cláusulas uniformes são aqueles que dispõem as mesmas condições contratuais para todos os contratantes, a exemplo dos contratos de adesão (telefonia, fornecimento de energia elétrica, água, gás canalizado, etc.). b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis ad nutum, nas entidades constantes da alínea anterior; O dispositivo constitucional impede que deputados e senadores aceitem (isto é, consintam, tomem posse) ou exerçam (ou seja, continuem exercendo ou entrem em exercício) cargos, funções ou empregos remunerados, inclusive os de que sejam demissíveis ad nutum (que são os cargos comissionados e funções de confiança, cuja exoneração pode ocorrer pela livre vontade da autoridade competente) nas entidades da Administração Direta e Indireta e nas empresas concessionárias de serviço público. Caso o parlamentar já exerça cargo público, será dele afastado a partir da diplomação (arts. 38 da CF/88 e 94 da Lei n.º 8.112/90). II desde a posse: a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada; No inciso II do art. 54, as proibições referem-se ao parlamentar já empossado como membro do Congresso Nacional. Na alínea a, a CF/88 proíbe que os congressistas sejam proprietários, controladores (isto é, acionistas-controladores), diretores ou exerçam função remunerada em empresas que gozem de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público. A expressão favor significa condição especial, mais benéfica em relação às condições normais e habituais dos contratos celebrados pela mesma pessoa de direito público. Caso o congressista seja proprietário ou diretor de empresa que goze de benefício do Poder Público decorrente de contrato, deve vendê-la ou exonerar-se dessa função, desde o momento da posse no Congresso Nacional. b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis ad nutum, nas entidades referidas no inciso I, a ; Diferenças sutis separam o art. 54, I, b, da norma em comento. Com efeito, enquanto lá se proíbe, desde a expedição do diploma, que o congressista aceite ou exerça cargos, funções ou empregos remunerados, inclusive os de que seja demissível ad nutum, aqui a vedação é de, desde a posse, ocupar exatamente os cargos ou funções de que seja demissível ad nutum, sem mencionar os empregos e os cargos de provimento efetivo. Ocupar significa titularizar o cargo ou função comissionados, independentemente de se estar em efetivo exercício. Assim, a partir da posse, o congressista está impedido não apenas de exercer tais cargos ou funções comissionados, mas também de ocupá-los, de titularizá-los, ainda que licenciados e fora do seu exercício, nas mesmas entidades descritas no art. 54, I, a, da CF/88. a ; c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, Patrocínio de causa foi utilizado nesse dispositivo no sentido técnico-processual da postulação jurídica, que é privativa dos advogados. Portanto, a presente vedação refere-se ao congressista-advogado que, a partir da posse no Congresso Nacional, não poderá patrocinar causas, isto é, atuar como advogado em processos judiciais em que seja interessada qualquer das entidades da Administração Direta e Indireta ou empresas concessionárias de serviço público. 6

7 Perceba que a CF/88 não proíbe o congressista de advogar, mas apenas de atuar em determinadas causas judiciais, seja na defesa das entidades descritas no art. 54, I, a, da CF/88, seja na representação da outra parte que litiga contra essas entidades. d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo. A CF/88 proíbe a titularidade de mais de um cargo ou mandato público eletivo, o que impede que o deputado federal ou o senador seja ao mesmo tempo congressista e deputado estadual, vereador, presidente da República, governador de Estado ou do DF, prefeito municipal, vice-presidente, vice-governador, vice-prefeito, juiz de paz (CF, art. 98) ou conselheiro tutelar (art. 131 e ss. do Estatuto da Criança e do Adolescente) Perda de mandato dos parlamentares Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador: I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior; II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar; III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada; IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos; V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos nesta Constituição; VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado. 1º - É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no regimento interno, o abuso das prerrogativas asseguradas a membro do Congresso Nacional ou a percepção de vantagens indevidas. 