BOLETIM Bancário. 1. Destaque. abril de 2013 N.º 1/2013
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- Jorge de Lacerda Angelim
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1 1. Destaque Novas regras para os contratos de crédito aos consumidores O Decreto-Lei n.º 42-A/2013, de 28 de março, veio introduzir relevantes alterações ao regime jurídico dos contratos de crédito aos consumidores, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 133/2009, de 2 de junho. Desde logo, por força deste diploma foi transposta para a ordem jurídica interna da Diretiva n.º 2011/90/UE da Comissão, de 14 de novembro, em consequência da qual foi alterada a parte II do anexo I do Decreto-Lei n.º 133/2009, relativa aos pressupostos adicionais para o cálculo da taxa anual de encargos efetiva global ( TAEG ). Foi também alargado o âmbito de aplicação de algumas das disposições do Decreto-Lei n.º 133/2009 aos contratos de crédito sob a forma de facilidade de descoberto com a obrigação de reembolso no prazo de um mês e às ultrapassagens de crédito cujo montante total do crédito concedido seja inferior a 200. Além de estarem obrigadas a informar os consumidores das alterações da taxa nominal, as instituições de crédito ficam agora também obrigadas a, durante a vigência do contrato de crédito, prestar informação regular aos consumidores nos termos, periodicidade e suporte a definir mediante aviso do Banco de Portugal ( BdP ). O novo diploma estabelece também que nos casos em que no contrato de depósito à ordem ou no contrato de crédito sob a forma de facilidade de descoberto se preveja a possibilidade de ultrapassagem de crédito pelo consumidor e este ultrapassar o crédito o credor não poderá cobrar comissões. Foram igualmente alteradas as regras para a determinação da usura para os contratos de crédito aos consumidores. Na nova redação dada ao Decreto-Lei n.º 133/2009 é havido como usurário o contrato de crédito cuja TAEG, no momento da celebração do contrato, exceda em um quarto (1/4) a TAEG média praticada pelas instituições de crédito no trimestre anterior, para cada tipo de contrato de crédito aos consumidores, quando na versão anterior o referido limite era de um terço (1/3). Passa também a ser usurário o contrato de crédito cuja TAEG, no momento da celebração do contrato, embora não exceda o limite atrás mencionado de um quarto, ultrapasse em 50% a TAEG média dos contratos de crédito aos consumidores celebrados no trimestre anterior. A identificação dos tipos de contrato de crédito aos consumidores relevantes e a definição do valor máximo resultante da aplicação do mencionado atrás continuam a ser determinados e divulgados ao público trimestralmente pelo BdP, sendo válidos para os contratos a celebrar no trimestre seguinte. No caso particular de contratos de crédito sob a forma de facilidade de descoberto que estabeleçam a obrigação de reembolso do crédito no prazo de um mês, consideram-se como usurários os contratos cuja TAEG, no momento da sua celebração, exceda o valor máximo de TAEG definido para os contratos de crédito sob a forma de facilidades de descoberto que estabeleçam a obrigação de reembolso do crédito em prazo superior a um mês. Quanto aos contratos de crédito na modalidade de ultrapassagem de crédito, são havidos como usurários aqueles cuja taxa nominal, no momento da sua celebração, exceda o valor máximo de TAEG definido para os contratos de crédito sob a forma de facilidades de descoberto que estabeleçam a obrigação de reembolso do crédito em prazo superior a um mês. De notar, ainda, que as taxas dos contratos de crédito aos consumidores consideradas usurárias pág. 1
