10 FÓRUM DE EXTENSÃO E CULTURA DA UEM
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- Matheus Henrique Gameiro Desconhecida
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1 10 FÓRUM DE EXTENSÃO E CULTURA DA UEM A EXPERIÊNCIA DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM NO PROJETO DE EXTENSÃO DE ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL ÀS GESTANTES DE BAIXO-RISCO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ NA FORMAÇÃO ACADÊMICA. Deise Serafim 1 Lisnaiara Alves Binatti 2 Daiane Trevizan Fabiano Alves 3 A experiência de graduandos centrado em um trabalho de extensão universitária desenvolvido com gestantes e familiares, e que tem por título Projeto de Extensão de Assistência Pré-Natal às Gestantes de Baixo-Risco do Hospital Universitário de Maringá, tem se destacado na formação acadêmica, ao passo que tem ampliado o conhecimento e a experiência dos mesmos, resultantes de atendimento pré-natal sistematizado e humanizado, seguindo as diretrizes preconizadas pelo Ministério da Saúde. Mostrando o verdadeiro aprendizado que os alunos adquiriram, bem como vinculo com as gestantes e suas famílias, o que proporcionou uma formação acadêmica qualificada e ampliada. Palavras chaves:experiência Acadêmica, Pré-Natal, Baixo Risco. Área temática: Saúde. Coordenador(a): Deise Serafim, dserafim@uem.br, Departamento de Enfermagem Universidade Estadual de Maringá. Introdução Este é um relato de experiência centrada em um trabalho de extensão universitária desenvolvido com gestantes e familiares, e que tem por título Projeto de Extensão de Assistência Pré-Natal às Gestantes de Baixo-Risco do Hospital Universitário de Maringá. Lançado em 2000, o PHPN (Programa de Humanização no Pré-Natal) é tido como uma estratégia singular na organização e estruturação de redes de referencias para o atendimento às gestantes nos municípios, na lógica da regionalização e hierarquização do sistema de saúde. Os principais aspectos deste Programa é o resgate da importância da gestação para a mulher, o pai, o bebe e a família, pelo que se propõe uma atenção integral, considerando os aspectos físicos, emocionais, sociais que interferem neste processo; outro ponto importante é a valorização da mulher neste momento de sua. 1 Profª Drª do Curso de Enfermagem da Universidade Estadual de Maringá e Coordenadora do Projeto de Extensão Assistência Pré-Natal à Gestante de Baixo-Risco e Alto-Risco no Hospital Universitário de Maringá. 2 Acadêmicas do curso de Graduação de Enfermagem da Universidade Estadual de Maringá. 3 Acadêmicas do curso de Graduação de Enfermagem da Universidade Estadual de Maringá.
2 Dentre os princípios do PHPN estão: toda gestante tem direito ao acesso e atendimento digno e de qualidade mo decorrer da gestação, parto e puerpério; tem direito de conhecer e ter assegurado o acesso à maternidade em que será atendida; tem direito à assistências ao parto e ao puerpério e que esta seja realizada de forma humanizada e segura, entre outros. Em um pré-natal de boa qualidade são vislumbrado esses aspectos e implementadas ações concretas no sentido de integrar a assistência oferecida. A assistência pré-natal, para ter qualidade, não precisa de procedimentos complexos e alta tecnologia, pois um dos grandes segredos da qualidade desta assistência está na construção de um relacionamento de confiança entre os profissionais, a gestante e sua família. Todas as gestantes devem ser acompanhadas durante toda a gestação, em intervalos previamente estabelecidos, e quaisquer alterações em sua saúde que possam vir a prejudicar o bom andamento da estação devem ser avaliadas por especialista, ou seja, deve haver um sistema de referencia eficiente para dar continuidade à assistência pré-natal em todos os níveis de complexidade do sistema de saúde. Objetivos Avaliar a contribuição da experiência de acadêmicos de enfermagem no Projeto de Extensão de Assistência Pré-Natal às Gestantes de Baixo-Risco do Hospital Universitário de Maringá na formação profissional especifica e na concepção do processo de gestação, parto, nascimento e puerpério. Sendo assim, a sua participação é de extrema importância para analise destes aspectos com vistas ampliação, aprimoramento ou adequação das atividades da equipe e, mais especificamente, a dos acadêmicos de enfermagem. Lembramos que a existência e manutenção do projeto se devem, em grande parte, à valorização que o acadêmico relata sobre a