2º - Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal, por maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 76, de 2013) 3º - Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será declarada pela Mesa da Casa respectiva, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros, ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa. 4º A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à perda do mandato, nos termos deste artigo, terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais de que tratam os 2º e 3º. (Incluído pela ECR n.º 6, de 1994) O art. 55 da CF/88 estabelece as hipóteses de perda do mandato do parlamentar federal, além daquelas que ocorrem naturalmente pelo esgotamento do prazo de quatro anos do mandato ou da morte ou renúncia do seu titular. A doutrina divide as hipóteses de perda de mandato em: a) cassação do mandato, pela qual a perda depende da instauração de um processo político de apuração da falta funcional (o processo de cassação), mediante provocação da Mesa da CD ou do SF ou de partido político representado no CN, assegurada ampla defesa, e de uma decisão de natureza (des)constitutiva do Plenário da Câmara ou do Senado, por voto aberto/ostensivo (EC n.º 76/2013) e por maioria absoluta (CF, art. 55, 2.º); b) extinção do mandato, na qual a perda exige a simples decisão declaratória da Mesa da Casa respectiva, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros ou de partido político representado no CN, independentemente da instauração de um processo, mas assegurada a ampla defesa (CF, art. 55, 3.º) Processo de cassação de mandato O processo de cassação de mandato apurará as faltas imputadas ao congressista e deve respeitar as garantias do devido processo legal, dentre elas a ampla defesa e o contraditório. Apesar do caráter político-administrativo do processo de cassação, a jurisprudência pátria já pacificou que os atos nele praticados configuram atos não exclusivamente políticos e, portanto, sindicáveis pelo Poder Judiciário, na medida em que restringem direitos fundamentais dos congressistas. 7

8 As hipóteses constitucionais de cassação de mandato são: a) infração das proibições estabelecidas no art. 54 da CF/88; b) procedimento incompatível com o decoro parlamentar; c) condenação criminal em sentença transitada em julgado (i.e., da qual não cabe mais recurso). Decoro parlamentar é obrigação de conteúdo moral e ético, que não depende da correspondência a uma infração criminal, embora dela possa decorrer. A palavra decoro provém do latim decorum, que significa decência, honra, aquilo que convém. O decoro parlamentar representa a dignidade específica e a conduta pública exigidas do membro do Poder Legislativo, que não pode se envolver em escândalos que comprometam a respeitabilidade e a imagem desse Poder. O art. 55, 1.º, da CF/88 afirma ser incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no regimento interno, a percepção de vantagens indevidas ou o abuso das prerrogativas parlamentares, a exemplo de um discurso racista, sexista ou homofóbico proferido na tribuna Extinção do mandato São hipóteses constitucionais de extinção do mandato: a) falta de comparecimento, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada; b) perda ou suspensão dos direitos políticos (CF, art. 15); c) quando o decretar a Justiça Eleitoral. A Justiça Eleitoral decreta a perda do mandato do parlamentar nas ações de impugnação de mandato eletivo, em casos de abuso de poder econômico, corrupção ou fraude nas eleições (CF, art. 14, 10), e nas ações relativas à inelegibilidade de candidatos e anulação de diplomas eleitorais (CF, art. 121, 4.