2 conforme atrás enunciado se consideram automaticamente reduzidas para metade do limite máximo permitido, e não apenas para o próprio limite máximo como anteriormente previsto no Decreto-Lei n.º 133/2009, sem prejuízo de eventual responsabilidade criminal. Acresce referir a transferência para a Direção- -Geral do Consumidor das competências da extinta Comissão de Aplicação das Coimas em Matéria Económica e de Publicidade referentes à fiscalização, instrução, decisão e aplicação de coimas dos processos de contraordenação relativos à violação do disposto em matéria de publicidade nos contratos de crédito aos consumidores. 2. Legislação nacional Rede extrajudicial de apoio a clientes bancários A Portaria n.º 2/2013, de 2 de janeiro, regulamentou o regime e procedimento aplicáveis ao reconhecimento das entidades que integram a rede extrajudicial de apoio a clientes bancários, na sequência do Decreto-Lei n.º 227/2012, de 25 de outubro, que estabeleceu um conjunto de medidas com o objetivo de promover a prevenção e a regularização de situações de incumprimento de contratos de crédito com consumidores. Cooperação entre as autoridades nacionais de supervisão financeira (BdP, CMVM e ISP) e as autoridades europeias de supervisão (EBA, ESMA e EIOPA); ofertas públicas de valores mobiliários e prospeto O Decreto-Lei n.º 18/2013, de 6 de fevereiro, transpôs parcialmente para a ordem jurídica interna a Diretiva n.º 2010/78/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 24 de novembro de 2010, que altera: i) várias diretivas relativas às competências da Autoridade Bancária Europeia ( EBA ), da Autoridade Europeia dos Seguros e Pensões Complementares de Reforma ( EIOPA ) e da Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados ( ESMA ) (habitualmente designada por Diretiva Omnibus I ), e ii) a Diretiva n.º 2010/73/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 24 de novembro de 2010, que altera a Diretiva n.º 2003/71/ CE, relativa ao prospeto a publicar em caso de oferta pública de valores mobiliários ou da sua admissão à negociação, e a Diretiva n.º 2004/109/CE, relativa à harmonização dos requisitos de transparência no que se refere às informações respeitantes aos emitentes cujos valores mobiliários estão admitidos à negociação num mercado regulamentado. Contribuições para o Fundo de Resolução A Lei n.º 24/2013, de 19 de fevereiro, estabeleceu o método das contribuições iniciais, periódicas e especiais para o Fundo de Resolução previsto pelo Regime Geral de Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras ( RGICSF ). Contratos de crédito aos consumidores Foi publicado o Decreto-Lei n.º 42-A/2013, de 28 de março, o qual é objeto do Destaque deste Boletim. Fundo de Contragarantia Mútuo O Decreto-Lei n.º 46/2013, de 5 de abril, alterou o Decreto-Lei n.º 229/98, de 22 de julho, tendo o BdP passado a ter competência para definir a ponderação a atribuir às posições em risco com contragarantias prestadas pelo Fundo de Contragarantia Mútuo, para efeitos de determinação de requisitos mínimos de fundos próprios das entidades beneficiárias da contragarantia. pág. 2
3 Lei de autorização para a revisão do regime dos organismos de investimento coletivo A Lei n.º 25/2013, de 8 de abril, autorizou o Governo a rever o regime jurídico dos organismos de investimento coletivo ( OIC ), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 252/2003, de 17 de outubro, quanto: a) aos requisitos de acesso e exercício das atividades relacionadas com a gestão de OIC e atividades conexas e b) ao regime sancionatório aplicável. A referida revisão será efetuada no quadro da transposição das Diretivas n. os 2009/65/ CE, 2010/43/UE, 2010/44/UE e, parcialmente, 2010/78/EU. 3. Normas regulamentares Banco de Portugal Avisos Contribuições periódicas para o Fundo de Resolução (Aviso do BdP n.º 1/2013) O Aviso BdP n.