contribuição da sua vivencia de atendimento pré-natal em sua formação acadêmica na área obstétrica sendo, portanto, de fundamental importância, o registro dessas informações após um período de atuação profissional. Metodologia Este trabalho pretendeu recolher, junto à ex-acadêmicas do curso de Enfermagem da Universidade Estadual de Maringá, atitudes positivas e negativas face à experiências vivenciadas no Projeto Assistência Pré-natal a Gestantes de Baixo Risco no Hospital Universitário de Maringá e relacionar essas mesmas atitudes com suas práticas profissionais. Para alcançar o objetivo, realizamos um estudo qualitativo aplicando um questionário com perguntas abertas através de correspondências enviadas nas residências das participantes da pesquisa. De maneira experimental, propomos que a abordagem para a pesquisa qualitativa deva ser usada quando se desejar entender detalhadamente por que um indivíduo faz determinada atividade. Também para identificar a extensão total de respostas ou opiniões que existam em uma população, heterogênea de preferência. A pesquisa qualitativa revela áreas de consenso (positivos ou negativos) nos padrões de respostas. Ela determina quais idéias geram uma forte reação
3 emocional. Além disso, é útil em situações que envolvam o desenvolvimento e aperfeiçoamento de novas idéias. Resultados Com as atividades do pré-natal, vem sendo alcançados os seguintes resultados: Maior integração entre gestantes, puérperas e profissionais em saúde: através das conversas informais e do acompanhamento das consultas de pré-natal, foi possível o estreitamento do vinculo de confiança. Através das informações sobre a importância do pré-natal, foi possível uma maior adesão das gestantes na unidade de saúde acerca de cuidados inerentes não apenas na gravidez, mas também a saúde da mulher. Contribui para o crescimento pessoal e a formação acadêmica,configurando um espaço para a definição dos futuros profissionais e consolidação de gestantes e puérperas como sujeitos ativos do cuidado à saúde e de seus familiares. Maior interação entre o conhecimento cientifico e o popular e produção de contribuições do âmbito técnico e cientifico. Através das respostas obtidas, observamos que os acadêmicos expuseram varias opiniões distintas quando questionadas: Como você sentiu ao prestar sua primeira assistência pré-natal? Senti, pela primeira vez na graduação, que havia encontrado a área certa para atuação profissional. Todas as reticências que haviam foram substituídas pela certeza de que eu me tornaria enfermeiraobstétra... Insegura, com medo, temendo por esquecer algum item, por saber da importância desta assistência... Não me lembro. Em sua atuação profissional, você teve oportunidade de prestar assistência Pré- Natal? Se sim, como a experiência obtida com o projeto influenciou esse atendimento? Sim, na verdade sinto que a paixão pela área materno-infantil, principalmente com a obstetrícia nasceu deste projeto, dessas experiências, e em toda vida profissional passei a direcionar meu trabalho para essa área... Não. Em termos de concepção do processo gravídico puerperal, a vivencia no atendimento a gestante e familiares possibilitou esse aprendizado? Sim, tanto aprendi, que o sei até hoje. Com certeza. Com o projeto podemos aprender que gravidez não é só uma mulher e uma barriga, existe todo um contexto em torno disto. Temos que ter um olhar sob a forma em que esta criança foi concebida, a estrutura familiar na qual esta mulher esta inserida, as orientações direcionadas as condições que esta mulher tem de cumpri-las, estimular vinculo familiar, seja com o pai, ou se este não for presente, com alguém que a mulher confie, saber orientar de forma clara... Faça uma auto avaliação desde o momento em que você entrou ate a saída do projeto. No inicio, tive a oportunidade de observar como funcionava o projeto. Fui durante as férias acompanhar as consultas, e quando comecei realmente, já tinha noção de como tudo funcionava. O problema eram vários papeis a serem preenchidos, e o mais difícil era recordar quais exames a gestante deveria realizar em cada trimestre... O estagio foi gratificante e propiciou muitos conhecimentos, porem acho que poderia ser ampliado, sendo acompanhada a gestante, pelo menos as que efetuarão o parto no HU, durante o trabalho de parto e no puerpério, pois acho que isso transmitiria segurança às mesmas e conhecimento aos alunos, alem de gratificação...