º, III e IV). Jurisprudência 1) Diante de decisão da Justiça Eleitoral que determina a cassação do mandato parlamentar (art. 41-A da Lei 9.504/97), o STF decidiu que a Mesa do Senado deve cumprir imediatamente essa decisão, e não aferir o acerto das decisões emanadas da Justiça Eleitoral ou fixar o momento adequado para cumprir tais julgados, sob pena de afronta ao princípio da separação dos poderes. Esclareceu-se que o parlamentar incorrera na hipótese sancionatória prevista no inciso V do art. 55 da CF e que o ato da Mesa do Senado, nesses casos, tem natureza meramente declaratória (declara a perda do mandato e dá posse a quem deva ocupar o cargo vago). Asseverou-se, ademais, que a ampla defesa a que alude o 3º do art. 55 da CF não diria respeito a nenhum procedimento eventualmente instaurado no âmbito de uma das Casas Legislativas, e sim à garantida nos processos que tramitam na Justiça Eleitoral (MS /DF) Licenças e investidura no cargo de ministro de Estado Art. 56. Não perderá o mandato o Deputado ou Senador: I - investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de missão diplomática temporária; II - licenciado pela respectiva Casa por motivo de doença, ou para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislativa. 1º - O suplente será convocado nos casos de vaga, de investidura em funções previstas neste artigo ou de licença superior a cento e vinte dias. 2º - Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição para preenchê-la se faltarem mais de quinze meses para o término do mandato. 3º - Na hipótese do inciso I, o Deputado ou Senador poderá optar pela remuneração do mandato. O art. 56 da CF/88 assevera que não perderá o mandato o deputado ou senador: 8

9 a) investido no cargo de ministro de Estado, governador de território federal, secretário de estado, do DF, de território, de prefeitura de Capital ou chefe de missão diplomática temporária; b) licenciado pela respectiva Casa por motivo de doença, ou para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislativa. Perceba que, enquanto a licença por motivo de doença é remunerada, a licença para tratar de assuntos particulares não é remunerada e deve ser concedida no prazo máximo de cento e vinte dias por sessão legislativa. Por fim, os parágrafos do art. 56 da CF/88 dispõem que: a) o suplente será convocado nos casos de vaga, de investidura em funções previstas no art. 56 ou de licença (por motivo de doença) superior a cento e vinte dias; b) ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição para preenchê-la se faltarem mais de quinze meses para o término do mandato. Faltando menos do que quinze meses, o cargo permanece vago. 2. Fiscalização financeiro-orçamentária Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. O art. 70 da CF/88 determina que a fiscalização financeiro-orçamentária seja realizada por dois sistemas de controle: o externo e o interno. O controle externo (realizado por um poder sobre o outro) foi entregue pela CF/88 aos Legislativos (Congresso Nacional, assembleias legislativas e câmaras municipais), os quais deverão fiscalizar os demais Poderes (Executivo e Judiciário) com o auxílio dos tribunais de contas (CF, arts. 70 a 75 e 31). O controle externo possui natureza técnica ou numérico-legal. Por sua vez, o controle interno (ou autocontrole) é aquele exercido interna corporis pelos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário sobre os seus próprios atos (CF, art. 74). Esse controle é realizado no interior de cada Poder pelos superiores hierárquicos sobre os demais servidores, daí a sua natureza administrativa. Concentremos os nossos estudos na fiscalização financeiro-orçamentária realizada pelo sistema de controle externo e, mais precisamente, na atuação dos tribunais de contas Sistema de controle externo O art. 71 da CF/88 dispõe que, no âmbito federal, o controle externo é titularizado pelo Congresso Nacional. Nos âmbitos estaduais e municipais, o controle externo pertence às assembleias legislativas e às câmaras municipais de vereadores. É certo que as casas legislativas possuem uma índole política, o que resulta em inevitável contaminação da análise técnica a ser realizada pelo controle externo no julgamento das contas dos administradores públicos. Para solucionar esse problema, a Carta Federal previu que o controle externo, a cargo dos Legislativos, seja realizado com o auxílio de órgãos técnicos, especializados na atividade de fiscalização contábil, financeira e orçamentária: os tribunais de contas. Quanto à natureza jurídica dos tribunais de contas, a parte mais tradicional da doutrina entende que os TCs são órgãos auxiliares e de orientação do Poder Legislativo, vinculados à sua estrutura, mas a ele não são subordinados (Alexandre de Moraes), razão pela qual não se admite que as decisões dos TCs sejam revisadas ou sofram qualquer tipo de controle hierárquico por parte das casas legislativas. Ocorre que outra parte doutrina defende a não vinculação dos tribunais de contas a qualquer poder, pois os TCs são órgãos autônomos, de estatura constitucional e dotados de autonomia administrativa e financeira, à semelhança do Ministério Público. 9