º 1/2013 definiu o método concreto e o procedimento de apuramento das contribuições periódicas para o Fundo de Resolução impostas às instituições participantes, nos termos do RGICSF e do Decreto-Lei n.º 24/2013, de 19 de fevereiro. Instruções Reconhecimento de Agências de Notação Externa (ECAI) e respetivo mapeamento (Instrução do BdP n.º 1/2013) A Instrução do BdP n.º 1/2013 alterou a Instrução do BdP n.º 10/2007 no que se refere à avaliação externa do risco de crédito produzida pelas Agências de Notação Externa ( ECAI ) do segmento de mercado Empresas e à tabela de correspondência das avaliações estabelecidas pelas ECAI reconhecidas para efeitos de aplicação do método padrão. Mercado de Operações de Intervenção (Instrução do BdP n.º 2/2013) A Instrução do BdP n.º 2/2013 alterou a Instrução do BdP n.º 1/99, relativa ao Mercado de Operações de Intervenção ( MOI ) no que se refere a: i) condições de reembolso antecipado de determinadas operações por parte das instituições participantes; ii) situações que constituem incumprimento; e iii) penalizações aplicáveis em situações de incumprimento. Estatísticas de operações e posições com o exterior (Instrução do BdP n.º 3/2013) A Instrução do BdP n.º 3/2013 alterou a Instrução do BdP n.º 27/2012, relativa a estatísticas de operações e posições com o exterior, isentando as pessoas singulares da obrigação de reporte de informação detalhada sobre operações e posições com o exterior e liquidações associadas, e alterando, ainda, o limiar de isenção e o âmbito das informações a comunicar ao BdP. Taxas máximas aplicáveis aos contratos de crédito (Instrução do BdP n.º 4/2013) A Instrução do BdP n.º 4/2013 fixou os valores máximos das TAEG a serem aplicadas nos contratos de crédito aos consumidores para o 2.º trimestre de Imparidade da carteira de crédito: reporte (Instrução do BdP n.º 5/2013) A Instrução do BdP n.º 5/2013 veio estabelecer os procedimentos de reporte do processo de quantificação da imparidade da carteira de crédito ao BdP, revogando as Cartas-Circulares n. os pág. 3
4 17/2002/DSBDR, 73/2002/DSBDR e 38/2008/ DSBDR. Contribuições para o Fundo de Resolução (Instrução do BdP n.º 6/2013 e Instrução do BdP n.º 7 /2013) A Instrução do BdP n.º 6/2013 veio definir o modelo de reporte a efetuar pelas instituições participantes do Fundo de Resolução, para efeitos de apuramento do valor da contribuição inicial e das contribuições periódicas. Por seu lado, a Instrução do BdP n.º 7/2013 fixou em 0,015% a taxa base a vigorar em 2013 para a determinação das contribuições periódicas para o Fundo de Resolução. Mercado Monetário Interbancário com Garantia e Sistema de Transferências Eletrónicas de Mercado ( SITEME ) (Instrução do BdP n.º 8/2013 e Instrução do BdP 9/2013) A Instrução do BdP n.º 8/2013 estabeleceu e regulamentou o Mercado Monetário Interbancário com Garantia ( MMI/CG ). A Instrução define, entre outros aspetos, as condições de aceso ao MMI/CG, as operações permitidas e os ativos que podem ser dados em garantia. A garantia é constituída nos termos do Contrato de Penhor Financeiro para Operações do Mercado Monetário Interbancário com Garantia publicado em anexo à referida Instrução. As operações do MMI/CG serão realizadas através do SITEME, o qual se encontra regulamentado pela Instrução do BdP n.º 47/98, alterada pela Instrução do BdP n.º 9/2013. Comissão do Mercado de Valores Mobiliários Deveres de informação relativos a produtos financeiros complexos (Declaração de retificação n.º 134/2013) A declaração de retificação n.º 134/2013, de 29 de janeiro, retificou o ponto 2º do anexo IV Regulamento da CMVM n.º 2/2012 sobre deveres de informação relativos a produtos financeiros complexos e comercialização de operações e seguros ligados a fundos de investimento. Preçários para investidores não qualificados (Instrução da CMVM n.