4 Quando entrei não sabia nada sobre pré-natal a não ser o básico que aprendemos na faculdade, não tinha pratica nenhuma, e tinha medo de tudo, sabia so a teoria e mais ou menos. Até mesmo a coleta e preventivo câncer de colo de útero aprendi neste projeto, quando saí me senti mais segura para a realização deste trabalho na verdade quando sai já estava me formando.. Conclusão Durante a gravidez, muitas mudanças acontecem no corpo da mulher, fazendo com que esse período exija cuidados especiais. São nove meses de preparo para o nascimento do bebê. É importante que durante a gravidez as futuras mães sejam acompanhadas por profissionais de saúde que irão dar suporte para essa gestante. É no atendimento pré-natal que a satisfação pela qualidade da consulta, no sentido de acolhimento, respeito e compromisso que os profissionais e acadêmicos reservam a elas se torna eficaz. Com o acompanhamento do pré-natal os acadêmicos estudados puderam de um modo geral perceber que as gestantes se sentem mais seguras, pois são informadas que sua gestação segue bem e quando há algum problema, a detecção precoce também ajuda no acompanhamento e pode auxiliar pra que ele não se agrave. Através da extensão universitária no pré-natal, houve a possibilidade que os acadêmicos ampliassem a visão sobre gravidez e pré-natal, através da realização das consultas com a enfermeira e com as conversas informais com as gestantes durante a escuta do acolhimento, adquirindo novos conhecimentos,e isso incentivou-os a buscar informações na literatura para que pudessem compreender melhor o saber popular com o cientifico. Porém é importante salientar que há necessidade urgente de compreensão por parte de gestores e profissionais da área da saúde que atuam neste serviço a respeito da importância da integração ensino/serviço cada vez mais atuante como forma de qualificar a assistência em qualquer nível de atenção à saúde e favorecer aos acadêmicos a oportunidade de ampliar seus conhecimentos e pratica, beneficiandoos futuramente na vida profissional. Referências Bibliográficas DUARTE, Sebastião Junior Henrique; ANDRADE, Sônia Maria Oliveira de. O significado do pré-natal para mulheres grávidas: uma experiência no município de Campo Grande, Brasil. Disponível em: < Acesso em: 10 jun GUIMARÃES, Luana Lima; LIMA, Carla Lidiane Jácome de; MORAIS, Maria do Socorro Trindade. EDUCAÇÃO POPULAR E ATENÇÃO À SAÚDE: VIVÊNCIAS DE ESTUDANTES NO ACOMPANHAMENTO PRÉ-NATAL. Centro de Ciências Médicas/Departamento de Promoção à Saúde/PROBEX. Disponível em: <1. Acesso em: 17 jul LANDERDAHL, Maria Celeste et al. A PERCEPÇÃO DE MULHERES SOBRE ATENÇÃO PRÉ-NATAL. Curso de Enfermagem da Universidade Federal de Santa
5 Maria. Disponível em: < Acesso em: 12 jul ROMÃO, Cesar. ABORDAGENS QUALITATIVAS DE PESQUISA: Artigo Científico. Disponível em: < Acesso em: 25 jun
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