10 Ressalte-se que essa doutrina não compreende o MP ou os TCs como um quarto ou um quinto poder, mas apenas que a leitura atual do princípio da separação dos poderes (ou melhor, da separação das funções do Estado) admite a existência de órgãos autônomos de estatura constitucional, não vinculados à estrutura do Legislativo, do Executivo ou do Judiciário. Sugerimos aceitar os dois posicionamentos como verdadeiros nas provas futuras. Jurisprudência 1) É inconstitucional norma de constituição estadual que atribui à Assembleia Legislativa a competência para sustar as licitações em curso, além de criar recurso para o Plenário da Assembleia Legislativa das decisões do Tribunal de Contas estadual acerca do julgamento das contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiro, bens e valores públicos. Entendeu-se que houve desrespeito ao modelo da CF/88, de observância compulsória pelos Estados-membros (CF, art. 75), que limita a competência do Congresso Nacional a sustar apenas os contratos (CF, art. 71, 1º), e não prevê controle, pelo Poder Legislativo, das decisões proferidas pelo Tribunal de Contas, quando do julgamento das referidas contas (CF, art. 71, II) (ADI 3715/TO) A Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) Art. 72. A Comissão mista permanente a que se refere o art. 166, 1º, diante de indícios de despesas não autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos não programados ou de subsídios não aprovados, poderá solicitar à autoridade governamental responsável que, no prazo de cinco dias, preste os esclarecimentos necessários. 1º - Não prestados os esclarecimentos, ou considerados estes insuficientes, a Comissão solicitará ao Tribunal pronunciamento conclusivo sobre a matéria, no prazo de trinta dias. 2º - Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a Comissão, se julgar que o gasto possa causar dano irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá ao Congresso Nacional sua sustação. Ilustrando que o controle externo é titularizado pelo CN e exercido com o auxílio do TCU, o art. 72 da CF/88 prevê hipótese de atuação direta da CMO em casos de despesas não autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos não programados ou de subsídios não aprovados. Nesses casos: a) a CMO solicita à autoridade governamental que preste os esclarecimentos necessários; b) não prestados estes suficientemente, a CMO solicita ao TCU que emita pronunciamento conclusivo no prazo de 30 dias; c) entendendo o TCU irregular a despesa, a CMO, se julgar que o gasto é lesivo ao patrimônio público, proporá ao CN a sua sustação Tribunal de Contas da União Art. 73. O Tribunal de Contas da União, integrado por nove Ministros, tem sede no Distrito Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território nacional, exercendo, no que couber, as atribuições previstas no art º - Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão nomeados dentre brasileiros que satisfaçam os seguintes requisitos: I - mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade; II - idoneidade moral e reputação ilibada; III - notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública; IV - mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os conhecimentos mencionados no inciso anterior. 2º - Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão escolhidos: I - um terço pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal, sendo dois alternadamente dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal, indicados em lista tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de antiguidade e merecimento; II - dois terços pelo Congresso Nacional. 10

11 3 Os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça, aplicando-selhes, quanto à aposentadoria e pensão, as normas constantes do art. 40. (Redação dada pela EC n.º 20, de 1998) 4º - O auditor, quando em substituição a Ministro, terá as mesmas garantias e impedimentos do titular e, quando no exercício das demais atribuições da judicatura, as de juiz de Tribunal Regional Federal. O TCU é o órgão de controle externo que auxilia o Congresso Nacional na fiscalização financeiro-orçamentária dos recursos públicos da União. Nos termos do art. 73 da CF/88, o TCU tem sede no Distrito Federal e jurisdição em todo o território nacional. Ele é integrado por 9 ministros nomeados dentre brasileiros (natos ou naturalizados) que satisfaçam os requisitos dispostos no art. 73, 1.