º 1/2013) A Instrução da CMVM n.º 1/2013 fixou o regime sobre os preçários para investidores não qualificados, a ser observada pelos intermediários financeiros autorizados a prestar em Portugal os serviços de intermediação financeira de receção e de transmissão de ordens por conta de outrem, de colocação em oferta pública de distribuição e de registo e depósito de valores mobiliários. Fundos de Mercado Monetário e Plano de Contabilidade dos Organismos de Investimento Coletivo (Regulamento da CMVM n.º 1/2013) O Regulamento da CMVM n.º 1/2013 alterou o Regulamento da CMVM n.º 15/2003, referente a OIC, tendo passado a estar previstos na ordem jurídica portuguesa os fundos do mercado monetário e os fundos do mercado monetário de curto prazo. Adicionalmente, o Plano de Contabilidade dos OIC, adotado pelo Regulamento da CMVM n.º 16/2003, foi também alterado, em especial no que se refere ao imposto sobre as valias potenciais. 4. Jurisprudência Intermediação de produtos financeiros responsabilidade civil contratual e extracontratual No Acórdão de 10 de janeiro de 2013, foi entendido pelo Supremo Tribunal de Justiça ( STJ ) que, embora a comercialização de produto financeiro com informação de ter capital garantido responsabilizar em primeira linha a entidade emitente do produto, essa responsabilidade pode ser alargada ao pág. 4
5 intermediário financeiro, se no relacionamento contratual com o cliente assumir, em nome desse relacionamento contratual, também o reembolso do capital investido. No caso em análise, foi, ainda, declarada a responsabilidade extracontratual do intermediário financeiro por violação dos princípios orientadores da atividade de intermediação, nomeadamente dos ditames de boa-fé, elevado padrão de diligência, lealdade e transparência, bem como dos deveres de informação. Contrato de factoring necessidade de consentimento do devedor cedido O STJ, no seu Acórdão de 15 de janeiro de 2013, considerou que, tendo sido estipulado num contrato de empreitada a necessidade de prévio consentimento do devedor para a cessão de qualquer direito ou obrigação nele estipulado, o credor não podia ter celebrado um contrato de factoring sem o supra referido consentimento prévio. Inadmissibilidade de denúncia de aval Pelo Acórdão Uniformizador de Jurisprudência n.º 4/2013, publicado no Diário da República em 21 de janeiro de 2013, o STJ fixou jurisprudência no seguinte sentido: Tendo o aval sido prestado de forma irrestrita e ilimitada, não é admissível a sua denúncia por parte do avalista, sócio de uma sociedade a favor de quem aquele foi prestado, em contrato em que a mesma é interessada, ainda que, entretanto, venha a ceder a sua participação social na sociedade avalizada. Autonomia do aval face à obrigação garantida Pelo Acórdão de 26 de fevereiro de 2013, o STJ entendeu que, uma vez que a obrigação do avalista é independente e autónoma da obrigação do avalizado (salvo se esta for nula por vício de forma), o avalista não pode defender-se com as exceções que o avalizado possa opor ao portador da livrança, nem pode beneficiar de moratória para pagamento da dívida aprovada no plano de insolvência da subscritora. Responsabilidade bancária pela aceitação ilícita de revogação de cheque O STJ, no Acórdão de 21 de março de 2013, considerou que o não pagamento de um cheque revogado e sua provisão no período que suportasse o débito do cheque faz presumir, que o seu portador não recebeu o seu montante. Ao tomador do cheque revogado compete apenas alegar e provar que não recebeu o seu montante em virtude do ilícito cancelamento do pagamento do cheque, cumprindo assim o ónus que sobre si impende de alegar e provar o nexo de causalidade entre esse facto ilícito e o dano, assim consubstanciado. No entender do STJ, a existência deste nexo de causalidade e