º. Os ministros do TCU são escolhidos (CF, art. 73, 2.º): a) um terço (3 ministros) pelo PR, com prévia aprovação do SF (por maioria simples CF, art. 47), sendo: a.1) dois alternadamente dentre auditores e membros do MP junto ao TCU, indicados em lista tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de antiguidade e merecimento; e a.2) um de livre escolha do PR; b) dois terços (6 ministros) pelo CN, nos termos do Decreto Legislativo do CN n.º 6/93. Para o devido cumprimento de suas relevantes funções, o art. 73, caput, da CF/88 dotou o TCU de independência orgânica, ao estabelecer que ele exercerá, no que couber, as atribuições previstas no art. 96 da CF/88, destinadas aos tribunais do Poder Judiciário. De acordo com o art. 73, 3.º, da CF/88, os ministros do TCU possuem as mesmas garantias (a saber: vitaliciedade desde a posse, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídios), prerrogativas, impedimentos (vide art. 95, parágrafo único, da CF/88), vencimentos e vantagens dos ministros do STJ. Além dos ministros, compõem o TCU: os seus auditores e o Ministério Público junto a esse Tribunal. Os auditores do TCU são servidores nomeados por meio de concurso público de provas e títulos e, quando em substituição a ministro, terão as mesmas garantias e impedimentos do titular (ou seja, os mesmos de ministro do STJ) e, quando no exercício de suas atribuições, os de juiz de tribunal regional federal (CF, art. 73, 4.º). O Ministério Público junto ao TCU não faz parte do Ministério Público da União, tampouco possui autonomia institucional, uma vez que é estruturalmente ligado ao próprio TCU. Sua atuação é restrita aos processos administrativos que tramitam no TCU, razão pela qual seus membros (Procuradores do TCU) devem oficiar as advocacias públicas ou demais ministérios públicos, para que haja o ajuizamento de ações judiciais. O ingresso na carreira dáse por meio de concurso público de provas e títulos. Jurisprudência 1) Conforme reconhecido pela Constituição de 1988 e por esta Suprema Corte, gozam as Cortes de Contas do país das prerrogativas da autonomia e do autogoverno, o que inclui, essencialmente, a iniciativa reservada para instaurar processo legislativo que pretenda alterar sua organização e seu funcionamento, como resulta da interpretação sistemática dos arts. 73, 75 e 96, II, d, da CF/88 (ADI MC). No mesmo sentido, é válida norma de constituição estadual que outorga ao tribunal de contas estadual a capacidade de autogestão e a autonomia financeira, tendo em vista que a CF/88 concede à Corte de Contas as mesmas garantias dadas ao Poder Judiciário (CF, arts. 73 e 96) (ADI n.º 119/RO) Atribuições do TCU Dos artigos da CF/88 que dispõem sobre a fiscalização financeiro-orçamentária, o art. 71 é, sem dúvida, o mais cobrado em concursos públicos. Passemos à sua análise. Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: 11

12 I apreciar as contas prestadas anualmente pelo presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento; A CF/88 confere ao TCU a atribuição de apenas apreciar as contas prestadas anualmente pelo PR, mediante parecer prévio, uma vez que a competência para julgá-las é do CN, nos termos do art. 49, IX, da CF/88. As contas anuais do PR consistem nos balanços gerais da União e no relatório do órgão central do sistema de controle interno do Poder Executivo sobre a execução da lei orçamentária anual (art. 36, parágrafo único, da Lei n.º 8.443/92). Observe-se que a emissão do parecer prévio pelo TCU não é facultativa, mas obrigatória. Porém, tal parecer não vincula o julgamento político posterior do CN. Ainda, a aprovação das contas dos chefes do Executivo pelo CN não impede que o Ministério Público promova as ações judiciais cabíveis. II julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público; Por esse dispositivo, o TCU julga administrativamente as contas dos demais administradores públicos e responsáveis por verbas e bens públicos federais. Relembremos que esse julgamento não possui natureza jurisdicional, mas administrativa, o que possibilita aos prejudicados questionar as decisões do TCU no Poder Judiciário. Nos termos do art. 70, parágrafo único, da CF, a fiscalização financeiro-orçamentária incidirá sobre as contas de qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária. Combinando