dano só poderia ser posto em causa se o sacado lograsse provar que a sua conduta foi inapropriada para a produção do dano, do que desde logo resultaria que o seu comportamento nem sequer constituía um comportamento apto à produção do resultado danoso. Responsabilidade bancária pela aceitação ilícita de revogação de cheque Sobre a mesma questão subjacente ao Acórdão imediatamente atrás referido, e na mesma data, veio o STJ, noutro recurso, decidir que o tomador do cheque ilicitamente revogado tem o ónus da prova da existência do dano e do nexo de causalidade entre a revogação ilegítima e o dano. Acrescenta o STJ que a devolução do cheque por alegada falta ou vício de vontade apenas permite preencher os requisitos da ilicitude e da culpa do banco sacado, cabendo ao tomador alegar e provar que, não fora a revogação e a devolução ilegítima do cheque apresentado a pagamento, o mesmo seria ou poderia vir a ser descontado pelo banco sacado. pág. 5
6 5. Legislação Comunitária Estatísticas de ativos e passivos de fundos de investimento A Decisão BCE/2012/28, de 7 de dezembro de 2012, veio alterar o anexo da Decisão BCE/2009/4, relativa às derrogações que podem ser concedidas ao abrigo do Regulamento (CE) n.º 958/2007 sobre estatísticas de ativos e passivos de fundos de investimento. Distribuição intercalar de proveitos do BCE A Decisão n.º BCE/2012/33, de 19 de dezembro, alterou a Decisão n.º BCE/2010/24, relativa à distribuição intercalar de proveitos do BCE decorrentes das notas de euro em circulação e dos títulos adquiridos ao abrigo do programa dos mercados de títulos de dívida. TARGET2 e TARGET2-ECB A Orientação BCE/2012/27, de 5 de dezembro de 2012, veio reformular a Orientação BCE/2007/2, de 26 de abril de 2007, relativa ao sistema de transferências automáticas transeuropeias de liquidações pelos valores brutos em tempo real ( TARGET2 ). Em consequência da Orientação BCE/2012/27, foi alterada pela Decisão BCE/2012/31 a Decisão BCE/2007/7, relativa aos termos e condições do TARGET2-ECB. Ativos de garantia denominados em moeda estrangeira Pela Decisão BCE/2012/34, de 19 de dezembro de 2012, o BCE alterou, com carácter temporário, as regras respeitantes à elegibilidade de ativos de garantia denominados em moeda estrangeira. Imposto sobre transações financeiras Pela Decisão do Conselho 2013/52/EU, de 22 de janeiro de 2013, diversos Estados Membros da UE, incluindo Portugal, foram autorizados a instituir entre si uma cooperação reforçada com vista à criação de um sistema comum de imposto sobre transações financeiras. Assistência financeira a Portugal A Decisão de Execução do Conselho 2013/64/UE, de 20 de dezembro de 2012, alterou a Decisão de Execução do Conselho 2011/344/EU, respeitante ao programa de assistência financeira da UE a Portugal, no que se refere às medidas a adotar por Portugal em 2013, bem como às medidas a adotar no âmbito da recapitalização do sector bancário e da desalavancagem ordenada do mesmo. Supervisão prudencial das instituições de crédito e Autoridade Europeia de Supervisão O BCE através do parecer CON/2012/96, de 27 de novembro de 2012, emitiu opinião sobre a proposta de regulamento do Conselho que confere ao BCE atribuições específicas no que respeita a políticas de supervisão prudencial das instituições de crédito e sobre uma proposta de regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho que altera o Regulamento (EU) n.º 1093/2010, que cria a Autoridade Europeia de Supervisão. Operações de refinanciamento do Eurosistema e elegibilidade dos ativos de garantia Pela Orientação do BCE/2013/2, de 23 de janeiro de 2013, foi alterada a Orientação BCE/2012/18, relativa a medidas adicionais temporárias respeitantes às operações de refinanciamento do Eurosistema e à elegibilidade dos ativos de garantia, no que se refere à possibilidade de reduzir o valor pág. 6
7 ou pôr termo a operações de refinanciamento de prazo alargado. Recuperação de instituições de crédito e sociedades financeiras O BCE emitiu um parecer onde desenvolveu um quadro normativo para a alteração das Diretivas n. os 77/91/CEE, 82/891/CEE, 2001/24/CE, 2002/47/CE, 2004/25/CE, 2005/56/CE, 2007/36/CE e 2011/35/ UE e o Regulamento (UE) n.º 1093/2010 relativo à recuperação e resolução de instituições de crédito e empresas de investimento. Gestores de fundos de investimento alternativos O BCE, através do seu parecer de 24 de maio de 2012, pronunciou-se sobre a proposta de Regulamento Delegado da Comissão que complementa a Diretiva n.º 2011/61/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, no que diz respeito às isenções e condições gerais de funcionamento, depositários, efeito de alavanca, transparência e supervisão da atividade de gestão de fundos de investimento alternativos ( FIA ). Adicionalmente, a Comissão publicou o Regulamento Delegado n.º 231/2013, que complementou a referida Diretiva, nomeadamente, no que respeita às condições de funcionamento dos FIA, às regras impostas aos depositários e à regulamentação dos requisitos de transparência, o efeito de alavancagem e as regras relativas aos países terceiros. Regulamentos Delegados que completam o Regulamento (UE) n.º 648/2012, do Parlamento Europeu e do Conselho, relativo aos derivados do mercado de balcão, às contrapartes centrais e aos repositórios de transações Foram publicados em 19 de Dezembro de 2012 diversos Regulamentos Delegados da Comissão que visam completar o Regulamento (UE) n.º 648/2012, do Parlamento Europeu e do Conselho, relativo aos derivados do mercado de balcão, às contrapartes centrais e aos repositórios de transações, a saber: a) O Regulamento Delegado (UE) n.º 148/2013, da Comissão, de 19 de dezembro de 2012, no que diz respeito às normas técnicas de regulamentação que especificam os dados mínimos a comunicar aos repositórios de transações; b) O Regulamento Delegado (UE) n.º 149/2013, da Comissão, de 19 de dezembro de 2012, no que respeita às normas técnicas de regulamentação sobre os acordos de compensação indireta, a obrigação de compensação, o registo público, o acesso a um espaço ou organização de negociação, as contrapartes não-financeiras e as técnicas de atenuação dos riscos para os contratos de derivados OTC não compensados através de uma CCP; c) O Regulamento Delegado (UE) n.º 150/2013, da Comissão, de 19 de dezembro de 2012, no que diz respeito às normas técnicas de regulamentação que especificam os pormenores dos pedidos de registo como repositório de transações; d) O Regulamento Delegado (UE) n.º 151/2013, da Comissão, de 19 de dezembro de 2012, no que diz respeito às normas técnicas de regulamentação que especificam os dados que devem ser divulgados e disponibilizados pelos repositórios de transações, bem como normas operacionais com vista à agregação, à comparação e ao acesso a esses dados; e) O Regulamento Delegado (UE) n.º 152/2013, da Comissão, de 19 de Dezembro de 2012, no que respeita às normas técnicas de regulamentação sobre os requisitos de capital das contrapartes centrais, e pág. 7
8 f) O Regulamento Delegado (UE) n.º 153/2013, da Comissão, de 19 de Dezembro de 2012, no que diz respeito às normas técnicas de regulamentação relativas aos requisitos aplicáveis às contrapartes centrais. Documentos de informação essencial sobre produtos de investimento O BCE emitiu um parecer sobre uma proposta de regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho relativa a documentos de informação essencial sobre produtos de investimento (CON/2012/103, de 11 de dezembro de 2012). Índices Harmonizados de preços no consumidor ( IHPC ) Em 19 de outubro de 2012, o BCE emitiu um Parecer (CON/2012/77) sobre a proposta de regulamento da Comissão que altera o Regulamento (CE) n.