os arts. 70, parágrafo único, e 71, II, da CF/88, temos que a fiscalização do TCU abrange as contas dos administradores: a) do Poder Executivo (salvo as contas do presidente da República); b) do Legislativo (isto é, quem julga as contas dos administradores do CN é o TCU); c) do Judiciário (de todos os tribunais) e do Ministério Público; d) do próprio TCU; e) de autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista; f) de pessoas físicas ou jurídicas (exs.: organizações não governamentais, OSCIPs e organizações sociais), responsáveis por verbas públicas. Jurisprudência 1) Poder de fiscalização legislativa sobre o Executivo é outorgado pela CF/88 aos órgãos coletivos das Casas do Congresso, não aos parlamentares individualmente (salvo quando eles atuarem em representação de sua Casa ou comissão): Separação e independência dos Poderes: pesos e contrapesos: imperatividade, no ponto, do modelo federal. Sem embargo de diversidade de modelos concretos, o princípio da divisão dos poderes, no Estado de Direito, tem sido sempre concebido como instrumento da recíproca limitação deles em favor das liberdades clássicas: daí constituir em traço marcante de todas as suas formulações positivas os "pesos e contrapesos" adotados. A fiscalização legislativa da ação administrativa do Poder Executivo é um dos contrapesos da Constituição Federal à separação e independência dos Poderes: cuida-se, porém, de interferência que só a Constituição da República pode legitimar. Do relevo primacial dos "pesos e contrapesos" no paradigma de divisão dos poderes, segue-se que à norma infraconstitucional - aí incluída, em relação à Federal, a constituição dos Estados-membros -, não é dado criar novas interferências de um Poder na órbita de outro que não derive explícita ou implicitamente de regra ou princípio da Lei Fundamental da República. O poder de fiscalização legislativa da ação administrativa do Poder Executivo é outorgado aos órgãos coletivos de cada câmara do Congresso Nacional, no plano federal, e da Assembléia Legislativa, no dos Estados; nunca, aos seus membros individualmente, salvo, é claro, quando atuem em representação (ou presentação) de sua Casa ou comissão. 12

13 2) O STF entende que os conselhos profissionais (ex.: Conselhos Federal e Regionais de Medicina) possuem natureza autárquica e prestam contas obrigatoriamente ao TCU (MS ). Já a OAB é considerada pelo STF uma autarquia sui generis (prestadora de serviço público independente), razão pela qual ela não presta contas ao TCU, não licita nem se submete aos controles próprios dos entes da Administração Pública, por não fazer parte da Administração Indireta federal, além de não realizar concurso público para a admissão do seu pessoal, a ser contratado pela CLT (ADI 3.026/DF). 3) Contribuição sindical compulsória e necessidade de prestação de contas ao TCU: As contribuições sindicais compulsórias possuem natureza tributária e constituem receita pública, estando os responsáveis sujeitos à competência fiscalizadora do TCU, cujo controle sobre a atuação das entidades sindicais não representa violação à respectiva autonomia assegurada na Constituição (MS /DF). 4) Decisão do TCU não constitui condição de procedibilidade de crimes contra a Administração Pública. Ademais, a circunstância de o TCU aprovar contas a ele submetidas não obsta a persecução penal promovida pelo Ministério Público e a responsabilização penal dos agentes envolvidos em delitos de malversação de dinheiro público (AP n. 565/RO). 5) Com base na doutrina norte-americana dos poderes implícitos (implied powers), o STF entende que o TCU dispõe dos meios necessários à plena concretização de suas atribuições constitucionais, ainda que tais meios não estejam descritos, explicitamente, no texto da CF/88 (MS /DF). III apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório; A CF/88 exige que o TCU fiscalize, para fins de registro, a legalidade das nomeações de servidores públicos efetivos, servidores temporários, empregados públicos, todos contratados mediante concurso público. A Constituição apenas ressalvou as nomeações para cargos em comissão, em razão da ampla liberdade para a sua nomeação e exoneração (CF, art. 37, II). De acordo com o art. 71, III, o TCU também fiscalizará, para fins de registro, a legalidade dos atos de concessão de aposentadoria, reforma (para os militares) e pensão, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório. Nesses