º 2214/96, do Conselho, relativo aos IHPC, e sobre a proposta de regulamento da Comissão que estabelece as normas de execução do Regulamento (CE) n.º 2494/95, relativo aos IHPC, no que diz respeito ao estabelecimento de índices de preços de habitação ocupada pelo proprietário. Organismos de investimento coletivo em valores mobiliários ( OICVM ) Através do Parecer de 11 de janeiro de 2013 (COM/2013/4), o BCE pronunciou-se sobre uma proposta de diretiva do Parlamento Europeu e do Conselho, que altera a Diretiva n.º 2009/65/ CE relativamente às disposições legislativas, regulamentares e administrativas respeitantes a alguns OICVM, no que se refere às funções dos depositários, às políticas de remuneração e às sanções. 6. Consultas Públicas OIC (Processo de Consulta Publica da CMVM n.º 3/2013) A CMVM submeteu a consulta pública um projeto de revisão do regulamento sobre OIC (que revoga os Regulamentos da CMVM n.º 15/2003 e n.º 8/2007). A consulta decorre entre o dia 22 de abril e 22 de maio de Sistema Europeu de Bancos Centrais ( SEBC ) - Infraestrutura de chave pública Pela Decisão BCE/2013/1, o BCE veio estabelecer o quadro jurídico da infraestrutura de chave pública para o SEBC. Assistência financeira a Estados- -Membros cuja moeda não seja o Euro Pelo Parecer de 7 de janeiro de 2013 (CON/2012/2), o BCE pronunciou-se sobre a proposta de regulamento do Conselho que estabelece um mecanismo para prestação de assistência financeira para Estados- -Membros cuja moeda não seja o Euro. pág. 8
9 MIRANDA CORREIA AMENDOEIRA & ASSOCIADOS - SOCIEDADE DE ADVOGADOS, RL Rua Soeiro Pereira Gomes, L Lisboa Telefone: Fax: GRUPO PRÁTICA BANCÁRIO E FINANCEIRO Diogo Xavier da Cunha Diogo.Cunha@Mirandalawfirm.com Mafalda Monteiro Mafalda.Monteiro@Mirandalawfirm.com Alberto Galhardo Simões Alberto.Simoes@Mirandalawfirm.com Filipa Fonseca Santos Filipa.Santos@Mirandalawfirm.com Nuno Cabeçadas Nuno.Cabecadas@Mirandalawfirm.com Bruno Sampaio Santos Bruno.Santos@Mirandalawfirm.com Nuno Galinha Nuno.Galinha@Mirandalawfirm.com Rodrigo Costeira Rodrigo.Costeira@Mirandalawfirm.com Saul Fonseca Saul.Fonseca@Mirandalawfirm.com Djamila Pisoeiro Djamila.Pisoeiro@Mirandalawfirm.com João Antunes da Cunha Joao.Cunha@Mirandalawfirm.com Miranda Correia Amendoeira & Associados, A reprodução total ou parcial desta obra é autorizada desde que seja mencionada a sociedade titular do respetivo direito de autor. Aviso: Os textos desta comunicação têm informação de natureza geral e não têm por objetivo ser fonte de publicidade, oferta de serviços ou aconselhamento jurídico; assim, o leitor não deverá basear-se apenas na informação aqui consignada, cuidando sempre de aconselhar-se com advogado. Para além do Boletim Bancário e Financeiro, a Miranda emite regularmente um Boletim Fiscal, um Boletim Direito Público e um Boletim Laboral. Caso queira conhecer e receber o nosso Boletim Fiscal, por favor envie um para: boletimfiscal@mirandalawfirm.com. Caso queira conhecer e receber o nosso Boletim de Direito Público, por favor, envie um para: boletimdireitopublico@mirandalawfirm.com. Caso queira conhecer e receber o nosso Boletim Laboral, por favor envie um para boletimlaboral@mirandalawfirm.com. Este boletim é distribuído gratuitamente aos nossos clientes, colegas e amigos. Caso pretenda deixar de o receber, por favor responda a este . PORTUGAL ANGOLA BRASIL CABO VERDE EUA (HOUSTON) GABÃO GUINÉ-BISSAU GUINÉ EQUATORIAL MACAU MOÇAMBIQUE REINO UNIDO (LONDRES) REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO REPÚBLICA DO CONGO SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE TIMOR-LESTE pág. 9
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