casos, o TCU fiscalizará o cumprimento dos requisitos legais para a concessão da aposentadoria, reforma ou pensão e se os valores estipulados para pagamento correspondem ao previsto em lei. A ressalva diz respeito às melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal da aposentadoria, reforma ou pensão (ex.: houve apenas um aumento no valor da aposentadoria), quando, então, não haverá nova fiscalização do TCU. É importante destacar que os atos de admissão de pessoal e de concessão de aposentadorias, reformas e pensões são atos administrativos complexos, os quais já produzem os seus efeitos desde a edição (isto é, a aposentadoria já pode ser paga e o servidor, empossado), mas apenas se aperfeiçoam com a apreciação do TCU. Constatando a ilegalidade desses atos, o TCU determina o afastamento do servidor contratado irregularmente ou a anulação da aposentadoria, reforma ou pensão concedida, além de punir os infratores com multa e obrigação de ressarcimento ao erário. Tendo em vista que os TCs realizam as suas funções fiscalizadoras por intermédio de processos administrativos, o STF já decidiu que as cortes de contas devem assegurar aos indivíduos todas as garantias processuais na condução dos seus procedimentos, inclusive a ampla defesa e o contraditório, sob pena de nulidade. Sobre esse tema, inclusive quanto à fiscalização dos atos de concessão de aposentadoria, reforma e pensão, o STF editou a Súmula Vinculante n.º 3, in verbis: Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão. 13

14 IV realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II; A CF/88 possibilita ao TCU a realização de auditorias e inspeções por iniciativa própria ou mediante provocação das Casas do Congresso ou de suas comissões (inclusive por iniciativa de CPI). V fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo; VI fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município; O inciso V determina que o TCU fiscalize a gestão dos recursos federais que foram investidos em empresas supranacionais, que são aquelas constituídas com capital de mais de um país (ex.: Itaipu Binacional). O TCU, obviamente, fiscalizará apenas a parte brasileira do capital dessas empresas. E para que nenhum recurso público deixe de ser fiscalizado, a CF/88 deixa claro que o controle deve incidir sobre quaisquer empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta. Pelo inciso VI, serão fiscalizados pelo TCU quaisquer recursos públicos repassados voluntariamente pela União em virtude da celebração de convênio, acordo, ajuste ou quaisquer outros instrumentos congêneres (ex.: consórcio) com estado-membro, DF ou município. VII prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas; Por esse dispositivo, o TCU deve prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas Legislativas ou respectivas comissões, acerca das fiscalizações realizadas, inclusive as auditorias e inspeções previstas no inciso IV deste art. 71. VIII aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário; IX assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade; X sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal; XI representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados. 1.º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis. 2.º Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as medidas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito. Constatada ilegalidade em ato administrativo (ex.: edital de licitação ou nomeação de servidor público) e, havendo a possibilidade de adoção de medidas que reparem a ilicitude, determina a CF/88 que o TCU conceda um prazo para que o órgão ou entidade tome as providências necessárias e haja, enfim, a correção do ato administrativo. Se o órgão ou entidade não adotar essas providências no prazo fixado, vez que não cabe ao TCU sanear o ato administrativo de competência de outro órgão, a CF/88 autoriza que a corte de contas federal suste a execução do ato impugnado e comunique tal decisão às Casas do Congresso Nacional. Observem que, nesses dispositivos, a CF/88 apenas autoriza a sustação da execução de um ato administrativo irregular. Isso é porque, em relação ao contrato administrativo, o art. 71, 1.º, da CF/88 propõe que o ato de sustação seja adotado diretamente pelo CN, o qual solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis. 14

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